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ANÁLISE DA FORMAÇÃO MILITANTE: ESTUDO DE CASO EM UMA RÁDIO COMUNITÁRIA

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ANÁLISE DA FORMAÇÃO MILITANTE: ESTUDO DE CASO EM

UMA RÁDIO COMUNITÁRIA

Ricardo Gonçalves Severo (FURG) rg.severo@hotmail.com

O objetivo do trabalho é compreender como se dá o processo de engajamento em uma organização de movimento social. No caso desta pesquisa uma rádio comunitária no sul do Rio Grande do Sul. Para tanto se fez necessário a apreensão de variáveis pertinentes para determinação da participação. Tais variáveis consideram tanto aspectos macroestruturais (conjuntura histórica e política), mesoestruturais (características das organizações de referência) e microestruturais (relações face a face e aspectos biográficos dos envolvidos) de maneira integrada.

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Mesmo o “objeto” de pesquisa mais restrito em número de participantes, neste caso, uma rádio comunitária, não é desprovido de interdependências com outras organizações, sujeitos e redes de relações que não se restringem ao imediatamente observável pelo pesquisador. É preciso, assim, adotar a perspectiva analítica que abarque a compreensão do momento sociopolítico na qual se está imerso, quais organizações são possíveis ou existentes e quais são as formas de atuação dos sujeitos inseridos em tais organizações. Variam também quais elementos são preponderantes para determinar a agência dos indivíduos de acordo com o momento e espaço observado.

A pesquisa foi executada com um cruzamento de técnicas qualitativas de acordo com o estágio de investigação, tendo sido iniciada em 2013 e finalizada em 2014, com observação participante, executando a atividade de operador de som de modo a acompanhar os participantes de forma continuada. Após esta etapa e tendo estabelecido o critério de militantes compreendidos pelo espaço como figuras de referência, partiu-se para a realização de entrevistas em profundidade com nove sujeitos engajados na rádio por um período superior a cinco anos, variando o perfil etário, escolar e histórico de militância. Esta foi, sucintamente, a abordagem adotada na pesquisa.

Para realizar a pesquisa se fez necessária a adoção de diversos instrumentais teóricos, sem desconsiderar possíveis contradições que possam existir entre abordagens distintas. A teoria dos processos políticos – TPP (McAdam, Tarrow e Tilly, 2001) auxilia na compreensão de como podem se estruturar organizações de movimentos sociais de acordo com conjunturas diferentes, compreendendo o esquema das oportunidades políticas, apesar de tal elemento comportar em si uma extrema indefinição 1(GOODWIN e JASPER, 2004), os recursos disponíveis e formas de manifestação, ou o repertório do movimento social em questão. Esta abordagem traz implícito o referencial marxista, como próprio Tarrow (2009) reconhece, sem, no entanto, dar relevância aos elementos preponderantes de tal abordagem, em especial a luta

1 Um sistema político “democrático”, com a possibilidade de manifestação política por parte da sociedade civil é compreendido como conjuntura que oferece maior “oportunidade” para a constituição de movimentos sociais. Tal abertura e maior participação se dariam numa observação de menores riscos (McAdam, 1986) aos ativistas. No entanto, em conjunturas mais autoritárias, pode-se inferir que é justamente o maior risco que pode levar ao engajamento. Tais conjunturas diversas constituiriam tipos e quantidades diversas de organizações de movimentos sociais sem, no entanto, estimulá-las ou coibi-las.

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de classes e a análise do sistema capitalista como um todo. Revigorando tal perspectiva teórica, Della Porta chama a atenção para que o capitalismo parece ter desaparecido da análise dos movimentos sociais e protestos no período neoliberal e que para:

...entender suas principais características em termos de base social, identidade e estrutura organizacional e estratégias, precisamos olhar para as características específicas do contexto cultural, político e socioeconômico em que os protestos ocorrem (2015, posição 330 [ebook])”2

A ausência do Estado, do capitalismo e, conseqüentemente, do marxismo na análise dos movimentos sociais se dá em razão muito menos das características dos próprios movimentos e seus problemas objetivos e muito mais de parte significativa dos analistas no país que, em grande, parte a partir da década de 1990, dado a “crise” do marxismo, aderem à perspectiva dos novos movimentos sociais e/ou à teoria pós-moderna, centrando em análises microssociais e pós-materialista.

Considerando tais elementos é preciso localizar os sujeitos pesquisados em termos de período socioeconômico e organizações que o compõem. O espaço de investigação foi uma rádio comunitária na região sul do Rio Grande do Sul, fundada no ano de 2001. Essa rádio caracterizava-se pela intensa participação de militantes oriundos de correntes de esquerda do Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Comunista do Brasil (PC do B), sindicatos ligados em sua maioria à Central Única dos Trabalhadores, movimento negro, ambientalista e estudantil e ativistas sem relação com organizações formais. A sustentação financeira da rádio é possível em razão do apoio de sindicatos, que contribuem mensalmente para pagamento da estrutura (uma sala comercial) e funcionários (três operadores de som). Tais organizações estavam fortemente presentes no período inicial da fundação da rádio, deixando de participar de

2 No original: “...in order to unterstand their main characteristics in terms of social basis, identity and organizational structures and strategies, we should look at the specific characteristics of the socioeconomic, cultural and political context in which these protests developed.”

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maneira intensa após a eleição do governo Lula, a partir de 2002, em especial as correntes e partidos políticos.

A rádio surge, portanto, ao final do ciclo neoliberal comandado pelo PSDB e junto à criação do Fórum Social Mundial, integrando-o, assim como muito de seus colaboradores. Compactuando com o lema “um outro mundo é possível”, traz consigo as premissas da frente popular e da disputa do Estado por um viés eleitoral. Goldstone comenta:

Movimentos sociais não são meramente outro fórum ou método de expressão política, rotinizada juntamente às cortes, partidos legislaturas e eleições. Em vez disso, os movimentos sociais tornaram-se parte do ambiente que molda e dá origem aos partidos, cortes, legislaturas e eleições (2003, pg. 2). 3

Concordando com tal autor, especialmente no que diz respeito que os movimentos sociais podem tornar-se ou ser o principal suporte dos gestores do Estado, é preciso ressaltar que tal processo não se dá necessariamente em todos os casos e tampouco da mesma forma. Este autor faz um debate que é interno aos Estado Unidos da América e, portanto, àquele modelo político.

Ainda, é uma crítica à corrente teórica funcionalista que via os movimentos como “disfuncionais”. No Brasil é possível perceber o emprego de tal perspectiva de continuidade dos movimentos e governos, sendo substitutivo de tal continuidade, no nosso caso, o governo que passa de autoritário para democrático. No entanto, desprovida de análise crítica tanto sobre as características do Estado quanto dos movimentos, tratando-os como homogêneos, num sentido de institucionalização provável, há um risco de funcionalismo às avessas. Adote-se a perspectiva de que os movimentos sociais são:

...redes de interações informais entre uma pluralidade de indivíduos, grupos ou associações engajados em um conflito político ou cultural,

3 No original: “Social movements are not merely another fórum for of method of political expression, routinized alongside courts, parties, legislatures, and elections. Rather, social movements have become part of the environment and social structures that shape and give rise do parties, courts, legislatures, and elections.”

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com base em uma identidade coletiva compartilhada (DIANI e BISON, 2010, pg. 220).

Também a definição de Euzenia Carlos é interessante para compreensão do fenômeno da constituição das redes:

A rede de movimento social se desenvolve mediante o processo de construção de identidade coletiva, indo além de um evento, de uma campanha ou de uma iniciativa específica. Os movimentos são redes não-hierárquicas e formas de organização com fronteira fluida definida pela identidade coletiva, ou seja, pelo reconhecimento mútuo dos atores como membros do movimento interligados por uma cultura e solidariedade distintas. A identidade coletiva traz consigo um sentimento de objetivo comum e de comprometimento partilhado, o qual permite que ativistas e/ou organizações se considerem indissoluvelmente ligados uns aos outros em torno de uma causa comum (2011, pg. 157).

Assim é possível que um movimentos social se mantenha agindo em organizações de movimento social e dentro do Estado, caso perpetuem engajados no conflito, na identidade ou na resolução do(s) problema(s) que o originaram. No entanto, é preciso observar a forma de atuação e a localização dos sujeitos que servem de referência para tais movimentos. Kunrath Silva (2015) critica a perspectiva que compreende que há cooptação dos movimentos na atuação em conjunto com o Estado, entendendo como perspectiva “moral” do analista que faz tal designação.

Da mesma forma, a exclusão do entendimento de cooptação é uma perspectiva moral e política do analista, mais em razão das preferências do analista do que dos sujeitos pesquisados. Desta forma, há cooptação quando percebe-se que os atores-chave de organizações de movimento social deixam de se engajar no conflito que sustentava a identificação coletiva e passa a defender a atuação de apenas uma das organizações que compunham o movimento social, ou mais explicitamente, o partido responsável pela gestão do Estado e que passa a agir em coalizão com outros partidos que não são relacionados às pautas do movimento social. Isto se dá, por extensão, pelo fato

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de tal coalizão expressar um novo acordo entre classes sociais diversas e, desta forma, à impossibilidade do atendimento das demandas originárias.

Tal forma de atuação, que passa a dar preponderância à agência estatal, como forma de colonização das organizações de movimento social, elimina a consolidação da identidade coletiva e, portanto, acaba com as redes informais entre indivíduos e organizações, ainda mais quando há a percepção do não atendimento das demandas ou o recrudescimento dos processos de conflitos.

No caso da rádio, à época de sua fundação havia uma série de críticas diretas à atuação do governo federal, administrado pelo PSDB, e em especial no que diz respeito à perseguição às rádios comunitárias e à política neoliberal como um todo. Algumas correntes de esquerda do PT tinham forte atuação no movimento estudantil universitário e sindical e muitos destes militantes participavam ativamente da rádio. Era através desta organização de movimento social que divulgavam suas propostas ideológicas, em um circuito de rede informal em que havia troca de militantes entre as organizações. Na fala de diversos entrevistados, tal período era percebido como de maior conflito e dinâmica da atuação militante. A rádio para muitos aparecia com um espaço de embate contra antagonistas bem delimitados, no que diz respeito a uma separação identitária entre nós (esquerda), trabalhadores, movimentos sociais, socialistas, trabalhistas e mídia alternativa, versus eles (direita), bem definidos na burguesia, mídia comercial, partidos de direita e conservadores. Era, portanto, um espaço de construção e demonstração pública da demarcação de posições bem definidas.

O ambiente da rádio serviu à época como forma de denúncia contra tais grupos, além de espaço de aprendizado para jovens aderentes, oriundos do movimento estudantil e que viam em especial nos sindicalistas exemplos de militância, expresso na legitimidade junto à sua categoria, experiência política e forma de comunicação e coordenação do espaço, compreendendo que entende-se por capital militante (MATONTI E POUPEAU, 2006).

Estes sindicalistas eram uma presença constante e transmitiam conhecimentos a estes jovens ativistas, tanto no que diz respeito à produção da rádio quanto na constituição dos valores políticos que constituíam o habitus (BOURDIEU, 2004) deste espaço político, compreendido nas formas de se

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comunicar, contra e com quem se posicionar politicamente e especialmente na produção da rede militante. Conhecer quem são os demais militantes (em termos de posicionamento político e organização) e ser reconhecido pelos demais, e, a partir daí, ser aceito enquanto sujeito que compartilha os valores dos movimentos sociais de referência.

Nesta conjuntura inicial a rádio contava com uma rede de organizações militantes que tornava a participação nos diversos espaços de atuação dinâmica em razão da defesa de pautas comuns. Das universidades vinham estudantes, que em contato com partidos de esquerda, em contínua atividade no movimento estudantil, apresentava-os à rádio e demais organizações, as quais apresentavam outros indivíduos com experiências diversas e enriquecia seus capitais militantes, via participação em atos, manifestações, debates e na produção de programas na rádio.

A participação na rádio começa a se alterar, assim como suas características iniciais de embate, com a vitória do PT no governo federal. Com o realinhamento do governo no que diz respeito ao leque de alianças, a definição do nós e eles passa a ser mais difusa, especialmente junto aos mais jovens, que foram instrumentalizados pelos mais experientes tal definição. Daí se apresenta uma contradição dupla: sobre a definição e também sobre a postura dos mais experientes. Ora, antes, por exemplo, o Partido Progressista (PP) era bem definido como direita e, no governo federal passa a atuar em secretarias e como suporte do governo. Ainda, se quem ensinou a definição passa a flexibilizá-la, surge incredulidade sobre futuras construções de categorias políticas.

Da mesma forma a rádio, que antes era reconhecida como de embate, passa a um papel de defesa do governo federal. Se no governo do PSDB havia uma crítica em conjunto sobre a sua postura junto às rádios comunitárias, no governo do PT tal crítica fica restrita ou ao ministro ou aos meios de comunicação que pressionam o governo. Tenta reconfigurar o adversário direita/conservador) a valores abstratos que se colocam contra o governo federal, como maneira de não entrar em contradição com a sua postura prévia de firmar-se enquanto “esquerda”.

Desta forma, um dos primeiros sinais do esvaziamento da rádio se dá em razão da fragmentação da rede militante. Muitas organizações deixam de ver no

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governo um interlocutor, enquanto outras permanecem em sua defesa. Nas universidades os partidos antes referidos deixam de ter influência no movimento estudantil e, portanto, não formam novas gerações de militantes que mantenham a adesão na rede e em especial na rádio, haja vista que os sustentadores formavam o bloco cutista de defesa do governo. Neste ponto há uma redução da quantidade de jovens aderentes.

Aos que permanecem na rádio, o papel destes sindicalistas foi apontado como importante para as suas formações. Também o acolhimento que receberam dos demais neste espaço, formando laços de amizade que sustentavam suas participações para além da rádio. Ainda, possibilidade de adquirir experiência profissional 4na rádio somada à aceitação de suas sugestões e experiências também apareceram como elementos significativos para manutenção do engajamento.

O processo de desengajamento se dá tanto em razão das transformações da conjuntura macropolítica que alteraram o bloco de organizações que compunham o movimento social que antagonizava o neoliberalismo quanto de elementos geracionais locais. Como dito acima, as correntes políticas deixam de renovar os quadros para a rede militante, que se altera, sendo elemento quantitativo. Somado a isto, aqueles militantes que fundaram a rádio e/ou militavam nela, deixam espaços que serviam de recrutamento, como as universidades, cortando o laço de relação entre estes espaços. Como exemplo, dois sindicalistas que cursaram comunicação social e foram responsáveis pelo recrutamento de diversos estudantes, ao se formarem, acabam com o processo de renovação de aderentes na rádio. Percebeu-se que vários jovens já engajados na rádio permaneceram na universidade por mais algum tempo, sem, no entanto, manter este processo de recrutamento.

Três elementos apareceram como pertinentes para o processo de engajamento na rádio e na rede militante: que o sujeito recrutador seja já alguém reconhecido como detentor de capital militante mais abrangente do que aquele requerido na universidade e que os recrutandos também já tivessem passado por alguma experiência de militância no movimento estudantil, como forma de

4 Oliveira (2009 e 2010) destaca a importância da constituição de um estilo de vida e incorporação de capital à atividade profissional de valores advindos da militância.

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adoção de um ethos, um estilo de vida. Não havia a imposição de tal experiência, mas observou-se que aqueles jovens sem participação em espaços políticos não se identificavam com as temáticas da rádio. Uma das integrantes da rádio, formada no curso de Artes e sempre ativa na produção musical da rádio, ingressa no curso de Comunicação Social e convida diversos colegas para participarem da produção de programas. Grande parte destes estudantes não tinham qualquer forma de participação em movimento estudantil ou partidário. Muitos, pouco tempo depois de iniciarem a estagiar voluntariamente, deixam a rádio. Uma delas argumenta que “não entendia nada do que

falavam” ou que “não se identificava com o estilo da rádio”.

Por último, parte significativa dos que ficaram mais tempo engajados na rádio alunos do curso de Comunicação Social, indicando a possibilidade da atividade militante poder instrumentalizar suas atividades futuras profissionais. Este elemento é também fundamental para compreender o processo de desengajamento na rádio comunitária.

Diversos destes estudantes de comunicação iniciaram sua atividade na rádio de maneira voluntária. Após algum período já engajados, em decorrência de necessidades econômicas (dado que todos são oriundos de estratos econômicos populares) precisavam conseguir alguma atividade remunerada. Muitos ou foram absorvidos na rádio, recebendo um valor relativo ao salário base de radialista, ou eram contratados por alguma organização participante da rede (como sindicatos, Instituto de Estudos Políticos, entre outros). Assim, pelo período em que permaneceram estudando, ou ainda, que não tinham compromissos familiares que requeriam maior rendimento, permanecem na rádio comunitária.

Constatou-se, portanto, que a questão geracional, considerando o tempo necessário para a formação superior e a constituição de compromissos familiares que requeiram maior rendimento também são fundamentais para compreender o processo de desengajamento, compreendido como referente à organização de referência, mas não à disposição adquirida por meio deste processo de socialização na rede militante (PASSY, 2000).

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os elementos que se mostraram mais significativos para compreender a participação em organizações de movimento social, com as características investigadas, foram a conjuntura política, que modifica a relação interna das redes militantes que constituíam-se na base de compreensões de quem são os aliados e os adversários, alterando a composição dos indivíduos com base nas premissas ideológicas.

Ainda, no plano imediado, a caracterização do papel das lideranças (sindicalistas), a constituição de laços de amizade entre os integrantes da rádio, o reconhecimento dos demais integrantes das atividades desenvolvidas, a percepção do papel desempenhado pela rádio de se contrapor as gestores do Estado (capacidade de mobilização e dinamismo militante num sentido conflitivo), interação com outros espaços de militância (rede que possibilita recrutamento) e a disponibilidade biográfica (seja em razão da idade ou da ocupação laboral) e, entre os jovens, a possibilidade de relacionar a atividade militante com a futura atividade profissional.

No que tange aos elementos que levam à desmobilização, observou-se a decepção com as figuras compreendidas como lideranças, o fim da relação com outros espaços de militância que possibilitavam o recrutamento, a incapacidade arrefecimento e mesmo cooptação de diversos integrantes da rádio para estrutura estatal, o que levou à mudança da perspectiva do papel da rádio (de combativa contra o Estado para colaboradora).

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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