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Verificação do índice SINAPI na execução de uma residência unifamilar na cidade de Ijuí-RS

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(1)

GRANDE DO SUL – UNIJUI

EMERSON POLDI GOLLE

VERIFICAÇÃO DO ÍNDICE SINAPI NA EXECUÇÃO DE UMA

RESIDÊNCIA UNIFAMILIAR NA CIDADE DE IJUÍ-RS

Ijuí 2015

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VERIFICAÇÃO DO ÍNDICE SINAPI NA EXECUÇÃO DE UMA

RESIDÊNCIA UNIFAMILAR NA CIDADE DE IJUÍ-RS

Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia Civil apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro Civil.

Orientador(a): Cristina Eliza Pozzobon

Ijuí 2015

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VERIFICAÇÃO DO ÍNDICE SINAPI NA EXECUÇÃO DE UMA

RESIDÊNCIA UNIFAMILAR NA CIDADE DE IJUÍ-RS

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para a obtenção do título de ENGENHEIRO CIVIL e aprovado em sua forma final pelo professor orientador e pelo membro da banca examinadora.

Ijuí, 22 de junho de 2015

Prof. Cristina Eliza Pozzobon Coordenadora do Curso de Engenharia Civil/UNIJUÍ (Orientadora)

BANCA EXAMINADORA

Prof. Cristina Eliza Pozzobon (UNIJUÍ) Mestrado em Engenharia Civil pela UFSC

Prof. Diorges Carlos Lopes (UNIJUÍ) Mestrado em Engenharia Civil pela UFSM

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Dedico esse trabalho em especial a minha mãe Ivone Terezinha Golle, que fez de tudo para que meu sonho de ser engenheiro civil se tornasse realidade.

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Agradeço principalmente e especialmente a você Ivone Terezinha Golle, que fez de tudo para que esse dia tão esperado viesse a acontecer, fez tanto esforço que na melhor hora não vai poder estar presente para ver o seu feito, mais sei que aonde a senhora estiver estará feliz com essa conquista, serei grato até o dia em que poderei reencontrá-la e poder lhe agradecer por ter sido minha querida e amada MÃE.

Agradeço também ao meu Pai Leopoldo, que ajudou a realizar meu sonho de ser um engenheiro civil me transmitindo seus ''conhecimentos da vida'', como ele mesmo gosta de dizer.

Ao meu irmão Ederson que apesar de todas as dificuldades de sua vida me mostrou que não podemos desanimar e nem desistir do nosso futuro grandioso.

A minha esposa Gabriela, que nesses últimos anos vem me aguentando e me ajudando a superar meus defeitos com seu jeito meigo e carinhoso.

Aos meus professores que durante a graduação passaram seus conhecimentos da melhor maneira possível, principalmente a Prof. Cristina Eliza Pozzobon, que nos últimos meses dedicou seu tempo a melhor me orientar.

Aos meus colegas de trabalho e universidade que contribuíram para que esse processo de formação se tornasse prazeroso.

Por fim agradeço de foram geral a aqueles que de alguma forma fizeram com que essa conquista se transformasse em realidade.

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“Se você continua vivo é porque ainda não chegou aonde devia.” Albert Einstein

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GOLLE, Emerson. Verificação do índice SINAPI na execução de uma residência unifamiliar

na cidade de Ijuí-RS. 2015. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Engenharia Civil,

Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Ijuí, 2015.

Com o mercado da construção civil em alta nos últimos anos, se torna cada vez mais indispensável o bom conhecimento sobre custos de um empreendimento, para que no final da execução não haja surpresas financeiras desagradáveis, sendo esse o motivo que torna o orçamento um assunto de suma importância. Neste contexto, que inicia com a elaboração de um projeto, e que deve-se dar destaque ao orçamento, para então se conhecer o real custo que um empreendimento custará, e é nessa linha que esse trabalho tende a se fundamentar, tendo como objetivo principal analisar se o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI) atende ao mercado local da cidade de Ijuí-RS. Dessa forma foi elaborada a comparação de um orçamento baseado em um índice fornecido pelo governo com outro que leva em conta o método tradicional, ou seja, tomando como base valores reais praticados no mercado. Para a sua realização foi utilizado o projeto de uma residência unifamiliar de baixo padrão, quantificando todos os materiais necessários para a sua construção. Ao final, com ambos os orçamentos finalizados, foi traçada uma comparação direta, com o intuito de verificar se o índice SINAPI pode ser utilizado como parâmetro para o cálculo de orçamentos de residências de baixo padrão.

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Figura 1: CUB/RS do mês de março/2014 ... 23

Figura 2: Composições do CUB/RS no mês de março/214... 23

Figura 3: Evolução do custo SINAPI no Brasil ... 26

Figura 4: Evolução dos índices do custo médio da construção civil ... 27

Figura 5: Planta baixa adotada no estudo de caso ... 30

Figura 6: Residencia utilizado na estudo de caso – fase de execução ... 31

Figura 7: Residencia utilizado na estudo de caso – fase de uso ... 31

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Tabela 1: Levantamento dos serviços necessários a execução da edificação... 32

Tabela 2: Composição analítica da locação de obra por m² ... 34

Tabela 3: Composição analítica fundação superficial (Concreto ciclópico) por m³ ... 34

Tabela 4: Composição analítica de alvenaria de embasamento por m³ ... 35

Tabela 5: Composição analítica de viga de fundação por m³ ... 35

Tabela 6: Composição analítica de impermeabilização viga de fundação por m² ... 36

Tabela 7: Composição analítica de contrapiso por m²... 36

Tabela 8: Composição analítica de alvenaria de tijolos cerâmicos furados por m² ... 36

Tabela 9: Composição analítica de viga de cintamento por m³ ... 37

Tabela 10: Composição analítica de laje pré-moldada de forro por m² ... 37

Tabela 11: Composição analítica estrutura de telhado telha fibrocimento 6mm /m² ... 38

Tabela 12: Composição analítica de telha de fibrocimento 6mm por m² ... 38

Tabela 13: Composição analítica de chapisco por m² ... 38

Tabela 14: Composição analítica de emboço por m² ... 39

Tabela 15: Composição analítica de reboco massa fina pré-fabricada por m² ... 39

Tabela 16: Composição analítica de revestimento cerâmico em alvenaria por m² ... 39

Tabela 17: Composição analítica de revestimento cerâmico em pisos por m² ... 40

Tabela 18: Composição analítica de forro de gesso por m² ... 41

Tabela 19: Composição analítica de forro de madeira por m²... 41

Tabela 20: Composição analítica de fundo selador acrílico por m² ... 41

Tabela 21: Composição analítica de pintura látex acrílica por m² ... 42

Tabela 22: Composição analítica de pintura esmalte em metal por m² ... 42

Tabela 23: Composição analítica de pintura esmalte em madeira por m² ... 43

Tabela 24: Custo dos insumos da obra, conf. relatório de insumos fornecido SINAPI. ... 53

Tabela 25: Custo dos insumos da obra, conf. coleta de preços na cidade de Ijuí-RS ... 55

Tabela 26: Custos totais dos orçamentos ... 57

Tabela 27: Comparativo orçamento valores insumos SINAPI e orçamento valores Ijuí .. 58

Tabela 28: Comparativo orçamento com valores dos insumos SINAPI e executado ... 59

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ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas BDI – Bonificação e Despesas Indiretas

BNH– Banco Nacional de Habitação CEF – Caixa Econômica Federal

COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social CPMF – Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

CUB – Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IR – Imposto de Renda ISS – Imposto Sobre Serviço LDO – Lei diretrizes orçamentarias NB – Norma Brasileira

PIS – Programa de Integração Social

R 1-B – Residência Unifamiliar de Padrão Baixo

SINAPI – Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil SINDUSCON – Sindicato da Indústria da Construção Civil

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1 INTRODUÇÃO ... 12

2 REVISÃO DA LITERATURA ... 14

2.1 CUSTOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL ... 14

2.1.1 Terminologia básica ... 14

2.1.2 Classificação ... 15

2.1.3 Lucro ... 18

2.1.4 Lucro e despesas indiretas ... 18

2.2 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL ... 19

2.3 CUSTO UNITÁRIO BÁSICO (CUB) ... 21

2.3.1 Desoneração da folha de pagamento e o CUB desonerado ... 24

2.4 SINAPI ... 25 3 MÉTODO DE PESQUISA ... 28 3.1 CLASSIFICAÇÃO DO ESTUDO ... 28 3.2 PLANEJAMENTO DA PESQUISA ... 28 3.3 MATERIAIS E EQUIPAMENTOS ... 28 3.4 ESTUDO DE CASO ... 29

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ... 32

4.1 LEVANTAMENTO DOS SERVIÇÕS E COMPOSIÇÕES ... 32

4.2 LEVANTAMENTO DA QUANTIDADE DE MATERIAIS ... 43

4.3 LEVANTAMENTO CUSTOS INSUMOS TABELA SINAPI ... 52

4.4 LEVANTAMENTO CUSTOS INSUMOS CIDADE DE IJUI/RS ... 55

4.5 CONTROLE DO MATERIAL UTILIZADA EXECUÇÃO DA OBRA ... 57

4.6 COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS ... 57

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 60

REFERÊNCIAS ... 61

Anexo A – Orçamento com base nos preços dos insumo da tabela SINAPI ... 64

Anexo B – Orçamento com base nos preços dos insumos da cidade de Ijuí/RS ... 70

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1 INTRODUÇÃO

O tema orçamento é de suma importância para o ramo da construção civil, por isso nesse trabalho verificou-se se o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI) através de suas composições de material, comparado com o custo no mercado local, atende ao real custo obtido, baseado nas informações da execução de uma residência unifamiliar na cidade de Ijuí/RS.

Atualmente pode-se afirmar que a engenharia civil, no ramo da construção civil, é uma das carreiras que mais tendem a crescer no Brasil, e tem como fatores principais, a facilidade ao crédito habitacional e a necessidade da construção de moradias, sendo própria ou para fins de aluguel. E a partir dessa tendência, focaliza-se em outros meios da engenharia, como loteamentos, e nisso engloba-se saneamento básico, rodovias, transporte, enfim tudo que uma cidade precisa para seu desenvolvimento.

Com esse crescimento da construção civil, principalmente na área de programas habitacionais, como por exemplo o Programa Minha Casa Minha Vida do Governo Federal, cada vez mais o engenheiro civil necessita de boas ferramentas para a efetivação de suas atividades, e uma delas, senão uma das mais importantes, é o orçamento. Nele pode-se planejar e prever os custos de cada etapa da obra, viabilizando e tomando decisões mais sabias durante a evolução da edificação. Para algumas obras, por não serem de padrão de acabamento ou construtivo muito detalhados/complicados de se executar, muitas vezes não se faz um orçamento adequado, ocasionando uma diferença no somatório final. Também pode-se destacar nesse tema a qualidade da mão de obra, que em geral é muito desqualificada e escassa e isso pode gerar durante o cronograma atrasos, despesas extras com materiais ou mesmo até erros de execução, os quais não se pode prever em orçamento.

Ou seja, além do setor evoluir cada vez mais no país, seu preço também vem apresentando um crescimento significativo. Lembrando que este padrão de projeto adotado é um dos menos complexos, ou seja, um dos mais baratos que se possa construir. A partir deste ponto, torna-se muito importante a ideologia da economia, ou até mesmo uma revisão nos métodos de cálculo de orçamento de uma obra, para se ter uma noção do que está sendo ou não considerado para a realização de uma obra.

(13)

O orçamento na maioria dos casos, como em programas habitacionais, é regido pelo Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI), sistema que tem como responsáveis a Caixa Econômica Federal e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os quais são responsáveis, respectivamente, pela base técnica de engenharia, processamento de dados e pela pesquisa mensal de preço, metodologia e formação dos índices, já quem determina que esse sistema seja usado como referência para a razoabilidade de preços de obras públicas executadas com recursos federais do Orçamento Geral da União e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Este trabalho está dividido em cinco capítulos: introdução; revisão bibliográfica; metodologia; apresentação e análise dos resultados e considerações finais. A introdução apresenta uma descrição sucinta do trabalho, objetivos e justificativa. O capítulo da revisão bibliográfica abrange a descrição dos custos na construção civil, orçamento, os índices SINAPI e CUB. No terceiro capítulo, discorre-se sobre a metodologia utilizada neste trabalho. Já no quarto capítulo, apresenta-se os resultados obtidos na elaboração dos diferentes orçamentos e as análises e comparações dos mesmos. Por fim, no último capítulo, apresenta-se as conclusões deste trabalho.

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2 REVISÃO DA LITERATURA

Neste capítulo estão apresentados referenciais teóricos sobre custos, orçamentos, abordando principalmente conceituações sobre os índices SINAPI e CUB do Rio Grande do Sul e características essenciais para a composição deste projeto.

2.1. CUSTOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Independentemente de localização, recursos, prazo, cliente e tipo de projeto, uma obra é uma atividade econômica, e então, o aspecto custo é de especial importância (MATTOS,2006).

Segundo Lima (2000), custo é o quanto se obtém por algum produto ou serviço. Na construção civil importa o custo dos insumos necessários, que reunidos em um período de tempo, levam à obtenção de um produto final, que será a obra (edificação) pronta.

Mattos (2006) explica que a preocupação com os custos começa cedo, antes mesmo do início da obra, na fase de orçamentação, quando se determinam os custos prováveis de execução da obra.

Miron (2007) define que para a conclusão de um empreendimento de construção civil existem basicamente três insumos básicos: a mão de obra, os materiais a serem utilizados, e os equipamentos necessários ao beneficiamento destes materiais durante a transformação do produto final.

2.1.1 Terminologia básica

Alguns conceitos são importantes para o estudo dos custos, são conforme Mattos (2006):

Custo: é o gasto necessário para a produção de um bem ou serviço, através da utilização

de insumos como matéria prima, mão de obra direta e atividades indiretas.

Gasto: é o resultado do desgaste, danificação ou inutilização pelo uso de um produto. Consumo: termo que se refere ao uso do produto até sua completa utilização.

Despesa: é o recurso consumido em um determinado espaço de tempo, gerando

(15)

2.1.2 Classificação

O principal meio de classificação dos custos é em custos diretos e custos indiretos:

a) Custos diretos Mão de obra:

Conforme Mattos (2006), “o trabalhador é o elemento racional de uma obra e de suas ações e decisões depende em grande parte do sucesso do empreendimento”. Mattos (2006) ainda diz que uma obra pode chegar a ter de 30% a 60% de seu custo composto pelo custo total mão de obra, então é fácil perceber a estimativa correta dessa categoria de custo tem para a precisão do orçamento.

Material:

A descriminação do custo do material também é de grande valia na elaboração da composição de custos de um serviço. Os materiais entram de forma crescente da obra, e como diz Mattos (2006), representam muitas vezes mais da metade do custo unitário do serviço.

De acordo com Miron (2007), “as formas pelas quais os fornecedores dão seus preços são variadas, assim como as cotações obtidas nem sempre referem-se ao mesmo escopo, por isso a cotação dos materiais é uma tarefa que requer cuidado”.

Mattos (2006) afirma que, durante o processo de compra, os principais aspectos que influenciam no preço de aquisição do insumo são:

 Especificações técnicas;  Unidade e embalagem;  Quantidade;  Prazo de entrega;  Condições de pagamento;  Validade da proposta;

 Local e condições de entrega;

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Equipamento:

Em conformidade com Mattos (2006) dependendo do porte da obra os equipamentos ocupam muitas das frentes de serviço.

Mattos (2006) também relata que estabelecer uma taxa horária para os equipamentos envolve um processo mais complicado do que o utilizado na análise da mão de obra e do material. Quando o construtor compra um equipamento está investindo certo capital que poderia ter rentabilidade em uma aplicação bancária, e o uso diário do equipamento acarreta despesas de várias espécies.

b) Custos indiretos

Segundo Dias (2003), é representado por itens que não são dimensíveis nas unidades de serviços, isto é, engenheiro, mestre de obra, outras categorias profissionais, veículos de passeio e de carga de apoio, contas das concessionárias (energia, água, correio, telefone e etc) e outros, que são normalmente considerados por mês ou aqueles calculados sobre o custo total ou sobre o preço final (faturamento), ou seja, administração central, impostos (ISS, COFINS, PIS, CPMF, CSLL e IR) ou juros sobre capital investido.

O custo indireto, segundo Mattos (2006), fica na faixa de 5 a 30% do custo total da construção. O percentual oscila em função de alguns aspectos, são eles:

 Localização geográfica;

 Política da empresa;

 Prazo;

 Complexidade.

c) Custos adicionais na produção civil (overheads)

Na execução de um empreendimento estão envolvidos custos diretos do produto, bem como custos relativos, que geralmente não se incorporam ao produto e são denominados adicionais, pois constituem itens adicionais aos custos diretos, podendo ser aplicados diretamente ao produto ou indiretamente, através de rateio com outros produtos (LIMA,2000).

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d) Custos industriais

As empresas de construção civil possuem dois sistemas administrativos que são o da administração central, que é toda a estrutura necessária ao funcionamento da empresa e o de produção, que são todos os produtos, sejam projetos ou construções. Assim, segundo Lima (2000), o custo industrial pode ser dividido em dois tipos de custos, são eles: Custos empresariais e, custos de produção.

Empresariais:

São aqueles custos gerados pela existência da empresa, como aluguel, pessoal administrativo, taxas públicas, viagens, cálculos, desenhos, contratos, etc., geralmente rateados pelas obras como percentagem. Em função da complexidade das obras, este rateio pode ser diferenciado de uma para outra (LIMA, 2000).

Os custos empresariais são os custos formados nas atividades ligadas a administração central da empresa. Limmer (1997) os classifica em quatro grupos, como mostra a seguir:

 Custos administrativos: ligados às atividades de administração da empresa. São eles: salários, despesas de representação, aluguel do imóvel sede da empresa, energia elétrica e comunicações, manutenção do escritório, depósitos e impostos.

 Custos comerciais: ligados à comercialização dos produtos da empresa. São eles: propaganda comercial, salários e comissões de vendedores, assessoria técnica para vendas ou licitações, material de consumo de escritório, comunicações, direitos e

royalties.

 Custos tributários: decorrentes de disposições legais, compreendendo tributos, impostos, taxas, emolumentos e tarifas.

 Custos financeiros: gastos feitos para o pagamento de dívidas a título de juros.

De produção:

São aqueles custos gerados durante a execução da obra por ocasião de fatos que não foram levados em consideração pelo orçamentista ou que envolvem acontecimentos de difícil previsão, e por esta razão prejudicam na avaliação final do custo do produto (LIMA, 2000).

Miron (2007) traz que os custos de produção classificam-se em diretos e indiretos. Os custos diretos são os gastos realizados com insumos como mão de obra, materiais e

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equipamentos. Já os custos indiretos correspondem aos gastos realizados com elementos coadjuvantes necessários à elaboração do produto.

Miron (2007), ainda nos exemplifica o uso da forma na fabricação de um elemento estrutural. Se ela for utilizada uma única vez é considerada um custo direto deste elemento. Caso a forma seja reaproveitada várias vezes seu custo será indireto em relação ao total de peças utilizadas. Mas se considerado o fator do reaproveitamento no cálculo de cada elemento estrutural o custo volta a ser direto.

2.1.3 Lucro

Para Mattos (2006), nos orçamentos de construção, o lucro arbitrado pode ser baixo ou alto, dependendo das circunstâncias. Pode, também, ser nulo, como nos casos de uma obra para uso próprio.

Já Parga (1995) afirma que lucro é uma porcentagem incidente sobre todo e qualquer gasto, sem exceção, que tenha como fato gerador a obra, nas suas mais distintas fases, destinado a remunerar a empresa pelos serviços que irá prestar.

O lucro pode ser determinado pela equação L(lucro)= P(preço de venda)-C(custo), que é a inversa para a determinação do preço. Como Mattos (2006) cita, o lucro torna-se nula, nos casos de uma obra para uso próprio, ou seja, quando a mesma é planejada com o preço de venda igual ao do custo, desta forma tornando o lucro nulo.

2.1.4 Lucro e despesas indiretas

Limmer (1997) explica que o lucro e as despesas indiretas de uma empresa e de um projeto são considerados como taxa percentual incidente sobre os custos indiretos de produção. O nome dessa taxa é Bonificação e Despesas Indiretas (BDI).

O BDI é composto dos seguintes elementos:

 Despesas ou custos indiretos;

 Taxa de risco do empreendimento;

 Custo financeiro do capital de giro;

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 Taxa de comercialização;

 Benefício ou lucro.

Segundo Mattos (2006), “o BDI é o percentual que deve ser aplicado sobre o custo direto dos itens da planilha da obra para se chegar ao preço de venda”.

2.2 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

O orçamento, faz parte junto com um bom planejamento de um dos mais importantes assuntos dentro da construção civil. E conforme Knolseisen (2003), esse controle de custos está fundamentado na identificação de variações negativas entre custos orçados e custos reais, podendo assim interferir na qualidade dos empreendimentos.

A definição de orçamento é apresentada por muitos autores, em literaturas de engenharia civil, comentam que o orçamento “consiste na determinação do custo de uma obra antes de sua realização, elaborado com base em documentos específicos, tais como, projetos, memorial descritivo e caderno de encargos...” (PINI, 1999, p. 13).

Mattos (2006), acrescenta que, o orçamento é preparado antes da efetiva construção do produto, deve-se estudar muito para que não existam lacunas na composição do custo, nem considerações descabidas.

Pode-se, ainda, relatar que ao se elaborar um orçamento, o mesmo deverá conter, de forma fiel e transparente, todos os serviços e materiais a serem aplicados na obra de acordo com o projeto básico e outros projetos complementares referentes ao objeto da licitação (TISAKA, 2006)

Segundo Limmer (1997), um orçamento deve satisfazer aos seguintes objetivos:

 Definir o custo de execução de cada atividade ou serviço;

 Constituir-se em documento contratual, servindo como base para o faturamento da empresa executora do projeto, empreendimento ou obra, e para dirimir dúvidas ou omissões quanto a pagamentos;

 Servir como referência na análise dos rendimentos obtidos dos recursos empregados na execução do projeto;

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 Fornecer, como instrumento de controle da execução do projeto, informações para o desenvolvimento de coeficientes técnicos confiáveis, visando ao aperfeiçoamento da capacidade técnica e da competitividade da empresa executora do projeto no mercado

Dependendo do nível de detalhes que o orçamento apresentar, Mattos (2006) sustenta que ele pode ser dividido em:

Estimativa de custo: avaliação expedita com base em custos históricos e comparações

de projetos similares;

Orçamento preliminar: mais detalhado que a estimativa de custos, pressupõe o

levantamento de quantidades e requer a pesquisa de preços dos principais insumos e serviços;

Orçamento analítico ou detalhado: elaborado com composição de custos e extensa

pesquisa de preços dos insumos, chegando a um valor bem próximo do custo “real”, com reduzida margem de incerteza.

Para Miron (2007) “os custos podem ser classificados de diversas formas, dependendo de cada finalidade ou exposição”. E Segundo Brondani (2000), identificam-se os custos de produção, de administração, de comercialização e financeiros.

Também existem classificações quanto às estimativas de custos para edificações. Segundo Losso (1995) apud Librelotto et al. (1998), as estimativas preliminares de custos podem ser classificadas em:

a) Método da estimativa do custo por área: o custo total é o custo por metro quadrado multiplicado pela área equivalente da edificação, conforme prescreve a NBR 12.721/2006.

b) Método da estimativa do custo por volume: onde o custo total é o calculado pelo custo por metro cúbico multiplicado pelo volume equivalente da edificação.

c) Método da participação percentual das etapas da construção: os custos são

estimados por porcentagem que as grandes etapas da obra percorrem. O custo total é o somatório dos custos de todas essas etapas.

d) Método da estimativa do custo por unidade: o custo total é o custo por cada unidade multiplicado pelo número de unidades da edificação.

e) Método A. R. C.: desenvolvido na França, baseia-se na divisão do edifício em elementos de construção adequados ao projeto e na medição e cálculo do custo de diferentes elementos de construção.

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Aproximação: todo orçamento é aproximado, por basear-se em previsões. O orçamento

não necessita ser exato, porém preciso;

Especificidade: não se pode falar em orçamento geral ou padronizado. Todo orçamento

está ligado à empresa e às condições locais.

Temporalidade: um orçamento realizado tempos atrás já não é válido hoje.

Para finalizarmos podemos citar no que se diz respeito a importância da experiência profissional para a realização de um bom orçamento, o que Mattos (2006) diz: “geralmente erra-se para menos, mas errar para mais tampouco é bom”.

2.3. CUSTO UNITÁRIO BÁSICO (CUB)

Foi criado em dezembro 1964, através da Lei Federal 4.591, a partir do qual o mercado imobiliário nacional passou a contar com um importante instrumento para as suas atividades. Criado inicialmente para servir como parâmetro na determinação dos custos dos imóveis, o CUB/m² foi, ao longo dos anos, conquistando o caráter de indicador de custo setorial, reflexo da sua seriedade, comprovada tecnicamente através da evolução normativa que o acompanha. (SINDUSCON- MG, 2007 p. 13).

“O CUB é o resultado da mediana de cada insumo representativo coletado junto às construtoras, multiplicada pelo peso que lhe é atribuído de acordo com o padrão calculado” (MATTOS, 2006 p. 35).

Atualmente, a Norma Brasileira que estabelece a metodologia de cálculo do CUB/m² é a ABNT NBR 12721:2006, portanto, este é o arcabouço técnico do CUB/m². (SINDUSCON- MG, 2007 p. 16).

“Os custos estão divididos de acordo com a unidade autônoma (tipo de construção e número de quartos), número de pavimentos e padrão de acabamento” (MATTOS, 2006 p. 35).

Deve-se ficar atento que o CUB/m² é somente uma estimativa parcial do custo da obra e não global, pois não estão inclusos diversos tipos de serviços, como por exemplo: infraestrutura, fundações, tirantes, rebaixamento do lençol freático, elevadores, equipamentos, instalações, obras e serviços complementares como urbanização, piscina, quadra de esporte,

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jardim, projetos em geral, instalação e regulamentação dos condomínios, taxas e emolumentos cartoriais, remuneração do construtor e do incorporador, etc. (BERWANGER, 2008 p. 17)

O custo total da construção é obtido considerando-se a incidência do BDI sobre o CUB mais os custos de construção não incluídos neste. Quando se trata de uma incorporação, deve-se considerar também o BDI do incorporador, como já mencionado no método de cálculo do custo global da NBR 12721. (HOCHHEIM, 2013 p. 5)

Caso os projetos não estejam completos o custo total da obra poderá ser estimado através da área ou volume construído relacionado com um índice padronizado para cada tipo de construção, o comumente utilizado é o CUB, ou outro índice que pode ser utilizado é o SINAPI (Caixa), os indicadores da Fundação Getúlio Vargas e os custos médios publicados pela editora PINI (GONZÁLEZ, 2008, p. 10).

Os coeficientes de cada tipo de obra podem ser verificados e extraídos da NBR 12721/2006 e do coeficiente de ajuste de preço, ou seja, do INCC – Índice Nacional da Construção Civil, que é publicado mensalmente pela FGV – Fundação Getulio Vargas, tendo como base o CUB/m² BRASIL, que caracteriza-se como a media dos CUB’s de todos Estados participativos da Construção Civil.

A seguir, será apresentada a tabela CUB – Custo Unitário Básico de construção (Figura 01) e a respectiva composição da mesma (Figura 02), de acordo com a norma NBR 12.721/2006, retiradas do site do Sinduscon/RS.

A NBR 12721/06 fornece apenas as quantidades de insumo, por metro quadrado de construção, esses dados são derivados das relações completas de materiais e mão-de-obra, e cabe ao Sindicato da Construção Civil a coleta de preço junto às construtoras e fornecedores de materiais onde se faz necessária uma análise estatística dos dados para relacionar com o preço do insumo contido na lista da norma. O valor da mão-de-obra é o percentual relativo aos encargos sociais e benefícios, ao qual deve-se, incluir todos os encargos trabalhistas e previdenciários, direitos sociais e obrigações, inclusive acordo coletivo dos sindicatos (BERWANGER, 2008 p. 17).

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Figura 01: CUB/RS do mês de março/2014

Fonte: DEE – Sinduscon/RS (2014)

Figura 02: Composição CUB/RS do mês de março/2014

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2.3.1 Desoneração da folha de pagamento e o CUB desonerado

Após vários estudos, análises, debates e consultas técnicas realizadas ao longo de 2013, inclusive com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) passará a divulgar dois cálculos do Custo Unitário Básico de Construção (CUB/m²): um seguindo o método que já vinha sendo adotado e o outro também sob o mesmo método, mas considerando a desoneração da folha de pagamento. (SOUZA, 2013).

Em reunião realizada na sede da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em Brasília, no início de setembro de 2013, os Sinduscons de todo o país concordaram que é necessário o cálculo dos dois CUBs para atender o disposto no artigo 7º da Lei 12.546/11, alterada pela Lei 12.844, de 19 de julho de 2013, que substituiu a contribuição previdenciária de 20% sobre a folha de pagamento por um percentual de 1% ou 2%, dependendo do setor sobre a receita bruta das empresas abrangidas pela lei, a partir de 1º de novembro. (SOUZA, 2013).

A metodologia do CUB/m² desonerado é a mesma estabelecida na ABNT NBR 12.721/2006, que normatiza o cálculo do CUB/m² atual. A única diferença entre os dois cálculos que são divulgados (o CUB/m² atual e o CUB/m² desonerado) acontece na incidência dos encargos previdenciários e trabalhistas sobre o valor da mão de obra. (SOUZA, 2013)

Assim, os sindicatos da indústria da construção, a partir de novembro de 2013, passaram a calcular duas séries históricas referentes aos custos unitários básicos de construção. Demais índices de custo setorial da construção também adotaram essa prática, inclusive, o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI).

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2.4. SINAPI

O SINAPI, de acordo com Nota Explicativa, que consta no sítio eletrônico do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística foi criado e implantado em 1969 pelo BNH – Banco Nacional da Habitação, tendo como objetivo a produção, com abrangência nacional, de informações de custos e índices a serem utilizados pela construção civil. Inicialmente, o próprio BNH ficou com a responsabilidade da manutenção do Sistema quanto aos aspectos técnicos de engenharia – projetos, serviços, especificações e composições. Ao IBGE foi delegada a tarefa de produzir séries mensais de preços de insumos: materiais de construção e salários da mão de obra.

A partir de agosto de 1982, o IBGE teve sua participação ampliada passando a assumir também as funções de disponibilizar as séries de custos e índices para o setor. Ainda segundo o IBGE, em 1986, após a extinção do BNH, as atribuições de manutenção da base técnica de engenharia do Sistema foram assumidas pela Caixa Econômica Federal permanecendo com o IBGE as atribuições inicialmente previstas. Em 1994, após determinação do Conselho Curador do FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, para que a Caixa uniformizasse, em nível nacional, os procedimentos das áreas de engenharia, bem como implantasse um sistema de acompanhamento de custos que contemplasse empreendimentos da área de habitação, saneamento e infraestrutura urbana, com a participação de vários órgãos gestores de obras, o sistema foi ampliado e em 1997 foi implantado o módulo de orçamentação. Assim como o CUB, o SINAPI também apresenta um crescimento, como pode ser visto nas Figuras 03 e 04 a seguir:

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Figura 03 – Evolução do Custo SINAPI no Brasil

Fonte: CEF (2014)

O custo nacional da construção civil – SINAPI divulgado pela CAIXA e IBGE relativo ao mês de fevereiro de 2014 aumentou 0,42% em relação ao mês anterior, ficando abaixo da inflação medida pelo INPC, que teve uma variação de 0,64%, e do IPCA, que variou também 0,69% no período. Na comparação com a variação do índice SINAPI de fevereiro de 2013 (0,73%), houve decréscimo de 0,31 ponto percentual. O custo SINAPI-BRASIL no mês de referência foi de R$ 927,42 (Para residência unifamiliar de padrão baixo)

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Figura 04 – Evolução dos índices do custo médio da construção civil

Fonte: CEF (2014)

No ano de 2014 o custo SINAPI teve variação de 0,87% e, nos últimos 12 meses, a variação foi igual a 7,41%, conforme figura acima que traz também a evolução de outros indicadores do setor da construção civil (INCC e IPCE) além dos índices de inflação (INPC, IGP-M e IPCA).

A Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO, desde sua edição anual de 2003, é quem determina que os custos do SINAPI sejam utilizados como referências para a razoabilidade de preços de obras públicas executadas com recursos federais do Orçamento Geral da União. Conforme o artigo 102 de 2013 que diz: “O custo global de obras e serviços contratados e executados com recursos dos orçamentos da União será obtido a partir de custos unitários de insumos ou serviços menores ou iguais à mediana de seus correspondentes no Sistema Nacional de Pesquisa de Custo e Índices da Construção Civil – SINAPI, [...]”. Só que pode ocorrer em um determinado momento que a SINAPI não ofereça os custos unitários de determinados serviços ou insumos, neste caso, conforme prevê o parágrafo segundo do mesmo artigo, “poderão ser adotados aqueles disponíveis em tabela de referência formalmente aprovada por órgão ou entidade da administração pública federal, [...]”, deste trecho, é possível dizer que em alguns casos podem-se utilizar padrões como o CUB, ou até mesmo o que é apresentado pela Tabela de Composições de Preços para Orçamentos (TCPO), da editora PINI.

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3 MÉTODO DE PESQUISA

3.1 CLASSIFICAÇÃO DO ESTUDO

A pesquisa em questão pode ser classificada, quanto aos objetivos, como exploratória e descritiva, utilizando-se de um estudo de caso, pois evidências são observadas, registradas, analisadas, classificadas e interpretadas.

Já quanto aos procedimentos, é documental e bibliográfica, pois se utiliza de fonte de papel e documentos para construir um modelo da realidade.

No que diz respeito a forma de abordagem classifica-se em pesquisa quantitativa, pois traduz em números as opiniões e informações para serem classificadas e analisadas.

3.2 PLANEJAMENTO DA PESQUISA

A presente pesquisa visa comparar custos, e para isso, foram empregadas duas etapas de orçamentos analíticos uma englobando a pesquisa de custos de composições unitárias com base de preços na capital do Rio Grande do Sul (SINAPI), e outro orçamento com base em preços na cidade de Ijuí-RS

O trabalho deu-se, inicialmente, com uma ampla pesquisa exploratória da revisão bibliográfica, a qual permitiu adquirir familiaridade com o assunto através de livros, artigos técnicos e normas e, em seguida, realizou-se uma pesquisa aplicada na forma de um estudo de caso, para verificar as diferenças entre os orçamentos.

3.3 MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

As tabelas de custos dos materiais bem como o levantamento dos serviços analisados foram desenvolvidas no Microsoft Office Excel. O Microsoft Office Excel é um programa de planilha eletrônica que possui recursos que incluem uma interface intuitiva e capacitadas ferramentas de cálculo e de construção de gráficos.

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3.4 ESTUDO DE CASO

A pesquisa foi realizada em uma edificação residencial unifamiliar de padrão baixo, de acordo com os padrões utilizados na NBR 12721/2006. Está obra foi construída junto a Rua Afrânio Peixoto, bairro Luiz Fogliato na cidade de Ijuí-RS. Trata-se de uma edificação de padrão baixo (R 1-B) com 60,18m², conforme especificações técnicas a seguir:

 Fundações superficiais (ciclópico);

 Contrapiso (concreto);

 Levantamento em tijolos cerâmicos furados;

 Pré-laje;  Telhado de fibrocimento 6mm;  Revestimentos argamassados;  Forro gesso  Beirais de madeira  Piso cerâmico;  Aberturas metal/madeira;

Nas Figuras 05, pode-se ilustrar melhor a edificação estudada com a planta baixa utilizada na execução:

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Figura 05: Planta baixa adotada no estudo de caso

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Na figura 06 e 07 podemos visualizar a edificação em fase de construção e fase de uso, respectivamente

Figura 06: Residência unifamiliar utilizada no estudo deste caso – fase de execução

Fonte: Autoria própria (2014)

Figura 07: Residência unifamiliar utilizada no estudo deste caso – fase de uso

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4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

4.1 LEVANTAMENTO DOS SERVIÇOS E COMPOSIÇÕES

Os serviços necessários a execução da edificação estão apresentados na Tabela 01, a seguir: Tabela 01: Levantamento dos serviços necessários a execução da edificação

LEVANTAMENTO DOS SERVIÇOS NECESSÁRIOS A EXECUÇÃO DA EDIFICAÇÃO

1 SERVIÇOS PRELEMINARES 1.1 Locação da obra 2 INFRAESTRUTURA 2.1 Fundação superficial 2.2 Alvenaria de embasamento 2.3 Viga de fundação 3 IMPERMEABILIZAÇÕES

3.1 Impermeabilização viga de fundação

4 CIMENTADOS

4.1 Contra piso

5 ALVENARIA

5.1 Alvenaria de tijolos cerâmicos furados

6 SUPRAESTRUTURA 6.1 Viga de cintamento 6.2 Laje pré-moldada 7 TELHADO 7.1 Estrutura telhado 7.2 Telhas 8 REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS 8.1 Chapisco 8.2 Emboço 8.3 Reboco 9 REVESTIMENTO CERÂMICOS

9.1 Revestimento cerâmico paredes

9.2 Revestimento cerâmico piso

10 ESQUADRIAS 10.1 Esquadrias internas 10.2 Esquadrias externas 11 FORROS 11.1 Forro gesso 11.2 Forro madeira 12 PINTURA 12.1 Fundo selador 12.2 Pintura acrílica

12.3 Pintura esmalte metal

12.4 Pintura esmalte madeira

13 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

14 INSTALAÇÕES HIDRAULICAS

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A partir desse levantamento foi realizado, a princípio, o estudo sobre as quantidades de materiais necessários para a execução da residência. Para isso, foram adaptadas as composições de serviços disponíveis no site da Caixa Econômica Federal que tem como base as composições geradas pelo SINAPI, mostrando os insumos que fazem parte do quantitativo, indicando o código, bem como o critério de cálculo; momento em que é citado como foi realizado o cálculo do quantitativo de materiais. A tabela foi adquirida diretamente no site da Caixa Econômica Federal (www.caixa.gov.br), no setor de downloads (SINAPI). Portanto, a referida tabela, por ser mais detalhada, foi utilizada como padrão das composições para o trabalho.

Vale ressaltar que alguns serviços não tiveram seus itens cotados na lista de materiais, devido ao fato de tais serviços serem apresentados como verbas para a maioria das instituições do ramo da construção civil, aparecendo com pouca variação de preço entre diversos orçamentos. Este é o caso de itens envolvendo instalações elétricas e instalações hidráulicas. E como o objetivo deste trabalho estava voltado apenas para a comparação de custos de materiais, o que diz respeito à mão de obra e maquinários utilizados para a realização dos serviços foi desconsiderado.

Assim, foram obtidas as composições de cada serviço, como pode-se visualizar nas Tabelas 02 a 23 a seguir:

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1. Serviços preliminares

1.1. Locação da obra

Tabela 02: Composição analítica da locação de obra por m²

74077/1 - LOCACAO CONVENCIONAL DE OBRA, ATRAVÉS DE GABARITO DE TABUAS CORRIDAS, SEM REAPROVEITAMENTO (m²)

Código Insumo Unid. Consumo

4491 ESCORA DE EUCALIPTO m 0,17

5065 PREGO POLIDO COM CABECA 18 X 27 kg 0,01

10567 GUIA EUCALIPTO 2,5x12cm m 0,4

Fonte: Construída a partir de SINAPI/CEF (2015). Critério de cálculo: Por metro quadrado de obra construída.

2. Infraestrutura

2.1. Fundação superficial

Tabela 03: Composição analítica fundação superficial (Concreto ciclópico) por m³

73361 - CONCRETO CICLOPICO FCK=10MPA 30% DE PEDRA DE MÃO (m³)

Código Insumo Unid. Consumo

4491 CIMENTO PORTLAND COMPOSTO CPI I-32 kg 161

370 AREIA MEDIA m³ 0,35

4718 PEDRA BRITADA N. 2 m³ 0,7

4730 PEDRA-DE-MÃO OU PEDRA RACHÃO m³ 0,54

Fonte: Construída a partir de SINAPI/CEF (2015). Critério de cálculo: Por metro cúbico de fundação.

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2.2. Alvenaria de embasamento

Tabela 04: Composição analítica de alvenaria de embasamento por m³

6110-ALV. DE EMBASAMENTO EM TIJOLOS CERAMICOS MACICOS 5X10X20CM, ASSENTADO COM ARGAMASSA TRACO 1:2:8 (CIMENTO, CAL E

AREIA) (m³)

Código Insumo Unid. Consumo

4491 CIMENTO PORTLAND COMPOSTO CP II-32 kg 102,3

370 AREIA MEDIA m³ 0,35

1106 CAL HIDRATADA kg 51,87

7258 TIJOLO CERAMICO MACICO 5X10X20CM un 795

Fonte: Construída a partir de SINAPI/CEF (2015).

Critério de cálculo: Por metro cúbico de alvenaria medido na planta baixa tomando como base o nível do terreno.

2.3. Viga de fundação

Tabela 05: Composição analítica de viga de fundação por m³ 73346 – VIGA FUNDAÇÃO FCK=15MPA(m³)

Código Insumo Unid. Consumo

4491 CIMENTO PORTLAND COMPOSTO CP II-32 kg 350

370 AREIA MEDIA m³ 0,62

4718 PEDRA BRITADA N. 2 m³ 0,85

31 AÇO CA-50 12.5mm kg 90

32 AÇO CA-60 5,0mm kg 50

7258 FORMA MADEIRA m 1

Fonte: Construída a partir de SINAPI/CEF (2015). Critério de cálculo: Por metro cúbico de concreto.

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3. Impermeabilizações

3.1. Impermeabilização viga fundação

Tabela 06: Composição analítica de impermeabilização viga de fundação por m²

83742 – IMPERMEABILIZACAO COM HIDROASFALTO 4 DEMAOS (m²)

Código Insumo Unid. Consumo

2691 HIDROASFALTO kg 1,6

Fonte: Construída a partir de SINAPI/CEF (2015). Critério de cálculo: Pela área das faces das vigas de fundação.

4. Cimentados

4.1. Contrapiso

Tabela 07: Composição analítica de contrapiso por m² 73907/3 – CONTRAPISO e=5cm (m²)

Código Insumo Unid. Consumo

4491 CIMENTO PORTLAND COMPOSTO CP II-32 kg 10

370 AREIA MEDIA m³ 0,036

4718 PEDRA BRITADA N. 2 m³ 0,037

Fonte: Construída a partir de SINAPI/CEF (2015). Critério de cálculo: Por metro quadrado de área construída. 5. Alvenaria

5.1. Alvenaria de tijolos cerâmicos furados (interno e externo)

Tabela 08: Composição analítica de alvenaria de tijolos cerâmicos furados por m²

73935/5 - ALVENARIA EM TIJOLO CERAMICO FURADO11,5X14X23CM, ASSENTADO EM ARGAMASSA 1:4 (CIMENTO E AREIA MEDIA) (m²)

Código Insumo Unid. Consumo

4491 CIMENTO PORTLAND COMPOSTO CP II-32 kg 9,6

370 AREIA MEDIA m³ 0,03

7267 BLOCO CERAMICO VEDAÇÃO 9 FUROS – 9X14X19CM m² 26

Fonte: Construída a partir de SINAPI/CEF (2015).

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6. Supraestrutura

6.1. Viga cintamento (Respaldo)

Tabela 09: Composição analítica de viga de cintamento por m³ 73346 – VIGA CINTAMENTO (m³)

Código Insumo Unid. Consumo

4491 CIMENTO PORTLAND COMPOSTO CP II-32 kg 350

370 AREIA MEDIA m³ 0,62

4718 PEDRA BRITADA N. 2 m³ 0,085

31 AÇO CA-50 12.5mm kg 90

32 AÇO CA-60 5,0mm kg 50

7258 FORMA MADEIRA m 1

Fonte: Construída a partir de SINAPI/CEF (2015). Critério de cálculo: Por metro cúbico de concreto.

6.2. Laje pré-moldada

Tabela 10: Composição analítica de laje pré-moldada de forro por m²

74141/1 – LAJE PRÉ-MOLDADA FORRO TAVELA CERÂMICA (m²)

Código Insumo Unid. Consumo

4491 CIMENTO PORTLAND COMPOSTO CP II-32 kg 12

370 AREIA MEDIA m³ 0,02

4718 PEDRA BRITADA N. 2 m³ 0,025

3741 LAJE PRÉ-MOLDADE DE FORRO CONVENCIONAL m² 1

5075 PREGO POLIDO COM CABECA 18 X 30 kg 0,02

32 MALHA POP 15X15 CM (6M²) un 0,2

7258 FORMA MADEIRA m 1

Fonte: Construída a partir de SINAPI/CEF (2015). Critério de cálculo: Por metro quadrado de forro de laje.

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7. Telhado

7.1. Estrutura telhado

Tabela 11: Composição analítica de estrutura de telhado telha de fibrocimento 6 mm por m²

73931/1 – ESTRUTURA DE MADEIRA PARA TELHA FIBROCIMENTO 6mm (m²)

Código Insumo Unid. Consumo

10567 GUIA EUCALIPTO 2,5x12cm m³ 0,085

5061 PREGO POLIDO COM CABECA 18 X 27 kg 0,065

Fonte: Construída a partir de SINAPI/CEF (2015).

Critério de cálculo: Pela área de projeção horizontal do telhado incluindo beiral de 60cm.

7.2. Telha fibrocimento 6mm

Tabela 12: Composição analítica de telha de fibrocimento 6mm por m² 74088/1 – TELHA FIBROCIMENTO 6mm (m²)

Código Insumo Unid. Consumo

7219 CUMEEIRA m² 1,18

7194 TELHA FIBROCIMENTO 6mm 2,44x1,10m m² 1,18

4299 PARAFUSO PRA FIXAÇÃO un 1,42

Fonte: Construída a partir de SINAPI/CEF (2015).

Critério de cálculo: Pela área de projeção horizontal do telhado incluindo beiral de 60cm.

8. Revestimentos argamassados

8.1. Chapisco

Tabela 13: Composição analítica de chapisco por m²

5975 – CHAPISCO TRACO 1:3(CIMENTO E AREIA MEDIA), ESP 0,5MM (m²)

Código Insumo Unid. Consumo

4491 CIMENTO PORTLAND COMPOSTO CP II-32 kg 3,033

370 AREIA MEDIA m³ 0,009

Fonte: Construída a partir de SINAPI/CEF (2015). Critério de cálculo: Pela área de alvenaria interna e externa.

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8.2. Emboço

Tabela 14: Composição analítica de emboço por m²

5990 – EMBOÇO TRACO 1:2:8 (CIMENTO, CAL E AREIA MEDIA), ESP 2CM (m²)

Código Insumo Unid. Consumo

4491 CIMENTO PORTLAND COMPOSTO CP II-32 kg 2,235

370 AREIA MEDIA m³ 0,016

1106 CAL HIDRATADA kg 1,751

Fonte: Construída a partir de SINAPI/CEF (2015). Critério de cálculo: Pela área de alvenaria interna e externa.

8.3 Reboco massa fina

Tabela 15: Composição analítica de reboco massa fina pré-fabricada por m²

74001/1–REBOCO ARGAMASSA PRÉ-FABRICADA, ESPESSURA 0,5CM (m²)

Código Insumo Unid. Consumo

371 MASSA PRONTA kg 7

Fonte: Construída a partir de SINAPI/CEF (2015). Critério de cálculo: Pela área de alvenaria interna e externa.

9. Revestimentos cerâmicos

9.1 Revestimento cerâmico paredes (azulejos)

Tabela 16: Composição analítica de revestimento cerâmico em alvenaria por m² 73925/1– REVESTIMENTO CERÂMICO (ALVENARIA) (m²)

Código Insumo Unid. Consumo

533 AZULEJO 20X20 m² 1,05

1381 ARGAMASSA COLANTE kg 4,5

1380 REJUNTE kg 0,335

Fonte: Construída a partir de SINAPI/CEF (2015).

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9.2. Revestimento cerâmico em pisos

Tabela 17: Composição analítica de revestimento cerâmico em pisos por m² 6060– REVESTIMENTO CERÂMICO (PISOS) (m²)

Código Insumo Unid. Consumo

1287 CERÂMICA 45X45 PEI 4 m² 1,05 1381 ARGAMASSA COLANTE kg 4,5

1380 REJUNTE kg 0,25

Fonte: Construída a partir de SINAPI/CEF (2015). Critério de cálculo: Pela área quadrada de piso.

10. Esquadrias (quantitativo)

10.1. Portas Internas (madeira semi-oca) 02 unidades de 80/210 cm 01 unidade de 70/210 cm

10.2. Portas e janelas externas (metal)

01 unidade Porta entrada 100/210 cm 01 unidade Porta serviço 80/210 cm

01 unidade Janela com veneziana 150/120 cm 01 unidade Janela com veneziana 120/100 cm 01 unidade Janela máximo ar 80/60 cm 01 unidade janela correr 200/100 cm 01 unidade janela correr de 150/170 cm

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11. Forro

11.1. Forro gesso

Tabela 18: Composição analítica de forro de gesso por m² 73986/1– FORRO DE GESSO EM PLACAS (m²)

Código Insumo Unid. Consumo

4812 GESSO m² 1,1

345 ARAME GALVANIZADO 18BWG kg 0,1 Fonte: Construída a partir de SINAPI/CEF (2015).

Critério de cálculo: Pela área quadrada de forro.

11.2. Forro madeira (Beirais)

Tabela 19: Composição analítica de forro de madeira por m² 9536– FORRO DE MADEIRA PARA BEIRAL (m²)

Código Insumo Unid. Consumo

3286 FORRO DE MADEIRA CEDRINHO m² 1,1

3288 PEÇA DE MADEIRA "MEIA CANA" m 2,3

4502 PEÇA DE MADEIRA NATIVA/ REGIONAL 2,5X5CM m 2,25

5066 PREGO POLIDO COM CABECA 12X1 2 kg 0,15

6204 TABUA DE MADEIRA DE LEI 2,5X15 CM m 2,5

Fonte: Construída a partir de SINAPI/CEF (2015). Critério de cálculo: Pela área quadrada de beiral.

12. Pintura

12.1. Fundo selador acrílico

Tabela 20: Composição analítica de fundo selador acrílico por m² 74233/1– FUNDO SELADOR ACRILICO (m²) Código Insumo Unid. Consumo

6085 SELADOR ACRILICO l 0,1 Fonte: Construída a partir de SINAPI/CEF (2015).

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12.2 Pintura látex acrílica

Tabela 21: Composição analítica de pintura látex acrílica por m²

73954/1– PINTURA LATEX ACRILICA DUAS DEMÃO (PAREDES) (m²)

Código Insumo Unid. Consumo

3767 LIXA PAREDE un 0,25

7356 TINTA ACRILICA l 0,17

Fonte: Construída a partir de SINAPI/CEF (2015).

Critério de cálculo: Pela área quadrada de alvenaria sem desconsiderar vãos de aberturas.

12.3. Pintura esmalte (ferro)

Tabela 22: Composição analítica de pintura esmalte em metal por m²

6067–PINTURA ESMALTE BRI LHANTE (2 DEMAOS) SOBRE SUPERFICIE METALICA, INCLUSIVE PROTECAO COM ZARCAO (1 DEMAO)

Código Insumo Unid. Consumo

3768 LIXA P/ FERRO un 0,3

5318 SOLVENTE DILUENTE l 0,03

7294 TINTA ESMALTE SINTETICO ALTO BRILHO gl 0,04

7308 FUNDO ANTI CORROSIVO TIPO ZARCAO gl 0,0333

Fonte: Construída a partir de SINAPI/CEF (2015).

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12.4. Pintura esmalte (madeira)

Tabela 23: Composição analítica de pintura esmalte em madeira por m²

74065/3 - PINTURA ESMALTE BRILHANTE PARA MADEIRA, DUAS DEMAOS, SOBRE FUNDO NIVELADOR BRANCO

Código Insumo Unid. Consumo

3767 LIXA P/ MADEIRA un 0,4

5318 SOLVENTE DILUENTE l 0,04

7292 TINTA ESMALTE SINTETICO ACETINADO l 0,16

6086 FUNDO SINTETICO NIVELADOR BRANCO FOSCO gl 0,056

Fonte: Construída a partir de SINAPI/CEF (2015).

Critério de cálculo: Pela área quadrada de madeira ser pintada, vezes três.

13. Instalações elétricas – Verba 14. Instalações hidráulicas – Verba

4.2 LEVANTAMENTO DA QUANTIDADE DE MATERIAIS

Com as tabelas de composições finalizadas, foi realizado o cálculo da quantidade materiais necessários a execução da residência, como pode-se visualizar a seguir:

1. Serviços preliminares

1.1. Locação da obra

Para a execução do gabarito da obra, foi tomada uma distância de 1 metro de cada lado da residência, portanto se a casa tem 9,90 metros de comprimento por 7,30 metros de largura, o gabarito terá 11,90 metros de comprimento por 9,30 metros de largura, totalizando 110,67 m². Assim a quantidade de materiais necessários para a execução deste serviço é a seguinte:

 Escora eucalipto = 18,81 m

 Prego com cabeça 18x27 = 1,10 kg

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2. Infraestrutura

2.1. Fundação superficial

Para a execução da fundação superficial com concreto ciclópico, foi somado o metro linear de fundação e posteriormente multiplicado pela altura e largura da fundação:

m³ de concreto ciclópico = ml de fundação x largura x altura → 56x0,3x0,5 = 8,4 m³

Desse modo, foi encontrado:

 Cimento Portland CPII-32 = 1.352,40 kg (27 sacos de 50 kg)

 Areia média = 2,94 m³

 Brita n.2 = 5,88 m³

 Pedra de mão = 4,5 m³

2.2. Alvenaria de embasamento

Para quantificar a alvenaria de embasamento foi tomado com nível médio de alicerce em torno de 0,8 m para posteriormente multiplicar pelo metro linear e largura da alvenaria:

m³ de embasamento = ml x largura x altura → 56 x 0,8 x 0,2 = 8,96 m³

Desse modo, foi encontrado:

 Cimento Portland CPII-32 = 916,6 kg (19 sacos de 50 kg)

 Areia média = 3,14 m³

 Cal hidratada = 464,75 kg (23 sacos de 20 kg)

 Tijolo maciço = 7.123,2 un

2.3. Viga de fundação. (15x25 cm)

Para o quantitativo de material da viga de fundação foi multiplicado a largura x altura e metro linear de vigas, já em relação a forma de madeira foi multiplicado o ml de viga por dois:

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m³ viga = largura x altura x ml → 0,15 x 0,25 x 56 = 2,1 m³ Forma madeira = ml x dois lados = 56 x 2 = 112 m

Desse modo, foi encontrado:

 Cimento Portland CPII-32 = 735 kg (15 sacos de 50 kg)

 Areia média = 1,30 m³

 Brita n.2 = 1,78 m³

 Aço CA-50 12,5 mm = 189 kg (16br de 12 m)

 Aço CA-60 5,0 mm = 105 kg (10br de 12 m)

 Forma madeira (pinus 30 cm) = 112 m

3. Impermeabilizações

3.1. Impermeabilização viga fundação

Para quantificar a impermeabilização da viga de fundação multiplicou-se a área das três faces aparentes da viga:

Quant. Imperm. = m² faces vigas x 1,6 → ((0,25x56) x 2 + (0,15 x 56)) x 1,6 = 58,24 kg

Então, obteve-se como resultado para o hidroasfalto:

 Hidroasfalto = 58,24 kg (3 lata de 18 l)

4. Cimentados

4.1. Contrapiso

Para quantificar o material do contrapiso somou-se as áreas internas de cada cômodo, achando uma área quadrada de 52,12 m², obtendo a seguinte:

(46)

 Areia média = 1,88 m³

 Brita n.2 = 1,93 m³

5. Alvenaria

5.1. Alvenaria de tijolos cerâmicos furados (interno e externo)

Para quantificar a alvenaria necessária foi multiplicado o metro linear de parede pelo pé direito da residência que no caso era de 2,70 m:

Alvenaria = ml parede x altura → 56 x 2,7 m = 151,2 m²

Obtendo-se os seguintes quantitativos:

 Cimento Portland CPII-32 = 1.451,52 kg (29 sacos de 50 kg)

 Cal hidratada = 464,75 kg (23 sacos de 20 kg)

 Areia média = 4,54 m³

 Tijolo cerâmico furado = 3.931,2 un

6. Supraestrutura

6.1. Viga cintamento (15x25 cm)

Para o quantitativo de material da viga de cintamento foi multiplicado a largura x altura e metro linear de vigas, já em relação a forma de madeira foi multiplicado o ml de viga por dois:

m³ viga = largura x altura x ml → 0,15 x 0,25 x 56 = 2,1 m³ Forma madeira = ml x dois lados = 56 x 2 = 112 m

Desse modo, foi encontrado:

 Cimento Portland CPII-32 = 735 kg (15 sacos de 50 kg)

 Areia média = 1,30 m³

 Brita n.2 = 1,78 m³

(47)

 Aço CA-60 5,0 mm = 105 kg

 Forma madeira (pinus 30 cm) = 112 m

6.2 Laje Pré-moldada

Para a execução da laje, será considerada a área total da casa, incluindo a área da projeção horizontal das paredes internas e externas, portanto a área considerada será equivalente a 60,18 m², necessitando assim das seguintes quantidades de cada material:

 Cimento Portland CPII-32 = 722,16 kg (15 sacos de 50 kg)

 Areia média = 1,20 m³

 Brita n.2 = 1,50 m³

 Laje pré-moldada = 60,18 m²

 Malha pop 15x15cm (6 m²) = 12 un

 Prego 18x30 = 1,20 kg

 Forma = mesma da viga de cintamento.

7. Telhado

7.1. Estrutura telhado

Para contabilizar a quantidade de materiais necessários para a execução da cobertura, será considerada a área da projeção horizontal do telhado. Considerando que o telhado avançará 60 cm além da alvenaria externa da residência:

Área telhado = Perímetro x 0,6 + 60,18 (Área total) → 31,6 x 0,6 + 60,18 = 79,14 m²

Desse modo, foi encontrado:

 Guia eucalipto 2,5x12 cm = 6,73 m³

(48)

7.2. Telha fibrocimento 6mm.

 Cumeeira = 93,39m²

 Telha fibrocimento 6 mm = 93,39m²

 Parafuso fixação = 113un

8. Revestimentos argamassados

8.1. Chapisco

Para o quantitativo de chapisco, foi calculado o metro quadrado de paredes internas e externas, obtendo: Paredes internas 178,2 m² e paredes externas 105 m², total de 283,20 m².

Encontrando as seguintes quantidades de materiais:

 Cimento Portland CPII-32 = 858,09 kg (18 sacos de 50 kg)

 Areia média = 2,55 m³

8.2. Emboço

Para o quantitativo de emboço, foi calculado o metro quadrado de paredes internas e externas, obtendo: Paredes internas 178,2 m² e paredes externas 105 m², total de 283,20 m².

Encontrando as seguintes quantidades de materiais:

 Cimento Portland CPII-32 = 632,95 kg (13 sacos de 50 kg)

 Areia média = 4,55 m³

(49)

8.3 Reboco massa fina

Para o quantitativo de emboço, foi calculado o metro quadrado de paredes internas e externas, descontando a área que receberá revestimento cerâmico, obtendo: Paredes internas 178,2 m² e paredes externas 105 m², paredes com revestimento 30 m², total de 253,20 m².

Encontrando-se assim, massa pronta (Massa fina) = 1.772,40 kg (89 sacos de 20 kg)

9. Revestimentos cerâmicos

9.1 Revestimento cerâmico paredes (azulejos)

Para quantitativo de azulejos foi utilizado o m² de parede a ser revestida, paredes do banheiro, pia da cozinha e tanque da lavanderia, total de 30,0 m².

Obtendo assim:

 Azulejo = 32 m²

 Argamassa colante = 135 kg (9 sacos de 15 kg)

 Rejunte = 10 kg

9.2. Revestimento cerâmico em pisos

Para o cálculo de mateiras para a execução do piso cerâmico foi somado a área interna de cada cômodo, total de 52,18 m².

Obtendo o seguinte quantitativo:

 Cerâmica PEI 4 = 55 m²

 Argamassa colante = 234,81 kg (16 sacos de 15 kg)

(50)

10. Esquadrias (quantitativo)

10.1. Portas Internas (Madeira semi-oca)  02 unidades de 80/210 cm

 01 unidade de 70/210 cm

10.2. Portas e janelas externas

 01 unidade Porta entrada 100/210 cm

 01 unidade Porta serviço 80/210 cm

 01 unidade Janela com veneziana 150/120 cm

 01 unidade Janela com veneziana 120/100 cm

 01 unidade Janela máximo ar 80/60 cm

 01 unidade janela correr 200/100 cm

 01 unidade janela correr de 150/170 cm

11. Forro

11.1. Forro gesso

Calculado pela metragem quadrada de forro descontando a área de paredes, total 52,18 m²

 Gesso = 58 m²

 Arame galvanizado = 5,22 kg

11.2. Forro madeira (Beirais)

Calculado pela área de beirais (60 cm), total de 22,00 m²  Forro madeira = 25 m²

 Madeira meia cana = 51 m

 Madeira 2,5x5 cm = 50 m

 Prego 12x12 = 3,3 kg

(51)

12. Pintura

12.1. Fundo selador acrílico

Calculado pelo m² de parede externa e interna descontando as que receberam revestimento cerâmico, total de 253,20 m².

 Selador acrílico = 25,32 l

12.2 Pintura látex acrílica

Calculado pelo m² de parede externa e interna descontando as que receberam revestimento cerâmico, total de 253,20 m².

 Lixa parede = 63 un

 Tinta acrílica = 43 l

12.3. Pintura esmalte (ferro)

Calculado pela área de esquadrias de metal vezes três, total de 36,00 m²

 Lixa p/ ferro = 11 un

 Solvente = 1 l

 Tinta esmalte = 2 gl

 Fundo (zarcão) = 1 gl

12.4. Pintura esmalte (madeira)

Calculado pela área de portas internas de madeira mais a área de beiral vezes três, total de

80,50 m²

 Lixa p/ madeira = 32 un

(52)

 Tinta esmalte = 12 gl

 Fundo nivelador = 4,5 gl

13. Instalações elétricas – Verba

14. Instalações hidráulicas – Verba

4.3 LEVANTAMENTO DOS CUSTOS DOS INSUMOS COM BASE DA TABELA SINAPI Com a finalização do quantitativo de materiais necessários a execução da obra, foi feito a coleta de custos dos mesmos. Em um primeiro instante, utilizou-se a cotação com base na tabela de Preços de Insumos, fornecida pela SINAPI, referente ao estado do Rio Grande do Sul. Esta tabela é composta pelos valores medianos dos materiais de construção civil necessários para uma obra, sendo que estas medianas foram calculadas com valores coletados apenas na cidade de Porto Alegre. Essa tabela pode ser adquirida diretamente no site da Caixa Econômica Federal (www.caixa.gov.br), no setor de governo estadual, em seguida em produtos e serviços e então SINAPI, na página do SINAPI encontra-se as diversas tabelas de insumos de todos os estados brasileiros no link Relatório de Insumos. Foram coletados os custos com base no mês de abril de 2014.

(53)

Tabela 24: Custo dos insumos da obra, conforme relatório de insumos fornecido pelo SINAPI.

VALOR DE INSUMOS CONFORME TABELA SINAPI

Código SINAPI Insumo Unidade Valor

2728 ESCORA DE EUCALIPTO m R$ 1,50

5065 PREGO POLIDO COM CABECA 18 X 27 kg R$ 7,88

4460 GUIA EUCALIPTO 2,5x12cm m R$ 7,55

4491 CIMENTO PORTLAND COMPOSTO CPI I-32 50kg saco R$ 24,00

370 AREIA MEDIA m³ R$ 61,50

4718 PEDRA BRITADA N. 2 m³ R$ 45,65

4730 PEDRA-DE-MÃO OU PEDRA RACHÃO m³ R$ 36,99

1106 CAL HIDRATADA kg R$ 0,56

7258 TIJOLO CERAMICO MACICO 5X10X20CM un R$ 0,34

31 AÇO CA-50 12.5mm barra 12m br R$ 35,60

39 AÇO CA-60 5,0mm barra 12m br R$ 5,60

4438 FORMA MADEIRA (pinus 30cm) m R$ 3,50

2691 HIDROASFALTO l R$ 5,69

7267 BLOCO CERAMICO VEDAÇÃO 9 FUROS – 9X14X19CM un R$ 0,56

3736 LAJE PRÉ-MOLDADE DE FORRO CONVENCIONAL m² R$ 26,00

5075 PREGO POLIDO COM CABECA 18 X 30 kg R$ 7,33

10916 MALHA POP 15X15 CM ca-50 un R$ 42,22

11016 CUMEEIRA un R$ 27,52

7194 TELHA FIBROCIMENTO 6mm 2,44x1,10m un R$ 45,99

4299 PARAFUSO PRA FIXAÇÃO un R$ 0,56

371 MASSA PRONTA kg R$ 0,38 533 AZULEJO 20X20 m² R$ 14,92 1381 ARGAMASSA COLANTE kg R$ 0,31 1380 REJUNTE kg R$ 2,42 1287 CERÂMICA 45X45 PEI 4 m² R$ 13,90 4812 GESSO m² R$ 11,59 345 ARAME GALVANIZADO 18BWG kg R$ 12,32

3286 FORRO DE MADEIRA CEDRINHO m² R$ 29,75

3288 PECA DE MADEIRA "MEIA CANA" m R$ 2,80

4502 PECA DE MADEIRA NATIVA/ REGIONAL 2,5X5CM m R$ 0,80

5066 PREGO POLIDO COM CABECA 12X1 2 kg R$ 9,84

6204 TABUA DE MADEIRA DE LEI 2,5X15 CM m R$ 8,00

6085 SELADRO ACRILICO l R$ 4,44

3767 LIXA PAREDE un R$ 0,60

7356 TINTA ACRILICA l R$ 13,21

3768 LIXA P/ FERRO un R$ 2,50

(54)

7294 TINTA ESMALTE SINTETICO ALTO BRILHO gl R$ 59,42

7308 FUNDO ANTI CORROSIVO TIPO ZARCAO gl R$ 55,44

3767 LIXA P/ MADEIRA un R$ 0,60

7292 TINTA ESMALTE SINTETICO ACETINADO gl R$ 59,42

6086 FUNDO SINTETICO NIVELADOR BRANCO FOSCO gl R$ 6,22

4962 PORTA INTERNA DE MADEIRA SEMI-OCA 70/210 un R$ 248,33

4964 PORTA INTERNA DE MADEIRA SEMI-OCA 80/210 un R$ 331,22

4967 PORTA EXTERNA DE MADEIRA 100/210 un R$ 601,59

4939 PORTA EXTERNA DE METAL 80210 un R$ 520,24

34363 JANELA VENEZIANA METAL 150/120 un R$ 568,28

34362 JANELA VENEZIANA METAL 120/100 un R$ 480,85

34363 JANELA CORRER METAL 150/170 un R$ 568,28

34367 JANELA CORRER METAL 200/100 un R$ 476,48

34377 JANELA MAXIMO AR METAL 80/60 un R$ 183,96

Fonte: Autoria própria (2015)

Nesse levantamento tomou-se o cuidado de coletar os custos dos materiais conforme a unidade do quantitativo e com a unidade de venda na cidade de Ijuí-RS, para posteriormente não ocorrer divergência no orçamento. Quando não era encontrado o valor do insumo conforme a unidade requerida era feita a conversão para a unidade desejada, como por exemplo as aberturas de metal, que na tabela SINAPI são discriminadas por m², e no orçamento encontramos por quantidade, também foi o caso do cimento e cal, os quais apresentavam quantitativo em quilogramas e no orçamento em sacos de 50kg e 20kg respectivamente. Ainda nas aberturas, não foram encontradas algumas dimensões conforme a planta baixa, o que levou a coletar custos nas dimensões mais próximas. Após esse levantamento de custos foi realizado o orçamento total da obra, como pode-se visualizar no anexo A.

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