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Tendência temporal de internação por infarto agudo do miocárdio nos estados do Sul do Brasil no período de 2008 a 2016

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JESSICA MAYUMI OKABE

TENDÊNCIA TEMPORAL DE INTERNAÇÃO POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO NOS ESTADOS DO SUL DO BRASIL NO PERÍODO DE 2008 A 2016

Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado como requisito parcial ao grau de médico e aprovado em sua forma final pelo Curso de Medicina, da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Palhoça, 27 de novembro de 2017.

______________________________________________________________ Prof. e orientadora, Fabiana Oenning da Gama, MSc.

Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________________ Prof. Daniel Medeiros Moreira, Dr.

Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________________ Prof. Nazaré Otília Nazário, Drª.

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TENDÊNCIA TEMPORAL DE INTERNAÇÃO POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO NOS ESTADOS DO SUL DO BRASIL NO PERÍODO DE 2008 A 2016

TEMPORAL TREND OF HOSPITALIZATION FOR ACUTE MYOCARDIAL INFARCTION IN THE SOUTHERN BRAZILIAN STATES FROM 2008 TO 2016

Jessica Mayumi Okabe1 Márcia Regina Kretzer2 Giovanna Grunewald Vietta3 Fabiana Oenning da Gama4

_________________________

1 Discente do Curso de Medicina. Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL - Campus Pedra Branca - Palhoça (SC) Brasil. E-mail: jessica.okabe@gmail.com

2 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente do curso de Graduação em Medicina. Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL - Campus Pedra Branca - Palhoça (SC) Brasil. E-mail:

marcia.kretzer1@gmail.com

3 Biomédica. Doutora em Ciências Médicas. Docente do curso de Graduação em Medicina. Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL - Campus Pedra Branca - Palhoça (SC) Brasil. E-mail:

ggvietta@gmail.com

4Enfermeira. Mestre em Psicopedagogia. Docente dos cursos de Graduação em Medicina e Enfermagem. Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL - Campus Pedra Branca - Palhoça (SC) Brasil. E-mail: oenning_gama@yahoo.com.br

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RESUMO

O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é responsável por altos índices de internações, uma das maiores causas de morbimortalidade. O estudo teve como objetivo analisar a tendência temporal de internação por IAM nos Estados do Sul do Brasil no período de 2008 a 2016. Estudo ecológico de séries temporais de internação por IAM, a partir do Banco de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Selecionadas as internações por IAM (CID 10 – código I 21.9) na população residente nos Estados do Paraná (PR), Santa Catarina (SC) e Rio Grande do Sul (RS), segundo sexo e faixa etária. Realizada regressão linear simples. Aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Sul de Santa Catarina. No período de 2008 a 2016, houve cerca de 154.828 internações por IAM na região Sul do Brasil. Verificou-se um incremento médio anual de 4,261 casos/100mil na taxa de internação por IAM na Região Sul (PR β= 1,064; SC β= 1,159, RS β= 1,156). Entre os homens incremento de 15,732 casos/100mil e nas mulheres 8,553 casos/100mil (p<0,001). As faixas etárias entre 40-49 e 70-79 anos para ambos os sexos apresentam tendência crescente (p<0,005). A faixa etária acima de 80 anos no sexo masculino apresentou a maior variação absoluta com 32.945,31 internações em 2008 e 35.152,95 internações em 2016. O estudo mostrou tendência ascendente nas taxas de internação por IAM na Região Sul, por sexo e faixas etárias acima de 30 anos para ambos os sexos.

Descritores: Infarto Agudo do Miocárdio. Tendência. Internação.

ABSTRACT

Acute Myocardial Infarction (AMI) is responsible for high hospitalization rates, one of the major causes of morbidity and mortality. The objective of this study was to analyze the temporal trend of hospitalization for AMI in the southern Brazilian states from 2008 to 2016. Ecological study of time series of hospitalization for acute myocardial infarction, from the Database of the Department of Informatics of the Unified Health System. The hospitalizations for AMI (CID -10 - code I 21.9) were selected in the population residing in the States of Paraná, Santa Catarina and Rio Grande do Sul were selected according to sex and age group from 2008 to 2016. Simple linear regression was performed. This study was approved by the Research Ethics Committee of the Southern University of Santa Catarina. Between 2008 and 2016, there were 154,828 hospitalizations for AMI in the southern region of Brazil. There was an average annual increase of 4,261 cases / 100,000 in the rate of hospitalization for AMI in the Southern Region (Paraná β = 1.064; Santa Catarina β = 1.159, Rio Grande do Sul β = 1.156). Among men increased from 15,732 cases / 100,000 and in women 8,553 cases / 100,000 (p <0.001). The age groups between 40-49 years and 70-79 years for both sexes present an increasing trend (p <0.005). The age group older than 80 years in males had the highest absolute variation 32,945.31 admissions in 2008 and 35,152,95 admissions in 2016. The study showed an upward trend in hospitalization rates for AMI in the Southern Region, by sex and age groups above 30 years for both sexes.

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INTRODUÇÃO

As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) representam um grande problema de saúde pública mundial e de importante magnitude no Brasil, sendo a principal causa de morbimortalidade, apresentando altos índices de mortes prematuras e redução da qualidade de vida. Dentre as principais DCNT estão a doença respiratória crônica, o câncer, o diabetes

Mellitus e as Doenças Cardiovasculares (DCV) as quais foram responsáveis por cerca de 63%

das mortes no mundo em 2008(1).

Nos Estados Unidos da América (EUA), ocorrem cerca de um milhão de mortes/ano por Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), sendo as DCV responsáveis por até 17% de toda a despesa nacional de saúde, representando uma das principais causas de internações e morbimortalidade(2). O número total de hospitalizações nos EUA em decorrência do IAM tiveram um acréscimo de 432.000 em 1979, para 681.000 em 2005, constatando uma tendência ascendente com aumento de 58% na taxa de hospitalização de 194/100.000 em 1979, para 231/100.000 habitantes em 2003. Quanto ao tempo de permanência, a média de hospitalização reduziu 67% durante o período, passando de 12 dias (1979-198) para 4 dias (2003-2005), podendo o tempo de permanência ser maior de acordo com a gravidade e idade do paciente(3).

Em Pequim, entre 2007-2012, um total de 77.943 pacientes, com idade média de 65,9 anos, foram internados com diagnóstico de IAM, destes 67,5% eram do sexo masculino. Durante este período, a taxa de hospitalização por IAM em 100.000 habitantes aumentou em 31,2% (55,8-73,3/100.000 habitantes)(4).

No Brasil, dentre as DCV as Doenças Isquêmicas do Coração (DIC) são consideradas as principais causas de morte em ambos os sexos, sendo responsáveis por 17,5 milhões de óbitos em 2012(5). Representam a terceira maior causa de internações no Sistema Único de Saúde (SUS), correspondendo a um total de 19% do custo total das hospitalizações(6,7).

Há no Brasil uma tendência ascendente quanto ao número de internações por IAM. Em 2008 houve cerca de 62 mil internações, e em 2016, aproximadamente 107 mil, segundo dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Somente em Santa Catarina, no período de 2008 a 2015, houve cerca de 31 mil internações(8), com um custo total de R$124 milhões(9)

Estudo ecológico realizado no Vale do Paraíba Paulista por Soares et al.(10) onde foram analisadas as internações por IAM e DIC, segundo o sexo e faixa etária acima dos 30 anos, em dois períodos distintos, 1999-2000 e 2004-2005, verificou taxas crescentes de internação, com predomínio do sexo masculino, em ambos os períodos analisados.

Ao analisar a evolução temporal dos coeficientes de internação por IAM em 17 regiões paulistas o estudo realizado por Sala(11) analisou, o período de 2000 a 2009, que apresentou um

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importante incremento no coeficiente, com valores 51% mais elevados em 2009, comparados ao início da década.

Apesar dos estudos já realizados,constata-se uma deficiência em pesquisas de tendência de hospitalização por IAM no Brasil. Visto isso, o presente estudo é de fundamental importância para o conhecimento da tendência de internação pelo IAM e da evolução temporal da doença, uma vez que ainda apresenta elevadas taxas de internação e morbimortalidade no Brasil e no mundo, bem como, por ter uma importante representatividade nos investimentos aplicados nessa área, tanto na prevenção como nos custos diretos para tratamento e internações. Assim, o objetivo do estudo foi analisar a tendência temporal de internação por Infarto Agudo do Miocárdio nos Estados do sul do Brasil no período de 2008 a 2016.

MÉTODOS

Estudo ecológico de séries temporais. Foram selecionados os casos de internação por IAM da população residente nos Estados do Sul do Brasil (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), segundo sexo, faixa etária e Estados no período de 2008 a 2016, disponíveis no Sistema de Internação Hospitalar (SIH) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Incluídas todas as internações por IAM notificadas com o CID -10, código I 21.9, em residentes nos três Estados, no período do estudo. Os dados foram tabulados no Windows Excel e analisados pelo programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) 18.0. Para cada ano do período estudado e para cada região foram calculados os coeficientes de taxa de internação por IAM, de acordo com sexo, faixa etária e Estado por 100.000 habitantes, sendo utilizado para análise o método de regressão linear simples, sendo considerado o valor de p< 0,05. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Sul de Santa Catarina, com CAAE número 62261716.3.0000.5369.

RESULTADOS

No período de 2008 a 2016, houve cerca de 154.828 internações por IAM na região Sul do Brasil. Na análise temporal observou-se uma tendência ascendente nas taxas de internações por IAM no Sul do Brasil, apresentando um incremento médio anual de 4,261 internações por IAM/100 mil habitantes. No início do período apresentou uma taxa de 82,65/100 mil habitantes e em 2016 118,67/100 mil habitantes (Gráfico 1).

A mesma tendência temporal de internação por IAM foi observada nos três Estados da Região Sul. O Paraná apresentou uma taxa crescente, variando de 15,57/10.000 em 2008, para 24,89/10.000 em 2016 (β=1,064; p=0,002). Em Santa Catarina a taxa foi de 17,11/10.000 em 2008, com um crescimento para 28,23/10.000 em 2016 (β=1,159; p<0,001). O Rio Grande do Sul apresentou uma tendência ascendente de 21,98/10.000 em 2008 para 30,57/10.000 em 2016 (β=1,156; p<0,001) (Gráfico 2).

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Ambos os sexos apresentaram tendência ascendente de internação por IAM (masculino β=15,732 p<0,001; feminino β=8,553 p<0,001), com variação de 279,32 (2008), para 418,46/100 mil habitantes (2016), entre os homens; e de 165,76 para 238,05/100 mil habitantes entre as mulheres (Gráfico 3).

Observou-se que as faixas etárias entre 40-49 anos e 70-79 anos, em ambos os sexos, apresentaram tendência ascendente das taxas de internação por IAM. Na faixa etária masculina entre 40-49 anos o incremento na taxa de internação foi de 368,56/100.000 em 2008 para 475,21/100.000 em 2016 (β=10,553; p=0,01). Entre 70-79 anos houve um aumento de 10791,40/100.000 para 12458,46/100.000 neste mesmo período (β=160,084; p=0,04). Na faixa etária feminina entre 40-49 anos o aumento na taxa de internação foi de 168,11/100.000 em 2008 para 210,63/100.000 em 2016 (β=5,184; p=0,02). E entre 70-79 anos houve um aumento de 4452,09/100.000 para 5130,12/100.000 neste mesmo período (β= 78,868; p=0,02) (Tabela 1).

DISCUSSÃO

Esta é uma pesquisa original, que buscou analisar a tendência temporal de internação por IAM nos Estados do Sul do Brasil, no período de 2008 a 2016, com base no banco de dados disponíveis no Sistema de Internação Hospitalar (SIH) do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS).

O presente estudo demonstrou uma tendência ascendente nas taxas de internação por IAM nos três Estados do sul do Brasil no período analisado.

Corroborando com o presente estudo, Zhang et al.(4) ao analisarem a tendência de internação por IAM e seus subtipos de 2007-2012 em hospitais não militares de Pequim, verificaram 77.943 hospitalizações no período analisado, com média de idade de 65,9 anos, sendo 67,5% do sexo masculino. Durante o período analisado a taxa de internação aumentou cerca de 49,5% (de 80,5 para 120,4/100.000 habitantes).

Nos Estados Unidos, segundo estudo realizado por Fang et al.(3) as taxas de mortalidade por IAM tiveram uma redução constante desde 1960, no entanto, as taxas de internação mostraram uma tendência ascendente, com cerca de 432 mil internações por IAM como primeiro diagnóstico em 1979 e 681 mil em 2005, apresentando um incremento de 58%. A idade média dos pacientes era de 67 anos, com predomínio do sexo masculino.

Em Taiwan, estudo realizado por Yin et al.(12) na Base de dados do Seguro Nacional de Saúde, sobre a incidência de IAM, tratamento e mortalidade intra-hospitalar, constatou entre 1997-2011, uma incidência de 30/100 mil habitantes em 1997 e em 2011, 44/100 mil habitantes, mostrando importante incremento nestas taxas.

Já o estudo realizado por Talbott et al(13) ao analisar a tendência temporal de internação por IAM em 20 estados norte-americanos no período de 2000-2008, levando em consideração a

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variação geográfica e as diferenças entre os sexos, mostrou uma tendência decrescente em todos os Estados, exceto na Flórida, no período analisado, divergindo do estudo atual.

Não há estudos recentes de tendência temporal de internação por IAM no Brasil, mas segundo dados do DATASUS o país apresentou uma tendência ascendente no período de 2008-2016(14). Ainda, estudos realizados no Estado de São Paulo mostram uma tendência crescente nas taxas de internação decorrentes do infarto(10,11), Sala(11) também encontrou no período de 2000 a 2009 um importante incremento, sendo em 2000 de 31,8/100.000 habitantes e em 2009 de 47,9/100.000 habitantes(11).

As tendências ascendentes nas taxas de internação por IAM, podem ser atribuídas ao padrão decrescente nas taxas de mortalidade devido a melhora no atendimento pré-hospitalar associada aos avanços terapêuticos. Desse modo, com o auxílio de serviços como a Estratégia de Saúde da Família (ESF) e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) implantados pelo Ministério da Saúde através da Política Nacional de Atenção às urgências (PNAU), há uma melhor assistência, para um maior número de pacientes, visto que anteriormente não chegariam à emergência com vida (15). Neste cenário, com a melhoria do atendimento pré-hospitalar, há uma redução entre o tempo de início dos sintomas até o início do tratamento efetivo, fazendo aumentar o número de internações, uma vez que a maioria das mortes ocorre nas primeiras horas de manifestação da doença (40 a 65% na primeira hora), e cerca de 80% nas primeiras 24 horas(16).

No estudo atual, pode-se observar que ambos os sexos apresentaram tendência ascendente de internação por IAM. No que se refere à diferença entre os sexos, houve maior prevalência do sexo masculino quanto ao número de internações.

Corroborando com os resultados encontrados, estudos realizados em Pequim e nos Estados Unidos apresentaram maior taxa de prevalência do sexo masculino quanto a internação decorrente de infarto(3,4). Caccacomtsac et al.(17) ao analisarem a taxa anual internações por IAM entre 1995-2005, em Buenos Aires, verificaram 367 mil internações por IAM, sendo 75% do sexo masculino. A prevalência do sexo masculino também foi observada no estudo de Soares et

al.(10) na região do Vale do Paraíba Paulista no período de 2004-2005, com 60,1% das internações, e de Lemos et al.(18) no Rio Grande do Sul, ao caracterizarem o perfil dos paciente portadores da Síndrome Coronária Aguda (SCA), atendidos em uma emergência em Porto Alegre, encontraram 63,8% do sexo masculino. Resultado similar foi encontrado também em estudo observacional descritivo realizado por Coelho et al.(19) no Hospital de Clínicas de Uberlândia – MG, no período de março a outubro de 2006 com pacientes diagnosticados com infarto agudo do miocárdio, encontrando uma importante prevalência de 71,1% das internações por pacientes do sexo masculino.

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Estudo realizado no município do Rio de Janeiro, por Escosteguy et al. (20) com objetivo de analisar o perfil e os fatores associados ao óbito hospitalar nas internações por IAM segundo dados do SIH/SUS, evidenciou a prevalência do sexo masculino em 61,5% dos casos.

Dados epidemiológicos do Framingham Heart Study, maior estudo observacional sobre os fatores ou características comuns para DCV, mostram que o infarto é mais incidente em homens, com morbidade 6 vezes maior do que nas mulheres, na faixa etária de 35 a 44 anos. Entretanto, após os 45 anos, a frequência no sexo feminino acelera rapidamente e a diferença é reduzida ao fator de 1 após os 75 anos, com tendência a superar o sexo masculino em idades avançadas(21).

Pode ser considerado que, entre os fatores propostos para explicar essa situação, encontra-se fatores protetores inerentes à mulher, como os níveis elevados de estrogênio, fato que diminui o tempo de exposição aos fatores de risco para doença coronariana, cujos efeitos aterogênicos sobre o sistema surgem com o passar dos anos, reduzindo os casos de IAM e consequentemente as taxas de internação do sexo feminino em idades inferiores a 40 anos(19).

A maior prevalência de internações do sexo masculino, pode estar associada ainda ao menor autocuidado, como hábitos alimentares inadequados e maior tendência a fumar(21-22). Segundo relatório da Vigilância de Fatores de Risco e proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) em uma década, os hábitos dos brasileiros tem impactado no aumento da prevalência de diabetes (61,8%), HAS (14,2%) e excesso de peso (26,3%) sendo este mais prevalente em homens(22).

Vale ressaltar ainda que os homens além de faltarem mais as consultas médicas, apresentam uma menor procura dos homens pelos serviços de saúde, relacionada ao seu processo de socialização, a visão de que as UBS correspondem a um espaço feminino e da precarização dos serviços de saúde específicas para o acompanhamento masculino. No que se refere à preferência dos homens em relação ao atendimento de saúde Figueiredo (23) afirma que os homens elegem o acesso a farmácias, pois esses serviços responderiam mais objetivamente a suas demandas.

No atual estudo, as faixas etárias entre 40-49 anos e 70-79 anos em ambos os sexos, apresentaram tendência ascendente nas taxas de internação por IAM durante o período analisado. Onde a taxa de internação apresentou tendência ascendente com o aumento da faixa etária.

Em concordância com os resultados encontrados, estudo realizado na Argentina por Caccavomtsac et al. (17) ao analisarem as taxas de internação por IAM e variação segundo faixa etária, observaram que 50% dos casos de infarto ocorreram em pacientes com idade superior a 65 anos. Estudo realizado por Coelho et al.(19) ao analisar o perfil epidemiológico dos pacientes com IAM em Uberlândia, considerando os fatores de risco, as características do evento e o tratamento realizado, observaram maior ocorrência de infarto na faixa entre 60 e 80 anos,

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conforme observado por outros autores, dentre eles o estudo realizado em 2004 por Zornoff et

al.(24), com média de idade maior que 60 anos, e por Mathew et al.(25) que mostraram que 62% dos pacientes analisados tinham entre 51-74 anos, e 23% tinham mais que 75 anos. Valores similares foram encontrados ainda em Ribeirão Preto, por Gianini et al.(26) no Hospital das Clínicas, onde observou-se maior concentração de pacientes na faixa etária dos 50-70, sendo seguidos por aqueles com idade entre 70 e 80 anos.

Quanto ao aumento das taxas de internação nas faixas etárias entre 40-49 anos ao se pensar nas possíveis hipóteses associadas a essa ocorrência o estudo realizado por Coelho et al. (19) em Minas Gerais, evidenciou o estresse como importante queixa dos pacientes, os quais associavam o mesmo como motivo do infarto. Descreveram ainda que o acometimento do IAM em faixas etárias mais jovens, está associado a alta prevalência de fatores modificáveis como sedentarismo, obesidade, dislipidemia, Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e estresse. Os autores salientam a importância e a necessidade de controlar esses fatores de risco modificáveis, através de ações preventivas de saúde associadas a melhores recursos terapêuticos.

Estudo transversal realizado por Silva et al(27) em Florianópolis com dados do VIGITEL identificou associação com significância estatística entre a faixa etária de 40-59 anos e ≥ 60 anos à HAS sendo esta, uma das causas importantes de infarto definidas no Framingham Heart

Study(21). A hipótese associada a maior ocorrência da intenção por infarto na faixa etária acima

de 70 anos está relacionada ao envelhecimento da população, pois as alterações próprias referentes a idade, tornam os idosos mais propensos a desenvolver a comorbidades(28).

Segundo dados do Ministério da Saúdea pirâmide populacional do Brasil está mudando muito rapidamente sua estrutura etária, reduzindo a proporção de jovens e aumentando a proporção de idosos, devido a redução da mortalidade precoce e aumento da expectativa de vida ao nascer(29). Essa mudança se faz de forma acelerada e, em breve, o país apresentará pirâmides etárias semelhantes às dos países europeus(30).

A cada ano há um incremento de 200 mil pessoas maiores de 60 anos à população brasileira, responsáveis por uma demanda importante para o sistema de saúde. Neste cenário o aumento de idosos na população acarreta aumento da carga de doenças, em especial as DCNT entre elas as DVC e o IAM(31).

As maiores taxas de internação nesta faixa etária não estão relacionadas somente ao processo de envelhecimento crescente, mas também a melhoria da qualidade de vida e dos avanços da medicina, condições que aumentam a expectativa de vida, no entanto acompanhado de perdas estruturais e funcionais, devido ao envelhecimento, facilitando o aparecimento de DCV(32).

No Brasil, os processos de transição demográfica, epidemiológica e nutricional, a urbanização e o crescimento econômico e social contribuem para um maior risco de desenvolvimento de doenças crônicas(6,22). Frente a isso, algumas medidas já foram implantadas

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tal como o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) entre 2011-2022, o qual tem como objetivo promover o desenvolvimento e a implementação de políticas públicas efetivas, integradas, sustentáveis e baseadas em evidências para a prevenção e o controle das DCNT e de seus fatores de risco, e fortalecer os serviços de saúde voltados para a atenção aos portadores de doenças crônicas(6).

Observa-se no entanto, que apesar das taxas crescentes de internação no Brasil, o IAM ainda é a primeira causa de morte isolada(6), mesmo com os avanços terapêuticos e diagnósticos. Desta forma, estudos ecológicos de séries temporais são de suma importância para avaliar o comportamento epidemiológico das morbimortalidades por IAM, os fatores de risco, o acesso e a qualidade aos serviços de atenção primária e especializada em saúde, possibilitando uma melhor compreensão dos fatores determinantes e avaliação das políticas de saúde. Os resultados alcançados demonstraram que a tendência da internação por IAM nos três Estados do sul do Brasil é ascendente e em ambos os sexos. Foram encontrados poucos estudos nacionais, regionais e estaduais atualizados sobre o tema, o que confere importância ao estudo desenvolvido.

As limitações do estudo estão associadas aos dados serem somente (SUS), não tendo acesso à dados de planos de saúde e particular. Ainda, é comum o IAM não estar como diagnóstico principal, e sim como secundário no momento da internação, o que reflete em falha quanto a notificação. Outra limitação é que o CID-10 I 21.9 não é específico e pode não englobar todos os tipos de infarto.

Em conclusão, as taxas de internação por infarto agudo do miocárdio nos Estados do Sul do Brasil apresentaram a mesma tendência ascendente em ambos os sexos, com maior prevalência do sexo masculino. As faixas etárias de 40 a 49 e 70 a 79 anos apresentaram tendência de incremento nas taxas de internação, necessitando de maior atenção, em ambos os sexos.

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GRÁFICOS 20080 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 20 40 60 80 100 120 140

Taxa geral região SUL (β=4.261 r=0.921 p <0.001)Anos

T ax a de in te rn aç ão p or I A M /1 00 .0 00

Gráfico 1: Tendência temporal de internação por Infarto Agudo do Miocárdio no Sul do Brasil no período de 2008 a 2016.

Fonte: Elaboração dos autores, 2017.

20080 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 5 10 15 20 25 30 35 Taxa Paraná (β=1.064 r=0.878 p=0.002)

Taxa Santa Catarina (β=1.159 r=0.921 p<0.001)

Taxa Rio Grande do Sul (β=1.156 r=0.944 p<0.001)Anos

T ax a de in te rn aç ão p or I A M /1 00 .0 00

Gráfico 2: Tendência temporal de internação por Infarto Agudo do Miocárdio por Estado do Sul do Brasil no período de 2008 a 2016.

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20080 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 50 100 150 200 250 300 350 400 450 Taxa Masculino (β=15.732 r=0.930 p<0.001)

Taxa Feminino (β=8.553 r=0.921 p<0.001)Anos

T ax a de in te rn aç ão p or I A M /1 00 .0 00

Gráfico 3: Tendência temporal de internação por Infarto Agudo do Miocárdio nos estados do Sul do Brasil no período de 2008 a 2016 segundo sexo.

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Tabela 1 - Tendência de Internação por IAM na região Sul do Brasil, segundo faixa etária Masculina e Feminina de 2008 a 2016. VARIÁVEI S 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Coeficiente de Regressão (β) r Valor de p Faixa Etária Masculina 0-19 1,92 1,35 1,94 1,36 0,39 1,87 1,68 2,09 2,11 0.050 0.250 0.51 20-29 12,12 14,16 14,12 16,29 12,48 11,73 15,94 14,55 14,32 0.150 0.257 0.50 30-39 72,87 79,11 80,77 87,35 77,98 70,19 82,14 88,39 80,36 0.723 0.334 0.38 40-49 368,56 379,36 417,88 399,60 390,25 371,71 424,51 453,1 475,21 10.553 0.780 0.01 50-59 1381,73 1384,88 1484,84 1484,01 1362,63 1302,78 1404,4 1496,79 1577,37 12.937 0.417 0.26 60-69 4138,77 4130,73 4314,72 4184,08 3938,40 3790,57 4012,13 4328,94 4411,22 11.426 0.156 0.68 70-79 10791,40 10835,34 11433,84 11424,22 10838,14 10617,6 11277,15 12187,61 12458,46 160.084 0.681 0.04 > 80 32945,30 32543,27 33650,78 33300,23 31208,33 30391,65 32148,86 34446,75 35152,95 143.810 0.262 0.49 Faixa Etária Feminina 0-19 1,10 0,10 0,81 0,20 0,30 0,20 0,41 0,83 0,10 -0.043 0.319 0.40 20-29 4,96 2,17 5,72 4,60 4,04 3,84 3,47 5,54 3,62 -0.009 0.023 0.95 30-39 29,53 27,89 32,44 33,03 28,29 29,34 36,21 37,23 31,00 0.629 0.513 0.15 40-49 168,11 167,18 170,21 180,31 165,03 155,24 191,41 208,38 210,63 5.184 0.720 0.02 50-59 603,62 589,58 604,35 604,63 585,84 527,28 606,77 649,23 680,68 6.911 0.447 0.22 60-69 1788,93 1766,27 1806,14 1796,93 1689,22 1576,00 1759,41 1869,76 1913,27 8.224 0.230 0.55 70-79 4452,09 4348,03 4561,30 4552,85 4410,08 4293,04 4712,04 5007,46 5130,12 78.868 0.742 0.02 > 80 11582,44 10966,76 11333,33 11001,91 12516,28 10140,52 10851,38 11413,84 11668,2 -2.349 0.010 0.98

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