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Pastoreando o coração de seu filho Baseado na obra Pastoreando o coração da criança

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Academic year: 2021

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Aula 9 – Da Infância à Pré-escola Objetivos de Treinamento

O primeiro estágio do desenvolvimento, da infância à fase pré-escolar, abrange o período do nascimento até à idade de quatro ou cinco anos. É um período marcado por profundas mudanças.

A primeira mudança é a física. Em pouco tempo nos deparamos com uma criança correndo e subindo nos móveis, quando há poucos meses mal sabia levantar a cabeça. Neta fase a criança passa a manipular objetos, girar os trincos e destrancar as portas. Aprende também a alimentar-se. A mudança física é tremendamente significativa.

Outra mudança extrema é a social. A pequena criança aprende primeiro a se relacionar com sua mãe. Logo, outros membros da família ampliam seu círculo de pessoas familiares. Aprende a cativar os outros, a buscar aprovação e, com quatro ou cinco anos terá seu próprio círculo de amigos.

Também pode-se observar a mudança

intelectual. Ainda pequena a criança elabora

seus significados e generaliza as regras gramaticais. É muito comum ouvir delas a conjugação própria dizendo eu pensi em vez de eu pensei. A curiosidade é latente e, consequentemente, as perguntas também:

Por que as portas se abrem com dobradiças? Por que as coisas caem no chão? As pessoas podem me ver quando fecho os olhos? Ela

aprende a conversar, contar, brincar, a ser engraçada e a ficar séria. Também aprende a respeito de valores, entendendo o que é importante e o que não é.

Finalmente, a criança experimenta mudança

espiritual. Visto que é uma criatura espiritual

(como todo ser humano) a criança aprenderá

a curvar-se diante do Deus Criador e Salvador ou se curvará diante dos falsos deuses – principalmente os ídolos de seu próprio coração.

Diante de tantas mudanças é difícil saber onde manter o foco. Você de precisa de um único objetivo de treinamento que seja estrito o suficiente para dar-lhe direção em situações concretas e amplo o suficiente para envolver o mundo em mutação da pequena criança.

Entendendo a autoridade

A lição mais importante para a criança neste período é que ela uma pessoa que está sob autoridade. Deus a criou e, portanto, ela deve obedecer a Deus em todas as coisas. O principal texto bíblico a ser aplicado neste período é Efésios 6.1-3.

Foco em direção a Deus

Os filhos necessitam aprender que foram feitos para Deus e têm um dever para com Ele. Ele tem o direito de governá-los. Os filhos devem obediência a Deus.

Se esta verdade não for absorvida e ensinada os seus filhos jamais se sujeitarão a você. Nunca terão uma existência para glorificar a Deus e serão voltados para si mesmos como o principal objeto de adoração sem eu próprio mundo.

A submissão à autoridade terrena é uma aplicação específica do ser uma criatura sob a autoridade de Deus. Obedecer a Deus pode parecer algo teórico e distante, mas com a presença do pai e da mãe eles refletirão sobre como se deve obedecer a Deus.

Familiarize seu filho com o conceito de autoridade desde o momento em que você o traz para a casa. As lições estabelecidas nos

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primeiros anos da infância produzirão fruto durante toda a infância.

O círculo da bênção

Revendo o texto de Efésios 6.1-3 nos deparamos com um círculo que o próprio Deus delineou para grande bênção dos filhos. Os filhos devem viver neste círculo de submissão à autoridade dos pais. E submissão aos pais significa honrar e obedecer. Quando estão dentro deste círculo as coisas vão bem e os nossos filhos terão vida longa.

Então, fica fácil perceber que os filhos obedecem, não para que os pais fiquem bem, mas sim, para que os filhos fiquem bem. Eles são os diretos beneficiários da obediência ao papai e à mamãe. O filho desobediente afasta-se da bênção que lhe foi prometida. No círculo ele está em segurança, fora dele está em grande perigo. Cabe aos pais o dever de conduzir o retorno do filho a proteção e segurança toda vez que seu pequeno sair do círculo criado por Deus.

Resgate

Lembra-se da comunicação e da vara? Ambas têm a função de resgate. Afinal, quando o filho desobedece, não é apenas aos pais, mas em primeiro lugar a Deus. Torna-se sujeito à disciplina que Deus determinou para filhos desobedientes. A disciplina restaura e traz o filho de volta à proteção do círculo.

Definição de honra

Honra os pais significa tratá-los com respeito e estima por causa de sua posição de autoridade. É honrá-los por causa do seu papel de autoridade. O filho só será capaz de honrar aos seus pais se (1) eles o treinarem a fazê-lo e (2) os pais demonstrarem honra em seu comportamento e conduta.

Não é fácil treinar os filhos para honrarem os pais em uma cultura em que ninguém é honrado. Uma das maneiras mais claras em que isso ocorre é na forma como os filhos falam com seus pais. Os filhos jamais deveriam falar com os pais com imperativos ou como se estivessem falando com um amigo. Eles devem ser treinados a expressarem seus pensamentos de maneira adequada e respeitosa.

Tal direção pode ser dada amavelmente por meio de frases como Desculpe, querido, mas

não fale comigo desta forma. Deus me fez sua mãe e disse que você tem de me tratar com honra. Agora, vamos ver uma forma mais respeitável para que você expresse o que quer dizer. Ou: Filho, esta forma de falar pode ser comum à maneira como você se dirige aos seus amigos, mas não a mim. Agora, da maneira que agrada a Deus, fale novamente o que você queria me dizer. Ou ainda: Querido, você não pode me dar ordens. Pode me fazer pedidos, porque Deus me pôs como autoridade sobre você.

Lembre-se: não espere que seu filho vire um adolescente para que este treinamento comece. Se o fizer, muito provavelmente sofrerá o desrespeito dele. Os adolescentes respeitosos se desenvolvem quando têm entre 1 a 5 anos e não quando têm 13 a 16 anos.

Um pai respeitoso para com os filhos, e que os ensina sobre dignidade e respeito, será igualmente respeitado por eles. Não grite com seus filhos. Não os torne em meros escravos. Se os tratar com indignidade ou grosseiramente, enfim, se cometer algum tipo de pecado dirija-se a eles e peça perdão.

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Definição de obediência

A obediência é a submissão voluntária de uma pessoa à autoridade de outra. Isso significa mais do que um filho fazer o que lhe manda, e sim fazer o que lhe mandam SEM DESAFIO, SEM DESCULPA E SEM DEMORA. Frequentemente a submissão significa fazer o que não desejamos fazer, ou pelo menos o que não queremos fazer naquele momento. Existem várias maneiras de treinar os filhos à obediência. Muitas delas podem não ser corretas: treinar a obedecer quando você grita; treiná-los a obedecer se quiserem; treiná-los a obedecer após haver implorado e ameaçado.

Quando suas orientações esbarram em algum tipo de discurso impeditivo, seu filho não está obedecendo. Quando se recusam a fazer imediatamente, não estão obedecendo. A submissão à autoridade significa que eles obedecem sem demora, sem desculpa e sem desafio.

Pense no seguinte exemplo: quando você diz a sua filha querida, vá para a cama agora, existe só uma resposta apropriada: ir para a cama imediatamente sem resmungar. Aceitar outra resposta é treinar o filho à desobediência.

Recorde-se de que aquilo que está em jogo é a vida de seus filhos. Por isso eles devem honrar e obedecer.

Chamada à consistência

O pai dedicado deve estar preparado a navegar contra a correnteza. Nossa cultura perdeu o conceito de submissão à autoridade. Você precisa ser consistente, usando as mesmas regras a cada dia e, quando

necessário fazendo uso de cuidadosa disciplina. Seja perseverante para que eles perseverem até que as lições de submissão sejam aprendidas.

Dê orientações claras e reforço integral. Nunca permita que eles desobedeçam, antes, lide com eles. Se você entende o temor ao Senhor e o perigo de desobedecerem, você não permitirá que seu filho ignore a lei de Deus. Você deverá intervir e fazer com que ele retorne ao círculo da bênção. Afinal, a obediência aos pais é uma questão entre o filho e Deus e não entre o filho e seus pais. Uma vez aprendidas, as lições de submissão atuarão por toda a vida.

Desobediência não. Apelo sim!

Uma vez que seus filhos entendam que são criaturas sob autoridade e que nem sempre podem fazer o que gostam, você pode ensiná-los a apelar à sua autoridade.

Não se trata de negociar a autoridade que pertence aos pais. Eles não devem obedecer apenas quando acham correto ou justo. Eles não podem exigir argumento a respeito de suas orientações. Seus motivos devem estar firmes, pois são sempre inegociáveis.

Todavia, nossos filhos não são máquinas. Eles têm ideias e pensamentos. Portanto, ensine-os a apelar respeitensine-osamente. O processo de apelo é uma válvula de segurança em dois aspectos: (1) você pode ter sido inadequado e caprichoso em sua ordem, assim você poderá mudar sua orientação, caso tenha sido este o caso. (2) é uma válvula de segurança para seus filhos, pois sabem que os pais poderão reconsiderar a ordem se a mudança for benéfica para a pessoa ou para a família. Veja um exemplo: seu filho está lendo na cama. Está na hora de apagar as luzes. Você

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pode chegar ao quarto e simplesmente apertar o interruptor. Seu filho deverá obedecer ao seu comando. Ou você poderá perguntar: quantas páginas faltam até o final do capítulo. Ah, só uma página. Ok, você terminar e depois disso apague as luzes. Pais sábios exercitam a sensibilidade às necessidades de seus filhos, enquanto lhes fornece as devidas orientações. Seu objetivo é imitar a autoridade divina que sempre é amável e não ser um déspota no lar.

Padrão para o apelo

1. a criança deve obedecer imediatamente, não depois do apelo.

2. deve apelar de uma maneira respeitosa 3. deve estar preparada a obedecer, de qualquer forma

4. deve aceitar a resposta ao apelo com um espírito gracioso

A importância do exemplo

É difícil ensinar a submissão à autoridade em uma cultura em que temos poucos modelos a seguir. Houve época em que os adultos forneciam exemplos de submissão à autoridade. A esposa (mãe) se submetia ao esposo (pai) como o chefe da casa. O homem (pai) se submetia a seu chefe. Havia respeito geral pela lei na sociedade. Havia um conceito geral da posição de cada um, de como deveriam se comportar.

Vários movimentos que começaram a influenciar a sociedade da segunda metade do séc. XX em diante, mudaram este conceito. Já que o interesse de nossa cultura na igualdade e dignidade dos indivíduos não se baseia nas Escrituras, o conceito de respeito pela autoridade se perdeu. Assim, nossos filhos estão crescendo neste tipo de ambiente,

completamente destituído de um modelo de autoridade.

Isso torna urgente a tarefa de servirmos como exemplo de submissão aos filhos. A autoridade bíblica do pai e a submissão bíblica da mãe ao marido servem para este objetivo. Não importando em qual âmbito for, certifique-se que sua submissão às autoridades será um exemplo positivo para seu filho.

Outra coisa muito importante é a maneira como reagimos diante das autoridades. Nossos desapontamentos e comportamento ensinam como nosso filho se comportará com a autoridade. As atitudes reveladas ensinam dois caminhos: ou a submissão bíblica ou a independência e rebelião não bíblicas.

Pastoreando os filhos nas atitudes santas

Uma preocupação primordial que temos tido em nossas aulas é a de orientar aos filhos em direção a Deus.

O aprender a submeter-se à autoridade apresenta belas oportunidades de pastorear o relacionamento dos filhos com Deus. Ele ordena que os filhos obedeçam aos pais. Deus deu essa ordem. Eles precisam ser conduzidos a viver no mundo como criaturas de Deus; isso significa submissão, em todas as coisas, a esse Deus bondoso e sábio. O chamado de se submeter ao pai e à mãe é, também, um chamado a confiar em Deus e não confiar no

eu que insiste em dizer-lhe que não se

submeta. Afinal, o eu diz: faça o que quiser, como quiser e quando quiser.

Que grande oportunidade Deus nos dá de falar aos corações de nossos filhos. Mostre-lhes que eles são inclinados a desobedecer sem pensar, a dar as costas àquilo que é bom

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para eles. Confronte-os com sua própria fraqueza e incapacidade de obedecer a Deus, a menos que atue dentro de você e também deles. A convicção de que a obediência é benéfica levará seu filho a Deus, porém não acabará com as tentações que procurarão levar você e seu filho a não fazer o que é bom e leva a Deus.

O evangelho parece irrelevante para a criança egoísta, de quem não se exige que faça o que não queira. Para o filho arrogante, que ouviu durante toda a vida o quanto é maravilhoso em todo tempo, o evangelho não terá qualquer valor. Mas, para o coração que está persuadido que Deus o chama para fazer algo e que ele deve se submeter alegre e voluntariamente à autoridade, o evangelho se torna o poder para inclinar o coração pecaminoso à obediência.

Benefícios de aprender a estar sob autoridade

Deus prometeu aos filhos que honram e obedecem a verem os planos deem certo e desfrutarem de vida longa na terra. Obviamente que o filho submisso aos pais goza de rica bênção. Eles são respeitados pelos professores, recebem oportunidades especiais, são estimados por seus amigos e pela comunidade cristã.

O filho treinado na obediência bíblica é mais apto para entender o evangelho. O poder e a graça do evangelho são entendidos mais profundamente não por aqueles que deixam de encarar seus deveres bíblicos, mas por aqueles que os encaram. Ao conhecermos nossa resistência à autoridade, conhecemos nossa incapacidade de fazer o que Deus ordenou e somos confrontados com nossa necessidade de graça e do poder de Jesus Cristo. Só este poder pode fazer com que

nossos filhos cheguem ao ponto em que Deus protege e abençoa.

Quais são as lições secundárias da disciplina bíblica? Embora o filho possa não apreciar inteiramente a importância da submissão, treiná-lo a fazer o que deve, independentemente de como se sente, prepara-o para ser uma pessoa que vive pelos princípios e não pelos sentimentos e impulsos. A criança aprende que não pode confiar em si mesma, a fim de julgar entre o certo e o errado. Ensina-o que deve existir um ponto de referência fora de si mesmo. Aprende, também, que o comportamento tem implicações morais e resultados inevitáveis.

Ganhar tempo – Fazer certo

Se seus filhos ainda são pequenos não deixe o tempo passar. Não permita que desenvolvam hábitos de desobediência. Garanta que aprendam a obedecer sem desafio, sem desculpa e sem demora.

Não perca tempo tentando confeitar a submissão a fim de torná-la digerível. Obedecer somente quando faz sentido não é submissão é acordo. Submissão significa fazer o que não queremos fazer. Nunca é fácil e sem dor. A verdadeira submissão bíblica é encontrada no conhecimento de Cristo e sua graça. Não tente fazer algo que não exija graça e nem reduza a submissão à autoridade a algo que se adapte ao homem natural.

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