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Desempenho da cana de açúcar no Noroeste do Rio Grande do Sul em diferentes doses de nitrogênio e potássio

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UNIJUÍ - UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

JOÃO GUSTAVO BRENDLER

DESEMPENHO DA CANA DE AÇÚCAR NO NOROESTE DO RIO GRANDE DO SUL EM DIFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO E POTÁSSIO

Ijuí-RS 2010

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JOÃO GUSTAVO BRENDLER

DESEMPENHO DA CANA DE AÇÚCAR NO NOROESTE DO RIO GRANDE DO SUL EM DIFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO E POTÁSSIO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como um dos requisitos para a obtenção do título de engenheiro agrônomo, curso de agronomia Departamento de Estudos Agrários da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUI.

Orientador: Prof. Msc. Valmir José de Quadros

Ijuí-RS 2010

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TERMO DE APROVAÇÃO

JOÃO GUSTAVO BRENDLER

DESEMPENHO DA CANA DE AÇÚCAR NO NOROESTE DO RIO GRANDE DO SUL EM DIFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO E POTÁSSIO

Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Agronomia da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul,

defendido perante a banca abaixo subscrita.

Ijuí, 13 de dezembro de 2010.

Prof. Msc. Valmir José de Quadros... DEAg/UNIJUÍ – Orientador.

Prof. Msc.Cleusa Bianchi Krüguer... DEAg/UNIJUÍ.

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DEDICATÓRIA

Especialmente à meu pai Paulo e noiva Natália pelos esforços realizados por minha causa, pela ajuda, pelo estimulo e crédito dado a mim, pelo amor e carinho. Dedico a vocês essa conquista como minha gratidão.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar ao Deus todo poderoso, pelas habilidades e potenciais a mim atribuídos, pelo seu amor, presença e força.

Ao meu pai que com muito trabalho me oportunizou este estudo.

À Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, em particular ao Departamento de Estudos Agrários incluindo professores e funcionários que sempre estiveram ao meu lado oferecendo o conhecimento e dando suporte nas horas necessárias. Em especial à Valmir de Quadros que me orientou e me acompanhou no experimento. Ao José Antônio Gonzalez da Silva pelos auxílios na estatística e colheita junto de sua equipe. À Cleusa Bianchi Kruger, Adair e César pela ajuda na colheita.

As amizades feitas durante o curso e colegas que colaboraram para a execução deste: Maurício Müller, Marcelo Nunes, Cleverson Diego dos Santos, Cristiano Fontaniva, Edegar Matter, Tania Carla Mattioni, Alex Carollo, Juliana Moraes de Oliveira, Diego Dambrós, Gabriel Batisti, Jordana, Gaviraghi, Emilio, Sandro Bach entre outros...

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“O principio da sabedoria é: adquire a sabedoria; sim, com tudo o que possuis, adquire o entendimento. Estima-a, e ela te exaltará; se a abraçares, ela te honrará”.

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RESUMO

No cultivo de Cana-de-açúcar a importância do Potássio e Nitrogênio pode ser observada pela ordem de extração de nutrientes na cultura, pois estes são extraídos em maior quantidade que outros nutrientes (K>N>Ca>Mg>P). Atualmente os nutrientes distribuídos nas lavouras de cana-de-açúcar são aplicados de acordo com estimativas de produção e disponibilidade destes no solo. Neste sentido, pesquisar o desempenho técnico de uma cultivar em diferentes doses do N e K contribui para a eficiência na recomendação da análise de solo. O experimento avaliou as variáveis número de colmos, rendimento de colmos, rendimento liquido extraído, porcentagem de caldo, porcentagem de matéria seca, percentual de tombamento e sacarose (brix) para a cultivar RB 855156 em diferentes doses de Nitrogênio e Potássio. O experimento foi conduzido em delineamento por blocos ao acaso, constituído por 4 blocos contendo 16 parcelas. Foram empregados os tratamentos: 0, 35, 70 e 140 kg.ha-1 de Nitrogênio (N) e 0, 30, 60 e 120 kg.ha-1 para Potássio (K), aplicados em cobertura. O Nitrogênio em maior dose interferiu negativamente a variável Sacarose. Não houve diferença estatística para as variáveis numero de colmo, rendimento de colmos, rendimento liquido extraído, porcentagem de caldo, porcentagem de matéria seca, Percentual de tombamento. Doses superiores a 140 kg.ha-1 de Nitrogênio, limitaram o teor de sacarose.

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LISTAS DE TABELAS

Tabela 1. Caracterização química do solo no local da condução do experimento. IRDeR/DEAg/UNIJUÍ, Augusto Pestana/RS, 2008. ... 24

Tabela 2. Resultados da analise de variância para cara caracteres de importância agronômica para a cultura de cana-de-açúcar. IRDeR/DEAg/UNIJUÍ, 2010... ... 27

Tabela 3. Resultados do teste de comparação de médias para os caracteres número de colmos, rendimento de colmos, rendimento líquido extraído, porcentagem de liquido total, porcentagem de matéria seca total, Percentual de tombamento e BRIX (sacarose), para cultivar RB 855156, em cana-de-açúcar. IRDeR/DEAg/UNIJUÌ 2010.. ... 28

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 11

2 REVISÃO DA LITERATURA ... 13

2.1 Classificação botânica, origem e história da Cana-de-Açúcar ... 13

2.2 Importância econômica da Cana-de-açúcar ... 13

2.3 Aspectos edafoclimáticos para o cultivo da Cana de Açúcar ... 14

2.3.1 Clima... 14

2.3.2 Solo... 15

2.3.2.1 Aspectos físicos ... 15

2.3.2.2 Aspectos químicos ... 15

2.4 Morfologia da Cana-de-açúcar ... 16

2.5 Aspectos quanto ao Cultivo ... 17

2.5.1 Adubação ... 17

2.5.2 Preparo do solo e plantio ... 19

2.5.3 Aspectos quanto a escolha das cultivares ... 20

2.5.4 Tombamento ... 20

2.5.5 Maturidade fisiológica e colheita ... 21

2.6 Crescimento e desenvolvimento da Cana-de-açúcar ... 21

2.6.1 Efeitos da água na planta ... 21

2.6.2 Efeitos da luz em Cana-de-açúcar ... 22

2.6.3 Minerais na planta ... 23 3 MATERIAL E MÉTODOS ... 24 3.1 Localização ... 24 3.2 Descrição edafoclimática ... 24 3.3 Cultivar utilizada ... 24 3.4 Solo... 25

3.5 Delineamento experimental e tratamentos ... 25

3.6 Caracteres estudados ... 26 3.6.1 Número de colmos ... 26 3.6.2 Rendimento de colmo ... 26 3.6.3 Rendimento liquido ... 26 3.6.4 Sacarose ... 27 3.6.5 Percentual de tombamento ... 27 3.7 Análise estatística ... 27 4 RESULTADOS E DISCUSSÂO ... 28

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5 CONCLUSÃO ... 33

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 34

GLOSSÁRIO ... 43

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INTRODUÇÃO

A crescente procura mundial por fontes de energia renováveis tem levado a agricultura, dentro de suas capacidades, a procurar alternativas que auxiliem a sociedade no suprimento de suas demandas energéticas. Essa procura encontrou algumas soluções como cultivo de milho (Zea mays), cana-de-açúcar (Sacharum spp), eucalipto (Eucaliptus spp) entre outras fontes destinadas a produção de combustível. O álcool proveniente de milho tem um custo de produção 14 vezes maior comparado a cana-de-açúcar, principalmente pela cana ser mais produtiva a campo. Já o eucalipto encontra limitações, como prolongado tempo de cultivo e fermentação dificultada. Enquanto a cana-de-açúcar tem alta produtividade, ótimo rendimento em sacarose e de fácil fermentação, resultando em combustíveis mais baratos e com qualidade.

Num período de busca por diversificação dos cultivos nas propriedades rurais do Rio Grande do Sul, a cana-de-açúcar vem a ser uma alternativa importante uma vez que pode gerar incremento de renda para as propriedades contribuindo com o desenvolvimento rural. Esta, que foi o principal produto brasileiro por um período de até 150 anos, sendo interrompido somente após o descobrimento de ouro e diamantes em Minas Gerais.

Um momento importante para a cana-de-açúcar no Brasil foi o lançamento do Pró-álcool (programa brasileiro do álcool), em 1973, pelo então presidente Ernesto Geisel, após ocorrer a crise mundial do petróleo. O Pró-álcool se tornou o movimento de maior sucesso na busca por alternativas energéticas em substituição do petróleo, onde o álcool teve seu espaço fortalecido no mercado e desde então tem colaborado gradativamente para o aumento de produção e valorização da Cana-de-açúcar no país.

A produção de cana-de-açúcar se faz interessante, pois seu potencial não se limita apenas à produção de álcool. Há uma diversidade na sua utilização, o seu caldo pode ser tomado in natura ou ser processado para fabricação de cachaça, melado e açúcar, o bagaço pode ser utilizado na produção de energia e em algumas propriedades já vem sendo utilizado como suplemento na alimentação animal. Essa ampla utilidade faz com que seu cultivo ocorra em muitas propriedades familiares.

O Brasil produziu na safra 2010, 731.117.377 toneladas. O Rio Grande do Sul produziu 1.534.062 toneladas para a mesma safra (IBGE, 2010). Esses dados

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mostram a necessidade desta cultura ser aperfeiçoada no Estado, desenvolvendo técnicas de manejo que potencializem sua produção. Isso permitirá seu cultivo em larga escala, atraindo investimentos na produção de álcool, enquanto o álcool tem sua comercialização em crescimento e com fortes perspectivas (PROTEFER, 2009).

A última produção média brasileira está em torno de 79,6 ton.ha-1(IBGE, 2010), enquanto a gaúcha está acerca de 50 ton.ha-1, de acordo com CONAB (2010). Um dos aspectos que mais influencia no cultivo de cana é a dosagem de adubo a ser empregada e sua resposta na planta de acordo com o ambiente. O rendimento regional de cana-de-açúcar pode ser melhorado, adequando o manejo. O conhecimento sobre o ajuste de doses de Nitrogênio (N) e Potássio (K) pode trazer ganhos na produção desta cultura, pois esta representa parte significativa dos custos da produção e tem influencia direta no rendimento.

A importância do K e N é observada pela ordem de extração de nutrientes na cultura da cana-de-açúcar. Verifica-se que estes são extraídos em maior quantidade que outros nutrientes (K>N>Ca>Mg>P) (AITA; DOSSO e ALOVISI, 2010). Atualmente a quantidade de adubo a ser distribuído nas lavouras de cana-de-açúcar é aplicada de acordo com perspectivas de produção e quantidades destes no solo, que mostra o motivo de haver recomendação de análise de solo antes de decidir às dosagens aplicadas, levando em conta que Sacharum spp. tem ampla faixa de produção.Deste modo, é importante conhecer se esta prática é adequada para a região do Noroeste do RS que conta com poucas pesquisas nesta área.

Neste trabalho foi estudado o comportamento da cultura da cana-de-açúcar sob quatro doses de Nitrogênio e Potássio combinadas, avaliando resultados para o numero de colmos, rendimento de massa de colmos, rendimento de liquido extraído, percentual de liquido no colmo, percentual de MS no colmo, percentual de tombamento e sacarose na cultivar RB 855156 em diferentes doses de N e K.

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2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Classificação botânica, origem e história da Cana-de-Açúcar

A classificação botânica mais aceita atualmente é a de Pinto (2002), que denomina Sacharum spp. ou popularmente cana-de-açúcar, desta forma. Divisão: Embryophita siphonogama; Subdivisão: Angiospermae; Classe: Monocotyledoneae; Ordem: Glumiflorae; Família: Poaceae; Tribo: Andropogonae; Subtribo: Saccharae; Gênero: Saccharum; Espécies: Saccharum officinarum;

A cana-de-açúcar tem seu primeiro contato com o homem na Nova Guiné, de lá a planta foi para a Índia no continente Asiático e após foi levada para à Europa pelas cruzadas, onde não houve sucesso devido a limitações climáticas. Na Europa seu cultivo chegou a Portugal na Ilha Madeira, onde então a cana-de-açúcar acabou sendo transportada por Martim Afonso de Souza em 1530, para o Brasil. No Brasil, chegou a ser o principal produto durante 150 anos, até o momento em que foi descoberto ouro e diamante em terras brasileiras (MACHADO, 2010).

2.2 Importância econômica da Cana-de-açúcar

A cana-de-açúcar para o Brasil é de suma importância, pois seu cultivo se estende por mais de 10 milhões de hectares no país que tem um rendimento médio de 79,6 toneladas por hectare e levam a produção brasileira ao patamar de mais de 731 milhões de toneladas (IBGE, 2010). Esta produção é destinada principalmente para a produção de álcool e açúcar e em menores proporções para cachaça, açúcar mascavo e alimentação animal. O Brasil é o país com maior produção de açúcar, principal exportador, detém a maior área de plantio e é líder na utilização desta planta como fonte de energia renovável. Sua cadeia produtiva e de seus produtos e sub produtos constituem uma importante fonte de distribuição de riqueza e bem estar a comunidades situadas no interior do país. Assim sua atividade gera renda e auxilia no combate ao êxodo rural ( SILVA et al, 2006). Alem disso tem a terceira maior produção entre atividades agrícolas do Brasil ( PIRES, 2007).

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2.3 Aspectos edafoclimáticos para o cultivo da Cana-de-Açúcar

Para o bom desenvolvimento da cultura de cana, um ambiente que propicie seu desenvolvimento é fundamental. O ideal é que este esteja entre padrões para que os fatores climáticos e características do solo se expressem tais como:

2.3.1 Clima

O clima propício ao cultivo de cana-de-açúcar para Alfonsi et al (1987), se encontra nas regiões que se situam entre os paralelos 35º norte e 35º sul. Lembrando que esta cultura sofre influência do clima em todas as estações do ano pois é uma cultivar semi perene.

As principais variáveis climáticas no desenvolvimento de cana-de-açúcar são temperatura, luminosidade e umidade. Onde áreas ensolaradas, quentes e tropicais são mais favoráveis ao desenvolvimento.

A cana-de-açúcar encontra duas fases distintas, e que precisam de ambientes diferentes para atingir produção desejada, Marin (2006) destaca: crescimento vegetativo, fase em que a planta é favorecida pelo clima úmido e quente; e maturação, quando temperaturas mais amenas e a baixa disponibilidade de água favorecem o acúmulo de sacarose.

As temperaturas ideais, ressalta Marin (2006), são de 22º C á 30ºC para a fase de crescimento; temperatura média de 20ºC para desenvolvimento e para maturação de 10ºC a 20ºC. Sendo positiva a ausência de chuvas e deficiência de N no solo auxiliando no incremento de sacarose, pois diminui o desenvolvimento de novos tecidos.

Quando se fala em pluviosidade o recomendado para o cultivo de cana é fazê-lo em regiões com índices superiores a 1000 mm por ano, desde que as precipitações sejam bem distribuídas (ALMEIDA et al., 2008). Esta propiciará bom desenvolvimento vegetativo e acumulo de sacarose.

Como a região sul é propensa a ocorrência de geadas, algumas observações são importantes:

Em áreas sujeitas à ocorrência de geadas, deve-se cultivar as variedades de cana mais resistentes ao frio. Em situações mais críticas recomenda-se, como medida de precaução, evitar o plantio em terrenos de baixada ou fundo de bacias mal drenadas. Caso a temperatura média diurna seja

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inferior a 15º C, durante alguns meses do ano, é preciso recorrer a variedades precoces e mais resistentes ao frio (MARIN, 2007).

2.3.2 Solo

Para Marin (2007) a produção de cana-de-açúcar pode ser realizada em solos com diferentes aspectos físicos e químicos, mas a produtividade vai decrescendo à medida que as condições se afastam das ideais. O solo se destaca pelo papel que tem em fornecer suporte físico, água e nutrientes para as plantas.

2.3.2.1 Aspectos físicos

Para Staut (2006), a cana-de-açúcar possui um sistema radicular diferenciado em relação à exploração das camadas mais profundas do solo quando comparado com outras culturas. A capacidade de armazenamento de água no solo deve ser superior a 150 mm, para garantir que não falte água para a planta e não haja impedimentos mecânicos para o desenvolvimento radicular. Para isso, solos profundos com no mínimo um metro de profundidade são ideais. De acordo com Costa; Mazza; Vitti (2005), a arquitetura e o desenvolvimento radicular da cana-de-açúcar depende, entre outros fatores, da umidade do solo.

O cultivo de soqueiras tem uma relevante importância quando se trata da compactação do solo em relação ao desenvolvimento do sistema radicular e afilhamento da planta, para isso, cuidados com tráfego de veículos pesados são de extrema importância (CORBINI, 1987).

2.3.2.2 Aspectos químicos

São alguns aspectos químicos do solo os macronutrientes, micronutrientes, acidez do solo, tipos de argila e capacidade de troca de cátions.

A fertilidade de um solo é uma característica primária para um cultivo. O fato de a cana-de-açúcar ser uma cultura semi-perene reflete num maior desenvolvimento radicular. Sendo seu sistema radicular mais profundo, a cana-de-açúcar acaba por ter uma relação mais estreita com alguns fatores químicos, como a acidez do solo, saturação por bases, porcentagem de alumínio e teores de cálcio, que acabam por interferir no rendimento (STAUT, 2006).

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A cana-de-açúcar, por ser da família Poaceae, apresenta certa tolerância quanto à acidez do solo. A faixa de acidez ideal é de 5,5 a 6,5, exigindo correção em solos mais ácidos (MARIN, 2006).

Dificilmente os solos tem a capacidade de suprir a demanda da cultura de cana-de-açúcar, todos os nutrientes em quantidades adequadas e no momento certo (HAAG et al., 1987).

2.4 Morfologia da Cana-de-Açúcar

A planta da cana-de-açúcar é composta por quatro partes: as raízes; o colmo; folhas e inflorescência.

Ocorre na cana-de-açúcar a divisão do sistema radicular, em: raízes primárias, originarias de sementes; adventícias, provenientes dos toletes; e ocorre também raízes intermediárias. Seu sistema radicular tem função de fixar a planta e absorver água e nutrientes e O crescimento deste varia conforme a cultivar. As condições de solo têm influência no crescimento radicular, sendo a razão mais comum pela qual as culturas não conseguem expressar todo seu potencial genético. A absorção de fosfato e potássio ocorre em todo o sistema radicular inclusive nas regiões mais velhas (COSTA; MAZZA; VITTI, 2005).

O caule da cana-de-açúcar é do tipo colmo internódios com nós e entrenós, com rizomas desenvolvidos ou não (FONTANELI; SANTOS; FONTANELI, 2009). Os entrenós variam em longitude, diâmetro, forma e cor, segundo a variedade. É nos nós que se desenvolvem as gemas (que são responsáveis pela propagação do vegetal) e também as folhas, sendo gerada apenas uma folha por nó e opostas a cada nó. As folhas apresentam bainhas largas e abertas, contendo a lígula na base do limbo ou região do colar e nervação paralela (ARANHA; YAHN, 1987).

A espigueta é um tipo especial de inflorescência que em uma de duas glumas apresenta flores pediceladas. A morfologia das flores oferece ótimas características taxonômicas, podendo ser usada também para reconhecimento de variedades. (ARANHA; YAHN, 1987).

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2.5 Aspectos quanto ao cultivo

2.5.1 Adubação

Na adubação do cultivo, devem ser observados duas situações: se o cultivo consiste em cana planta ou cana soca, mas em ambas a quantidade deve ser determinada por análise de solo, considerando a produtividade esperada (BENEDINI, PENATTI, 2008).

ORLANDO FILHO et al (2007) afirmam que a resposta da cana-planta ao incremento de N se refletiu no maior vigor das soqueiras, aumentando a produção nos cortes subseqüentes entre a cana-de-açúcar com adubação e sem adubação nitrogenada. O manejo inadequado de um canavial, especialmente da adubação nitrogenada, pode resultar tanto em redução da produtividade da cultura quanto na sua longevidade, reduzindo, por conseguinte, o número de colheitas ou cortes entre as reformas.

Em cana soca a aplicação de adubo deve ser realizada nas laterais do pé, em cobertura combinando N – P2O5 - K2O com baixas quantidades de P2O5, em função do teor no solo. Quando a cana é colhida crua, a aplicação deve ser feita sem incorporação (VITTI et al. 2005).

Vitti et al (2005) recomenda que se faça adubação de 1,0 Kg de N para cada tonelada de colmo esperada. Enquanto para a aplicação de K, deve ser tomada como base a expectativa de produção bem como os teores de K no solo, mas a sua dose deve ser de 1:1 à 1:1,5 em relação a quantidade de N.

Como a colheita por despalha à fogo está sendo substituída por colheita mecânica, surge a implicação por maiores dificuldades no momento da aplicação dos fertilizantes, isto se deve ao fato da necessidade de aplicar os mesmos durante a cultura, e surge ainda a questão da compactação do solo que diminui a porosidade. O problema se agrava uma vez que a uréia é a fonte de N mais utilizada pelo fato de sua economicidade, mas que é sujeita a volatilidade. Assim VITTI (2007) recomenda também que se faça a aplicação em profundidade.

Costa (2003) comenta que, com relação ao manejo da adubação, o maior problema é quanto ao uso do N na adubação de soqueiras. A uréia, quando aplicada sobre a palha, apresenta elevadas taxas de perda de N-NH3 por volatilização, devido a ação da urease do solo e da palha.

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As carências de N se demonstram através de folhas menores que as normais e rígidas, pelo seu menor teor de umidade. A coloração destas é verde-clara e se mostra mais nas folhas velhas. O colmo apresenta um crescimento coeso, apresentando plantas com desenvolvimento pequeno e diminuindo a relação parte aérea/raiz (HAAG, 1987).

A principal fonte de K é o cloreto de Potássio (KCl), composto que é importado em 90% das quantidades usadas no país e a correta aplicação deste pode trazer significativas reduções de custos. Chaves (2004) afirma que este é o elemento importado em maior quantidade pela cultura de cana-de-açúcar. O teor de K nos fertilizantes é expresso em K2O.

O K evidencia sua falta apresentando plantas com colmos finos, de crescimento reduzido e internódios curtos. O sintoma mais típico da falta de K é o aparecimento de manchas avermelhadas na superfície das nervuras (HAAG, 1987).

Prado e Pancelli (2008) destacam que pesquisas sobre adubação estão em falta, principalmente quando se trata de soqueiras e mais especificamente em relação a elementos nitrogenados. O autor destaca ainda que o manejo de cana-de-açúcar é um dos fatores de maior importância para ter boa produtividade e em especial para cultivos de cana soca.

VITTI (2003) coloca que N e K são absorvidos em maior quantidade que Fósforo pela cana-de-açúcar, mas que exerce importante papel na cultura pois participa de processos metabólicos como: formação de proteínas; processo de divisão celular; fotossíntese; desdobramento de açúcares; respiração; fornecimento de energia a partir da ATP e formação de sacarose.

A calagem em solos ácidos tem efeitos como correção da acidez do solo, fornecimento de Ca e Mg, diminuição das concentrações tóxicas de Al e Mn, aumento na disponibilidade de P e Mo, melhoria nas propriedades físicas e químicas do solo, melhores condições de decomposição da matéria orgânica, liberando N, K, S e B e melhor aproveitamento dos fertilizantes (ORLANDO FILHO; MACEDO; TOKESHI, 1994).

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2.5.2 Preparo do solo e Plantio

Antes do plantio, o solo deve ser preparado, este leva em conta dois pontos, o primeiro é o preparo do solo para primeiro cultivo e o segundo é a reutilização da área para o cultivo de cana-de-açúcar (FREITAS, 1987). As principais operações para o autor são: limpeza da área, calagem quando necessária, subsolagens e gradagens.

Ao realizar a abertura dos sulcos com 25 centímetros de profundidade e com espaçamento entre linhas de 1 a 1,5 metros, pode se fazer a inserção dos toletes - estes, de plantas de 11 meses e cortados com 3 gemas cada - nos sulcos e após cobrir com camada de terra (VIANA, 2004). O autor salienta que se for realizada a adubação no plantio, o fertilizante não deve ter contato com o tolete. O gasto médio é de oito toneladas de cana por hectare. A densidade recomendada é de 12 gemas por metro linear (ROSSETTI; SANTIAGO, 2007).

O conhecimento empírico nos remete que os agricultores fazem o plantio antes da geada preferencialmente. Em regiões que esta não ocorre, devido à micro clima, o plantio pode se prolongar até agosto na região noroeste do Rio Grande do Sul.

Marucci (2009) afirma que na implantação os colmos devem ser dispostos nos sulcos de forma que fique pé com ponta, com o cuidado para não deixar “espaços vazios” sem gemas entre o pé e a ponta da cana. A falta de gemas gera um canavial com falhas por até 6 anos e o excesso, onera os custos de produção.

Durante as operações de corte, transporte e distribuição das mudas, deve-se evitar que as gemas venham a ser danificadas. De preferência, o plantio deve ser realizado logo após o corte, pois estocagem maior do que quatro dias pode comprometer a germinação, esclarece Townsend (2000). Deve-se atentar para a uniforme distribuição dos colmos nos sulcos, o que propicia um bom estande inicial de plantas. As gemas da ponta dos colmos apresentam maior vigor de germinação e estão menos sujeitas a injúrias do que as da base, o que é conhecido como "dominância apical", por esse motivo, os colmos serão colocados nos sulcos "pé com ponta", em colmos com entre-nós curtos.

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2.5.3 Aspectos quanto a escolha das cultivares

A escolha pelos produtores das cultivares de cana é um aspecto muito importante, visto que cada material apresenta certas características particulares quanto à adaptação referente às condições de clima e de solo, à resistência a pragas e moléstias e a quantidade de sacarose. Uma boa cultivar proporciona melhor rendimento agrícola sem qualquer custo adicional ao produtor (CRISPIM, 2007).

Os autores comentam que inicialmente os canaviais eram compostos por variedades introduzidas de outros países, logo iniciaram alguns programas de melhoramento nacionais e na década de 70 foram criados programas de cultivares como RB e SP trazendo significativas contribuições para a cultura.

Para Marques (2007), as variáveis climáticas como a temperatura, chuva, ventos, luminosidade, e a ocorrência de geadas devem ser observados para a escolha de uma cultivar.

2.5.4 Tombamento

É considerado tombamento a queda das plantas em decorrência de vários fatores, como altura dos colmos; hábitos de crescimento; fenômenos ambientais como ventos; algum tipo de deficiência nutricional nos colmos ou raízes; ou elevada massa dos colmos. Para ser classificado como tombados, os colmos devem estar mais do que 60º da vertical ( CARLIN; ALMEIDA SILVA; ROSSETTO. 2008).

O tombamento geralmente é medido por escala visual e torna o cultivo suscetível ao ataque de pragas como a broca (CARLIN, 2005). O autor também comenta que o tombamento influencia na concentração de sacarose nos internódios do colmo ao gerar novas plantas e que o teor de açúcar em colmos tutorados no final da colheita aumentou em até 35 % em relação a colheita de colmos tombados. Santos et al (2010), recomenda que se faça o plantio mais profundo do que 15 centímetros, pois com o desenvolvimento da planta e ação de fatores do clima como vento e chuva, pode acarretar em plantas tombadas.

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2.5.5 Maturidade fisiológica e colheita

A maturação da cana-de-açúcar envolve a questão botânica, fisiológica e econômica. Para a botânica a planta deve ter a floração realizada e a formação de sementes e a fisiológica, quando esta atinge seu máximo armazenamento de açúcar, já para a indústria (econômica) a cana deve atingir relação de açúcar que seja viável, sendo esta a concentração de sacarose em aproximadamente 13% em relação ao peso do colmo (ROSSETTO, 2007). A autora explica que para verificar a maturidade fisiológica é utilizado o refratômetro. Com a medição deste, pode ser verificada a relação de sacarose entre as extremidades da planta, uma vez que plantas imaturas apresentam diferenças nos teores de sacarose entre as extremidades da planta.

Do ponto de vista fisiológico da cultura, a colheita representa o final do ciclo de crescimento e maturação, atingindo o máximo de produtividade agrícola permitida pelas condições de clima e solo de cada região, pela tecnologia agronômica e variedades utilizadas. Existem três tipos de colheita da cana; a manual (envolvendo a queima), semi-mecanizada e mecanizada (ROSSETTO, 2007). Souza (2006) ao estudar o desenvolvimento do sistema radicular e da parte aérea de socas de cana-de-açúcar sob dois sistemas de colheita, crua mecanizada e queimada manual, verificou que a alteração do sistema de colheita da cana queimada manual para cana crua mecanizada reduz a amplitude térmica do solo, aumenta o teor de água e de matéria orgânica no solo.

2.6 Crescimento e desenvolvimento da Cana-de-açúcar

2.6.1 Efeitos da água na planta

Quando se busca extrair altos índices produtivos em uma cultura, a água, entre outros elementos, se torna um fator limitante. Na cana-de-açúcar, a água corresponde a aproximadamente 71% de sua massa fresca (DALRI; CRUZ, 2008). Rosseto (2006) comenta que através da água é realizado o transporte de açúcar na planta e que atinge acúmulo máximo de sacarose nos colmos quando a planta encontra restrições para o seu crescimento. Alguns fatores que restringem o

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desenvolvimento vegetativo são: falta de nutrientes, condições adversas de clima e também a deficiência hídrica. Essas condições forçam a planta a parar seu crescimento e amadurecer, sendo assim, a abundância de água durante a fase final da planta prejudica a sua maturação.

A cana-de-açúcar é uma planta com alta eficiência fotossintética, absorvendo o máximo de luz solar. Uma vez que cada entre nó é capaz de produzir uma folha em torno de dez dias, e quando esta morre, deixa de oito a nove folhas novas por colmo, sendo que as folhas apicais interceptam maior parte da radiação solar incidente (SILVA; ROSSETTO, 2005).

Ramos (2006) cita efeitos negativos causados a planta por estresse hídrico, são alguns deles: redução de assimilação de dióxido de carbono, tamanho das células foliares, taxas de transpiração na planta, taxa de crescimento, abertura estomática e afeta os tecidos de alongamento e meristemáticos que se encontram em maior grau nos internódios em expansão. O autor ressalta que as relações hídricas têm fundamental importância na elongação dos afilhos e altura final dos colmos.

2.6.2 Efeitos da luz em Cana-de-açúcar

Silva (1969) coloca que altos índices de pluviosidade combinados com baixa luminosidade na fase de maturação afetam negativamente a cultura. O autor conclui também que na fase de maturação da cana, a incidência de maior insolação sobre a planta faz com que ocorra a perda de água nos tecidos desta, causando um aumento na concentração de sacarose.

Ramos (2006) afirma que uma cultura ao sofrer competição intra-específica por luz, tem no seu desenvolvimento uma inibição no afilhamento e crescimento acelerado do colmo principal, pois a luminosidade está diretamente ligada ao processo fotossintético. A redução na incidência de luz solar sobre a cultura afeta o armazenamento de açúcar e acumulação de amido nas folhas, e assim prejudica a eficiência das plantas.

(23)

2.6.3 Minerais na planta

A cana-de-açúcar, com ofertas tardias de N tem seu acúmulo de sacarose desfavorecido, enquanto o desenvolvimento vegetativo, fator não desejado na maturação, é incrementado (RAMOS, 2006). Este nutriente é presente em aminoácidos, proteínas, DNA e no RNA da cana, e ainda presente em outras estruturas celulares. Sendo assim a importância desse nutriente no desenvolvimento da cana é indiscutível, uma vez que atua na parte estrutural da planta. Essas características demonstram a importância de se ter mais estudos nesta área (PRADO; PANCELLI, 2008).

O K não participa em nenhum composto orgânico presente na cultura, mas participa na síntese de proteína e açúcares, na conversão de energia, na funcionalidade dos estômatos e é cofator de 60 enzimas entre outros processos (CHAVES, 2009).

(24)

3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Localização

O estudo foi realizado no Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR), no município de Augusto Pestana – RS, no ano de 2009/2010, em experimento implantado em agosto de 2008, logo as avaliações ocorreram no primeiro ano de cana soca. O local atualmente é administrado pelo Departamento de Estudos Agrários (DEAg) da Universidade do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUI) que se situa no Município de Ijuí – RS. As coordenadas do IRDeR são 28° 26 30 de latitude ao sul e 54° 00’ 58” de longitude oeste em relação ao Meridiano de Greenwich e com uma altitude em torno de 300 metros.

3.2 Descrição edafoclimática

A região está classificada como clima subtropical (temperado) úmido, que na classificação de Köppen é Cfa. Onde incide quatro estações distintas, sendo que no verão a temperatura se situa na faixa de 18ºC a 40ºC enquanto no inverno elas variam entre -3ºC e 18ºC, com presença de algumas geadas. Segundo dados experimentais da estação do IRDeR, as precipitações pluviométricas registraram aproximadamente 2600 mm no período de julho de 2009 a junho de 2010, onde as maiores ocorrências foram no final de 2009 (ANEXO A).

3.3 Cultivar utilizada

A escolha da cultivar RB 855156 foi realizada por esta apresentar os melhores resultados produtivos em outros estudos no local.

Algumas características agronômicas que fazem esta cultivar ser interessante, são descritas por Coplana (2008): alta produtividade com altos níveis de açúcar e baixo teor de fibra, boa brotação sendo cana planta ou soca, boa estabilidade, alta adaptabilidade e resistência a seca e tolerância a herbicidas. Esta cultivar ainda conta com resistência as principais moléstias como carvão, escaldadura, ferrugem, estrias vermelhas.

(25)

3.4 Solo

O solo da área experimental é um Latossolo Vermelho Distrófico Típico. Para verificação das condições de fertilidade do solo, foi realizada coleta de amostras na área do experimento com profundidade de 0-20 cm, Nesta se utilizou uma pá de corte e foi realizado caminhamento em “zig-zag” na área experimental. Após foi realizada a analise química do solo. As análises foram procedidas no laboratório de analise de solos da UNIJUÍ. Na tabela 1 são apresentados os resultados obtidos.

Tabela 1. Caracterização química do solo no local da condução do experimento. IRDeR/DEAg/UNIJUÍ, Augusto Pestana/RS, 2008.

Argila

(%) pH Índice SMP

Fósforo Potássio Matéria Orgânica

(%)

(mg.L-1)

57 6,1 6,5 16,3 209 2,6

Alumínio Cálcio Magnésio H+AL CTCpH7,0 Sat CTCpH7,0

por bases (%) (cmolc.L-1)

0,0 5,1 2,9 2,5 11,0 77,7

3.5 Delineamento experimental e tratamentos

O experimento com área total de 634 m2 seguiu o delineamento de blocos ao acaso. Esta área foi dividida em 4 blocos (de 52,8 x 3 metros) nas quais foi alocado 16 parcelas (de 3 x 3,3 metros) que combinaram 4 diferentes dosagens para N e mais 4 para K, As doses empregadas foram: o dobro da recomendação técnica (Comissão de Química e Fertilidade do Solo para o RS e SC), o recomendado, 50% da recomendação e testemunha, sendo portanto de: 140, 70, 35 e 0 Kg ha-1 de N e 120, 60, 30 e 0 Kg ha-1 de K (ANEXO C). Permaneceu na mesma dosagem em todas as parcelas apenas o elemento Fósforo (P), na dose de 60 kg por hectare (a recomendação oficial).

Para o cultivo de cana em soqueiras, a adubação foi realizada em setembro de 2009, nas mesmas quantidades para cana planta, citadas acima. Os fertilizantes foram aplicados ao lado da soqueira, em pequenos sulcos abertos manualmente e após recobertos com solo.

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O plantio na parcela foi feito com implantação de 12 gemas por metro linear com espaçamento de 1,10 metros entre linha. As fontes de nutriente usado na fertilização foram uréia para Nitrogênio com concentração de 44% de N, cloreto de Potássio com 58 % de K2O e para Fósforo o super-Fosfato triplo com 41% de P2O5.

3.6 Caracteres estudados

3.6.1 Número de colmos (NC)

O número de colmos foi obtido através da contagem dos colmos cortados nas três linhas correspondentes da parcela. Com estes valores calculou-se o número de colmos por metro linear.

3.6.2 Rendimento de colmo (RC)

Realizado o corte dos colmos rente ao solo e outro corte na ponteira da planta da cana, observando o critério de corte pela diferença de coloração e fixação da bainha. Na seqüência os colmos foram pesados em balança, para determinar a massa de colmos da parcela. O peso obtido na balança representa área de 3,3 m2, sendo, depois expresso para hectares.

3.6.3 Rendimento líquido

Com o esmagamento dos colmos da parcela, em prensa mecânica, parte do líquido foi extraído e medido, para quantificar a produção de caldo em litros por parcela.

Para extrair a parte do líquido que ficou retido no bagaço, uma amostra de 5 colmos de cada parcela, foi submetido a secagem em estufa em temperatura de 60ºC, até a massa constante. O processo de secagem informou a quantidade de liquido retido no bagaço e o peso da massa seca. A soma do líquido evaporado e do líquido extraído na prensa resulta no rendimento líquido total extraído. Através de calculo chegamos a proporção do rendimento liquido extraído para a área de um hectare.

(27)

3.6.4 Sacarose

Para a obtenção da sacarose, foi realizada a medida com o refratômetro de campo que fornece instantaneamente a porcentagem de sólidos solúveis retidos no caldo (ºBrix).

3.6.5 Percentual de tombamento

O percentual de tombamento foi realizado com avaliação a olho nu das parcelas, sendo conferida uma nota em porcentagem, proveniente do valor médio de 3 observações. Após a medição é feita a média dos valores para cada parcela.

3.7 Análise estatística

Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância, para conferir se existem diferenças estatísticas entre os tratamentos, além de fornecer o coeficiente de variação que identifica a precisão e confiabilidade do trabalho realizado. Com base nos resultados obtidos foi realizado o teste de medias com auxilio do programa genes pelo método de Scott e Knott em nível de 5% de probabilidade de erro.

(28)

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados apresentados na tabela 2 demonstram pela análise de variância que não houve diferença estatística para as variáveis estudadas: número de colmos (NC), rendimento de colmos (RC), rendimento liquido extraído (RLE), porcentagem liquido extraído (%LE), porcentagem de matéria seca (%MS), percentual de tombamento (PT). Houve diferença estatística somente para a variável Brix (concentração de sacarose). Pode se verificar também que para a variável Brix o coeficiente de variação de 2,6% e portanto com elevada precisão. As outras variáveis apresentaram índices aceitáveis devido a natureza do experimento.

Tabela 2. Resultados da analise de variância para caracteres de importância agronômica para a cultura de cana-de-açúcar. IRDeR/DEAg/UNIJUÍ, 2010.

FONTE DE GL QUADRADO MÉDIO __ VARIAÇÃO NC RC RLE LT MS PT BRIX

(col.m-1) (Kg.ha-1) (L.ha-1) ---%--- (º)__

Bloco 3 29,8 8774771,9 74618748,4 44,6 44,6 658,8 0,86 Adubação 15 3,9ns 631737763,1ns 480563844,1ns 8,4ns 8,4ns 180,7ns 1,04* Erro 45 9,2 919815478,5 577597633,0 10,1 10,1 259,1 0,25 _ Total 63 _ __ Média 14,84 133432,7 105916,6 79,3 20,6 39,8 19,3 CV (%) 20,48 21,1 21,5 4,0 15,4 40,4 2,6 Máximo 22,00 203030,3 159285,9 85,5 30,3 95,0 21,0 Mínimo 8,00 60606,0 46387,8 69,7 14,4 15,0 17,5 _ *significativo a 5% de probabilidade de erro; NC: número de colmos; RC: rendimento de colmo; RLE: rendimento líquido extraído; %LT: porcentagem de liquido total; %MS: porcentagem de matéria seca total; PT: percentual de tombamento; BRIX: sacarose.

A tabela 2 apresenta que o grau Brix mínimo alcançado no experimento foi 17,5º, muito próximo do mínimo recomendado para uma colheita com bons rendimentos industriais, que é de 18º Brix, de acordo com Sculz (2007).

Santos et al. (2006) obteve 27,98 % de matéria seca em cana-de-açúcar colhida com 11 meses de idade, estes resultados estão de acordo com o teor de matéria seca média encontrada no presente experimento. Outras fontes como Pereira (2007) e Thiago e Vieira (2002) também estabelecem o teor médio de matéria seca em cana-de-açúcar em torno de 30%. Do mesmo modo, a relação de líquidos também indica uma proporção satisfatória deste na região Noroeste do Rio Grande do Sul.

(29)

A produção média nacional indica 79,6 ton.ha-1 e Rio Grande do Sul com 42,5 ton.ha-1(IBGE, 2010), quase 8 toneladas a mais do que em 2009. Considerando a media de 133,4 ton.ha-1 (tabela 2) alcançada neste experimento o rendimento de colmos obteve valores superiores comparado a média nacional e estadual em mais de 50 ton.ha-1. Essa diferença é resultado das praticas aplicadas no experimento associadas as condições climáticas, possibilitando a cultivar expressar seu potencial genético.

TABELA 3. Resultados do teste de comparação de médias para os caracteres número de colmos, rendimento de colmos, rendimento liquido extraído, porcentagem de líquido total, porcentagem de matéria seca total, percentual de tombamento e BRIX (sacarose), de cana-de-açúcar, na cultivar RB 855156. IRDeR/DEAg/UNIJUÌ 2010.

Fórmulas MÉDIAS _____

NPK NC RC RLE LT MS PT BRIX (Kg.ha-1) (Kg.ha-1) (L.ha-1) --- %---

____(º)_____ 0.60.0 15.5 a 150151.5 a 123398.4 a 80.7 a 19.2 a 31.2 a 18.3 b 35.60.0 17.2 a 140174.4 a 106745.0 a 78.3 a 21.6 a 43.7 a 20.3 a 70.60.0 14.2 a 124999.9 a 100562.9 a 80.4 a 19.5 a 41.2 a 19.6 a 140.60.0 14. a 128030.3 a 102962.0 a 80.3 a 19.6 a 50 a 19.1 b 0.60.30 14.7 a 145248.6 a 114230.9 a 78.4 a 21.5 a 35 a 19.6 a 35.60.30 14.5 a 149747.8 a 112874.0 a 80.2 a 19.7 a 33.7 a 20 a 70.60.30 15. a 120530.3 a 91860.1 a 76.2 a 23.7 a 47.5 a 19 b 140.60.30 14.7 a 123959.6 a 95337.5 a 77.2 a 22.7 a 36.2 a 19 b 0.60.60 14.7 a 138361.9 a 111536.8 a 79.9 a 20.0 a 37.5 a 19.1 b 35.60.60 13. a 121363.6 a 97957.8 a 80.3 a 19.6 a 45 a 20 a 70.60.60 14.7 a 131287.8 a 103904.6 a 79.0 a 20.9 a 38.7 a 19.5 a 140.60.60 15.2 a 139163.8 a 112293.9 a 81.5 a 18.4 a 31.2 a 19 b 0.60.120 16. a 153464.9 a 121708.3 a 78.6 a 21.3 a 51.2 a 19.8 a 35.60.120 13.7 a 124640.2 a 100414.8 a 79.4 a 20.5 a 41.2 a 19 b 70.60.120 14.2 a 120303.0 a 93649.4 a 77.8 a 22.1 a 30 a 19.5 a 140.60.120 15.7 a 162121.2 a 130634.4 a 80.6 a 19.3 a 43.7 a 19.1 b *médias seguidas de mesma letra não diferem significativamente entre si, em nível de 5% de probabilidade de erro pelo teste de Scott e Knott; NC: número de colmos; RC: rendimento de colmo; RLE: rendimento líquido extraído; %LT: porcentagem de liquido total; %MS: porcentagem de matéria seca total; PT: percentual de tombamento; BRIX: sacarose (sólidos totais).

Os resultados apresentados na tabela 3, para o teste de médias pelo método de Scott e Knott a 5% de probabilidade de erro, mostra que não ocorreu diferença estatística para o número de colmos com diferentes doses de N e K. O mesmo resultado foi conferido para Fabris (2009) avaliando o cultivo de cana-de-açúcar em

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relação a variedades, espaçamento e adubação nitrogenada, onde nenhum destes fatores interferiu no número de colmos por metro linear. Além disso este resultado esta de acordo também com Bernardes (2009) que neste mesmo experimento, em cana planta, não observou diferença para doses de N e K combinadas. Flores (2010) não encontrou diferenças significativas no número de plantas ao avaliar o desenvolvimento destas em função de cinco doses de K. Diferentes foram os resultados obtidos por Barbosa et al. (2009) que avaliou o número de plantas na linha em relação a fertilização nitrogenada onde obteve valores significativamente superiores com a dose de 156 kg.ha-1 de N. O número de colmos aumentou de maneira expressiva com a aplicação de fertilizante nitrogenado (RASCHE; MARTINEZ, 2010).

O rendimento de colmo, nos diferentes tratamentos, não diferiram entre si pelo teste de médias (Tabela 3). Para Calcidoni et al (2008) os resultados foram semelhantes ao presente trabalho, pois não ocorreram diferenças no rendimento das soqueiras pelo incremento de N. Vitti et al (2007) afirmam que houve ganho linear em resposta de seis doses diferentes de fertilizante nitrogenado, ressalta ainda que estes ganhos se estenderam da segunda para terceira soca. Da mesma forma Rasche e Martinez (2010) avaliando a produção de colmos com doses de fertilizante nitrogenado, verificou que esta diferiu estatisticamente, se ajustando em uma função linear, onde a cada 1 kg.ha-1 de N incorporado ocorre ganhos de 0,57 ton.ha-1. sendo que o máxima de colmos foi atingida com a dose de 180 kg.ha-1. Para Teixeira (2005) o incremento de K no cultivo de cana de açúcar trouxe ganhos relevantes no rendimento de colmos por hectare.

É possível observar que todas as combinações de nutrientes que continham 140 kg.ha-1 obtiveram os piores resultados para a concentração de sacarose (Brix) em relação aos demais, sendo, portanto negativo o efeito do N sobre o acumulo de sacarose. Esse efeito ocorre devido a indução que o N tem sobre o desenvolvimento vegetativo na cana-de-açúcar, inibindo o acúmulo de sacarose. Estes resultados correspondem aos obtidos por Bernardes (2009) e Espironello et al. (1987) que confirmam ainda que K em altas doses também afetou negativamente a cultura, que teve resultados iguais tanto para cana planta como para soqueira. Vitti et al (2007) ao avaliarem os efeitos do N em cana soca, conferiram que este elemento teve efeitos nulos quanto ao acúmulo de sacarose. O mesmo concluiu Silva et al (2009) ao testarem cana-de-açúcar irrigada em diferentes doses de N e K.

(31)

O experimento pode ter sofrido influência por aspectos indesejáveis. No caso do tombamento há influencia no sentido de que este induz a emissão de raízes e de gemas, que consomem sacarose no seu desenvolvimento. Além disso os brotos têm comportamento similar ao de uma planta jovem, com pouco armazenamento de sacarose e quando colhidos juntos com a cana madura tendem a diminuir a qualidade industrial do caldo e podem estar presentes em ate 30% do total da produção (CARLIN, 2005). O autor comenta também que para colmos maduros, o tombamento transloca e concentra sacarose nas curvas do colmo que surgem a partir do tombamento, quando o ápice se direciona para buscar luz (Fototropismo). Ocorre a possibilidade destes fatores terem afetado os resultados, uma vez que algumas parcelas continham a presença de brotos laterais estimulados pelo tombamento.

O solo do experimento apresenta alta fertilidade, de modo que a disponibilidade de minerais na solução do solo pode influenciar na cultura e contribuir para os resultados obtidos. Efeito similar ocorreu no trabalho de Vitti et al (2007) que identificou a interferência dos resíduos da incorporação de diferentes doses nutrientes da segunda soca nos resultados da terceira soca, sendo que neste último o N agregado foi de 100 kg.ha-1 o que pode também refletir na longevidade de um canavial.

A qualidade do caldo da cana-de-açúcar sofre interferências do sistema de manejo, da palhada, da soqueira, da cana colhida sem queima, e também da nutrição mineral da planta (VALE, 2009). Portanto as parcelas podem ter sofrido incremento do N presente na palhada dos canaviais, de modo que não foi observado sintomas de deficiência nutricional nem nas plantas das testemunhas. Principalmente de parcelas que dispunham de menor quantidade de palha. Interferências similares no canavial foram observados por Calcidoni et al (2008) avaliando soqueiras com diferentes doses de N, Onde as poucas respostas a incorporação de N por presença de resíduos culturais que contribuem com o fornecimento de N para a planta. Para Vitti et al (2007) fontes de N no solo permanecem no solo através da palha exercendo o efeito residual.

A análise de solo da área experimental mostra que os teores de Potássio e Fósforo estão muito alto e alto respectivamente. Isto indica que na solução do solo da área ocorre alta presença destes nutrientes. Ao contrario, em solos com estes elementos em níveis reduzidos é possível que ocorra maiores diferenças estatísticas

(32)

entre os tratamentos. Já para áreas de cultivo é importante ressaltar a importância de realizar a amostragem do solo, pois através dela é possível identificar a qualidade do solo e o comportamento deste na cultura.

(33)

5 CONCLUSÃO

Não ocorreu diferença estatística para diferentes doses de N e K para os caracteres número de colmos, rendimento de colmos, rendimento de caldo, rendimento líquido extraído, porcentagem de liquido total, porcentagem de matéria seca total e Percentual de tombamento.

Ocorreu Interferência negativa no Brix (sacarose) com a aplicação de 140 kg.ha-1 de N.

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