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Análise de custos e gestão de preços de uma distribuidora de bebidas

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Academic year: 2021

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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS,

ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

LUANA FRANK BRUXEL

ANÁLISE DE CUSTOS E GESTÃO DE PREÇOS DE UMA

DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS

(Trabalho de Conclusão de Curso)

IJUI (RS)

2014

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LUANA FRANK BRUXEL

ANÁLISE DE CUSTOS E GESTÃO DE PREÇOS DE UMA

DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Ciências Contábeis do Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação (DACEC) da UNIJUI, como requisito parcial para obtenção do titulo de Bacharel em Ciências Contábeis.

Profª Orientadora: EUSÉLIA PAVEGLIO VIEIRA

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente quero agradecer a Deus, pela vida, por me guiar pelo caminho certo, por essa oportunidade que me foi dada e pela força e determinação para poder cumprir essa jornada.

Aos meus pais, Cézar e Mirna, pelo apoio incondicional, pela confiança, por acreditarem que eu seria capaz de conquistar essa vitória, pelo amor, dedicação e compreensão. Meu muito obrigada!

A minha irmã, Daiana, pela ajuda, apoio e carinho que foram fundamentais nessa trajetória.

Aos meus amigos e colegas que me ajudaram e estiveram ao meu lado nessa caminhada, pelo incentivo, amizade, dedicação e paciência. Sem a ajuda deles não seria possível chegar até aqui.

À minha orientadora, professora Eusélia Vieira, pelo apoio, dedicação, incentivo e preocupação, não somente durante a realização desse trabalho, mas durante todo o período que percorri nesse curso.

A todos os professores do Curso de Ciência Contábeis pela forma que contribuíram para a minha formação, pelos conselhos, pela palavra amiga em todos os momentos necessários. Muito Obrigada!

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RESUMO

Na medida em que as empresas buscam um nível de excelência cada vez maior, a contabilidade de custos aparece nesse cenário como uma importante fonte geradora de informações indispensáveis para a tomada de decisão. O estudo aborda a análise de custos e a formação do preço de venda de uma amostra dos produtos revendidos por uma distribuidora de bebidas, tendo por base todas as despesas que a empresa possui e demais informações necessárias para a sua realização, as quais foram repassadas pelo Contador responsável. A pesquisa se classifica como aplicada, descritiva e qualitativa, utilizando-se da entrevista não estruturada para a coleta de dados. Com base nestes, foram elaborados cálculos e planilhas para a geração das informações que foram utilizados para realizar a apuração do mark-up e o preço de venda orientativo e mínimo, bem como, a análise do preço de venda atualmente praticado. Apurou-se a margem de contribuição unitária e total de cada produto, como também a verificação do ponto de equilíbrio e margem de segurança operacional dos mesmos. Com essas informações, realizou-se a apuração do resultado gerado pela empresa no período em questão. Conclui-se que todos os produtos apresentaram margens positivas e que a empresa esta conseguindo obter resultados positivos, os quais estão sistematizados em informações e repassados aos gestores da mesma.

PALAVRAS CHAVE: Custos. Formação de preços. Atividade comercial. Margem

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Produtos vendidos e seus fornecedores ... 34

Quadro 2 - Custo de aquisição das mercadorias ... 36

Quadro 3 - Custo com depreciação dos bens ... 37

Quadro 4 - Despesas mensais ... 38

Quadro 5 - Mark-up para preço de venda orientativo ... 40

Quadro 6 - Mark-up para preço de venda mínimo ... 41

Quadro 7 - Análise comparativa do preço de venda orientativo com o preço de venda praticado ... 42

Quadro 8 - Análise comparativa entre preço de venda mínimo e preço de venda praticado . 44 Quadro 9 - Apuração da margem de contribuição unitária pelo preço de venda praticado ... 46

Quadro 10 - Apuração da margem de contribuição unitária pelo preço de venda orientativo . 47 Quadro 11 - Apuração da margem de contribuição total mensal pelo preço de venda praticado ... 49

Quadro 12 - Margem de contribuição total pelo preço de venda praticado ... 50

Quadro 13 - Margem de contribuição total pelo preço de venda orientativo ... 51

Quadro 14 - Apuração do ponto de equilíbrio pelo preço de venda orientativo ... 52

Quadro 15 - Ponto de equilíbrio pelo preço de venda orientativo ... 53

Quadro 16 - Ponto de equilíbrio pelo preço de venda praticado ... 54

Quadro 17 - Comparativo do ponto de equilíbrio pelo preço orientativo e praticado ... 56

Quadro 18 - Apuração da margem de segurança operacional pelo preço de venda orientativo ... 57

Quadro 19 - Margem de segurança operacional pelo preço de venda orientativo ... 58

Quadro 20 - Margem de segurança operacional pelo preço de venda praticado ... 59

Quadro 21 - Giro dos estoques ... 61

Quadro 22 - Apuração do resultado do período pelo preço de venda praticado ... 62

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Comparativo dos preços de venda ... 45 Gráfico 2 - Comparativo da margem de contribuição unitária pelo preço de venda praticado e orientativo ... 48 Gráfico 3 - Comparativo ponto de equilíbrio pelo preço de venda orientativo e praticado ... 55 Gráfico 4 – Comparativo da margem de segurança operacional pelo preço orientativo e praticado ... 60

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 09

1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 11

1.1 ÁREA DO ESTUDO A SER CONTEMPLADA ... 11

1.2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ... 11 1.3 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ... 12 1.4 OBJETIVOS ... 12 1.4.1 Objetivo geral ... 12 1.4.2 Objetivos específicos ... 12 1.5 JUSTIFICATIVA ... 13 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 14

2.1 CONCEITO DE CONTABILIDADE, FINALIDADE E CAMPOS DE ATUAÇÃO ... 14

2.2 CONTABILIDADE DE CUSTOS ... 15

2.3 GESTÃO DE CUSTOS ... 16

2.4 CUSTOS NA ATIVIDADE COMERCIAL ... 17

2.4.1 Custo de aquisição ... 17

2.4.2 Despesas relativas à venda de mercadorias ... 18

2.4.3 Componentes fixos dos custos no comércio ... 20

2.5 TERMINOLOGIA APLICADAS A CONTABILIDADE DE CUSTOS ... 20

2.6 CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS ... 21

2.7 SISTEMAS DE CUSTEIO ... 22

2.7.1 Método de custeio por absorção ... 22

2.7.2 Método de custeio variável ... 23

2.8 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA ... 23

2.8.1 Formação do Mark-up ... 24

2.8.2 Ponto de equilíbrio ... 24

2.8.3 Margem de contribuição ... 26

2.8.4 Margem de segurança operacional ... 26

3 METODOLOGIA ... 28

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ... 28

3.1.1 Do ponto de vista de sua natureza ... 28

3.1.2 Do ponto de vista de seus objetivos... 28

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3.1.4 Do ponto de vista dos procedimentos técnicos ... 29

3.2 COLETA DE DADOS ... 30

3.2.1 Instrumentos de coleta de dados ... 30

3.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ... 31

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ... 32

4.1 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES, DOS PROCESSOS DE COMPRA E COMERCIALIZAÇÃO DAS MERCADORIAS ... 32

4.2 APURAÇÃO DOS CUSTOS DE AQUISIÇÃO DAS MERCADORIAS ... 35

4.3 LEVANTAMENTO DAS DESPESAS MENSAIS ... 37

4.3.1 Custos patrimoniais ... 37

4.3.2 Despesas mensais ... 38

4.4 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA ... 39

4.4.1 Cálculo do mark-up ... 39

4.5 ANÁLISE COMPARATIVA DO PREÇO DE VENDA ORIENTATIVO, MÍNIMO E PRATICADO ... 42

4.6 APURAÇÃO DA MARGEM DE CONTRINUIÇÃO, PONTO DE EQUILIBRIO, MARGEM DE SEGURANÇA OPERACIONAL E GIRO DOS ESTOQUES ... 45

4.6.1 Margem de contribuição ... 46

4.6.2 Ponto de equilíbrio ... 52

4.6.3 Margem de segurança operacional ... 56

4.6.4 Giro dos estoques ... 60

4.7 APURAÇÃO DO RESULTADO ... 62

CONCLUSÃO ... 64

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INTRODUÇÃO

A crescente mudança no ambiente onde as empresas estão inseridas faz com que a competitividade entre elas aumente e obrigue os gestores a buscar diferentes ferramentas que os auxiliem na tomada de importantes decisões. Neste sentido, a Contabilidade de Custos aparece para subsidiar o processo de produção de informações, se destacando como um importante ramo da contabilidade.

A contabilidade de custos é uma excelente fonte de informações para a apuração e análise dos custos da empresa e a correta fixação do preço de venda de seus produtos. Mas para a geração de relatórios que propiciem a correta informação sobre os custos da empresa, faz-se necessário um amplo conhecimento sobre as atividades da empresa e a composição de seus gastos.

O presente Trabalho de Conclusão de Curso teve como objetivo resgatar conceitos sobre a contabilidade de custos e a formação do preço de venda, para aplica-los a uma distribuidora de bebidas.

Neste sentido, o primeiro capítulo apresenta a sua contextualização, relatando a área de estudo abordada, uma breve caracterização da empresa onde realizou-se o estudo de caso, a definição do problema, dos objetivos que foram alcançados e da sua justificativa.

O segundo capítulo trata sobre a revisão bibliográfica, onde se buscou o embasamento teórico acerca da contabilidade de custos e seus conceitos, a definição dos métodos de custeio, os custos na atividade comercial, a formação do preço de venda, margem de contribuição, ponto de equilíbrio e margem de segurança operacional.

Posteriormente, no terceiro capítulo é relatada a metodologia de pesquisa a qual foi aplicado neste estudo, sendo uma pesquisa aplicada, descritiva e qualitativa, utilizando-se da entrevista não estruturada para a coleta dos dados, além da observação individual, não participante e na vida real.

No quarto capítulo apresenta-se o estudo aplicado. Nesse capítulo encontra-se descrito as atividades da empresa, seu processo de compra e venda das mercadorias, as principais mercadorias vendidas e seus fornecedores. Realizou-se um levantamento das despesas mensais da empresa, custos de aquisição e custos patrimoniais, sendo que através desses dados foi possível elaborar o presente trabalho que buscou a confecção de um sistema de custos, com a apuração de um preço orientativo para os produtos vendidos pela empresa. Após, foram feitas análises comparativas do preço orientativo com o preço atualmente

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praticado, calculando-se o ponto de equilíbrio, margem de segurança operacional, apuração do resultado e rotatividade dos estoques.

Por fim, o relatório apresenta as conclusões e considerações ao que foi constatado no decorrer do estudo, bem como as referências consultadas.

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1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

Neste capítulo consta a descrição do estudo realizado, desde sua definição de tema, definição do problema, dos objetivos e da justificativa do mesmo.

1.1 ÁREA DO ESTUDO A SER CONTEMPLADA

A Contabilidade é uma Ciência Social que tem por objetivo o estudo do patrimônio de uma entidade e suas variações. Umas das áreas de atuação de um profissional da contabilidade é a Contabilidade de Custos, que tem por objetivo gerar informações sobre os gastos que a empresa possui para a elaboração de seus produtos e serviços, transformando esses dados em informações para a tomada de decisões. Neste contexto, o tema escolhido para a elaboração deste estudo é a analise de custos e a gestão de formação de preço de uma distribuidora de bebidas.

1.2 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

A empresa em que este estudo foi aplicado é uma distribuidora de bebidas há mais de 10 anos no mercado e com uma área de atuação em sete municípios. Esta empresa é localizada no município de Augusto Pestana e possui clientes na cidade onde está localizada, como nas cidades vizinhas. Ela é constituída por um único proprietário, que realiza as atividades administrativas com o auxilio de um colaborador; e mais três funcionários que desempenham as funções de vendedores e entregadores. A principal atividade da empresa é a revenda de bebidas.

A gestão da empresa é feita pelo proprietário e de maneira manual, não possuindo muitos controles de análise de seu negocio. Não faz uso de cálculos de apuração de custos como também de despesas fixas para a apuração do preço de venda dos produtos. Trata-se de uma empresa enquadrada no lucro real, por decisão do proprietário e do Contador que verificaram que está seria a melhor opção. Tem como seus principais clientes bares, restaurantes e mercados da região que atua.

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1.3 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

No mundo globalizado de hoje, ferramentas que agilizam a tomada de decisões nas empresas são cada vez mais importantes e necessárias. Nesse contexto, se insere a contabilidade de custos, cujo objetivo é gerar informações de controle interno sobre os gastos que uma empresa precisa ter para produzir seus produtos e disponibiliza-los no mercado.

A contabilidade de custos aplicada a atividade comercial contribui na “correta formação de preços de venda, que é uma questão fundamental para a sobrevivência e crescimento das empresas” (WERNKE, 2008, p.126).

A contabilidade de custos aplicada em uma distribuidora de bebidas pode contribuir para uma análise dos custos que a empresa possui para a aquisição da mercadoria e sua revenda, e a formação do preço de venda que supra as necessidades da mesma.

Neste sentido, a empresa estudada busca implantar indicadores que a auxiliem na verificação de seus custos, e que consequentemente, ajudem-na na formação dos preços de suas mercadorias de acordo com sua realidade e com a realidade do mercado a qual ela está inserida.

Neste contexto, questiona-se: Qual a contribuição da análise de custos e seus reflexos na gestão de preços em uma distribuidora de bebidas, que instrumentalizem a gestão da empresa?

1.4 OBJETIVOS

Neste item, é descrito os objetivos com este estudo. Os objetivos se dividem em objetivo geral e objetivos específicos.

1.4.1 Objetivo geral

Analisar o sistema de custos e avaliar os reflexos na formação de preços e de resultados, identificando as informações para a gestão da empresa.

1.4.2 Objetivos específicos

- Revisar a literatura referente a contabilidade de custos, métodos de custeio e analise de custo, volume e resultado;

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- Apurar o custo de compra do produto;

- Levantar as despesas mensais da distribuidora;

- Avaliar a formação de preço atual e comparar com os preços de mercado e o calculado pelo sistema proposto;

- Analisar os indicadores de custo, volume e resultado para contribuir com a gestão da empresa.

1.5 JUSTIFICATIVA

A escolha desse tema deu-se na medida em que a contabilidade de custos é uma importante ferramenta de gestão nas empresas, pois auxilia diretamente na busca dos resultados almejados pelas mesmas.

Para a empresa, este trabalho pode auxiliar na apuração e análise de seus custos de aquisição e revenda das suas mercadorias, qualificando assim a gestão de preços de acordo com a realidade de mercado a qual ela se encontra inserida.

Este estudo foi uma forma de aprofundar os conhecimentos na área de gestão de custos e formação de preços, sendo uma oportunidade de colocar em pratica o conhecimento construído e de agregar novos conhecimentos para a vida profissional.

Para a UNIJUI e o Curso de Ciências Contábeis, este estudo pode ser utilizado por outros estudantes que tiverem interesse pelo assunto.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Neste capítulo é abordado as definições de Contabilidade e seus campos de atuação, Contabilidade de Custos e os seus objetivos, sistemas de custeio, custos na atividade comercial, despesas relativas à venda de mercadorias, classificação dos custos e formação do preço de venda.

A revisão bibliográfica deste estudo foi elaborada através de livros de diversos autores sobre os assuntos aqui tratados, de artigos, revistas, pronunciamentos técnicos e de informações disponíveis na internet, com o objetivo de aprofundar os conhecimentos para o desenvolvimento do estudo realizado.

2.1 CONCEITO DE CONTABILIDADE, FINALIDADE E CAMPOS DE ATUAÇÃO

A Contabilidade é um a ciência social que tem por objetivo o estudo do patrimônio de uma entidade, analisando seus aspectos qualitativos e quantitativos, e registrando seus fatos e atos econômico-financeiros que afetam a empresa. Assim definida:

Entendemos que Contabilidade, como conjunto ordenado de conhecimentos, leis, princípios e métodos de evidenciação próprios, é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo (monetário) e qualitativo (físico) e que, como conjunto de normas, preceitos e regras gerais, se constitui na técnica de coletar, catalogar e registrar os fatos que nele ocorrem, bem como de acumular, resumir e revelar informações de suas variações e situação, especialmente de natureza econômica-financeira, (BASSO, 2005, p.22).

Ainda de acordo com Basso (2005) a contabilidade, como núcleo central de controle patrimonial, tem o objetivo de registrar os fatos que nele acontecem, e emitir relatórios permitindo aos usuários das informações contábeis comparar previsões e orçamentos com a realidade da entidade.

A contabilidade é um dos principais sistemas de controle e informação das empresas. Com a análise do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício, é possível verificar a situação da empresa, sob os mais diversos enfoques, tais como análises de estrutura, de evolução, de solvência, de garantia de capitais próprios e de terceiros, de retorno de investimentos etc, (CREPALDI, 2002, p.20).

Como a contabilidade tem o patrimônio de uma entidade como seu objeto de estudo, pode-se afirmar que o campo de atuação da contabilidade é o mais amplo possível, pois onde existir um patrimônio existe a necessidade de um órgão administrativo.

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Os principais campos de aplicação da contabilidade podem ser assim classificados nos seguintes ramos:

- Contabilidade Comercial; - Contabilidade Industrial; - Contabilidade Pública; - Contabilidade Bancária;

- Contabilidade Rural (Agrícola ou Agropecuária); - Contabilidade de Cooperativas;

- Contabilidade de Seguradoras; - Contabilidade de Fundações; - Contabilidade de Construtoras; - Contabilidade Hospitalar e

- Contabilidade de Condomínios, entre outros, (BASSO, 2005, p.27).

O presente estudo é classificado em contabilidade comercial, pois estudou a gestão de custos e a política de formação de preço de venda de uma distribuidora de bebidas.

2.2 CONTABILIDADE DE CUSTOS

A contabilidade de custos é o ramo da contabilidade que se destina a produzir informações para os mais diversos níveis gerenciais de uma entidade, auxiliando na determinação de desempenho, de planejamento e de controle das operações e nas tomadas de decisões, tornando possível a alocação criteriosa dos custos de produção ao produto.

Conforme Leone (1997), a contabilidade de custos coleta, classifica e registra os dados operacionais das diversas atividades da empresa, denominados de dados internos e externos. Esses dados podem ser tanto físico como monetários, é nesse ponto que a contabilidade de custos encontra uma grande potencialidade que é a de produzir indicadores gerenciais com grande poder informativo.

A Contabilidade de Custos tem duas funções relevantes: no auxilio ao Controle e na ajuda às tomadas de decisões. No que diz respeito ao Controle, sua mais importante missão é fornecer dados para o estabelecimento de padrões, orçamentos e outras formas de previsão e, num estágio imediatamente seguinte, acompanhar o

efetivamente acontecido para comparação com os valores anteriormente definidos. No que tange à Decisão, seu papel reveste-se de suma importância, pois consiste na alimentação de informações sobre valores relevantes que dizem respeito às

consequências de curto e longo prazo sobre medidas de corte de produtos, fixação de preços de venda, opção de compra ou fabricação etc, (MARTINS, 2001, p.22).

Segundo Leone (1997, p.20): “outra particularidade da Contabilidade de custos é que ela trabalha dados operacionais de vários tipos: os dados podem ser históricos, estimados (futuros), padronizados e produzidos”.

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Quando as necessidades gerencias, a contabilidade de custos podem ser divididas em três grandes grupos:

a. Informações que servem para a determinação da rentabilidade e do desempenho das diversas atividades da entidade;

b. Informações que auxiliam a gerência a planejar, a controlar e administrar o desenvolvimento das operações;

c. Informações para a tomada de decisões, (LEONE, 1997, p.20).

Por isso, ter conhecimento sobre a contabilidade de custos de uma empresa torna-se indispensável para saber se, dado o preço, o produto é rentável, e se não rentável, se existe a possibilidade de se reduzir os seus custos.

2.3 GESTÃO DE CUSTOS

Vive-se em um mundo em constantes mudanças na economia mundial, decorrentes da tecnologia da informação (TI) e da globalização dos mercados, fazendo com que os gestores das empresas necessitem estar em consonância com essa evolução para a continuidade e desenvolvimento da empresa.

Esse mercado cada vez mais exigente obriga os profissionais a se tornarem cada vez mais competitivos, em decorrência da complexidade em que se encontra a economia mundial.

É nesse ambiente em que cada decisão se torna mais importante, que os custos devem ser tratados pela contabilidade como um importante instrumento que auxilia os gestores da empresa a decidirem com segurança visando os objetivos da entidade.

A expressão Gestão estratégica de custos é utilizada para designar a integração que ocorre entre o processo de gestão de custos e o processo de gestão da empresa como um todo.

A necessidade de ferramentas à disposição dos gestores empresariais para auxiliar no gerenciamento das atividades comerciais e industriais, coloca a gestão de custos numa posição de grande importância na contribuição rumo ao sucesso da empresa no sentido de atingir os objetivos planejados.

Com o avanço da tecnologia da informação aliado à globalização da economia, intensificado nas últimas décadas, ocorreu uma mudança do paradigma de distância e tempo, e as decisões no setor de relações comerciais precisam ser efetuadas a todo o instante em tempo real, (BERTI, 2007, p.116).

“A contabilidade gerencial deve tentar informar os custos dos produtos com a maior acurácia possível, possibilitando decisões adequadas à fixação de preços, à introdução de novos produtos, ao abandono de linhas ou produtos obsoletos”. (WERNKE, 2005, p.15)

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Nesse contexto a gestão estratégica de custos assume um papel de suma relevância, pois as empresas precisam enfrentar com competência esse mercado extremamente competitivo.

2.4 CUSTOS NA ATIVIDADE COMERCIAL

Entende-se por atividade comercial toda prática exercida que envolve a permuta, troca, intermediação que acontece entre o produtor e o consumidor com o objetivo de lucro.

Atualmente o setor terciário (serviço) é o setor principal da economia nacional, por isso a contabilidade de custos passou a dispensar-lhe a devida atenção, para suprir todas as necessidades dos gestores nessa área.

A diferença fundamental entre custos industriais e custos no comércio, é que no segundo não ocorre à transformação de materiais em produtos, mas somente a aquisição e a revenda de mercadorias.

Por outro lado, no comércio geralmente não é necessário utilizar métodos de custeio para apurar o custo unitário das mercadorias. Este valor pode ser calculado considerando somente os itens relacionados com a compra da mercadoria para a revenda. Além disto, em razão da concorrência acirrada que caracteriza a maioria dos segmentos varejistas, não é recomendável imputar um valor “x” às mercadorias comercializadas relativo à folha de pagamento, energia elétrica, aluguel, gastos administrativos, etc., sob pena de prejudicar a competitividade da loja no mercado em que atua. (WERNKE, 2011, p.26)

Portanto, na atividade comercial envolve apenas a apuração dos custos das mercadorias adquiridas, e partir daí, levantar todas as despesas mensais da empresa, estabelecer a margem de lucro de cada mercadoria, formar o Mark-up, e a partir deste comparar sempre com o preço do mercado. Com essas informações, é possível realizar uma analise do custo, do volume e do lucro da empresa.

2.4.1 Custo de aquisição

Os custos relativos à aquisição de mercadorias são os custos variáveis diretos sob a denominação contábil de custos da mercadoria vendida. Para fins gerenciais, o valor desse custo será o da reposição da mercadoria. Portanto, toda vez que houver alteração de preço do produto por parte do fornecedor, será considerado esse valor mais recente, mesmo ainda existindo parte da quantidade de mercadorias adquiridas anteriormente.

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A formula do custo da mercadoria, segundo Bertó e Beulke (2006, p.43) tem a seguinte configuração:

+ Valor básico atual da mercadoria do fornecedor;

+ Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), quando houver essa incidência; + Frete, seguros, taxa etc., quando ocorrerem e forem pagos pelo comprador; (-) ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) recuperável da compra (quando não for substituto). Na hipótese do ICMS substituto, esse estará automaticamente agregado ao valor básico atual da mercadoria.

= Custo da mercadoria adquirida

Juntamente ao valor atualizado da mercadoria adquirida, é incluso/excluso o valor de tributos, fretes de compra que é pago pela empresa compradora, seguros e taxas e demais despesas incidentes sobre ela até a sua chegada ao destino.

2.4.2 Despesas relativas à venda de mercadorias

Como o próprio nome diz, são as despesas incidentes no ato da venda da mercadoria. Constituem os custos variáveis diretos de venda, tais como despesas financeiras com giro, as despesas diretas com vendas e as despesas tributárias diretas.

2.4.2.1 Despesas tributárias

Conforme Bertó e Beulke (2006) para o cálculo de custos há duas categorias de despesas tributárias:

 Despesas tributárias não vinculadas diretamente ao valor da venda: são as despesa de natureza indireta. Por exemplo: o imposto territorial urbano, o imposto para licenciamento de veículos, o imposto sindical. Esses impostos integram as despesas operacionais e/ou administrativas.

 Despesas tributárias relacionadas diretamente com o valor e o volume das vendas: são despesas de natureza variável e direta, e sua incidência ocorre diretamente sobre o preço de venda. Por exemplo: o ICMS, o PIS (Programa de Integração Social), a COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social).

Para o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), esse procedimento só é válido quando houver o crédito na compra da mercadoria. Se o ICMS for substituto, este imposto já é considerado no custo da mercadoria vendida.

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2.4.2.2 Despesas financeiras com giro

Em praticamente todas as organizações existem dois tipos de despesas financeiras: as despesas financeiras relativas ao financiamento do ativo não circulante e as que são relativas ao financiamento do ativo circulante.

As despesas que são relativas ao financiamento do ativo não circulante, são aquelas que se referem à aquisição de máquinas e equipamentos, edificações, ou seja, um componente fixo da empresa.

As despesas relativas ao financiamento do ativo circulante ou despesas financeiras com o giro, são aquela que financiam o ciclo operacional da empresa, tais como estoque, prazo de vendas. Esse ciclo operacional difere de uma empresa para outra, como de uma mercadoria para outra, que de qualquer forma, decorre um espaço de tempo de retorno do dinheiro ao caixa da organização. E esse tempo de retorno implica em um custo para a entidade. Logo, é um componente variável direto da mercadoria.

Para o cálculo das despesas financeiras com giro, é conveniente levar em consideração duas etapas do ciclo operacional da mercadoria: “(i) a etapa interna do ciclo operacional, que abrange o período da aquisição da mercadoria até a sua venda e (ii) a etapa do ciclo operacional entre a venda da mercadoria e o recebimento efetivo do equivalente monetário” (BERTÓ; BEULKE, 2006, p.45).

A análise dessa despesa visa o alcance de objetivos importantes, tais como o de possibilitar o cálculo do preço de venda à vista para a verificação do resultado do ciclo operacional interno, e o cálculo nas condições de financiamento da empresa para a apuração do resultado decorrente do financiamento das vendas.

2.4.2.3 Despesas diretas com vendas

As despesas diretas com vendas são de natureza variável e incidem diretamente sobre o preço de venda das mercadorias, compondo o Mark-up. Conforme Bertó e Beulke (2006) também podem ser divididas em dois grupos:

 Despesas de vendas não associadas diretamente ao preço ou ao volume: são as despesas associadas à administração das vendas e são de natureza indireta.

 Despesas diretas de vendas: são as despesas relacionadas diretamente ao valor e ao volume das vendas. São de natureza variável.

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Alguns exemplos de despesas diretas com vendas são as comissões de vendas, os fretes de mercadorias quando de responsabilidade da empresa vendedora e estiver contemplado no preço de venda. Também podem ser consideras como despesas diretas com vendas as despesas decorrentes de propagandas promocionais de determinadas mercadorias.

2.4.3 Componentes fixos dos custos no comércio

As despesas fixas no comércio são aquelas que estão relacionadas com a estrutura de funcionamento. Sua ocorrência está associada ao tempo e não a quantidade de vendas. As despesas fixas no comércio se dividem em despesas administrativas e operacionais.

As despesas administrativas são aquelas necessárias para o bom funcionamento da empresa, ou seja, para a administração da organização. Pode-se citar como exemplo honorários administrativos, material de expediente.

As despesas operacionais são aquelas despesas necessárias para a realização das atividades inerentes aos objetivos da empresa e não estão inclusas nos custos. Cita-se como exemplo de despesas operacionais o aluguel, a depreciação, a mão-de-obra operacional.

2.5 TERMINOLOGIA APLICADAS A CONTABILIDADE DE CUSTOS

As terminologias aplicadas à contabilidade de custos encontradas na literatura contábil são as seguintes: gastos, investimentos, despesas, perdas, custos e desperdícios.

Os termos utilizados na contabilidade de custos são assim definidos:

Gastos: termo usado para definir as transações financeiras nas quais a empresa utiliza recursos ou assume uma dívida, em troca da obtenção de algum bem ou serviço [...]

Investimentos: são os gastos que irão beneficiar a empresa em períodos futuros. Enquadram-se nessa categoria, por exemplo, as aquisições de ativos, como estoques e máquinas [...]

Despesas: expressam o valor dos bens ou serviços consumidos direta ou indiretamente para obtenção de receitas, de forma voluntária. Esse conceito é utilizado para identificar os gastos não relacionados com a produção, ou seja, os que se referem às atividades não produtivas da empresa [...]

Perdas: são os fatos ocorridos em situações excepcionais que fogem à normalidade das operações da empresa [...]

Custos: são os gastos efetuados no processo de fabricação de bens ou de prestação de serviços [...]

Desperdícios: este conceito pode englobar os custos e as despesas utilizados de forma não eficiente. Ou seja, são considerados desperdícios todas as atividades que não agregam valor e que resultam em gastos de tempo, dinheiro, recursos sem lucro, além de adicionarem custos desnecessários aos produtos [...] (WERNKE, 2008, p.11).

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É necessária a compreensão dos conceitos básicos relacionados à contabilidade de custos para um eficiente desempenho da gestão de custos.

2.6 CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS

Entre as muitas classificações de custos existentes na literatura contábil, as que são de maior importância são aquelas que dividem os custos quanto à sua identificação e quanto ao volume de produção.

Os custos quanto à sua identificação podem ser classificados em diretos e indiretos. Os custos diretos “são os gastos facilmente apropriáveis às unidades produzidas, ou seja, são aqueles que podem ser identificados como pertencentes a este ou àquele produto” (WERNKE, 2008, p.13). Portanto, são os custos específicos do produto, que quando não produzido, esses gastos não ocorrem.

Custos indiretos “são os gastos que não podem ser alocados de forma direta ou objetiva aos produtos ou a outro segmento ou atividade operacional, e caso estejam atribuídos aos produtos, serviços ou departamentos, serão mediante critérios de rateio” (WERNKE, 2008, p.14). São os custos que empresa tem para exercer as suas atividades, tais como alugueis, diversas modalidades de depreciações, equipamentos, alguns serviços de terceiros, água, manutenção, entre outros.

Os custos quanto ao volume de produção podem ser classificados em custos variáveis e fixos.

Os custos variáveis, segundo Wernke (2008, p.14) são “os que estão diretamente relacionados com o volume de produção ou vendas. Quanto maior for o volume de produção, maiores serão os custos variáveis totais”. Possuem seu valor determinado pela oscilação da atividade da empresa, variando de valor na proporção direta no nível de atividade. O exemplo mais comum é a matéria-prima, pois para produzir uma unidade se gastará um determinado, para produzir duas unidades, a quantidade de matéria-prima aumentará proporcionalmente.

Conforme Wernke (2008, p.14), os custos fixos podem ser assim definidos: “são aqueles gastos que tendem a se manter constantes nas alterações de atividades operacionais, independente do volume de produção”. É os custos que não possuem vinculação com o aumento ou diminuição da produção, permanecendo no mesmo valor independente da quantidade produzida. Como exemplo pode-se citar o aluguel da fábrica onde são produzidos determinados produtos, que independente de estar produzindo ou não, o valor se manterá o mesmo.

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2.7 SISTEMAS DE CUSTEIO

Neste item serão abordados os dois principais métodos de custeio: Custeio por absorção e Custeio Variável. Os métodos de custeio auxiliam as empresas na determinação dos custos de seus produtos. Cabe a cada empresa averiguar qual método que se adapta melhor às necessidades informativas da entidade.

Para Wernke (2005), método é um vocábulo de origem grega e resulta da soma das palavras meta (resultado que se deseja atingir) e hodós (caminho). Significa, portanto, o caminho para se chegar aos resultados pretendidos. Custeio significa atribuir valor de custo a um produto.

2.7.1 Método de custeio por absorção

Nesse método de custeio, os produtos absorvem todos os gastos classificáveis como custos.

“O Custeio por Absorção designa o conjunto de procedimentos realizados para atribuir todos os custos fabris, quer fixos ou variáveis, diretos ou indiretos, aos produtos fabricados em um período” (WERNKE, 2005, p.19).

Neste mesmo contexto, Bornia (2010) relata que no custeio de absorção a totalidade dos custos (fixos e variáveis) são alocados aos produtos. Este sistema se relaciona com a avaliação dos estoques.

É o sistema de custeio mais utilizado pelas empresas brasileiras, pois além de atender as normas contábeis, também é aceita pela legislação comercial e fiscal.

Entre as principais vantagens desse método de custeio pode-se citar:

1. Atende à legislação fiscal (Imposto de Renda) e deve ser utilizado quando a empresa busca o uso do sistema de custos integrado com a Contabilidade [...] 2. Permite a apuração dos custos por “centros de custos”, pois para ser adotado o Custeio por Absorção requer que a empresa seja dividida contabilmente em “centros de custos”. Com isso é possível avaliar o desempenho de cada departamento da organização;

3. Por absorver todos os custos de produção (independente do tipo de custo), permite a apuração do custo total de cada produto, (WERNKE, 2005, p.19).

Algumas desvantagens também podem ser identificadas nesse método de custeio, como não evidenciar a capacidade ociosa da empresa, poder elevar artificialmente os custos de alguns produtos e que os critérios de rateios podem nem ser sempre justos.

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2.7.2 Método de custeio variável

Neste método de custeio apenas os custos variáveis são relacionados aos produtos. Já os custos fixos são considerados como custos do período em que ocorreram.

Wernke (2005) descreve que no método de custeio variável somente são apropriados aos custos dos produtos ou serviços os gastos a eles associados, normalmente classificáveis como custos diretos ou custos variáveis e despesas variáveis. Os demais gastos necessários para manter a estrutura da empresa não devem ser considerados.

Pode-se dizer que este método de custeio se relaciona com a utilização dos custos para a tomada de decisões de curto prazo, onde os custos fixos não são relevantes.

Quanto às vantagens e desvantagens desse método de custeio, cita-se:

a. Prioriza o aspecto gerencial ao enfatizar a rentabilidade de cada produto sem as distorções ocasionadas pelos rateios de custos fixos aos produtos;

b. Não é aceito pela legislação tributária para fins de avaliação de estoques; c. Não envolve rateios e critérios de distribuição de gastos, facilitando o cálculo; d. Exige uma estrutura de classificação rígida entre gastos de natureza fixa e variável;

e. Com a elevação do valor dos custos fixos, não considerados neste método, a análise de desempenho pode ser prejudicada e deve merecer consideração mais acuradas, (WERNKE, 2008, p.30).

Portanto, é um método que não necessita de cálculos complexos para a apuração do custo dos produtos, mas ao não considerar os custos fixos, faz com que os gestores da empresa necessitem analisar com um máximo de rigor informações não apresentadas nesse método, além de não ser aceito pela legislação fiscal.

2.8 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

No mercado atual caracterizado pela acirrada concorrência, uma das estratégias cruciais utilizadas pelas empresas é a precificação. A adequada determinação dos preços de venda é de suma importância para o crescimento e sobrevivência das empresas, não importando sua área de atuação ou o seu porte.

Os preços historicamente foram formados adicionando-se o lucro aos custos do produto. Atualmente, num mundo que caminha para uma competição perfeita, o preço é determinado pelo mercado (COGAN, 1999).

O processo de formação de preços esta ligado a situação do mercado, as atividades da empresa e remuneração do capital investido. Portanto, o cálculo do preço de venda deve

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aproximar-se de um valor que acarrete à empresa a maximização dos lucros, ser possível manter a qualidade, aproveitar todos os níveis de produção e atender os anseios do mercado.

2.8.1 Formação do Mark-up

Umas das técnicas utilizadas para a formação do preço de venda é o Mark-up, que do inglês significa marca acima.

A taxa de marcação, também conhecida como Mark-up, é um fator aplicado sobre o custo de compra de uma mercadoria para a formação do preço de venda respectivo. (WERNKE, 2005)

Bruni e Famá (2004, p.341) apresentam as duas formas de se calcular o Mark-up: “multiplicador – mais usual, representa por quanto devem ser multiplicados os custos para se obter o preço de venda a praticar; e o divisor – menos usual, que representa percentualmente o custo em relação ao preço de venda.

Conforme os autores citados anteriormente, as formulas do Mark-up são as seguintes:

Mark-up multiplicador = Preço de venda ou Mark-up = 1_______________

Custos 1 – soma das taxas percentuais

Mark-up divisor = 100 – soma das taxas percentuais

100

A soma das taxas em percentuais corresponde a somas dos valores, em percentuais, que irão compor o preço de venda, tais como o percentual de lucro desejado, impostos sobre venda, taxas variáveis sobre vendas, despesas administrativas fixas, despesas de vendas fixas, custos indiretos de produção fixos.

2.8.2 Ponto de equilíbrio

Um conceito de Contabilidade Gerencial utilizado nas empresas como suporte às necessidades informativas é o ponto de equilíbrio.

O Ponto de Equilíbrio (PE) pode ser conceituado como o nível de vendas, em unidades físicas ou em valor (R$), no qual a empresa opera sem lucro ou prejuízo. O

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número de unidades vendidas no Ponto de Equilíbrio é o suficiente para a empresa cobrir seus custos (e despesas) fixos e variáveis, sem gerar qualquer resultado positivo (lucro), (WERNKE, 2005, p.119).

Assim sendo, o ponto de equilíbrio é o nível de vendas em qual o lucro se torna nulo, ou seja, se o número de unidades vendidas é suficiente para cobrir seus custos fixos e variáveis. É um importante instrumento para a tomada de decisão, pois informa aos acionistas o nível de produção que deve ser atingido para gerar o lucro desejado.

Dependendo da necessidade do administrador da empresa “... o ponto de equilíbrio possibilita adaptações que suprem informações gerenciais não possuídas” (WERNKE, 2008, p.50). Portanto essas adaptações originam tipos de equilíbrios que se ajustam às diversas atividades de planejamento das atividades da empresa. Os pontos de equilíbrio encontrados na literatura são Ponto de Equilíbrio Contábil, Ponto de Equilíbrio Financeiro e Ponto de Equilíbrio Econômico.

O Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC) informa a quantidade de produtos a ser vendido para que o resultado do período não seja nulo.

O calculo para o ponto de equilíbrio contábil se dá através da seguinte formula:

PEC unidade = Custos Fixos $ / Margem de Contribuição Unitária $ PEC Valor = Custos Fixos $ / Percentual da Margem de Contribuição (%)

O Ponto de Equilíbrio Financeiro (PEF) “... informa o quanto a empresa terá de vender para não ficar sem dinheiro para cobrir suas necessidades de desembolso” (BORNIA, 2010, p.63). Se a empresa estiver operando abaixo do ponto de equilíbrio financeiro, ela terá problemas de caixa, e podendo correr o risco de não conseguir saldar as suas dividas ou necessitando tirar empréstimos. A formula do ponto de equilíbrio financeiro é a seguinte:

PEF = Custos Fixos ($) – Depreciações ($) + Dividas do Período ($) Margem de Contribuição Unitária ($)

Conforme Wernke (2008, p.53) “o ponto de equilíbrio econômico distingue-se das demais fórmulas de ponto de equilíbrio por incluir a variável ‘Lucro desejado’”. Esse ponto de equilíbrio é utilizado quando os gestores da empresa necessitam de informação acerca de qual é o numero de unidades a serem vendidas para se atingir determinada meta. O cálculo do ponto de equilíbrio econômico (PEE) é assim definido:

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PEE = Custos Fixos ($) + Lucro Desejado ($) / Margem de Contribuição Unitária ($)

Os três pontos de equilíbrio oferecerem importante subsídios para a tomada de decisões por parte dos gestores da empresa, podendo serem calculados tanto em unidade quanto em valor.

É uma importante ferramenta, pois informam o ponto de equilíbrio total global da empresa, por determinado produto, auxiliando os gestores nas decisões de curto prazo.

2.8.3 Margem de contribuição

A expressão margem de contribuição designa o valor resultante da venda de uma unidade após serem deduzidos do preço de venda os custos e despesas variáveis associados ao produto comercializado.

Segundo Wernke (2005, p.99) “A margem de contribuição pode ser conceituada como o valor (em R$) que cada unidade comercializada contribui para, inicialmente, pagar os gastos fixos mensais da empresa e, posteriormente, gerar o lucro do período”.

O calculo da margem de contribuição se dá pela seguinte formula:

Margem de Contribuição Unitária = Preço – Custos Variáveis Unitários

A margem de contribuição constitui-se em uma ferramenta fundamental para a tomada de decisões de curto prazo, pois é através de seu estudo que pode-se verificar se determinado produto está contribuindo ou não para o faturamento da empresa.

2.8.4 Margem de segurança operacional

A Margem de Segurança Operacional pode ser definida como o volume de vendas que supera as vendas calculadas no ponto de equilíbrio.

A margem de segurança consiste na quantia ou índice das vendas que excedem o ponto de equilíbrio da empresa. Representa o quanto as vendas podem cair sem que a empresa incorra prejuízo, podendo ser expressa em quantidade, valor ou percentual, (BRUNI; FAMÁ, 2004, p.263).

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Para se calcular a margem de segurança operacional (MSO) utiliza-se as seguintes formulas, segundo Wernke (2008):

MSO valor = Vendas efetivas ($) – Vendas no Ponto de Equilíbrio ($)

MSO unidades = Vendas efetivas (unidades) – Vendas no Ponto de Equilíbrio (unidades)

MSO percentual (%) = Vendas efetivas (%) - Vendas no Ponto de Equilíbrio (%)

A margem de segurança operacional é uma importante ferramenta ao gestor, pois possibilita a ele a informação de quanto cada produto representa na composição do resultado da empresa, auxiliando também na análise de desempenho de cada produto.

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3 METODOLOGIA

Neste item, foi definido a classificação da pesquisa realizada e os métodos utilizados.

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

Na sequencia, a pesquisa é classificada quanto aos seus fins e aos seus meios de investigação, assim como os métodos utilizados na sua realização.

3.1.1 Do ponto de vista de sua natureza

Este estudo se classifica como uma pesquisa aplicada, pois segundo Gil (2010, p.26) “abrange estudos elaborados com a finalidade de resolver problemas identificados no âmbito das sociedades em que os pesquisadores vivem”.

Para Collis e Hussey (2005, p.27) pesquisa aplicada assim se define: “A pesquisa aplicada é aquela que foi projetada para aplicar suas descobertas a um problema específico existente”.

Portanto, este estudo se classifica como pesquisa aplicada, pois se utilizou das teorias existentes sobre custos e formação de preços e aplicou as mesmas na solução do problema de uma revendedora de bebidas.

3.1.2 Do ponto de vista de seus objetivos

Com relação aos seus objetivos, este estudo se classifica como descritiva. De acordo com Vergara (2009, p.42): “A pesquisa descritiva expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza”.

O estudo descreve o problema a ser resolvido, agregando maior conhecimento sobre o assunto, visando analisar o processo de distribuição de bebidas e todos os custos que o envolve.

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3.1.3 Quanto à forma de abordagem do problema

Este estudo se classifica como uma pesquisa qualitativa, pois “... é mais subjetivo e envolve examinar e refletir as percepções para obter um entendimento de atividades sociais e humanas.” (COLLIS; HUSSEY, 2005, p.26)

O estudo se classifica como qualitativo quanto à forma de abordagem do problema, pois buscou conhecer a gestão de custos e formação de preços da empresa, apurando seus custos e resultados, não se preocupando em utilizar métodos estatísticos, estimulando, assim, o pensamento sobre o tema abordado e dando espaço a diversas interpretações sobre o assunto.

3.1.4 Do ponto de vista dos procedimentos técnicos

Este estudo utilizou-se de três procedimentos técnicos. São eles: pesquisa bibliográfica, documental e estudo de caso.

Segundo Gil (2010, p.29): “A pesquisa bibliográfica fundamenta-se em material elaborado por autores com o propósito específico de ser lido por públicos específicos”.

A pesquisa documental é assim definida:

Investigação documental é realizada em documentos conservados no interior de órgãos públicos e privados de qualquer natureza, ou com pessoas: registros, anais, regulamentos, circulares, ofícios, memorandos, balancetes, comunicações informais, filmes, microfilmes, fotografias, videotipes, informações em disquetes, diários, cartas pessoais e outros, (VERGARA, 2009, p.43).

Este estudo se classifica como estudo de caso, pois segundo Gil (2010) é um estudo que se aprofunda em um objeto, permitindo assim um amplo detalhamento e conhecimento do problema.

Collis e Hussey (2005, p.72) definem estudo de caso como: “um exame extensivo de um único exemplo de um fenômeno de interesse e é também um exemplo de uma metodologia fenomenológica”.

Esta pesquisa levantou a bibliográfica referente ao problema estudado, utilizando-se de material já publicado. Também utilizou-se de documentos como balanços, balancetes, demonstrações de resultados, notas fiscais, e todo o tipo de material disponibilizado pela empresa estudada, se aprofundando no estudo especifico de um problema da distribuidora de bebidas.

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3.2 COLETA DE DADOS

Na coleta de dados deve-se: “correlacionar os objetivos aos meios para alcança-los, bem como de justificar a adequação de um a outro” (VERGARA, 2009, p.51). Portanto, este estudo utilizou-se de entrevistas não estruturadas com o sócio proprietário da empresa e seus funcionários, e da observação para a obtenção dos dados para a análise do problema estudado.

3.2.1 Instrumentos de coleta de dados

Os instrumentos de coleta de dados informam quais os métodos empregados para a resolução do problema.

Segundo Lakatos e Marconi (1982, p.70) entrevista “é um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional.” Este estudo se utiliza de entrevista semi estruturada ou não estruturada.

Na visão de Collis e Husey (2005, p.160) entrevista não estruturada “é que os assuntos discutidos, as perguntas levantadas e os tópicos explorados mudam de uma entrevista para a seguinte, à medida que novos aspectos são revelados”.

De acordo com Lakatos e Marconi (1982, p.67) “a observação é uma técnica de coleta de dados para conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade”. Neste estudo forma utilizadas as seguintes técnica de observações, segundo Lakatos e Marconi (1982, p.67):

 Observação sistemática: realiza-se em condições controladas, para responder a propósitos pré-estabelecidos.

 Observação não participante: presencia o fato, mas não participa dele; não se deixa envolver pelas situações; faz mais o papel de espectador.

 Observação individual: é a técnica de observação realizada por um pesquisador.

 Observação na vida real: as observações são feitas no ambiente real, registrando-se os dados à medida que forem ocorrendo.

Portanto, o presente estudo utilizou-se das técnicas de observação para a coleta de dados para análise, atuando de forma não participante, bem como de entrevistas não estruturadas com o sócio proprietário e funcionários da empresa, para conhecimento da realidade da empresa e seus processos.

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3.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

Para Lakatos e Marconi (1982, p.32) “análise e interpretação são duas atividades distintas, mas estritamente relacionadas e, como processo, envolvem duas operações”.

Na concepção de Lakatos e Marconi (1982) a análise é a tentativa de evidenciar as relações existentes entre os fatos estudados com outros fatores. Já a interpretação é a atividade que procura dar um significado as respostas, vinculando-as com outros conhecimentos.

Para a análise e interpretação dos dados coletados para esta pesquisa, foram utilizados documentos tais como notas fiscais e demonstrações contábeis, e as informações levantadas foram explanadas e ilustradas através de quadros e gráficos no decorrer do referido estudo.

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4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Este capítulo trata do estudo aplicado em uma distribuidora de bebidas, onde foi descrita a atividade da empresa, seu processo de compra e venda de mercadorias e seus produtos mais vendidos.

Após, realizou-se um levantamento dos custos de aquisição das mercadorias, as despesas mensais, custos patrimoniais e seu faturamento. Por meio de cálculos e planilhas, apurou-se o preço de venda orientativo, realizou-se a análise do custo, volume, margem de contribuição unitária e total, ponto de equilíbrio e margem de segurança operacional, bem como a apuração de resultado e rotatividade dos estoques.

4.1 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES, DOS PROCESSOS DE COMPRA E COMERCIALIZAÇÃO DAS MERCADORIAS

A presente empresa em estudo é uma distribuidora de bebidas, que comercializa seus produtos em bares, restaurantes, mercados e alguns eventos em municípios da região noroeste do Rio Grande do Sul. A empresa é constituída de dois departamentos: o departamento administrativo e departamento de vendas. O quadro de pessoal da entidade é composto pelo sócio proprietário e um colaborador, que realizam toda a parte administrativa e por mais três funcionários que são responsáveis pela venda e entrega das mercadorias.

Seus produtos são classificados como Refrigerantes, Cervejas, Águas, Sucos e Bebidas Quentes. As compras são realizadas de acordo com a necessidade de estoque, pois mantém-se um estoque mínimo de produtos para a devida manutenção da empresa. A compra é realizada pelo sócio proprietário uma vez na semana após análise dos produtos que estão em falta no estoque. O fornecedor de Refrigerantes, Cervejas, Águas e Sucos é o mesmo, pois a empresa somente revende produtos de uma marca.

Para a realização da compra, o sócio proprietário entra em contato com o fornecedor e realiza o pedido de compra, sendo que a entrega dos produtos é realizada diretamente na empresa pelo fornecedor. O prazo para pagamento das mercadorias é de sete dias para todos os produtos.

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Figura 1 - Fluxograma do processo de compra de mercadorias

Fonte: Dados conforme pesquisa

Portanto, após o levantamento das necessidades do estoque e realizando o pedido de compra, a mercadoria é entregue na empresa juntamente com a nota fiscal e boleto para pagamento. Em seguida é dada a entrada da mercadoria no estoque e a nota é envida para a contabilidade para a devida contabilização.

A empresa possui para revenda mais de 100 produtos, mas para o estudo realizado selecionou-se os 30 produtos mais vendidos que possuem a maior representatividade na composição do seu faturamento.

O quadro 1 demonstra as mercadorias utilizadas no trabalho e que são revendidos pela empresa, com sua respectiva unidade e fornecedor.

Levantamento das necessidades do estoque Realização do pedido de compra A prazo Nota fiscal Emissão de boleto para pagamento Contabilidade Entrada da mercadoria no estoque

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Quadro 1- Produtos vendidos e seus fornecedores

Produtos Quantidade Distribuidor/Fabricante

Água Mineral Cristal com gás 500 ml Pacote com 12 unidades Vonpar Refrescos S.A. Água Mineral Cristal sem gás 500 ml Pacote com 12 unidades Vonpar Refrescos S.A. Aquarius Fresh Limão Pacote com 12 unidades Vonpar Refrescos S.A. Bavaria Pilsen Latão 470 ml Pacote com 12 unidades Vonpar Refrescos S.A. Bavaria sem álcool Lata 350 ml Pacote com 12 unidades Vonpar Refrescos S.A. Charrua Guaraná Pet 2 litros Pacote com 8 unidades Vonpar Refrescos S.A. Coca Cola 1 litro Caixa com 12 unidades Vonpar Refrescos S.A. Coca Cola KS 290 ml Caixa com 24 unidades Vonpar Refrescos S.A. Coca Cola Lata 350 ml Pacote com 12 unidades Vonpar Refrescos S.A. Coca Cola Pet 2 litros Pacote com 8 unidades Vonpar Refrescos S.A. Coca Cola Pet 2,5 litros Pacote com 6 unidades Vonpar Refrescos S.A. Coca Cola Pet 600 ml Pacote com 12 unidades Vonpar Refrescos S.A. Coca Cola Zero Lata 350 ml Pacote com 12 unidades Vonpar Refrescos S.A. Coca Cola Zero Pet 2 litros Pacote com 8 unidades Vonpar Refrescos S.A. Del Valle Frut Citrus 450 ml Pacote com 6 unidades Vonpar Refrescos S.A. Del Valle Frut Uva 450 ml Pacote com 6 unidades Vonpar Refrescos S.A. Del Valle Mais Pêssego Lata 350 ml Pacote com 6 unidades Vonpar Refrescos S.A. Fanta Laranja Lata 350 ml Pacote com 12 unidades Vonpar Refrescos S.A. Fanta Laranja Pet 2 litros Pacote com 8 unidades Vonpar Refrescos S.A. Fanta Laranja Pet 600 ml Pacote com 12 unidades Vonpar Refrescos S.A. Fanta Uva Lata 350 ml Pacote com 12 unidades Vonpar Refrescos S.A. Fanta Uva Pet 2 litros Pacote com 8 unidades Vonpar Refrescos S.A. I9 Tangerina 500 ml Pacote com 6 unidades Vonpar Refrescos S.A. Kaiser Pilsen 600 ml Caixa com 24 unidades Vonpar Refrescos S.A. Kaiser Pilsen Latão 473 ml Pacote com 12 unidades Vonpar Refrescos S.A. Kuat Guaraná Lata 350 ml Pacote com 12 unidades Vonpar Refrescos S.A. Kuat Guaraná Pet 2 litros Pacote com 8 unidades Vonpar Refrescos S.A. Sprite Lata 350 ml Pacote com 12 unidades Vonpar Refrescos S.A. Sprite Pet 2 litros Pacote com 8 unidades Vonpar Refrescos S.A. Sprite Pet 600 ml Pacote com 12 unidades Vonpar Refrescos S.A. Fonte: Dados conforme pesquisa

As vendas são realizadas em bares, restaurante, mercados e em alguns eventos de diversos municípios da região. O processo de venda é dividido em duas partes: a pré-venda e a entrega da mercadoria. Na pré-venda o vendedor desloca-se até os clientes de determinado município onde então o cliente irá fazer o seu pedido de compra e na qual será combinada a forma de pagamento. Esse pedido pode tanto ser feito com a visita do vendedor até o cliente, como também por telefone. Quanto à forma de pagamento dos clientes, a empresa atua com recebimento a vista e com recebimento a prazo, podendo o pagamento ser realizado pelo cliente com até trinta dias.

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Depois de realizadas as pré-vendas, é emitidas as notas de vendas de mercadorias e realizada a segunda parte da venda: a entrega dos produtos. A entrega dos produtos é realizada em momento posterior a pré-venda, em dias organizados pela empresa para melhor logística da mesma. São utilizadas camionetas próprias da empresa para a realização das entregas de mercadorias.

Na sequencia apresenta-se o fluxograma que descreve o processo de venda realizado pela empresa.

Figura 2 - Fluxograma do processo de venda das mercadorias

Fonte: Dados conforme pesquisa

As vendas a prazo é a principal forma de recebimento da empresa, sendo que essa forma de pagamento é a mais optada pelos clientes.

4.2 APURAÇÃO DOS CUSTOS DE AQUISIÇÃO DAS MERCADORIAS

Os custos de aquisição são todos aqueles envolvidos no momento da compra dos produtos. A apuração dos custos unitários para a elaboração do presente estudo ocorreu por meio das notas fiscais de compras realizadas pela empresa em um período de seis meses, que foi de Outubro de 2013 a Março de 2014. Durante esse período, as mercadorias não sofreram reajuste de preço.

No quadro 2 a seguir, apresenta-se a composição do custo de aquisição dos produtos revendidos em estudo. Pré-venda Entrega das mercadorias Baixa do estoque Nota fiscal Contabilidade Duplicatas a receber Caixa ou banco A prazo A vista Negociação da forma de pagamento

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Quadro 2 - Custo de aquisição das mercadorias Produtos Preço de custo ICMS ST Preço Custo c/ ST IPI PIS e COFINS Frete Custo Unitário Preço de Venda Coca Cola 2 litros 22,51 2,23 24,74 1,82 0,00 0,00 26,56 33,00 Coca Cola 2,5 litros 17,54 1,94 19,48 1,71 0,00 0,00 21,19 27,00 Coca Cola Lata 14,92 1,81 16,73 0,67 0,00 0,00 17,40 24,00 Fanta Laranja 2 litros 19,73 2,12 21,85 1,18 0,00 0,00 23,03 30,00 Sprite 2 litros 19,73 2,12 21,85 1,18 0,00 0,00 23,03 30,00 Coca Cola 600 ml 20,43 2,03 22,46 0,82 0,00 0,00 23,28 30,00 Coca Cola KS 290 ml 21,22 2,71 23,93 0,79 0,00 0,00 24,72 35,00 Fanta Uva 2 litros 19,73 2,12 21,85 1,18 0,00 0,00 23,03 30,00 Água Mineral com gás 500 ml 6,77 1,15 7,92 0,00 0,00 0,00 7,92 13,00 Coca Cola 1 litro 14,55 2,80 17,35 1,37 0,00 0,00 18,72 30,00 Kaiser Pilsen 600 ml 53,28 - 53,28 0,00 0,00 0,00 53,28 60,00 Bavaria Pilsen Latão 470 ml 18,24 - 18,24 0,00 0,00 0,00 18,24 20,00 Água Mineral sem gás 500 ml 6,22 1,22 7,44 0,00 0,00 0,00 7,44 13,00 Kaiser Pilsen Latão 470 ml 20,28 - 20,28 0,00 0,00 0,00 20,28 24,00 Charrua Guaraná 2 litros 14,71 2,00 16,70 0,50 0,00 0,00 17,20 25,00 Del Valle Frut Citrus 450 ml 7,04 1,00 8,04 0,00 0,00 0,00 8,04 13,00 Fanta Laranja 600 ml 20,76 1,99 22,75 0,53 0,00 0,00 23,28 30,00 Del Valle Frut Uva 450 ml 7,04 1,00 8,04 0,00 0,00 0,00 8,04 13,00 Kuat Guaraná 2 litros 20,67 1,69 22,36 0,67 0,00 0,00 23,03 28,00 Fanta Laranja Lata 15,16 1,78 16,94 0,46 0,00 0,00 17,40 24,00 Sprite Lata 15,16 1,78 16,94 0,46 0,00 0,00 17,40 24,00 Sprite 600 ml 20,76 1,99 22,75 0,53 0,00 0,00 23,28 30,00 Del Valle Pêssego Lata 9,11 0,73 9,84 0,00 0,00 0,00 9,84 13,00 Fanta Uva Lata 15,16 1,78 16,94 0,46 0,00 0,00 17,40 24,00 Coca Cola Zero 2 litros 22,51 2,23 24,74 1,82 0,00 0,00 26,56 33,00 Bavaria sem álcool Lata 18,00 - 18,00 0,00 0,00 0,00 18,00 24,00 Kuat Guaraná Lata 13,97 1,94 15,90 0,30 0,00 0,00 16,20 24,00 Coca Cola Zero Lata 15,28 1,45 16,73 0,67 0,00 0,00 17,40 22,00 Aquarius Fresh Limão 12,65 1,64 14,29 0,71 0,00 0,00 15,00 21,00 I9 Tangerina 500 ml 11,36 1,18 12,54 0,00 0,00 0,00 12,54 17,00 Fonte: Dados conforme pesquisa

Na aquisição das mercadorias não há incidência de frete, pois o fornecedor não cobra adicional pela entrega dos mesmos na empresa compradora. Os produtos adquiridos pela empresa são sujeitos ao regime de substituição tributária no imposto de ICMS, portanto o mesmo já faz parte do custo de aquisição dos produtos. Dos produtos em estudo, somente os refrigerantes possuem o IPI como parte integrante de seu custo.

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4.3 LEVANTAMENTO DAS DESPESAS MENSAIS

Para a apuração das despesas foi utilizado informações fornecidas pelo Contador da empresa. Com base nessas informações apuraram-se os custos patrimoniais que correspondem à depreciação dos bens; e as despesas mensais que correspondem às despesas para a manutenção da organização.

4.3.1 Custos patrimoniais

Os custos patrimoniais correspondem à depreciação dos bens que a empresa possui. A depreciação pode ser considerada pela redução do valor que os bens sofrem em decorrência do desgaste pelo constante uso. Para a realização do cálculo de depreciação, levantaram-se todos os ativos imobilizados da empresa com seus respectivos valores.

No quadro 3 são apresentados os bens da empresa e seus respectivos cálculos para apuração da depreciação.

Quadro 3 - Custo com depreciação dos bens

Descrição do Bem Quantidade Valor do Bem Valor Residual Valor a ser depreciado Meses a depreciar Depreciação Camioneta Volkswagen 1984 1 35.000,00 7.000,00 28.000,00 60,00 466,67 Camioneta Mercendes Benz

1998 1 65.000,00 13.000,00 52.000,00 60,00 866,67

Moto Honda 2013 1 10.000,00 2.000,00 8.000,00 60,00 133,33 Automóvel Fiat Uno 2006 1 15.000,00 3.000,00 12.000,00 60,00 200,00 Congeladores 15 18.000,00 1.800,00 16.200,00 120,00 135,00

Escrivaninha 2 600,00 60,00 540,00 120,00 4,50

Cadeiras giratórias 2 300,00 30,00 270,00 120,00 2,25 Computadores 2 2.800,00 560,00 2.240,00 60,00 37,33

Impressora 1 300,00 60,00 240,00 60,00 4,00

Calculadora com fita 1 300,00 30,00 270,00 120,00 2,25 Calculadora com fita 1 150,00 15,00 135,00 120,00 1,13 Aparelho de telefone 1 120,00 12,00 108,00 120,00 0,90 Vasilhames de cerveja 300 15.000,00 3.000,00 12.000,00 60,00 200,00 Vasilhames de Refrigerante KS 300 7.500,00 1.500,00 6.000,00 60,00 100,00 Vasilhames de refrigerante 1 litro 70 2.800,00 560,00 2.240,00 60,00 37,33 Armário 1 350,00 70,00 280,00 120,00 2,33 Total 2.193,69

(38)

No quadro anterior pode-se observar que o bem com maior depreciação é a Camioneta Mercedes Benz ano 1998 com uma depreciação mensal de R$ 866,67, representando 39,51% da depreciação total seguida pela Camioneta Volkwagens ano 1984 com depreciação mensal de R$ 466,67 sendo este 21,27% do total. Na sequencia aparecem o Fiat Uno e a Moto Honda com uma representatividade de 9,12% e 6,08%, juntamente com os bens de menor valor.

O total da depreciação mensal apurado foi de R$ 2.193,69, sendo que para os cálculos foram utilizadas taxas de depreciação de 10% e 20%, conforme a legislação vigente.

4.3.2 Despesas mensais

As despesas mensais compreendem a todos os gastos que a organização possui para poder realizar as suas atividades. Na sequencia é apresentado o quadro 4 que discrimina todas as despesas apuradas no período do estudo.

Quadro 4 - Despesas mensais

Despesas Outubro 2013 Novembro 2013 Dezembro 2013 Janeiro 2014 Fevereiro 2014 Março 2014 Salários e encargos 9.653,86 9.653,86 9.653,86 9.653,86 9.653,86 10.426,17 Pró-labore 2.200,00 2.200,00 2.200,00 2.200,00 2.200,00 2.353,20 Serviços Terceiros 1.045,00 1.045,00 1.045,00 1.045,00 1.045,00 1.045,00 Energia 28,00 20,00 53,00 40,00 45,00 53,00 Propaganda 45,00 45,00 45,00 45,00 45,00 45,00 Telefone 205,00 257,00 311,00 166,00 238,00 325,00 Combustível 2.599,00 2.202,00 2.346,00 2.732,00 2.589,00 1.401,00 Despesas com alimentação 346,00 398,00 308,00 340,00 125,00 417,00 Manutenção 797,00 300,00 32,00 297,00 392,00 627,00 Aluguel 813,00 813,00 813,00 813,00 870,00 870,00 Depreciação 2.193,69 2.193,69 2.193,69 2.193,69 2.193,69 2.193,69 Total 17.731,86 16.933,86 16.806,86 17.331,86 17.202,86 17.562,37 Faturamento Médio/mês 213.489,83 213.489,83 213.489,83 213.489,83 213.489,83 213.489,83 % de despesas/faturamento 8,31% 7,93% 7,87% 8,12% 8,06% 8,23%

Fonte: Dados conforme pesquisa

Pode-se observar pelo quadro apresentado que os salários e encargos possuem uma média de representatividade de 47% e são os responsáveis pela maior parte da despesa, seguido dos combustíveis com aproximadamente 12% e do pró-labore e da depreciação com uma média de 10% do total cada.

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