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PROPRIEDADES DAS PROTEÍNAS PIGMENTOS DA CARNE E DEFEITOS DA CARNE

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Academic year: 2021

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PROPRIEDADES DAS PROTEÍNAS

PIGMENTOS DA CARNE

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PROPRIEDADES FUNCIONAIS DAS PROTEÍNAS

• Propriedades de hidratação: dependem de interações entre

as moléculas de proteína e a água.

• Solubilidade: depende de sua capacidade de interagir com o solvente (água), através e ligações de hidrogênio, interações dipolo-dipolo e iônicas. Depende do pH e temperatura.

• pH > ou < do que pI: grupos ionizáveis carregados positiva ou negativamente  moléculas de água podem interagir com essas cargas   solubilização; moléculas de proteína com cargas de mesmo sinal tendem a se repelir   solubilização.

• no pI: maior interação proteína-proteína  agregados de proteínas que precipitam   solubilização.

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PROPRIEDADES FUNCIONAIS DAS PROTEÍNAS

• Propriedades de hidratação: dependem de interações entre

as moléculas de proteína e a água.

• 0 a 40-50º C:  solubilidade.

• T> 50º C: rompimento de ligações de hidrogênio, desestabilização de estruturas secundária e terciária  desnaturação. Exposição de grupos hidrofóbicos, que na forma nativa localizam-se no interior da molécula de proteína enrolada, com consequente redução da solubilidade. A agregação de moléculas de proteínas que frequentemente ocorre após a desnaturação também resulta em redução da solubilidade.

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PROPRIEDADES FUNCIONAIS DAS PROTEÍNAS

• Propriedades de hidratação: dependem de interações entre

as moléculas de proteína e a água.

• Capacidade de retenção de água (CRA): quantidade de água retida pelo proteína ou alimento proteico após exposição a um excesso de água e aplicação de uma força de centrifugação ou pressão.

• pI:  CRA

• Decréscimo muito rápido de pH + T elevada no post

mortem  desnaturação de proteínas   CRA da

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PROPRIEDADES FUNCIONAIS DAS PROTEÍNAS

• Propriedades relacionadas à interações proteína-proteína

• Formação de gel: moléculas de proteínas desnaturadas podem se agregar, formando uma rede tridimensional ordenada de moléculas – um gel

• Capacidade de formação de gel: responsável pela estrutura de diversos alimentos – queijos, produtos cominuídos de carne, gelatina, tofu.

• Geralmente, tratamento térmico é essencial para formação de gel; resfriamento subsequente pode ser necessário – gelatina.

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PROPRIEDADES FUNCIONAIS DAS PROTEÍNAS

• Propriedades relacionadas à interações proteína-proteína

• Formação de glúten: rede proteica tridimensional (formada quando gliadinas e gluteninas - presentes no trigo, centeio, cevada - são amassadas na presença de água em temperatura ambiente) que engloba grânulos de amido, lipídios e proteínas solúveis.

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PROPRIEDADES FUNCIONAIS DAS PROTEÍNAS

• Propriedades de superfície

• Capacidade de formação de espuma

Batimento da solução proteica na presença de ar  espuma. Incorporação de ar na forma de bolhas.

A capacidade e retenção das bolhas é fundamental para a estabilidade da espuma e depende da capacidade de as proteínas em solução formarem um filme proteico estável, semi-rígido e elástico, que envolve as pequenas bolhas formadas. Exemplo: clara de ovo (contém proteínas solúveis em água – globulinas – atuam como agentes tensoativos.

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PROPRIEDADES FUNCIONAIS DAS PROTEÍNAS

• Propriedades de superfície

• Capacidade de emulsificação: devida à presença de regiões hidrofílicas (polares), que tem afinidade com a fase aquosa da emulsão e regiões lipofílicas, que tem afinidade com a fase lipídica da emulsão.

• Leite – emulsão natural de gordura em água: glóbulos de gordura dispersos em uma solução aquosa de proteínas, lactose e vários outros componentes. Essa emulsão é estabilizada por uma espécie de “membrana” ao redor das gotículas de gordura, formada por sucessivas camadas de fosfolipídios, lipoproteínas insolúveis e proteínas solúveis, adsorvidas na superfície dessas gotículas.

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Cor

Consumidor compra com os olhos...

Aparência

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Definição de cor

Cor é uma impressão do sentido originária da luz

incidente sobre os olhos. A informação de cor de um

material é uma interação entre as características do

material e sua reação com a luz incidente.

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Cor da carne e produtos cárneos

• Definida pela concentração e estado de

oxidação dos pigmentos Heme (Mioglobina +

Hemoglobina)

• Em animais com sangria adequada: 80%

MIOGLOBINA  Principal proteína presente

nas Proteínas Sarcoplasmáticas

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MIOGLOBINA

Proteína conjugada

 Consiste de uma cadeia polipeptídica típica e uma molécula heme não protéica

 Porção Heme: Responsável pela cor dos produtos e da carne in natura – papel do Ferro hemínico

 Porção proteica: incolor - importante à estabilidade do grupo heme, afetando a cor indiretamente

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Estados de oxidação da mioglobina em carne fresca, cozida e curada

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CONVERSÃO DO MÚSCULO EM

CARNE

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CONVERSÃO DO MÚSCULO EM CARNE

• Estoque de oxigênio torna-se pequeno após a sangria  a etapa aeróbia do ciclo de Krebs e da cadeia de transporte de elétrons deixa de funcionar  metabolismo anaeróbio.

• O ácido lático produzido pelo metabolismo anaeróbio no animal vivo é transportado através do músculo para o fígado  glicose e glicogênio ou ao coração  CO2 e água.

• O sistema circulatório não está disponível por muito tempo no animal já sangrado  o ácido lático permanece nos tecidos musculares, tendo sua concentração aumentada. Assim que o metabolismo acontece, continua o acúmulo de ácido lático até que quase todo o glicogênio original estocado no músculo é diminuído (depleção) ou até o pH do tecido tornar-se tão baixo que as enzimas que realizam a glicólise tornam-se inativas.

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CONVERSÃO DO MÚSCULO EM CARNE

Declínio do pH post mortem

• A redução do pH no músculo devido ao acúmulo de ácido lático é uma das mais importantes reações post mortem.

• A velocidade na qual se dá a queda do pH após a sangria e a extensão total da queda são muito variáveis.

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- O acúmulo precoce de ácido lático no músculo no período post

mortem  efeitos adversos na qualidade da carne. - Aquecimento proveniente do metabolismo contínuo  desnaturação das proteínas no músculo.

- A temperatura tem um papel importante na desnaturação, uma vez que o músculo pode atingir um pH baixo (5,2 – 5,4) após ter sido resfriado sem ter ocorrido a desnaturação excessiva das

proteínas.

- Proteínas de algumas espécies animais são muito mais sensíveis a este tipo de desnaturação do que de outras espécies. Ex: peixes

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DESNATURAÇÃO

• Perda de solubilidade das proteínas

• Perda de capacidade de retenção de água (CRA) • Perda de coloração do pigmento do músculo.

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Variação na produção de calor e dissipação que ocorre no músculo de suíno que pode ocorrer pelas diferentes vias metabólicas

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DEFEITOS DA CARNE

CARNE PSE: pálida, muito mole e exudativa

Fatores responsáveis:

Animal estressado antes do abate

Grande concentração de ácido lático

Declínio muito rápido do pH da carcaça do animal (em 1 hora, o ponto isoelétrico das proteínas miofibrilares – 5,2 é

atingido)

Baixo pH + temperatura entre 35 e 40º C

Desnaturação das proteínas miofibrilares  perda da capacidade de retenção de água  carne PSE

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DEFEITOS DA CARNE

CARNE DFD: escura, muito firme e com aparência “seca”

Fatores responsáveis:

Animal cansado e com fome antes do abate (pouca reserva de glicogênio)

Muito baixa concentração de ácido lático

Declínio muito lento do pH

pH final da carcaça aproximadamente 7,0 (bem distante do ponto

isoelétrico das proteínas miofibrilares)

Aumento da capacidade de retenção de água pelas proteínas miofibrilares  a água fica retida na carne  carne mais escura,

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Carne suína: PSE (esquerda) e normal (direita)

Presunto com defeito de estrutura, possivelmente devido ao uso de carne suína PSE

Referências

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