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Jornal97Maio2012

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Academic year: 2021

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Fundado em 09/06/87

Conselho Editorial: Presidente Fla ubert Queiro z 1º vice Gil eno S iquei ra 2º vice Fra ncis co Ro drig ues Edição e Redação Natalia Falcão DRT 3700 Diagramação Vilma Albuquerque-DRT 2453 Tiragem 2.000 exemplares O Jornal Adeppe é de propriedade e orientação da Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco. Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não representam necessariamente o pensamento da ADEPPE. Todos os direitos reservados.

Direção e Redação: rua da Aurora, 387, Boa Vista, Recife, PE. Fones 3221.2925 - 3423.4319. Home Page: www.adeppe.com.br E-mail: jornaladeppe@yahoo.com.br

O início

Discorria o ano de 1972. Estava como Primeiro Titular da Delegacia de Peixinhos, Olinda, sendo Fontenele – Delegado Federal – Chefe de Gabine-te da Secretaria de Segurança, posto comandado pelo Coronel Egmont, pontificando no Governo de Pernam-buco o Dr. Eraldo Gueiros. Fontenele chamou-me para elaborar o Projeto de Lei que se transformaria na Lei nº 6657 de 07/01/1974.

Contando com o apoio de Maria Leite e Nair Gusmão, conversei com o Dr. Fontenele que precisaria de “uma cabeça pensante” para desen-volver tão grandiosa e nobilitante mis-são: minutar o anteprojeto de Lei Or-gânica da Polícia de Carreira de Pernambuco. O Delegado Távora, de fértil inteligência, aceitou o honrado encargo e começamos a grande jor-nada, contando, mais, com o apoio forte de Jaildes, do Instituto de Polí-cia Técnica.

Como éramos

Encerrada nossa tarefa, inclusive com a exposição de motivos de nos-sa autoria, o Governador Eraldo Gueiros encaminhou o Anteprojeto à Assembléia Legislativa, apoiado na prestimosidade do Secretário Francis-co Perazo que muito Francis-contribuiu para afastar as arestas, haja vista que De-legado de Polícia era Cargo em Comis-são. A graduação em Direito era exigida, tão somente para os candi-datos, a Delegados da Região Metro-politana. No interior, portanto, o car-go de Delegado de Polícia era ocupa-do por Sargentos, Tenentes e Capi-tães que deram sua contribuição para propagar a chamada Justiça Criminal. Primórdios

A mensagem foi aprovada e em 07/01/1974 o governador Eraldo

Polícia de Carreira

R OLDÃ O JOA QUIM DOS S A NTOS Barreto, aonde havia se instalado a AIP

(Associação de Imprensa de Pernam-buco). Dr. Mário Alencar contando com o apoio do Cel. Egmont, Dr. Fontenele, Batista Moreno, entre outros, transfe-riu a sede da ADEPPE para a Rua da Aurora, ao lado do Instituto de Identi-ficação.

História e Justiça

Foram difíceis os primeiros mo-mentos de instalação da Polícia de Carreira em Pernambuco. Delegados comissionados, sujeitos às mutações dos comandos administrativos, foram substituídos por titulares efetivos. Foi uma mudança radical.

Desejamos registrar a saga do pre-sidente Flaubert Queiroz no seu de-sejo de unir novos e antigos em torno da Associação. Aos novos ele estimu-la na continuidade da exaustiva tare-fa da Polícia Judiciária, sem esquecer a “velha guarda”, aposentados ou não, que sangraram os pés nas estra-das pedregosas da Segurança Públi-ca. Flaubert não se acomodou: convo-ca toda classe, denuncia usurpação de função junto ao Ministério Públi-co, reclama melhoria salarial, defen-de melhor tratamento aos policiais que integram a Jornada Extra de Se-gurança e denuncia as precárias ins-talações das delegacias em todo o Estado.

Flaubert poderia encastelar-se na Associação e ser apenas o Turiferário do Poder, mas não o fez. É preciso aplaudir o Governo nas suas felizes iniciativas como o Pacto pela Vida e o crescimento do Nosso Estado. Igual-mente salutar é assumir a vanguarda das reivindicações da classe. Continue assim, presidente e a História, certa-mente, lhe fará justiça!

Roldão Joaquim dos Santos é presidente da Arpe e ex-presidente da ADEPPE Gueiros sancionou a Lei nº 6657, que

criou a Polícia de Carreira. Fomos mandados para a Academia de Polí-cia e submetidos a Curso de Forma-ção de caráter eliminatório. Aprovados, fomos nomeados os primeiros Dele-gados de Polícia de Carreira de Per-nambuco pelo governador Eraldo Gueiros, sendo o Cel. Egmont o Se-cretário da Pasta da Segurança e o

Dr. Fontenele o seu Chefe de Gabine-te. Dr. Eraldo e o Dr. Fontenele já par-tiram para o Oriente Eterno, encon-trando-se entre nós o Cel. Egmont e vários colegas que foram nomeados os primeiros Delegados de Carreira de nossa Polícia.

A ADEPPE

Dr. Távora e eu elaboramos o Esta-tuto da ADEPPE – Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco – sendo, de logo escolhido, em As-sembléia, o Dr. Rátis como primeiro Presidente e Chefe da Junta Governativa. Dr. Rátis marcou a pri-meira eleição e o Dr. Mário Alencar foi o primeiro Presidente eleito na his-tória de nossa Associação.

A ADEPPE funcionou, inicial-mente, em um Edifício da Av. Dantas

Desejamos registrar a saga

do Presidente Flaubert

Queiroz no seu desejo de

unir novos e antigos em

torno da Associação. Aos

novos ele estimula na

continuidade da exaustiva

tarefa da Polícia Judiciária,

sem esquecer a “velha

guarda”, aposentados ou

não, que sangraram os pés

nas estradas pedregosas da

Segurança Pública

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Adeppe realizou formalmente entrega coletiva do PJES (Programa de Jornada Extra de Segurança) ao Governo do Estado. Ao todo, mais de 200 de-legados assinaram o documento, que segue

ten-A

do novas adesões. Outras categorias também resolveram integrar o movimento, como o Sinpol (Sindicato dos Poli-ciais Civis), a Acompc (Associação dos Comissários da Po-lícia Civil), Uneppe (Uniao dos Escrivães de PoPo-lícia) e a Apoc (Associação de Polícia Científica).

A Adeppe defende o cumprimento da Lei 10.466/90, que regulamenta o pagamento de horas extras da Policia Civil e mantém o diálogo com o Governo. O secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, disse estar estudando uma proposta para remunerar as horas extras. Até o fechamento desta edição, nenhum projeto foi apresentado pelo Go-verno do Estado.

Segundo o presidente da Adeppe, Flaubert Queiroz, a demora na apresentação de uma proposta para o paga-mento do PJES, acaba prejudicando a sociedade como um todo. “A nossa maior preocupação é com o Pacto pela Vida e o consequente aumento da violência no Estado”.

Segundo o presidente, o trabalho de alguns plantões e delegacias está comprometido. “Essa é uma situação que precisa ser resolvida rapidamente”,afirmou. Flaubert ain-da lembrou a situação de precarieain-dade do trabalho dos delegados nos plantões. “Muitos delegados acabavam sofrendo com jornadas desumanas de trabalho, chegan-do muitas vezes à exaustão. Além disso, sofremos com remunerações pouco satisfatórias. Por isso, é necessária a mobilização da categoria”, afirmou o presidente.

A entrega coletiva do PJES continua até uma sinaliza-ção do Governo ou uma outra determinasinaliza-ção que seja de-liberada na Assemblia Geral Extraordinária (AGE). A clas-se entende que do jeito que está não pode continuar.

Esta é uma ADEPPE realmente para TODOS e de TODOS.

Líderes classistas discutem o PJES com o secretário da SDS

Com a entrega do PJES (Programa de Jornada Extra de Segurança), delegados vem sendo tirados dos seus postos de trabalho para atuar em plantões ou opera-ções especiais. A ação vem gerando descontentamen-to na categoria e preocupando a direção da entidade. Segundo o presidente da Adeppe, Flaubert Queiroz, a prática pode ameaçar os índices do Pacto pela Vida. “Esse tipo de ação gera prejuízo para a sociedade. Mui-tas delegacias podem ficar vazias”, afirma.

Antes mesmo da entrega do Programa de Jornada Extra, a falta de delegados em algumas delegacias já era um problema, que deve ser agravado com essas novas ausências.

De acordo com o presidente, se faz urgente a ade-quação do PJES à Lei. “Esperamos sensibilidade do Go-verno para que o problema seja resolvido e assim, evi-tarmos mais transtornos para a população e para os delegados que estavam sendo forçados a jornadas ab-surdas de trabalho”, disse.

Ausência de

delegados preocupa

Cortesia/Sinpol

Cresce movimento

contra o PJES

O projeto “Quem colabora ganha prêmio” promete este ano. Vamos sortear entre os adeppeanos que colabora-rem com o jornal uma TV LED de última geração durante a confraternização de fim de ano, em dezembro. O projeto “Quem Colabora Ganha Prêmio” foi criado com o objetivo de estimular a categoria a contribuir com este espaço de-mocrático que é o JA.

E para a edição de 2012 já estão concorrendo: Verônica

Azevedo, Tancrêdo Loyo, Adalberto Freire, Helga de Quei-roz, Casimiro Ulisses, Carlos Afonso Ferreira, Lenise Valentim, e Roldão Joaquim dos Santos. E você vai per-der? Então se prepare para o sorteio. Mande já a sua colaboração para o e-mail do Jornal: jornaladeppe@yahoo.com.br. A ordem de publicação do material obedecerá critérios como a data de envio do ar-tigo.

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Delegados recebem medalhas

Delegados de polícia QAP-E Ademar Cândido de Oliveira Eduardo Xavier Ferreira Evandro Barros de Carvalho José Santana da Silva Júnior Vera Lúcia Rêgo Melo

Delegados de polícia QAP-1 Bismarck Drumond Gouveia Solange Lima da Silva Waldemir Maximino Pessoa Delegados de polícia QAP-2 Romualdo Rodrigues da Silva Delegados de polícia QAP-3 Carlos Alberto de Carvalho Isaac Ribeiro de Souza Petrúcio de Paula Jucá

Tadeu de Jesus C. de Carvalho

O governador Eduardo Campos conferiu a Medalha do Mérito Policial, nas classes Ouro,

Prata e Bronze a 32 delegados de polícia. A premiação reflete o bom desempenho e o

compromisso das autoridades policiais com a instituição a qual servem.

A Adeppe parabeniza a todos que receberam a homenagem. Confira a lista:

Delegados de polícia QAP-1 Dilma Tenório Araújo

Lucinéa de Oliveira Pinheiro Delegados de polícia QAP-2 Alberes Cristiany Costa

Artur Tito Mendes

Carlos Eduardo Pereira de Araújo Delegados de polícia QAP-3 Antônio Luiz Pereira Dutra Maria Cleonice de Souza Gomes

Classe Bronze

Classe Ouro

Classe Prata

Delegados de polícia QAP-E Antônio Barros Pereira de Andrade Delegados de polícia QAP-1 Cláudio Delgado de Borba Filho Delegados de polícia QAP-2 Cláudio José Pereira de Lima Castro Emanoel Serapião Pereira

Helga de Queiroz José Renivaldo da Silva Renato Márcio Rocha Leite Richardson Silva

Delegados de polícia QAP-3 Ana Cristina Silva do Sacramento Cláudia Viana Valadares Pinheiro Cristina Gomes dos Santos Débora Bandeira de Melo Tenório

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Comissão vai debater

a investigação criminal

ma Comissão Especial foi instalada na Câmara dos Deputados para debater a

Adeppe.

A PEC 37/2011 diz que “apuração das infrações penais incumbe privati-vamente às polícias federal e civis dos Estados e do Distrito Federal”, mas o tema ainda gera muitos debates em diversos setores da sociedade.  

Segundo o presidente da Adeppe, Flaubert Queiroz, é necessária a

mobilização da classe. “Precisamos nos mobilizar e lutar pelos nossos direitos. Só assim conseguiremos fortalecer e garantir um exercício pleno da função de delegado de Polícia”, afirmou. O presidente da ADEPPE tem participado ativamen-te da discussão dessa e de outras matérias na Capital Federal.

U

competência da investigação crimi-nal e as implicações da PEC 37/ 2011. A definição do trabalho de investigação e o reforço ao traba-lho do Delegado de Polícia é uma das bandeiras da Adepol e da diretoria da Adeppe se reuniu com um grupo de advogados para debater ações de interesse da

cate-A

goria na Justiça. Na reunião, ficou decidido que as informações sobre os processos serão rotineiramente atualizados e as informações serão publicadas no site da Adeppe (www.adeppe.com.br) na área restri-ta do site.

Participaram do encontro o presi-dente da entidade, Flaubert Queiroz, o primeiro vice-presidente Gileno Si-queira, o diretor de Precatórios, Carlos Barbosa, os delegados José Belém, e Fernando Araújo e os advogados Sér-gio Higino Neto, Romero Leite Filho e Wagner Texeira.

As ações tratam do 4%+4%, 13,5% (Funafim), o resíduo 225% (anterior a impetração do MS), a incidência  do IR sobre o adicional de férias e a pre-vidência, os 40,88%, além do restabelecimento dos Quinquênios.

Mais de 60 - Para quem já pas-sou dos sessenta, uma boa notícia. O advogado Sergio Higino Neto informou ao presidente Flaubert que já enviou ao presidente do Tribunal de Justiça, a relação dos delegados ativos e

apo-Hi gin o Neto e colegas de escr i tór io em elu cid ativ a con v er sa com di r etores d a ADEPPE

Fotos: Léo Caldas

Adeppe acompanha ações

de interesse da categoria

sentados, com mais de sessenta anos. O documento foi fornecido pela Ge-rência de Recursos Humanos da Polí-cia Civil. Na reunião, Higino Neto afir-mou que o objetivo é garantir a esse grupo de associados da ADEPPE a

pri-Bom d iálogo entre Higin o e F laub er t oridade no recebimento do precatório, decorrente da fixação da GFP em 225%. O direito à percepção prioritá-ria dos valores por esses associados tem amparo na legislação pátria vigen-te.

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A palavra do presidente

xcelentíssimos senhores Delegados, após um ano da nossa Gestão, é chegada a hora de prestar-mos contas. Apenas a título ilustrativo vaprestar-mos tra-çar um paralelo entre os compromissos firmados

Aqui, merece destaque a nossa incansável Comissão de Defesa de Prerrogativas, dirigida pelo competente De-legado, Dr. Flávio Tau, que vem travando incessantes lu-tas com outras instituições a fim de preservar a nossa imagem e atribuições legais e constitucionais.

VII. Engajamento para aprovação da Lei Orgâ-nica da Polícia Civil de Pernambuco e Reconheci-mento da Carreira Jurídica...

Solicitamos ao Chefe de Polícia a criação de uma Co-missão para atualizar a minuta da Lei Orgânica que se encontra disponível no site da Polícia Civil. A comissão foi criada e a ADEPPE convidada para participar das dis-cussões. Estamos aguardando ansiosos para que os tra-balhos sejam iniciados.

Em relação à PEC de reconhecimento da carreira jurí-dica, já a elaboramos e tão logo seja possível, nos engajaremos em reivindicá-la ao Governo Estadual, já que esta é uma PEC que deve ter iniciativa do Poder Executi-vo.

VIII. Promoção de Encontros Interestaduais, Con-gressos e Fóruns de discussão de matérias jurídi-cas relacionadas às atividades de Polícia Judici-ária, inclusive, com deliberações a fim de emitir enunciados que firm em o entendimento jurídico da classe sobre determinadas matérias... (nesse ponto específico esperamos contar com o apoio d a Cor r e ge d o ria d e P o líc ia qu e a lé m d e ó r gã o correicional é também órgão consultivo, servindo como um amparo institucional às decisões firma-das pelos Delegados de Polícia);

Este é um objetivo que ainda não foi alcançado, po-rém, com mais um ano de mandato que ainda nos resta, acreditamos que possamos implementá-lo. Inclusive, com participação da ADEPOL DO BRASIL em um grande en-contro regional.

Com relação à Corregedoria de Polícia, já estamos ini-ciando contatos com membros deste importante órgão, com a finalidade de formatarmos entendimento linear que possa orientar os Delegados de Polícia em sua ativi-dade, sem que para isto haja perda do poder discricio-nário da Autoridade Policial.

IX. Engajamento no pleito pela consecução da Autonomia Financeira e Administrativa da Polícia Civil. ..

A ADEPPE intensificou sua participação nas lutas em nível nacional, com importantes intervenções junto à ADEPOL DO BRASIL e no próprio Congresso Nacional, ele-gendo inclusive a Delegada e professora pernambucana, Dra. Silvia Renata como Vice-Presidente da ADEPOL,

re-E

no nosso discurso de posse e o que já foi ou está sendo feito pela nossa diretoria.

Transcrevemos abaixo trechos do discurso.

I. Defesa de conquistas classistas de forma li-near e igualitária entre todas as gerações de De-legados ativos e inativos;

Mantivemos firme durante as negociações com o Go-verno a paridade e a integralidade da remuneração en-tre ativos e aposentados, pugnando por benefícios que fossem estendidos à todos.

II. Aposentadoria sem perdas salariais...

A despeito de não termos logrado êxito no pleito do apostilamento (promoção automática para quem se apo-senta), conseguimos que o reenquadramento por tempo de serviço fosse estendido também aos aposentados, o que nos permitirá corrigir injustiças do passado.

III. Progressão na carreira por tempo de serviço com períodos pré-definidos e critérios mais justos para as promoções por merecimento;

Criamos e negociamos com o Governo do Estado um PCCV mais justo que acaba com as descriminações, so-bretudo em relação às promoções, já que cria critérios objetivos, viabilizando o crescimento na carreira de for-ma regular.

IV. Adoção de uma formatação mais sindical e m eno s r e cr e a tiv a d a A D EP P E , t or na nd o -a m ais aguerr ida na lut a pe las co nquista s do s D elega-dos...

Criamos importantes comissões para atuarem dura-mente no enfrentamento das principais questões classistas, dentre elas, a Comissão de Prerrogativas e a Comissão de Jornada Extraordinária. Adotamos ainda uma política mais ideologicamente sindicalista na defe-sa dos interesses da classe, inclusive atacando de fren-te antigos problemas da instituição.

V. Eleições para o chefe de Polícia...

Este item será devidamente discutido na Comissão de atualização da minuta da Lei Orgânica. Dada a necessi-dade de valorização e preservação do mais alto cargo dentro da nossa instituição.

VI. Efetiva defesa das prerrogativas dos Dele-gados de Polícia...Toda instituição forte deve de-fender veementemente suas atribuições e prerro-gativas e a ADEPPE fará este papel de forma in-cansável...

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gião Nordeste. Após este importante feito, a ADEPPE vem colaborando significativamente na aprovação de diver-sos projetos de Lei e Emendas Constitucionais de extre-ma relevância para a classe, muitos dos quais versam sobre a autonomia política, administrativa e financeira das Polícias Civis. Estamos participando da projeção do futuro das Polícias do Brasil.

X. Reconhecimento dos direitos sociais dos Po-liciais Civis...

Temos sido implacáveis no tocante ao respeito aos nossos direitos sociais e, neste assunto, temos a Comis-são de Jornada Extraordinária que foi criada para com-bater os abusos referentes à jornada de trabalho dos Delegados, deflagrando o movimento PJES, que já conta com a adesão de mais de 200 Delegados. Já impetramos dois mandados de segurança em face do Governo do Estado para assegurar direitos sociais. Dentre eles, féri-as no mês de dezembro.

XI. Reformulação do Estatuto da associação ...

Infelizmente, apesar dos esforços, inclusive tendo sido convocada uma AGE, ainda não nos foi possível promo-ver esta reforma fundamental. Contudo, estamos traba-lhando para que antes do término do nosso mandato, tenhamos concluído esta reforma, deixando-a como le-gado para toda a classe.

Ademais, através do nosso competente tesoureiro, o Delegado, Francisco Rodrigues e do Vice-Presidente, Gileno Siqueira, efetivamos várias mudanças físicas e or-çamentárias na ADEPPE, tais como:

1. Implantação de um novo sistema de telefonia, in-clusive com instalação de novos terminais nos aparta-mentos do hotel de trânsito e em outras dependências;

2. Criação do prêmio ADEPPE INOVAÇÃO, que

possibi-litou a valorização e a ex-pressão do pensamento dos Delegados sobre importantes temas;

3. Otimização dos recur-sos utilizados para a realiza-ção da festa de final de ano, através de pesquisas de pre-ço e patrocínios;

4. Instalação de TV por assinatura nos apartamentos do hotel de trânsito (antiga reivindicação dos associa-dos);

5. Troca do veículo da ADEPPE por um modelo mais novo e mais econômico;

6. Patrocínio para o Jornal da ADEPPE (JA) que agora tem periodicidade mensal.

Ressaltamos que as conquistas supramencionadas foram um trabalho de toda a diretoria da ADEPPE, cita-mos alguns nomes neste texto apenas como exemplo, o que não desmerece os demais diretores, conselheiros e amigos da associação, os quais tiveram grande partici-pação na elaboração e execução dos nossos projetos.

Esta é uma singela avaliação do primeiro ano da nos-sa adminsitração. Sabemos que há muito ainda o que ser feito e muitas são as reivindicações dos associados. Porém, em respeito à toda a classe de Delegados temos obrigação de dar continuidade ao nosso programa de gestão. Desta forma, priorizaremos as metas pré-estabelecidas, tentando adequar as reivindicações que surgirem ao nosso cronograma.

O J or na l Ad eppe s egue n a

campanha pela aprovação da Lei

Orgânica da Polícia Civil. A ideia

é chamar a atenção e buscar o

engajamento de diversos setores

da sociedade sobre o tema. Além

de m an ter o apelo cons ta nte

para a aprovação da matéria. O

selo no JA é permanente: em

de-fesa desse direito da categoria.

(7)

Por antiguidade

CARLOS ALBERTO VELOSO LOPES ARIOSTO ESTEVES

ANA IZABEL LINS DE SOUZA BARROS ÁLVARO CRISTIANO PORPINO MUNIZ AIDA MARIA BARROS DE ALBUQUERQUE NEHEMIAS FALCÃO DE OLIVEIRA

CLÁUDIA SUELY FREIRE DE VASCONCELOS ADEMIR SOARES DE OLIVEIRA

MARTHA VIRGÍNIA MONTEIRO MARCELO BARROS CORREIA JULIUS CÉZAR DA COSTA LIRA ROBSON JOSÉ DE MELO ALDECI JOSÉ DA SILVA

CARLOS EDUARDO PEREIRA DE ARAÚJO ERIVALDO DE ARRUDA GUERRA

PATRÍCIA SOLEDADE DE QUEIROZ BARBOSA MARCOS FIDELIS DA SILVA

ROBSON AMÉRICO DE SIQUEIRA ARRUDA PAULO ROBERTO DE MEDEIROS REGINALDO FRANCISCO DA SILVA ARISTIDES SALES PORPINO FILHO JOSÉ DURVAL DE LEMOS LINS FILHO JOSÉ ROBERTO DE SIQUEIRA E SILVA MARGARETH GALDINO ALBINA DA SILVA KAROLINE LIRA PEIXOTO DE SIQUEIRA ARTUR TITO MENDES,

ILDEFONSO ANTÔNIO GOUVEIA CAVALCANTI VIVIANE COUTINHO DE ALBUQUERQUE ERALDO ALVES DOS SANTOS MARIA DAS DORES DE SOUZA JONAS ANTÔNIO FRAGA JÚNIOR ANTÔNIO CARLOS BESERRA ROBERTO WANDERLEY DE MIRANDA SALATIEL FERREIRA PATRÍCIO FILHO EMANOEL SERAPIÃO PEREIRA JOSÉ RENIVALDO DA SILVA

Por merecimento

CASIMIRO ULISSES DE OLIVEIRA E SILVA JOÃO BAPTISTA DE BRITTO ALVES FILHO HELGA DE QUEIROZ

PATRÍCIA DE CARVALHO MARTINS DARLEY KLEBER TIMÓTEO FLORENTINO JOSINEIDE CONFESSOR RAIMUNDO LIMA NELSON SOUTO DE ARAÚJO FILHO RICHARDSON SILVA

LIANA MARIA DA FONSECA PARAÍBA ANTÔNIO CARLOS GUERRA CAVALCANTI RENATO MÁRCIO ROCHA LEITE ADRIANA OLIVEIRA FONSECA PEDRO SANTANA DE ARAÚJO

CHARLES GULTIERGUE FREIRE DE OLIVEIRA WASHINGTON ALVES MONTEIRO

DAVID MEDEIROS FERREIRA DE FARIAS MARIA HELENA COUTO FAZIO

JOSÉ OLIVEIRA SILVESTRE JÚNIOR RICARDO PEREIRA BARROS

CLÁUDIO JOSÉ PEREIRA DE LIMA CASTRO RAQUEL RABELO RAMALHO RAMOS ERONILDO RODOLFO DE FARIAS SALUSTIANO C. DE ALBUQUERQUE NETO ROMILDO JONAS DOS SANTOS

ALEXANDRE GUSTAVO SANTOS VERAS GUILHERME RAMOS MESQUITA DE FREITAS MARIA DO ROSÁRIO LEITE DAMASCENO GILMAR RODRIGUES DOS SANTOS ROBERTO FONSECA DE OLIVEIRA AIDA VIANA BENTO DE ANDRADE ANA PAULA CRUZ ANGELIM JOSÉ SÉRGIO DE OLIVEIRA MOURA ROGACIANO ALVES CAMPOS JOSENILDA MARIA CLEMENTE VIEIRA JORGE MESSIAS DAMASCENO

ANDRÉA CAROLINA VERAS O. P. DE SOUZA PAULO GERALDO DE PAULA

Finalmente, as promoções

O Governo do Estado garantiu a promoção de 177 delegados, obedecendo ao acordo firmado com a ADEPPE na última negociação salarial. A promoção é retroativa a novembro de 2011 e levou em consideração o tempo de serviço e o mérito profissional. O presidente da entidade, Flaubert Queiroz, parabenizou os delegados e defendeu o

novo plano de cargos e carreiras. “Com o novo regime, o critério de promoções será mais justo”

ESPECIAS

Por antiguidade

JOSÉ CAVALCANTE DE VASCONCELOS BISMARCK DRUMOND GOUVEIA ALEXANDRE MAGNO PRATES SOLANGE LIMA DA SILVA MANOEL PAULO CLEMENTE

CONCEIÇÃO DE MARIA ARAÚJO SOUZA DIÓGENES NERY DA CUNHA CAVALCANTI JAIR CRUZ DA SILVA

JOSÉ ADEHILTON DE BARROS SANTOS MARIVAN BEZERRA LOLA

OCIDIR POTES VALE

BELQUIMAR MEDEIROS DE C. SAMPAIO NOELY SALES DE SOUZA

EMANOEL VICTOR DO NASCIMENTO, WILSON LUIZ DE MENEZES CORREIA WALDEMIR MAXIMINO PESSOA LUCINEA DE OLIVEIRA PINHEIRO

EDINALDO JORGE CAVALCANTI DE CARVALHO JAIDETE LIMA FERREIRA MENDES

OTACÍLIO FERNANDO LIRA FALCÃO, RICARDO PEREIRA ALVES DA SILVA JOSÉ GERVÁSIO DA SILVA

CLÁUDIO ANTÔNIO DELGADO DE BORBA FILHO IVANILDO SANTANA

Por merecimento

SILVANA CARLA PEREIRA DA COSTA ANA PATRÍCIA C. GUEDES ALCOFORADO RÔMULO CÉSAR DE HOLANDA SOUZA MARLUCE FERREIRA DOS SANTOS BRUNO CAAETE CHACON

GLAUKUS ALESSANDRO LOPES PENNA MENCK SYLVANA TEIXEIRA LELLIS

MÔNICA MARIA LINS MACIEL JEANETE PINHEIRO MUNIZ WALCIR MARTINS DE FARIA JOÃO GUSTAVO DE GODOY FERRAZ

TELMA MARIZA BEZERRA DE ARAÚJO VERAS FRANCISCO RODRIGUES DOS SANTOS JOÃO GASPAR RIBEIRO DE SOUZA JOÃO BOSCO ALVES DE SÁ JANDIR DE SOUSA CARNEIRO LEÃO CONCEIÇÃO DE FÁTIMA FÉLIX FERREIRA WALDIR BARBOSA DE CARVALHO GENEZIL AGUIAR COELHO DE MOURA ROSILEIDE CARMINA SOARES ARAÚJO LUCIANA NOGUEIRA MORENO GUARACY DE BRITO SOBRINHO GERLUCE MARIA MONTEIRO ALMEIDA

PRIMEIRA CATEGORIA

SEGUNDA CATEGORIA

Por antiguidade

LÚCIA DE FÁTIMA GOMES DE OLIVEIRA SÉRGIO FERNANDO NUNES SILVA ANTÔNIO DE CAMPOS FRANCISCO SILVANDER DE SOUZA PONTE MARCOS ANTÕNIO DA SILVA NELY QUEIROZ LUCAS

LÚCIA MARIA CUSTÓDIO DE M. DE A. ARAÚJO ANA LÚCIA MONGINI

JOSÉ NEWTON DE SOUZA

MARIA CONCEIÇÃO DE ARAÚJO XAVIER CARLOS ALBERTO DE CARVALHO PAULO FERNANDO DE OLIVEIRA SILVA EDJAN GOMES DA SILVA

MARTA ROSANA ALVES DE LIMA SANTOS WILLIAMS CAVALCANTI LACERDA ISAAC RIBEIRO DE SOUZA

CARLOS ONOFRE DE LUCENA FARIAS PETRÚCIO DE PAULA JUCÁ

CLÁUDIA VIANA VALADARES PINHEIRO ANTÔNIO LUIZ PEREIRA DUTRA HUMBERTO DE FARIAS RAMOS JOEL JOSÉ VIEIRA

MARIA CLEONICE DE SOUZA GOMES MARIA DE LOURDES FERREIA DE ANDRADE GUIDO LINS CAVALCANTI

ANILSON JOSÉ CAVALCANTI CRISTINA GOMES DOS SANTOS

TADEU DE JESUS CAVALCANTE DE CARVALHO

Por merecimento

HILTON PEREIRA DE LIRA

ALEXANDRE HENRIQUE DA MOTA QUIRINO MARIA ELIZABETH PATRIOTA DO REGO BARRETO

MARLON FROTA VIANA RÔMULO AIRES DA SILVA

FRANCISCO LUCEGENES LUCENA DIORGENES PAULO ANDRÉ FURTADO DA SILVA

SÉRGIO RICARDO FERREIRA DE VASCONCELOS WAGNER DOMINGUES

ERICK DA SILVA LESSA JAIRO DE OLIVEIRA MARINHO VERA LÚCIA FREIRE

MARCELO FERRAZ PIMENTEL

DÉBORA BANDEIRA DE MELO TENÓRIO KATYANA ALENCAR MUNIZ

MANOEL ANTONIO ARAÚJO MARTINS JORGE FERREIRA DE SOUZA

LAMARTINE SALVADOR FONTES FILHO FABÍOLA MARIA OLIVEIRA COSTA ANDRÉA MARIA DE FARIAS E MELO, JOÃO LEONARDO FREIRE CAVALCANTI FLÁVIA DE ALBUQUERQUE SILVA PIMENTEL PATRÍCIA DE OLIVEIRA DOMINGOS FIRMINO SOARES PAULO

FRANCISCO JÚNIOR VASCONCELOS SANTOS FABIANA GARCIA CAMARGO MENEZES IZAIAS ANTONIO NOVAES GONÇALVES THIAGO PINTO UCHOA DE ARAUJO

(8)

Governo do Estado

inaugura Depatri

uatro delegacias do Estado estão com uma sede nova. No último dia 13 de abril, data que cele-brou o aniversário de 195 anos da Polícia Civil, o governador Eduardo Campos inaugurou o Depar-tamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri),

Q

que vai funcionar no bairro de Afogados.

O Depatri engloba as delegacias especializadas de Rou-bos e Furtos, RouRou-bos e Furtos de Veículos, Cargas e Estelionato. Só em infra-estrutura, foi investido cerca de R$ 1 milhão. No local irão trabalhar diariamente 200 pro-fissionais de segurança pública.

O complexo é composto por quatro blocos. Além das especializadas, a unidade também abriga o setor de inte-ligência. O terreno do departamento mede 8.340m². Além da área de funcionamento das delegacias, a nova sede também conta com um depósito de 3.700 m², que vai guardar veículos recuperados pela Roubos e Furtos. O es-tacionamento dos servidores comporta 200 automóveis.

O Depatri possui ainda auditório, espaço para treina-mento e condicionatreina-mento físico dos policiais, sete carceragens, sala de reconhecimento de suspeitos, além de um parlatório, onde o preso terá acesso através de um interfone aos seus familiares e advogados.

Durante a inauguração da unidade também foram

en-tregues 16 medalhas do Mérito Policial Civil, a maior hon-raria concedida pela corporação, às autoridades e servi-dores dos órgãos operativos do Estado que contribuíram com a segurança pública de Pernambuco. Entre os agra-ciados, o secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, o secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar e o desembarga-dor do Tribunal de Justiça de Pernambuco, José Fernandes de Lemos.

Gover nad or Edu ard o Camp os, Tadeu Al encar e M anoel Car nei ro na i naugur ação d o Depatr i

Divulgação

GOE mostra agilidade em operação e prende

acusado de roubar Delegacia do Cordeiro

O competente trabalho do Grupo de Operações Espe-ciais (GOE) ajudou no rápido desbaratamento de um cri-me que deixou toda a Polícia em alerta: o arrombacri-mento na Delegacia do Cordeiro, no último domingo de abril (29).  Em apenas cinco dias, o GOE conseguiu recuperar armas, drogas e objetos roubados, além de prender o acu-sado sem disparar nenhum tiro.

Segundo o delegado Cláudio Castro, o GOE usou o seu serviço de inteligência. “Assim que fomos designados pelo Chefe de Polícia para investigar o caso começamos o tra-balho. Fizemos a perícia, a coleta de digitais e o levanta-mento do que teria sido roubado. Encontramos na dele-gacia muitos papéis e objetos espalhados”, informou.

O delegado disse ainda que a operação contou com o apoio de informações de testemunhas. “Na quarta-feira depois do ocorrido chegou a informação de moradores de rua que ficam nas imediações do Hospital Getúlio Vargas que uma pessoa teria ido lá e distribuído drogas como crack e maconha que estavam enrolados em um papel”,

o que remeteu o GOE a suspeita de que o fato tivesse relação com o crime.

Castro lembra ainda que o Grupo de Operações Espe-ciais seguiu a pista que levou ao terreno baldio onde foi encontrada grande parte do material furtado da delega-cia. “O terreno era muito usado por moradores de rua da região. Fizemos buscas e encontramos aos poucos as coi-sas, inclusive a metralhadora roubada. Àquela altura nós já tínhamos a identificação do acusado e só restava localizá-lo”.

Depois de buscas em locais suspeitos, a Polícia Civil conseguiu encontrar o acusado. José Saulo Amorim de Oliveira, 52 anos, confessou o crime e com ele foi apreen-dida outra parte dos objetos roubados.

A rápida e bem sucedida ação do GOE, deve inibir cri-mes como o que aconteceu no Cordeiro. “Uma resposta rápida da Polícia é sempre positiva porque minimiza o sentimento de impunidade e desestimula qualquer cri-me deste tipo”, afirmou o delegado.

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Considerando a importância desta publicação da Secre-taria da Mulher de Pernambuco para a memória das políti-cas públipolíti-cas para as mulheres, sinto-me privilegiada por ter sido convidada para, neste espaço, prestar uma homena-gem às minhas companheiras de profissão. A Polícia Civil de Pernambuco tem hoje em seu quadro 6.033 profissionais, dos quais 1.324 são mulheres, ocupando os cargos de De-legadas, Comissárias, Escrivães, Agentes, Dactiloscopistas, Peritas e Médicas Legistas.

Ao compararmos esses números com a realidade de 1975 – ano em que mulheres ingressaram na Polícia Civil do Esta-do, por meio do primeiro concurso púbico para a o cargo de Delegado de Polícia –, observamos os avanços que foram conquistados ao longo de, aproximadamente, quatro déca-das. A Constituição de 1988 e a determinação de que o ingresso na Polícia Judiciária se daria, exclusivamente, atra-vés de concurso público possibilitaram que o Estado de Pernambuco contasse, hoje, com 149 Delegadas.

Como era de esperar, numa cultura como a nossa, marcada pelo machismo, o ingresso das mulheres no espa-ço policial logo foi alvo de preconceitos por parte da socie-dade e do próprio aparelho institucional.

Assim, em um passado não muito distante, a inserção da mulher na carreira policial trazia consigo a marca de que policiais do sexo feminino não serviriam para as atividades operacionais, sendo elas relegadas a atividades burocráti-cas, à organização de eventos e às ações similares ao espa-ço doméstico, como o lidar com crianças, adolescentes e idosos e com a violência doméstica e familiar. Contudo,

con-Lenise homenageia mulheres policiais

Fala de Lenise Valentim, diretora do Departamento de Polícia

da Mulher, foi publicada no anuário 2012 da Secretaria Estadual

da Mulher. O JA transcreve e assina embaixo

trariando todos os preconceitos, as mulheres que ingressa-ram na Polícia Civil de Pernambuco trabalhaingressa-ram com muito profissionalismo, competência e determinação, chegando, inclusive, a um dos patamares mais altos da hierarquia poli-cial civil que é o cargo de Chefe de Polícia. A Dra. Olga Câ-mara muito nos orgulha por ter sido a primeira mulher no Estado de Pernambuco a ocupar o referido cargo.

No âmbito das políticas públicas de segurança para as mulheres, Pernambuco, também, é um exemplo. Fomos o segundo estado brasileiro a implantar uma Delegacia de Polícia Especializada no Atendimento à Mulher Vítima de Vio-lência, fato ocorrido em 1986. Desde então, várias outras delegacias dessa mesma natureza foram criadas no Estado, chamando a atenção da sociedade para a necessidade de punir e criminalizar os agressores de mulheres.

As mulheres que integram o quadro de profissionais na Polícia Civil de Pernambuco já comprovaram que são compe-tentes o suficiente para chefiar grandes investigações, da mesma forma que executam com dedicação atividades bu-rocráticas. A presença das mulheres na Polícia Civil demons-tra de forma bem clara a luta feminista para conquistar um espaço público para as mulheres na sociedade.

Por isso, rendemos nossa homenagem às mulheres poli-ciais, peritas criminais, dactiloscopistas e médicas legistas que estão escrevendo uma história de bravura, de respeito, com a indelével confiança de dias melhores. Parabéns a nós, mulheres, que temos sido o verdadeiro diferencial na luta e construção de uma sociedade mais justa e mais segura.

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Jornal Adeppe - Delegado, como o

senhor iniciou a sua carreira?

Flávio Tau - Eu era funcionário do

Ministério Público da União e a mi-nha vinda foi inclusive muito pensa-da porque por incrível que pareça lá eu era nível técnico e ganhava mais do que eu ganho aqui hoje e sem ter que trabalhar sábado, domingo, com recesso no fim do ano. Mas aí preva-leceu na verdade o gosto da profis-são. Eu adoro ser delegado. Na época que eu saí, tive que fazer alguns ajus-tes no orçamento, mas terminou dan-do tudan-do certo.

JA - Como surgiu a paixão pela

Polí-cia?

FT - Na verdade o que me encanta é

a possibilidade de ajudar as pessoas. Se a gente não consegue resolver os problemas, pelo menos a gente con-segue minimizá-los. Porque na verda-de quando alguém está com um pro-blema o primeiro lugar que ela vai é à delegacia. Muitas vezes a pessoa não sabe nem como deve ser ajuda-da, mas busca a delegacia e ali a gen-te faz um filtro, analisa a situação e tenta dar o melhor encaminhamento possível. Até quando o cidadão pro-cura o delegado, mesmo que não seja uma questão criminal, buscamos en-tender o caso e encaminhar a pessoa para alguém que possa resolver o se problema.  

JA - Quais são as principais

dificul-dades que um delegado enfrenta no dia a dia da profissão?

FT - O maior problema que eu acho

que a gente tem hoje é a falta de ga-rantia de prerrogativas porque o juiz, o promotor, eles possuem inamovibi-lidade, vitaliciedade e irredutibilidade de vencimentos. Destas três, a que eu acho mais importante, mesmo saben-do que todas são importantes, é a ina-movibilidade porque é uma garantia não do promotor, do juiz ou do dele-gado, mas da sociedade, que com isso tem a certeza que aquela pessoa que

“Inamovibilidade porque é uma garantia

não do promotor, do juiz ou do delegado,

é uma garantia da sociedade”

Diretor de Prerrogativas da Adeppe, o delegado Flávio Tau é o entrevistado desta edição do JA, onde fala sobre os perigos da usurpação de função. O delegado titular da Delegacia do Alto do Pascoal também conta como surgiu sua paixão pela Polícia, os desafios do trabalho e faz um alerta: “Garantir a inamovibilidade é

garantir que aquela pessoa que está ali investigando vai agir de forma isenta porque não vai ter receio de ser removida

porque contrariou o interesse de alguém”.

está ali vai agir de forma isenta por-que não vai ter receio de ser removi-da porque contrariou o interesse de alguém. O delegado de polícia hoje não tem essa garantia, que é também um direito da sociedade. Essa é uma dificuldade muito grande nas delega-cias. Embora o direito administrativo garanta que uma remoção não possa ser totalmente arbitrária e que preci-sa ser bem fundamentada, a gente sabe que na prática isso nem sempre ocorre.

JA - O senhor é diretor da Comissão

de Prerrogativas da Adeppe. Como surgiu esse trabalho e como andam as atividades da Comissão?

FT - O trabalho começou com o

con-vite de Flaubert para seguir nessa jor-nada e a gente começou praticamen-te do zero porque quando a genpraticamen-te assumiu a Comissão nos deparamos com um cenário completamente esdrúxulo. A Polícia Militar estava re-querendo mandado de busca e apre-ensão e o pior: estava conseguindo, o que é uma coisa completamente inconstitucional. Encontramos polici-ais militares investigando e o gover-no, pela falta de Policiais Civis, es-tava cada vez mais colocando a PM para investigar. E a gente entende que tudo isso é arbitrário porque tanto na Constituição Federal, como na Cons-tituição do Estado e no manual de ser-viço da Secretaria de Defesa Social a Polícia Civil é para investigar crimes co-muns. Também encontramos policiais civis fazendo ronda, o que é um des-virtuamento total do trabalho da gen-te. Então quando a gente chegou co-meçou a oficializar juízes que conce-diam os mandados de busca e apre-ensão, oficializar promotores que es-tavam dando parecer favorável, chega-mos a viajar para o interior para conver-sar com esse pessoal e no tocante ao mandado de busca e apreensão con-seguimos garantir que esse trabalho não seja feito pela Polícia Militar.

JA - Qual é o grande risco que a

po-pulação corre com esse tipo de ação arbitrária na Polícia?

FT - O Delegado de Polícia é a figura

responsável constitucionalmente pe-las investigações dos crimes comuns. O delegado tem por dever de ofício de buscar uma prova pura, sem má-cula, que possa ser utilizada na Justi-ça. Quando a PM decide investigar muitas vezes ela chega a macular as provas que poderiam indiciar um cri-minoso. Outras vezes, quando a gen-te pega uma investigação no meio, descobre que aquela investigação fei-ta, e isso já ocorreu de fato, indicava uma pessoa como criminosa e essa pessoa de fato não era. Isto porque a Polícia Militar tem preparo para con-trole de distúrbio, tem preparo para policiamento ostensivo, mas ela não tem preparo para colher informações no local do fato e com isso pode acon-tecer, como já aconteceu, de conde-nar um inocente. E isso é um absur-do. É melhor deixar um bandido solto do que um inocente preso.

JA - E como está sendo a recepção

ao trabalho da Comissão?

A receptividade está sendo muito boa. A gente foi na OAB, no Ministério Pú-blico. No MP, o próprio Procurador Geral se antecipou e disse que a opi-nião dele é exatamente a de que não há como a Polícia Militar fazer a in-vestigação. Nós também entregamos à OAB e ao Ministério Público um dossiê tratando de investigações fei-tas pela PM, que culminaram com prisão de inocentes e até a afronta aos Direitos Humanos.

JA - O que o senhor acha do PJES? FT - O PJES como está colocado hoje

pode ser muito bom para o Estado, para baratear custos, mas para o ser humano, que já está vindo da jorna-da de trabalho e acaba fazendo hora extra, é massacrante e representa uma afronta total à legislação do próprio Estado porque a hora extra para ser-vidores civis já foi regulamentada e não tem como o Estado fazer de con-ta que não existe a legislação.

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Maio

Junho

Dia 01

Ed son Dom i n gu es N ogu ei r a Mari sand ra de A lm ei da Pi mentel Dia 02

Ednaldo de Araújo da Silva Geraldo Ferreira R. de Carvalho Dia 04 Her os F er n an d o Dias Dia 05 Ru ben s S al es Dia 06 Cl aud ia Lu iz de Fr eitas Cl eu ri naldo d e Li ma Per r uci José d o N ascim ento Jose Antôni o da S ilva Di a 07

Alba Neide Coutinho de Sena Marcos Car valh o Fr eitas da Sil va Ri card o Pereir a Barr os

Dia 08

José Renato Gay ão de Oliveira Van dr egel son Teotôni o M en des Si lv a Dia 09

F rancisco d e Assi s Per ei ra F reir e German o Cunh a B ezer ra Dia 11

Ju dite Mar ia d os S. Corti zo Sol ange Lima da Si lva Dia 12

José Al ves Batin ga Dia 13

Bi sm ar ck Dru mond d e Gouv ei a José Carlos B raga

Cí cero V ieir a Dia 15

Agíl io Tom az M ar qu es Ed ilson Alv es de Oli vei ra Otoni Nery Conser va Dia 16

An toni o Carvalh o Soar es Raim undo José da S ilva Di a 17

Isaac Ri beiro de Souza Marl on Fr ota V iana Dia 19

José Melo do N ascim en to

M ar celo Hen ri qu e Cor deir o Qu ei roz Dia 20

Joel José Vi eira Dia 21

Francisco Jú ni or V. S an tos Sil via M aria Alves Costa Dia 23

José do Prado

Marcos A ntonio Torr es de S antana Mar ia da Concei ção Tavares da Si lva Dia 24

Casim iro Uli sses d e O liv eira e Sil va Mar ia A lice Galv ão D´Arce Roque Dia 25

Al temar M am ede Lei te

An toni o Car los Gom es e Câmara En oeli no Magalh ães Li ra José Urb ano Correia do Amaral Dia 27

V ictor Lei te M or aes Dia 28

El simar F raga da Sil va Ricardo Per eira Alv es da S ilva Dia 29

Dar com Per eir a A raúj o José Tor res Gu imarães Fil ho M ar ta M ar i a Dam ascen o L. Hick son Dia 30

Ar istotel es Edu ar do A. Pin to Di a 31

Ai da M aria Barros A. Hen riqu es

Dia 02 A be l D avi d J o sé A g lai l son Q u er al v ar e s M ar i a C laud i a d e A zam bu ja Mo l in a S al ma B and ei ra de M el o Dia 03

Jo sé Caval can te de V ascon cel os Dia 04 A n to n i o C arl o s B e z er r a Q ui ri n a Ro g ér i o da Si lv a Dia 06 A d er b al M e nd o n ça F il h o Hu mb er to d e Fari as R am os F ab i an a F e r re i r a L e an d r o Dia 09 C ar me l a M ar ia Gal in do da Si lv a Mar cos Go mes de Matto s e Si lva Dia 10

José Dur val de Le mos L . Fi lho Dia 11

José Newto n de Souza Taciana M el o Lo ep er t Wil ton de So uza Sant ana Dia 12

Fr an ci sco de A ssis L eal Jard im Jo ão C ru z Le an dr o

Ju raci d e Ol iv ei ra C osta

R o si l e id e Car m in a S oar e s A r aú j o Dia 13

A nt o ni o Fr e it as F i lh o An to ni o Jo sé Ar aú jo S il va Mari a Lou rd es F. d e A nd rade S er gi o R icar d o F. d e Vascon ce lo s Dia 14 C ar lo s C or r ei a d e A lb uq u er qu e Mari a Cl eo ni ce de S ou za G om es Dia 15 I van il d o S an t an a Dia 16 Ge rm ano A dem ir d e S ou za Li ma R iv adav ia Ol i m pi o d a R o ch a R ob so n Am é ri co d e S iq ue ir a A rr ud a Dia 17 A d r i ana O l i v e i r a Fo n se ca A l ci l e ne M e ssi as M ar qu e s A le xan dr e M ag n o Prate s Rô mu lo Cé sar de Ho landa S ou za Dia 18

Romi ldo Jo nas do s San tos Dia 19

L ui z An d re y Vi ana d e O li ve ir a Mag no So uza d as Ne ves Dia 20

Carl os On ofr e de L. Fari as He nr iq ue J osé Fe rr ei ra de Pai va Jo ão G aspar Ri be ir o de S ou za Dia 21

Er ick d a S ilv a Lessa

R ui C ar ne ir o d e Al bu qu er qu e Dia 22

An to nio Nice as d o Nascim en to Mari a do Carmo S ou za Dia 23

E xp ed it o Le al d e Vascon ce lo s Kar in e Si l va M en d es C al das Leo nardo Roque da Mat a M. G ama L u iz B e rn ar do M o rae s Dia 24 R ôm ul o Ai re s d a Si lv a Dia 25 L u iz B e rn ar do M o rae s Dia 26 M ar ia do Ro sár io Le it e Mari nald o da C un ha C av al cant i M oary D ru mo n d Pi me nt a Wi lso n Wan d e r l ey Q u e ir o z F il h o Dia 27 M ar ia da Pen h a Pr o có pi o Wag ne r D om i ng ue s Dia 28

Ed uar do Ken ich i S unaga

Fr an ci sco Lu ce nes L ucen a Di óg en es Katyanna Ale ncar M uniz

Luciano José Siquei ra da Costa Si lva Dia 29 Pe trú cio de Paula Ju cá Dia 30 A b r aâo F r an ça D id i e r A le x an d re J o sé Al v es de O l iv e ir a C harl es Gu lt ie rg u e F. O li ve ir a Lu cio Al ves Ne to Aguinaldo Leonel / CMR

Na Corte Maior

O juiz pernambucano Mozart Valadares foi convidado pelo Ministro Ayres Britto para assessorá-lo na presidência do Supre-mo Tribunal Federal. Mozart é titular de uma das varas da Fazenda, presidiu a As-sociação dos Magistrados do Estado de Pernambuco e a do Brasil. Inteligente, cul-to e decente. Da escola do novo presiden-te do STF.

Medalha para Liberato

O vereador Liberato Costa Júnior, 94 anos, recebeu na Câmara Municipal do Recife, a Medalha do Mérito José Mariano. Liberato é o mais antigo vereador em ativi-dade no país. Em 1968, quando deputa-do estadual, Liberato apresentou à Assem-bleia a emenda que previa a criação da Polícia de Carreira em nosso Estado.

O advogado Joseh Antonio Távora tomou posse, em Brasília, no cargo de Procura-dor do Banco Central do Brasil. Aplaudin-do o filho, estavam lá o casal Lúcia e José da Silveira Távora, ele, nosso colega.

Duas perdas

No dia 13 de maio partiu de nosso con-vívio o companheiro Guaracy de Brito So-brinho. Antes, em 21 de abril, faleceu José Roberto Martins. Zé Roberto escreveu um livro narrando curiosidades da vida policial.

A força da estirpe

Paul e André

O secretário de Turismo do Recife, André Campos, coordenou as negociações para a realização dos shows de Paul McCartney em nossa cidade. André acreditou e levou o nome do Recife para o mundo.

Referências

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