HIDROGEOGRAFIA DO BRASIL II
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HIDROGEOGRAFIA
BACIAS HIDROGRÁFICAS
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REGIÕES HIDROGRÁFICAS DO
BRASIL
Im age m : A ndr é K o ehne / C reati ve C o m m o ns A tt ribut io n -S ha re A like 3 .0 Unpo rted .As regiões hidrográficas não
correspondem exatamente ao
território das bacias hidrográficas: estas
são divididas, perdem ou recebem
espaços de outras bacias. O Objetivo é
facilitar a gestão dos recursos hídricos.
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http://www.ana.gov.br/pnrh_novo/documentos/01%20Disponibili dade%20e%20Demandas/VF%20DisponibilidadeDemanda.pdf>. Acesso em 21 out. 2015.
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Fonte: Leda Ísola e Vera Caldini. Atlas geográfico Saraiva. São Paulo: Saraiva, 2005. p. 21
Usinas
Hidrelétricas
Observe a
concentração de
Usinas na Bacia
do Paraná.
Isso ocorre
devido à
proximidade dos
grandes centros
consumidores de
energia.
Os sistemas de abastecimento de água visando o consumo humano
constituem-se de instalações e equipamentos que se destinam ao
fornecimento de água potável .
Esse abastecimento se dá a partir de captação de água por uma rede
de reservatórios (represas ou aquíferos), sua purificação e cloração
nas Estações de Tratamento de Água (ETA), seu armazenamento em
reservatórios e distribuição por uma rede encanada, sendo
observadas muitas perdas no sistema de distribuição.
O fornecimento de água tratada à população ainda não atende a toda
população brasileira. Segundo estudos realizados, apenas 22 cidades
do país atendem a todos os seus moradores com o fornecimento
hídrico, enquanto que o índice nacional é de 82,7% dos lares
atendidos com água encanada.
O TRATAMENTO DA ÁGUA PARA
ABASTECIMENTO HUMANO
Os efluentes domésticos vão receber nas Estações de Tratamento de
Esgotos (ETE), os cuidados técnicos, sanitários e ambientais, visando a
devolução hídrica aos mananciais de água. Assim, as ETEs
constituem-se em importantes centros de reciclagem de água, realizando um
serviço fundamental à qualidade do meio ambiente.
No Brasil, o tratamento dos efluentes domésticos é muito deficiente.
Entre as cem maiores cidades do país, aproximadamente 61% delas
atendem entre zero e 20% das residências com o serviço de
recolhimento e tratamento de esgoto.
Para se tenha ideia da gravidade da situação no país, apenas 48,29%
do esgoto é recolhido, sendo que apenas 37% dos efluentes
domésticos são tratados, ou seja, cerca de 63% dos efluentes
domésticos são descartados na natureza sem tratamento
O TRATAMENTO DOS EFLUENTES
DOMÉSTICOS (ESGOTO)
Em virtude da escassez da água, surgiram as Estações de
Produção de Água de Reuso (EPAR) que a partir da água do
esgoto recicla o recurso hídrico e o despeja no reservatório
de captação onde essa água se dilui na água do reservatório
que é captada para tratamento na ETA.
Parte da água da EPAR pode ser distribuída para fins que
apresentam menor exigência de qualidade, como a
irrigação de parques e jardins, a lavagem de ruas, praças
públicas e calçadas, entre outros.
O conceito e uso da EPAR estão consagrados no mundo
desenvolvido, principalmente na Europa e no Japão.
Veja matéria com vídeo sobre a
EPAR
de São Paulo e a construção de nove reservatórios.
No Brasil, em virtude da crise hídrica paulista, foi decidida a
construção de uma EPAR, visando utilizar a água produzida
para aumento do nível da represa Guarapiranga. Desta
forma a água de reuso será diluída na aludida represa, para
depois passar pelo tratamento em uma ETA.
A PRODUÇÃO DA ÁGUA DE REUSO
Portanto, a água poluída pode ser recuperada para reuso.
As possibilidades do reuso dependem de uma série de
fatores, entre eles a decisão política, a disponibilidade
técnica, fatores econômicos e socioculturais
A lei 9.443, de oito de janeiro de 1997, instituiu a Política
Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) e criou o Sistema
Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SNGRH).
A água é um bem de domínio público, um recurso
natural limitado e dotado de valor econômico.
A gestão dos recursos hídricos em quantidade e
qualidade.
Integrada à Gestão Ambiental e à Gestão do Solo.
A outorga dos direitos de uso.
A cobrança pelo uso dos recursos hídricos.
A REGULAMENTAÇÃO DO USO DA
ÁGUA
A Agência Nacional das Águas (ANA) foi criada pela lei nº 9984,
de 17 de julho de 2000, constituindo-se, desde então em uma
autarquia atuante na implementação da PNRH e do SNGRH. A
ANA possui vinculação direta ao Ministério do Meio Ambiente e
é dotada de autonomia administrativa e financeira.
No SNGRH, também cabe destaque aos Comitês de Bacia
Hidrográfica que se constituem em organismos colegiados de
composição diversificada e que buscam abarcar os setores da
sociedade com interesse sobre a água na bacia hidrográfica que
tenham representação e poder de decisão sobre sua gestão.
Estes comitês tem a competência de aprovar o Plano de
Recursos Hídricos da Bacia; de arbitrar conflitos pelo uso da
água, em primeira instância administrativa; de estabelecer
mecanismos e sugerir os valores da cobrança pelo uso da água.
A REGULAMENTAÇÃO DO USO DA
ÁGUA
1. Como se dá a distribuição da água doce no território
brasileiro?
2. Em que fundamentos se baseia a lei 9.443?
3. Qual a função da Agência Nacional de Águas (ANA)?
4. Qual a função da Estação de Produção de Água de Reuso
(EPAR)?
5. O que é um aquífero e como se dá a sua formação?
6. Qual a diferença entre um aquífero confinado e um aquífero
livre?
7. Por que existe a perspectiva de que os aquíferos podem ter a
sua reserva de água esgotada?
8. Quais são os problemas ambientais que colocam os
aquíferos em risco?
EXERCÍCIOS
9. Aponte as utilizações possíveis das águas continentais
superficiais, além do fornecimento de água.
10. Como se dá a relação entre os Estados Nacionais quanto à
gestão das águas internacionais continentais?
11. Por que a água do mar é salgada?
12. O que foi a tragédia de 26 de dezembro de 2004 na região
do Oceano Índico?
13. O que ocasiona a maré alta?
14. Os grandes centros urbanos do Sudeste Brasileiro, como
São Paulo e Rio de Janeiro, vivem o dilema da escassez da água.
A respeito do assunto aponte duas soluções que o governo
paulista encontrou para esse problema.
EXERCÍCIOS
1. Como se dá a distribuição da água doce no território brasileiro?
EXERCÍCIOS
A água se distribui irregularmente, tendo mais de 68%
disponível na Região Norte, enquanto os grandes centros
urbanos do sudeste vivem o problema da escassez de água.
2. Em que fundamentos se baseia a lei 9.443?
Essa lei trata sobre a a Política Nacional de Recursos Hídricos
(PNRH). Fundamenta-se nos princípios de que a água é um
bem de domínio público, um recurso natural limitado e dotado
de valor econômico. Na sua escassez deve ser priorizado o
consumo humano e a dessedentação dos animais. A sua gestão
deve propiciar o seu uso múltiplo.
3. Qual a função da Agência Nacional de Águas (ANA)?
EXERCÍCIOS
implementar e coordenar a gestão compartilhada e integrada
dos recursos hídricos e regular o acesso a água, promovendo
seu uso sustentável em benefício das atuais e futuras gerações.
A ANA possui vinculação direta ao Ministério do Meio Ambiente
e é dotada de autonomia administrativa e financeira.
4. Qual a função da Estação de Produção de Água de Reuso (EPAR)?
A partir da água do esgoto recicla o recurso hídrico e o despeja
no reservatório de captação onde essa água se dilui na água do
reservatório. de captação. Parte da água da EPAR pode ser
distribuída para fins que apresentam menor exigência de
qualidade da água.
5. o que é um aquífero e como se dá a sua formação?
EXERCÍCIOS
O aquífero é uma formação geológica em que rochas
porosas e permeáveis armazenam água, constituindo o
reservatório de água subterrânea.
A água da chuva infiltra e percola no solo nas áreas de
recarga, depois nas rochas onde é armazenada em
fraturas nas rochas cristalinas e em poros nas rochas
sedimentares como o arenito, ficando acumulada ao longo
do tempo geológico.
Os principais aquíferos localizam-se em Bacias
Sedimentares, portanto, são de rochas porosas, como o
Arenito Núbia, localizado na África.
6. Qual a diferença entre um aquífero confinado e um aquífero livre?
EXERCÍCIOS
O aquífero cativo possui um aquiclude inferior e outro superior,
ficando confinado e com pressão maior que a atmosférica.
O aquífero livre possui apenas um aquiclude, existente em sua
parte inferior. Sua pressão interna é a mesma que a
atmosférica.
7. Por que existe a perspectiva de que os aquíferos podem ter a sua
reserva de água esgotada?
O homem retira água dos aquíferos em um ritmo superior ao ritmo de
reposição de água do Aquífero.
Quanto a isso, a NASA emitiu uma nota em junho de 2015
alertando que um terço dos aquíferos estão secando.
8. Quais são os ricos ambientais dos aquíferos?
EXERCÍCIOS
Os aquíferos podem sofrer a contaminação de suas águas em
função da infiltração de combustíveis que vazam dos postos, do
chorume Que pode infiltrar em lixões, dos efluentes domésticos
e industriais que pela infiltração podem atingir esses
mananciais.
9. Aponte as utilizações possíveis das águas continentais superficiais,
além do fornecimento de água.
Os rios e lagos podem ser utilizados como vias de transporte,
como fonte de alimento a partir da pesca. Para mineração e
turismo. Os rios podem ser utilizados para a produção de
energia elétrica.
10. Como se dá a relação entre os Estados Nacionais quanto à gestão
das águas internacionais continentais?
EXERCÍCIOS
A relação é conflituosa, já que alguns rios atravessam dois ou mais
países e o mau uso a montante pode gerar consequências ruins a
jusante, dificultando ou impossibilitando o uso da água no baixo
curso do rio.
11. Por que a água do mar é salgada?
Devido ao processo de formação da Terra que foi marcado por
erupções vulcânicas que expeliram gases como o dióxido de carbono e
o ácido clorídrico (fonte do cloro da água). Na bacias oceânicas
houve o processo de salinização, ajudado pelos sedimentos
vindos dos continentes que trouxeram ingredientes à solução
salina.
12. O que foi a tragédia de 26 de dezembro de 2004 na região do
Oceano Índico?
EXERCÍCIOS
Ocorreu um terremoto de 9,5 pontos na escala Richter, o que
ocasionou tsunamis que alcançaram 14 países banhados pelo
Índico. O terremoto foi fruto de movimentos da zona de
subducção. Os tsunamis provocaram grande destruição e
ceifaram mais de 230 mil vidas.
13. O que ocasiona a maré alta?
A maré alta é resultado das interações entre o Sol, a Terra e a
Lua. A influência da Lua é maior que a do Sol sobre a Terra, no
que tange atração gravitacional. O centro de gravidade do
sistema. Terra-Lua ocupa um ponto na Terra no lado voltado
para a Lua. Os oceanos, facilmente deformáveis são atraídos
pela Lua e se elevam (maré alta).
14. Os grandes centros urbanos do Sudeste Brasileiro, como São
Paulo e Rio de Janeiro, vivem o dilema da escassez da água.
A respeito do assunto aponte duas soluções que o governo
paulista encontrou para esse problema.
EXERCÍCIOS
O governo paulista decidiu construir uma EPAR cuja água
produzida vai ser descarregada na represa de
Guarapiranga. Também decidiu construir um sistema que
vai permitir a realização da transposição das águas da
bacia do Paraíba do Sul para o sistema Cantareira. Com
isso, espera-se alcançar estabilidade nas reservas
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Lúcia Mariana Alves de & RIGOLIN, Tércio Barbosa. Geografia. Vol. Único. São Paulo: Ática,
2003.
A Bacias Hidrográficas do Brasil. SEDUC Pernambuco. Disponível em
<http://www7.educacao.pe.gov.br/oje/app/index> Acesso em 10 abr. 2014.
BRANCO, A. L. & LUCCI E. A. G. Geografia: Homem & Espaço. São Paulo: Saraiva. 2011
MARTINEZ, Rogério; GARCIA, Wanessa; ALVES, Andressa & BOLIGIAN, Levon. Geografia: Espaço e
Vivência. Vol. 9. São Paulo: Atual, 2009.
MORAES, Paulo Roberto. Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Harbra, V. Único, 2010.