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Densidade de aves e tipos de cama na criação de frangos de corte no ecótono Amazônia Cerrado: Desempenho e uso da termografia na identificação de pododermatite

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL

TROPICAL

Densidade de aves e tipos de cama na criação de frangos de corte

no ecótono Amazônia Cerrado: Desempenho e uso da termografia

na identificação de pododermatite

Hérica de Araujo Costa

Dissertação apresentada para obtenção do título de Mestre, junto ao Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal Tropical da Universidade Federal do Tocantins.

Área de Concentração: Produção Animal Orientadora: Profa. Dra. Roberta Gomes Marçal Vieira Vaz

Co-orientadora: Dra. Mônica Calixto da Silva

ARAGUAÍNA

2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL TROPICAL

Densidade de aves e tipos de cama na criação de frangos de corte

no ecótono Amazônia Cerrado: Desempenho e uso da termografia

na identificação de pododermatite

Hérica de Araujo Costa

Dissertação apresentada para obtenção do título de Mestre, junto ao Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal Tropical da Universidade Federal do Tocantins.

Área de Concentração: Produção Animal Orientadora: Profa. Dra. Roberta Gomes Marçal Vieira Vaz.

Co-orientadora: Dra. Mônica Calixto da Silva

Araguaína 2019

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Dedico esse trabalho aos meus pais: Emivaldo

de Araújo Reis e Ofélia da Costa Leite Reis,

pela força e o incentivo que me deram para

continuar nesse meu sonho.

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Agradecimentos

Em primeiro lugar, gostaria de agradecer à Deus por ter me possibilitado chegar até aqui estou e ter me propiciado saúde para tanto. À toda minha família que sempre me deu todo o suporte durante minha vida e sempre me incentivou a alcançar meus objetivos.

Aos meus pais Emivaldo de Araújo Reis e Ofélia da Costa Leite Reis por toda luta que passaram para me dar educação, aos meus irmãos Joice de Araújo Costa e Hernandes de Araújo Costa. Aos meus avós, tios e primos, em especial Ronnaldo

da Costa Leite (dindo) meus sinceros agradecimentos.

Aos meus amigos que vou levar para sempre em minha vida, Valquíria, Latóya,

Caroliny, Carla (Carlinha), Denise, Ana kassia, Aleane, obrigada por estarem ao

meu lado me dando apoio e me ajudando com trabalho e palavras, que me motivaram a continuar nesse meu sonho, ao Felipe que mesmo longe sempre me deu força.

Aos amigos e colegas do grupo NEPANAC: Flávia Lúzia, Magna, Mayara,

Juliane, JJ, Rogel, Lucas (agregado), Jefferson e as novas integrantes Kênia e Maria Paula por toda ajuda concedida que foram muitas, meus eternos

agradecimentos. Agradeço também ao Wescley, Raquel e ao técnico Adriano. Ao Josimar que foi o parceiro de experimento que esteve durante toda a realização desse trabalho na luta comigo, sem palavras para agradecer por toda contribuição e ajuda, trabalhamos muito, mas vencemos.

À minha querida orientadora professora doutora Roberta Gomes Marcial Vieira

Vaz por sua orientação, oportunidade e contribuição no aprimoramento dos meus

conhecimentos e a co-orientadora doutora Mônica Calixto da Silva por ser essa pessoa amiga e por ter me ajudado desde o início desse projeto em minha vida, Mônica, mulher muito obrigada de todo meu coração, você é uma pessoa maravilhosa e é uma amiga que vou levar para sempre em minha vida.

Ao professor doutor Luiz Fernando Teixeira Albino da Universidade Federal de Viçosa, por toda ajuda e contribuição na realização desse experimento.

Ao professor Dr. Luciano Fernandes Sousa, pela disponibilidade em tirar minhas dúvidas e ajuda na estatística sempre que o solicitei.

À professora Dra. Marilú Santos Sousa, por fazer parte desse momento único com suas contribuições.

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À Profa. Dra. Kênia Ferreira Rodrigues, por ter contribuído nesse momento tão especial em minha vida.

À Universidade Federal do Tocantins em nome do Programa de

Pós-Graduação em Ciência Animal Tropical, pela oportunidade. À todos os professores

que fazem parte do programa, pelos ensinamentos.

À Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal do

Tocantins, professores, funcionários, pelo apoio.

Ao Jeekyçon, secretário do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal Tropical - UFT, pela sua ajuda sempre que precisei.

À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, pela concessão da bolsa de estudos.

À empresa GRANFORTE pelo fornecimento de matéria prima para realização deste trabalho.

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SUMÁRIO

RESUMO...8

LISTA DE QUADROS ... 10

LISTA DE TABELAS ... 11

LISTA DE FIGURAS ... 13

CAPÍTULO 1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS ... 14

1.1 INTRODUÇÃO ... 14

1.2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 16

1.2.1 Avicultura industrial ... 16

1.2.2 Fatores que afetam a produção de frangos de corte ... 17

1.2.3 Principais materiais utilizados na cama de frango ... 19

1.2.4 Função e qualidade do material a ser utilizado como cama de frango ... 22

1.2.5 Manejo da cama de frango ... 23

1.2.6 Densidade populacional ... 24

1.2.7 Problemas de pododermatite ... 26

1.3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 28

CAPÍTULO 2 - DESEMPENHO E QUALIDADE DE CARNE DE FRANGOS DE CORTE CRIADOS SOBRE DOIS TIPOS DE CAMA E DUAS DENSIDADES...37 RESUMO...38 ABSTRACT...39 Introdução...40 Material e Métodos ... 41 Resultados e Discussão ... 44 Conclusão...51 Agradecimentos...51 Referências...51

CAPÍTULO – 3 USO DA TERMOGRAFIA NA IDENTIFICAÇÃO DE LESÕES DE PODODERMATITE EM FRANGOS DE CORTE, CRIADOS SOBRE DOIS TIPOS DE CAMA E DUAS DENSIDADES ... 55

RESUMO...56

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Introdução...57 Material e métodos ... 59 Resultados e discussão ... 63 Conclusão...67 Agradecimentos...67 Referências...67

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RESUMO

Densidade de aves e tipos de cama na criação de frangos de corte no ecótono Amazônia Cerrado: Desempenho e uso da termografia na identificação de

pododermatite

Dois experimentos foram realizados com o objetivo de avaliar o desempenho, a qualidade de carne e a incidência de lesões de pododermatite em frangos de corte, criados sobre dois tipos de cama e duas densidades. No experimento I e II, foram utilizados 216 pintos de corte, mistos, de um dia de idade, da linhagem Cobb 500®,

com peso inicial médio de 54 g ± 3,37 g, distribuídos em delineamento experimental inteiramente casualizado (DIC), em arranjo fatorial 2x2, dois tipos de cama (maravalha e palha de arroz) e duas densidades (24 e 30 kg/m2), com quatro tratamentos (palha

de arroz e 24 kg/m2, palha de arroz e 30 kg/m2, maravalha e 24 kg/m2 e maravalha e

30 kg/m2) e seis repetições. No experimento I, foram avaliados o consumo de ração,

o ganho de peso, a conversão alimentar, o rendimento de carcaça, os rendimentos de cortes nobres, o peso relativo das vísceras comestíveis, os órgãos imunes, o peso e o comprimento do intestino delgado, a gordura abdominal, os parâmetros sanguíneos, as proteínas totais e albumina, a coloração da carne do peito, perda de peso por descongelamento, perda de peso por cocção, o pH e a força de cisalhamento. No experimento II, foram avaliados os valores de pH, umidade e temperatura da cama, as temperaturas superficiais máximas, mínimas e a amplitude térmica do coxim plantar dos pés, de frangos de corte dos 28 aos 42 dias de idade e o escore visual do coxim plantar dos pés aos 42 dias. Observou-se que no experimento I, os tipos de cama não influenciaram o consumo de ração, o ganho de peso e o peso corporal. Havendo efeito sobre a conversão alimentar. As diferentes densidades influenciaram o consumo de ração e o ganho de peso, sem efeito para a conversão alimentar e o peso corporal. Houve interação entre os tipos de cama e as densidades para o consumo de ração, o ganho de peso, a conversão alimentar e o peso corporal aos 42 dias de idade. Os tipos de cama e as densidades não afetaram os rendimentos de carcaça, coxa e sobrecoxa, no entanto, houve efeito da densidade para o rendimento de peito. Os pesos relativos das vísceras comestíveis, os órgãos imunes, o peso e o comprimento do intestino delgado, a qualidade da carne e os parâmetros sanguíneos não foram influenciados pelos tratamentos, porém, o tipo de cama, influenciou a gordura abdominal e a enzima aspartato aminotransferase (AST). No experimento II, observou-se que não houve interação entre os tipos de cama e as diferentes densidades, para as temperaturas máxima, mínima e para a amplitude térmica. No entanto, a temperatura mínima e a amplitude térmica, foram influenciadas pelos tipos de cama e pelas densidades, sem efeito sobre a temperatura máxima. As densidades e os tipos de cama não influenciaram os valores de pH, umidade, temperatura da cama e o escore visual do coxim plantar de frangos de corte abatidos aos 42 dias de idade. Conclui-se que a cama de maravalha e a densidade de 24 kg/m², apresentaram os melhores resultados de desempenho para frangos de corte de um aos 42 dias de idade e que a termografia foi eficiente para evidenciar que os frangos de corte criados sobre a cama de palha de arroz e a densidade de 30 kg/m², apresentaram menores temperaturas mínima no coxim plantar, indicando indícios de lesões de pododermatite dos 28 aos 42 dias de idade.

Palavras-chaves: Desempenho produtivo. Densidade de criação. Materiais

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ABSTRACT

Density of poultry and litter types in broiler chickens reared in the Amazonian ecotone Cerrado: Performance and use of thermography in the identification of

pododermatitis

Two experiments were conducted to evaluate the performance, meat quality the use of thermography to detect signs of pododermatitis of broiler chickens reared on two different litter materials and at two stocking densities. In experiments I and II, 216 one-day-old Cobb 500® broiler chicks of mixed sex with a mean initial weight of 54 ± 3.37 g were used. The chicks were allotted in a completely randomized design (CRD) in a 2x2 factorial arrangement: two litter materials (wood shavings and rice hulls) and two stocking densities (24 and 30 kg/m2), totaling four treatments (rice hulls and 24 kg/m2, rice hulls and 30 kg/m2, wood shavings and 24 kg/m2 and wood shavings and 30 kg/m2) and six replicates. In experiment I, the following variables were evaluated: feed intake, weight gain, feed conversion, carcass yield and prime cuts, the blood parameters, total proteins and albumin, edible viscera, immune organs, intestine weight and length, abdominal fat, breast meat color, pH and shear force. In experiment II, the values of litter pH, moisture and temperature, the visual score and the maximum and minimum surface temperatures and thermal amplitude of the plantar surface of the footpad of broilers from 28 to 42 days of age were evaluated. In experiment I, the different litter materials did not influence feed intake, weight gain, and body weight but it affected the feed conversion. The different stocking densities influenced feed intake and weight gain, with no effect on feed conversion and body weight. There was an interaction between litter material and stocking density for feed intake, weight gain, feed conversion and body weight at 42 days of age. Litter materials and stocking densities did not affect the yields of carcass, drumstick, and thigh. However, there was an effect of stocking density on breast yield. The relative weight of the edible viscera, the immune organs, the weight and length of the small intestine, the meat quality and the blood parameters were not influenced by the treatments. However, the litter material influenced the abdominal fat and the enzyme aspartate aminotransferase (AST). In experiment II, there was no interaction between litter materials and different stocking densities for maximum and minimum temperatures and thermal amplitude. However, the minimum temperature and the thermal amplitude were influenced by different litter materials and stocking densities, with no effect on the maximum temperature. The stocking densities and litter materials did not influence the values of litter pH, moisture and temperature, and the visual score of the plantar surface of the footpad of broilers slaughtered at 42 days of age. It was concluded that the bed of shavings and the density of 24 kg / m² presented the best performance results for broiler chickens from one to 42 days of age and that the thermography was efficient to show that broiler chickens raised on bed of rice straw and density of 30 kg / m², presented lower minimum temperatures in the plantar cushion, indicating indications of lesions of pododermatitis from 28 to 42 days of age.

Keywords: Alternative materials. Broiler performance. Pododermatitis. Stocking

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LISTA DE QUADROS

Quadros do capítulo 1

Quadro 1.1. Relatos de trabalhos com a qualidade de cama utilizada na criação de frangos de corte sobre os níveis de amônia e pH...19 Quadro 1.2. Trabalhos realizados com diferentes tipos de cama na produção de frangos de corte...21

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LISTA DE TABELAS

Tabelas do capítulo 2

Tabela 2.1 Composição nutricional das dietas para frangos de corte em diferentes fases de criação ... 42 Tabela 2.2 Consumo de ração (CR), ganho de peso (GP), conversão alimentar (CA) e peso corporal (PC) de frangos de corte aos 42 dias, criados sobre dois tipos de cama (palha de arroz e maravalha) e duas densidades (24 e 30 kg/m²) ... 45 Tabela 2.3 Rendimentos de carcaça (RC), peito (RP), coxa (RCX) e sobrecoxa (RSCX) de frangos de corte aos 42 dias criados sobre dois tipos de cama (palha de arroz e maravalha) e duas densidades (24 e 30 kg/m²) ... 47 Tabela 2.4 Peso relativo das vísceras comestíveis (coração, moela e fígado) os órgãos imunes (Bursa de Fabricius e Baço), gordura abdominal, peso e comprimento do intestino delgado (m) de frangos de corte aos 42 dias criados sobre dois tipos de cama (palha de arroz e maravalha) e duas densidades (24 e 30 kg/m²) ... 48 Tabela 2.5 Coloração da carne do peito (L* = luminosidade, a* = vermelho, b* = amarelo), o pH, temperatura (TEMP), perda de peso por descongelamento (PPDES), perda de peso por cocção (PPCO) e a força de cisalhamento (FC) de carne de frangos de corte aos 42 dias de idade, criados sobre dois tipos de cama (palha de arroz e maravalha) e duas densidades (24 e 30 kg/m²) ... 49 Tabela 2.6 Parâmetros sanguíneos colesterol - (mg/dL), triglicerídeos - (mg/dL), albumina - (g/dL), proteínas totais - (g/dL), glicose - (mg/dL), Alanina aminotransferase - (U/L) e aspartato aminotransferase - (U/L) de frangos de corte aos 42 dias criados sobre dois tipos de cama (palha de arroz e maravalha) e duas densidades (24 e 30 kg/m²) ... 50

Tabelas do capítulo 3

Tabela 3.1 Composição nutricional das dietas para frangos de corte em diferentes fases de criação ... 60

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Tabela 3.2 Temperatura máxima (ºC), mínima (ºC) e amplitude térmica (°C) do coxim plantar de frangos de corte dos 28 aos 42 dias de idade, criados sobre dois tipos de cama (palha de arroz e maravalha) e duas densidades (24 e 30 kg/m²) ... 63 Tabela 3.3 Valores de pH, umidade (%) e temperatura (ºC) da cama de frangos de corte dos 28 aos 42 dias de idade, criados sobre dois tipos de cama (palha de arroz e maravalha) e duas densidades (24 e 30 kg/m²) ... 65

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LISTA DE FIGURAS

Figuras do capítulo 3

Figura 3.1 Imagem das fotos do coxim plantar. ... 61 Figura 3.2 Termoimagem do coxim plantar de frangos de corte. ... 62 Figura 3.3 Escore do coxim plantar dos frangos de corte aos 42 dias de idade. ... 62 Figura 3.4 Valores de mediana do escore visual do coxim plantar de frangos de corte, criados sobre dois tipos de cama (palha de arroz – PA e maravalha – MA) e duas densidades (24 e 30 kg/m²). ... 66

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CAPÍTULO 1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS

1.1 INTRODUÇÃO

O sucesso na avicultura industrial no Brasil, foi decorrente aos crescentes avanços na área da genética, da nutrição, da ambiência, do manejo e da sanidade, o que propiciou condições ideais para que as aves expressassem seu máximo potencial produtivo. Outros fatores como as novas tecnologias, principalmente dos equipamentos e das instalações, também contribuíram para que o Brasil conquistasse posição de destaque no cenário mundial (GOPINGER et al., 2015; MENDES; KOMIYAMA, 2011).

Na produção de frangos de corte, o controle do ambiente interno é fundamental para o desempenho das aves, onde a preocupação com a qualidade final do produto é alta. Assim, a densidade populacional, pode influenciar na criação de frangos de corte, visto que, maiores densidades, podem reduzir o desempenho, ocasionar estresse por calor, pelo aumento do número de aves por m2 e afetar a qualidade da

cama, acarretado pela intensa compactação, decorrente do aumento da umidade, o que favorece a ocorrência de lesões e hematomas (CATALAN et al., 2014; GOPINGER et al., 2015).

Neste sentido, Abudabos et al. (2013) verificaram a influência de diferentes densidades de alojamento (28; 37; 40 kg/m²) no desempenho e no bem-estar de frangos de corte e observaram que ao aumentar a densidade 28 para 40 kg/m2, o

desempenho e o bem-estar foram prejudicados, com maior ganho de peso e consumo de ração, para as aves criadas em baixa e média densidade.

Da mesma forma, Simitzis et al. (2012) avaliaram o impacto da densidade de 6 e 13 aves/m2, na criação de frangos de corte e concluíram que a maior densidade,

afetou negativamente o ganho de peso e o consumo de ração. No entanto, resultados divergentes foram encontrados por Gopinger et al. (2015), que trabalharam com densidade de 11,08 e 13,20 aves m2, no período de 5 a 45 dias de idade e verificaram

que o aumento da densidade de 11,08 para 13,20 aves m², não afetou o desempenho, o rendimento de carcaça e cortes nobres. Porém, promoveu aumento na umidade da cama e maior incidência de pododermatite de grau 1, na densidade de 13,20 aves m². A cama de frango tem a função de absorver a umidade, diluir as excretas, fornecer isolamento térmico e proporcionar uma superfície macia e protetora, evitando

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o contato das aves com o piso, o que evita a formação de calo no pé (coxim plantar), lesões no peito e no joelho, além de permitir que as aves expressem o seu comportamento natural, como ciscar (SHEPHERD; FAIRCHILD, 2010).

No entanto, ao escolher o material da cama, deve se optar por um material de boa qualidade, boa capacidade de absorção, maciez, não tóxico e que libere pouca quantidade de poeira, evitando problemas respiratórios e a pododermatite, bem como promover melhorias no desempenho das aves (BRITO et al., 2016).

A pododermatite ou dermatite de contato é caracterizada por inflamações e lesões necróticas, superficial a profunda na superfície do coxim plantar das aves. As lesões causadas pela pododermatite são uma preocupação para a indústria avícola, pois, os pés de frangos, têm grande valor no mercado asiático, além de prejudicar o bem-estar (GOPINGER et al., 2015; SHEPHERD; FAIRCHILD, 2010).

Assim, a variedade de materiais para serem utilizados como cama, são muitos, como maravalha de madeira, casca de arroz, casca de café, fenos de diversos capins, palhadas de várias culturas, polpa de citrus, areia, bagaço de cana. Desses, o material mais utilizado como cama, era a maravalha, que em virtude da grande demanda, foi gradativamente tornando-se escasso e com maior custo no mercado. Outro material bastante utilizado tem sido a casca de arroz, por possuir características semelhante à da maravalha (BRITO et al., 2016; DE AVILA et al., 2008).

Em estudo realizado por Brito et al. (2016), que avaliaram o desempenho produtivo e o rendimento de carcaça e de vísceras de frangos de corte criados em diferentes materiais de cama aviária (maravalha, casca de arroz e areia), concluíram que os materiais estudados não influenciaram o desempenho produtivo, o rendimento de carcaça e de vísceras comestíveis.

Segundo Abreu et al. (2011), a cama de casca de arroz proporciona melhores resultados de desempenho produtivos as aves. Porém, Jacob et al. (2016) observaram alta incidência de pododermatite em frangos de corte criados na cama de casca de arroz, diferentemente da cama de maravalha, que observaram menor incidência de pododermatite. Dessa forma, fica evidente a necessidade e a importância de realizar novos estudos sobre o material a ser utilizado como cama em regiões de altas temperaturas, como a região Norte do Brasil. Diante do exposto, objetivou-se avaliar o desempenho, a qualidade de carne e a incidência de pododermatite em frangos de corte criados sobre dois tipos de cama e duas densidades.

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1.2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

1.2.1 Avicultura industrial

A avicultura industrial é um setor com crescimento acelerado, no qual, o Brasil é o segundo maior produtor mundial de carne de frangos, com 13,056 milhões de toneladas e o maior exportador com 4,320 milhões de toneladas, no ano de 2017. O crescimento da avicultura brasileira, vem sendo referência mundial, em virtude da qualidade dos produtos, da sanidade das aves, da sustentabilidade de produção e da produtividade, decorrentes de parcerias entre produtores integrados e as agroindústrias, principalmente, da junção da ciência com à tecnologia aplicada no setor, no qual, colocaram a cadeia produtiva brasileira, entre as mais avançadas e eficientes do mundo (ABPA, 2018).

A produção de frangos corte é uma atividade essencial para o desenvolvimento econômico do Brasil, pois, auxiliam no crescimento das regiões onde estão inseridas. É um setor organizado e complexo, que depende das atividades agrícolas e/ou agropecuárias que em conjunto, colaboraram com o aumento de emprego e da renda para muitas regiões do país (OLIVEIRA et al., 2014).

O interesse da população por produtos de maior qualidade tem despertado na indústria a preocupação em produzir alimentos, preconizando o bem-estar animal, uma vez que, a forma como os animais de produção são criados, podem influenciar na qualidade da carne, principalmente em frangos de corte, que necessitam de condições ideais de criação, manejo, ambiência, alimentação e uma densidade adequada, para expressarem seu máximo potencial genético (MENDES et al., 2011).

De acordo com Castilho et al. (2015); Rocha et al. (2008) a densidade de alojamento influencia a temperatura do ambiente de criação, ocasionando aumento na temperatura corporal, o que pode afetar o consumo de ração e, consequentemente, o ganho de peso das aves. No entanto, Araújo et al. (2007) observaram que as aves alojadas em maior densidade, consumiram menos ração, porém, foram mais eficientes em converterem o alimento em ganho de peso, o que pode reduzir os custos com a alimentação e maximizar a produção.

Todavia, em função de amenizar os efeitos negativos, provocado pelas altas temperaturas do ambiente de criação, sobre o desempenho de frangos de corte, têm-se intensificado o controle do manejo da cama, que é um fator que também contribui

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no aumento da produção de calor dentro do aviário, principalmente, na fase final de produção (CRISTO et al., 2017).

Portanto, a qualidade da cama afeta diretamente a qualidade da carcaça e do coxim plantar, além de prejudicar o deslocamento das aves. No mercado externo, dentre os cortes de frango comercializados, os pés têm alto valor agregado, principalmente, nos países asiáticos, o que torna o manejo indispensável. Além disso, é necessário utilizar uma cama que proporcione conforto, de fácil aquisição, com custo razoável para todas as regiões (CRISTO et al., 2017; DEMIRULUS, 2006).

1.2.2 Fatores que afetam a produção de frangos de corte

Dentro do sistema de produção, os principais fatores que impossibilitam que os frangos de corte atinjam seu potencial de produção são: ambiência inadequada, nutrição deficiente, manejo impróprio e problemas sanitários. De modo que as aves devem receber proteção e conforto, com espaço suficiente para se movimentar, com livre acesso a água e ao alimento de qualidade e em quantidades suficientes (DE AVILA et al., 2007).

As aves são animais homeotérmicos, ou seja, possuem a capacidade de manter a temperatura corporal em equilíbrio, quando expostas a mudanças no ambiente térmico, passam por variações no seu organismo, o que pode gerar uma resposta negativa no seu desempenho (SCHIASSI et al., 2015).

Na fase inicial de criação, as aves são mais susceptíveis a sofrerem estresse pelo frio, devido ao seu sistema termorregulador pouco desenvolvido, dificultando a manutenção da temperatura corporal, no entanto, na fase final, podem sofrer estresse por calor, onde esses fatores estressores acabam por limitar a produção, podendo levar a prejuízos. Contudo, as aves utilizam de adaptações comportamentais e fisiológicas para se adequar ao ambiente ao qual foram introduzidas, no entanto, para essa ação, desvia a energia que seria utilizada na produção, para manutenção do organismo (ABREU et al., 2011).

Essas colocações corroboram com Oliveira et al. (2006), que observaram que ao criar frangos de corte submetidos a altas temperaturas, prejudicaram o desempenho e o rendimento de cortes, sendo esses efeitos maior com a elevação da umidade relativa do ar.

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Pensando nesse contexto, é importante que os aviários tenham condições ideais, a fim de proporcionar o máximo de conforto, levando em consideração, a adequação de alguns fatores como a temperatura, qualidade do ar, qualidade da cama, velocidade do vento e a densidade de alojamento (ABREU; ABREU, 2011; SCHIASSI et al., 2015).

Dentro da produção avícola, deve-se atentar aos excrementos, que são depositados na cama, que é responsável pela produção do gás amônia dentro das instalações, este gás, prejudica o desempenho das aves, além de proporcionar danos ao homem e ao meio ambiente. Os níveis máximos de gases de amônia não podem passar de 25ppm, dióxido de carbono 5000ppm, monóxido de carbono 50ppm, sulfato de Hidrogênio 10ppm e poeira inalável 10mg/m³ (UBA, 2008).

A principal fonte de amônia depositados na cama é o nitrogênio excretado pelas aves. Contudo, a adoção de técnicas de manejo, desde o início da criação, pode diminuir essa emissão, por meio do controle da ventilação, do manejo da cama adequado, do pH, da temperatura e da umidade relativa do ar (ABREU et al., 2011) (Quadro 1.1).

De acordo com De Oliveira et al. (2015), a adição de algumas substâncias condicionadoras ao tratamento da cama, melhora sua qualidade, por meio de reações químicas, na redução da umidade da cama e na atividade bacteriana, já que a baixa umidade da cama, reduz as populações bacterianas e diminui a volatilização da amônia, criando um ambiente mais adequado para as aves.

Neste contexto, Loch et al. (2011) avaliaram a qualidade da cama de frango de capim-elefante, submetida a diferentes tratamentos e observaram que o sulfato de alumínio é viável para ser utilizado no manejo da cama, devido às suas propriedades de redução de pH e amônia volatilizada. Da mesma forma, Dai Pra et al. (2009) concluíram que o uso de cal virgem ajuda na redução de Salmonella spp. e Clostridium

spp. com dose a partir de 300g/m² de cama de aviário.

O excesso de aves por metros quadrado, também limita, pois, alta densidade populacional acaba por dificultar o acesso das aves a água e a ração, gera aumento dos dejetos depositados na cama, além de proporcionar o aumento da temperatura corporal dentro das instalações, devido à redução do movimento do ar, em torno das aves quando estão muito próximas (HENRIQUE et al., 2017).

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Quadro 1.1 Relatos de trabalhos com a qualidade de cama utilizada na criação de frangos de corte sobre os níveis de amônia e pH

Autores Tipo de cama Densidade Período (dias) Amônia volatizada pH De Carvalho et al. (2011) P. de arroz e maravalha fina 17 e 15 aves/m² 1 - 42 57,9; 36,1 ppm 5,7 e 8,3 Freitas et al. (2011) Maravalha e P. de arroz 12 aves/m² 35 e 40 5,48; 8,53 mg/100g e 9,37; 10,58 mg/100g 7,76; 7,98 e 8,15; 8,29 Medeiros et al. (2008) Maravalha (4 ciclos de criação) 12 aves/m² Aos 42 28,6 mg/100g (24 horas) 8,4 Oliveira et al. (2003) P. de arroz (nova) 12 aves/m² 1 - 42 57,40 mg/kg 7,66

Em estudos realizados Mortari et al. (2002), observaram que a diminuição no consumo de ração é diretamente proporcional ao aumento da densidade populacional, devido especialmente, à restrição do acesso a água e a ração durante o período de criação. Segundo Goldflus et al. (1997) a diminuição do espaço disponível para as aves, resultam em redução no ganho de peso, no entanto, a viabilidade de criação não é afetada, devido ao aumento linear na produção de massa de frango vivo por área.

Por conseguinte, as infecções e doenças acabam por prejudicar a produtividade das aves, principalmente, devido ao manejo sanitário realizado indevidamente, provocando o aumento da mortalidade e morbidade nos aviários.

1.2.3 Principais materiais utilizados na cama de frango

O crescimento acentuado da avicultura de corte, tem suscitado preocupações, quanto à disponibilidade de materiais para o preparo da cama de frango. Assim, na ausência de quantidades suficientes desses materiais no local de produção, é necessário adquiri-los de outras regiões, o que eleva os custos de produção (LIMA et al., 2018).

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A cama de frango proporciona conforto e melhora o desempenho produtivo e a qualidade da carcaça das aves, para isso, a escolha do material é determinante, a fim de garantir o sucesso da atividade. A granulometria e os diferentes materiais de cama, apresentam distintas capacidades na retenção de água, pois, a cama com granulometria menor, retém menos do que aquelas com granulometria maior (REIS; RODRIGUES; LEITÃO, 2009).

Tradicionalmente a maravalha e a serragem eram comumente os materiais mais utilizados como matéria prima para cama de frangos, podendo ser utilizado todos os tipos de madeira, desde que não contenham produtos químicos, pregos, ferros e outros materiais que possam prejudicar o desempenho das aves, com a escassez, o maior valor agregado ao produto e a dificuldade na sua obtenção, houve a necessidade de substitui-la por outros materiais, no qual alguns produtores dependiam de fornecedores distantes, o que fazia com o que os preços aumentassem, elevando assim, os custos de produção (DE AVILA et al., 2007; DE AVILA et al., 2008; GARCIA et al., 2013).

Todavia, à diversidade de materiais no mercado é grande como: areia, sabugo de milho triturado, casca de arroz, casca de amendoim, casca de café, casca de feijão, fenos de gramíneas, rama de mandioca, resíduo do beneficiamento industrial da madeira, resíduos das indústrias de cana-de-açúcar e de palhadas de culturas em geral (TEIXEIRA et al., 2015). Portanto, trabalhos foram desenvolvidos para avaliar diferentes tipos de materiais de cama e os resultados apontaram potencialidade de uso com efeito positivo sobre o desempenho das aves (Quadro 1.2).

Segundo Torok et al. (2009) o tipo de material de cama pode influenciar a colonização e o desenvolvimento da microbiota cecal em frangos. No qual as alterações induzidas pela cama na microbiota intestinal, podem reduzir parcialmente o desempenho das aves, durante a fase inicial e de crescimento. Neste contexto, a escolha do material de cama, pode ter um papel importante na saúde intestinal das aves.

De acordo com Sonoda (2011), o feno das gramíneas que são empregadas para pastagem é considerado de boa disponibilidade, pois facilmente podem ser produzidas, é um material que apresenta boa absorção de umidade, tem grande capacidade de amortecimento, proporcionando conforto as aves.

Entre as gramíneas mais produtivas, destaca-se o capim elefante, pois, cresce consideravelmente, e apresenta grande produtividade por área, a produção dessa

(24)

forrageira em regiões produtoras de frangos de corte, pode ser uma boa opção para ser utilizada como cama para o aviário (GEWEHR et al., 2010).

Quadro 1.2 Trabalhos realizados com diferentes tipos de cama na produção de frangos de corte

Autores Período (dias)

Variáveis

Estudadas Efeitos observados

Araújo et al. (2007)

1- 42 Desempenho produtivo Casca de arroz, bagaço de cana e maravalha podem ser usados como cama para criação de frangos de corte, ficando a critério do produtor a sua escolha Refatti et al.

(2009)

1 - 42 Lesões (calo de peito e coxim plantar)

Maravalha e serragem não afetaram as lesões no peito. No entanto, a cama de maravalha causou maior incidência de lesões no coxim plantar

Santos (2009) 1 – 42 Desempenho zootécnico das aves.

A cama de casca de café não afetou o desempenho dos frangos de corte. Lucca et al.

(2012)

1 - 42 Desempenho produtivo Aves alojadas em cama de maravalha tratada com sulfato de alumínio, apresentaram piores resultados na conversão alimentar. A mortalidade foi maior onde a cama não recebeu tratamento De oliveira et al. (2015) 1 - 42 Desempenho e lesões na carcaça Cama de Capim-elefante não afetou o desempenho produtivo e os escores de lesões na carcaça de frangos de corte

A casca de arroz é um resíduo encontrado em moinhos de beneficiadores de arroz, sendo um material que pode apresentar restrição para uso, relacionado principalmente ao tamanho de partícula que é pequeno, podendo ser ingerido facilmente pelas aves, e, consequentemente, diminuir a ingestão de ração (SONODA, 2011).

De acordo com Garcia et al. (2012), a maravalha é a melhor escolha de material de cama para produção de frangos de corte. Contudo, os autores ressaltaram a necessidade da utilização de outras fontes alternativas, com o objetivo de atender

(25)

demandas futuras. Al-Homidan et al. (2017) afirmaram que as folhas de palmeira picadas é um bom material de cama, podendo substituir a maravalha na produção comercial de frangos de corte.

A cama de frango quando devidamente manejada e tratada após o final do ciclo produtivo pode ser reutilizada. A troca total da cama a cada novo lote seria o ideal, no aspecto de proteção e da saúde animal e humana, porém do ponto de vista ambiental, pode trazer impactos ao meio ambiente (MIGLIORANZA, 2011). Diniz et al. (2015) também afirmaram que a cama reutilizada não prejudica o desempenho de frangos de corte, mas para a cama ser reutilizada deve ser proveniente de lotes saudáveis e tratada antes do uso, o que evita, que a cama atue como vetor de bactérias patogênicas.

Traldi et al. (2009) avaliaram o desempenho produtivo de frangos de corte alimentados com ração contendo probiótico e criados sobre cama de maravalha nova, ou reutilizada e verificaram que os frangos criados na cama reutilizada por três e quatro ciclos de criação sem a adição de probiótico, não prejudicou o desempenho, a cama reutilizada a partir do 3º ciclo permitiu maior ganho de peso às aves.

De Avila et al. (2008) testaram cama reutilizados até o sexto lote na criação de frangos de corte (casca de arroz, sabugo de milho, capim-Cameron, resto da cultura da soja, resto da cultura do milho e serragem), verificaram que os maiores pesos foram obtidos no quinto e sexto lote, o maior consumo de ração, no quinto lote e concluíram que os materiais, podem substituir a maravalha e que apresentaram alto valor em minerais, com vantagens na adubação de culturas.

Diniz et al. (2014) avaliaram o efeito da temperatura do ambiente de criação e da cama nova ou reutilização de maravalha sobre o desempenho de frangos de corte, rendimento de carcaça e a qualidade físico-química da carne de peito e observaram que a cama reutilizada de primeiro lote tratada com cal, pode ser utilizada na produção de frango de corte sem ocasionar prejuízos ao sistema de produção, a reutilização da cama é desejável do ponto de vista econômico e de produção sustentável.

1.2.4 Função e qualidade do material a ser utilizado como cama de frango

A qualidade da cama é uma preocupação na produção de frangos de corte, pois afeta o desempenho, a saúde, a qualidade da carcaça e o bem-estar das aves (GARCÊS et al., 2013). Características da cama, como pH e umidade, podem mudar

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em função das práticas de manejo, ambiente de criação, densidade populacional, material utilizado, altura da cama, sanidade das aves, tipo de bebedouro e dieta (CARVALHO et al., 2014).

As principais funções do material da cama é absorver, liberar a umidade, diluir as excretas que caem sobre a cama e propiciar conforto as aves. A capacidade da cama em absorver a umidade e de liberar essa umidade por meio da evaporação é importante, de maneira que o tamanho da partícula, pode ser o fator principal no que se refere à escolha do material, já que isso afeta a retenção e a dispersão da umidade (SHEPHERD et al., 2017).

Neste contexto, Shepherd et al. (2017) afirmaram que a palha de arroz e a casca de amendoim apresentaram as melhores capacidades de remoção de umidade. A capacidade da cama de absorver água é crucial para o controle da umidade em galpões de frangos de corte, o que evidencia, que partículas menores têm uma maior relação área-massa do que partículas maiores, auxiliando na secagem do material.

Da mesma forma, De Carvalho et al. (2011) concluíram que a cama constituída de casca de café e palha de arroz apresentaram melhores qualidades em termos de pH (5,7 e 5,6) e umidade (25,6 e 26,5), respectivamente, pelo tipo de material utilizado, além de valores de acordo com os limites ideais para a produção de frangos de corte, que segundo Sonoda et al. (2011) o pH deve ficar abaixo de 7,0.

Estas colocações corroboram com Carr et al. (1990), que afirmaram que a umidade da cama acima de 30%, aumenta a concentração de amônia, sendo que valores de pH abaixo de 7,5, produzem pouca amônia, pois a concentração de amônia aumenta com o aumento do pH. Segundo Dai Pra et al. (2009) o teor ideal de umidade da cama deve ficar em torno de 22%.

Além do tamanho da partícula, a espessura tem relação direta com a umidade, segundo Shao et al. (2015) a umidade da cama e o teor de amônia no ar diminuiu com o aumento da espessura da cama (4, 8, 12 e 16 cm), os autores observaram que ao aumentar a espessura da cama, ocorreu maior crescimento dos frangos, o que indica que a espessura da cama tem efeito positivo sobre o desempenho e bem-estar das aves.

(27)

A cama de frango é definida como a combinação do material de cama, com excrementos, penas, ração e água desperdiçada, sua espessura varia de 5 a 10 cm (RITZ et al., 2009; LUCCA et al., 2012) ou até 15 cm, dependendo da região e época do ano (OVIEDO-RONDÓN et al., 2008).

A cama de frango, é composta de altas concentrações de materiais orgânicos, sendo assim, necessário um manejo adequado, associado ao manejo ambiental (ventilação, nebulização), da densidade, bebedouros e comedouros, onde o manejo deve ocorrer diariamente para misturar todo conteúdo presente na cama, retirando-se as partes úmidas, a fim de evitar a compactação proveniente do excesso de umidade, prevenir a formação de calo no coxim plantar e diminuir a produção de gases dentro do aviário (BARACHO et al., 2013).

No Brasil existem vários métodos de manejo da cama para reduzir e controlar a carga microbiológica, sem a realização desse manejo, não se recomendam seu uso em outro lote de criação, o manejo mais utilizado é a fermentação por lona, que pode ser realizado de duas maneiras, em leira ou plana (SILVA, 2011).

A fermentação plana, consiste em espalhar a lona por todo o piso do aviário cobrindo a cama, deve-se vedar as laterais da lona, para que não haja entrada de ar e comprometa a fermentação. Na fermentação em leira, é necessário que a cama seja afastada das paredes para o centro do galpão, formando leiras que devem medir no mínimo um metro de altura. O processo de fermentação da cama em leira e plana deve compreender o período de 10 a 12 dias (SILVA, 2011).

Assim, o manejo da cama é essencial na produção de frangos de corte, sendo responsabilidade dos produtores, pois, o manejo melhora a saúde e o crescimento dos frangos. As condições da cama influenciam o desempenho das aves, tal como o consumo de ração, o ganho de peso e os lucros dos produtores e integradores (EKO et al., 2014).

Contudo, Taboosha, (2017) afirmaram que a baixa qualidade da cama pode ter um impacto negativo na saúde e no desempenho das aves. A cama úmida ou compactada pode levar a níveis elevados de amônia, aumento da incidência de pododermatite e do número de organismos patogênicos, incluindo bactérias, vírus, coccídeos, vermes intestinais e fungos.

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Densidade de criação é definida como a massa corporal (kg) ou número de aves por metros quadrado (m²). O objetivo da alta densidade é aumentar a produtividade e a lucratividade em um curto período de tempo. No entanto, criações em alta densidade podem diminuir o crescimento individual das aves, além de comprometer o bem-estar (HENRIQUE et al., 2017; OLIVEIRA et al., 2014).

Na indústria de frangos de corte, há uma preocupação com o efeito de altas densidades no bem-estar das aves. Este tipo de manejo é considerado um fator de estresse, especialmente durante as semanas finais do período de criação, quando o peso corporal por unidade de área é alto (SKOMORUCHA et al., 2009).

Todavia, o aumento da densidade de aves por metros quadrados, necessita de um maior controle ambiental dentro das instalações, pois o excesso de aves, pode ocasionar o aumento da produção de calor, dificultar a movimentação do ar e aumentar a temperatura ambiental na altura das aves, e como consequência, provocar a redução do ganho de peso, aumento da taxa de mortalidade e doenças associadas à baixa qualidade do ar, como é o caso de problemas respiratórios (MOREIRA et al., 2004).

Neste contexto, pensando no bem-estar das aves, no ano de 2007, o Conselho da União Europeia, publicou a Directiva 43/2007/CE, determinando que a densidade máxima numa instalação avícola, nunca exceda 33 kg/m2, a menos que medidas para

manutenção da qualidade do ambiente sejam tomadas, podendo então, a densidade chegar até 39 kg/m2 (DIRECTIVA, 2007), recomendação também citada pela

Associação Brasileira de Proteína Animal, que recomenda que a densidade máxima de frango de corte não ultrapasse 39 kg/m² (PROTOCOLO, 2018).

Moreira et al. (2004) verificaram que o aumento da densidade populacional (10 a 16 aves/m²) causou redução no ganho de peso, principalmente na fase final de criação, sem efeito para os rendimento de carcaça, cortes nobres, os parâmetros de qualidade da carne, como perda de peso por cocção, força de cisalhamento e pH e concluíram que o aumento da densidade promoveu maior produção, o que pode possibilitar maiores incrementos na renda bruta do produtor.

Em estudo semelhante, Tong et al. (2012) observaram que aos 28 (25, 35 e 45 aves/m² - 1 a 28 dias) e aos 42 (12,5, 17,5 e 22,5 aves/m² - 29 a 42 dias) dias de idade, o peso corporal foi reduzido em 11,38 e 6,17%, respectivamente, com o aumento da densidade populacional. No entanto, Ravindran et al. (2006) verificaram que a densidade populacional não promoveu efeito no ganho de peso e no consumo

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de ração das aves aos 28 e 35 dias. Segundo Buijs et al. (2009) o aumento da densidade (6, 15, 23, 33, 35, 41, 47 e 56 kg/m²) afetou negativamente a saúde das pernas, coxim plantar e os joelhos dos frangos de corte.

De acordo com Cengiz et al. (2012), altas densidades têm relação com a incidência de pododermatite em frangos de corte, o que também foi relatado por Mendes et al. (2012), que afirmaram que altas densidades de alojamento afeta a intensidade de problemas locomotores e de lesões no coxim plantar das aves.

1.2.7 Problemas de pododermatite

Pododermatite são lesões na pele, predominantes na superfície do coxim plantar das aves. A medida que a pododermatite se desenvolve, as lesões rapidamente se tornam mais severas e doloridas, devido a infecções secundárias, com bactérias que se originam do excremento das aves ou do ambiente (HASHIMOTO et al., 2013).

Segundo Bilgili et al. (2009) o tipo, quantidade e a qualidade do material da cama, podem contribuir com o surgimento da pododermatite, e que materiais de cama como lascas de madeira que apresentam tamanho de partículas grandes, palha picada com pontas afiadas, contribuem para o surgimento da pododermatite, por meio de sua ação abrasiva, por provocar ferimentos, o que permite a ação de bactérias.

Os pés de frango são altamente apreciados na culinária Japonesa, chinesa e do Sudeste Asiático, dessa maneira, a pododermatite pode levar a uma perda econômica significativa, pois dentre os cortes que são comercializados para o exterior, os pés têm alto valor de mercado, ficando atrás apenas do peito e asa (CRISTO et al, 2017; TAIRA et al., 2014).

Alguns estudos vêm mostrando que a alta densidade de alojamento, tem inteira relação com as incidências da pododermatite nos frangos de corte, principalmente em função da qualidade de cama. Lunedo et al. (2014) avaliaram o efeito de diferentes densidades de alojamento (11,07 e 13,21 aves/m²) sobre lesões de pododermatite em frangos de corte e observaram que o aumento da densidade de alojamento, foi crucial para maior ocorrências de lesões por pododermatite em frangos de corte, e que existe uma correlação entre as lesões e o aumento da umidade da cama.

Do mesmo modo, Cristo et al. (2017) afirmaram que o aumento da densidade de alojamento prejudica as características ósseas e leva a maior incidência de condenações por pododermatite ao abate, os autores também verificaram que o

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aumento na densidade de alojamento, resultou em maior incidência de lesões graves no coxim plantar. Neste sentido, o controle da pododermatite pode desempenhar um papel importante na redução das condenações dos pés de frango de corte, melhorando o peso vivo, o deslocamento, desempenho e o bem-estar (HASHIMOTO et al., 2013).

Portanto, a intensificação do controle da pododermatite pela indústria avícola é também uma forma de controlar o bem-estar das aves e obter maior lucratividade, pois o surgimento da pododermatite nas aves, é em função do manejo que esses animais passaram durante o ciclo de produção.

(31)

1.3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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CAPÍTULO 2 - DESEMPENHO E QUALIDADE DE CARNE DE FRANGOS DE CORTE CRIADOS SOBRE DOIS TIPOS DE CAMA E DUAS DENSIDADES

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CAPÍTULO 2 - DESEMPENHO E QUALIDADE DE CARNE DE FRANGOS DE CORTE CRIADOS SOBRE DOIS TIPOS DE CAMA E DUAS DENSIDADES

RESUMO

Objetivou-se avaliar o desempenho e a qualidade de carne de frangos de corte, criados sobre dois tipos de cama e duas densidades. Foram utilizados 216 pintos de corte, mistos, de um dia de idade, da linhagem Cobb 500®, com peso inicial médio de 54 g ± 3,37 g, distribuídos em

delineamento experimental inteiramente casualizado (DIC), em arranjo fatorial 2x2, dois tipos de cama (maravalha e palha de arroz) e duas densidades (24 e 30 kg/m2), com quatro tratamentos (cama de palha de arroz e 24 kg/m2, cama de palha de arroz e 30 kg/m2, cama de maravalha e 24 kg/m2 e cama de maravalha e 30 kg/m2) e seis repetições. Foram avaliados o consumo de ração, o ganho de peso, a conversão alimentar, o rendimento de carcaça, os rendimentos de cortes nobres (coxa, sobrecoxa e peito), os parâmetros sanguíneos (triglicerídeos, colesterol, glicose, as enzimas alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST), as proteínas totais e albumina), os pesos relativos das vísceras comestíveis (coração, fígado e moela), os órgãos imunes (Bursa de Fabrícius e Baço), o peso e o comprimento do intestino delgado, a gordura abdominal, a coloração da carne do peito (L* = luminosidade, a* = vermelho, b* = amarelo), o pH, perda de peso por descongelamento, perda de peso por cocção e a força de cisalhamento. Observou-se que os tipos de cama não influenciaram o consumo de ração, o ganho de peso e o peso corporal das aves. Havendo efeito sobre a conversão alimentar. As diferentes densidades influenciaram o consumo de ração e o ganho de peso, sem efeito para a conversão alimentar e o peso corporal. Houve interação entre a cama e a densidade para o consumo de ração, o ganho de peso, a conversão alimentar e o peso corporal aos 42 dias de idade. Os tipos de cama e as densidades não afetaram os rendimentos de carcaça, coxa e sobrecoxa, no entanto, houve efeito da densidade para o rendimento de peito. Os pesos relativos das vísceras comestíveis, os órgãos imunes, o peso e comprimento do intestino delgado, a qualidade da carne e os parâmetros sanguíneos, não foram influenciados pelos tratamentos, porém, o tipo de cama influenciou a gordura abdominal e a enzima aspartato aminotransferase (AST). Conclui-se que a cama de maravalha e a densidade de 24 kg/m², apresentaram os melhores resultados de desempenho para frangos de corte aos 42 dias de idade.

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