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(1)

Discovering the Universe

Eighth Edition

Discovering the Universe

Eighth Edition

Neil F. Comins • William J. Kaufmann III

© 2008 W. H. Freeman and Company

CHAPTER 13

(2)

A Supernova de Tycho

Observada por Tycho

em 1572 com um

objeto muito brilhante.

Imagem de raios X

feita em 2003.

Gás e poeira com

temperaturas de

milhões de graus.

Velocidade de

expansão:

(3)

Estrelas de Pequena massa e Nebulosas Planetárias

Quando a fusão do hidrogênio na casca começa a estrela se expande tornando-se uma gigante. No diagrama H-R elas se movem até o ramo das gigantes.

Durante a expansão, certa quantidade de gás é expelida na forma de vento estelar. Nesse estágio a estrela perde de sua massa.

Estrelas com até passam pelo flash do hélio. Estrelas com massas começam a fusão do hélio gradualmente.

(4)

Estrelas de Pequena massa e Nebulosas Planetárias

Após a fusão do hélio começar, as estrelas encolhem e se movem para o ramo horizontal no diagrama H-R.

Os núcleos de hélio são convertidos em carbono e oxigênio. Quando a fusão cessa, a estrela volta a se expandir.

A partir daí, o destino da estrela dependerá de sua massa. Dividimos em dois grupos: estrelas de pequena massa e estrelas de grande massa .

(5)

Estrelas de Pequena

Massa

1. Fusão do hidrogênio na

casca: O núcleo encolhe e

as camadas externas

expandem.

2. aumenta e diminui: a

estrela se move para cima

e para a direita no

diagrama H-R (ramo das

gigantes).

3. A fusão do hélio

começa no núcleo com o

flash do hélio.

(6)

Estrelas de Pequena

Massa

4. Fusão do He no núcleo e fusão do H na casca: O núcleo expande e as

camadas externas encolhem. 5. diminui e aumenta: a estrela se move para baixo e para a esquerda no diagrama H-R (ramo horizontal).

6. Todo do núcleo é convertido em e .

7. Fusão do e do nas cascas superiores: o núcleo encolhe e as camadas externas

(7)

Estrelas de Pequena

Massa

8. aumenta e diminui: a

estrela se move para cima

e para a direita no

diagrama H-R (ramo

assintótico das gigantes;

AGB). A taxa de perda

de massa é de .

9. As camadas mais

externas se soltam

formando uma nebulosa

(8)

Estrelas de Pequena massa e Nebulosas Planetárias

Quando o Sol se tornar uma estrela AGB, ele se expandirá para um raio de . Uma estrela com se expande até a órbita de Marte e sua luminosidade será de .

(9)

Estrelas de Pequena Massa O núcleo de e das AGBs torna-se degenerado e, assim, ele para de contrair. O núcleo nunca atingirá a temperatura de fusão do e do .

A casca de hélio passa por sucessivos flashes de He . A expansão das camadas

externas esfria o gás provocando a recombinação dos elétrons. A recombinação emite fótons. O excesso de fótons gera uma

pressão que ejeta cada vez mais as camadas externas.

O gás condensa em grãos de poeira e quando o núcleo torna-se exposto, o sistema é chamado de nebulosa planetária.

(10)
(11)

Estrelas de Pequena Massa e Nebulosas Planetárias

Incluindo a massa perdida antes da fase de nebulosa planetária, estrelas de pequena massa perdem até de suas massas.

Até agora, nebulosas planetárias foram identificadas. Estima-se que existam de na Via Láctea. Como são abundantes, as nebulosas planetárias retornam para o disco galático cerca de de toda matéria expelida por todos os tipos de estrelas. Esse material será usado na formação de novas estrelas da População I.

(12)

Nebulosas Planetárias

As formas das nebulosas

planetárias dependem da

interação do gás ejetado

com o gás na vizinhança,

com outras estrelas ou com

campos magnéticos

intensos.

Na figura ao lado, um

exemplo de uma nebulosa

planetária esférica.

Localizada no aglomerado

globular M15 na

constelação de Pegasus à

7.000 al (2150 pc).

(13)

Nebulosas Planetárias

Observações

espectroscópicas mostram

linhas de emissão de H, C,

N, O, Ne e Mg.

O deslocamento Doppler

dessas linhas indicam uma

expansão de a km/s.

Figura ao lado: Nebulosa da

Hélice, NGC 7293,

localizada na constelação de

Aquarius a 700 al (215 pc).

Seu diâmetro angular é de

metade de uma Lua cheia. O

gás vermelho é rico em H e

N enquanto que o gás azul é

rico em O.

(14)

Nebulosas Planetárias

Uma nebulosa que

tenha se expandido

por 10 mil anos tem

um diâmetro de alguns

anos-luz.

Após 50 mil anos de

expansão o gás de

uma nebulosa

planetária se esfria ao

ponto de não mais ser

vista.

Figura ao lado: NGC

6826. Apresenta dois

lóbulos de gás ricos

em H. Localizada na

constelação do Cisne a

2.000 al.

(15)

Nebulosas Planetárias

Figura ao lado:

Menzel 3 na

constelação de Norma.

Localizada a 3.000 al

(900 pc).

A estrela central pode

ser parte de um

(16)

Nebulosas Planetárias

A nebulosa da

ampulheta, ejetou

inicialmente uma massa

gasosa na forma de

rosquinha.

Posteriormente, o gás

foi forçado para fora

nas direções

perpendiculares ao

plano da rosquinha.

(17)

Nebulosas Planetárias

Primeiro o equador da

estrela ejetou uma nuvem

de gás e poeira na forma

de rosquinha.

(18)

Nebulosas Planetárias

Gás ejetado pela

superfície da estrela

formando uma nebulosa

(19)

Anã Branca

Os núcleos de C e O

expostos de uma estrela

de pequena massa são

chamados de anãs

brancas.

As anãs brancas estão em

equilíbrio pela pressão de

degenerescência

eletrônica.

Seus diâmetros são da

ordem de grandeza da

Terra.

Algumas são cobertas

por uma fina camada de

H e He.

(20)

Anã Branca

As densidades são da

ordem de , ou seja, uma

colher de chá desse

material pesaria na Terra

o equivalente a 5

toneladas.

A primeira anã branca

descoberta foi a

companheira da estrela

Sirius. Em 1844 o

astrônomo Friedrich

Bessel percebeu que

Sirius se movia. Sirius B

foi observada em 1862.

Observações recentes no

UV revelam quem Sirius

B tem temperatura de

30.000 K.

(21)

Anã Branca

Imagem em raios-X

do sistema binário de

Sirius: Sirius A tem

uma temperatura

superficial de 11.000

K.

(22)

Anãs Brancas

Os caminhos evolutivos teóricos para três núcleos de estrelas inicialmente com massas

entre a mostram que, durante a fase de ejeção da nebulosa, eles se movem para a

esquerda no diagrama H-R, algumas vezes executando laçadas que correspondem a

pulsos térmicos.

Quando a nebulosa planetária se dilui por completo e os núcleos começam a se esfriar

os caminhos evolutivos fazem uma curva para baixo em direção à região das anãs

brancas.

Depois de bilhões de anos, uma anã branca isolada se move para baixo e para a direita

no diagrama H-R.

A temperatura no interior de uma anã branca se reduzirá para 4.000 K e o carbono e

oxigênio se solidificarão transformando-se em cristais gigantes.

O destino das anãs brancas é tornarem-se objetos frios e escuros de matéria

degenerada.

(23)
(24)

Anãs Brancas em Sistemas Binários

Ocasionalmente, o brilho aparente de uma estrela torna-se entre 10 mil e 1 milhão de vezes maior. Esse fenômeno é chamado de

estrela nova.

O aumento de brilho

abrupto é seguido por um declínio gradual de brilho que pode se estender por vários meses.

Os astrônomos costumam observar de duas a três novas por ano, mas estima-se que a frequência estima-seja de 20/ano na Via Láctea.

Figura ao lado: Nova Herculis 1934;

(25)

Anãs Brancas em Sistemas Binários

Figura ao lado: Nova Herculis 1934;

Observações mostram que as novas ocorrem em

sistemas binários que contêm uma anã branca. Quando a companheira da anã branca evolui e

preenche o lóbulo de Roche, gás é transferido para a anã branca.

O H que vai se acumulando na superfície da anã branca esquenta e quando atinge , produz fusão nuclear.

A fusão ejeta o H num evento explosivo.

(26)
(27)

Anãs Brancas em Sistemas Binários

Algumas anãs brancas explodem totalmente quando recebem o gás da companheira. Este evento é chamado de supernova Tipo Ia.

Isso ocorre quando a massa da anã branca é aproximadamente , conhecido como limite de

Chandrasekhar. Quando o gás adicionado ultrapassa esse limite, o aumento da pressão no

interior da anã branca permite a fusão do carbono.

O processo se assemelha ao flash do He, pois a taxa de fusão do carbono dispara e, sem o envelope para equilibrar a pressão interna, a estrela explode.

A explosão produz vários isótopos radioativos. Por exemplo, um isótopo do Ni decai em um isótopo radioativo do Co emitindo luz.

A curva de luz da supernova apresenta um pico de . Isso faz com que as supernovas do tipo Ia sejam observadas de muito longe, ou seja, em outras galáxias, a mais de de distância.

Como todas têm um pico de luminosidade na mesma magnitude absoluta, ao medir sua magnitude aparente podemos determinar as distâncias de várias galáxias usando a relação

(28)
(29)

Estrelas de Grande Massa

Em estrelas da sequência principal com massa maior que , a força gravitacional é suficiente para comprimir e aquecer o núcleo ao ponto de permitir a fusão do C e O.

(30)

Estrelas de Grande Massa

A fusão do carbono produz elementos tais como Ne e Mg. Quando a temperatura atinge , ocorre a fusão do Ne produzindo O e Mg. Quando a temperatura atinge , ocorre a fusão do O

produzindo S, Si e P.

O processo de converter elementos de baixa massa em elementos de massa maior é chamado de

nucleossíntese. Cada estágio de fusão dura um tempo menor do que o anterior: a taxa de fusão é

maior e o número de núcleos atômicos disponíveis é menor. Por exemplo: para uma estrela de na sequência principal • A fusão do carbono dura 600 anos

• A fusão do neônio dura 1 ano • A fusão do oxigênio dura 6 meses

Após a fusão do oxigênio, a compressão gravitacional do núcleo o aquece até permitindo a fusão do silício. Em apenas 1 dia todo Si que havia no núcleo é convertido em Fe.

Cada estágio de fusão adiciona uma nova casca de matéria fora do núcleo (estrutura de cebola). Todos os fótons produzidos nas cascas mais aqueles produzidos no núcleo irão expandir o

envelope da estrela para um diâmetro igual ao diâmetro da órbita de Júpiter. A estrela se torna uma supergigante luminosa .

(31)

Estrelas de Grande Massa As taxas de perda de

massa pelos ventos

estelares são maiores que as perdas das gigantes. Figura ao lado: HD

148937 tem , idade e está localizada na constelação de Norma (4.200 al)

Betelgeuse é uma

supergigante luminosa a 470 al. Perde massa a . Os gases ejetados encontram-se a 10.000 UA e encontram-se

(32)

Estrelas de Grande Massa

Os prótons e nêutrons dos núcleos de Fe estão fortemente ligados. Não é possível extrair mais energia da fusão do Fe. Assim, os elétrons livres no núcleo da estrela equilibram o colapso gravitacional por pressão de degenerescência.

Porém, o acúmulo contínuo de Fe no núcleo devido a queima de Si na casca supera o limite de Chandrasekhar . Finalmente o núcleo colapsa.

(33)

Estrelas de Grande Massa

Quando o núcleo colapsa, em de segundo, a temperatura central atinge . Fótons de raios gama são emitidos quebrando os núcleos de Fe em prótons, nêutrons e elétrons.

Esse processo é chamado de fotodesintegração.

Passados mais de segundo, os elétrons e prótons são forçados a se fundirem produzindo nêutrons e liberando neutrinos. A densidade no núcleo em colapso é tão alta que consegue impedir a

(34)

Estrelas de Grande Massa

Após ¼ de segundo do início do colapso, a densidade atinge o valor de , que é a densidade nuclear. O núcleo, rico em nêutrons, endurece e resiste ao colapso. O núcleo então se dilata abruptamente num processo chamado de quique do núcleo.

Nesse momento, o gás em fusão nas cascas ficaram sem sustentação e estão afundando a uma velocidade maior que da velocidade da luz. O fluxo de neutrinos mais o quique do núcleo colidem violentamente com essas camadas.

(35)
(36)

Estrelas de Grande Massa

O impacto detém a dilatação do núcleo e inverte o sentido de movimento de queda do gás. Em apenas uma fração de segundo, um grande volume de matéria se move de volta em direção à superfície da estrela.

O movimento gera uma onda de choque que após algumas horas chega a superfície explodindo a estrela numa supernova do tipo II.

A luminosidade da supernova pode chegar a 100 bilhões de vezes a luminosidade do Sol. Ou seja, a supernova pode ser mais brilhante do que todas as estrelas da galáxia combinadas. Durante a explosão, o gás vai sendo comprimido pela onde de choque e pelos neutrinos de tal maneira que produz fusão criando uma variedade de elementos pesados. Além disso, a supernova também cria as maiores partículas de poeira do meio interestelar.

Assim, uma estrela de retorna para o meio interestelar mais de por meio do vento estelar, do gás ejetado nas fases de instabilidade e durante a explosão de supernova.

A curva de luz de uma supernova Tipo II é diferente daquele de uma supernova Tipo Ia. Além disso, seus espectros são ricos em H, ao contrário das de Tipo Ia.

Ambas apresentam um pico de brilho, no entanto a magnitude absoluta do Tipo II atinge no pico.

(37)
(38)

Remanescente de nebulosas

As observações indicam que a frequência de supernovas Tipo Ia é de 1 a

cada 36 anos enquanto que supernovas Tipo II ocorrem a cada 44 anos.

Assim, haveriam 5 supernovas explodindo por século.

Os gases ejetados viajam a velocidades supersônicas e quando

encontram regiões do meio interestelar mais densas, colidem com os

átomos emitindo luz.

O maior remanescente de supernova é a Nebulosa Goma de Mascar com

um diâmetro angular de 60º . Sua distância é de apenas 300 al. Estudos

sugerem que essa supernova explodiu há apenas 11 mil anos. Seu brilho

máximo pode ter sido equivalente ao brilho da Lua na fase de quarto

crescente.

(39)
(40)

Remanescente de supernovas Figura ao lado: imagem radio da supernova Cassiopeia A. Mas de 3100 remanescentes foram decobertas por ondas radio.

Da taxa de expansão do gás os astrônomos determinaram que essa supernova foi

observada na Terra há 300 anos.

(41)

Remanescente de supernovas Figura ao lado: imagem de raios X da supernova Cassiopeia A. Astrônomos descobriram que há 2 milhões de anos uma Associação OB passou a apenas 150 al da Terra e que uma ou mais supernovas desse grupo ocorreram na época. Esse evento

coincide com uma extinção em massa ocorrida na Terra naquela época.

(42)

Raios Cósmicos

Os raios cósmicos são principalmente núcleos de H, He, metais, elétrons

e pósitrons.

Muitos estão associados a explosões de supernovas. Porém,

recentemente foi descoberto que alguns raios cósmicos são gerados

quando remanescentes de supernovas atingem o meio interestelar.

Mais raros são os raios cósmicos ultra-alto energéticos. Eles são

provenientes de fora da nossa Galáxia, provavelmente emitido por

buracos negros no centro de outras galáxias.

Os raios cósmicos colidem com as moléculas da atmosfera terrestre a 15

km da superfície. Quando isso ocorre, ele cria uma chuva de raios

cósmicos, pois várias partículas são acelerada em direção a superfície.

(43)
(44)

A Supernova de 1987

Observada em 23/02/1987, SN 1987A explodiu na Grande Nuvem de Magalhães.

No início, seu brilho atingiu 1/10 da

luminosidade prevista. Seu brilho aumentou gradualmente nos 85 dias seguintes. Depois, começou a enfraquecer.

Figura ao lado: imagem da estrela antes da supernova. A LMC está a 160 mil a.l. de distância. Suas estrelas podem ser observadas

individualmente. A estrela que

explodiu era da classe B3 I.

(45)

A Supernova de 1987

Na sequência principal, essa estrela tinha . Seu caminho evolutivo pós-SP varia para direita e esquerda no diagrama HR.

Quando explodiu, a estrela era uma supergigante azul relativamente pequena. Assim, seu brilho foi apenas 1/10 do esperado.

A única informação do núcleo que podemos detectar é o neutrino. Os detectores Kamiokande II e IMB detectaram neutrinos um dia antes da explosão.

Essa detecção foi importante para

comprovar elementos da teoria de evolução estelar.

(46)

A Supernova de 1987 Imagem ao lado: SN 1987A observada pelo Hubble 9 anos após a explosão.

Vários anéis de gases

brilhantes são observados. Esse gás foi emitido 20 mil anos antes da explosão pelos ventos estelares. Esse gás se expandiu na forma de uma ampulheta devido a presença de algum obstáculo na direção do equador: gás ou uma

(47)

A Supernova de 1987 Na fase de supergigante azul, o gás ejetado

comprimiu os gases

ejetados anteriormente em três anéis: no equador e nas partes superior e inferior da ampulheta.

Os anéis brilham devido aos fótons emitidos pela Supernova.

Em 1998, os astrônomos observaram a interação do gás ejetado pela supernova com os anéis. O brilho dos anéis aumentou de

(48)

Estrelas de Nêutrons e Pulsares

Inspirados pela pressão de degenerescência eletrônica, Fritz Zwicky e

Walter Baade propuseram que os nêutrons também apresentavam uma

propriedade semelhante ao princípio de exclusão de Pauli.

A pressão de degenerescência de nêutrons seria suficiente para

estabilizar os núcleos estelares com massa superior ao limite de

Chandrasekhar .

Para isso ocorrer, a densidade do núcleo teria que ser (200 milhões de

vezes a densidade da anã branca) e o tamanho do objeto teria que ser de

(para um núcleo com massa de ).

(49)

Estrelas de Nêutrons e Pulsares

Em 1968, Jocelyn Bell detectou um objeto que emitia pulsos radio com um período

de . O objeto foi batizado de (Little Green Men 1).

Como vários outros objetos semelhantes foram descobertos, o fenômeno passou a ser

chamado de pulsar. Os períodos variavam entre e .

(50)

Estrelas de Nêutrons e Pulsares

No final de 1968, um pulsar foi descoberto na Nebulosa do Caranguejo, uma remanescente de Supernova.

Seu período é de e o cenário mais provável é que fosse um objeto que girasse.

A sugestão de que

pudessem ser anãs brancas foi descartada quando outro pulsar com frequência de foi descoberto.

A única explicação que restou é que só poderiam ser estrelas de nêutrons.

(51)

Estrelas de Nêutrons e Pulsares

A Supernova que deu origem a remanescente do Caranguejo foi observada e registrada

por índios americanos e por chineses em 1054. Ela está a 6 mil a.l. de distância e tem

um tamanho angular de 4 x 6 arcmin (7 x 10 a.l.).

(52)

Estrelas de Nêutrons e Pulsares

Por que as estrelas de nêutrons giram tão rápido? A resposta está na

conservação do momento angular.

Quando o núcleo da estrela se colapsa para um tamanho de , o momento

de inércia diminui. Consequentemente, sua velocidade angular aumenta

mantendo o momento angular constante .

(53)

Estrelas de Nêutrons e Pulsares Como elas emitem pulsos de energia eletromagnética? A resposta está na estrutura de seus campos magnéticos. A intensidade do campo magnético de um núcleo colapsado é vezes maior que o campo magnético terrestre.

À medida que a estrela gira, o campo magnético gera um intenso campo

elétrico que atua nos prótons e elétrons na sua superfície.

Essa interação produz um feixe de partículas que escapam pelos polos magnéticos emitindo radiação.

(54)

Estrelas de Nêutrons e Pulsares Como o eixo de rotação da estrela de nêutrons não coincide com o eixo do campo magnético, o feixe de radiação muda rapidamente de direção.

Esse modelo é conhecido como modelo

do farol.

As partículas aceleradas emitem desde ondas radio quanto raios gamma.

Como os pulsares utilizam parte de sua energia de rotação para criar o pulso, sua velocidade diminui à medida que

envelhecem.

Quanto mais velho o pulsar menos radiação visível ele emitem, sendo detectados apenas no radio.

O pulsar da Vela é o mais lento pulsar detectado no visível .

(55)

Estrelas de Nêutrons e Magnetares

Estrelas de nêutrons com características excepcionais podem gerar campos magnéticos

de vezes mais intensos que o terrestre:

• Convecção

Esses objetos são chamados de magnetares e os intensos campos magnéticos deformam

sua superfície a ponto de emitirem explosões de raios X e raios gama.

Porém, a interação do campo magnético com o gás da vizinhança diminui rapidamente

a taxa de rotação. Após anos a frequência reduz para .

Em 2006, radioastrônomos descobriram outro tipo de emissão de estrelas de nêutrons.

Os chamados transientes em rádio rotatórios esses objetos emitem pulsos de rádio de

uma forma muito irregular. Provavelmente, são antigos pulsares ou magnetares que

diminuíram a velocidade de rotação.

(56)

Estrutura Interna de uma Estrela de Nêutrons

Os modelos teóricos mostram que o núcleo é formado por prótons com propriedades de supercondutores e nêutrons com propriedades de superfluidos.

Em volta do núcleo existe uma camada de superfluido de nêutrons. A superfície é formada por uma crosta sólida de

núcleos densos e elétrons.

Há evidências epectroscópicas de que uma estrela de nêutrons pode ter uma atmosfera.

Cálculos indicam que a crosta da estrela de nêutrons pode sofrer abalos sísmicos. Esses abalos produzem um aumento na taxa de rotação e são conhecidos como

(57)
(58)

Pulsares Binários

Mais de 90 pulsares foram descobertos com companheiras que podem

ser outras estrelas de nêutrons ou estrelas normais.

A descoberta de pulsares binários é uma oportunidade de testar teorias

físicas como a teoria da Relatividade Geral que prevê que esses objetos

devem espiralar um em direção ao outro.

Em 2004 os astrônomos detectaram um par de pulsares formando um

sistema binário. Esse sistema está a 1.500 a.l. da Terra, um deles tem um

período de 23 ms e o outro 2,8 s.

A colisão entre estrelas de nêutrons pode formar elementos químicos

mais pesados que o ferro.

(59)
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Pulsares Binários

No início da década de 70, a NASA lançou um satélite com detectores de raios X. Em

1971, o satélite descobriu pulsos regulares de raios X chegando de Centaurus X-3. Os

pulsos tinham um período de 4,84 s.

Alguns meses depois outra fonte de raios X, Hercules X-1, foi descoberta com pulsos

regulares de 1,24 s. Ambos objetos foram associados com pulsares.

Porém, a cada 5,7 anos, Centaurus X-3 apagava por 12h. O mesmo ocorria com a fonte

Hercules X-1 que apagava a cada 1,7 dia. A explicação é que os pulsares faziam parte

de um sistema binário com uma companheira ordinária.

Como o período orbital de Hercules X-1 é muito curto, a distância entre a estrela de

nêutrons e a estrela ordinária é muito pequena. Essa proximidade permite que a estrela

de nêutrons capture gás da companheira.

A acresção de gás na superfície da estrela nêutrons produz uma mancha muito quente

e emite raios X com uma luminosidade quase 100 mil vezes a luminosidade do Sol.

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(63)

Pulsares Binários

Em alguns sistemas a acresção de gás na superfície da estrela de

nêutrons pode gerar a fusão do hidrogênio em hélio. Quando isso ocorre

uma camada de hélio cobre a superfície da estrela de nêutrons.

Quando a espessura da camada de hélio atinge 1 m de espessura, a fusão

do hélio se inicia liberando uma grande quantidade de raios X.

Assim, enquanto que a Nova é gerada pela fusão explosiva na superfície

de uma anã branca, um emissor intenso de raios X é gerado pela fusão

explosiva do hélio em sua superfície.

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