UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEAR CENTRO DE CIÊNCIAS AGrRIAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESCA
ESTUDOS PRELIMINARES SOBRE O PLANCTON DA SALINA MORRO BRANCO, MOSSOR5 (RIO GRANDE
NORTE - BRASIL)
Celicina Maria da Silveira Borges
Dissertação apresentada ao Departa- mento de Engenharia de Pesca do Centro de Cincias Agr-Srias da Universidade Fe-deral do Coar -i, como parte das exigências para obtengão do titulo de Engenheiro de Pesca.
Fortaleza - CearTi Dezembro - 1977
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará
Biblioteca Universitária
Gerada automaticamente pelo módulo Catalog, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)
B731e Borges, Celicina Maria da Silveira.
Estudos preliminares sobre o plancton da salina Morro Branco, Mossoró (Rio Grande do Norte – Brasil) / Celicina Maria da Silveira Borges. – 1991.
27 f. : il.
Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias, Curso de Engenharia de Pesca, Fortaleza, 1991.
Orientação: Profa. Vera Lúcia Mota Klein. 1. Plâncton. I. Título.
CDD 639.2 1977
SUPERVISOR
Prof. Assist. Vera Lucia Mota Klein
COMISS70 EXAMINADORA
Prof. Assist. Jos Fausto Fausto Filho
Prof. Assist. Francisca Pinheiro Veras Joventino
VISTO:
Prof. Assist. Gustavo Hitzschky Fernandes Vieira
Chefe do Departamento de Engenharia de Pesca
Prof. Adj. iaria Ivone Mota Alves
AGRADECIMENTOS
A Professora Vera Lucia Mota Klein, que dedicadamente orientou com eficiincia esse trabalho.
Ao Professor Jeranimo Vingt-Un Rosa-do Maia, diretor da Escola Superior de Agricultura de Mosso
pelo fornecimento do material para esse estudo.
7 Emerson pelo apoio 2 compreens-io no desenvolver desse trabalho.
í\o Engenheiro de Pesca Ricardo Bar-reira, pela confecg-io cos gr-ificos.
Ao Laboratario de Ciõncias do Mar pe la cess-ao de suas instalações e instrumentos.
ESTUDOS PRELIMINARES SOBRE 0 PLANCTON DA SALINA MORRO BRANCO, MOSSORO (RIO GRANDE
DO NORTE - BRASIL)
Celicina Maria da Silveira Borges
A exploração dos recursos pesqueiros estuarinos, tem tido um grande avango nos illtimos anos, principalmente, por ser nessas zonas que esp5cies de alto valor económico como camarEes (Peneidae) e tainhas (Mugilidae) passam parte dos seus ciclos de vida. Os estuãrios
so
fontes de alimen-tagão constante para esses organismos, bem como para orga-nismos s6sseis, como as ostras (Ostreidae), tamb3m de gran-de importincia comercial.Essas vantagens apresentadas,
fen
motivado infme- ros programas para implantagTo de projetos de aquicultura em todo mundo. No estuirio e salinas do rio hossor5, foi niciado um projito de aquicultura, visando um melhor aprovei tamento das espies que ali ocorrem. Para o desenvolvimen- to deste, no poderia deixar de ter um estudo bisico,so-bre a composição do plancton e a densidade relativa dos seus componentes.
A importãncia do presente trabalho reside no fato de nao existir nenhum estudo relativo 3 comunidade planct8-nica da região em foco. Sendo o plancton o primeiro elo da
cadeia tr6fica dos ambientes aqu5ticos, reveste-se da maior importãncia e significado cientifica° conhecimento dos ele mentos que o comp6em, bem coma sua abundEncia relativa.
I. AREA DE ESTUDO
Das bacias fluviais do estado do Rio Grande do Norte (Brasil), a mais extensa e importante 7 a do Mossor3 (Apodi), com cerca de 120 km de comprimento e um declive de 0,5m por qui13metro, desde a soleira da passagem funda - onde corre a 60m de altitude
-at
7 a barra. E projeta-se na direg3o S0-1E, sem grandes curvas divagantes mas com um lei to menon miudamente sinuoso (Caldas Lins etal
1977).0 rio Mossor3, como os outros rios nordestinos, sofre grande influEncia do regime p1uviom6trico,podendo per manecer vã- rios meses com seu astu;irio alimentado apenas por agua do mar. Na estagão seca portanto, a igua do leito do rio 6 totalmente marinha,
at
37 km da barra.No chamado rio- , o-sal, sucedem-se as salinas por 25 km desde a foz,
at
as salinas de Pitulina e São Luiz,as mais distantes da barra, somando umaarea
de 40.000km2 .(0p. cit.). A importincia do rio est3 pois diretamente ligadaa
produtividade das salinas. No perTodo chuvoso, a produção de sal cai sensivelmente,e a necessidade de exploragio de um recurso alternativo se faz sentir. A aquicultura ao que tudo indica, vir 6 cobrir esse "ar2ficit" na produtividadedas salinas, conferindo a essas um bom rendimento o ano in
Para iniciar nossos estudos, escolhemos uma -irea de atua0o, considerando entre outros fatores, a ocorr73ncia de espécies de valor comercial, a possibilidade de constru g3o de viveiros e a relativa proximidade de um centro comer cial que facilitar -a. a entrada do produto no mercado.
A salina Morro Branco, situada aproximadamente a 16 km da barra, e 40 km de Mossor6, foi a 6rea que melhor enquadrou-se nas exigéncias requeridas (Fig. 1). Os tanques da salina, so alimentadoscom 5gua do estu'irio através de bombeamento. Estabelecemos quatro estag6os para coleta das amostras de plancton, uma no canal que leva a -5gua bombeada e outras tr5's no primeiro tanque (Fig. 2). AlocalizagTio des sas riltimas osta0es foi feita dividindo-se a "irea em trés partes equidistantes.
II. MATERIAL E METODO
Baseamos nosso estudo em 40 amostras coletadas em quatro estaçZes, em dois hor5rios diferentes, a's 9 e Tis 18 horas, no period() de junho a outubro de 1977.
Em cada estag-io foi determinada a temperatura (su percTcie e fundo) e a salinidade, sendo essa 51tima medida ,com salinOmetro da American Optical Corporation, baseado no
As amostras foram coletadas com rede de padr-ão de plancton em arrasto horizontal por 3 a 4 min. 0 plancton co letado foi fixado com formol a 4% neutralizado com b5rax.
Para o estudo qualitativo utilizou-se bibliogra-
fia especializada, determinando-se o fitoplacton a nível
de gEnero e o zooplancton ao nivel de sub -ordem, quando pos sivel.
Para o estudo da densidade relativa do plancton, utilizamos microsc6pio binocular Aus Jena, contando-se os 300 primeiros organismos fito-zooplanctanicos. Esse maodo tem sido empregado por virios autores, e d uma idEia da a-bundãncia relativa das esp6cies. Desse modo, estabelecemos uma escala de valores de abundãncia, para representar as por centag2ns relativas da presença dos organismos encontrados (Tabelas 1 e 2).
III. RESULTADOS E DISCUSSIW
Durante o período estudado a temperatura mEdia su
perficial foi de 28,39C sendo a minima de 25,59C e a mixima de 319C; a temperatura mdia no fundo foi de 27,99C com mi- nima de 249C e m-ixima de 30,39C. A salinidade mdia foi de 40,4%o,sendo a minima de 32,5%o ea mãxima de 48%o. (Tabela 3). A partir da coleta de setembro, a salinidade aumen-tou bastante em todas as estag5es, alcançando seu valor ma.-ximo em outubro. Esse aumento pode ser explicado pela falta de chuvas, grande insolagão e alta evaporação.
Dias de coleta Precipitação (mm) Evaporag5o (mm) Insolação (hora) 14/06/77 0 7,0 7 96 12/07/77 0 5,2 8,6 16/08/77 0 12,0 109 6 13/09/77 0 11,6 8,5 11/10/77 0 13,8 9,2
No fitoplancton estiveram presentes as classes
Bacillariophyceae, Chlorophyceae, Cianophyceae,Dinophyceae,
Rhodophyceae e Chysophyceae em ordem de frequ75ncia decres-cente (Griifico 1). Os g-3neros de fitoplancton que ocorreram
nesse periodc foram: BACILLARIOPHYCEAE imphota. Ehrenberg,
AmphipitoAxt Ehnrenberg, Biddaphia Gray, Cozcinodizcaz Ehren
berg, Ftagitatia Lyngbye, Gytozigma Hassall,
Leptocytindtuz
Cleve, Licmophota Agardh,Wavicuta
Bory,PinnutAtia
Ehren-berg, SuniAetea Turpin, Syned/ta Ehrenberg,Sketetonema Gre-ville e ThalaimiothAixCleve & Grunow. CHLORO:HYCEAE-Ctohte-/Liam Nitzsth,Co4maxium Corda, SiAogonium Kutzing, SpifLogy-
ALL Link e taothitix Kuetizing. CIANOPHYCEAE
Lyngbya
C. A.Agardh,
04eitexttoAia
Vaucher, RaphidioNiz Fritsch & Riche SpiAutina Turpin. DINOPHYCEAE
Goniodoma
Stein. RHODOPHYCEAE Audouinata Bory. CHRYSOPHYCEAE Dictyocha Ehren-
berg.
classe Bacillariophyceae esteve representada
por 15 gEneros, sendo os mais frequentes em ordem decrescen
se Chlorophyceae esteve representada por 5 glneros, sendo C6iteitium Nitzsch o que alcançou maior freque.ncia. A clas-se Cianophyceae repreclas-sentada por 4 q5neros, teve como mais frequente Sputina Turpin. As demais classes foram pouco representativas contribuindo apenas com um ge-nero cada.
Nessa- F.) ,rTodo, os fibs que compuseram o zoo- plancton foram os seguintes: Protozoa, Ascheiminthes, Coe- lenterata, Annelida 2 Arthopoda, n fito Arthropoda foi o mais importante, -:estacanlo-so a ordem Coo ,poda da classe Crustacea, representada or oyes, larvas e adultos.
Em regiões tropicais, onde o gradiente de tempera tura_ 6 pequeno, e a ocorrência de chuvas marcadamente sa- zonal, o aparecimento de certas formas larvais e outros or-ganismos do plancton, pode ser governada pelo regime de saLl linidade (Green, 1968). Cm nosso estudo foi comprovada a re laço encontrada por Green, de vez que os gêneros de fito plancton bem como alguns organismos do zooplancton, estive-ram intimamente relacionadas com as varia0es de salinidade (Grafico 2).
FSTAÇA0 I- Situada no canal de abastecimento dos tanques da salina, foi a que apresentou os menores valores para salinidade com uma m7dia de 40,1%o, minima de 32,5o (nos meses de junho, julho e agosto nos dois hor7irios de co leta e a m;ixima de 47,1%o (r):., mEs de outubro nos dois hors -rios de coleta).A temperatura superficial m-Cadia foi de 28,C (com minima de 25,59C(no m5s de outubro 7s 18h) e ma'xima de 30,59C(no ms de julho as 18h); a temperatura m7?dia no fundo
foi de 27 9 89C sendo a minima de 25,19C (no ms de outubro Tis 9h) a maxima de 30 9 19C (no PTis de junho Tis 18h).
No fitoplancton estiveram presentes as classes Ba cillariophyceae, Choroohyceae, Cianophyceae, Dinophyceae, Rhodophyceae e Chrisophyceae. Ps gneros de fitoplanctonque ocorreram nessa estaq-io foram os seguintes: FACILLARIOPHY-- CEAE Amphota Ehrenberg, Amphipxma Ehrenberg, '_;iddiaphia
Gray, CozcinodjAcuz Ehrenberg, FitagiZatia Lyngbye,
Gytozig-Ha Gytozig-Hassall, Licmophota Agardh,
Naviculta
Bory, Sutitata Tur pin,Synedta
Ehrenberg,Sketetonema
Greville e Thatazzio-thAix Cleve & Grunow. CHLOROPHYCEAE
Ctortet,e.um
Nitzsch eSitogonium
Kuetzirg. CIANOPHYCEAE Vaucher,Raphidiopziz Fritsch & cjch e SpituZina Turoin. CHRYSOPHY- CEAE
Dictyocha
Ehrenberg,Rhodophyceae
audouinella.As fregu-6nciasde aparecimento dos géneros de fi toplancton no decorrer do period° estudado, conforme foi re ferido,est5o relacionados com as variag3es de salinidade.Es sa relag--60 pode ser sentida no g-inero Licroophota Agardh,que começou a aparecer na coleta de 13/09/77 com uma frequncia de 36%, guando a salinidade apresentava valores crescentes de 32,5%o para 40%o e sofrendo um dec-r--6scimo para 0,3% na coleta de 11/10/77, quando a salinidade atingiu um valor mui to alto de 47,8%o. 0 g'5nero
Navieuta
Rory manteve-se mais ou menos crescente at a coleta de 16/08/77, quando a salinida de tamb,7m permanecia constante e começou a aumentar atingin do a frequFmcia do 30% na coleta de 11/10/77 guando a sali- nidade alcançava o valor de 47,8%o. 0 g75nero CtoztetiumNitzsch, teve sua frequência mixima quando a salinidade a-presentava o valor de 32,5%0, 0 foi decrescendo dai por dian-te 3 medida que a salinidade aumentava de valor.
0 zooplancton esteve composto pelos fibs Aschel minthes, Annelida, Coelenterata e Arthropoda sem destaque especial para nenhuma classe. 1a amostra de 12/07/77 n5olm ve contribuigio do zooplancton nos dois horTirios de coleta, bem como cm 13/09/77 7s 911 Na coleta de 16/08/77 3s 18h 9 te ve como representante apenas a ordem Tintinnida numa peque-na frequéncia.
ESTAQA:0 II - 7 a primeira das estag-óes situadas nos tanques da salina. Dista aproximadamente 115 metros da estagio I e nela a salinidade ndia foi um pouco mais alta, 40,47,o 9 com minima do 33%b(nos meses de junho, julho e agos-to) e mixima de 48%0(no ms de outubro). A temperatura su-perficial m-édia foi de 289C com minima de 25,69C (no ms de setembro 3s 18h) e mixima de 319C (no ms de julho 3s 18h); a temperatura m-édia no fundo, foi de 289C com minima de 25 9 59C (no me's de outubro 3s 18h) e mF:xima de 30,19C(no ms de julho 3s 18h).
No fitoplacnton estiveram presentes as classes Ba cillariophyceae, Cianophyceae e Dinophyceae. nessa estação ocorreram os seguintes géneros: BACILLARIOPHYCEAE AmphoAcc
Ehrenberg, AmphipnoAcc Ehrenberg, Biddutphia Gray, Cozcino- dizcaz Ehrenberg,
Gytozigma
Hassall,Leptocutindlua Cleve, Liemophon.a Agardh, Navicuta Bory, SutiteLea Turpin, SynedAaEhrenberg e Sketetonema Greville. CHLOROPHYCEAE Ctorte- A.ium Nitzsch, Cozmaaium Corda,
Sitogonium
Kuetzing e Uto-thaix Kuetzing. CIANOPHYCEAE - 04cittatonia. Vaucher,Raphi-dipziz
Fritsch gl Rich eSpitcaina
Turpin. DINOPHYCEAE -niodoma
Stein.A relag-io encontrada entre a frequência dos géne-ros e .a salinidade foi observada tambgm nessa esta0o.0 gg nero
Licmophoxa
Agardh teve a sua frequ5ncia mixima na cole ta de 13/09/77, quando a salinidade atingiu o valor de 40,2%0, Em 11/10/77, sofreu um pequeno decréscimo, provavel-mente ocasionado pelo excessivo aumento de salinidade. 0 gg nero SynedAa Ehrenberg, sofreu uma queda quando a salinida- de mantinha-se constante,(33%) atinGindo um minim° em 16/08/77. A partir da coleta de setembro apresen.ou uma ele vago na frequgncia, correspondente ao aumento de salinida de. 0 género Ampho&ct Ehrenberg no mostrou um comportamento muito regular em relação as variag5es de salinidade. 0 ggne ro 0Zozteraum Nitzsch começou a aparecer na coleta de 16/08/77, sem contudo atingir uma alta frequgncia no decor-rer do período, provavelmente devido a alta salinidade.0 zooplancton esteve representado pelos seguintes fibs: Annelida, Coelenterata e Arthropoda.A ordem Copepoda da classe Crustacea foi dominante, principalmente em algu-mas coletas, quer como adultos (14/06/77), larvas(18/08/77) ou ovos (12/07/77).
das nos tanques da salina, distando 175m da estação II.Apre sentou os mesmos valores de salinidade encontrados para esta Gltima com m5dia de40,4%o 5 mTnima de 33%o e mixima de48%o. A temperatura suoerficial m772dia 9 foi de 28 9 49C com minima de 25 9 69C (no ms de outubro is 18h) e maxima de 319C (no mês de julho as 18h). A temperatura média no fundo foi de 289C, sendo a mTnimPA de 25,49C (no ms de setembro 'as 13h) e a mg xima de 30 9 19C (nos meses junho e julho s 9h).
As classes de fitoplancton que se fizeram presen-tes nessa estag7lo foram as seguintes: Bacillariophyceae,Clo rophyceae, Cianoohyceae e Dinophyceae, representadas pelos seguintes gêneros: PACILLARIOPHYCEAE Ampholta Ehrenberg,
AmphipAoita Ehrenberg, ConodizuLA Ehrenb2rci 9 GtpLo4igma Has sall,LeptocytindAuA Clove, Licmophota :\gardh, Navicuta Bo- ry, SutiAetZa Turpin e Sunedka Ehrenberg. CHLOROPHYCEAE - Ctortenium Nitzsch, Cozmatium Corda, Sikogonium Kuetzinç, e Spitogyvm Link. CIANOPHYCEAE - Lynabya C. A. TIgardh,Raphi
diopisa Fritsch A Rich e Spitutina Turpin. DINOPHYCEAE - Go
niodoma Stein.
i
A rela0o entre as frequncias generos do fito plancton a as variaç5es de salinidade, foi tamb5m notada a-qui nos .g,neros Licmophota Agardh e Synedta Ehrenberg. Na amostra em que a salinidade alcançou o valor de 40,2%o, o gênero Licmophota Agardh atingiu seu ponto mFiximo e decres- ceu na coleta do 11/10/77 quando a salinidade mediu 48%o. 0 género Synedta Elvi,enben.g, variou pouco durante as duas primeiras coletas e atingiu um minimo na terceira coleta, en quando que a salinidade mantinha-se constante. Na coleta de 1 1 / 1 0/77 atingiu uma frequEncia a6xima 9 quando a salinidade
alcançou tambm seu valor mais elevado.
0 zooplancton teve em suo composigão os fibs An-nelida, Coelenterata e Arthropoda.Nessa estação a ordem Co- pepoda da classe Crustacea teve uma representação bem ex- pressiva, principalmente na forma adulta na coleta de 14/06/77.
12/07/77.
Na forma de ovos, teve uma boa Nas :31timas amostras (setembro
representagão e outubro) não
em hou ve representantes do zooplancton,
exemplar da ordem Tintinnida.
com excesso de um Tini co
ESTAQA0 IV - E a Tiltima das estaq&es situadas nos tanques da salina. 'A salinidade manteve os mesmos valores das estagães II e III, m5dia de 40,4%o, mTnina de 33%o e rn xima de 48%o, apesar dessa estagão ser mais profunda (Tabe- la 3), mas provavelmente esse fato compensado pela maior distãmcia do canal :de abastecimento (aproximadamente 165m), j-ci tendo sofrido portanto maior evaporação. A temperatura superficial m6dia, apresentou o valor de 28,29C, a minima foi de 25,59C (nos meses d2 setembro e outubro ;is 9 e c, 19h respectivamente) e mTlxima de 30,69C (no ms de junho 7;s 18h); no fundo a temperatura mc-5dia foi do 27,79C com minima de 249C (no rils do outubro is 9h) e mixima da 30,39C(no ms de junho
Fs
18h).tes nessa estagio: Bacillariophyceae, Chlorophyceae e Dino-
phyceae. Os géneros corn representantes foram: BACILLARIOPHY CEAE Amphota Enrenberq, AmphipnoiLa Enrenberg,
Biddutphia
Gray, Fnagitatia Lyngbye, Gvtozigma Hassall, Licmophota A-
gardh, Maotina Agardh, Navicaa Bory, Pinnaatia Ehrenberg,
SuAiiZa Turpin e Skactonema CHLOROPHYCEAE -
W
CtosteA,Lum Nitzsch,
Saxgonium
Kuctzing e UtothtixKuetzing. CIANOPHYCEAE 04ciUatotia Vaucher,RaphydioNi4
Fritsch & Rich e Spitaina Turpin. DINOPHYCEAE -Goniodoma
Stein.0 fitoplancton continua ater a frequZincia dos seus gEneros determinada pelas variag6es de salinidade. Notamos aqui para os generos Licmophdta Aoardh e Navicaa Bory, pra ticamente a mesma conformag,io das curvas descritas nas esta-Oes anteriores. No primeiro g5noro, observamos um aumento da frequéncia quando a salinidade também crescia de 33 para 40,2%o e uma redugéo quando esta al cangava valores mais ele vados. No segundo gFmero observamos um acr7'..scimo na frequen cia 3 medida que a salinidade atingia maiores valores. Gyxo
zigma Has sall,apresentou frequncias crescentes enquanto a
salinidade mantinha-se constante e, começou a decrescer tor nando-se constante, quando a salinidade aumentava de valor. 0 género Amphotc, Ehrenberg apresentou uma curva com quase a mesma conformaCio da mostrada na este0o II, sem apresentar
Como
j5 foi dito, uma relação muito regular com as varia- Oes de salinidade.0 zooplancton teve representantes dos fibs Proto
zoa, Aschelminthes, Annelida, Coelenterata e Arthropoda.Ne
nhuma ordem destacou-se por um nilimero maior de representan
tes. Nas primeiras coletas, a frequ-6ncia relativa da ordem
Copepoda bem como dos demais representantes apresentou valo
res m5dios regulares, mas nas ultimas coletas(setembro e ou
tubro) a frequ5ncia diminuiu bastante, provavelmente devido h alta salinidade. Esse fato pode ser observado tambEm nas demais estaç7es (GrSfico 3).
CONCLUSDES
De acordo com os resultados obtidos, podemos con-cluir que:
Dos dados hidrol6gicos, verificamos que, as varia
;5es sofridas pela temperatura, quer superficial ou de
fun-
_
do, no guardou qualquer relação com os meses de coleta, com referEncia salinidade, podemos observar que os valo-
res se mantiveram praticamente constantes at o ms agosto, sofrendo um acrscimo em setembro e alcançando seus valores miximos em outubro.
Do plancton estudado, a predominincia do fito-
plancton foi marcante, notadamente nas rIltimas colotasoca-
si -io em que a salinidade apresentou seus mFiximos valores, chegando algumas vezes a representar 100% do plancton anali sado.
tes no perTodo de coleta foram: Bacillariophyceae, Cianophy ceae, Dinophyceae, Rhodophyceae e Chrysophyceae.
A classe Bacillariophyceae esteve representadapor 15 O'neros, sendo que sete destes foraffiocomuns a todas as estag5es 9 so eles: Amphota Ehrenberg, AmphipAoAA Ehrenberg, GyAozigma Hassall, Licriophota Agardh, Ni Bory, Suti- tata Turpin e SynedAa Ehrenberg.
Na classe Chlcrophyceae observamos seis géneros e destes C.E.oztetLium Hitzsch a Sitogonium Kuetzino foram cons- tantes nas quatro estag5es.
A classe Cianophyceae se fez representar por qua-tro g5'neros e dois destes estiveram presentes nas quaqua-tro es ta0es: Raphidiolmi4 Fritsch & Rich e SpiAutina Turpin,
As classes Dinophyceae, Chrysophyceae e Rh ceae estiveram representadas por um s5 (4-6nero cada.
A classe Dinophyceae esteve presente nas estag6es II, III e IV, enquanto que as Crysophyceae e Rhodophyceaes6 se fizeram representar na estação I.
Dos g"e- neros do fitoplancton, os mais abundantes em ordem decrescente foram: Licmophota Agardh, Synedta Eh-renberg e Gytozigma Hassal.
Observamos uma relag5o direta entre os valores da salinidade e a abund5ncia dos géneros Licmophota Agardh o
Synedta
Ehrenberg.Os Fibs que compuseram o zooplancton foram: Pro-tozoa, Coelenterata, Aschelminthes, Annelida e Arthropoda.
Os grupos comuns a todas as esta0es foram: Poly-choeta (larvas) e Copepoda (adultos, larvas e ovos).
Os organismos zooplanctBnicos que tiveram uma mal or abandã.ncia pertenciam a ordem Copepoda.
IV. SUMARIO
Apresentamos nesse trabalho, estudos preliminares sobre o plancton da salina Morro Branco - Mossor-6, Rio Gran de do Norte (Brasil). Esta salina tem sido utilizada como viveiros nativos para camar3es e tainhas, espécies essas de grande importncia econamica. Portanto, é de grande inte resse um melhor aproveitamento dessa rea, para obter uma alta produção pesqueira através da aquicultura.
Realizamos esses estudos num perTodo de 5 meses, no qual foram feitas 40 coletas em dois diferentes turnos (9 e 18h), nas quatro estaçiies determinadas. Na ocaso
fo-ram medidas a salinidade e tempepsatura superficial e do fun do. Determinamos os géneros de fitoplancton a ordens do zoo plancton que integram a comunidade planctBnica da região, bem como sua abundncia relativa.
Foram observadas relag3es entre as frequ5nciasdos organismos e os valores de salinidade, que
so
melhor visua lizadas nos qrFficos e tabelas.V. BIBLIOGRAFIA
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Tabela 3
Algumas características das estaç6es de coletas na salina Morro Branco, Mossor6 (Rio Grande do Nor te - Brasil), durante o periodo de junho a outubro de 1977.
ESTAÇOE PROFUND DADE (m) TIPO D FUNDO 'ORA DE COLETA Salinidade (to) (9C) Temperatura Superficial ( 9C) ' Temperatura Fundo 14/06 12/07 16/08 13/09 1 1 /1 0 14/0 12/0716/08 13/09 11/10 4/06112/07 /08 13/09 11/10 9 32 32,5 32,5 40,0 47,8 29,8 30,0 29,9 26,0 27,0 29,7 29,9 29,5 25,7 25,1 I 0,62 lama 18 32 32 32,5 40,0 47,8 30,0 30,5 26,6 27,5 25,5 30,1 30,0 26,1 27,4 25,4 9 33 33,0 33,0 40 47,8 30,0 30,0 29,9 26,5 27,0 29,7 29,9 29,5 26,4 25,2 II 0,50 lama 18 33,0 33,0 33,0 40,2 48,0 30,0 31,0 26,8 27,5 25,6 30,0 30,1 26.7 27.4 25,5 9 33,0 33,0 33.0 40,2 48,0 30,0 30,0 29,9 26,5 27,0 29,7 29,9 29,5 25,4 26,2 III 0,50 lama 18 33,0 33,0 33,0 40,2 48,0 30,3 31,0 26,8 27,6 25,6 30,1 30,1 26,5 27,5 25,5 9 33,0 33,0 33,0 40,2 48,0 29,7 30,0 29.9 25,5 27,2 29,6 29,9 29.5 25,5 24,0 IV 1,60 lama 18 33,0 33,0 33,0 40,2 48,0 30,6 30,0 26,1 27,5 25,5 30,3 29,9 25,3 27,5 25.4
'FIGURA 2 Planta Baixa da Salina Morro Branco, Mossoro (Rio Gran& do Norte— Brasil 4404; --- •-• 249,50* 3-4-2,20m - ... 600 * .... ... 350 lox —4,10 It It tit 750* 36or„g E - estação - viveiro nAn -- 47.; Or1VQIICeie_a_. fluxo da 6gua estrada , . ‘
canal 's N ,,,‘ muro projetado
t ‘
14/06/77 12/07/77 LEGENDA Baccillariophyceae Chlorophyceae Cianophyceae Dinophyceae Rhodophyceae 16/08/77 NA SAUNA MORRO BRANCO, MOSSORO - RN
Dl CXH.ETA1 220 PERKIN, DE JUMP* A OLLTUDRO DE 1277 NA SALINA MORRO $RAFIC70.,2105201110 MO GRAMM 170• NOME- BRA271.4 Gráfico 2 10/01100100 O''* Ro*laA• 0•••• 0074030s2 Pima. 07..7 C1022•64. • • ... tkete10001 ••••••• SIII042120
UtotooplAll —A
RELADAO ENTRE AS PR DER DOB GENES= DE PITOPLAPPC20 MAIS REPRESITITATTVD2 E AS VARIADDEE DE SAUDADE, POR ESTADOES E DIAS
PONekti ?Aair S31% ro fic s kT Ag eN t 1. IDA Po Al l 70 2 0 10 rI7 12/07/7-7 14108t10 73.42(70 111(0177 E ElI 100 OS 't \ t.
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ZOOPLANÇTON
GR'ÁFICO 3
RELAÇÃO FITO-ZOOPLANCITON POR EsTAÇOES DIAS E HORAS DE COLETAS NA SALINA, MORRO 8RANco, Moss0Ro I RIO GRANDE DO NORTE:BRASIL/
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