• Nenhum resultado encontrado

ELOISA KRAUSE FURTADO, Desenvolvimento de software para gerar orçamentos de projetos arquitetônicos

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "ELOISA KRAUSE FURTADO, Desenvolvimento de software para gerar orçamentos de projetos arquitetônicos"

Copied!
28
0
0

Texto

(1)

ELOÍSA KRAUSE FURTADO

DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE PARA GERAR

ORÇAMENTOS DE PROJETOS ARQUITETÔNICOS

Sinop

(2)

ELOÍSA KRAUSE FURTADO

DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE PARA GERAR

ORÇAMENTOS DE PROJETOS ARQUITETÔNICOS

Projeto de Pesquisa apresentado à Banca Examinadora do Curso de Engenharia Civil – UNEMAT, Campus Universitário de Sinop-MT, como pré-requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil.

Prof. Orientador: Dr. º Marcelo Leandro Holzschuh.

Sinop

(3)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Top Benefícios Citados por Empreiteiros no Brasil ... 11

Figura 2 – Interface Revit 2019 ... 14

Figura 3 – Tabela de materiais, gerada no Revit... 15

Figura 4 – Interface plataforma NetBeans IDE 8.2 ... 17

Figura 5 – Interface Software MySQL Workbench ... 18

Figura 6 – Interface Sienge Orçamentos ... 19

(4)

AEC – Arquitetura, Engenharia e Construção API – Application Programming Interface ERP – Enterprise Resource Planning

IAI – International Alliance for Interoperability IDE – Integrated Development Environment

IFC – Industry Foundation Class

MEP – mechanical, electrical, and plumbing NIBS – National Institute of Building Sciences PEX – Polietileno Reticulado

POO – Programação Orientada a Objeto SQL – Structured Query Linguage

(5)

1. Título: Desenvolvimento de software para gerar orçamentos de projetos

arquitetônicos

2. Tema: 30100003 – Engenharia Civil

3. Delimitação do Tema: 30101026 – Processos Construtivos 4. Proponente: Eloísa Krause Furtado

5. Orientador(a): Dr. º Marcelo Leandro Holzschuh

6. Estabelecimento de Ensino: Universidade do Estado de Mato Grosso 7. Público Alvo: Estudantes, pesquisadores e profissionais da área de

Engenharia Civil

8. Localização: Avenida Francisco de Aquino Correia, s/n, Aquarela das Artes,

Sinop-MT, CEP: 78898-000

(6)

LISTA DE FIGURAS ... I LISTA DE ABREVIATURAS ... II DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ... III

1 INTRODUÇÃO ... 5 2 PROBLEMATIZAÇÃO ... 6 3 JUSTIFICATIVA ... 7 4 OBJETIVOS ... 8 4.1 OBJETIVO GERAL ... 8 4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 8 5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 9 5.1 BIM ... 9

5.1.1 Cenário BIM no Brasil ... 9

5.1.2 Porque Utilizar BIM ... 11

5.1.3 Interoperabilidade ... 12

5.2 LINGUAGEM IFC ... 12

5.3 REVIT ... 13

5.4 ORÇAMENTOS ... 15

5.5 LINGUAGEM POO JAVA ... 16

5.6 PLATAFORMA NETBEANS ... 16

5.7 BANCO DE DADOS MYSQL ... 17

5.8 TRABALHOS RELACIONADOS ... 18 5.8.1 Estudo ... 18 5.8.2 Software ... 19 6 METODOLOGIA ... 20 6.1 MATERIAIS ... 20 6.2 MÉTODO ... 21 7 CRONOGRAMA ... 23 8 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ... 24

(7)

1 INTRODUÇÃO

A Construção Civil representa um forte fator socioeconômico para o Brasil, pois é capaz de gerar milhares de empregos e fomentar a renda do país. Nesse sentido, “pesquisar, discutir e propor melhorias para este segmento é uma condição fundamental para o desenvolvimento de toda a cadeia da construção e, consequentemente, do país como um todo”. (OLIVEIRA; MELHADO, 2006, p. 7).

O planejamento e o orçamento de obras são fases consecutivas de um mesmo processo gerencial. O planejamento está relacionado a definição de quantificação de tempo para as atividades – detalhadas minunciosamente – de um bem ou serviço a serem executadas, e o orçamento dispõe dos custos atribuídos a estas atividades. Portanto, a troca de informações entre o sistema orçamentário e o processo administrativo são fundamentais para o controle e o acompanhamento do desempenho do projeto, evitando que surjam gastos inesperados. (KNOLSEISEN (2003, p. 45)

Alguns softwares vêm sendo estudados e aprimorados para suprir essa necessidade de interação. Neste contexto, surge o Building Information Modeling (BIM), um dos propósitos dele “é atender a troca contínua de informações ao longo da gestão do ciclo de vida do empreendimento” (RUSCHEL et al., 2013). Pensando em complementar essa tecnologia, surge a ideia de criar um software capaz de utilizar os dados de quantitativo de materiais, que um software BIM pode oferecer, e converte-los em valores reais, para gerar um orçamento mais preciso, baseado no mercado da construção civil de Sinop – MT.

(8)

2 PROBLEMATIZAÇÃO

Diante do avanço de tecnologias e softwares da área de construção civil, ainda há a necessidade de softwares que auxiliem o processo de orçamentação que estejam disponíveis gratuitamente, pois nem todo acadêmico ou profissional da área consegue adquirir esse serviço pelo seu custo elevado e, que possuam código aberto, para que os usuários possam implementar o programa de acordo com suas necessidades.

Além disso, nem sempre esses orçamentos são definidos de maneira precisa e rápida. Logo, isso possibilita o desperdício de materiais e custos a mais, que poderiam ser evitados. Para o projeto de pesquisa foi questionado: como trazer para o mercado da construção civil de Sinop uma aplicação capaz de oferecer orçamentos de insumos com mais rapidez e eficiência?

(9)

3 JUSTIFICATIVA

Com um mercado consumidor cada vez mais exigente, é importante desenvolver métodos que o atenda de maneira eficiente, que facilite a vida de engenheiros e profissionais da área de construção, e agrade o consumidor final (cliente). Isso pode ser alcançado, principalmente, investindo na fase de planejamento, a qual envolve a orçamentação, pois “[...]. Desperdícios e diversos problemas, principalmente os relacionados com prazos, que podem ser minimizados ou até evitados, com um orçamento consistente e um planejamento adequado.” (MARTINS, 2014, p. 10).

Conforme Santos et al. (2009), “O sucesso do planejamento e controle do projeto depende da eficiência de modelo computacional que é utilizado. O planejamento do empreendimento não envolve somente a dimensão tempo, mas também a estimativa de custo para cada uma das atividades”.

Nesse contexto, busca-se através desse estudo aprimorar a fase de orçamentação, desenvolvendo um software que possa auxiliar nessa atividade, tendo em vista que no mercado de construção de Sinop há uma carência de ferramentas capazes de elaborar orçamentos de maneira eficiente e rápida.

(10)

4 OBJETIVOS

4.1 OBJETIVO GERAL

Criar uma aplicação que gere orçamentos de materiais em obras da construção civil.

4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Desenvolver um sistema para análise e processamento de dados referentes a materiais de projetos tipo residencial unifamiliar padrão baixo (classificação econômica);

• Aplicar e analisar o sistema, a partir de dados das empresas e lojas de materiais de construção da cidade de Sinop/MT;

• Comparar os valores orçados a partir do levantamento de quantitativo de materiais realizado pelo Método Tradicional e pelo Software BIM; • Contribuir com estudos que modernizem as fases de planejamento e

(11)

5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para entendimento desse trabalho é importante explanar conceitos relacionados as áreas que o abrangem como: Building Information Modeling (BIM), Linguagem IFC, Orçamentos; e sobre as ferramentas que serão utilizadas para desenvolvimento do mesmo, Revit, Linguagem de Programação Orientada a Objeto – Java, Plataforma Netbeans e Banco de dados.

5.1 BIM

O BIM – Building Information Modeling – é um conceito que vem sendo difundido na indústria de Arquitetura, Engenharia e Construção (AEC) devido seus diversos benefícios, citados posteriormente (pág. 11), atribuído a modelagem das informações de construções, é possível criar um modelo digital da edificação onde todos os eventos que viabilizam a concepção do empreendimento e, além, sua manutenção, estão interligados. Significa uma “[...] representação virtual das características físicas e funcionais de uma edificação, por todo o seu ciclo de vida, servindo como um repositório compartilhado de informações para colaboração” (NIBS, 2007).

5.1.1 Cenário BIM no Brasil

Baroni (2011) afirma que a utilização do BIM na indústria de construção civil brasileira está passando por um processo de desenvolvimento e adaptação, por ser uma tecnologia recente no país – introduzida no ano 2000 – ainda precisa de aprimoramentos no sistema, que se adequem a realidade brasileira, como a criação de bibliotecas de componentes responsáveis por representarem virtualmente os objetos de uma obra. Alguns profissionais da área ainda estão relutantes com a ideia, por afetar diretamente questões econômicas e de interesses comerciais, porém, é fundamental que haja a qualificação destes, para que se possa efetivar o BIM.

Essa tecnologia demanda custos mais elevados, relacionados com o treinamento de pessoal, aquisição de máquinas mais potentes e os programas em si (possuem licenças mais caras que os programas usuais), além disso, ela exige a participação colaborativa entre todos os setores envolvidos no projeto, o que representa uma mudança cultural na forma de construir (BARONI, 2011).

Mesmo com as dificuldades encontradas, Cervantes Ayres, arquiteto e diretor geral da Secretaria de Urbanismo de São José dos Pinhais/PR, afirma “é preciso

(12)

iniciar a transição para a BIM o quanto antes. Se não, empresas estrangeiras, impelidas pelo baixo volume de obras em seus países, ganharão cada vez mais espaço entre nós” (GEROLLA, 2011). Nesse sentido, é importante estimular pesquisas e projetos dentro das universidades brasileiras, para que se desenvolva essa linguagem de modelagem de informações, tendo o apoio de instituições públicas e privadas; e cabe as empresas de construção civil investir em treinamentos e qualificação de sua equipe, para que consiga atender as exigências de mercado, num futuro bem próximo (MENEZES, 2011).

Tigre (2011), citado por Menezes (2011, p. 165) apresenta como um dos exemplos já adaptados para o mercado brasileiro, o aplicativo desenvolvido pela empresa – TigreCAD 1 – que disponibiliza bibliotecas de famílias utilizadas em projetos hidráulicos prediais (peças de esgoto predial, água fria, água quente e PEX). De acordo com o relatório de mercado inteligente, realizado pela empresa Norte Americana McGraw Hill (The Business Value of BIM for Construction in Major Global Markets: How Contractors Around the World Are Driving Innovation With Building Information Modeling) os empreiteiros brasileiros são os mais recentes na utilização de modelagem de informação de construção, quando comparado a outras regiões do mundo, e os benefícios mais citados por eles diferem do nível de prioridade de benefícios listados por outros países. Colocando prerrogativas relacionadas a economia de custos da construção e redução de erros e omissões, conforme mostra o gráfico (Figura 1) em “Benefícios Projeto do BIM”, como mais interessantes, pois com uma economia volátil no Brasil, principalmente, crises no setor industrial, ter controle e previsibilidade dos custos é algo imprescindível (McGraw Hill Construction, 2014, p. 46-47).

(13)

5.1.2 Porque Utilizar BIM

Dentre as vantagens de se utilizar BIM, Eastman et al. (2008) evidencia: a capacidade de avaliar antecipadamente se um projeto poderá ser cumprido dentro do orçamento de custo e tempo exequível ao cliente. Maior desempenho e qualidade de construção, tendo um projeto de construção mais detalhado é possível identificar se requisitos funcionais e sustentáveis, por exemplo, por meio de ferramentas de simulações, atendem a qualidade esperada.

Outro ponto citado pelo Autor é a visualização 3D prática e fácil em qualquer fase do projeto. As modificações acontecem de forma simultânea em todas as vistas do projeto. Integração entre etapas, isto permite a comunicação entre o projeto estrutural, arquitetônico, mecânico, de orçamentos, reduzindo significativamente erros e o tempo para desenvolvimento destes. As visualizações 3D em BIM fornecem dados importantes, como a área de espaços e quantitativo de materiais e suas propriedades.

Com essa tecnologia também é possível avaliar o desempenho energético da edificação por meio de ferramentas de análise de energia e atribuir propriedades aos elementos utilizados no projeto, como, de um tijolo: material, cor, tamanho, fabricante,

Figura 1 – Top Benefícios Citados por Empreiteiros no Brasil Fonte: (McGraw Hill Construction, 2014)

(14)

e etc.

5.1.3 Interoperabilidade

Uma das características mais significativa que o BIM possui é a interoperabilidade – a capacidade de troca de informações, entre os diversos softwares utilizados no processo de construção de um projeto; isso garante menor perda de tempo com cópia manual de dados de um aplicativo para o outro, e, consequentemente, minimiza os erros (EASTMAN ET AL., 2008, p. 100).

Portanto, em um mercado cada vez mais competitivo, transferir dados em uma mesma linguagem de uma etapa para outra é sinal de avanço, e traz melhorias na produtividade, onde um engenheiro eletricista consegue desenvolver sobre o projeto arquitetônico, respeitando também o estrutural e o mecânico, que por sua vez, estão condizentes com o projeto de orçamento.

5.2 LINGUAGEM IFC

A Industry Foundation Class é um conceito que surgiu da cooperação entre algumas das maiores empresas de AEC nos Estados Unidos, partindo da ideia de desenvolver mais a Tecnologia da Informação dentro da indústria de construção, popularizando o termo interoperabilidade e suas atribuições, dentro de sistemas CAD e softwares de simulação (JACOSKI, 2003, p. 121).

Ainda, segundo o Autor, essa união possibilitou “[...] definir, publicar, promover especificações para classes de objetos da indústria da construção; [...] como base para possibilitar o compartilhamento de informações de projeto através de todo seu desenvolvimento e em aplicações técnicas.” (p. 121). O intuito seria possibilitar o intercâmbio de dados de objetos reais, representados virtualmente, e também, que simulassem sua função real no projeto, sendo assim, possível abranger as fases de viabilidade, planejamento, design, orçamentação, execução, ocupação e manutenção da construção.

A International Alliance for Interoperability (IAI) é responsável por desenvolver a IFC, e segundo Fu et al. (2006, p.179) existem dois tipos de modelos de informações de construção, STEP e IFC, muito utilizados no aprimoramento de pesquisas em tecnologias da indústria de construção. Ambos são baseados na linguagem EXPRESS, padrão ISO, no entanto, o modelo IFC possui especificações de

(15)

modelagem mais focadas nessa área, o que viabiliza melhor aproveitamento. “[...] O modelo IFC define um esquema integrado para descrever os principais objetos, físicos e lógicos, de construção, suas características e suas inter-relações na forma de uma classe hierárquica [...]” (FU ET AL., 2006, p.179), essas especificações podem ser compartilhadas em bibliotecas para qualquer software que utilize a linguagem IFC, o Revit é um deles.

5.3 REVIT

A plataforma Revit2, da Autodesk, é considerada por Eastman et al. (2011, p. 77) líder de mercado quando se trata de desenhos arquitetônicos. O programa foi adquirido de uma empresa startup, e foi disponibilizado pela Autodesk a partir de 2002, possuindo uma base de códigos e estrutura de arquivos diferente de outros softwares da empresa. O Revit inclui outros produtos integrados, além do “Architecture”, o Revit Structure, onde é possível fazer projetos estruturais e, o Revit MEPpara desenvolver projetos hidrossanitários e elétricos.

Ele possui uma interface de fácil entendimento, com ícones que mostram dicas de como utilizar as ferramentas, e seus menus são bem estruturados, o que facilita o processo de assimilação dos comandos disponíveis. É possível fazer a edição bidirecional dos desenhos, e criar novos objetos paramétricos, a partir dos já existentes, alterando dimensões, ângulos, entre outras propriedades; ou exportar outras famílias, a própria Autodesk disponibiliza um acervo de bibliotecas com objetos de especificação e design (EASTMAN ET AL., 2011, p. 78).

Pontos fortes: é intuitivo, possui ferramentas de produção de desenho excelentes, é de fácil aprendizagem e seus recursos são organizados em um ambiente bem projetado com interface amigável, “por causa de sua posição dominante no mercado, é a plataforma preferida para interfaces de link direto com outras ferramentas BIM” (EASTMAN ET AL., 2011).

Pontos fracos: Em projetos maiores que 300 megabytes se percebe um retardo considerável no sistema de memória. Possui limitações no desenvolvimento de superfícies curvas complexas (EASTMAN ET AL. 2011, p. 79-80).

2 Download disponível em: <https://www.autodesk.com.br/products/revit/free-trial>. Acesso em: 11 mai. 2019.

(16)

Outro ponto importante a ressaltar, é a propriedade que o software possui, de gerar tabelas (conforme figura 3) com os quantitativos de materiais utilizados no projeto que está sendo desenhado, essas tabelas poderão auxiliar na construção de orçamentos.

Figura 2 – Interface Revit 2019 Fonte: (Acervo próprio, 2019)

(17)

5.4 ORÇAMENTOS

De acordo com González (2008, p. 7), “[...] um orçamento é uma previsão (ou estimativa) do custo ou do preço de uma obra. O custo total da obra é o valor correspondente à soma de todos os gastos necessários para sua execução.” Planejamento e orçamento são fases que precisam caminhar juntas, e para garantir um orçamento sólido é importante fazer um bom planejamento, já que nessa fase serão definidos todos os recursos e atividades necessárias para execução de um projeto.

Existem diferentes tipos de orçamentos – orçamento paramétrico, orçamento para registro da incorporação em condomínio (NBR 12721), orçamento discriminado – utilizados na composição de custos de uma obra (GONZÁLES, 2008, p. 7). No entanto, o presente trabalho objetiva um orçamento mais simples, relativo à quantificação, apenas, de materiais utilizados no projeto arquitetônico, para isso será

Figura 3 – Tabela de materiais, gerada no Revit Fonte: (Acervo próprio, 2019)

(18)

desenvolvido um software utilizando linguagem de programação orientada a objetos.

5.5 LINGUAGEM POO JAVA

Java é uma linguagem de programação orientada a objeto, através dela é possível fazer a modelagem de objetos do mundo real, em Java “Objetos são instâncias de classes, que determinam qual informação um objeto contém e como ele pode manipulá-la.” (RICARTE, 2001, p. 3). As classes representam objetos que possuem os mesmos atributos, o Gavião é um objeto (animado) que pertence ao grupo Aves, e dentro dessas classes existem métodos ou funções que um objeto pode realizar, ex. o Gavião pode Voar.

De acordo com Gasparotto (2014) a linguagem POO se baseia em quatro pilares muito importantes:

• Abstração: está relacionado a representação de um objeto real de forma virtual, abstrata, determina-se um Nome (identificação) para o objeto, suas Propriedades e Métodos;

• Encapsulamento: diz respeito a proteção dos dados, é feito o ocultamento de informações, quando for preciso utilizar um método já existente basta apenas “inicializá-lo” ou “terminá-lo”, sem necessariamente saber como ele opera;

• Herança: diz respeito ao reuso de códigos, um objeto “filho” pode herdar características de um objeto “pai”, sem perder suas próprias características;

• Polimorfismo: é caracterizado pela mudança ou transformação de um método herdado de outro objeto.

Para modelagem de dados utilizando Java é muito comum o uso de plataformas de trabalho, no caso, será desenvolvido na IDE NetBeans.

5.6 PLATAFORMA NETBEANS

3

“A Plataforma NetBeans é uma ampla framework Java em que você pode basear grandes aplicações desktop. [...] contém APIs que simplificam o tratamento de janelas, ações, arquivos e muitos outros itens típicos em aplicações.” (Netbeans.org).

(19)

É uma estrutura que permite desenvolver diferentes aplicações em Java e compartilhá-las com outros sistemas, já que possui essa característica de integração – Interface de Programação de Aplicações – o que garante a segurança e o intercâmbio de informações.

Dentro dessa estrutura é possível desenvolver uma interface gráfica, através da qual o usuário manipulará os dados, sendo necessário o uso de um Banco de Dados (BD).

5.7 BANCO DE DADOS MYSQL

O MySQL4 é um sistema gerenciador de banco de dados que se baseia na Linguagem de Consulta Estruturada (SQL), de código aberto, em que é possível consultar o banco de dados, fazer alterações, e definir restrições de segurança. (NASCIMENTO, 2015).

4 Download disponível em: <https://dev.mysql.com/downloads/workbench/>. Acesso em: 13 mai. 2019.

Figura 4 – Interface plataforma NetBeans IDE 8.2 Fonte: (Acervo próprio, 2019)

(20)

5.8 TRABALHOS RELACIONADOS

5.8.1 Estudo

Um estudo que possui linha de tema semelhante ao que está sendo proposto é o Levantamento de Quantitativos de Obras: Comparação entre o Método Tradicional e Experimentos em Tecnologias BIM, os autores buscam “[...] analisar como a utilização de software BIM pode aprimorar o processo de levantamento de quantitativos. [...]”. (SANTOS; ANTUNES; BALBINOT, 2014, p. 134).

Ao final da pesquisa, eles concluíram que utilizando o Método BIM para levantamento de quantitativos é possível obter resultados mais precisos. A diferença de quantidades de materiais de um método para o outro pode chegar até 42,3 %, indicando falhas no Método Tradicional, passível de erro humano. Ficou evidente também, que a utilização de BIM torna o processo de levantamento mais rápido em relação ao Método Tradicional, além disso, aquele possui a vantagem de no caso de alteração de projeto, os quantitativos também são automaticamente atualizados. (SANTOS; ANTUNES; BALBINOT, 2014, p. 149-152).

Diante do exposto, percebe-se que o presente projeto possui boas expectativas no que tange a contribuir com estudos que modernizem as fases de planejamento e

Figura 5 – Interface Software MySQL Workbench Fonte: (Acervo próprio, 2019)

(21)

orçamentos de obras, em vista das vantagens que já foram comprovadas com a utilização de BIM.

5.8.2 Software

Tem-se como exemplo um Software já existente no mercado brasileiro que utiliza a tecnologia BIM para gerar orçamento, o Sienge5, um software de gestão, ou ERP (Enterprise Resource Planning), voltado para a indústria da construção, “[...] é um sistema de informação que integra todos os dados e processos de uma organização em um único sistema. Com um ERP a integração de todos os processos e dados de uma empresa é completa [...].” (SIENGE PLATAFORM, 2016). Ele foi desenvolvido pela Softplan, uma empresa de Florianópolis que opera desde 1990.

Uma de suas aplicações é realizar orçamentos de obras com BIM, ele é capaz de gerar orçamentos automáticos a partir de informações extraídas de um software de projeto BIM, como o Revit, por exemplo. O procedimento é feito da seguinte maneira: exportar a lista de serviços do Sienge para dentro do software de modelagem BIM, vincular os elementos construtivos do projeto aos serviços Sienge, depois exportar um arquivo .txt com as informações detalhadas de elementos do projeto para o Sienge Software e, assim, gerar o orçamento automático. Busca-se com o presente trabalho, desenvolver algo semelhante, trazendo para a realidade do mercado de Sinop.

5Software disponível em: <https://www.sienge.com.br/bim/>. Acesso em: 05 abr. 2019. Figura 6 – Interface Sienge Orçamentos

(22)

6

METODOLOGIA

6.1 MATERIAIS

A fundamentação teórica e a revisão de conceitos relacionados a programação orientada a objeto serão realizadas utilizando livros e artigos físicos ou de internet.

O projeto de pesquisa será desenvolvido utilizando os sistemas: NetBeans IDE 8.2, devido ser uma ferramenta que auxilia programadores a escrever, compilar, debugar e instalar aplicações, fazendo o uso de Java e o MySQL Workbench, haja visto que o mesmo possui um ambiente bastante agradável e dispõe de todas as ferramentas necessárias ao trabalho pertinente a parte de programação, o Revit 2018, software BIM da Autodesk, para criação de projetos arquitetônicos e extração de tabelas de quantitativo de materiais. E a quantificação de materiais pelo Método Tradicional será realizada com auxílio do software da Microsoft, Excel, onde é possível organizar os itens em planilhas.

Para fazer a atualização do Banco de Dados serão utilizados catálogos de empresas de materiais para construção da cidade de Sinop, com o objetivo de fundamentar os orçamentos.

Figura 7 – Fluxograma das atividades Fonte: (Acervo próprio, 2019)

(23)

6.2 MÉTODO

A metodologia pode ser dividida em três segmentos: a primeira parte consiste em fazer uma revisão bibliográfica sobre o tema, para introduzir e esclarecer o assunto, e, também, de conceitos de programação orientada a objetos, pois para o desenvolvimento da aplicação será utilizado um ambiente de desenvolvimento integrado (sigla em inglês IDE) NetBeans e a linguagem de programação orientada a objetos JAVA.

A segunda etapa está relacionada as atividades necessárias para o desenvolvimento do software. Inicialmente, é necessário definir as informações e suas funcionalidades (ações) principais, para prosseguir com a escrita dos comandos em linguagem de programação orientada a objeto, utilizando a plataforma NetBeans.

Ao mesmo tempo será desenvolvido o Banco de Dados, em Linguagem de Consulta Estruturada (em inglês, SQL), utilizando, para sua modelagem, a ferramenta MySQL Workbench. Com ela é possível gerar o Diagrama de Entidade-Relacionamento (DER), que permite melhor visualização da estrutura de dados a ser gerada. Logo, o resultado desses passos será o Banco de Dados pronto para o armazenamento dos dados, viabilizando a extração das informações necessárias para o projeto.

Com o Banco de Dados pronto, será criado um projeto arquitetônico residencial unifamiliar padrão baixo, classificação econômica, conforme NBR 12721 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2005, p. 13), no Revit, para extrair as tabelas de quantitativo de materiais (que trazem dados como: Contador, Tipo, Família, Área, Volume e etc.), em formato de texto (.txt). De posse desta lista, será preciso buscar empresas parceiras em Sinop para disponibilizar o catálogo de produtos de materiais para construção civil, e com esses dados fazer a atualização do Banco de Dados.

Para funcionamento da aplicação será feita sua conexão com o BD, e assim, será possível fazer simulações de orçamentos e testar o software. Esses orçamentos poderão ser gerados a partir de um único catálogo de uma empresa; pelo menor valor do material entre todas as empresas cadastradas; ou mesmo um valor médio, e a partir deles, gerar estatísticas a respeito de qual empresa oferece o melhor orçamento em questão de custo.

(24)

manual, fazendo medições e contagem de todos os componentes do mesmo projeto arquitetônico, utilizando as plantas 2D. Esses itens serão listados e registrados em planilha de Excel, indicando a descrição e a quantidade, para posteriormente gerar a quantificação em valores com a mesma base de catálogos disponíveis das empresas de Sinop, e fazer uma comparação com os valores obtidos pelo Software construído.

6.3 VALIDAÇÃO DO MÉTODO

O software será avaliado fazendo uma simulação do mesmo. Depois serão analisados os resultados e tiradas as conclusões, se de fato, ele pode gerar orçamentos com rapidez e precisão.

(25)

7 CRONOGRAMA

ATIVIDADES

2019 2020

MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN

Encontros com o orientador Entrega do projeto de pesquisa Defesa do projeto de pesquisa Revisão bibliográfica complementar Desenvolvimento do software Simulação do Software Avaliação dos resultados e elaboração de conclusões Redação do artigo Revisão e entrega oficial do trabalho Apresentação do trabalho em banca

(26)

8 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12721: Critérios para

avaliação de custos de construção para incorporação imobiliária e outras disposições para condomínios edilícios – Procedimento. Rio de Janeiro. Set.

2005.

BARONI, L. L. Vale a pena migrar? AU - Arquitetura e Urbanismo, São Paulo, v. 208, p. 65-66, jul. 2011. Disponível em:

<http://www.uel.br/pessoal/barison/Artigos_Tese/C&M-2011a.pdf>. Acesso em: 30 mar. 2019.

DAVIS, Dianne. National Building Information Model Standard NBIMS. NIBS – National Institute of Building Sciences. 2007 AEC Infosystems. Disponível em: <

http://portal.opengeospatial.org/files/?artifact_id=20644>. Acesso em: 30 mar. 2019. EASTMAN, C.; TEICHOLZ, P.; SACKS, R.; LISTON, K. BIM Handbook: a Guide to Building Information Modeling for Owners, Managers, Designers, Engineers, and Contractors. New Jersey:John Wiley & Sons, 2008.

FU, C. et al. IFC Model View To Support Nd Model Application. Automation in Construction: ELSEVIER. autcon. 2006. Disponível em:

<https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0926580505000610>. Acesso em: 14 set. 2008.

GASPAROTTO, H. M. Os 4 pilares da programação orientada a objetos. DEVMEDIA. 2014. Disponível em: < https://www.devmedia.com.br/os-4-pilares-da-programacao-orientada-a-objetos/9264>. Acesso em: 05 mai. 2019.

GEROLLA, G. O Brasil - universidades, projetistas, arquitetos, engenheiros -

está preparado para o BIM? AU - Arquitetura e Urbanismo, São Paulo, ed. 208, p.

16-17, jul. 2011. Disponível em: <

http://au17.pini.com.br/arquitetura- urbanismo/208/o-brasil-universidades-projetistas-arquitetos-engenheiros-esta-preparado-224289-1.aspx>. Acesso em: 30 mar. 2019.

GONZÁLEZ, M. A. S. Noções de Orçamento e Planejamento de Obras. São Leopoldo: UNISINOS, 2008.

JACOSKI, C. Integração e interoperabilidade em projetos de edificações – uma

implementação com IFC XML. 2003. 219 p. Tese (Doutorado em Engenharia da

Produção) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2003. Disponível em:

<https://www.researchgate.net/publication/256197158_Integracao_e_Interoperabilida de_em_projetos_de_edificacoes_uma_implementacao_com_IFCXML>. Acesso em: Março de 2019.

KNOLSEISEN, P. C. Compatibilização de orçamento com o planejamento do

processo de trabalho para obras de edificações. Dissertação (Mestrado)

(27)

MARTINS, A. B. T. Orçamento e Programação de uma edificação residencial

multifamiliar. 2014. 57 f. Monografia (Trabalho de Conclusão do Curso de

Graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC), Florianópolis.

MCGRAW HILL CONSTRUCTORS. The Business Value of BIM for Construction in Major Global Markets: How Contractors Around the World Are Driving Innovation With Building Information Modeling. SmartMarket Report. Bedford, MA 01730: 2014. MENEZES, G. L. B. B. Breve histórico de implantação da plataforma BIM. Cadernos

de Arquitetura e Urbanismo, v. 18, a. 22, 21ª sem. 2011. Pág. 153-171. Disponível

em: <

http://periodicos.pucminas.br/index.php/Arquiteturaeurbanismo/article/view/P.2316-1752.2011v18n22p152>. Acesso em: 30 mar. 2019.

NASCIMENTO, Bruno dos Santos. MySQL Tutorial. DEVMEDIA, 2015. Disponível em:< https://www.devmedia.com.br/mysql-tutorial/33309> .Acesso em: 06 mai. 2019. NETBEANS. Trilha do Aprendizado da Plataforma NetBeans. Disponível em: <https://netbeans.org/kb/trails/platform_pt_BR.html>. Acesso em: 05 mai. 2019. OLIVEIRA, O. J. de.; MELHADO, S. B. Como administrar empresas de projeto de

arquitetura e engenharia civil / Otávio J. Oliveira, Silvio Burrattino Melhado. – São

Paulo: Pini, 2006.

RICARTE, Ivan Luiz Marques. Programação Orientada a Objetos: Uma

Abordagem com Java. Campinas, 2001.

RUSCHEL, R. C. VALENTE, C. A. V. CACERE, E. DE QUEIROZ, S. R. S. L. O

Papel das Ferramentas BIM de Integração e Compartilhamento no Processo de Projeto na Indústria da Construção Civil ‐ REEC – Revista Eletrônica de

Engenharia Civil Vol 7 ‐ nº 3 (2013), p. 36-54.

SANTOS, A. P. L.; ANTUNES, C. E.; BALBINOT, G. B. Levantamento de

Quantitativos de Obras: Comparação entre o Método Tradicional e Experimentos em Tecnologia BIM. Iberoamerican Journal of Industrial

Engineering, Florianópolis, SC, Brazil, v. 6, n. 12, p. 134-155, 2014. Disponível em: <http://stat.entrever.incubadora.ufsc.br/index.php/IJIE/article/view/2525/pdf_64>. Acesso em: 26 mai. 2019.

SANTOS, A de P. L. et al. A Utilização do BIM em Projetos de Construção Civil. IJIE -Iberoamerican Journal of Industrial Engineering/ Revista Iberoamericana de Engenharia Industrial. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Florianópolis, SC, vol. 1, nº 2, p. 24-42, dez 2009.

SOFTPLAN, Sienge Plataform – Uma solução integrada para a gestão da sua empresa. Disponível em: <https://www.sienge.com.br/o-sienge/>. Acesso em: 05 abr. 2019.

(28)

Referências

Documentos relacionados

as estimativas de diversidade foram similares nos três sítios estudados, mas a comunidade de invertebrados presente na área degradada (Sítio#01) foi dominada por

Somente na classe Aberta Jr e Sr, nas modalidades de Apartação, Rédeas e Working Cow Horse, que será na mesma passada dessas categorias e os resultados serão separados. O

33 Tabela 8 - Valores médios e desvios-padrão do comprimento celular, da largura celular e do volume celular de miócitos do ventrículo esquerdo com resultados* das comparações

Este projecto de investigação-acção constituiu-se, posteriormente, como um estudo de caso intrínseco (Stake, 1995), em que analisamos os contributos da participação neste

O planejamento de experimentos adotado foi do tipo composto central rotacional, para avaliar a influência de três variáveis: temperatura, umidade e concentração de

O experimento foi conduzido no delineamento em blocos casualizados em esquema fatorial ( 4 x 2 ) + 2, tendo como fatores quatro niveis de disppnibilidade de agua utilizando-se

De um total de 15 indicadores de desempenho inicialmente propostos concluiu-se que os mais significativos são Liquidez Corrente, Liquidez Seca, Liquidez Geral, Capital de Terceiros

Atualidades: matérias relacionadas a fatos políticos, econômicos e sociais no Brasil, veiculadas nos últimos 12 (doze) meses anteriores à data de realização da prova, em