ETEC Profº Horácio
Augusto da Silveira
Tecnologia em Soldagem
Aula 2 – Segurança em Soldagem
Profº Luciano Dantas - 2013
Segurança em Soldagem
Nas operações de soldagem, o soldador deve estar
atento às normas de segurança, devendo:
1) Usar o Equipamento de proteção individual (EPI),
para evitar danos físicos ou prejuízos à saúde;
Segurança em Soldagem
2) Usar biombos, para proteger as pessoas que o
rodeiam;
Segurança em Soldagem
3) evitar danos materiais, não soldando em locais
onde haja materiais de fácil combustão, como
óleo, gasolina, thíner, querosene, etc., e
materiais explosivos, como pólvora, dinamite,
etc.
Segurança em Soldagem
POSTO DE TRABALHO DE SOLDA
É o local onde o soldador trabalha - cabines de
solda ou outros locais onde seja necessário
executar uma solda (solda de campo e solda de
manutenção).
Segurança em Soldagem
POSTO DE TRABALHO DE SOLDA
Encontram-se, a seguir, algumas precauções a serem
observadas nesses locais:
A) Cabine de solda
Deve ser pintada em cor escura e fosca, para evitar a
reflexão de luz, e ter ventilação suficiente, para que os
gases (fumos) liberados pelo eletrodo durante a
soldagem não sejam aspirados pelo soldador. Apesar de,
normalmente, esses gases não serem tóxicos, podem
afetar as vias respiratórias. No entanto, dependendo do
tipo do eletrodo, os gases provenientes de sua queima
podem ser altamente tóxicos.
Segurança em Soldagem
B) Solda de campo
Nessa situação, além das precauções normais, o
soldador
precisa
estar
atento
aos
danos
provocados pela ação da corrente elétrica, evitando
trabalhar em locais úmidos, debaixo de chuva,
descalço ou usando calçados em más condições.
C) Solda de manutenção
Deve-se, neste caso, tomar cuidados especiais,
evitando
soldagens
próximas
a
materiais
Segurança em Soldagem
PERIGOS ESPECÍFICOS DAS OPERAÇÕES DE
SOLDAGEM
São
considerados
perigosos:
os
raios,
a
luminosidade, as altas temperaturas e os respingos
lançados durante a soldagem.
Segurança em Soldagem
Dos raios emitidos, os mais nocivos são o ultravioleta
e o infravermelho, que são invisíveis.
O raio ultravioleta provoca queimaduras graves,
com
destruição
das
células
(destruindo
prematuramente a pele) e ataque severo ao globo
ocular, podendo resultar em conjuntivite catarral,
úlcera da córnea, etc .
O raio infravermelho é responsável por danos
como queimaduras de primeiro e segundo grau,
catarata (doença dos olhos, que escurece a visão),
freqüente dor de cabeça, vista cansada,etc.
Segurança em Soldagem
Os respingos são pequenas gotas de metal fundido
que saltam, no ato da soldagem, em todas as
direções. Podem estar entre 100°C e 1700°C e seu
diâmetro pode chegar a 6mm. São responsáveis por
queimaduras no soldador e podem também
provocar incêndios se caírem sobre material
combustível.
Esses riscos deixam de existir quando o soldador se
protege com o EPI e trabalha em local que oferece
condições seguras.
Equipamentos de Proteção
Individual
Estes equipamentos protegem o soldador dos perigos
específicos à operação de soldagem e são
regulamentados conforme Norma Regulamentadora
número 6 (NR-6), compondo-se basicamente dos
seguintes itens:
A) Máscaras:
São fabricadas de material incombustível, isolante
térmico e elétrico, leve e resistente (fibra de vidro, fibra
prensada, etc.). Servem para proteger o soldador dos
raios, dos respingos e da temperatura elevada emitida
durante a soldagem.
Existem vários modelos de máscaras e sua escolha deve
ser feita de acordo com o tipo de trabalho a ser
executado.
Equipamentos de Proteção
Individual
Equipamentos de Proteção
Individual
As máscaras possuem filtros de luz (vidros protetores), que
devem absorver no mínimo 99,5% da radiação emitida nas
soldagens.
A tonalidade desses filtros, que devem ser protegidos em
ambos os lados por um vidro comum incolor, deve ser
selecionada de acordo com a intensidade da corrente, para
que haja absorção dos raios emitidos (infravermelhos e
ultravioletas).
Equipamentos de Proteção
Individual
Se essa classificação for obedecida, a absorção dos raios
infravermelhos e ultravioletas será de, no mínimo, 99,5%.
A montagem dos vidros nas máscaras deve ser feita conforme
mostra a figura abaixo.
Equipamentos de Proteção
Individual
B) Luvas:
Protegem as mãos dos soldadores contra respingos e
queimaduras, feitas normalmente de raspa de couro.
Equipamentos de Proteção
Individual
C) Avental ou Jaqueta:
Protegem a frente do corpo dos soldadores contra respingos e
queimaduras, feitas normalmente de raspa de couro.
Equipamentos de Proteção
Individual
D) Mangas ou Mangotes:
Protegem os braços dos soldadores contra respingos e
queimaduras, feitas normalmente de raspa de couro.
Equipamentos de Proteção
Individual
E) Perneiras ou Polainas:
Protegem as pernas e os pés dos soldadores contra respingos
e queimaduras, feitas normalmente de raspa de couro.
Equipamentos de Proteção
Individual
F) Sapatos ou Botas de Segurança:
Devem ser utilizados pelos soldadores para proteção contra
impactos e outros agentes de risco.
Equipamentos de Proteção
Individual
G) Toucas:
Equipamentos de Proteção
Individual
H) Óculos de Maçariqueiro:
Protegem os olhos do soldador contra a luminosidade gerada
pelo maçarico do processo oxi-gás.
Equipamentos de Proteção
Individual
I) Protetor Auricular:
Equipamentos de Proteção
Individual
Equipamentos de Proteção
Individual
Todos esses equipamentos de proteção destinam-se a
proteger o soldador contra:
Calor
Respingos
Radiação emitida pelo arco.
As luvas, avental, mangas e perneiras são feitas de
raspas de couro. Para trabalhos especiais, onde a
temperatura é muito alta, usa-se equipamento de
alumínio/amianto.
Normas Regulamentadoras
Em todas as operações de soldagem devem
ser
respeitadas
as
normas
regulamentadoras pertinentes ao processo,
cujo contexto é de preservação da
integridade física do operador do processo e
do ambiente industrial.
Anexo o conteúdo de algumas normas
aplicáveis aos processos de soldagem.
Norma Regulamentadora NR-6
NR 6 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI
6.1 Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR, considera-se Equipamento de Proteção Individual -EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
6.1.1 Entende-se como Equipamento Conjugado de ProteçãoIndividual, todo aquele composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
Norma Regulamentadora NR-6
6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e, c) para atender a situações de emergência.
6.4 Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, e observado o disposto no item 6.3, o empregador deve fornecer aos trabalhadores os EPI adequados, de acordo com o disposto no ANEXO I desta NR.
6.4.1 As solicitações para que os produtos que não estejam relacionados no ANEXO I, desta NR, sejam considerados como EPI, bem como as propostas para reexame daqueles ora elencados, deverão ser avaliadas por comissão tripartite a ser constituída pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho, após ouvida a CTPP, sendo as conclusões submetidas àquele órgão do Ministério do Trabalho e Emprego para aprovação.
Norma Regulamentadora NR-6
6.5 Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT, ouvida a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA e trabalhadores usuários, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade.
6.5.1 Nas empresas desobrigadas a constituir SESMT, cabe ao empregador selecionar o EPI adequado ao risco, mediante orientação de profissional tecnicamente habilitado, ouvida a CIPA ou, na falta desta, o designado e trabalhadores usuários.
6.6 Responsabilidades do empregador. 6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI:
a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade; b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
Norma Regulamentadora NR-6
6.7 Responsabilidades do trabalhador. 6.7.1 Cabe ao empregado quanto ao EPI:
a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,
Norma Regulamentadora NR-18
NR 18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO18.11 Operações de Soldagem e Corte a Quente
18.11.1 As operações de soldagem e corte a quente somente podem ser realizadas por trabalhadores qualificados.
18.11.2 Quando forem executadas operações de soldagem e corte a quente em chumbo, zinco ou materiais /revestidos de cádmio, será obrigatória a remoção por ventilação local exaustora dos fumos originados no processo de solda e corte, bem como na utilização de eletrodos revestidos.
18.11.3 O dispositivo usado para manusear eletrodos deve ter isolamento adequado à corrente usada, a fim de se evitar a formação de arco elétrico ou choques no operador.