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Dinâmica evolutiva e caracterização de germoplasma de mandioca (Manihot esculenta, Crantz) na agricultura autóctone do Sul do Estado de São Paulo

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Academic year: 2021

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(1)i. EVOLUTIVA. DINAMICA CARACTERIZAÇ�O DE NA DO. DE. DO. GERMOPLASMA. MANDIOCA. AGRICULTURA. SUL. E. ESTADO. AUTÓCTONE DE. s�o. PAULO. ROBERTO CURY Engenheiro Agrônomo. Orientador: Prof. Dr. PAULO SODERO MARTINS. a Escola Dissertaç�o apresentada Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", da Universidade de S�o Paulo, para obtenç�o do título de Agronomia, de Área Mestre em Concentraç�o Genética e Melhoramento de Plantas.. PIRACICABA Estado de S�o Paulo - Brasil Fevereiro - 1993.

(2) Ficha catalográfica preparada pela Se��o de Livros da PCLG/USP Divis�o de Biblioteca e Documentaç:llo. -----·-··-··-----------. C982d. Cw··y, Roberto Din�mica evolutiva e caracteriza�ào de germoplasma de mandioca (Manihot esculenta, Crantz) na agricultu­ ra autóctone do sul do Estado de Sâo Paulo. Piraci­ Ci.-\ba � 199:3. 1.0�.::.p.. Diss.(Mestre) Bibliografia.:··. ESALQ. 1. Mandioca - Cultivo 2. Mandioca - Germoplasma 3. Mandioca - Melhoramento I. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba CDD. 6:33.4.

(3) ii. DINÂMICA EVOLUTIVA E CARACTERIZAÇ�O DE GERMOPLASMA DE MANDIOCA (Manihot esculenta, Crantz) NA AGRICULTURA AUTOCTONE DO SUL DO ESTADO DE SAo PAULO Roberto Cury. Aprovada em: 11.03.93 Comis�o Julgadora: Prof. Dr. Paulo Sodero Martins. Prof. Dr . Virgílio Maurício Viana. Prof. Dr . George John Sheperd. ()/. /�. ESALQ/USP ESAQ/USP IB/UNICAMP. lo Sodero Martins. ientador.

(4) iii. Aos meus pais. RISCALLA e AMÉLIA e aos meus. irm~os. ADRIANA e. SAMIR~. OFEREÇO.. A minha querida NEUSINHA e ao meu filho que está chegando,. DEDICO..

(5) iv. AGRADECIMENTOS Ao. Prof. Dr.. Paulo. pela. Sodero Martins,. orientação, dignidade e sobretudo sabedoria. - Ao pela. Departamento seus. e. aceitaç~o,. de Genética. da. pelos. docentes. ESALQ/USP. ensinamentos. concedidos. Aos Vencovsky. e Cassio. professores. Roberto. de Melo. Roland. ESALQ/USP,. da. Godoi,. pelo. apoio nas. análises estatísticas. - A Genética,. todos os funcionários do. em especial. à Ronaldo. Departamento de. J. Rabello. pelo. apoio na. coleta e no ensaio de campo. A todos especial. aos. amigos. colegas da. os. Levi,. em. pós-graduaç~o,. Bernadete,. Rosângela, Juliana,. Mônica, Carlos Pires e Luis Antonio. Ao. Prof.. Giancarlo. Conde. Xavier,. pela. amizade e companhia nas coletas.. A. Neusa. M.G.. Cury,. trabalho de campo e escrito e sobretudo, À Coordenaç~o. Superior,. pela. colaboraç~o. no. pela paciência.. de Aperfeiçoamento. de Nível. pela bolsa de estudos concedida. À. bibliografia.. Silvana. M.. Gregório. pela. revis~o. da.

(6) v. SUMÁRIO Página RE SUMO . • . . • . . . . . • . • . . . . • . . . . . . • . • . . . . . . . . . . • . . . .. vii. SUMMARY . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . • . . . . . . . . . . . • . . . . .. ix. 1. I NTRODUÇ?';O • • . . • . • • . . • . . . . . • . . • • . . . . . . . • • . . . . •. 01. 2.. REVIS~O. DE LITERATURA . . . . . • • . • • . . • • . . . • . . . . . .. 03. 2.1. Agricultura autóctone .• .•.•.......•••.•... 03. 2.1.1. Aspectos gerais 2.1.2.. 2.2.. 2.3.. Diversidade. •..•.•..•..•....... intraespecífica. 06. A mandioca . . . • . . . . . • . • . . . . . . . • . . • . • . . • . .. 14. 2.2.1. O gênero t1anihot, Mill.. 14. 2.2.2.. Domesticaç~o. 16. 2.2.3.. Citogenética. 19. 2.2.4.. Genética . . . • . . . . . . . . . . . . . . • • • . . . .. 21. Análise multivariada . . . . • . . . . • . . . . • . . . . .. 23. estudo 23. 2.3.2. Análise de componentes principais.. 25. M~TODOS. Identificaç~o. ...•....•.••.......•...•.•. das. áreas. de. 30. agricultura. autóctone . . . . . . . . • . • . . • . . . . . . . . . • . . . . . . .. 30. .•........•.......•....•...... 30. Localizaç~o. 3.3. Coleta do germoplasma 3.4.. no. da divergência genética .••.•...... 3. MATERIAL E. 3.2.. na. agricultura autóctone . . . . . • . . . . . .. 2.3.1. A análise multivariada. 3.1.. 03. •...••..•..•••.•.•.. 31. Ensaio de campo . . . . • . • . • . . • . . . . . . . . . . . . .. 32. 3.5. Descritores botânico agronômicos. avalia-. dos . • . . . . . . . • . . • . . . . • • . . . . . . . • • . . . • • . . . .. 33. 3.6. Metodologias estatísticas . . . . . . . . . . . . . . •. 36. 3.6.1. Componentes principais .••..•...... 36.

(7) vi Página. 3.6.2. Distância Euclideana média . . . . . . .. 38. 3.6.3. Métodos de agrupamento ...••...•... 39. 3.6.3.1. Método da Toe her 3.6.3.2. Método. de. otimizaç~o. .......•....••.... hierárquico. ligaçôes médias. n~o. 39. das pon-. deradas •••.•..•......•... 40. 3.6.4. Programas para microcomputador linha IBM/PC utilizados ..••.••.•.•.. 41. 4. RESUL TADOS E DI SCUSS?:\O ..••.•.•...•.••.••....•. 42. 4.1.. Caracterizaç~o. 4.1.1.. dos sistemas agrícolas ..•. Caracterizaç~o. cultura caiçara 4.1.2.. Caracterizaç~o. 42. do sistema de agri.•..•..•••.....•... 42. do sistema de agri-. cultura das comunidades negras .... 45. 4.2. Resultados da coleta ••.•.....•...•.••.... 48. 4.3. ConseQuências na. dinâmica. evolutiva. de. Manihott esculenta, Crantz de práticas da 50. agricultura autóctone 4.4.. Caracterizaç~o. 4.4.1.. fenotípica •..•.•....•.•.•. Apresentaç~o. geral dos. 55. resultados. e análise univariada dos descritores contínuos • • . • . . . . • . • . . . . . . . . .. 55. 4.5. Divergência fenotípica multivariada ..•... 57. 4.5.1. Análise dos componentes principais. 57. 4.5.2. Distância fenotípica. 60. de descritores . • . . . . . . . . . . • . . . . •. 63. 5. CONCLUSllES . . . • • • . • . • . . . • . • • . • . . • . . • . . . . • . . • . .. 66. 4.6.. Seleç~o.

(8) vii Página REFER~NCIAS BIBLIOGRAFICAS. 69. AP~NDICES. 78. Apêndice 1. 79. Apêndice 2. 93. Apêndice. 3. 101. Apêndice 4. 103.

(9) viii. DINAMICA EVOLUTIVA E CARACTERIZAÇAo DE GERMOPLASMA DE MANDIOCA (Manihot esculenta, Crantz) NA AGRICULTURA AUTdCTONE DO SUL DO ESTADO DE. sAo PAULO. Autor: Roberto Cury Orientador: Prof. Dr. Paulo Sodero Martins. •. RESUMO. objetivos. Os identificar. e caracterizar. deste. trabalho. áreas de. foram:. a). agricultura autóctone,. cujas técnicas remontam ao período pré-colonial, no Estado de s~o. Paulo;. b) coletar e caracterizar. botânico-agronômicos. o. germoplasma. nestas áreas; c) avaliar real. diversidade do. conjunto. de. através de descritores. Nanihot. de. esculenta. através de técnicas multivariadas a. germoplasma. descritores. cultivado; d). botânico-agronômicos. otimizar. o. inicialmente. utilizado; e) estabelecer um modelo para o estudo da dinâmica evolutiva. Nanihot. de. esculenta.. Crantz. na. agricultura. autóctone. Identificaram-se áreas:. Icapara. caiçaras;. e. S~o. e Pedrinhas Pedro. habitada por negros.. e. no. e. caracterizaram-se litoral. Ivaporunduva. quatro. sul, habitada no Vale. por. do Ribeira,.

(10) ix Em um coletados pelo. total de. sete roças. menos 24 cultivares. amostradas,. foram. geneticamente distintos,. divididos em pelo menos quatro grupos fenéticos distintos. As técnicas multivariadas. também revelaram que. n~o. há. entre sinonímias quanto ao nome local e. identidade genética e. também. de coleta. n~o. há. relaç~o. entre ambiente. (local). e. grupos fenéticos. Os mente. descritores botânico-agronômicos. utilizados foram. reduzidos. em 30'l.. sem perda. inicialsigni-. ficativa de informaçOes. Prope,e-se evolutiva. de. Nan.ihot. um. ainda escul enta,. modelo Crantz. no. da. dinâmica sistema. de. agricultura autóctone, que mantém e amplifica a variabilidade intraespecífica através fluxo gênico.. da. aç~o. de. mutaç~o,. recombinaç~o. e.

(11) x. EVOLUTIONARY OYNAMICS ANO CHARACTERIZATION DF CASSAVA (Hanihot esculenta, Crantz) GERMPLASM IN SHIFTING CULTIVATIDN AREAS DF THE SDUTHERN S~ PAULO STATE. Author: Roberto Cury Adviser:. Praf. Or. Paula Sodera Martins. SUMMARY. The identify and. abjectives. this. work. describe, areas of shifting. State of S.Paulo, Brazil; b) ta botanical. af. and. agronamic. were:. to. a). cultivation in the. collect and describe through. characters,. the. cassava (Hanihot. esculenta, Crantz) germplasm from these areas; c) ta evaluate through. multivariate. germplasm; d). to. the. diversity. maximize the tatality af. agronamic characters model for the. analysis. initially utilized;. study of evolutionary. af. this. the botanical and e). to establish. a. dynamics of cassava. in. shifting cultivation. Faur. areas. of. study. were. identified. and. described:. Icapara and Pedrinhas in the southern coast of the. State. S.Paulo. of. ("caiçaras". vi 11 ages) ,. and. S.Pedro and. Ivaporunduva in the Ribeira Valley (black people villages)..

(12) xi. Twenty four geneticaly. distinct cultivars. Df. cassava were collected in seven cleared areas Df cultivation. They. were grouped. multivariate. into four. distinct phenetic. groups. The. there was. no relation. techniques showed. among sinonymies,. that. in relation to the local names and genetic. identity. The same situation. occured in relation to location. Df collection and phenetic groups. The utilized. botanical. initia1ly. were reduced. and by. descriptors. agronomic 30'l.,. without 10ss. Df. informations. A was. proposed. related. to. intraespecific and gene flow.. model Df. in the. the. evolutionary dynamics. situation maintenance. variability. Df. shifting and. Df cassava cu1tivation,. amp1ification. through mutation,. Df. recombination.

(13) 1. 1.. INTRODUÇllJ. Uma característica bases. importante. da. técnicas. ng(o. e. menos. agricultura autóctone, remontam. ao. perí.odo. instigante. agricultura cujas pré-colonial,. é. a. diversidade intraespecífica das espécies cultivadas. Com como. exceç~o. de. alguns trabalhos. o de HOEHNE (1937), pouca. este aspecto. até o. final. atenç~o. da década. influência do pesquisador Warwick trabalhos chamaram a. atenç~o. clássicos,. científica foi dada a de 70,. quando, sob. a. Estevan Kerr, uma série de. sobre a magnitude da diversidade. manipulada pelas populaçbes indígenas amazônicas (KERR, 1979, KERR & CLEMENT, 1980; POSEY, 1983, 1986; KERR & POSEY, 1984 e CHERNELA,. 1986). Estes. trabalhos. intraespecifica sob a ótica ou indígenas, n~o. do. relaç~o. classificaç~o. quantificando a. identificando a. exceç~o. da. n~o. origem. descrevem. diversidade. dos agricultores. diversidade genética. ou causas. trabalho de CHERNELA (1986) diversidade. a. intraespecífica. cultural de algumas tribos amazônicas.. real e. da diversidade,. com. que detalha aspectos com. a. identidade.

(14) 2. Por outro mais. se. destaca. na. 1 ado,. é. notório que a. agricultura. autóctone. espécie que das. regiefes. tropicais baixas americanas é a mandioca. (Manihot esculenta,. Crantz).. principal. Com. raras. exceç~es. a. é. cultura. alimentícia, sendo cultivada nos mais diversos ecossistemas e Além. invejáveis,. como. uma. disso. características. reune. grande. diversidade intraespecífica.. apresentando. agronômicas. rusticidade, estabilidade e produtividade. Dentro trabalho. deste. os. contexto,. objetivos. deste. s~o:. Identificar. agricultura autóctone no Estado de Coletar descritores. e. áreas. de. através. de. caracterizar. e. S~o. Paulo;. caracterizar. botânico-agronômicos o. germoplasma de. /'1anihot. esculenta, Crantz destas áreas; Avaliar através de técnicas. multivariadas a. real diversidade do germoplasma cultivado; Otimizar o conjunto de descritores botânicoagronômicos inicialmente utilizados; Estabelecer um. modelo. para. o. estudo. da. dinâmica evolutiva de Manihot esculenta Crantz na agricultura autóctone..

(15) 3. 2. REVIS~ DE LITERATURA. 2.1. Agricultura autóctone. 2.1.1. Aspectos gerais. A utilizada para cujas. express~o. diversas:. no Brasil,. denominar a agricultura praticadõ. técnicas. literatura,. "agricultura autóctone" está sendo. remontam agricultura. a. agricultura. agricultura nômade,. autóctone. indígena,. "shifting. pré-colonial.. período. ao. recebe. agricultura. Na. denominaçbes de. cultivation", etc.. coivara,. (MELLATTI,. 1987; SANCHES, 1981). A agricultura autóctone é seguintes etapas: mínimo é. maior. agricultura. que n~o. da. Yegetaç~o,. queima,. preparo. plantio e pousio. O período de pousio sempre. do solo, do. derrubada. caracterizada pelas. é. o. período. exclusivo. de. cultivo.. Este. modelo. de. do Brasil, sendo praticado pelos. aborígenes em todas as regibes tropicais do mundo..

(16) 4. No Brasil a primeira agricultura alem~o. autóctone. Hans. Staden,. tupinambás (HOEHNE,. data de quando. do processo de. descriç~o. 1556,. sendo. estava. de autoria. prisioneiro junto. 1937): "Nos lugares onde querem. do aos. plantar,. cortam primeiramente as árvores e deixam-nas secar durante um a. três. meses. Em. seguida adeitam. fogo. a derrubada. cinzas, entre os troncos meio carbonizados,. e nas. plantam as raizes. de que precisam e que chamam mandioca". Nos trabalho. de. autóctones,. meios cientificos, com. HOEHNE ficou. ( 1937) ,. agricultura. a. esquecida até. exceç~o. o final. do notável nos. moldes. da década. de 70,. quando, sob a influência do pesquisador Warwick Esvetan Kerr, passou. a despertar. agronômica. e. o interesse. etnobiológica.. desse sistema de agricultura,. As principais s~o. restinga,. cerrado, mata. áreas com. cobertura florestal. das áreas. características. as seguintes:. realizada nos mais. É. (POSEY,. de pesquisadores. de várzea, como. diversos ecossistemas: etc., e. apenas em. n~o. alguns autores acreditam. 1989; SANCHES, 1981).. o. corte. da. vegetaç~o. ocorre no. seca e a queima no final da mesma. estaç~o. inicio da (MELLATTI,. 1987) • A derrubada mas executada de. modo tal que. da. vegetaç~o. haja. n~o. é. concentraç~o. orgânica em alguns setores da roça (POSEY,. 1986).. aleatória, da. matéria.

(17) 5. o (1986) observa. processo. da queima. que os Kayapó. é controlado.. controlam a queima. POSEV. evitando o. excesso de calor;. SANCHES (1981) cita que os agricultores da. Amazônia. a. avaliam. qualidade. da. queima. e. com. base. na. fazem previsôes de colheita.. avaliaç~o,. Atualmente,. maioria. a. utiliza ferramentas como machados destes instrumentos,. introduç~o. dos. agricultores. e enxadas. Porém, antes da utilizavam machados de pedra. para derrubar as pequenas áreas, sendo que as árvores maiores eram. derrubadas. semeadura e com. fazendo-se. o arranquio. fogueiras. em. torno. das raizes comestiveis. delas.. A. eram feitos. paus pontudos, denominados "bastôes de cavar". (MELLATTI,. 1987) . Trabalhos com peruana roças. e Kayapó. s~o. na Amazônia. utilizadas por. os indios. Amazônia. Bora na. brasileira demonstram. vários anos e que a. que as. regeneraç~o. da. mata, é de certa forma manejada (DENEVAN et aI., 1984; POSEV, 1986) .. No. caso dos. Kayapó,. o. auge. da. produç~o. se mantém. durante 2 a 3 anos, mas as roças continuam a produzir durante muitos anos: a batata doce durante 5. a 6 anos, a mandioca 4 a 6 anos, o. bananeira 15 a 20 anos, o urucu 40. anos.. Além. da. produç~o. 4. a 5 anos, mam~o. inhame e cará. 5 ou mais anos,. a. 25 anos e o cupá ao longo de remanescente,. utilizadas como atrativos de caça.. as. roças. s~o.

(18) 6. Além. do. manejo. ambiental,. a. agricultura. autóctone apresenta duas outras características fundamentais: a. diversidade. interespec.i.fica. diversidade. a. e. intraespec.i.fica. Dois exemplos, e intraespecífica, da. est~o. da diversidade interespecífica. representados na Tabela 1. Os Tikúna. Colômbia cultivam 19 espécies. representadas por. mais de. e pelo menos. um cultivar,. 10 delas. destacando-se,. s~o. pela. diversidade intraespecífica, a mandioca com 10 cultivares e a banana. com. 9 cultivares.. cultivam 21 espécies e cultivar,. caso. No. todas. s~o. dos Kayapó. do. Brasil,. representadas por mais de um. das quais destacam-se a mandioca e o inhame com 17. cultivares, a batata doce com 16 e a banana com 13.. 2.1.2. Diversidade intraespecífica na agricultura autóctone. Com o diversidade utilizada. objetivo de. intraespecífica a. cultura da. ressaltar os. na agricultura. mandioca. autóctone, será. por vários. objeto deste trabalho; é a espécie que. aspectos da. motivos:. é. o. foi melhor pesquisada. neste aspecto e além disso, com poucas exceçOes, a mandioca é a. principal. (HOEHNE,. espécie. 1934; RIBEIRO,. cultivada 1955;. neste. tipo de. agricultura. KERR & CLEMENT, 1980)..

(19) 7. Tabela 1. Diversidade. interespeclfica e numero de cultivares em duas tri-. bos amazônicas, Tikuna-Colômbia e Kayapõ-Brasil.. N? de cultivares Espécies Tikuna (1) Abacate Abacaxi Abiu Abóbora Algodão Araia Arroz* Banana Batata doce Cacau Caju Cana-de-açúcar Cará Coco da Bahia Cupá Babão Cupuaçú Fava* Feijão Feijão Guandu Fruta pão Goiaba Graviola Inhame Jaca Melancia* Milho Mamão Mandioca Pupunha Tabaco Taioba Urucu. *. Kayapó (2). 2. 4 2 2. 9. 3. 3 8 4 6 6 13 16. 2. 1 2. 4 6. 1 1. 4 1 2. 4 2. 1 4 1 17 1 1 10. 4 8 4 17. 2. 3. 1. Introdução recente. Fonte: (1) KERR & CLEMENT (1980) (2) POSEY (1983). 6.

(20) 8. o. primeiro. a. na. registrar,. literatura,. variabilidade da mandioca foi Gabriel Soares de Souza "Tratado. descritivo do. mandioca,. que. se. Brasil em. diz. "Há uma. 1587":. manipocamirim, e. outra. a. no seu casta de. que. chamam. manaibussú,. que se querem comesta de anno e meio por diante;. e há outras. castas, que. querem comestas. cham:3'o taiaçu e. anno por. de. diante,. manaibarú, que. e duram. esta. debaixo da terra sem apodrecer tres, quatro anos". castas,. que se dizem manaitinga. raizes. "Há outras. se começam a. e parati, que. comer de oito meses por diante, e se. se. passa de anno apodrecem. muito, esta mandioca manaitinga e parati se quer. plantada em. terras fraccas e de arêa". No. próximo. trecho. o. autor. se. refere. a. variedades de aipim ou macaxeira (Nanihot esculenta com baixo teor. de HCN):. "Dá-se n'esta terra outra casta de mandioca, a. que o gentio chama aipins" ... castas, s~o. "D'estes aipins há sete ou oito. mas as que mais se estimam por serem mais saborosas,. uns que chamam gerumús". Gabriel. Soares de Souza. cita seis variedades. de mandioca brava e sete a oito variedades de aipim. Discorre ainda solo,. sobre diversas ciclo. e. uso,. adaptaçt1es o. que. dos. cultivares, quanto. demonstra. o. estágio. desenvolvimento do melhoramento genético pelos indígenas.. a. de.

(21) 9. Como. foi. já. comentado,. intraespecifica na agricultura mais. de quatro. diversidade. a. autóctone ficou esquecida por que. séculos, sendo. ainda. é totalmente. n~o. reconhecida e valorizada em termos de germoplasma.. RIBEIRO espécies cultivadas ocupa 801.. da. mandioca e. nos. (1979). o. faz. autor. um. de 8. 28. mandioca. cultivares. de. ainda,. respeito. da. variedades. s~o. boas. a. nos Palikur, 14 e. 13. das. visita a. nos Galibí, 14. O autor. nos Paumari. palavras. de. um. diversidade para os índios:. para várzea,. nos. cultivares. 40. encontrou. através. importância da. relato. que encontrou em. uma aldeia). Yamamadí, a. outras para. lider "umas. terra firme,. em 5 a 6 meses e outras em um ano". Tabela. Na. cultivares sumária.. constituída. 17 nos Yamamadí, 14. Tikuna (apenas. d~o. das. Urubus Kaapor, a. Nanihot esculenta. amazônicas.. exemplificou. umas. observa que. 1 de macaxeira (aipim).. diversidade de. Desâna,. apenas. pelos índios. área, sendo. KERR. tribos. ( 1955) ,. encontrados Além. demonstra a. de. entre. est~o. os. exemplificar. compreens~o. pelos indígenas.. 2. e a. Desâna a. os. relacionados e. sua. diversidade,. classificaç~o. 40. descriç~o. a. tabela. desta diversidade.

(22) Dl. 02. 03. 04. 05.. mandioca de conori (frutinha do mato) mandioca da fruta-do-conori mandioca de bacaba mandioca gato-branco mandioca de rã. B. Mandiocas brancas: uassôp-dk uassôp-seri-dk nhumú-dk pissana-dk boréri mengã dialã-dk. niirím-dk gaki-dk poá-dk peiudierí-dk piissana-dk bu-dk goli -dk uhu-dk egui-dk né-dk semé-dk hodka-dk duabê-dk caalê-dk ohodire-dk serã-dk a, a, m, a, a,. fv, fv, fv, fr, fv, fr, fr, fr, fv, fv, fv, fv, fv, fv, fv, fv,. p, AP t p, AP p AP. m, p, AP m, t a, t a, p, AP a, p pe, a, t m, t, AP m, p pe, a, t, AP m, t a, p a, t, AP a, t m, t, AP b, P m, t, AP. continua .... 2, 5, 6, 5, 4, 6, 3, 6, 5, 2, 6, 3, 6, 3, 6, 1,. Descrição. e sua descrição encontrada entre os Desâna (KERR & CLE-. A. Mandiocas amarelas: 01. mandioca preta 02. mandioca de macaco 03. samauma 04. ovo de tartaruga 05. mandioca de gato 06. mandioca de tucunaré 07. mandioca de flores 08. mandioca de pacu 09. mandioca de cucura 10. mandioca de muriti 11. mandioca de paca 12. mandioca de milho 13. 14. mandioca abiu 15. mandioca ovo de pacu 16. mandioca de abacaxi. ~~Qul~nta. Desâna. Manihot. Português e língua-geral. Tabela 2. Diversidade de MENT, 1980).. f-J. o.

(23) lingua-geral mengã dialã-dk boo-dk-doréri chopôli-dk mengã-dk unu-dk (veio de Manaus) uti-dk pamõ-dk alG-polã-dk wékó-dk alãnha-dk merê-dk momé gulHa-dêkê pahque-mari lí -dk vara-dk coló-dk pali-dk churimã-dk. Desâna. p, p, t p, p, t t, P a fv, p. a, a, m, a, m, a, m,. AP. AP AP. AP AP. a, AP fb, a b, AP m, t a, p b, p, AP. Descrição. LEGENDA: a = alta; m = altura média; b = baixa; 1 a 6 - indicam a cor da raiz da mandioca em tonalidades de amarelo, desde o amarelo forte quase gema, até o amarelo creme. 1 - fortemente amarelo, meio tema de ovo; 2 - amarelo bem forte; 3 - amarelo forte; 4 - amarelo; 5 amarelado; 6 - creme. AP = alta produção; fb = folha vermelha e flor branca; fr = folha e flor vermelha; fv folha verde e flor creme; pe = pecíolo escuro, quase preto; p precoce (ao redor de 6 meses); t = tardia (1 ano ou mais) dêkê ou dk - mandioca na língua Oesâna.. TOTAL: 40 cultivares. C. Macaxeira - só uma variedade, branca. 22. 23. mandioca dos Maku. 20. 21.. B. Mandiocas brancas (cont.) 06. mandioca rainha de mandivara 07. mandioca de tucunaré branco 08. mandioca da folha de banana 09. mandioca de mandivara 10. mandioca de abacate 11. mandioca baixota 12. mandioca caba 13. mandioca tatu 14. mandioca beiju pequeno 15. mandioca papagaio 16. mandioca de calango 17. mandioca de ingá 18. mandioca estrume de abelha 19. mandioca não-tem-pai. Português e. Tabela 2. Continuação.. f-' f-'.

(24) 12 Se s~o. raros, mais. os trabalhos raros ainda. que descrevem. sgro os que. a diversidade razgro. investigam a. desta diversidade. Segundo KERR & POSEY (1984), entre os Kayapós, é comum. atearem fogo nas. objetivo de comum. roças de. quatro anos. três a. com. preparar o solo para novo plantio. Após o fogo é. algumas sementes. de mandioca. germinarem. Os. Kayapós. denonimaram estas plantas de "purutá katoro" que sgro mantidas ao. na roça,. plantarem o. forem satisfatórias produç~o,. novo mandiocal.. quanto. rusticidade. de cultivares. Com o. Se estas. às características. e c ic lo, sgro. plantas. como. sabor,. incorporadas ao conjunto. mesmo objetivo, algumas índias costumam. trazer sementes de mandioca. plantam às. de roças velhas e as. margens das novas roças. CHERNELA identidade cultural índios que habitam Negro,. com. (1986). a diversidade. a bacia. índios estes. investigou. relaç~o. da. intraespecífica. dos. afluente do. rio. a. do rio Uaupés,. que falam. diversas línguas. da família. Tukâno Oriental. As influenciam exogamia, membros padr~o. viver na pertencer. dinâmica da. segundo a qual de. de. na. características. diferentes. diversidade. o casamento grupos. residência virilocal, aldeia. do. a tribos. marido. a). s~o:. na qual cada. que. regra. de. permitido entre. só é. um. lingüísticos; b). embora. distintas;. família. desta. passa. a. continue. a. a esposa qual. c) geralmente. rígido. as trocas. de.

(25) 13 cultivares. se. entre. d~o. parentes. do. sexo. feminino. que. frequentemente se filiam a tribos diversas. Os Tukâno costumam frequentemente visitar seus parentes. pela bacia do. longas, variando auxilia. seus. observa. os. Uaupés. Essas. de semanas a meses.. parentes no. trabalho. cultivares de. posteriormente à. oferendas. na roça A. e. mudas. do às. em geral. desta forma. mulher seleciona. parentes que a hospedam,. aldeia. distribui. s~o. O agricultor visitante. mandioca.. solicita os cultivares aos os. visitas. marido, outras. onde na. e. levandoforma. mulheres sempre. de que. solicitada. As obrigadas,. pelas. mulheres regras. doadora com os novos uma. que recebem. as. de reciprocidade,. oferendas ficam à. presentear a. cultivares que encontrar, e a. devolver. parte das geraçees futuras caso a colheita da doadora se. perca. O que foi surpreendente nos resultados obtidos por CHERNELA (1986), além da magnitude da diversidade, foi distância. de alguns. locais de. coleta. Na. aldeia. a. 1, tribo. Wanana com 77 habitantes foram encontrados 59 cultivares, dos quais 40 foram introduzidos após 1935, sendo que os locais de origem dos cultivares variavam de 18 a 430 Km de distância da aldeia.. Na aldeia. encontrados 75 após 1945,. 2,. tribo. cultivares. Tukâno com 34 dos quais. habitantes foram. 51 foram. introduzidos. sendo que os locais de origem variavam de 8 a 685. Km da aldeia..

(26) 14 2.2. A mandioca. 2.2.1. O. g~nero. Manihot Dicotyledoneae,. nanihDt, Mill.. esculenta. subclasse. Crantz. pertence a. Archichlamydeae,. ordem. classe Euphor-. biales, tribo Manihoteae e gênero Manihot. O uso do termo. Manihot é anterior a Linnaeus;. Bauhim, em 1651, denominou o cultígeno de Manihot theveti. em. homenagem a Andre Theveti. A primeira monografia sobre o gênero é de POHL ( 1827) in. Plantarum Brasiliae. reconheceu. Icones. et Descriptions. onde. 48 espécies; a segunda é de MUELLER (1866), em de. Candolle Prodromus, reconhecendo 43 espécies. O mesmo MUELLER ( 1874) ,. na. monografia,. Flora. Brasiliensis de. reconheceu. Martius,. 72 espécies.. PAX. numa. (1910),. terceira na quarta. monografia reconheceu 128 espécies colocadas em onze seçOes. Na quinta e mais recente monografia do gênero, ROGERS e. APPAN (1973),. reconheceram 98. na Flora Neotropica. espécies divididas em dezenove seçbes. Atualmente o trabalho de ROGERS & APPAN (1973) é. a referência taxonômica para. ser um de. o gênero, mas. consenso. ALLEM (1989a) reduziu. 14 para 10. espécies, e o. a. mesmo autor. seç~o. está longe de Quinquelobae. em outro trabalho. (1989b), descreveu quatro novas espécies de Manihot endêmicas de micro-regibes brasileiras. Alguns fatos colaboraram para a.

(27) 15 indefiniç~o. taxonômica. conhecimento segundo as. das. do. espécies. refere-se ao pouco. espécies. botânicas. vegetativa, mas. s~o. s~o. gênero: de. o primeiro. Manihot. o. especiaç~o,. quanto. a. o. pois. estrutura. relativamente uniformes quanto aos. florais, o que propicia a. pouco. sul-americanas,. conhecimento da variáveis. é. órg~os. de hipóteses a respeito. formulaç~o. da recente origem do gênero.. o. gênero. Manihot. americano, estendendo-se da. Argentina.. ROGERS. é. nativo. do. do extremo sul dos (1963). e. continente. E.U.A. ao norte. &. ROGERS. APPAN. (1973). reconhecem dois grandes centros de diversidade de espécies, o primeiro Guatemala. abrangendo e o. das áreas. segundo as. secas. regi~s. do. oeste mexicano. à. centro-oeste e. nordeste,. sudeste brasileiras. NASSAR (1978) subdividiu o grande centro brasileiro. em. três,. reconhecendo. quatro. centros. de. diversidade de espécies: sul de Goiás a oeste de Minas Gerais com 38 espécies, sudoeste do México com 19 espécies, nordeste do Brasil com. 18 espécies e. oeste do Mato. Grosso do Sul. e. extremo leste da Bolívia com 6 espécies. Os grupos de espécies Central e com. as. exceç~o. da América do Sul de M.. esculenta. do Norte se encontra da América do Cen tra 1 •. Sul,. est~o. das Américas do Norte e marcadamente separados;. nenhuma das espécies da. América. na América do Sul e somente uma espécie. M.. brachylola, é. encontrada na. América.

(28) 16. Todas as baixas. temperaturas,. espécies do n'ào. sendo. superiores a 2.000 metros; tolerantes às geadas: M.. s~o. encontradas. sensíveis a em. altitudes. somente se conhecem duas espécies. grahami e M. anisophylla.. gera 1 ,. No. gênero. espécies. as. Manihot. de. s~o. encontradas nas diversas unidades. fitogeográficas tropicais,. mas. ecossistemas. s~o. mais. esporádicas dominantes. abundantes. em na. encontradas. sua. distribuiç'ào. vegetaç'ào.. em. em. clareiras. Em. e. nunca. ecossistemas. naturais. secos.. ou. S~o. membros. s~o. florestais. artificiais,. s~o. sendo. consideradas espécies heliófilas e invasoras (ROGERS & APPAN, 1973) .. Todas tipo. de crescimento. as espécies desde. s~o. perenes. arbustos acaules. e. variam seu. a árvores. com. diâmetro de tronco de 30 cm e altura de 10 a 12 m.. o características tuberosas. gênero econômicas. com. acúmulo. esculenta e M.. tristis,. 1'1.. apresenta. importantes, presença. de e. espécies. amido, cujos produç~o. de raízes. expoentes. de látex cujo. duas. com. s'ào. M.. expoente é. glaziovii.. 2.2.2.. Domesticaç~o. o conhecido.. processo da. domesticaç~o. da mandioca é pouco.

(29) 17 É. cultura para baixas. fato notório de que a mandioca é a principal. a maioria. das populaçOes indígenas. americanas. Apesar. dessas regiOes, domesticaç~o. disto, e. talvez devido. as informaçOes arqueológicas. da mandioca LATHRAP. s~o. das terras ao clima. a respeito. da. vagas e indiretas.. (1973). e. (1965). REICHEL-DOLMANTOFF. sugerem que os ancentrais da mandioca foram uma das primeiras plantas utilizadas. como alimento. pelos índios. americanos e. que há evidências de que a farinha de mandioca foi importante no comércio do nordeste da América do Sul entre o segundo e o terceiro. milênio antes. dataram artefatos. de. Cristo. ROUSE. & CRUXENT. para processar mandioca entre. (1963). 3000 e 7000. anos atrás. McQuown citado por HERSHEY & AMAYA (1984a) que a. palavra maia para. indica. está em uso. designar mandioca. há. cerca de 3500 anos. Do quest~o. (1973). da. ponto. domesticaç~o. consideram. encontrada na. que. de vista n~o. é. Hanihot. da. esculenta. aescutifolia. H.. América Central e México. Já. é apenas. Crantz. cultígeno. s~o. H.. M. rubricaulis, todas nativas da Allem~. considera que o cultígeno. e uma gama de populaçOes selvagens aparentadas. s~o. a mesma. C.A. The origin of Manihot esculenta, (Euphorbiaceae). Trabalho em finalizaç~o.. ~ALLEM,. & APPAN. as espécies selvagens. e prováveis ancestrais do pringlei e. clássica a. ROGERS. mais clara.. forma domesticada e que. mais aparentadas. taxonomia. Crantz.

(30) 18. para tanto considera três. espécie botânica,. esculenta subesp.. esculenta,. que compreende todas as. cultivadas; 1'1. esculenta subesp. antigas espécies leste f. f'1.. peruviana. do Peru e oeste que. 1 a be 1 i f o 1 i a. 1'1.. spruce.i,. saxicola,. nativas. f'1.. de. espécies. f'1.. 1'1.. marajoara~. 1'1.. 1'1.. surinamensis;. antigas. tristis.,. orinocensis. e. para floresta. transiç~o. nativas do. esculenta subespécie. 1'1.. as. mel anobasi s., /1.. das áreas. surumuensis,. 1'1.. e. do Brasil, e. 1'1.. formas. peruviana, que compreende as. compreende. digitiformis.. subespécies, 1'1.. amazônica do. Mato Grosso, Goiás, Pará e Venezuela. Do ponto especula que a. domesticaç~o. da mandioca envolveu. hábito de. tamanho. do. tubérculo,. número. de. ramificaçOes,. e. crescimento. habilidade. vegetativa através. de pedaços do caule. gerou. correlacionadas. respostas. caracteres, como,. JENNINGS (1979). de vista evolutivo,. por exemplo: a. seleç~o. para. ereto, menor. para. propagaç~o. (maniva). O processo diversos. em. outros. para plantas menos. seleç~o. ramificadas favoreceu genótipos menos floríferos e a para. vegetativa favoreceu genótipos com acúmulo de. propagaç~o. reserva no caule e gemas caulinares protuberantes. A. respeito. do. cultígeno, os dados da literatura sentido de que compartilham do graus.. isolamento s~o. reprodutivo. do. escassos mas apontam no. o mesmo. e as espécies. mesmo. conjunto gênico,. selvagens de mas. em. l'1anihot. diferentes.

(31) 19. STOREY glaziovii. como. fonte. &. NICHOLS. de. resistªncia. JENNINGS. entre variedades do cultígeno e dichotoma.. denominada Tree esculenta e. /'1.. n~o. espécie. n~o. identificada entre /'1.. dois ou trªs retrocruzamentos para F 1 entre. /'1.. esculenta. e /'1.. mostrou decréscimo na fertilidade. (1978b). cruzou. anomala. /'1. oligantha, /'1. gracillis e cruzamentos. normal dos. cruzamentos. dos híbridos. exceç~o. contrário, o. NASSAR. todos os. relatou. comum.. melanobasis, a fertilidade caia bruscamente no. esculenta. Ao. melanobasis. uma. Cassava. Com. F1' sendo recuperada após /'1.. mosaico. /'1.. as espécies /'1. glaziovii, /'1.,. melanobasis e. /'1.. ao. 1963). (1959,. utilizaram. (1938). /'1. /'1.. esculenta. NASSAR (1979). /'1.. zehntneri, sendo que com. mostraram-se férteis,. cromossomos.. com. pareamento. relatou que sementes. de híbridos entre /'1. esculenta e as espécies /'1. oligantha, /'1. tripartita, /'1. anomala. e. /'1.. reptans apresentaram. germinaç~o. de 12, 5, 4 e 91. respectivamente. Já SILVA cruzamento dos Santa. JARDIM (1984). cultivares Cateto,. Catarina. com. as. obteve sucesso no. Vassourinha. espécies. pseudoglaziovii, /'1. caerulescens e. n~o. /'1.. /'1.. e Branca. glaziovii,. de /'1.. pohlii.. 2.2.3. Citogenética. o primeiro trabalho sobre citologia de /'1anihot esculenta. data. de. 1935,. "Contribuiç~o. para. o. estudo.

(32) 20. cytológico. da. mandioca". trabalho, GRANER (1935) somáticas. de 37. cromossomos,. ainda. Graner.. Neste. clássico. observou mais de duzentas mandioca, onde. variedades de. medindo. aproximadamente. E.A.. de. 1. micra. 2. a. de. metáfases. constatou 36 por. comprimento. 0,3 micra de largura. GRANER (1935) observou. metáfases da. 18 cromossomos. meiótica com. duplos. Apesar do. de Graner,. pioneirismo do trabalho. há mais de 50 anos. atrás, muito pouco se conhece a. da citogenética do. gênero /'1anJ."hot. Das quase. espécies,. 20. apenas. determinado. e em. cromossomos,. tiveram. todas foi. PERRY. o. número. constatada. (1943);. respeito. uma centena de cromossomos. de. a ocorrência. CRUZ (1968);. de 36. (1978a) e. NASSAR. SILVA JARDIM (1984). Quanto sugere o. número. ao. básico. nível x. =. de. para. 9. Reforçando a hipótese de tetraplodia, UMANAH &. Se cromossômico no. os. esculenta. gênero /'1anJ."hot. (1973) e. de s~o. compararam a. posiç~o. do. de dois pares glaziovii.. determinaç~o. raros, mais. do. número. raros ainda. morfologia cromossômica. glaziovii. /'1.. (1968) e. a morfologia cromossômica. UMANAH &. através. características: comprimento total, braços,. MAGOON et aI.. esculenta e /'1.. trabalhos. aqueles com respeito. HARTMAN. gênero. HARTMAN (1973) observaram a presença. de cromossomos satélites em /'1.. s~o. o. (1943). PERRY. ploidia,. centrômero. das. de /'1.. seguintes. comprimento relativo e. número. de. de. cromossomos.

(33) 21. satélite. Com em M. em. do segundo par. exceç~o. de cromossomos-sat que. glaziovii apresentou comprimento total médio de 3,1 os. esculenta 2,2. M.. cariótipos foram. ~. e. considerados. similares.. 2.2.4. Genética. mandioca. A. apresenta várias. caracteristicas. que favorecem a exogamia: monoicia com dicogamia protoginica, macho. esterilidade. (HERSHEY & s~o. AMAYA,. e a. com a. femininas. de. descartar a. abertura. das. flores por. Mas as caracteristicas. 1984b).. suficientes para. ocorrer. visitaç~o. cachos. acima. autogamia, pois. sincrônica de. diferentes. insetos. da. n~o. ela pode. flores masculinas mesma. planta. ou. e de. diferentes cachos de individuas clonados. Desta maneira, cruzamento podem cruzamento. geneticamente estéreis,. autofecundaç~o. ocorrer naturalmente,. é dependente. especificamente. tanto a. da. composiç~o. fatores. de. diferentes,. sincronia. do. como. sendo que a da. popul. número. porcentagem. quanto o. de. taxa de. aç~o,. individuos. de cultivares. florescimento. e. mais. disposiç~o. macho dos. diferentes cultivares no campo. Devido ao comportamento genético alta. heterozigozidade e forte. endogamia, exogâmica.. pode-se KAWANO. depress~o. considerá-la et. aI.. (1978). como. quando. da mandioca, submetida e. preferencialmente. demonstraram. este. fato.

(34) 22 através da perda. autofecundaç~o. de vigor. de. de 54%. médio. onde obtiveram. 192 progênies, para. o caráter. produç1:io. de. raízes. Com caracteres, se. respeito. herança. a. compararmos a. diversos. dos. mandioca a outras. espécies de. importância alimentar, pouco se conhece. (1942). GRANER caracteres, película. largura. suberosa. independentes. dos lobos da raiz.. simples. segundo. entre si.. vassourinha). s~o. estudou. Concluiu. e. de. com lobos. sob lobos. coloraç~o. da. ambos apresentam. que lei. a. Folhas. dominantes. folhas. das. dois. de. herança. a. Mendel. s~o. e. (tipo. estreitos. raízes com. largos e. película marron s1:io dominantes sobre película branca. Segundo HERSHEY & AMAYA (1984b), a coloraç1:io das nervuras das folhas, verde ou roxa,. s~o. A agronômica ESPINOSA. é. planta,. altura. peso. de raízes e. maioria. controlada. (1984). caracteres. também utilizadas como marcadores. dos. por sistemas. encontrou da. caracteres. baixa. primeira. herdabilidade. ramificaç~o,. seca. os caracteres na. correlaç~o. raiz e. índice de resistência. entre pais e. filhos.. diâmetro. os da. de raízes, número. KAWANO (1984). colheita, conteúdo a. para. e média herdabilidade. altura da planta e índice de colheita. que. ACOSTA. poligênicos.. da parte aérea, distribuiç1:io produç1:io de raízes,. importância. de. para. indicou. de matéria. bacteriose apresentam. alta.

(35) 23. 2.3. Análise multivariada. 2.3.1. A análise multivariada no estudo da divergência genética. Vários. multivariados. métodos. ser. podem. aplicados no estudo da divergência genética, citando-se entre eles,. análise. a. de. multivariada e as medidas de. canônicas, análise de variância dissimilaridade. como. e. de. multivariada. se. Euclideana. distâncias. as. variáveis. principais,. componentes. Mahalanobis.. caracterizam populaç~o,. As. técnicas. de. análise. por. considerar. um. grupo. variedade,. etc., em. relaç~o. altura,. produç~o,. linhagem. genético. endogâmica, clones,. qualquer, espécie,. a um conjunto de caracteres como por exemplo palha, etc.. cor da. (MARDIA. et aI., 1973;. CRU Z, 1990). A. análise. distância. Euclideana. residuais,. enquanto. n~o. de. componentes. levam. variáveis. em. conta. canônicas e. principais as a. e. a. correlaçt!es distância de. Mahalanobis levam. MALUF. &. FERREIRA. (1983). divergência genética entre 10 cultivares de base. nas. técnicas. generalizada. de. de. componentes. Mahalanobis,. avaliaram. a. feij~o. vagem, com. principais e. distância. obtendo. resultados obtidos pelas duas técnicas.. concordância. nos.

(36) 24. ( 1990) ,. CRUZ cultivares. de. milho. com. comportamento. de. quantificaç~o. da divergência. distância. avaliou. híbridos.. generalizada. objetivo. o. Houve. de. e de. escores. o. concordância. na. meio. da. tanto por. Mahalanobis,. distâncias Euclideanas médias obtidas padronizadas. predizer. de. grande. genética,. dos. de. divergência. a. quanto. variáveis. a partir de. dois primeiros. pelas. componentes. principais.. Ao diferenças no do. contrário,. (1991). estudo da divergência genética. gênero Laelia. avaliados. RESENDE. (Orchidaceae), com. através. das técnicas. de. autora obteve. distância. concordância. generalizada. de. de 11 espécies 13 caracteres. base em. componentes principais,. variáveis canônicas e distância generalizada A. encontrou. entre. de Mahalanobis.. variáveis canônicas. Mahalanobis,. mas. estas. e. duas. diferiram dos resultados obtidos com componentes principais.. A conta a. utilizaç~o. correlaç~o. da natureza. residual. estudo da. caracteres. que. ou. n~o. em. depende do objetivo do trabalho,. dos caracteres. qualitativos, e da presença no. de técnicas que levam. avaliados, de. repetiç~o.. divergência genética apresentam. se quantitativos. Convém lembrar que. podemos utilizar. distribuiçi3'o. ou. discreta,. vários assim a. variância residual destes caracteres pode ser nula. CRUZ. (1990) ressalta que. dos componentes principais e, obtidas. a. partir. de. dados. o uso. das técnicas. ou das distâncias. Euclideanas,. originais,. em. estudos. sobre.

(37) 25. têm sido mais frequentes. divergência genética, de. acessos. de bancos. indivíduos ou Nestes. que ocorrem. espécies. casos,. geralmente, para. experimentais. germoplasma. de. dispó'e. de. naturais. recursos. de. influências. das. quantificaç~o. a. avaliaç~o. caracterizaç~o. em condiçbes. se. n~o. e. na. n~o. genéticas que atuam sobre os caracteres. Este autor obteve em seu. trabalho. distância. Mahalanobis. de de. correlaç~o. através dos. de 0,9515. correlaç~o. 0,9394 entre. escores. da. e. a. entre as. estimativas da Euclideana. distância. distância. das variáveis. e. Euclideana obtida. canônicas e. componentes. principais. Apesar das correlaçó'es serem de alta magnitude, a matriz de correlaçbes diferente concluiu. identidade. Com. da. que há. Euclideana e aplicaç~es. residuais se mostrou. certa. base. nestes. dados, o. técnicas de. robustez nas. autor. distância. de tal forma. componentes principais,. poder~o. estatisticamente. que suas. proporcionar resultados satisfatórios e de existe. para. alguma. residual entre os caracteres avaliados.. correlaç~o. o melhoramento,. mesmo quando. grande utilidade. 2.3.2. Análise de componentes principais. A. inicialmente. técnica. de. descrita por. componentes. PEARSON. ampliada por HOTELLING (1933,. um. conjunto de. foi. posteriormente. 1936).. Fundamentalmente transformar. (1901) e. principais. p. a. técnica. variáveis. consiste. em.

(38) 26. pertencentes a n individuos um. novo conjunto. de. equivalente. As novas. (populaçbes, genótipo, etc.), em tamanho. variáveis Yl., variáveis. s~o. denominadas. componentes. principais e apresentam as seguintes propriedades: principal é uma. a) cada componente. combinaç~o. linear das variáveis originais; b). s~o. independentes. entre si,. isto é,. n~o. correlacionados; c) componente. s~o. estimados com o propósito de o primeiro. apresenta. (Yl.). variância, Y2. a maior. a segunda. maior e assim sucessivamente. detalhes da. Mais postulados. sua. MARDlA et aI.. encontrados em. s~o. técnica,. descriç~o. e. (1979), KENDAL. (1980) e DUNTEMAN (1984). A utilizada. na. examinar. as. resumir. técnica dos componentes principais pode ser. biologia. com. correlaçÓes. caracteres. entre. finalidades:. a). estudados;. b). um grande conjunto de caracteres em outro menor e de. sentido biológico; c) avaliar a promover. eliminaç~o. a. termos de. variaç~o;. agrupamento. de. indivíduos exames. seguintes. as. visuais. daqueles que. mais alto em. contribuem. d) construir índices. indivíduos;. com o. importância de cada caráter e. permitir. e). grau de. dispers~es. pouco,. em. que possibilitem o o agrupamento. de. similaridade, mediante. gráficas. no. espaço. bi. ou. tridimensional. Mais especificamente no estudo genética, identi f. a. icaç~o. técnica de de. componentes. progenitores. da diversidade. principais para. é útil. cruzamento,. na na.

(39) 27 de. caracterizaç~o. estabelecimento geográfica, na. em. acessos. da. bancos. entre. de. germoplasma,. diversidade. genética. no e. da variabilidade total disponivel em. avaliaç~o. grupos geneticamente relacionados (CRUZ, 1990). HUSSAINI et aI. componentes. (Eleucine. principais,. (1977) através da. agrupou. 640. acessos. técnica de de. milheto. coracana) em 12 grupos com base nos dois primeiros. componentes. principais. que. envolveram. 55,91.. da. tota I. SMITH (1984) com base na freqüência alélica de 21. locus isoenzimáticos, estudou a divergência genética entre. 111 híbridos de milhos. americanos. Na análise de componentes. principais, verificou que 10 hibridos eram idênticos ou muito próximos e que 901.. dos híbridos apresentaram diferenças, mas. na maioria dos casos, essas diferenças. eram devidas a poucos. locas. MALUF. FERREIRA. &. estudaram. (1983). a. divergência genética entre dez cultivares rasteiros de. feij~o. vagem.. que os. três. A análise. de componentes. primeiros componentes. mais de 901.. da. cartesiano. dos. identificaç~o. foram suficientes. variaç~o. observada.. três. primeiros. A. para explicar. distribuiç~o. componentes. no. plano. permitiu. a. de cultivares divergentes. PEREIRA. componentes principais do. principais revelou. (1989). utilizou. no estudo de 280. a. técnica. de. acessos de mandioca. banco de germoplasma de EMBRAPA de Cruz das Almas-BA, com.

(40) 28. o objetivo de maximizar. avaliar a. o número de descritores e. diversidade genética presente no banco. O método de descartes de. variáveis. possibilitou. descritores. A componentes ser. de. dos acessos com. dispers~o. evidenciou que. natureza bastante. proximidade existência. e. a. de. de. a. genótipos. muito. genética parece. e continua,. de. sobreposiç~o. 14. base nos primeiros. a variabilidade ampla. para. 28. e. a estreita. pontos revelou. alguns. semelhantes. entre. si,. a. ou. iguais. análise. Na. adotado. o. descritores. critério. (autovetores). das. componentes que, variaç~o. total. de. partir. a. de componentes aval. (MARDlA et aI.,. descarte de variáveis. Foram em. correlaç~o. utilizando. a. múltipla, análise de. métodos mostraram-se caso. da. análise. padronizados, igual ao 0,70.. retém uma. o número. ponderaç~o. aos. últimos. proporç~o. mínima da. 1973) avaliou vários métodos de testados dois métodos baseados. dois. de. componentes. agrupamento. variáveis. e. quatro. principais. Todos. os. autor ressalta que. no. componentes principais de. de. 1979).. equivalentes. O. de. dos. importância. associadas. definiç~o,. JOLLlFE (1972,. da. iaç~o. coeficientes. dos. variáveis. por. principais tem-se. com. os. descartadas deve. número de componentes, cujo auto-valor é. dados ser. inferior a.

(41) 29. MARDIA variáveis. de. recomenda. (1979). maior coeficiente. o. descarte. nos componentes. de. cujo auto-. valor seja inferior a 0,70. entanto,. No. Departamento. de. Estatística. Prof.. o. Cássio. da ESALQ/USP,. em. Godoi. do. comunicaç~o. pessoal, afirma. n~o. haver regras consistentes para o descarte. de. na. utilizaç~o. da. principais. Assim,. o descarte. deve ser avaliado. variáveis. comparaç~o. da. distribuiç~o. técnica. de. componentes através da. inicial e final dos genótipos..

(42) 30. 3. MATERIAL E MÉTODOS. Identificaç~o. 3.1.. A identificaç~o. de. S~o. das áreas de agricultura autóctone. primeira. das áreas. etapa. deste. trabalho. com agricultura autóctone. foi. a. no Estado. Paulo. No mês de maio de 1990, em viagem preliminar ao. Vale do. Ribeira e Litoral Sul. quatro áreas:. Icapara no. município de Cananéia e. S~o. Paulista, foram identificadas. município de Iguape, Pedro e. Pedrinhas no. Ivaporundava no município. de Eldorado Paulista.. 3.2.. Localizaç~o. Icapara, distrito de. Iguape,. localiza-se. nas. margens do Mar Pequeno ou de Iguape, sendo que o acesso se dá por estrada vicinal que sai de Iguape e margeia o Mar Pequeno no. sentido leste,. urbana de Iguape.. distando. aproximadamente 10. km da. zona.

(43) 31. Pedrinhas distrito de Cananéia, Ilha Comprida às margens se. dá por. Iguape. do Mar Pequeno, sendo que. ou Cananéia.. sentido sul, margeando. localiza-se na. Dista. 33 km. a praia, sendo que a. o acesso. de. Iguape no. vila dista 3 km. no sentido do interior da ilha. Pedro e. s~o. localizados no acesso. se. município de. dá através. da. Eldorado a. Iporanga (44. Do. de desembarque,. ponto. Ivaporunduva sâo. bairros rurais. Eldorado Paulista, sendo estrada. intermunicipal que. km até a travessia do 3. que o. km a. rio Ribeira).. leste fica. Ivapodunduva e 6 km a oeste o bairro de. S~o. liga. bairro de. o. Pedro.. 3.3. Coleta de germoplasma. mês. No. localidades. previamente. caracterizaç~o. geral. junho. de. de. 1990. iden ti f ic adas. do. sistema. com. retornou-se. às. o. objetivo. de. coleta. de. agrícola. e. germoplasma. Em roças. ao. acaso e,. cultivares que considerado. cada. localidade foram. em cada. escolhidas algumas. foram coletadas. roça. o agricultor identificava. Cada. todos os. cultivar foi. como clone e as estacas foram colhidas de uma ou. no máximo duas plantas.. A realizado. por. caracterizaç~o. localidade,. do. pois. sistema as. roças. agrícola. foi. dentro. das.

(44) 32 localidades seguiam seguiu-se. o. o. roteiro. mesmo sistema. (Apêndice. Para. caracterizaç~o,. elaborado. 3). segundo. as. observaçOes preliminares obtidas na viagem de reconhecimento. Para auxiliar na da. camada. caracterizaç~o. arável. de. cada. coletaram-se amostras de solo. roça,. segundo. metodologia. de. amostragem recomendada pelo Instituto Agronômico de Campinas.. 3.4. Ensaio de campo. No início setor. experimental do. de julho. de 1990 foi. Departamento. instalado no. de Genética,. ensaio de. campo com objetivo de caracterizar os cultivares.. o delineamento aç. ClS,0. com. tratamentos,. 32. constituída por. duas plantas.. tratamento número 29, Mantiqueira. O. utilizado foi 3. o de blocos. repetiçel'es. Foi adotado. correspondente ao. número de repetiçbes. e. a. ao. parcela. uma testemunha, o cultivar IAC. e o tamanho. 24-2-. da parcela. foram limitados devido a disponibilidade de estacas. As manivas foram plantadas com aproximadamente 20. cm de. comprimento, em. sulcos de. recobertas por 5 cm de terra. entre linhas e entre plantas. irrigaç~o. durante. a. fase. 10 cm. de profundidade. O espaçamento adotado foi de 1m As práticas culturais foram de. rebrota. e. o. controle. a. de. invasoras. Os. tratamentos 31. pois ocorreram falhas no estande.. e. 32. n~o. foram avaliados.

(45) 33 3.5. Descritores botânico-agronômicos avaliados. Os cultivares. s~o. caracteres. dos. botânico-agronômicos. expressos através. de descritores e a. variaç~o. observada dentro de cada um é conhecida como estado. O conjunto de descritores e estados utilizados basearam-se. nos trabalhos. (1981), com modificaçbes,. LEIT~O. de. FILHO. (1971) e. SILVA. tendo-se priorizado os descritores. que podem ser avaliados no estado juvenil de desenvolvimento, e. descartaram-se. descritores. quantitativos. de. baixa. herdabilidade. O. conjunto. dos. descritores. e. utilizados foram:. Xl.. X2.. X3.. Cor do broto foliar: 1. verde. 2. verde arroxeado. 3. roxo. Cor da folha adulta: 1. roxo. 2. verde claro. 3. verde escuro. Cor do pecíolo de folhas adultas: 1 2. verde. - verde avermelhado. 3. rosa. 4. vinho. 5. roxo. estados.

(46) 34. X4.. X5.. X6.. Cor da base da nervura da folha: 1. verde. 2. vinho. 3. roxo. Morfologia do lóbulo foliar: 1. lanceolada. 2. reta. 3. pandurada. 4. obovada. Sinuosidade do lóbulo foliar: i. -. 2. X7.. X8.. lisa forte. Cor do caule jovem: i. verde. 2. verde escuro com manchas vinho. 3. verde amarelado com manchas vinho. 4. verde amarelado com manchas vermelhas. 5. vinho. 6. roxo. Cor do caule adulto sem a película externa: i. -. verde amarelado. 2 - verde escuro X9.. Número de lóbulos da folha.. XiO. Comprimento do pecíolo. Xli. Comprimento do lóbulo médio X12. Largura do lóbulo médio..

(47) 35 X13. Comprimento do primeiro lóbulo a direita do lóbulo central. X14. Largura do primeiro lóbulo a direita do lóbulo central. X15. Comprimento da folha.. X16. Pediculo a maniva 1. Cord~o. lenhoso que liga a raiz. m~e:. presente. 2 - ausente X17. Cintas -. Indica a presença de constriçôes. ou estrangulamentos ao longo das raízes: 1. presente. 2. ausente. X18. Cor da película externa da raiz: 1. creme. 2. marrom claro. 3. marrom escuro. 4. roxa. X19. Cor da casca da raiz sem a película externa: 1. branc a. 2. creme. 3. amarela. 4. rosa. 5. roxa.

(48) 36. X20. Cor da polpa da raiz: 1. branca. 2. creme. 3. amarela. 4. rosa. 5. roxa.. Para os descritores X9 a X15, média. considerou-se a. de 8 folhas por parcela, sendo 4 folhas amostradas por. planta no estágio de máximo desenvolvimento das folhas.. 3.6. Metodologias estatísticas. Preliminarmente. os. submetidos a. dados foram. análise de variância univariada, com os seguintes a). avaliar a. significância. experimental;. precis~o. comparaç~o. no. b) estimar. planejamento. a. das. oferecer parâmetros para o teste. de médias. Nos. algumas. auxiliar. c). análises multivariadas e d) de. dos tratamentos;. objetivos:. parágrafos. consideraç'bes. seguintes. teóricas. ser~o. apresentadas. sobre. os. métodos. padronizada. do. j. sucinta. estatísticos utilizados.. 3.6.1. Componentes principais. Seja caráter. (y. =. 1,2, . . . p). a. média. avaliado na. i-ésima variedade. -ésimo (i. =.

(49) 37 1,2, ... n) e R a matriz. de covariância entre estes caracteres. (ou matriz de correlaçOes fenotípicas entre os caracteres com base. nos. dados. originais).. A. principais consiste em transformar. que os Y.i.'S. s~o. técnica. de. o conjunto de p. lineares dos. funçtfes. componentes vari~veis. independentes. entre si. As seguintes propriedades. s~o. verificadas:. 1ª) Se Y.i.J, é um componente principal,. outro. é. componente. ent~o. principal,. ent~o. =. p ~bJ2. =. 1. j=l. ou seja, os componentes s~o correlacionados.. 3ª) a. maior. Entre todos os componentes,. variância,. a. segunda. Y.i.~. maior. n~o. apresenta e. assim. sucessivamente. A. metodologia. da. an~lise. dos. principais encontra-se detalhadamente descrita nos. MARDlA et aI.. componentes livros de. (1979), KENDAL (1980) e MORRlSON (1981)..

(50) 38. A utilizada. com. análise. dois. componentes. objetivos:. divergência fenotípica análise. dos. e. utilizou-se. na. auxiliar. seleç~o. média. a. principais. de. no. foi da. estudo. descritores.. estandardizada. Para três. das. repetiçt1es. Para utilizou-se da (cultivares) Ainda,. calculada. no. dispers~o. em. ADAMS. da. dos genótipos. quatro primeiros. WIERSMA. &. foi quantificada pela. fenotípica. divergência. plano cartesiano. aos. relaç~o. conforme. fenotípica. estudo. o. ( 1978) ,. componentes. divergência. a. distância Euclideana média. com base nos escores dos seis primeiros e dos oito. primeiros componentes, e em ambos os casos os genótipos foram agrupados segundo o método de Tocher. A. seleç~o. propriedade de que a principais. dos. descritores. baseada. foi. na. importância ou variância dos componentes. decresce. do primeiro. último componente.. para o. Descartou-se a variável de maior coeficiente do componente de menor. auto. valor.. considerando descartes metodologia. o. n~o. A. novo foi. do. cada descarte conjunto. prefixado. descarte. e. repetia-se. de variáveis. conforme o. o. JOLLIFFE. critério. a. análise. número. de. (1973) •. de. A. dos. descartes encontra-se detalhadamente discutida no item 4.6.. 3.6.2. Distância Euclideana média. A. distância. Euclideana. média. entre. dois.

(51) 39. genótipos estima. a divergência genética ou. fenotípica entre. eles. O cálculo da distância é dado por:. 1. J L. J. j=l. (x~.J. -. x~·.J):;:'. onde: d~~·. =. J. =. distância Euclideana média entre os genótipos i e i ' ; número de descritores.. A distância Euclideana média calculada através dos descritores estandardizados foi utilizada como estimativa da divergência fenética entre os genótipos (cultivares). objetivo de obter método. da. uma síntese dos resultados foi utilizado o. otimizaç~o. ligaçbes médias. n~o. de. Tocher e. hierárquico das. o método. ponderadas. análise. Na. principais. componentes. dos. distância Euclideana média calculada através primeiros. componentes. interpretaç~o. Com. foi. utilizado. a. dos escores dos. como. auxiliar. na. dos resultados.. 3.6.3. Métodos de agrupamento. 3.6.3.1. Método da. o o. agrupamento. relativos. ao. método de de. Tocher. otimizaç~o. imp~e,. indivíduos, que. quadrado da. distância. a. de Tocher. como critério média. Euclideana. grupo seja menor que os valores d:;:' inter grupos.. dos. para. valores. (d:;:'). intra.

(52) 40. o. requer. método. matriz das distâncias, sobre genótipos mais próximo ou d.t..t. ' •. Estes. partir daí. genótipos. obtenç~o. o qual é identificado o. da. par de. o que apresenta o menor valor. seja~. origem. dar~o. é avaliada a. inicialmente a. ao. primeiro grupo.. possibilidade de. A. de novos. inclus~o. genótipos, adotando-se o critério anteriormente citado (CRUZ, 1987) .. Ao. contrário. dos. métodos. hierárquicos,. o. método de Tocher forma grupos independentes entre si.. 3.6.3.2. Método hierárquico U.P.G.M.A.. métodos. Os caracterizam-se pares. pelas seguintes etapas:. OTU's. de. hierárquicos. (unidades. reciprocamente. mais. agrupamentos;. b). substituiç~o. um. novo. por. seguintes. anteriores; c) os novos. que. determinaç~o. destes. da. v~o. sendo. nas. etapas. uni~o. dos. formados em. isolados naquela todos os OTU's. processo ocorre quando. estiverem reunidos em um só. primeiros. de semelhança entre. restantes que permanecem. d) o final do. os. OTU's. elemento resultante. que. dos. operacionais). formar~o. cálculo dos coeficientes. e os. a). taxonômicas. elementos (agrupamentos. cada etapa) etapa;. similares. agrupamento. de. grupo, com posterior. emiss~o. do. fenograma. Os hierárquicos. diferentes. métodos. de. agrupamentos. diferem entre si de acordo com o coeficiente de. semelhança usado. Com. o objetivo de evitar. extremos como os.

(53) 41. métodos do vizinho mais. próximo (SLM) e o método. do vizinho. mais distante (CLM), optou-se pelo método das ligaçOes médias n~o. (SNEATH & SOKAL, 1973; CURI, 1983).. ponderadas (UPGMA) A. distância entre. dois. agrupamentos J. e. k,. pelo método UPGMA é dada por. 1. onde:. nJ! número de OTU's do agrupamento J; nk ! número de OTU's do agrupamento k; d cJ • k ) = distância entre OTU's do agrupamento J e k.. Portanto, semelhança é dado pela. pelo método UPGMA, o coeficiente de média aritmética das distâncias entre. as OTU's dos diferentes agrupamentos. 3.6.4. Programas para microcomputador linha IBM/PC utilizados. a). Matemática. e. o. SISMUL. programa. Estatística da. do. ESALQ-USP. Departamento. foi utilizado. de para. análise dos componentes principais. b) O. programa GENES II do. prof. Cosme. da Cruz da Universidade Federal de Viçosa foi o. cálculo da distância Euclideana média. Dami~o. utilizado para. e o agrupamento dos. genótipos pelo método de Tocher. c) O programa Viçosa foi. utilizado para. método das ligaçôes médias. SAEG da Universidade Federal de agrupar. n~o. os genótipos. ponderadas (UPGMA).. segundo. o.

(54) 42. 4. RESULTADOS E. 4.1.. DISCUSS~. Caracterizaç~. 4.1.1.. dos sistemas agrícolas. Caracterizaç~. do sistema de agricultura. caiçara. As localidades de da primeira estar. situada na. Pedrinhas e. Ilha Comprida e. Iguape, guardam muitas semelhanças entre às. margens do Mar Pequeno. mesma. populaç~o,. semelhantes.. os. Assim,. ou de Iguape,. caiçaras n~o. por. Icapara, apesar em. si. Ambas situam-se s~o. e apresentam acaso, o. a segunda. habitadas pela solo. e. clima. sistema agrícola. de. ambas as localidades é muito semelhante.. O clima da. regi~o,. tipo Cfa,. definido. K6ppen, é. do. úmido, sem. estaç~o. seca, com. mm,. evapotranspiraç~o. de. 1033 mm e. conforme a. classificaç~o. de. quente. e. como tropical,. precipitaç~o. anual média de 2069. potencial de 1036 mm, excedente hídrico. deficiência hídrica nula;. anual é de 21,4°C (LEPSCH et aI., 1990).. a temperatura média.

(55) 43. o solo. solo é uma. associaç~o. fase. Tiomórfico indiscriminado,. campo higrófilo. A (SAKAI. horizonte. roças revelou baixos de muito. ambos. fósforo;. floresta higrófila. de restinga com textura. et aI.,. que os. Podzol Hidromórfico,. 1983).. mesmos. arenosa no. análise de. pobres,. s~o. a alto. médios. A. solos das. com teores. de matéria. e. muito pH. orgânica;. baixo; baixos teores de potássio, cálcio e magnésio; e. muito baixos a baixos de A agricultura. de. de bases (Apêndice 4).. saturaç~o. economia caiçara subsistência,. é baseada. na pesca. principalmente. e na. cultura da. a. mandioca. Convém observar que na cultura caiçara mandioca é a t1anihot. esculenta. com alto. teor. principal é o preparo da farinha;. de. HCN, cuja. finalidade. aipim é a t1anihot esculenta. com baixo teor de HCN, cuja finalidade é o consumo cozido. A. agricultura. restinga, sendo. que o. com. vegetaç~o.. o corte. da. realizada. é. em. áreas. ciclo agrícola inicia-se Após a. secagem. de. no inverno,. e imediatamente. antes do preparo do solo, faz-se a queima.. O. preparo do solo é muito característico; com. a enxada levantam-se montículos de terra por todo tipos. de leiras com formato. drenagem, pois os solos. s~o. o terreno,. circular. As leiras favorecem a muito úmidos, além de facilitar a. colheita. O. precedido. pela. manivas. Estas. plantio poda s~o. das. ocorre de roças. cortadas de. julho. antigas. a. novembro e. é. que. fornecem. as. modo que tenham. de 4. a. 5.

(56) 44 gemas.. A. ficando cada A. maniva é. plantadas 6 a 9. s~o. distribuiç~o. da leira. fora da. terra. Em. manivas de vários cultivares.. dos cultivares na roça é totalmente aleatória,. apenas separam-se leiras de consorciavam. ao centro. (aproximadamente 1/4). uma parte. leira. enfiada em. com. feij~o. mandioca e de aipim. Antigamente. e o milho, mas hoje plantam apenas a. mandioca e o aipim. Como invasoras e. a. trato. poda. As. arrancadas com as. m~o. cultural. invasoras. faz-se. s~o. na. controle. maioria das. eventualmente. no. vezes. a samambaia. A poda com. inverno,. o. de. vezes é. e jogadas nas leiras. Algumas. feita a capina. A principal invasora é realizada. o. objetivo. é. de. proporcionar manivas para novos plantios. A colheita ano. partir de um. da mandioca começa a. e meio após o plantio e do. aipim após um ano. Ambas. s~o. colhidas o ano inteiro de acordo com as necessidades. No geral após um ciclo abandonado,. sendo. que o. manejo tradicional, o que. tempo. de plantio o terreno é. de pousio. varia. 15 anos,. período era superior a. a tendência recente é. a. diminuiç~o. muito. No sendo. paulatina do tempo de. pousio, devido a indisponibilidade de terras. Há. uma. agricultura caiçara. Os pela. roçadura,. mandioca do campo. nítida. homens, geralmente,. queima, para a. responsáveis pelo plantio,. preparo. do solo. casa de farinha;. tarefas. de. divis~o. s~o. e. na. responsáveis. transporte as mulheres. tratos culturais e colheita.. da s~o.

(57) 45. 4.1.2.. do sistema de agricultura. Caracterizaç~. das comunidades negras. Ivaporunduva negras,. descendentes. localiza-se na. e. de. Pedro. S~o. antigos. s~o. comunidades. quilombos,. a. primeira. margem do rio Ribeira, a segunda em um vale a. poucos quilômetros do rio. Entretanto,. economicamente,. est~o. em processos distintos. Em Ivaporunduva a agricultura está. sendo. substituída. pela. agricultura. propriedade da terra é familiar. basicamente. de. subsistência. coletiva, embora. Ivaporunduva,. agricultura de banana,. a. Kbppen,. é. úmido, sem. descriç~o. terra. é. do. sistema. clima da. regi~o. seca com. mm,. evapotranspiraç~o. mm. e deficiência. refere-se. Pedro.. conforme a. "Cfa" , definido. de. classificaç~o. como tropical. precipitaç~o. quente e. anual média de 1877. potencial de 1004 mm, excedente de. hídrica nula;. da. comercial. de agricultura. S~o. da. substituiç~o. pela agricultura. localidade de. do tipo estaç~o. da. do sistema agrícola. crescente. pela. subsistência. O. a propriedade. e. a. e. Pedro a agricultura é. descaracterizaç~o. gerada. fundamentalmente a. S~o. comercial. legalizada.. n~o. Devido a de. Em. de subsistência. temperatura média. 873. anual de. 21,0°C (LEPSCH et aI., 1990). N~o. há levantamento. pedológico na. análise de fertilidade do solo na camada de. °. regi~o.. A. a 20 em na roça.

(58) 46. de. S~o. Pedro. matéria cálcio. revelou baixo. muito baixo;. orgânica; pH e. magnésio;. teor de. de. indicando solo com baixa fertilidade. bases. teor de. alto. baixo teor. saturaçâ:'o. e. fósforo;. de potássio, muito. baixa,. (Apêndice 4), o que. no. entanto contrasta com o vigor das plantas no campo.. o. relevo da. regi~o. é. ondulado, sendo. agricultura é realizada em área de encosta. A seu uso.. no relevo determina. plantam várias frutíferas além. do café. O que. cultivares mais. fértil,. agrícola. alta encosta. sendo que a. torno das. casas, banana;. pela diversidade de. atenç~o. baixa encosta,. cana-de-açúcar e. terreno. mandioca. A. da roça. terreno agrícola. plantam mandioca consorciada com arroz, feijâ:'o,. milho, abacaxi, encosta,. posiç~o. como citrus, jaboticaba e. mais chama. banana. Na. a. é. No vale, em. que a. vegetaç~o. é. cará de espinho.. mais n~o. pobre,. apenas. plantam. utilizada. é. Na média a. para agricultura,. mantida com o objetivo de proteger as. roças situadas encosta abaixo. A principal semelhantemente. cultura é a. aos caiçaras,. mandioca, sendo que,. o termo mandioca. é. pelo negros para cultivares cujo destino é apenas O termo aipim é. utilizado para as cultivares cujo. farinha ou consumo cozida. O principal destino do aipim é. a. fabricaç~o. utilizado a farinha. destino é. da mandioca e. da farinha.. O ciclo agrícola começa no inverno com o corte da. vegetaç~o,. sendo que as áreas escolhidas para o corte sâ:'o. as que apresentam. capoeira alta.. Após a secagem. é feita. a.

(59) 47. queima. A queima. n~o. tronco, galhos e. total, pois persiste na roça restos de. é. uma abundante. protegem. serrapilheira, que. muito bem o solo, pois apesar do relevo ondulado e da elevada precipitaç~o. na. regi~o,. o cova com o. preparo do. dezembro, nas as. solo é. manivas. plantio. nas roças.. mínimo, apenas. covas s~o. s~o. da mandioca é plantadas 2. do solo. As manivas. realizado. abrem a. s~o. distribuiç~o. de julho a. a 3 manivas de. enfiadas inclinadamente. morro abaixo de modo que uma parte. velhas. A. eros~o. enchad~o.. o. cm,. há sinais de. n~o. 15 a 20. no solo, sentido. da estaca fique para fora. obtidas através da poda de roças mais das variedades no. tanto dentro das covas como entre covas.. campo é aleatória, Como trato cultural. realizam a capina. A. colheita começa. sendo realizada em roças. s~o. após. ano do. um. plantio,. necessidades. As. etapas de acordo com as. utilizadas por 2 a 3 anos. Após. um. ciclo. de. plantio. o. terreno. é. abandonado, sendo que o tempo de pousio é o necessário para a capoeira se recompor,. o. corte. levando em média 6 anos. da. vegetaç~o. atividade masculina, o plantio, é tarefa masculina e feminina.. e o. preparo do solo. é. tratos culturais e a colheita.

Referências

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