• Nenhum resultado encontrado

Análise da precipitação do município de Mangaratiba no período entre 1993 e 2015

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Análise da precipitação do município de Mangaratiba no período entre 1993 e 2015"

Copied!
42
0
0

Texto

(1)

NITERÓI 2018

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS

CURSO DE BACHARELADO EM GEOGRAFIA

JULIA GOES DE SOUZA

ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO DO MUNICÍPIO DE MANGARATIBA NO PERÍODO ENTRE 1993 E 2015

(2)

NITERÓI 2018

JULIA GOES DE SOUZA

ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO DO MUNICÍPIO DE MANGARATIBA NO PERÍODO ENTRE 1993 E 2015

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de graduação em Geografia da Universidade Federal Fluminense como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Geografia.

Orientadora: Profª Draª Carla Maciel Salgado.

(3)
(4)

JULIA GOES DE SOUZA

ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO DO MUNICÍPIO DE MANGARATIBA NO PERÍODO ENTRE 1993 E 2015

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de graduação em Geografia da Universidade Federal Fluminense como requisito para a obtenção do título de Bacharel em

Geografia.

Aprovado em de de

BANCA EXAMINADORA

Profa. Dra. Carla Maciel Salgado (Orientadora) - UFF

Dr. José Antônio Baptista Neto - UFF

(5)

AGRADECIMENTOS

À Jussara Gois, minha mãe. Ela é a grande responsável por tudo o que sou, e toda sua luta de vida foi para que fosse capaz de permitir às suas duas filhas alcançar algo que, para ela, era apenas um sonho. Hoje, graças ao seu sangue e suor, cheguei até aqui. Esse diploma é seu e somente seu, mãe.

À Jaqueline Gois, minha irmã e melhor amiga, por ser tão importante na minha vida que não sou capaz de descrever. Obrigada por tudo o que vivemos juntas, me fez amadurecer e me tornar quem sou. Nunca se esqueça que um pedaço do meu coração mora dentro de

você.

Ao Jorge Carlos, meu padrasto, por toda dedicação, sem medidas, para que eu sempre tivesse o melhor. Obrigada por todos os reparos nas repúblicas onde morei, por todas as mudanças e prateleiras fixadas, por se deslocar de Angra a Niterói tarde da noite, diversas vezes, só para eu não voltar para casa de ônibus e sozinha. Obrigada por me criar como filha e por se dedicar tanto a mim.

Aos amigos que fiz durante a faculdade. Gostaria de poder citar todos, mas um agradecimento especial a Ana Carolina, Gabriela, Gustavo, Paula, Samara, Suzanne e Thalita, as melhores pessoas que poderiam cruzar meu caminho e se tornar essenciais para que a graduação fosse o momento mais incrível que já vivi. Vocês estarão para sempre em meu coração.

À Professora Carla Salgado, a qual aceitou me orientar. Obrigada por me apresentar a Climatologia, ciência pela qual me apaixonei. Obrigada por ser tão dedicada ao magistério e dar o suor para transformar a Geografia na UFF cada vez melhor. Obrigada também por me manter calma durante todo o processo de desenvolvimento deste trabalho, sempre me mostrando que não precisava ser um bicho de sete cabeças, como todos sempre falavam.

Ao Marco Medeiros, primeiro chefe, depois amigo, o qual assistiu de perto os últimos anos da minha graduação. Obrigada por me ensinar sobre uma área que me era completamente nova, pela paciência sempre que eu precisava me dedicar ao estágio mas estava enrolada com os trabalhos da faculdade e por ser meu amigo, cedendo seu tempo diversas vezes para conversar, durante o expediente ou em uma mesa de bar. Você provou que é possível ser chefe e possuir uma relação horizontal e divertida, aprendendo e

(6)

Aos professores Rafael Coelho e Leandro Almeida. A paixão do Rafael pela Geografia me fez ter vontade de explorar esse mundo mais a fundo, pelo qual acabei me apaixonando também. O professor Leandro me deu conselhos e dicas durante a graduação quando tive dúvidas sobre a escolha que fiz. Não temos muito contato, mas vocês fazem parte dessa conquista.

A todos os professores dos quais um dia fui aluna. O magistério é pouquíssimo valorizado no nosso país, e mesmo assim vocês desempenham esse papel com muita sabedoria. Graças a vocês, fui capaz de percorrer um longo e difícil caminho, e hoje tenho um diploma nas mãos. Vocês são capazes de mudar o mundo.

(7)

RESUMO

Não é novidade que a compreensão do comportamento climatológico é imprescindível para o planejamento urbano, e aliar estudos sobre precipitação e relevo torna-se indispensável para a ocupação de regiões de encosta. Além disso, o planejamento permite a utilização da água das chuvas como recurso hídrico para abastecer a população. A questão em pauta é a ocupação irregular e os riscos que esta podem trazer para a população que vive principalmente em áreas com declive acentuado, muitas se caracterizando como área de risco. Desta forma, este trabalho visa fazer uma análise temporal da variabilidade pluviométrica no município de Mangaratiba, no estado do Rio de Janeiro, em uma série histórica de vinte e três anos de dados diários de chuva. Para tal, as informações utilizadas foram coletadas da Agência Nacional de Águas, somadas a gráficos e imagens com a finalidade de mostrar com mais clareza o comportamento de chuvas no local.

Palavras-chave: Comportamento atmosférico; variabilidade pluviométrica;

(8)

ABSTRACT

There is nothing new about the understanding of the climatological behavior being indispensable for the urban planning, and allying studies about the precipitation and the relief becomes needful for the occupation of the slope areas. Besides that, the act of planning allows using rain water as a resource to supply the population’s demands. The object of study, here, is the irregular occupation and the risks it can bring to the ones who live in places where the slope is steeper and can be considered as risk areas. Thus, this report aims to make a temporal analysis of the rainfall variability in the municipality of Mangaratiba, in the state of Rio de Janeiro, through a historical series of twenty three years of daily rainfall data. In order to obtain the results, information was collected from the Agência Nacional de Águas (National Agency of Water) and charts and pictures were also added in order to show the rainfall behavior in this area more clearly.

Key-words: Atmospherical behaviour; rainfall variability; Mangaratiba; slope occupation

(9)

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Mapa de localização do município de Mangaratiba 2

Figura 2 - Imagem de satélite de Conceição de Jacareí, distrito de Mangaratiba 4

Figura 3 - Imagem de satélite da área central do município de Mangaratiba. 4

Figura 4 - Perfil topográfico de Conceição de Jacareí – Mangaratiba/RJ 7

Figura 5 - Perfil Topográfico do Bairro Junqueira, Distrito de Mangaratiba – 7

Mangaratiba/RJ Figura 6 - Gráfico PRECTOT – Precipitação total anual 10

Figura 7 - Gráfico DTPREC - – Número de dias totais em um ano de precipitação 11

Figura 8 - Gráfico de desvio da precipitação anual em relação à média histórica 12

Figura 9 - Gráfico TA50mm – Número de dias em um ano em que: 10mm < 13 precipitação < 50mm Figura 10 - Gráfico TM50mm – Número de dias em um ano em que: precipitação 14

> 50mm Figura 11 - Comparação da média da precipitação mensal no período entre 1993- 14

2015 registradas nas estações pluviométricas de Ibicuí (Mangaratiba), Mambucaba (Angra dos Reis) e Coroa Grande (Itaguai)

(10)

LISTA DE TABELAS

(11)

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANA Agência Nacional de Águas ASAS Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul

DRM-RJ Departamento de Recursos Minierias do Rio de Janeiro ETCCDI Expert Team of Climate Change Detection and Indices GeoRio Fundação Instituto Geotécnica

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IPP Instituto Pereira Passos

(12)

SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO...1 2. OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS...3 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...5 4. ÁREA DE ESTUDO...7 5. METODOLOGIA...9 6. RESULTADOS...10

6.1 Relação entre precipitação intensa e episódios de deslizamentos...15

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS...17

(13)
(14)

1

INTRODUÇÃO

O debate sobre as mudanças climáticas no mundo encontra-se em alta, devido ao tema de imensa importância, e estudar o clima é entender a dinâmica que contribui com as características de cada região do planeta. Hoje, a compreensão do comportamento climático em escalas regionais e locais é imprescindível para entender os aspectos que contribuem para grandes mudanças.

O clima de determinada área corresponde ao comportamento atmosférico em um período de, no mínimo, 30 anos, enquanto tempo é o estado momentâneo da atmosfera, considerando precipitação, pressão, temperatura, entre outros elementos (FONSECA et al,

2016). Entender a diferença e a correlação entre clima e tempo é essencial para a melhor compreensão da dinâmica atmosférica. Os estudos climáticos possibilitam o ordenamento territorial, preservação ambiental, planejamento da agricultura e do meio urbano, possibilitando assim melhorias na qualidade de vida da população (MAGNOLI, 2010)

Num núcleo urbano a necessidade de estudos climáticos se torna preemente devido à concentração de um número grande de pessoas, as quais podem estar sujeitas a mais riscos ambientais. Em cima disso, percebe-se que o estudo da precipitação, somado aos demais elementos climatológicos, mostra-se imprescindível para o melhor planejamento da cidade, para uma ocupação urbana responsável, a fim de evitar prejuízos sociais, ambientais e econômicos.

A precipitação intensa é capaz de causar prejuízos sem a influência de outros elementos, entretanto quando há a atuação aliada a outro(s) aspecto(s) da natureza, os resultados podem ser catastróficos. Os movimentos de massa são agravados por conta da ocupação territorial intensa e muitas vezes desordenada. O uso insustentável da terra é uma realidade no Brasil que deve ser foco de estudos devido ao grande risco que causa à população.

O Estado do Rio de Janeiro possui políticas públicas – sistemas de alerta de chuvas intensas em regiões de encosta - que agem de maneira emergencial. Tais sistemas procuram lidar da melhor forma com as consequências de um evento que atinge a população de maneira negativa, porém é necessário que as áreas que vivem em eminência de deslizamentos e enchentes elaborem medidas preventivas para diminuir o prejuízo ambiental, econômico

(15)

2

Para este trabalho, o município escolhido foi Mangaratiba (RJ), que será analisado a partir de dados de precipitação de uma das estações pluviométricas presentes no território, e uma grande dificuldade para o desenvolvimento do mesmo foi obter um conjunto consistente de dados de longo período sem falhas, ou com um percentual aceitável (Figura 1).

Figura 1: Mapa de localização do município de Mangaratiba

Fonte de dados: IBGE/IPP

O município de Mangaratiba está localizado no estado do Rio de Janeiro, entre as cidades do Rio de Janeiro e Angra dos Reis, e tem a BR-101, uma das rodovias mais importantes do país, passando dentro de seus limites. É um município litorâneo que compõe a região de planejamento nomeada Costa Verde e fica a sul do estado, composto pelos seguintes distritos: Conceição de Jacareí, Itacuruçá, Mangaratiba e Muriqui. Possui população estimada em 51.557 habitantes (IBGE 2016), em uma área de 356,408km² (IBGE 2015). O município apresenta grande parte de seu território em região de encostas, com muitas construções civis irregulares ou ameaçadas pela proximidade com as escarpas da Serra do Mar. Somado a isso, através de uma observação pelo município é possível notar evidências de eventos de movimento de massa pretéritos, assim como corrida de

(16)

3

O recente estudo realizado pelo DRM-RJ (Departamento de Recursos Minerais do Rio de Janeiro) mostra que o município de Mangaratiba está entre os 31 do Estado com um grande número de áreas de risco. No mapeamento feito por geólogos do DRM-RJ, aponta um número alarmante, um total de 178 casas ameaçadas, somando cerca de 735 pessoas expostas aos riscos de deslizamento de encostas que podem vir abaixo se uma tempestade maior cair sobre o município.

O documento emitido pelo DRM-RJ denominado “Cartas de Risco”, foram produzidas pelo Serviço Geológico do Estado ao longo do ano de 2011, e entregue aos prefeitos e Defesas Civis dos respectivos municípios que se encontram com áreas de risco, em dezembro de 2011. O estudo apontou 104 localidades em Mangaratiba, com risco eminente de acidentes, todos esses por conterem construções irregulares, apropriação indevida do solo e áreas de desmatamento.

ANGRA NEWS, 16 de janeiro de 2012.

OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS

A pesquisa tem como objetivo analisar os dados pluviométricos obtidos da estação pluviométrica de Ibicuí (Mangaratiba), organizados de forma que atinja a melhor compreensão da dinâmica da precipitação da região, empregando-se índices climáticos que explicitem o regime de chuvas local. A partir disso, procura-se a identificação dos períodos de precipitação crítica, e busca por notícias sobre possíveis registros de acontecimentos ligados à alta precipitação intensa.

A escolha deste município se deu por compor uma região litorânea bastante influenciada por sistemas climáticos favoráveis à precipitação intensa, assim como possuir parte de seu território em encostas – principalmente o distrito de Mangaratiba –, característica favorável a desastres ocasionados pela chuva, e por ser próximo à Angra dos Reis, município que sofreu bastante com deslizamentos de massa ocasionados por precipitação intensa em

2013.

Nas imagens a seguir (Figura 2 e 3), obtida a partir do Google Earth, é possível notar a declividade do terreno nos distritos Conceição de Jacareí e Mangaratiba.

(17)

4 Figura 2: Conceição de Jacareí, distrito de Mangaratiba

Fonte: Google Earth

Figura 3: Área central do município de Mangaratiba.

(18)

5

SOARES (2006), em sua dissertação sobre Angra dos Reis, cita SILVA JUNIOR (1991) que fez uma análise de 63 deslizamentos no trecho Itaguaí - Angra dos Reis da BR-

101, através do estudo da geomorfologia e climatologia da região, somado a levantamentos de trabalho de campo e análises laboratoriais. Este afirma que a intensidade da precipitação é imprescindível para a ocorrência de deslizamentos, e afirma que é necessário identificar os condicionantes naturais e antrópicos da região, para a definição dos riscos de deslizamento.

Através de uma visita feita no distrito de Mangaratiba, este escolhido por ter parte de seu território influenciado pela declividade do terreno, observa-se uma quantidade grande de construções civis aparentemente em áreas perigosas, como moradias muito próximas umas das outras posicionadas em encostas, diversas marcas em terrenos que possivelmente evidenciam um episódio pretérito de deslizamento ou minimamente um movimento de massa em pequena escala, e muitos locais com a retirada da mata original, que possui papel fundamental na resistência do solo em eventos de movimento de massa. (MICHEL, G.P. et al

2012)

1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

O clima é definido através da análise do comportamento atmosférico em um período sequencial de pelo menos 30 anos, levando em consideração os diversos fatores e elementos climáticos, dentre eles a precipitação, que possui grande influência em diversos acontecimentos geográficos, e apresenta-se como agente transformador da topografia de uma região (FONSECA et al, 2016). Compreender as chuvas de determinada região possibilita evitar prejuízos sociais, ambientais e econômicos, conduzindo a um planejamento da ocupação urbana de forma segura, reduzindo impactos associados aos eventos de precipitação, como enchentes, deslizamentos de massa nas encostas, ocasioando perdas de moradias e até mesmo mortes. (FONSECA et al, 2016)

A região sudeste do Brasil apresenta seus máximos de precipitação no verão e mínimos no inverno, e possui uma média total de precipitação de 1500mm/ano (MINUZZI et al. 2007). Isso se dá devido a sistema de monção que atua sobre a área, moldando um verão úmido e um inverno seco, que possui seus baixos totais pluviométricos associados à atuação

(19)

6

do Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) e apresenta maior intensidade nessa época do ano, sendo responsável pelas condições de pouca nebulosidade e pelos

(20)

7

nordeste que atuam sobre o estado do Rio de Janeiro (MINUZZI et al. 2007). Nesse caso, a precipitação ocorre quando sistemas transientes, como por exemplo os sistemas frontais sobrepõem a ação do ASAS, promovendo a intensificação dos ventos e a ocorrência de chuvas. Durante os meses do verão, é comum o estabelecimento da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) que se apresenta como uma banda de nebulosidade convectiva e atua da região amazônica até a porção central do Atlântico Sul e tem papel importante na precipitação da região (MINUZZI et al. 2007).

A partir da classificação climática de Köppen, que se baseia na distribuição dos valores de temperatura e precipitação durante as estações do ano, é possível identificar alguns principais tipos de climas da região, dentre eles: Clima quente e úmido sem estação seca, que é característico de florestas tropicais e apresenta precipitação mensal acima de 60mm, e se estende do litoral de Mangaratiba até o litoral de São Paulo; e o Subtropical, que atua na área leste da Serra do Mar, do município de Teresópolis até o sul do país, e tem como características chuvas bem distribuídas durante todo o ano, e verões rigorosos com temperatura média superior a 22ºC (SOARES, 2006).

A distribuição de chuvas da região mostra que a maior concentração da precipitação comporta-se no período de outubro à março (André et al, 2008). É importante frisar que a topografia do estado o Rio de Janeiro, que vai de extensas baixadas litorâneas a áreas montanhosas que ultrapassam 1500 metros de altitude, possui bastante influência na distribuição espacial do regime de precipitação da região (André et al, 2008), assim como nos possíveis impactos ambientais, como enchentes e deslizamento de massa, dependendo da área atingida pelo evento de precipitação.

Quanto à relação entre precipitação e processos geomorfológicos, GUIDICINI e IWASA (1972) analisaram eventos de precipitação e definiram possíveis riscos, a partir de análises de precipitações intensas em todo o território nacional, o que levou a conclusão que episódios de precipitação extremamente intensa em um período de 24 a 72 horas são capazes de provocar deslizamentos significativos, independente do histórico pluviométrico que antecede o evento. Somado a isso, a fundação GEORIO, da cidade do Rio de Janeiro, desenvolveu um estudo de chuvas e deslizamentos para possibilitar a previsão de acidentes geológicos e implantação e um Sistema de Alerta de chuvas. O método desenvolvido está baseado no critério de TATIZANA et al. (1987 a,b), que demonstram a susceptibilidade de deslizamentos. A GEORIO classifica como valor de precipitação diária crítica 175mm, apesar de o valor de 50mm diários já ser bastante crítico

(21)

8

2. ÁREA DE ESTUDO

O município de Mangaratiba encontra-se em área litorânea e é bastante influenciado pelos sistemas climáticos de diferentes escalas. Apresenta situação de risco por ter grande parte de seu território sobre ou próximo a encostas, situação favorável à deslizamentos ocasionados por precipitação intensa.

Na figura 4, é possível perceber a declividade do relevo em um dos distritos de Mangaratiba, a partir do perfil topográfico feito no Google Earth, nas coordenadas

23º00’35.02”S 44º06’28.98”O (ponto A) e 23º00’35.02”S 44º04’23.77”O (ponto C). O ponto A está a 958m de altitude e o B marca a altitude 0m, momento que a encosta toca o mar, num percurso de 4,5Km. A Figura 5 também exibe a inclinação do terreno em outro recorte do município, o bairro de Junqueira, localizado no distrito de Mangaratiba nas coordenadas

22º58’55.01”S 44º02’39.10”O (ponto A) e 22º59’13.87”S 44º02’45.71”O (ponto C), tendo o ponto B marcando o encontro da encosta com o mar, enquanto o ponto A, a pouco mais de 1km de distância, está a 326m de altitude.

Figura 4: Perfil topográfico de Conceição de Jacareí – Mangaratiba/RJ

Fonte: Google Earth

Figura 5: Perfil Topográfico do Bairro Junqueira, Distrito de Mangaratiba – Mangaratiba/RJ

(22)

9

Na região ocorreram grandes granitogêneses durante o Paleozóico, ocasionando em numerosos corpos de granitos que se distribuem pelo território do município de Mangaratiba, apresentando relevo montanhoso e extremamente acidentado (BARBOSA et al., 2010). Ao norte do distrito de Conceição de Jacareí encontram-se escarpas com mais de 1.000m de altitude e que chegam até a faixa litorânea. Sobre essa geomorfologia desenvolveram-se principalmente Cambissolo Álico, característico por ser predominantemente composto por minerais primários e com espessura rasa, apresentando-se assim sem muita utilidade para, por exemplo, o desenvolvimento agrícola.

Como dito anteriormente, o local estudado é influenciado por sistemas atmosféricos de diferentes escalas, e o entendimento deles é imprescindível para a análise dos dados de precipitação, pois são os grandes responsáveis pelo volume de chuvas. A Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) exerce um importante papel no regime pluviométrico regional, que somado à topografia da área acaba contribuindo para a ocorrência de deslizamentos (DIAS, 1995). Além desse sistema, também há a ocorrência das chuvas orográficas e as chuvas de verão, a primeira caracterizando-se por ventos úmidos que aumentam de altitude quando se deparam com uma elevação topográfica - no caso da região estudada, a Serra do Mar - até que se atinja o estágio de condensação devido à queda de temperatura, ocasionando chuvas pontuais, intensas e intermitentes; no caso das chuvas de verão, ocorre o desenvolvimento de células convectivas isoladas por conta da convergência do ar quente, provocando chuvas rápidas, porém intensas, que geralmente ocorrem no final da tarde (SOARES, 2006).

Outro sistema meteorológico que influencia as chuvas na região são os Complexos Convectivos de Mesoescala, originados na região da Cordilheira dos Andes em uma latitude por volta de 25ºS, e atinge principalmente a região sul do país, porém é um dos grandes responsáveis pela precipitação em várias localidades em latitudes médias durante o verão (DIAS, 1995). Por fim, outro importante sistema atuante é a frente fria, convecção intensa causada pelo levantamento do ar mais quente sobre a camada de ar frio que avança sobre a região e resfria a coluna de ar, ocasionando a formação de cumulonimbus e é caracterizada pela redução drástica da temperatura durante sua passagem (DIAS, 1995).

(23)

10

3. METODOLOGIA

A metodologia utilizada foi baseada no Expert Team of Climate Change Detection and Indices (ETCCDI), que visando obter uma análise uniforme sobre variações climáticas definiu um conjunto de 27 indicadores descritivos, sendo 11 desses para precipitação (disponíveis em

http://etccdi.pacificclimate.org/list_27_indices.shtml). A partir disso, foi criada uma

versão adaptada desses índices, tendo em vista a melhor aplicação para os dados no presente trabalho. A descrição detalhada dos índices empregados é apresentada a seguir (Quadro 1). Os procedimentos de cálculo foram feitos em planilha eletrônica.

Quadro 1: Índices utilizados para análise de dados

Índice Definição Unidade TA50mm Número de dias em um ano em que: 10mm < precipitação < 50mm Dias TM50mm Número de dias em um ano em que: precipitação > 50mm Dias DTPREC Número de dias totais em um ano de precipitação Dias PRECTOT Precipitação anual total mm MEDTOT Média de precipitação total anual mm Adaptado de ETCCDI

Por meio do portal da Agência Nacional de Águas (ANA), com o auxílio do programa Hidro 1.2, inicialmente buscou-se estações meteorológicas da região para a obtenção de dados para fins de comparação, para melhor compreender a dinâmica climática da região onde o município se encontra. Porém devido a grandes lacunas nos dados diários ao longo dos anos, optou-se, por fim, pelo estudo histórico dos dados diários de 1993 a 2015, uma série de 23 anos de precipitação, da estação meteorológica de Ibicuí (situada dentro do distrito de Mangaratiba), que oferece dados diários com apenas uma falha notável em dezembro de 2005. O código da referida estação é 02244148, as coordenadas são 22º57’41”S 44º01’50”O,

(24)

11 1 99 3 1 99 4 1 99 5 1 99 6 1 99 7 1 99 8 1 99 9 2 00 0 2 00 1 2 00 2 2 00 3 2 00 4 2 00 5 2 00 6 2 00 7 2 00 8 2 00 9 2 01 0 2 01 1 2 01 2 2 01 3 2 01 4 2 01 5 4. RESULTADOS

Considerando a série histórica de 1993-2015 da estação Ibicuí (situada dentro do distrito de Mangaratiba), a média da precipitação anual é 1777,4mm. O ano mais chuvoso registrado foi 2010 com 2604,1mm, seguido por 1994 (2509,8mm) e 2013 (2173,6mm). Em contrapartida, os anos menos chuvosos foram: 1997, registrando 952mm, 1998, que registrou

1047mm, e 2014, apresentando 1135mm de chuva anual. Na figura 6 é possível observar o comportamento anual do período estudado.

Figura 6: PRECTOT - Precipitação total anual (mm).

mm 3000 2500 2000 1500 1000 500 0

PRECTOT

Precipitação (mm) Anos

Observa-se uma tendência de valores de precipitação anual consideráveis entre 1993 e 1996 (acima de 1500mm anuais), seguido por uma queda chamativa em 1997 (952mm) e

1998 (1047mm). É interessante mencionar que fevereiro de 1997 – ano menos chuvoso – é a única data de todo o período analisado que teve um registro nulo de precipitação. No entanto, o mês de fevereiro está entre dois dos três meses mais chuvosos do ano de 1997: janeiro, sendo o mês mais chuvoso registrando 193,1mm, e março, com 154,9mm. A partir desses dados, tende-se a acreditar que essa pluviometria nula é uma possível falha de registro da estação.

No entanto, dados pluviométricos das estações de Mambucaba (Angra dos Reis) e Coroa Grande (Itaguaí) foram analisados para confirmar se nessa data – fevereiro/1997 – não houve precipitação na região, e ambas as estações apresentam registro de chuvas, apesar de ser em quantidades mínimas, Mambucaba com 27,4mm e Coroa Grande com 49,1mm.

(25)

12 1 99 3 1 99 4 1 99 5 1 99 6 1 99 7 1 99 8 1 99 9 2 00 0 2 00 1 2 00 2 2 00 3 2 00 4 2 00 5 2 00 6 2 00 7 2 00 8 2 00 9 2 01 0 2 01 1 2 01 2 2 01 3 2 01 4 2 01 5

O ano de 2010, que apresenta o registro mais chuvoso do período, mostra algo interessante em seus dados mensais: como se sabe, o verão no Brasil se caracteriza por ser chuvoso, o que proporciona os meses de Janeiro a Março com índices elevados de precipitação. Porém, em 2010 o mês mais chuvoso foi Julho, com registro pluviométrico de 297,9mm, maior registro de todo o período analisado para este mês, que normalmente compõe o período mais seco do ano, o inverno.

Ao comparar os dados diários de precipitação com a quantidade total de chuva durante determinado ano (índice PRECTOT) e a soma de dias chuvosos (índice DTPREC), nota-se que a precipitação em determinados anos está relacionada com a quantidade de dias chuvosos, como pode ser observado os maiores registores pluviométricos em 2010, 1994 e 2013, apresentando respectivamente 126, 146 e 129 dias chuvosos (Figura 7).

Figura 7: DTPREC – Número de dias totais em um ano de precipitação

200 150 100 50 0

DTPREC

Dias chuvosos

Ao observar a figura 7, também percebe-se singificativas quedas no período, apresentando os anos com menos dias chuvosos, no caso de 1997, com 113 dias, e 2014, com apenas 75. Ainda comparando os dois índices, é possível perceber que essa “regra” não se aplica a todos os anos, como é o caso de 1998 que se apresenta como o segundo ano menos chuvoso de todo o período, mas apresenta maior quantidade de dias chuvosos que 2000, por exemplo, que apresenta pluviometria bem mais elevada, com 1806,3mm, enquanto o primeiro aparece com 1047,3mm. Essa alternância se dá devido a variação de intensidade da precipitação, provocando valores acumulados totais distintos, uma vez que a quantidade de precipitação influencia mais nos valores totais do

(26)

13

Baseado na caracterização climática de uma região, que se dá a partir da análise do comportamento atmosférico durante 30 anos, nota-se que o período estudado, por pouco não está habilitado para definir o clima regional. Entretanto, como este está compreendido em 23 anos, é possível definir uma média de precipitação da região, e notar que apesar de não estar bem distribuída ao longo dos anos (Figura 8), a precipitação anual varia acima e abaixo da média anual (1777,4mm), com destaque para alguns anos.

Figura 8: Desvio da precipitação anual em relação à média da série histórica analisada 1993-2015 da estação

Ibicuí (Mangaratiba-RJ).

Os anos de 1994 e 2010 registram mais de 700mm de chuva acima da média histórica de precipitação anual. De modo inverso, os anos de 1997 e 1998 possuem valores de 700mm abaixo da média histórica. No entanto, a variabilidade anual da precipitação nos demais anos fica entre 200mm e 400mm acima ou abaixo da média.

A variabilidade observada na escala anual é importante de ser analisada para o gerenciamento de recursos hídricos, por exemplo. Porém o que não dá para perceber é o que de fato define esses valores quantitativos, sendo responsável pelos altos registros da região: a precipitação moderada e contínua ou as chuvas fortes isoladas.

As Figuras 9 e 10 mostram a diferença do comportamento da precipitação entre 1993 e 2015 considerando o número de dias em um ano em que a precipitação diária ficou entre

10mm e 50mm (precipitação moderada) e acima de 50mm (precipitação intensa). Na figura 9 é possível perceber que o que mantém o quantitativo pluviométrico em altos níveis são as chuvas moderadas e frequentes durante o ano, características da região.

(27)

14 1 99 3 1 99 4 1 99 5 1 99 6 1 99 7 1 99 8 1 99 9 2 00 0 2 00 1 2 00 2 2 00 3 2 00 4 2 00 5 2 00 6 2 00 7 2 00 8 2 00 9 2 01 0 2 01 1 2 01 2 2 01 3 2 01 4 2 01 5

Figura 9: TA50mm - Número de dias em um ano em que: 10mm < precipitação < 50mm.

100 80 60 40 20 0

TA50mm

Até 50mm

Os valores do índice TA50mm (Figura 9) mostram que a quantidade de dias com precipitação entre 10mm e 50mm está diretamente relacionada com o acumulado de precipitação anual, uma vez que os anos que apresentam maior quantidade de dias com precipitação entre 10mm e 50mm também são os anos que apresentam as maiores pluviometrias anuais (1993, 1994, 2008, 2009 e 2010). De modo inverso, na figura 8 observa- se o período entre 1995 e 1999 com precipitação anual abaixo da média histórica correspondendo aos menores do índice TA50mm da figura 9.

Considerando o índice TM50mm (Número de dias em um ano em que a precipitação diária foi maior que 50mm) exposto na figura 10, também verifica-se uma certa correspondência entre os anos com maiores acumulados e a ocorrência de chuvas intensas. O ano mais chuvoso de todo o período é 2010, apresentando 2604,1mm totais. Ao analisar os índices TA50mm e TM50mm, verifica-se que este ano apresenta 53 dias com precipitação que variou até 50mm diários. Com base apenas em TA50mm, a partir do número de dias com chuva moderada, 2010 não seria o ano mais chuvoso do período, e sim 1993, que apresentou um total de 89 dias chuvosos nessa faixa de análise. Em contrapartida, ao basear a análise nos dias com precipitação acima de 50mm (TM50mm), 2010 apresenta 12 dias de chuva intensa, ao contrário de 1993 que possui apenas 1.

(28)

15 1 99 3 1 99 4 1 99 5 1 99 6 1 99 7 1 99 8 1 99 9 2 00 0 2 00 1 2 00 2 2 00 3 2 00 4 2 00 5 2 00 6 2 00 7 2 00 8 2 00 9 2 01 0 2 01 1 2 01 2 2 01 3 2 01 4 2 01 5

Figura 10: TM50mm - Número de dias em um ano em que: precipitação > 50mm

TM50mm

15 10

5 > 50mm 0

Quanto aos anos menos chuvosos, 1997 apresenta pluviometria anual de 952,1mm, se caracterizando como o ano menos chuvoso de todo o período analisado, seguido de 1998, com 1047,3mm, e 2014, com 1134,6mm. O ano de 1997 apresenta 38 dias com

precipitação moderada até 50mm/dia, enquanto 2014 apresenta apenas 30 dias e 1998, 44 dias. Em contrapartida, 2014 apresentou 4 dias com chuvas intensas acima de 50mm/dia, fazendo sua pluviometria anual aumentar, enquanto 1997 apresenta somente 1 dia. O ano de

1998, apesar de não possuir nenhum dia com chuvas intensas, apresenta 44 dias de chuvas moderadas até 50mm/dia, deixando sua precipitação anual total acima da registrada em 1997.

Uma busca foi feita em outras estações pluviométricas da região, com a finalidade de comparar os registros pluviométricos obtidos na estação de Ibicuí aqui analisada. Pode-se perceber que apesar das pequenas diferenças entre a quantidade registrada, a variação mensal entre os anos de 1993 e 2015 observados na estação de Ibicuí, também é vista nas estações de Mambucaba e Coroa Grande, localizadas em municípios vizinhos à Mangaratiba. A figura 11 apresenta os dados comparativos da média de precipitação mensal.

Figura 11: Comparação da média da precipitação mensal no período entre 1993-2015 registrada nas estações

pluivométricas de Ibicuí (Mangaratiba) , Mambucaba (Angra dos Reis) e Coroa Grande (Itaguaí).

400,0 300,0 200,0 100,0

Mambucaba (Angra dos Reis) Ibicuí (Mangaratiba)

Coroa Grande (Itaguaí) 0,0

(29)

16

6.1 Relação entre precipitação intensa e episódios de deslizamentos

O distrito de Conceição de Jacareí está localizado predominantemente em região montanhosa, embora o centro turístico esteja em áreas de planície costeira (BARBOSA et al., 2010). Devido ao desenvolvimento econômico, a valorização imobiliária causou uma espécie de gentrificação, obrigando a população nativa a se afastar das áreas próximas ao mar, se instalando em encostas íngremes muitas vezes de maneira desordenada (BARBOSA et al.,

2010). Esse crescimento ocasiona o desmatamento dessas encostas, podendo acelerar processos erosivos e movimentos de massa. A retirada da vegetação das encostas resulta na rápida saturação do solo durante chuvas intensas, gerando grandes impactos na paisagem e na vida da população (BARBOSA et al., 2010).

É imprescindível esclarecer que as ações antrópicas caracterizam-se como uma das variáveis que determinam os níveis de impactos dos eventos de precipitação, e entender o uso do solo é importante para medir os prejuízos de uma chuva intensa. A partir disso, percebe-se que a vulnerabilidade dos centros urbanos frente aos eventos de precipitação intensa requer adaptação da população com o intuito de minimizar danos resultantes de fenômenos climáticos (PEREIRA et al., 2009).

Outrossim, uma evidência clara do efeito das chuvas encontra-se na praia da Itapera localizada no caminho entre o centro do distrito de Mangaratiba e o bairro de Santo Antônio, onde é possível observar muitos matacões junto à areia e ao mar, possivelmente resultante de uma corrida de detritos que os trouxe do alto da encosta. Somado a isso, em diversas partes desse mesmo trecho, é possível observar grandes matacões ainda posicionados na encosta, aparentemente “soltos”, que podem se movimentar com uma precipitação severa no local.

Com base em GUIDICINI e IWASA (1976, apud SOARES, 2006), a partir dos índices traçados para análise de precipitação, ao aplicá-los aos dados deste estudo é possível concluir algumas questões. Um dos índices seria a precipitação acima de 250mm/ em até 24 horas, a qual promove ocorrência de deslizamentos independente do histórico climatológico. A estação de Ibicuí não registrou nenhum dia com precipitação igual ou maior que esse valor. Contudo, em 27 de janeiro de 2013, foi registrada a maior chuva de todo o período, apresentando 206mm em um único dia, que chega bem próximo ao valor favorável para deslizamentos independentes. No entanto, este valor está muito acima da média crítica da região apontada pela GEO-RIO, precipitação acima de 50mm/24h, com base

(30)

17

em estudos climatológicos e meteorológicos da região litorânea do Sudeste brasileiro (disponível em http://www.sistema-alerta-rio.com.br/alertas).

(31)

16

Ainda de acordo com GUIDICINI e IWASA (1976, apud SOARES, 2006) o índice pluviométrico entre 12% e 17% da pluviometria média anual acusa a possibilidade de alcançar um grau crítico de saturação do solo, dependendo do histórico de pluviometria elevado, que é o caso da região, tendendo a ocorrer deslizamentos. Com base nisso, ao analisar os dados observa-se que muitos dias se enquadram nesse índice, caracterizando o município como área de risco contínua em dias chuvosos. Por exemplo, 2010 apresentou uma média anual de 217mm, o que faz com que os dias críticos que se encaixam nesse índice devem apresentar uma precipitação entre 26mm (12%) e 36,8mm (17%). Dessa forma, o ano mais chuvoso apresenta 9 dias onde a precipitação poderia alcançar um grau crítico de saturação do solo. Somado a isso, o índice pluviométrico acima de 20% da média anual pode apresentar deslizamentos em grandes dimensões, e 2010 apresentou 17 dias com chuvas acima de 43mm.

Janeiro de 2013 apresentou a maior pluviometria mensal de todo o período estudado, com 689,5mm durante seus 31 dias. Os dias 3 e 4 deste mês apresentaram, respectivamente, 100,7mm e 101,3mm de chuva, o que é um valor já considerado crítico para a região, principalmente por estar localizada em encostas. A notícia abaixo publicada no portal da Terra evidencia o que a precipitação intensa pode causar na região.

Moradores de Mangaratiba, município da Costa Verde do Rio de Janeiro, continuam ilhados em suas casas em razão da forte tromba d'água causada pelas chuvas dos últimos dias. Estima-se que 15 mil pessoas foram afetadas. Segundo a prefeitura, 90 pessoas estão desalojadas e foram levadas para um abrigo montado na Escola Municipal Maria Augusto Lopez, onde recebem alimentos, água potável, kits para dormir e de higiene pessoal.

TERRA, 4 de janeiro de 2013.

Além deste, Março de 1994 foi o mês que registrou o segundo maior índice pluviométrico de todo o período, com dados mostrando 680mm durante o mês, onde 90mm foi a precipitação apenas do dia 27. Com uma rápida busca foi possível encontrar registros das consequências dessa intensa precipitação. Veja a notícia abaixo:

(32)

17

Oito pessoas morreram, quatro ficaram gravemente feridas e pelo menos outras três estão desaparecidas em consequência de um deslizamento de encosta na Praia do Saco, em Mangaratiba (RJ). Seiscentas toneladas de terra destruíram duas casas e uma garagem de barco e deixaram outra casa condenada, no condomínio Sociedade Amigos do Guity.

O deslizamento aconteceu por volta de 3h da madrugada de domingo, depois de uma chuva forte durante toda a noite de sábado. Ontem houve queda de barreiras em vários pontos da estrada para Mangaratiba, a rodovia Rio-Santos, o que prejudicou o trabalho de socorro na Praia do Saco.

Os destroços ocupam uma área de 1.600 metros quadrados, em 80 metros compreendidos entre a estrada, o mar e a casa condenada. O major Ferreira, do Corpo de Bombeiros, disse que a área é de difícil acesso e que não permite a entrada das máquinas escavadeiras. Cerca de 50 homens estão afastando os destroços manualmente. Um barco e dois helicópteros estão sendo utilizados na operação.

FOLHA DE SÃO PAULO, 28 de março de 1994.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Compreender o comportamento de chuvas é fundamental para a ocupação de determinada região. Aliar o estudo do comportamento atmosférico com o planejamento urbano é fundamental para a maior segurança da ocupação humana na localidade, uma vez que entendendo a dinâmica climática é possível delimitar áreas de risco e “prever” possíveis consequências de eventos de chuvas.

O município de Mangaratiba mostra-se bastante crítico ao possuir boa parte de seu território composto por encostas íngremes e amplamente ocupadas. Somado a isso, o local está inserido espacialmente em uma região que possui uma dinâmica climatológica que chama bastante atenção, quando se trata sobre precipitação, uma vez que apresenta registros críticos de chuvas ao longo dos anos, tanto moderadas quanto intensas.

A análise da precipitação apresentada neste trabalho teve como intuito mostrar o comportamento da precipitação na região selecionada, concluindo-se que os maiores registros de precipitação estão ligados com a quantidade de chuvas moderadas, entretanto os maiores impactos registrados em notícias estão relacionados com as chuvas intensas, ocasionando enchentes e escorregamentos em encostas. Isso pode ocorrer devido à falha ou até mesmo ausência de planejamento no momento da ocupação, que foi feita em áreas de relevo instável devido à declividade do terreno ocupado.

(33)

18

Uma ferramenta possível de minimizar os impactos da região, uma vez que as regiões críticas já estão ocupadas, e realocar as famílias que moram nesses lugares, muitas vezes há

(34)

19

gerações, seria bastante complexo de realizar, seria a instalação de um sistema de escoamento eficiente das águas da chuva, como forma de evitar a sobrecarga e saturação do solo. Aliado a isso, devido à região possuir abundância em quantidade de chuvas, essas águas escoadas por esse sistema poderiam ser direcionadas a pequenos reservatórios de água pela cidade, localizados próximos às moradias que possuem o abastecimento feito pela rede de águas da cidade de forma intermitente, como por exemplo o bairro de Junqueira, no distrito de Mangaratiba, que esporadicamente passa por falta de água nas caixas d’água, sendo necessário a contratação de caminhão-pipa para abastecer os moradores do local.

(35)

20

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRE, Romisio Geraldo Bouhid et al. Identificação de regiões pluviometricamente homogêneas no Estado do Rio de Janeiro, utilizando-se valores mensais. Rev. Bras. Meteorol., São Paulo, v. 23, n.4, p.501-509, Dec. 2008.

DE ARAÚJO SALVADOR, Mozar; Sayuri Futino Castro Dos Santos, Larissa. Análise Da Precipitação na cidade de São Paulo No Período 1961-2009. Revista Brasileira de Climatologia, [S.l.], v. 7, set. 2010. ISSN 2237-8642.

DERECZYNSKI, Claudine Pereira, Oliveira, Juliana Silva de and Machado, Christiane Osório. Climatologia da precipitação do município do Rio de Janeiro. Rev. Bras. Meteorol., Mar 2009, vol 24, no.1, p 24-38. ISSN 0102-7786

DIAS, Maria assunção Faus da Silva. Complexos convectivos de mesoescala sobre a região sul do Brasil. Departamento de Cirências Atmosféricas (IAG-USP). Disponível em <

http://climanalise.cptec.inpe.br/~rclimanl/boletim/cliesp10a/mcc_cli.html>

FONSECA, Samuel Ferreira et al. Análise da precipitação pluviométrica do município de

Pirapora-MG (1961 e 2013).Corutiba, v.38, p.35-49, Dez. 2016. ISSN 2177-2738

IBGE Cidades. Disponível em <

http://cidades.ibge.gov.br/v3/cidades/municipio/3302601>. Acesso em: 24 de jan. 2017.

MICHEL, G.P; Kobiyama, M.; Goerl, R.F., Avaliação do papel da vegetação na estabilidade de encostas através do modelo SHALSTAB modificado. 9º Simpósio Nacional de Geomorfologia, 2012. Disponível em < http://www.sinageo.org.br/2012/trabalhos/1/1-

657-690.html>. Acesso em: 15 de set. 2017.

MINUZZI, Rosandro Boligon et at. Climatologia do comportamento do período chuvoso da região sudeste do Brasil. Rev. Bras. Meterol., Dez 2007, vol.22, no.3, p 338-344. ISSN 0102- 7786

MOURA, Maurício do Nascimento and Vitorino, Maria Isabel. Variabilidade da precipitação em tempo e espaço associada à Zona de Convergência Intertropical. Rev. Bras. Meteorol., Dez 2012, vol.27, no.4, p. 475-483. ISSN 0102-7786

PEREIRA et al. Climatologia da precipitação no município do Rio de Janeiro. Revista Brasileira de Meteorologia, v.24, no.1, 24-38, 2009.

REBOITA, Michelle Simões et al . Regimes de precipitação na América do Sul: uma revisão bibliográfica. Rev. bras. meteorol., São Paulo, v. 25, n. 2, p. 185-204, jun. 2010.

SILVA DIAS, P.L. 1995: A Zona de Convergência do Atlântico Sul. IV Curso de

(36)

21

SOARES, E. Caracterização da Precipitação na Região de Angra dos Reis e a sua relação com a ocorrência de deslizamentos de encostas. Jun. 2006, 145 páginas, dissertação. Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPE. Rio de Janeiro, Jun. 2006.

TOMAZIELLO, Ana Carolina Nóbile and Gandu, Adilson Wagner. Impacto da temperatura da superfície do mar na simulação da Zona de Convergência do Atlântico Sul. Rev. Bras. Meteorol., Set 2013, vol. 28, no.3, p. 291-304. ISSN 0102-7786.

(37)

21

ANEXO 1 – Valores mensais e anuais de precipitação da série histórica 1993-2007 da estação de Ibicuí (Mangaratiba/RJ)

MÊS 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 JAN 261,5 114 289,2 148,4 193,1 55,9 69,5 285,8 158,1 90,6 311,2 281,9 271 215,4 187,2 FEV 201,1 315,9 405 347,3 0 97,4 130,8 311,5 314,8 376,4 18,4 330,9 128,5 178,5 181,2 MAR 103,9 680 178,6 130,9 154,9 34 20 223,8 149,9 153,5 229,4 185,2 270,1 142,5 53,8 ABR 123,8 136,1 67,4 182,2 41,8 7 97,7 77,3 96,7 96,5 90,9 255,9 346,2 124,8 138,1 MAI 132,8 208,9 161 155,2 61,8 47,2 109,7 34,9 94,3 242,5 99,5 127,9 112,6 159,5 94,5 JUN 166,3 257 65,7 72,3 29,9 33,3 128,5 4,7 24,4 80,1 16,4 80,5 60,6 153 89,8 JUL 166,8 37,7 76 43,4 15,2 22 86 132,2 67,5 22,7 25 247,6 103,4 53,6 59,4 AGO 73,3 102 22,4 22,2 101,8 129,5 24,1 54,9 45,2 25,7 150,9 26,2 13,9 116,9 26,4 SET 235,8 88,1 24,8 88,7 66,8 287,4 166,1 188,3 75 108,2 70,3 42 181,2 112,4 52,5 OUT 263,8 214,5 177 38,3 82,1 167,1 214,3 74,1 85,5 173,7 238,4 82,2 271,6 165,9 302,8 NOV 114 115,7 99 204,1 172,4 131,3 120,6 152,3 101,7 252,2 428,4 192,3 285,8 191,5 193,2 DEZ 315,9 239,9 9,5 76,8 32,3 35,2 188,8 266,5 319,7 418,2 186,6 159,6 287,8 233,3 SOMA ANUAL 2159 2509,8 1575,6 1509,8 952,1 1047,3 1356,1 1806,3 1532,8 2040,3 1865,4 2012,2 2044,9 1901,8 1612,2

(38)

22

ANEXO 2 – Valores mensais e anuais de precipitação da série histórica 2008-2015 da estação de Ibicuí (Mangaratiba/RJ)

MÊS 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 MÉDIA MENSAL JAN 365,8 245,5 244,4 303,6 245,4 689,5 58,1 71,4 224,2 FEV 247,4 194,1 155,6 50,9 32,2 173 33,4 303,9 196,9 MAR 312,1 143,8 492,8 324 95,8 325,6 162,7 490,5 219,9 ABR 221,9 205,1 343 373,4 49,5 138,8 175,8 57,1 149,9 MAI 119,4 115,1 26,5 118,7 171,9 113,9 64,2 115,3 116,8 JUN 53,8 100 108,7 39,9 240,6 46,6 77,6 147,9 90,3 JUL 3,4 121,8 297,9 78,8 52,9 148,1 140,7 43,4 88,9 AGO 107,9 49,4 31,5 54,7 54,7 20,3 57,8 11,7 57,5 SET 121,3 154,7 158,3 49,2 76,7 61,6 76 101,4 112,5 OUT 166,5 234,8 141,7 156,9 96,8 91,2 29,2 155,3 157,6 NOV 248,6 164 308,9 74,8 125,8 179,8 122 310,2 186,5 DEZ 147,3 421,3 294,8 212,2 59 185,2 137,1 275,7 204,7 SOMA ANUAL 2115,4 2149,6 2604,1 1837,1 1301,3 2173,6 1134,6 2083,8

(39)

23

ANEXO 3 – Valores mensais e anuais de precipitação da série histórica 1993-2007 da estação de Mambucaba (Angra dos Reis/RJ)

MÊS 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 JAN 164,5 85,9 243,7 327,5 233,5 277,4 188,3 316,1 198,8 120 316,9 316,8 358,8 222,5 191,7 FEV 298,9 59,6 312,9 789,6 27,4 393,1 313,9 292,6 98 458,1 41,6 396,3 183,9 224,1 180,5 MAR 176,4 537,2 310,2 564,6 203,2 278,8 417,6 207,2 208,3 79 286,7 241,1 288,9 195,9 65,6 ABR 145,8 309,7 70 228,2 157,6 126,8 145,7 56,9 163,9 192,9 48,7 348,7 289,3 204 152,6 MAI 33 2,6 181 107,4 106 160,8 59,8 31,3 119,7 125,9 72,5 171,5 107,8 90,1 131,4 JUN 86,8 159,3 52,6 60,5 43,1 43,9 129,4 3,1 52,1 158 24,2 89,7 103,7 65,5 137,6 JUL 55,7 35,9 84,2 82,7 60,4 45,9 131,1 129,5 106,2 52,1 27 257,2 138,8 68,5 124,8 AGO 30 15,8 122 54,2 52,8 60,7 19,6 95,2 38,8 28,3 145,5 30,9 19,9 69,4 33,7 SET 174,3 109,8 255,6 204,8 215,5 321,3 137,6 210,6 123,8 144,9 99,1 79,5 193,8 148,9 76,2 OUT 79,3 186 369,5 141,2 160,1 213,3 281,5 117,1 139,1 137,3 326,5 139,6 204,6 196,6 244,2 NOV 103,8 163,7 328 233,4 358,5 175,3 123,8 149,2 123,7 252,8 452,1 223,7 349,5 234,4 302,1 DEZ 119,6 319,3 193,5 90,3 192,9 266,3 198,1 323,7 316,5 316,9 250,4 281,2 310 275,5 203,7 SOMA ANUAL 1468,1 1984,8 2523,2 2884,4 1811 2363,6 2146,4 1932,5 1688,9 2066,2 2091,2 2576,2 2549 1995,4 1844,1

(40)

24

ANEXO 4 – Valores mensais e anuais de precipitação da série histórica 2008-2015 da estação de Mambucaba (Angra dos Reis/RJ)

MÊS 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 MÉDIA MENSAL JAN 361 274,8 477,4 305,9 279,8 1028,2 123 259,3 290,1 FEV 250,7 292,4 245,4 253,6 107,9 272 75,1 369,4 258,1 MAR 394,8 432,3 471,8 522,4 193,6 434,5 220 315,8 306,3 ABR 202,9 169,7 240,3 392,5 94,3 116,8 289,1 195,4 188,8 MAI 94,6 326,4 76 147,7 179,8 142,2 92,4 122,5 116,6 JUN 79,6 123 148,7 24,1 200,1 29,8 94,5 186,9 91,1 JUL 3,7 171,5 185,2 97,6 56,7 157 189,8 29,3 99,6 AGO 155,5 51,3 45,1 98,3 22,5 35,8 50,6 15,1 56,1 SET 164 153,1 184 74,9 73,1 94,8 88,3 119,4 149,9 OUT 195,9 259,8 118,7 225,4 133,7 141,3 130,7 191,7 188,4 NOV 370,9 137 228,4 136,8 187,9 224,3 132,6 288,6 229,6 DEZ 203,2 475,1 597,6 229,5 126,7 150,3 78,4 231,2 250,0 SOMA ANUAL 2476,8 2866,4 3018,6 2508,7 1656,1 2827 1564,5 2324,6

(41)

25

ANEXO 5 – Valores mensais e anuais de precipitação da série histórica 1993-2007 da estação de Coroa Grande (Itaguaí/RJ)

MÊS 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 JAN 70,3 267,1 174,9 182,7 234,7 290,9 201,4 258,6 122 69,1 209,5 289,3 121,2 253,5 310,8 FEV 358,7 68,4 318,7 440,4 49,1 397,2 217,1 247,3 246,2 187 0 301 120,3 264 238,4 MAR 276,8 460 234,4 293,7 248,3 310,9 274,8 170,3 194,2 196,4 281,4 89,8 332,4 107 75,8 ABR 105,7 167,2 99 168,4 122,7 103,7 171,9 107,1 109,7 118,1 32,3 253,7 326,2 178,6 157,5 MAI 85,4 147,5 306,4 107,4 116,7 123,5 52,6 106,1 141,1 173,5 125,3 146,5 90,7 189,2 124,2 JUN 161,6 168,9 118,5 72,7 30,8 62,2 256,3 18,2 47,8 85,4 0 64,8 36,6 112,1 150,5 JUL 57,1 98,2 79,9 40,9 36,9 61,6 256,3 107,7 140,2 98,9 24,2 9,1 205,6 70,8 55 AGO 25 75,8 162,4 64 64,7 62,2 79,1 75,9 44,5 0 150,1 38,1 23,7 79,7 17,5 SET 169,4 269,1 275,7 152,9 157,8 300 158,4 215,3 80,3 179 75,6 64,8 353,4 187,5 52,2 OUT 87,4 119,2 358,3 102,2 153,8 367,9 292,7 117,9 117,3 159,4 198,8 89,8 332,7 252,3 103,1 NOV 162,5 165,4 259,7 257,9 242,4 262,5 176 203,3 123,8 213,2 366,2 143 334,7 356,9 220,3 DEZ 284,5 226,4 157,2 94,2 184 275,5 138,3 297,4 293,9 420,4 221,5 179,3 307,4 200 SOMA ANUAL 1844,4 2233,2 2545,1 1977,4 1641,9 2618,1 2274,9 1925,1 1661 1900,4 1684,9 1669,2 2277,5 2359 1705,3

(42)

26

ANEXO 6 – Valores mensais e anuais de precipitação da série histórica 2008-2015 da estação de Coroa Grande (Itaguaí/RJ)

MÊS 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 MÉDIA MENSAL JAN 320,2 214,6 65,4 124,3 186,6 484,3 14,2 74,4 197,4 FEV 363,5 213,2 195,8 13,2 0 0 1,8 327,3 198,6 MAR 273,7 74,5 450 277,4 80,9 263,3 180,3 365,6 239,6 ABR 176,3 72,8 361,5 450,1 55,9 69,8 147,6 158,8 161,5 MAI 78 181,5 112,9 184,4 218,8 124,2 193 167,5 143,3 JUN 33,3 330,7 133,4 49,2 175,9 186,7 299,6 139,1 118,9 JUL 0 569,4 253,1 70,5 29,4 209,3 122 63,5 115,6 AGO 94,6 301 193,4 43,7 12,3 136,9 138 20,8 82,8 SET 154,2 219,2 278 106,8 163,6 259,8 88,9 99,3 176,6 OUT 156,4 191,8 145,3 119 0 98,6 104,8 208,5 168,6 NOV 163,9 191,6 277,1 154,8 263,7 137,4 173,1 489,8 232,1 DEZ 127,4 471,6 218,9 337 208,6 344 255,9 278,5 251,0 SOMA ANUAL 1941,5 3031,9 2684,8 1930,4 1395,7 2314,3 1719,2 2393,1 2075,1

Referências

Documentos relacionados

(2014); Galloza (2017) , conjuntamente as recomendações descritas pelo ACSM (2014) sugeridas aos idosos para um programa de exercício físico que comprovaram os benefícios

Os carboidratos totais podem ser fracionados e classificados, como fração (A) açúcares solúveis com rápida degradação ruminal, (B1) amido e pectina, (B2)

Este trabalho tem como objetivo contribuir para o estudo de espécies de Myrtaceae, com dados de anatomia e desenvolvimento floral, para fins taxonômicos, filogenéticos e

(2008), o cuidado está intimamente ligado ao conforto e este não está apenas ligado ao ambiente externo, mas também ao interior das pessoas envolvidas, seus

O segundo foi um estudo randomizado, denominado United Kingdom Prospective Diabetes Study Group (UKPDS), realizado no Reino Unido em 1998 com pacientes diabéticos do tipo 2,

13 Além dos monômeros resinosos e dos fotoiniciadores, as partículas de carga também são fundamentais às propriedades mecânicas dos cimentos resinosos, pois

São considerados custos e despesas ambientais, o valor dos insumos, mão- de-obra, amortização de equipamentos e instalações necessários ao processo de preservação, proteção

Crisóstomo (2001) apresenta elementos que devem ser considerados em relação a esta decisão. Ao adquirir soluções externas, usualmente, a equipe da empresa ainda tem um árduo