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Academic year: 2021

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TÍTULO: AVALIAÇÃO DA AÇÃO DA PRÓPOLIS COMO MEDICAÇÃO INTRACANAL FRENTE AO ENTEROCOCCUS FAECALIS

TÍTULO:

CATEGORIA: EM ANDAMENTO

CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE

ÁREA:

SUBÁREA: Odontologia

SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO(ÕES): UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP

INSTITUIÇÃO(ÕES):

AUTOR(ES): ANNA PAULA ALVES DE AQUINO

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): LENI HAMAOKA

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Faculdade de Odontologia

Projeto de Pesquisa – Iniciação Científica

“AVALIAÇÃO DA AÇÃO DO PRÓPOLIS COMO MEDICAÇÃO INTRACANAL FRENTE AO ENTEROCOCCUS FAECALIS

Aluna: Anna Paula Alves de Aquino Orientadora: Professora Doutora Leni Hamaoka

São Paulo

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Resumo

O tratamento endodôntico tem como objetivo a sanificação de todo o sistema, isto é, a eliminação das bactérias da luz e dos canalículos dos canais radiculares. A medicação intracanal tem sido empregada como recurso auxiliar, visto que apenas o preparo biomecânico e as soluções irrigadoras não são suficientes para combater todos os microrganismos. As soluções utilizadas devem apresentar uma potente ação antimicrobiana, além de ser atóxica e ter biocompatibilidade. O medicamento utilizado em tratamento de polpas mortificadas entre sessões na Clínica de Endodontia da Faculdade de Odontologia, da Universidade Paulista – FOUNIP, é o PRP, que apresenta uma grande ação antisséptica. Existem outros medicamentos muito utilizados como a clorexidina, que também apresenta uma boa efetividade, mas possui pouca substantividade. O própolis apresenta uma atividade analgésica, antiinflamatória e antimicrobiana. Poucos são os estudos sobre o própolis no tratamento endodôntico, mas vários trabalhos relatam que ele tem uma boa atividade antimicrobiana, inibindo assim o crescimento de várias espécies. Portanto, neste estudo iremos avaliar a ação antimicrobiana em dentes infectados com Enterococcus faecalis, onde utilizaremos quatro substâncias, a saber, PRP, clorexidina, própolis associada ao hidróxido de cálcio e própolis do tipo verde como medicação intracanal. De posse dos resultados, iremos analisar qual a medicação mais efetiva.

Palavras-chave: Medicação Intracanal, Própolis, PRP, Clorexidina, Hidróxido de Cálcio,

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Sumário

1. Introdução... 04

2. Objetivos...07

3. Justificativas... 07

4. Metodologia...08

4.1. Seleção dos dentes...08

5. Cronograma... 09

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1. Introdução

Os microrganismos presentes no interior dos canais radiculares representam um papel importante no desenvolvimento de lesões periapicais, sendo assim, sua eliminação é um dos principais objetivos do tratamento endodôntico. A medicação intracanal entra como auxilio entre as sessões de tratamento com o objetivo de eliminação ou redução do número de microrganismos, agindo em áreas que nem mesmo os instrumentos e substâncias conseguem alcançar. (MIRANDA, A.M., 2010)

O sucesso do tratamento endodôntico está diretamente relacionado à eliminação de microrganismos presentes nos canais infectados. Sendo assim, o uso de substâncias que auxiliem na eliminação desses microrganismos vão influenciar no alcance do sucesso do tratamento (ESTRELA, C. et al., 2003).

A reparação ocorre devido à ação de diferentes agentes usados como medicamentos, durante os procedimentos do preparo químico mecânico, como durante o intervalo das sessões. O preparo químico cirúrgico é a principal forma de combate às infecções bacterianas, existem bactérias que não são afetadas, sendo então necessária a utilização da medicação entre sessões, potencializando a desinfecção. (HALIM et al., 2007).

Um grupo de aproximadamente 15-30 espécies têm sido detectadas em canais radiculares infectados, de um total de mais de 500 espécies microbianas; estas espécies podem ser responsáveis pela grande parte das doenças perirradiculares. (GOMES, 2002) Os Enterococcus faecalis são cocos gram positivos, anaeróbios facultativos; dificilmente encontrados em infecções primárias, e predominante em casos de retratamentos endodônticos; responsável por cerca de um terço das lesões periapicais. Essa prevalência se deve a capacidade dessa bactérias invadirem os túbulos dentinários e permanecerem viáveis em seus interior; além de interferir na defesa do hospedeiro e apresentar uma resistência à ação de substâncias antimicrobiana, assim, causando a reinfecção do canal obturado. (COLPANI, F. et. al. 2011.; MOLANDER., et. al. 1998.).

LOVE, R.M. em 2001 mostrou em suas pesquisas essa ação das células do Entereccocus faecalis em permanecerem viáveis, invadirem os túbulos dentinários e terem aderência ao colágeno na presença de soro humano.

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São utilizados vários métodos para avaliação da atividade antimicrobiana de medicação intracanais, o método in vitro possui a vantagem da facilidade e do rápido resultado, assim facilitando a pesquisa. (SIQUEIRA, J.F. Jr., 1997).

A própolis é uma substância de composição complexa, formada por material gomoso e balsâmico, coletada pelas abelhas dos brotos, exsudatos de árvores e outras partes do tecido vegetal modificado na colmeia por adição de secreções salivares, seus principais componentes relacionados com propriedades biológicas pertencem ao grupo dos fenólicos. (MARCUCCI, M.C.1996).

Na Odontologia, os estudos sobre a própolis iniciaram no início da década de 90, com o trabalho de Ikeno e Myazawa em 1991. Desde então, a ação dessa substância tem sido estudadas em diferentes áreas. Dentro da Endodontia os estudos ainda são escassos, mas devido às suas propriedades antimicrobiana, antiinflamatória, imuno estimulatória, hipotensiva, cicatrizante e antisséptica, alguns autores já iniciaram pesquisas sobre o assunto. (FIGUEIREDO, E. et. al. 1999)

No tratamento endodôntico, a utilização do própolis como um medicamento intracanal apresenta poucos dados, no entanto segundo estudos realizados em 2008, por BASTOS, A.C.S.C. et. al. , o própolis apresentou uma boa ação antimicrobiana, concluindo-se que apesar de não ser o de primeira escolha, apresentou-se mais eficaz que o Hipoclorito de sódio 5%. O resultado da pesquisa mostrou segundo sua efetividade na seguinte ordem crescente: Hipoclorito de sódio 5% < Extrato de própolis < Hidróxido de cálcio < Clorexidine.

IKENO. et. al. 1991; FIGUEIREDO. et. al.1999; GEBARA. et. al. 1996 e PARK. et. al. 1998, realizaram pesquisas utilizando o extrato do própolis como antimicrobiano tendo ação contras as bactérias patogênicas S. mutuans, S. sobrinus e S. cricetus; nosso trabalho busca apresentar a atividade do própolis como medicação intracanal com o intuito de combater Enterecoccus faecalis.

Alguns autores relatam que a ação do própolis pode potencializar o efeito de antibióticos.

Rezende et al. 21 (2008) pode concluir por meio de seu estudo que a utilização de hidróxido de cálcio juntamente com extrato etanólico de própolis e própolis sem etanol apresentam zonas de inibição de crescimento bacteriano, porém notou-se que hidróxido de cálcio e extrato de própolis sem etanol foi mais eficiente no controle de infecções bacterianas in vitro.

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O hidróxido de cálcio apresenta propriedades como um alto ph que garante ao ambiente condições indesejáveis ao desenvolvimento de bactérias, além de apresentar mecanismos que induzem a lise bacteriana: - os íons OH⁻ destroem fosfolipídeos e desta forma destroem a membrana celular; - a alta alcalinidade promove a desnaturação das proteínas bacterianas; - os íons OH⁻ reagem com o DNA bacteriano, inibindo sua replicação (FOREMAN; BARNES, 1990).

A clorexidina é uma molécula catiônica que possui seus efeitos antibacterianos por causar o desequilíbrio na integridade da membrana citoplasmática, causando o vazamento do conteúdo intracelular, é uma base forte, sendo considerada a mais potente biguanida. Muito utilizada no controle da placa dental, e atualmente vem sido utilizada como medicação intracanal nos tratamento endodônticos em razão da sua ampla atividade microbiana e sua baixa citotoxicidade. (LOPES & SIQUEIRA, 1999; ZEHNDER, 2006)

O PRP é composto por três componentes, paramonoclorofenol + polietilenoglicol 400 + rinossoro; medicação intracanal utilizada na Clínica de Endodontia da Faculdade Paulista de Odontologia - FOUNIP; sua indicação é em dentes de polpa morta, entre sessões. A solução é à paramonoclorofenol, que contem antimicrobiano que vai atuar na desinfecção dos canais radiculares.

Para realização do trabalho o própolis a ser utilizado será o do tipo verde, segundo VALVERDE, B.S. em 2011.

Frente a ação antomicrobiana da própolis e a resistência do Enterecoccus faecalis nas infecções de origem endodôntica, o trabalho propõe mostrar a pesquisa utilizando a própolis do tipo verde, em grupos de dentes com substâncias diferentes: PRP, Própolis, Clorexidina e Própolis associada ao Hidróxido de Cálcio, o estudo será realizado em in vitro, em dentes doados pelo banco de dentes da Faculdade de Odontologia da Universidade Paulista de Odontologia - FOUNIP, e a pesquisa será realizada no laboratório desta mesma entidade.

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2. Objetivos

Avaliar a potencialidade da própolis como um medicamento intracanal, em relação aos outros medicamentos utilizado na Clínica de Endodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade Paulista - FOUNIP. A partir desses dados será possível verificar a eficácia na inibição e eliminação das bactérias nos canais radiculares.

3. Justificativas

A pesquisa tem como finalidade apresentar um estudo realizado no Laboratório da Faculdade de Odontologia da Universidade Paulista - FOUNIP, sobre a efetividade da própolis como uma medicação intracanal alternativa e natural, que já foi consagrada na Medicina e pode ter uma grande potencial na Odontologia.

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4. Metodologia

4.1. Seleção dos dentes

Serão selecionados 50 dentes unirradiculares humanos do Banco de Dentes da Universidade Paulista (FOUNIP) que serão hidratados em soro fisiológico por 24h em estufa à 37°C.

Os dentes serão radiografados e será realizada a cirurgia de acesso à câmara pulpar. O comprimento de trabalho será estabelecido para cada amostra a 1,0mm do ápice. Realizaremos o preparo do canal com instrumentos manuais tipo K e auxílio de creme de Endo-PTC associado ao hipoclorito de sódio à 1,0% até o instrumento K diâmetro 40.

Os dentes preparados serão esterilizados em autoclave e separados em 5 grupos de 10 dentes cada.

Serão inoculadas em todos os canais Enterococcus faecalis, que serão preparados no laboratório odontológico de pesquisa da UNIP, e segundo metodologia proposta por eles.

Os grupos serão divididos da seguinte maneira:

G1. Progressão normal, sem a utilização de medicamento intracanal.

G2. Colocação de medicação intracanal tintura de Própolis e deixar por 48h. G3. Colocação de medicação intracanal PRP e deixar por 48h.

G4. Colocação de medicação intracanal Clorexidina e deixar por 48h.

G5. Colocação de medicação intracanal Hidróxido de cálcio + própolis e deixar por 48h. Após o tempo experimental, será realizada a coleta das amostras intracanal para análise do crescimento ou inibição bacteriana intracanal.

Os resultados serão estudados e analisados estatisticamente para podermos chegar a uma conclusão sobre a eficiência destes medicamentos.

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5. Cronograma

Mês 01. Coleta de dentes humanos unirradiculares.

Mês 02. Preparo das amostras e instrumentação dos canais. Mês 03. Preparo das amostras e instrumentação dos canais Mês 04. Realização dos experimentos G1, G2, G3, G4 e G5 Mês 05. Realização dos experimentos G1, G2, G3, G4 e G5 Mês 06. Realização dos experimentos G1, G2, G3, G4 e G5 Mês 07. Captação de dados dos resultados

Mês 08. Realização das estatísticas e resultados

Mes 09. Confecção da redação do trabalho comparando resultados com própolis Mes 10. Redação do trabalho

Mes 11. Redação do trabalho

Mes 12. Finalização e conclusão da redação do trabalho

6. Referências

ADAMS, G.G. EHRMANN, E.H., MESSER, H.H. The relationship of intracal medicaments to postoperative pain in endodontics. International Endodontic. Australia, v.36, p.868-875, 2003.

ANIDA, A.A., et. al. Agentes antimicrobianos e seu potencial de uso na Odontologia. Rev Fac Odontol, São José dos Campos, v.3, n.2, jul./dez. 2000.

BASTOS, A.C.S.C., et. al. Efeito antimicrobiano in vitro de diferentes medicações endodônticas e própolis sobre Enterecoccus faecalis. RGO, Porto Alegre, v.56, n.1, p.21-25, jan./mar. 2008.

COLPANI, F., et. al. Atividade antimicrobiana in vitro de uma suspensão de própolis frente ao

Enterecoccus faecalis. RFO, Passo Fundo, v.16, n.3, p.277-281, set./dez. 2011.

DOTTO, S.R., el. at. Avaliação da ação antimicrobiana de diferentes medicações usadas em endodontia. Rev Odonto Ciência, Rio Grande do Sul, v.21, n.53, jul./ set. 2006.

ESTRELA, C., et. al. Antimicrobial effect of 2% sodium hypochlorite and 2% chlorhexidine tested by different methods. Braz Dent J, v.14, n.1, p.58-62, 2003.

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FIGUEIREIDO, E. et. al. Determinação da diluição inibitória máxima de um enxaguatório bucal à base de própolis e extratos vegetais. In: REUNIÃO CIENTÍFICA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PESQUISAS ODONTOLÓGICAS, 16, 1999, Águas de São Pedro. São Paulo: SBPqO, 1999, p.106. GEBARA, E.C.E. LIMA, L.A. MAYER, M.P.A. Propolis antimicrobial activity against

periodontopathic bacteria. Braz J Microbiol. 2002; 33(4): 365-9.

GEBARA, E.C.E., ZARDETTO, C.G.C., MAYER, M.P.A. Estudo in vitro da ação antimicrobiana de susbtâncias naturais sobre S. mutuans e S. sobrinus. Ver Odontolo Univ São Paulo, v.10, n.4, p.251-6, 1996.

IKENO, K., MIYAZAWA, C. Effects of propolis on dental caries in rats. Caries Res, v.25, n.5, p.347-51,1991.

LOVE, R.M. Enterecoccusfaecallis - a mechanisn for its rol in endodontic failure. Int Endod J, v.34, n.5, p.399-405, 2001.

MARUCCI, M.C. Propriedades biológicas e terapêuticas dos constituintes químicos da própolis. Quím Nova. v.19, n.5, p.529-35, 1996.

MARUCCI, M.C., DE CAMARGO, F.A., LOPES. C.M.A. Identification of aminoacids in brazilian propolis. Z Naturforsch C, v.51, n1-2, p. 11-4, 1996.

MIRANDA, A.M. Atividade antimicrobiana da medicação intracanal em Endodontia. Poços de Calda, 2010.

ORSTAVIK, D., HAAPASALO, M. Desinfection by endodontic irrigants and dressings of experimentally infected dentinal tubules. Endod Dent Traumatol, v.6, n.4, p.142-9, 1990.

PARK, Y.K. et. al. Antimicrobial activity od propolis in oral microosganisms. Curr Microbiol, v.36, n.1, p.24-8, 1998.

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SIQUEIRA, J.F. Jr., UZEDA, M. Intracana medicaments: evaluation of the antibacterial effects of chlorhexidine, metronidazole, and calcium hydroxide associated with three vehicles. J Endod, 2001; 34(6): 424-8.

VALVERDE, B.S. Caracterização e avaliação in vitro da atividade antibacteriana de vidro bioativo dopado com própolis verde de Apis Mellifera. Campo Grande, 2011.

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