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Academic year: 2021

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16°

TÍTULO: ALTERAÇÕES MORFOFUNCIONAIS DECORRENTES DO TREINAMENTO DE FORÇA E DE POTENCIA EM IDOSOS PARTICIPANTES DO PROJETO CARTÃO VIDATIVA

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: EDUCAÇÃO FÍSICA SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): STEFANIE VERISSIMO DO REGO E SILVA AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): RODRIGO PEREIRA ORIENTADOR(ES):

COLABORADOR(ES): CAIO RIBEIRO, ERICK LEQUE, FABRICIO MADUREIRA, MARCIA TORRES LUZ, MARIANA VILLANI

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ALTERAÇÕES MORFOFUNCIONAIS DECORRENTES DO TREINAMENTO DE FORÇA E DE POTENCIA EM IDOSOS PARTICIPANTES DO PROJETO

CARTÃO VIDATIVA

Stefanie Verissimo, Marcia Luz, Mariana Villani, Erick Leque , Fabricio Madureira, Rodrigo Pereira UNIMES - SANTOS – FEFIS

Resumo

Observa-se um crescimento representativo da população idosa no Brasil, principalmente, acima de 65 anos (IBGE, 2010), a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2002), prevê que em 2025 existirá em torno de 1,2 bilhões de pessoas com mais de 60 anos, e que até 2050 haverá dois bilhões de pessoas. Com o crescimento desta população decorrente do prolongamento do tempo de vida, faz-se emergente a proposição de mecanismos que favoreça um envelhecimento mais saudável, o exercício regular vem se mostrando ser um dos melhores investimentos preventivos da atualidade. O ACSM, sugere que a diminuição da força muscular é um dos principais fatores responsáveis pela redução da capacidade funcional do idoso, pois ocasiona a perda de massa muscular e com isso a redução da aptidão física, entretanto, proposições metodológicas envolvendo o treinamento de força nesta fase da vida têm se demonstrado uma solução robusta para a atenuação do surgimento da sarcopenia e dinapenia. Objetivo do presente estudo é investigar a magnitude das alterações morfofuncionais decorrentes do treinamento de força e de potência em idosos participantes do projeto cartão vida ativa. Foram analisados três grupos sendo o G1 seguindo um com protocolo de treinamento de potência; G2 grupo com protocolo de treinamento de força e G3 grupo controle.

Palavras chaves: idosos, treinamento de força, treinamento de potência, AVDs.

Introdução

Observa-se um crescimento representativo da população idosa no Brasil, principalmente, acima de 65 anos segundo dados do (IBGE,2010), a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2002), prevê que em 2025 existirão 1,2 bilhões de pessoas com mais de 60 anos, e que até 2050 haverá dois bilhões de pessoas, sendo que 80% destes em países em desenvolvimento e muitos

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idosos com 80 ou mais anos. Pode-se citar como exemplo, o crescente número de idosos nos municípios brasileiros, em particular na cidade de Santos - SP. Estima-se que cerca de 20% da população total de santistas são de idosos (IBGE, 2010). Informações do Ministério da Saúde sugerem que, em 2025, o Brasil será o 6º país com maior número de idosos no mundo.

Devido ao elevado índice de crescimento da população idosa no Brasil, o Governo do Estado de São Paulo lança cartão benefício ao Idoso “Programa Cartão VidAtiva”, uma iniciativa do Governo do Estado que visa estimular a prática de atividade física orientada para pessoas com mais de 60 anos. Instituído pelo decreto de lei nº 59.782 de 21 de novembro de 2013, o programa é destinado a conceder auxílio financeiro aos idosos de R$ 57,00 por aluno/mês, priorizando idosos de baixa renda e vulnerabilidade social. Tudo para proporcionar a oportunidade da prática de atividades físicas, esportivas ou de lazer em clubes e academias.

O envelhecimento é um fenômeno que atinge todos os seres humanos, independente do seu status socioeconômico, sendo caracterizado como um processo dinâmico, progressivo e irreversível, ligado intimamente a fatores biológicos, psíquicos e sociais, que ocasionarão o detrimento da capacidade humana de se adequar ao meio ambiente (BRITO & LITVOC, 2004).

O American College of Sports Medine (ACSM, 2004), afirma que a sarcopenia é um dos principais fatores responsáveis pela redução da capacidade funcional do idoso, pois ocasiona a perda de massa e força na musculatura esquelética. Para Rossi & Sader, (2002), esta perda contribui para outras alterações relacionadas com a idade, destacando-se as diminuições da densidade óssea, da sensibilidade à insulina, da capacidade aeróbia, da taxa de metabolismo basal, da força muscular, dos níveis de atividades da vida diárias (AVDs).Estas alterações dificultam a realização de simples tarefas do cotidiano como subir escadas, caminhar, carregar pequenos objetos, ou seja, diretamente em sua independência, qualidade de vida e a de seus familiares. (MATSUDO & BARROS NETO, 2001).

As AVDs, consiste nas atividades de auto-cuidado, mobilidade, alimentação, higiene pessoal, vestir, despir, calçar e atividades instrumentais

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da vida diária, que são atividades que permitem a integração de uma pessoa na comunidade, cuidar da casa e da vida como, por exemplo: ir às compras, gerir o dinheiro, utilizar o telefone, limpar, cozinhar e utilizar transportes são atividades que com o avanço da idade, pode se tornar cada vez mais difícil.

Com o passar do tempo a capacidade ativa do homem diminui, no entanto uma das formas para retardar ou mesmo e estender os anos de vida, de forma considerável, consiste na prática da atividade física. Indicativos sobre os benefícios da atividade física em idade avançada, bem como as desvantagens decorrentes do sedentarismo são relatados na literatura especializada (LIMA, 2012; VILELA JÚNIOR et al.; 2010; MCHLING; NETZ, 2009; SPIRDUSO, 2005).

Duas capacidades se manifestam na maioria das tarefas dos AVDs nos idosos, a força muscular e a potência, consequentemente, são primordiais para a independência e qualidade de vida dos idosos. ( SILVA et al, 2008). Além disso, a falta de força muscular na população idosa parece ser o principal fator responsável pelas quedas em idosos. (FLECK & KRAMER, 1999; BERNADI et al, 2008).

Estudos relatam que o treinamento de potência (TP) pode ser uma eficiente medida profilática no combate a sarcopenia e a dinapenia, devido ao aumento de força e velocidade, que são elementos essenciais na realização das atividades de vida diária, sendo importante citar que esses resultados podem ser obtidos em poucas semanas de treinamento, contribuindo para melhor qualidade de vida e maior independência para os idosos (AOKI, 2010). O treinamento de potência e o treinamento de força também contribuem para promoção da qualidade de vida da terceira idade (MORAES, 2011). Esta melhoria pode auxiliar não só na independência dos idosos, mas também na prevenção de quedas (DIAS et al, 2006; BERNARDI et al 2008).

Há evidências de que, com o avanço da idade, a capacidade de gerar potência declina em taxa mais pronunciada que a capacidade de gerar força (Macardle et al, 2008). Com isso, é importante promover o desenvolvimento

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de estratégias que visem minimizar os efeitos do envelhecimento muscular, pois o idoso precisa garantir que a força seja gerada de forma rápida para as tarefas do dia a dia.

Objetivo

Analisar as alterações morfofuncionais decorrentes do treinamento de força e de potencia em idosos participantes do projeto cartão vida ativa.

Metodologia

Após o aceite do comitê de ética e pesquisa da Universidade Metropolitana de Santos, a amostra foi constituída por 13 indivíduos, sendo 5 do g1(treinamento de força), 4 do g2(treinamento de potência) e 4 do g3(controle). Sendo de ambos os sexos com idade a partir de 60 anos. Inicialmente os grupos eram compostos por 10 invíduos no g1 e 9 no g2, porém no decorrer do programa de treinamento houve uma perda de 50% de cada grupo a partir dos critérios de não inclusão no estudo que foram: dificuldades para a realização de exercícios físicos de corrente de problemas osteo articulares, cirurgia recente, recusa do participante, doenças respiratórias ou cardíacas, problemas identificados pelos professores e faltas. Os voluntários foram divididos em três grupos randomizados, sendo: grupo treinamento de força utilizando 75% da carga máxima e realizando de 8 a 12 repetições, grupo potência utilizando 35% e realizando de 8 a 12 repetições da carga máxima e grupo controle. Todos os testes foram explicados e demonstrados por profissionais de Educação Física antes de serem realizados.

Foram aplicados os seguintes testes: questionário de prontidão para a atividade física physical readiness questionarie, PAR-Q, (1992), medidas antropométricas de peso, altura e composição corporal com circunferências e dobras cutâneas Pollock & Willmore,(1993), Equilíbrio de Berg (1992), bateria de testes de AVDs validadas por Andreotti e Okuma,(1999), que consiste em caminhar ou correr por 800m, sentar e se deslocar por uma distância de três metros, deitar e levantar do solo, subir e descer 15 degraus e calçar meias. E os testes de força de 1RM Fleck & Kraemer, (1999). O programa teve duração

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de 6 meses, sendo as pré- avaliações na primeira semana e pós avaliações na 32a semana dos grupos experimentais e controle.

Cronograma de Execução

Atividades AGO SE

T

OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL

Levantamento Bibliográfico e elaboração do programa X X Coleta de dados x X X Tabulação de Dados x x x Programa de Treino X x x Analise de Resultado X x x Discussão e Conclusão X X x Relatório Final x x Resultados:

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Conclusão :

Após analise estatística, podemos observar que quando comparado os 3 grupos, não foi possível observar diferenças significativas, mas quando comparado os momentos pré e pós para o G1 houve diferença significativa, diante os testes de preensão manual e levantar e caminhar 3m. Já para o grupo G2 e G3 não obtivemos diferença. Porém ao realizar uma análise descritiva foi encontrada melhora na composição corporal dos 3 grupos. No teste de levantar-se decubito ventral, obtiveram melhoras no grupo 1 e 3. No teste de caminhar por 800m, tiveram melhora nos grupos 2 e 3. No teste sentar e levantar, melhora no grupo 1 e 2. No teste de preensão manual, melhora nos grupos 2 e 3. No teste de equilibrio os 3 grupos melhoraram.

Análise Estatística

Após a confirmação da não normallidade dos testes foi realizado o teste não paramétrico de Wilcoxon para comparar momentos pré pós intra-grupos, de U de Mann-Whitney para comparação inter-grupo e a magnitude de correlação inter-grupos com o teste ANOVA de Bonferroni.

Referências:

AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. Physical Activity and Bone Health. Medicine & Science In Sports & Exercise, v. 36, n. 11, p.1985-1996, 2004.

ANDREOTTI, R. A.; OKUMA, S. S.; Validação de uma bateria de testes de atividades da vida diária para idosos fisicamente independentes. Revista Paulista de Educação Física, v. 13, n. 1, p. 46-66, jan./jun. 1999.

AOKI, RODRIGO NUCCI. Benefícios do Treinamento com Pesos no Processo de Sarcopenia no Envelhecimento. 27f. Campinas – SP, 2010. BERG K, Maki B, Williams J. Clinical and laboratory measures of postural balance in an elderly population. Arch Phys Med Rehabil 73: 1073–80, 1992. BERNARDI, F., DANIELA, et al; O Tratamento da sarcopenia através do exercício de força na prevenção de quedas em idosos. Revisão de Literatura v.XII,n 2 , p.197-213,2008.

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BRITO, F.C E LITVOC, C. J. ; (Ed.) Envelhecimento – prevenção e promoção de saúde; São Paulo: Atheneu, p.1- 16, 2004.

DIAS, R.M. R., GURJÃO A.L.D., MARUCCI, M.F.N.; Benefícios do treinamento com pesos para idosos. Revista Act Fisiatr.2006, 13(2):90-95 Strength training benefits on the physical fitness of elderly indi-viduals. Cep, v. 5588, 2006.

FLECK,S.J.; KRAEMER, W.J.; Fundamentos do Treinamento de Força Muscular: Artes Médicas. Porto Alegre. Vol.3, 1999.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas ; CENSO 2010.

LIMA, L. et al.; A percepção de qualidade de vida em idoso: um estudo exploratório. Revista Brasileira de Qualidade de Vida, Ponta Grossa, v. 4, n. 2, p. 1-11, ago. 2012.

MACARDLE W, KATCH FI, KATCH VL.; Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. Rio de Janeiro: 6a edição. Guanabara Koogan; 2008.

MATSUDO, S.M., MATSUDO, V.K.R. e BARROS NETO T.L.; Atividade física e envelhecimento: aspectos epidemiológicos. Rev. Bras Med. Esporte – Vol. 7, n 1 – Jan/Fev. 2001.

MECHLING, H; NETZ, Y. Aging and inactivity - capitilizing on the protective effect of planned physical activity in old age. European Review in Aging and Physical Activity, Germany, v. 6, n. 2, p. 89-97, Oct. 2009.

MORAES, K. C. M. ; Efeito de três diferentes programas de treinamento de força na qualidade de vida de idosas, 2011.

OMS, Global Forum for Health Research: The 0/90 Report on Health Research. Genebra: Organização Mundial da Saúde,2002.

Pollock M.L. & Wilmore J.H.; Exercício na Saúde e na Doença. Rio de Janeiro: Medsi, 1993.

ROSSI, E. E SADER, C.S. Envelhecimento do sistema osteoarticula. In E.V. Freitas., L. Py., A.L. Néri., F.A.X. Cançado., M.L. Gorzoni, M.L e S.M. Rocha (Eds.), Tratado de Geriatria e Gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. p.508-514, 2002.

SILVA, A. ALMEIDA,J.M.G. CASILHAS, C.R.C.O.H.E.N.M.; PECCIN, S.M. TUFIK, S. MELLO, M.T. Equilíbrio, Coordenação e Agilidade de Idosos Submetidos à Prática de Exercícios Físicos Resistidos. Revista Brasileira de Medicina do Esporte – Vol. 14, No 2 – Mar/Abr, 2008.

SPIRDUSO, W.W. Dimensões físicas do envelhecimento. Barueri, SP: Manole, 2005.

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THOMAS S, Reading J, Shephard RJ. Revision of the Physical Activity Readiness Questionnaire (PAR-Q). Can J Sport Sci ;17(4):338-45, 1992. VILELA JÚNIOR, G. B. et al. Qualidade de vida e processo de equilíbrio durante o processo de envelhecimento de mulheres praticantes de atividade física. Revista Brasileira de Qualidade de Vida, Ponta Grossa, v. 2, n. 2, p. 18-25, jul. 2010.

Referências

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