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Doenças genéticas raras com abordagem qualitativa: revisão integrativa da literatura nacional e internacional

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Academic year: 2021

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A qualitative approach to rare genetic diseases: an integrative

review of the national and international literature

Resumo Atualmente, há entre seis e oito mil adoecimentos catalogados por doenças raras, sendo que 80% são de origem genética e entre os estudos sobressaem os de natureza quantitativa e biomédica. Objetivou-se identificar e descrever as características dos estudos científicos, no Brasil e internacionalmente, com abordagem qualitativa, acerca das doenças genéticas raras publicados em bases indexadas na área da saúde e das ciências sociais. Utilizaram-se as bases de dados Scielo, Li-lacs, Medline, PubMed, BDENF, Web of Science, Scopus e CINAHL, com os descritores: “Qualita-tive Research” e “Rare Disease”, entre 2013-2018. Foram selecionados 171 artigos, classificados por ano, país, idioma, tipo de doença rara, estratégia de coleta de dados, área de conhecimento e tema. As produções revelam a pertinência dos estudos qualitativos sobre doença genética rara no seu po-tencial para subsidiar a organização, a tomada de decisões e a formação em saúde, de maneira que respondam às necessidades sociais e individuais da comunidade. É importante, todavia, desenvol-ver mais estudos, principalmente brasileiros, que abordem as condições genéticas raras, relevando as vivências e os afetamentos nas interações pes-soais, familiares, profissionais e organizacionais perante os modos próprios e efetivos de cuidar.

Palavras-chave Doença rara, Genética, Pesquisa

qualitativa, Experiência do adoecimento

Abstract There are currently between six and eight thousand illnesses classified as rare diseases, 80% of which are of genetic origin and among the studies those of a quantitative and biomedical na-ture stand out. The objective of this study was to identify and describe the characteristics of scien-tific studies in Brazil and worldwide using a qual-itative approach on rare genetic diseases published in indexed databases in the area of health and so-cial sciences. The Scielo, Lilacs, Medline, PubMed, BDENF, Web of Science, Scopus and CINAHL databases were researched between 2013-2018 using the key words “Qualitative Research” and “Rare Disease.” A total of 171 articles, classified by year, country, language, rare disease type, data collection strategy, knowledge area and theme were selected. The texts reveal the relevance of qualitative studies on rare genetic diseases in their ability to support organization, decision-making and health training in a way that responds to the social and individual needs of the community. It is important, however, to conduct further studies, especially within Brazil, that address rare genet-ic conditions, revealing the experiences and how they affect the personal, family, professional and organizational interactions in terms of the proper and effective modes of care.

Key words Rare disease, Genetics, Qualitative

research, Experience of illness

Ítala Paris de Souza(https://orcid.org/0000-0002-9780-4974) 1 Juliana Soares Androlage(

https://orcid.org/0000-0002-9993-5951) 2 Roseney Bellato (

https://orcid.org/0000-0001-8266-7789) 2

Reni Aparecida Barsaglini(https://orcid.org/0000-0002-8903-2695) 1

1 Instituto de Saúde Coletiva

da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Av. Fernando Correa da Costa s/nº, Boa Esperança. 78060-900. Cuiabá MT Brasil. italaparis@hotmail.com.

2 Faculdade de Enfermagem,

UFMT. Mato Grosso MT Brasil.

R

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Souza IP

introdução

O reconhecimento do que se designa por doen-ças genéticas raras como um problema de saúde global vem ganhando espaço de discussão, cada vez maior, no Brasil e no mundo. Elas afetam cerca de 8% da população mundial e, no Brasil, estima-se que 13 milhões de pessoas são acome-tidas1. Calcula-se que existam entre 6 e 8 mil

do-enças raras no mundo e, para 95% delas, não há tratamento específico até o momento2.

Segundo a associação de pessoas com doen-ças raras na Europa3, doença rara, também

co-nhecida pela denominação ‘doença órfã’, é qual-quer doença que afeta pequena porcentagem da população e é caracterizada por ampla diversida-de diversida-de sinais e sintomas que variam a diversida-dependiversida-der da doença e de como a pessoa a experiencia. Parte significativa delas tem origem genética, represen-tando cerca de 80% do total - e estas permane-cem ao longo da vida, mesmo que os sintomas não apareçam imediatamente.

Há de se considerar que as doenças genéticas raras, visto serem complexas, podem se apresen-tar de forma degenerativa e cronicamente debi-litantes, afetando as capacidades físicas, mentais, sensoriais e comportamentais da pessoa adoecida e sua família4. Tal perfil nos aponta que, a

depen-der da especificidade de cada doença e do modo como incide na vida dessas pessoas, demandará cuidados complexos e contínuos ao longo do tempo.

Em termos de definição, ainda não há um consenso único sobre doenças raras, sendo que, geralmente, no âmbito dos sistemas de saúde, tem-se como base o critério da prevalência ou do número de pessoas por elas afetadas5. Na União

Europeia, o termo “doença rara” inclui aquelas que afetam menos de 5 em cada 10.000 pessoas, enquanto que nos EUA se refere a doenças que afetam menos de 200.000 pessoas no país1. No

Brasil, são assim consideradas aquelas que afe-tam até 65 pessoas em cada 100.000 indivíduos, ou seja, 1,3 pessoa para cada 2.0002.

É de se destacar, dessa forma, a diversidade de definições; no entanto, autores sugerem que qualquer tentativa de harmonizar seus conceitos deve se concentrar em critérios objetivos padro-nizados, tais como limiares de prevalência, evi-tando nomeações qualitativas6.

Dado esse panorama geral, que mostra incer-tezas quanto às doenças raras, nosso interesse é conhecer o perfil dos estudos qualitativos sobre tal temática, pois entendemos que nos inúme-ros estudos e publicações nas diferentes áreas do

conhecimento têm predominado as questões clí-nicas, pautadas em aspectos específicos de deter-minada síndrome e/ou a dimensão quantitativa de acometimentos de certas condições raras. Ao mesmo tempo, parece-nos ser necessário conhe-cer como, em que medida e com quais enfoques têm sido desenvolvidos estudos de abordagem qualitativa.

A pesquisa qualitativa parte do pressuposto que existe uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, voltando seu olhar para o “estudo da história, das relações, das representações, das crenças, das percepções e das opiniões, produtos das interpretações que os humanos fazem a res-peito de como vivem, constroem seus artefatos e a si mesmos, sentem e pensam”7.

Assim, buscamos focar nas publicações cien-tíficas embasadas no método qualitativo sobre doenças genéticas raras publicadas nos últimos cinco anos, coincidindo com o crescimento ex-ponencial da produção científica brasileira e mundial sobre o tema8. E, apesar da grande

ex-pansão, a pesquisa qualitativa ainda se depara com desafios para sua consolidação, com pou-cas discussões oriundas das Ciências Humanas e Sociais na sua interface com a saúde9. Situação

semelhante entendemos envolver as discussões acerca das doenças genéticas raras, que tiveram importante incremento como foco de pesquisas, mas que ainda carecem de estudos de cunho qua-litativo.

Dessa forma, para oferecer maior visibilida-de, as características dos estudos científicos que vêm sendo publicados acerca das doenças genéti-cas raras, optamos, como primeira aproximação, por realizar levantamento exploratório. Assim, foi objetivo do estudo identificar e descrever as características gerais, estratégia de coleta de da-dos e temas abordada-dos em estuda-dos científicos sobre doenças raras, com abordagem qualitativa, publicados em bases indexadas na área da saúde e das ciências sociais, nacionais e internacionais, ao longo dos anos 2013-2018.

Metodologia

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura10

que explorou bases científicas da área da saúde e das ciências sociais por meio de levantamento da publicação científica qualitativa sobre doenças genéticas raras. A variada estrutura de amostra-gem das revisões integrativas10,em conjunto com

a multiplicidade de propósitos, tem o potencial de resultar um retrato abrangente de conceitos

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2019 O presente artigo é fruto da reunião dos

principais achados da revisão bibliográfica feita conjuntamente por duas das coautoras e dou-torandas, no processo de elaboração de suas respectivas teses sobre a experiência familiar de cuidado no bojo dos adoecimentos raros.

Para conduzir esta revisão de pesquisa, deli-neou-se os seguintes processos: identificação da questão de pesquisa; busca na literatura dos estu-dos; avaliação dos daestu-dos; análise; síntese dos da-dos; e apresentação10. Como ponto de partida, foi

estabelecida uma pergunta norteadora a respon-der: “como se caracterizam, ao longo dos últimos cinco anos, as publicações científicas nacionais e internacionais sobre doenças genéticas raras, dis-poníveis nas bases consultadas, que empregaram o método qualitativo, no que tange aos locais de produção, às estratégias de coleta de dados, área de conhecimento e aos temas enfocados?”.

Norteados por essa indagação foi seguido rigoroso processo de captura, seleção e sistema-tização dos artigos cujos passos estão descritos, sequencialmente, a seguir: inicialmente, os arti-gos foram capturados no Portal Biblioteca Virtu-al em Saúde (BVS), eleito pela sua abrangência e pela reconhecida relevância para a divulgação do conhecimento produzido na área de saúde, abar-cando as seguintes bases de dados: Scielo (Scien-tific Electronic Library Online); Lilacs (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde); Medline (Literatura Internacional em Ciências da Saúde); PubMed (National Library of Medicine); BDENF (Bases de dados em Enfer-magem). Além destas, lançamos mão de bases de acessos restritos, como a Web of Science, Scopus e CINAHL.

Não ignoramos, contudo, os importantes dados existentes em bancos de teses e disserta-ções, sites oficiais (como o da Orphanet, criado na França pelo Instituto Nacional Francês para a Saúde e Investigação Médica e o da Organização Mundial da Saúde), revisões/resenhas de livros e anais de eventos científicos que, embora passem por um crivo avaliativo diferente ao dos artigos científicos, merecem uma atenção específica.

Após simulações exploratórias de busca, os termos adotados foram Qualitative Research e Rare Disease. Optamos por empregá-los separa-dos ou combinasepara-dos – fazendo uso do operador booleano AND – para que fossem suficientemen-te sensíveis à captura das produções de aborda-gem qualitativa.

ar as doenças genéticas raras podem variar, a depender da área de estudo ou país de origem (encontramos variações como enfermidade rara, adoecimento raro, distúrbio raro), optou-se pela utilização dos termos em inglês por entender-mos que as revistas científicas têm exigido, em sua maioria, que o artigo a ser publicado traga o resumo em inglês, assim como as palavras-chave ou descritores. Dessa maneira, nos casos em que o termo rare disease não fosse utilizado ao longo do texto, ainda poderíamos capturá-lo pelo ter-mo presente no abstract e key word.

Como delimitador foi estabelecido o perío-do de cinco anos, mais especificamente junho de 2013 a junho de 2018, verificando, assim, todos os textos disponíveis na íntegra, sem restrição de idioma. A primeira busca geral, realizada em junho de 2018, resultou em um total de 1.266 textos.

Todos os estudos identifcados por meio da estratégia de busca foram avaliados através da análise dos títulos e resumos visando filtrá-los em função do objetivo proposto. Nas situações em que os títulos e os resumos se mostraram insufcientes para definir a seleção inicial, proce-deu-se à leitura na íntegra da publicação. Apli-cou-se, assim, os seguintes critérios de exclusão: a) repetidas/duplicidade; b) estudos de caso clí-nico de determinada doença; c) que tratavam de doenças raras em animais/catástrofes/problemas raros na natureza; d) que abordavam complica-ções/desfechos raros decorrentes de procedimen-tos cirúrgicos; e) que discutiam complicações raras decorrentes de terapias medicamentosas es-pecíficas; f) que traziam a construção/avaliação de questionários/instrumentos validadores para identificação diagnóstica de doença rara especí-fica; g) que apresentavam e discutiam metodolo-gicamente tipos de estudos em pesquisas; h) que avaliavam a adesão de pessoas com adoecimento raro na testagem de medicações; i) guias/proto-colos de práticas clínicas; j) resenhas de livros/ book review. Após essa filtragem, chegamos ao to-tal de 171 publicações que atendiam ao objetivo proposto, como ilustra a Figura 1.

Os artigos selecionados nessa segunda eta-pa advêm de plataformas bastante abrangen-tes e predominantemente biomédicas, como a PubMed e Lilacs, embora incluam textos oriundos das Ciências Sociais e Humanas e da pesquisa qualitativa em saúde, mesmo que em tímida quantidade. Já a Web of Science, Scopus e

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Souza IP

CINAHL cobrem a maioria dos campos científi-cos, porém seu acesso fechado, pertencente a pro-vedores comerciais, limitam o compartilhamento das informações11.

A relação dos textos selecionados e analisados nesta revisão encontram-se no Quadro 1, para acesso dos que tenham interesse.

Diante destes 171 artigos selecionados, iden-tificaram-se determinadas informações como título, ano de publicação, país de origem, área de concentração, objetivo, tipo de doença rara, estratégia de coleta de dados utilizada e princi-pais temas abordados. O processo de captura das publicações e análise dos dados foi realizado por duas pesquisadoras, que desenvolveram esse tra-balho de forma conjunta. Esses dados foram sis-tematizados, individualmente, em uma planilha do Microsoft Excel 2010 e da qual foi extraída

par-te dos dados que foram organizados e apresen-tados em duas categorias de descrição e análise, respondendo aos objetivos do estudo.

A primeira categoria, mais descritiva, intitu-lada Características gerais das publicações, ocupa-se dos atributos/propriedades gerais dos textos selecionados, no que se refere a ano de publi-cação, filiação dos autores por área do conheci-mento (considerando a área do autor principal), local de origem das produções (considerando o país onde foram realizadas as pesquisas), idio-ma e tipo de doença rara. A segunda categoria, intitulada Estratégia de coleta de dados e temas abordados nas publicações, apresenta o panorama geral acerca de como se deu a coleta de dados e os principais temas identificados no conjunto das produções selecionadas.

Figura 1. Número de produções encontradas inicialmente e resultado final conforme o tipo de base de dados (2019).

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2019 Quadr o 1 . R elação d os t ext os se le cio na dos, o rg aniza dos p or ano d e pub licação , tít ulo e D ig ital O bje ct I de nt ifie r (D OI), 2019. A no t ítulo D oi 2018 U nd er standing inf or mat io n shar ing ab ou t r ar e diseases: an e val uat io n o f the NIH’ s w ebsit e o n AA TD htt ps://d oi.o rg/10.1080/17538068.2018.1453434 2018 Te le pho ne health se rv ic es in the fie ld o f r ar e diseases: a q ualitat iv e int er vie w st ud y e xamining the ne eds o f pat ie nts, r elat iv es, and health car e p ro fessio nals in Ge rman y 10.1186/s12913-018-2872-9 2018 R egulat ing r ar e disease: S af el y fa cilitat ing a cc ess t o o rp han dr ug s Não p oss ui D OI 2018 R ec onst ruc ting no rmalit y f ol lo w

ing the diag

nosis o f a c hildho od c hr onic disease: d oes “r ar e” mak e a diff er enc e? 10.1007/s00431-017-3085-7 2018 Psy cholo gical a dap tat io n aft er p er ipar tum car dio m yo path y: a q ualitat iv e st ud y 10.1016 / j .mid w .2018.03.012 2018 Pe rsp ec ti ves o f pat ie nts and p hy sicians ab ou t ne ur oe nd ocr ine t umo rs. A q ualitat iv e st ud y 10.18632/o nc otarg et.24347 2018 Pat ie nt r ep or te d ou tc ome meas ur es in r ar e diseases: a nar rat iv e r ev ie w htt ps://d oi.o rg/10.1186/s13023-018-0810-x 2018 M othe rs ’ e xp er ie nc e o f car ing f or a c hild w ith Ear ly Onse t Sc oliosis A q ualitat iv e d escr ip ti ve st ud y 10.1111/jo cn.14301 2018 Lo ng-t er m p er sp ec ti ves o f famil y q ualit y o f lif e f ol lo w ing m usic the rap y w ith y oung c hildr en o n the au tism sp ec tr um: a phe no me nolo gical st ud y 10.1093/jmt/thx013 2018 Inc lusio n and e xc lusio n in the g lo balisat io n o f g eno mics; the case o f r ar e g ene tic disease in B razil 10.1080/13648470.2017.1381230 2018 Eng ag eme nt o f C ana dian P at ie nts w ith R ar e D iseases and T he ir F

amilies in the Lif

ecy cle o f T he rap y: A Qualitat iv e St ud y htt ps://d oi.o rg/10.1007/s40271-017-0293-1 2018 D ifficult

ies in the diag

nosis and t reat me nt o f r ar e diseases a cc or ding t o the p er ce pt io ns o f pat ie nts, r elat iv

es and health car

e p ro fessio nals 10.6061/c linics/2018/e68 2018 C hasing cur es: R ewar ds and r isks f or r ar e disease pat ie nt o rg anisat io ns in vol ve d in r esear ch 10.1057/s41292-017-0061-4 2018 C hal le ng es in R esear ch and H ealth T ec hnolo gy A ssessme nt o f R ar e D iseaseT ec hnolo gies: R ep or t o fthe ISPOR R ar e D isease Sp ecial Int er estG roup 10.1016/j .jv al.2018.03.004 2017 Li ve d E xp er ie nc e o f the M othe r’ s C ar ing o f A dult C hildr en w ith P er sist ent V eg etat iv e Stat e htt p://dx.d oi.o rg/10.4069/kjw hn.2017.23.4.287 2017 Z ent rales I nf or mat io nsp or tal üb er se lt ene Er kr ankung en 10.1007/s00103-017-2527-8 2017 V ie w s o f r ar e disease par ticipants in a UK w hole-g eno me se que ncing st ud y t owar ds se co ndar y finding s: a q ualitat iv e st ud y htt ps://d oi.o rg/10.1038/s41431-018-0106-6 2017 U nd er standing c oping st rat eg ies amo ng p eo ple li ving w ith sc le ro de rma: a f ocus g roup st ud y 10.1080/09638288.2017.1365954 2017 T he pat ie nt ’s e xp er ie nc e o f pr imar y ciliar y d yskinesia: a sy st emat ic r ev ie w 10.1007/s11136-017-1564-y 2017 T he par ent p er sp ec ti ve L esso ns can b e lear ne d fr om list ening t o the par ents o f c hildr en w ho ar e li ving w ith r ar e diseases s uc h as MPS Não p oss ui D OI 2017 T he I mp or tanc e o f C onne ct io n t o O the

rs in QoL in MSA and PSP

htt ps://d oi.o rg/10.1155/2017/5283259 2017 T he (I r)r ele vanc e o f G roup S iz e in H ealth C ar e P rio rit y S ett ing: A R epl y t o J u th 10.1007/s10728-016-0333-3 2017 Sup p or t ne eds o f p eo ple li ving w ith M yc oba ct er ium ulc er ans (B ur uli ulc

er) disease in a Ghana r

ur al c omm unit y: a g round ed the or y st ud y 10.1111/i jd.13785 2017 Shaping an Eff ec ti ve H ealth I nf or mat io n W ebsit e o n R ar e D iseases U sing a G roup D ecisio n-M aking T ool: I nc lusio n o f the Pe rsp ec ti ves o f P at ie nts, T he ir F amil y M emb er s, and Ph ysicians. 10.2196 / i jmr .7352

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Souza IP A no t ítulo D oi 2017 R ev ie w o f R ar e D iseases R esour ces: N at io nal Org anizat io n f or R ar e D iso rd er s (NORD) R ar e D isease Database, NIH Ge ne tic and R ar e D iseases I nf or mat io n C ent er , and Or phane t 10.1080/15398285.2017.1311613 2017 Qualificação e p ro vime nt o d e médic os no c ont ext o da P olít ica N acio nal d e A te nção I nt eg ral às P esso as c om D oe nças R ar as no Sist ema Únic o d e S aúd e (SUS) 10.1590/1807-57622016.0211 2017 Pr enatal ly diag nose d f etal t umo rs o f the hea d and ne ck: a sy st emat ic r ev ie w w ith ant enatal and p ost natal ou tc omes o ve r the past 20 y ear s 10.1515/jp m-2016-0074 2017 Pe nis C anc er : T he Li ve d E xp er ie nc e 10.1097/NCC.0000000000000366 2017 Pat ie nt-R ep or te d Ou tc ome and O bse rv er -R ep or te d Ou tc ome A ssessme nt in R ar e D isease C linical T rials: A n ISPOR CO A Eme rg ing Go od P ra ct ic es T ask F or ce R ep or t 10.1016/j .jv al.2017.05.015 2017 Par ental R efle ct io ns o n the D iag nost ic P ro cess f or D uc he nne M uscular D yst ro ph y: A Qualitat iv e St ud y. htt p://dx.d oi.o rg/10.1016/j .p edhc.2016.09.002 2017 N ur sing I mplicat io ns f or the M anag eme nt o f L ymp hat ic M alf or mat io n in C hildr en 10.1177/1043454216646541 2017 M eas ur ing w hat matt er s t o r ar e disease pat ie nts – r efle ct io ns o n the w or k b y the IRD iR C taskf or ce o n pat ie nt-c ent er ed ou tc ome meas ur es 10.1186/s13023-017-0718-x 2017 M ale b reast canc er : the s ur vi vo r’ s c ont ext. 10.5205/r euol.11077-98857-1-SM.1105201705 2017 Li ving w ith a r ar e health c ondit io n: the influe nc e o f a s up po rt c omm unit y and pub lic st ig ma o n c omm unicat io n, st ress, and av ailab le s up po rt 10.1080/00909882.2017.1288292 2017 Li ving w ith a r ar e diso rd er : a sy st emat ic r ev ie w o f the q ualitat iv e lit er at ur e 10.1002/mg g3.315 2017 Lig ht C hain (AL) A m ylo id osis T he J our ne y t o D iag nosis 10.1007/s40271-017-0273-5 2017 In vest ig at ing the S uitab ilit y o f the A sync hr onous, R emot e, C omm unit y-base d M etho d f or P re gnant and N ew M othe rs htt p://dx.d oi.o rg/10.1145/3025453.3025546 2017 Int eg rat ed T ransit io ns o f C ar e f or P at ie nts W ith R ar e P ulmo nar y D iseases 10,1097 / NCM.0000000000000198 2017 Insig hts fr om ear ly e xp er ie nc e o f a R ar e D isease Ge no mic M edicine M ult idisciplinar y T eam: A q ualitat iv e st ud y 10.1038/e jhg .2017.37 2017 Imag es o f s uff er ing d epic te d in diar ies o f famil y car eg iv er s in the a cu te stag e o f ne cr ot ising so ft t iss ue inf ec tio n: A c ont ent anal ysis 10.1016/j .ic cn.2017.02.004 2017 Gestat io nal g ig ant omast ia: A sy st emat ic r ev ie w o f case r ep or ts 10.4103/jmh.JMH_92_16 2017 Fo r the S ak e o f J ust ic e: Should W e P rio rit iz e R ar e D iseases? 10,1007 / s10728-014-0284-5 2017 Fe lt y’ s S yndr ome: A Qualitat iv e C ase St ud y Não p oss ui D OI 2017 Famil y e xp er ie nc e w ith ost eo ge nesis imp er fe cta t yp e 1:

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Shaping and manag

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Souza IP

Resultados e discussões

características gerais das publicações Nas duas últimas décadas tem crescido o re-conhecimento de que as doenças raras são um importante problema médico e social, imbricado substancialmente na consciência pública como resultado do trabalho de grupos de associações de pessoas e familiares que, em formato de re-des, aglutinam contatos, vínculos e conexões que promovem as interações presenciais e virtuais, expandindo fronteiras identitárias e limites geo-gráficos12.

O presente estudo, abarcando interstício tem-poral 2013-2018, mostra que a distribuição das publicações sobre doenças raras apresenta inten-sificação a partir de 2013, com picos nos anos de 2015 (38 artigos), 2016 (44 artigos) e 2017 (41 artigos). É possível que esse fato se justifique por ter tal temática “um motor incentivador” que lhe deu visibilidade no meio científico a partir de 2014, no mundo, quando o parlamento e o con-selho Europeu adotaram um novo programa de ação comunitária para a saúde pública13.

As doenças raras passaram, então, a ser prio-ridade no programa de saúde pública da União Europeia, sendo suas principais linhas de ação as trocas de informações através das redes de in-formação, e no desenvolvimento de estratégias e mecanismos de troca de informação e coordena-ção para incentivar a continuidade do trabalho e da cooperação transnacional.

O maior número de publicações a partir de 2015 pode também dever-se ao estímulo das le-gislações destinadas a tratamentos e incentivos às empresas farmacêuticas e de biotecnologia para desenvolver novos medicamentos, somado à aten-ção pelas pesquisas no âmbito da genética mole-cular, bioquímica e aos avanços tecnológicos6.

Ainda no período, constatamos que gradu-almente a temática pela perspectiva qualitativa alcançou visibilidade em periódicos. A sensibili-zação da sociedade, pesquisadores e orgãos go-vernamentais para as doenças raras aumentou nos últimos anos devido aos trabalhos das orga-nizações associativas das pessoas e famílias com doenças raras na luta pelo reconhecimento do direito à vida e à saúde12.

Do ponto de vista histórico, em 1983, a cria-ção da Organizacria-ção Nacional de Desordens Ra-ras (NORD), nos EUA, foi fundamental para a aprovação a Orphan Drug Act - Lei de incenti-vo ao Desenincenti-volvimento de Drogas Orfãs - haja vista a negligência da indústria farmacêutica no

desenvolvimento de tratamentos para as doenças raras14. Em 1986, a Aliança Genética foi criada

para aumentar a capacidade dos grupos de defesa genética, sendo que o primeiro levantamento so-bre as dificuldades de pessoas com doenças raras foi realizado pela Comissão Nacional de Doença Órfã, pelo Governo dos EUA, em 1989.

Acrescido a isso, a inexistência de um reco-nhecimento universal de sistema de codificação tornou-se um obstáculo para o registro confiável de pacientes em bases de dados nacionais ou in-ternacionais, prevenção da avaliação do impacto econômico e social oriundos de doenças raras15.

Com a crescente cautela das dificuldades associadas com as doenças raras e o valor de re-solvê-las, tornou-se importante a colaboração internacional para localizar esses problemas e os seus tratamentos14. Assim, em 2005, na Suécia,

re-alizou-se pela primeira vez a Conferência Inter-nacional sobre Doenças Raras e Medicamentos Órfãos, cobrindo uma série de questões com o apoio do Escritório de Doenças Raras, Institutos Nacionais de Saúde dos EUA e as Comissões Eu-ropeias. Percebemos, assim, que houve inúmeras ações governamentais e institucionais nas déca-das anteriores que incentivaram e/ou apoiaram o incremento da produção científica sobre doenças raras no interstício considerado.

Em relação ao país de origem, constatamos uma diversidade de distribuição geográfica das produções, evidenciando maior concentração de estudos nos Estados Unidos (50), seguido do Reino Unido (32), Canadá (15), Austrália (15) e Suécia (10), como mostra a Figura 2.

Assim como justificamos que o incremento da produção científica acerca das doenças raras guarda estreita relação com os acontecimentos históricos acima descritos, entendemos que tais acontecimentos também tenham influenciado o local de realização dessa produção, desenhando a distribuição geográfica por nós encontrada.

No que tange ao número pouco expressivo de produções brasileiras (6) no interstício temporal considerado, vale destacar que até o início dos anos 80 havia poucas iniciativas de enfrentamen-to das doenças raras como uma questão de Saúde Pública1. Apoiado na experiência americana para

a elaboração de políticas locais, o Brasil, como forma de promover a coesão do grupo de pes-soas com doenças raras, organizou em 200915 o I

Congresso Brasileiro de Doenças Raras, mesmo ano em que foi instituída a Política Nacional de Atenção Integral em Genética Clínica16. Em 2011,

o manifesto público de diversas associações reu-nidas culminou, mais tarde, na criação da

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2019

Figura 2. Distribuição espacial das produções (2019).

ca Nacional das Pessoas com Doenças Raras no SUS (PNAIPDR), instituída pela Portaria nº 199, de 30 de janeiro de 201417,18.

Fonseca19 destaca que o cenário de construção

dessa política brasileira foi marcado pela escassez de indicadores epidemiológicos nacionais sobre doenças raras que subsidiassem a determinação de sua situação real, bem como pela necessidade de que fossem estabelecidas ações e políticas des-tinadas à atenção às pessoas com doenças raras. Tais fenômenos podem explicar a ainda incipien-te publicação científica brasileira, visto que o in-teresse nesse grupo de doenças foi reforçado após a promulgação dos referidos dispositivos legais.

Com relação às produções qualitativas no âmbito mundial, é notável sua presença no con-texto europeu, já que por lá recai um elevado ní-vel de proteção social em comparação a outras partes do mundo, o que inclui a atenção à manei-ra pela qual normas, processos sociais e costumes afetam a saúde. Nesse sentido, são importantes as ações coletivas que reivindicam que a questão das doenças raras seja promovida como prioridade de Saúde Pública, ou seja, assumida enquanto direito social e responsabilidade de Estado. Com esse intuito, destaca-se o papel de instituições como a European Organization for Rare Disea-ses (EURORDIS) que, desde a década de 1990, fomentada por organizações de pacientes e fa-miliares, vem influenciando as políticas naquele contexto20.

Do ponto de vista do diagnóstico, existem cerca de seis a sete mil doenças conhecidas, sen-do que, semanalmente, a depender da especifi-cadade das entidades/patologia, novas doenças são descritas na literatura médica13. Nos artigos

selecionados, foi possível identificar 113 tipos de doenças raras como foco dos estudos, sendo as mais frequentes, por ordem do número de es-tudos em que aparecem, as seguintes: Distrofia Muscular de Duchenne (5), Fibrose Cística (3), Fibrose Pulmonar Idiopática (3), Esclerose La-teral Amiotrófica (3), Discinesia Ciliar Primária (3) e Osteogênese Imperfeita (3), Esclerodermia (2), Doença Falciforme (2), Mucopolissacaridose (2), Paralisia Supranuclear Progressiva (PSP) (2), Atrofia Muscular Espinhal (SMA) (2), Síndrome de Marfan (MFS) (2), Síndrome de Moebius (2), Epidermólise Bolhosa (EB) (2), Câncer de Mama em homens (2), Hipogonadismo Hipogonado-trófico Congênito (2) e Linfoma Cutâneo Primá-rio de Células T (2). As 71 doenças raras restantes apareceram somente uma vez cada como foco de estudo. É importante ressaltar também que, em 58 textos, não foi especificada doença alvo.

Destacamos que o fato de haver pequeno número de estudos abordando uma determina-da doença ou mesmo haver estudo único que a aborda não lhe diminui a importância, visto tra-tar tais estudos exatamente de doenças de ocor-rência rara. Assim, a dispersão de um grande número dessas doenças pelos estudos capturados

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nos reforça as características de sua expressão na população em geral, tanto no que se refere a sua raridade, assim como ao aparecimento, ano a ano, de novas e, ainda, o conhecimento inci-piente de suas manifestações confirmadas por estudos científicos.

Quanto ao idioma dos estudos publicados, apesar da diversidade de línguas oficiais dos dife-rentes países, predomina a publicação em inglês em 158 dos 171 textos, sendo os demais cinco em espanhol, quatro em português, dois em francês, um coreano e um em croata.

Com relação à área de conhecimento a que esses artigos se vinculam, foi possível identificar maior concentração em revistas da Medicina, com 64 (37%) artigos, da Enfermagem, com 31 (18%) produções, e da Saúde Pública, 12 (7,1%), que será discorrida adiante.

estratégia de coleta de dados e temas abordados nas publicações

Dentre as 171 publicações selecionadas, 90 (52,63%) se utilizaram da entrevista como prin-cipal estratégia de coleta de dados. Em análise mais acurada, deparamo-nos com diversas espe-cificações de tipos de entrevista, dentre as quais, destacou-se a semiestruturada, sendo menciona-da em 44,44% (40) desses textos. As estratégias de grupo foram utilizadas em menor grau, cor-respondendo a 10,52% (18) do total de produ-ções; e, dentre estas, a expressiva utilização da modalidade de Grupo Focal (GF), que corres-pondeu a 88,88% (16) dos textos.

No bojo das 63 produções restantes, encon-tramos 21 (12,28%) estudos realizados por meio de métodos mistos, que propunham a realização de pesquisas de abordagem quantiqualitativa, utilizando técnicas que variavam entre ques-tionários e observação participante, de modo a complementar os dados coletados. Localizamos, ainda, 17 (9,94%) artigos de revisão de literatura, 13 (7,60%) artigos reflexivos, 6 (3,50%) artigos cuja coleta de dados se deu por meio de material online e 6 (3,50%) estudos que não especificaram a estratégia de coleta utilizada. Na Figura 3, sin-tetizamos as estratégias de coleta de dados em-pregadas em cruzamento com a área de conheci-mento do estudo.

Esses achados refletem algumas das inúme-ras possibilidades de buscar a aproximação com a experiência do outro na abordagem qualitati-va, ou seja, uma “intenção geral” de proximida-de com o universo da subjetividaproximida-de das pessoas. Nessa intenção, estratégias de coleta, tais como a

entrevista ou as técnicas de grupo, tendem a ser priorizadas.

Concordamos que haja a pertinência dessas estratégias ao lidar com objetos de estudo que se constituam por meio de elementos subjetivos e interacionais, como é o caso das experiências de pessoas e famílias que convivem com algum ado-ecimento raro. Tais experiências desvelam, em si mesmas, tanto aspectos sociais como cognitivos, subjetivo-individuais como objetivo-coletivos21.

Assim, há de se apreender tais especificidades a partir de elementos da vida cotidiana e suas rela-ções, ainda que em perspectiva.

Quanto às revisões de literatura, são, espe-cialmente, importantes no sentido de situar de-terminado tema dentro de um contexto de pu-blicações que oferecem um panorama do estado da arte do conhecimento científico em relação ao que se pretende explorar. Vale salientar que não encontramos nenhuma revisão de literatura no contexto brasileiro, o que reforça a relevância e o ineditismo do presente estudo, já que, segundo autores22, a revisão de literatura também auxilia o

pesquisador na captação de fontes de ideias para novas investigações contextualizando o que já é conhecido com a percepção de temas/problemas ainda pouco pesquisados.

Quanto à área de conhecimento da publica-ção, destacam-se: a Medicina, com 64 (37%) ar-tigos; a Enfermagem, com 31 (18%) produções; e a Saúde Pública, 12 (7,1%). Embora sejam estas componentes, majoritariamente, da área da saú-de, há também de se considerar a especificidade da base de dados para predileção das publicações. Em “Outras áreas” foram englobadas as publica-ções unitárias da Filosofia, Antropologia, Odon-tologia, Música, Biomedicina e Empreendedoris-mo.

A coleta de dados por meio de entrevista se-miestruturada se sobressai como a principal es-tratégia utilizada pela Medicina e Enfermagem. Nestas, a entrevista é utilizada majoritariamente, consituindo-se 37 (57,81%) e 19 (61,29%) do total de produções nessas áreas, respectivamente, demonstrando certa “concentração” (ou predile-ção) por esse tipo de acesso às informações das pessoas. A Psicologia também emprega a entre-vista em número expressivo do total de seus es-tudos (50%).

Para a área da saúde pública, a entrevista e o grupo focal, em conjunto, mostram certa ex-pressividade, 5 (31,25%), mas não são de maior relevância, diluindo-se na variedade de estratégia de coleta de dados apresentada em seus estudos. Cabendo destaque aos estudos de Revisão de

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Figura 3. Distribuição da publicação por área de conhecimento e por estratégia de coleta de dados (2019).

teratura que representam 3 (18,75%) do total de estudos nessa área.

Em relação aos estudos de revisões de litera-tura, a área da Medicina foi a que mais produziu esse tipo de estudo em termos absolutos, com 6 publicações no período estudado. Entretanto, esse número representa apenas 9,37% do total de pro-duções da área; em seguida, temos a Enfermagem com 2 estudos, que respresentam 10,52% da pu-blicação na área, e Psicologia com 1 estudo, repre-sentando 8,3% do total de produções nessa área.

No que tange aos temas abordados, verifica-mos multiplicidades de enfoques e categoriza-mos os textos de acordo com aspectos que se cor-relacionavam, resultando em 11 temas. Os temas mais expressivos, quantitativamente, foram: 1. Experiências de pessoas e famílias que convivem com algum adoecimento raro, com 106 (61,98%) textos; 2. ferramentas de compartilhamento de informações online e criação de instrumentos que oferecem dados sobre doenças raras, com 22 (12,86%) textos; e 3. Perspectivas de profissionais que atuam no serviço perante o amparo de pes-soas adoecidas, quantificando 10 (5,84 %) textos.

Em relação ao tema 1, observamos que a experiência de pessoas e famílias que convivem com adoecimento raro é trazida nas publicações dentro de uma divesidade de contextos, quais sejam: na casa, no trabalho, na comunidade e

também no hospital. Nesse sentido, a experiência em condições de cronicidade alcança o cotidiano, de modo que esse achado reflete um movimen-to de ampliação do olhar para além dos muros hospitalares, entendendo a saúde dentro de uma perspectiva que abarca a vida em suas diversas dimensões e lugares de acontecer. Em relação aos participantes da pesquisa que relataram aspectos da conviência com um adoecimentos raro postos pela experiência que abarca diferentes esferas da existência, constatou-se predomínio da perspec-tiva das mães, seguidas dos pais, diversos entes familiares implicados no cuidado e da própria pessoa adoecida.

Dentre os aspectos da experiência das pessoas e famílias abordados nos estudos, ganharam re-levo o impacto de receber o diagnóstico de um adoecimento raro, a necessidade de cuidado que os adoecidos demandam, o aprender a lidar com a situação que se instaura - muitas vezes perme-ada por estigmas e preconceitos de diversas or-dens, os sentimentos e emoções envolvidos em todo processo do viver e cuidar, a espiritualidade como instrumento para lidar com a situação.

Em relação ao tema 2 - Ferramentas de com-partilhamento de informações online e criação de instrumentos que oferecem dados sobre do-enças raras - reunimos publicações que trabalha-ram com informações compartilhadas em blogs,

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Souza IP

redes sociais e outras mídias, demonstrando que essas ferramentas podem auxiliar pessoas e famí-lias que convivem com o adoecimento raro. In-clusive, um (4,54%) dos textos abordou o uso de aplicativos móveis para relatar reações adversas a medicamentos e outras informações de seguran-ça ao paciente. Houve destaque também para a importância da criação de websites que reúnam informações sobre a localização de recursos que possam auxiliar pessoas e famílias no engendra-mento do cuidado.

Dois (9,9 %) textos também trouxeram a in-tervenção telefônica realizada por profissionais de saúde no sentido de auxiliar, com maior agili-dade, pessoas com doenças raras.

No tópico 3, as produções abordaram a pers-pectiva profissional no tocante ao tratamento, diagnóstico e condutas adequadas ao quadro apresentado pelos pacientes em questão. Os es-tudos aqui reunidos apresentam um olhar mer-gulhado no conhecimento biomédico que se preocupa com caracterísiticas específicas de de-terminada doença rara, bem como acerca da alo-cação de recursos em saúde nesse âmbito.

Dada a importância do olhar biomédico na busca por compreender as doenças raras e suas caracteríticas ainda pouco exploradas e apreen-didas pelos profissionais de saúde, acreditamos que os aspectos aqui apontados são essenciais para que, em conjunto, possam compor um mo-saico de compreensão do que seja viver e cuidar na ocorrência da doença rara.

Os demais temas, que contabilizaram 33 tex-tos, ou seja, 19,29% do total, embora em menor quantidade separadamente, revelam a preocu-pação em tornar visíveis as necessidades sociais e individuais que perpassam o viver com doen-ça genética rara. Ganharam destaque discussões sobre o diagnóstico, medicamentos órfãos, gru-pos de apoio social e da comunidade diante das necessidades em saúde, judicialização em saúde, políticas públicas, qualidade de vida, definição de doença rara e tratamento.

Tais temáticas aqui encontradas retratam a relevância e o investimento em discussões cada vez mais próximas dos contextos sociais oriun-dos de ações cotidianas da experiência da doença e evidenciá-las, por sua vez, pode subsidiar novas pesquisas qualitativas sobre doença genética rara, principalmente no contexto brasileiro, de forma a potencializar e auxiliar pesquisadores/estudos que tenham interesse na temática.

conclusões

Ao darmos visibilidade às tendências das produ-ções nos últimos cinco anos, observamos que a experiência da doença rara vem sendo abordada nas áreas estudadas sob diversos prismas, eviden-ciando a necessidade de que os estudos qualitati-vos continuem a caminhar no sentido de conferir relevo às diversas subjetividades envolvidas no processo de adoecer e cuidar, de modo a ultra-passar o enfoque exclusivo dos sinais e sintomas específicos de determinada doença genética rara. Além do mais, os trabalhos localizados revelam a pertinência e o potencial dos estudos de cunho qualitativo, ao cobrirem variadas estratégias me-todológicas e temáticas no bojo do tema geral das doenças genéticas raras, o que pode subsidiar a organização, a tomada de decisões e a formação em saúde que visa atender às necessidades das pessoas adoecidas e suas famílias.

Ainda, ao emergirem reflexões da luta pelo direito à saude, a proposta de uma política inte-gral voltada às pessoas com doenças raras de for-ma genérica (com dois eixos, sendo o I composto pelas doenças genéticas que incluem as anoma-lias congênitas ou de manifestação tardia, defici-ência intelectual, erros inatos de metabolismo; e o II pelas doenças não genéticas, a saber, as in-fecciosas, inflamatórias e autoimunes) constituiu importante conquista de grupos sociais organi-zados que tiveram a potência de fazer com que o Estado viesse a incorporar essa proposta refletin-do, sobreturefletin-do, na produção brasileira em relação ao tema. Vale lembrar que, como desdobramento dessa política, a partir de 2016, o Ministério da Saúde habilitou estabelecimentos de saúde para funcionarem como Serviços de Referência para Doenças Raras integrados ao Sistema Único de Saúde, sendo que, até fevereiro de 2019, eram oito (localizados em Anápolis/GO, Distrito Federal, Recife/PE, Curitiba/PR, Rio de Janeiro/RJ, Porto Alegre/RS, Santo André/SP e Salvador/BA)23. Os

hospitais de ensino/universitários também são alternativa para atendimento (e pesquisa), assim como outras unidades integradas à rede pública de saúde. Contudo, há de considerar que a polí-tica em questão é relativamente nova e está em curso; que sua implementação como as políticas dirigidas às condições complexas (como é o caso das raras), geralmente, não ocorrem uniformen-te nas diferenuniformen-tes regiões e estados brasileiros; e, por fim, que, estando significativamente no âm-bito dos serviços públicos de saúde, pode refle-tir a atual conjuntura da política nacional com

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2019 Para finalizar, torna-se importante ressaltar

que as produções aqui selecionadas não se refe-rem à totalidade de estudos realizados no con-texto brasileiro e mundial, uma vez que muitos trabalhos, como teses, dissertações, livros, textos completos de anais de congresso e que não esta-vam indexados, não compuseram o levantamen-to e podem não ter sidos publicados nas bases de dados consultadas.

Consideramos que este estudo preenche, em certa medida, uma lacuna no cenário de

produ-tativo, apontando para a necessidade do desen-volvimento de novos estudos que revelem outras faces da experiência de cuidado em relação a pes-soas adoecidas. Também nos parece importante examinar as potencialidades que a produção do conhecimento qualitativo têm para responder, singularmente, as muitas e variadas necessida-des das pessoas e famílias, embasando melhores práticas profissionais, bem como ações políticas e governamentais que lhes ofereçam apoio ao viver e ao cuidar na doença rara.

colaboradores

IP Souza e JS Androlage trabalharam na concep-ção, análise e interpretação dos dados, redação do artigo, revisão crítica, bem como na aprovação da versão a ser publicada. R Bellato trabalhou na análise, interpretação dos dados, redação do arti-go e revisão crítica, bem como na aprovação da versão a ser publicada. RA Barsaglini trabalhou na concepção, interpretação dos dados, revisão crítica, bem como na aprovação da versão a ser publicada.

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Souza IP

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Artigo apresenado em 29/04/2019 Aprovado em 01/07/2019

Versão final apresentada em 03/07/2019

Este é um artigo publicado em acesso aberto sob uma licença Creative Commons BY

Referências

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