Alimentos vêm diretamente
do campo
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Hospital enriquece o cardápio
dos pacientes com doações
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Curso de Gestão é chance de
crescimento para instituições
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Do CAmpo à mesA: novos DoADores,
trAbAlHo voluntário, CApACitAção e
milHões De refeições
informAtivo
tar císio de paula/ sescMesa Brasil Sesc em Belo Horizonte Avenida do Contorno, 525, Centro Belo Horizonte/MG
(31) 3888-3030
mesabrasil@sescmg.com.br
Mesa Brasil Sesc em Montes Claros Rua Viúva Francisco Ribeiro, 191, Centro Montes Claros/MG
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mesabrasilmontesclaros@sescmg.com.br
Mesa Brasil Sesc em Uberlândia Rua Benjamim Constant, 844, Aparecida Uberlândia/MG
(34) 3304-1240
mesabrasiluberlandia@sescmg.com.br • Empresas doadoras de alimentos: supermercados, produtores e associações agrícolas, fazendas, redes varejistas, armazéns, pada-rias, centrais de distribuição, indústrias que possuam alimentos excedentes ou sem valor comercial próprios para consumo humano. • Empresas ou organizações doadoras de serviços ou produtos: empresas de logística e postos de combustíveis, institui-ções públicas ou privadas e associainstitui-ções capazes de contribuir com o desenvolvimento de ainstitui-ções educativas e demais serviços referentes à sua área de atuação.
• Campanhas e eventos: empresas, instituições públicas ou privadas e associações, agremiações, entre outras que desenvol-vam eventos ou campanhas com fins de arrecadação de alimentos, produtos de higiene pessoal e limpeza.
• Voluntários: o Programa recebe voluntários que podem auxiliar com ações educativas ou serviços. É necessário ter mais de 18 anos e apresentar documento de identificação pessoal. Os interessados devem se inscrever em uma das unidades do Mesa Brasil em Belo Horizonte, Montes Claros e Uberlândia.
Como participar do Programa Mesa Brasil Sesc
• A empresa que doa amplia sua responsabilidade social e cidadania corporativa, além de diminuir os custos do descarte de produtos fora dos padrões de comercialização, porém ainda próprios para o consumo. A empresa também tem isenção de IPI e do ICMS (Confaz – Decreto n° 41.374, de 30 de janeiro de 2002, Art.1) para os produtos e serviços doados ao Programa.
• Instituições sociais e educacionais que atendam crianças, adolescentes, adultos, idosos, pessoas com deficiência e que sirvam refeições no local.
Quem pode ser doador
Vantagens para o doador
Quem pode receber as doações
Mesa Brasil Sesc: somar, sempre, para
crescer ainda mais
EDITORIAL
C
om crescimento sustentado e re-cordes anuais, o Mesa Brasil Sesc complementa milhões de refeições no estado. Qual é a receita de tanto sucesso? O “segredo” do programa de segurança alimentar do Sesc está na importância dada a cada ingrediente. Isso porque o Mesa é uma grande rede, que conta com a ajuda de diversos parceiros, doadores e voluntários. Cada um deles contribui para fazer o bem.Neste Informativo, você vai conhecer um pouco mais sobre o funcionamento eficien-te do Programa: começa com a coleta, vinda do excedente dos parceiros doa-dores, passa pelas ações de capacitação
de empresas, instituições e voluntários, e culmina na entrega às instituições sociais. Assim, o desperdício é reduzido, e uma alimentação mais completa é oferecida a milhares de pessoas.
Um dos resultados mais recentes da evo-lução do Mesa é a conquista de novos parceiros no campo: são alimentos nu-tritivos e frescos, vindos de fazendas e empresas agrícolas. Esse apoio representa mais pessoas com acesso à segurança nutricional, conforme podemos ver nas próximas páginas.
Para finalizar a receita, o Mesa investe na sustentabilidade. O programa oferece
ações educativas e de incentivo à geração de renda para as instituições sociais, que aprendem a elaborar projetos e captar recursos. Assim, eles passam a ser capa-zes de ampliar o atendimento e o alcance dessa grande rede. Os voluntários, que tanto doam, também recebem orientações sobre qualidade e seleção de alimentos, higiene e comportamento.
O crescimento do Mesa Brasil Sesc existe porque, na prática, transforma de verda-de (e para melhor) a vida verda-de milhares verda-de pessoas. E porque essa transformação motiva a equipe e os parceiros que levam a iniciativa adiante. Boa leitura!
D
ila
puc
cini/
sesc
rodrigo penido Duarte
DOAçãO E VOLunTARIADO
A
conta está fechadinha e bonita de se ver: se antes um alimento excedente na produção ou fora do exigen-te padrão estético comercial (ainda que com todas as pro-priedades nutritivas) ia para a li-xeira, agora, nos locais em que o Mesa Brasil Sesc atua, não vai mais. O Programa busca onde sobra e depois entrega onde falta, combatendo assim a insegurança alimentar e o desperdício de alimentos. Do campo à mesa, todo um ca-minho é percorrido, da coleta à doação. Para o processo dar certo, um dos papéis mais importantes é o dele: o volun-tário, que oferece seu tempo e sua força de vontade e recebe em troca a sensação única de alegria e satisfação, resultante da solidariedade. Assim, comeles e com a ajuda dos parceiros doado-res, o Programa consegue complementar as refeições de 713.185 crianças, jovens, adultos e idosos, de 697 instituições be-neficiadas em Minas Gerais. É para se emocionar, sim. Quer ver?
Atualmente, o Programa conta com 334 voluntários em todo o estado, que traba-lham na coleta e distribuição dos alimentos arrecadados, além de outras atividades. O grupo integra o Voluntariado Sustentável, projeto que oferece cursos de valorização social. Muitos são aposentados, como é o caso do senhor Ruy Marques Campos, 65, que abraçou a causa. Ele dedica o tempo livre nas coletas e, por vezes, também na entrega, já há 12 anos.
“Este é um trabalho sério, que atende pes-soas carentes. Para mim, que tive muita dificuldade na vida, é muito importante ajudar. Como hoje eu não preciso traba-lhar para sobreviver, posso me dedicar a ajudar o outro”, disse. Além disso, Ruy e o filho também trabalham, há 26 anos, na manutenção de duas creches no bairro Jardim Alvorada, na região da Pampulha.
Em tempo, uma solução
O programa de segurança alimentar e nu-tricional é composto por ações educativas e de distribuição de alimentos. Em Minas Gerais, está presente em todas as regiões do estado e conta com unidades fixas em Belo Horizonte, capital, Montes Claros, no Norte, e Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Para 2015, o objetivo é arrecadar e distribuir 1 milhão e 900 mil quilos de alimentos. Só no primeiro semestre, já foram distribuídos 1.299.824,63 quilos, o que corresponde a 68% da meta anual. Para se ter uma ideia, em 2014, a meta foi superada em 28%. Com esse sucesso, foi possível beneficiar mais de 900 mil pessoas no estado. Para Eliana das Graças, gerente de As-sistência do Sesc, área da qual faz parte o Mesa Brasil, o sucesso do Programa é explicado por uma conjunção de fatores, como a aquisição de um espaço próprio para a recepção de doações, em Belo Horizonte, e a inauguração de unidades fixas do Mesa. “O Mesa Brasil está mais estruturado. Isso nos permite intensificar o trabalho de visitas junto a novas empresas.
Além disso, a fidelização com quem já é doador também tem papel fundamental para alcan-çar o objetivo”, explica. As doações são coletadas em diversos parceiros – que ga-nham com a isenção de impos-tos e a diminuição de cusimpos-tos com descarte de produtos – e também no campo, local onde o foco está na busca da produ-ção que sobra ou não é con-siderada dentro dos padrões comerciais. Em seguida, os alimentos são entregues ime-diatamente onde falta, em ins-tituições sociais que assistem pessoas em vulnerabilidade social e nutricional. Os funcio-nários dessas instituições são capacitados no Curso de Boas Práticas de Manipulação e são instruídos a utilizar os alimentos da melhor forma possível, apro-veitando partes não convencionais, como cascas, talos, folhas e sementes.
Os alimentos doados são nutritivos, mas têm pequenas imperfeições, como pinti-nhas na casca da mexerica ou um formato diferente na cenoura. Esses produtos aca-bam preteridos pelo consumidor. A fruta está saborosa, mas a aparência e a forma falam mais alto. “São alimentos totalmente íntegros, totalmente conservados, que po-dem alimentar milhões de pessoas”, afirma Luciana Vacari, nutricionista do Mesa Brasil. De acordo com dados da Empresa Brasilei-ra de Pesquisa Agropecuária (EmbBrasilei-rapa) de 2012, quase um terço de todas as frutas, legumes e hortaliças que o Brasil produz é jogado fora. Só em frutas, são 5 milhões de toneladas desperdiçadas todo ano. São alimentos que iriam para o lixo e, agora, onde o Mesa Brasil Sesc está, não vão. ■
Do campo à mesa
No Brasil, segundo a Embrapa, cerca de um terço da produção de frutas, legumes e hortaliças é perdido. Programa Mesa
Brasil Sesc é solução eficiente para o desperdício de alimentos. Nesse processo, presença do voluntário é essencial
Do campo à mesa, programa de combate à fome do sesc leva refeições a milhares de pessoas
tar
císio de
paula/
PARcEIROs
S
e o trabalho é de buscar onde sobra e levar onde falta, para quem mais precisa, nada existiria sem a ajuda dos parceiros doadores. Atualmente, 262 empresas fazem doações ao Mesa Brasil Sesc. Entre elas, há indústrias, empresas do comércio, supermercados, atacadis-tas e produtores rurais, como é o caso das mexericas e folhas vindas de três doadores de Brumadinho (Banco de Brumadinho, Irmãos Queiroz e Nelson da Rocha), na Região Metropolitana de Belo Horizonte.Só o que veio dessa cidade entre o iní-cio da parceria (em abril) até julho deste ano representa 42 toneladas de alimentos que deixaram de ir para o lixo. No Mesa, os alimentos vêm de todo Brasil e vão para Minas inteira. Até 2014, as maiores doações vinham de grandes indústrias e do atacado. Neste ano, com as novas parcerias no campo, milhares de quilos de alimentos ampliaram a diversificação de doações.
Enquanto as antigas parcerias são essen-ciais e louváveis, as novas trazem vigor ao Programa, já que – além de ajudar no volume – trazem também uma nova gama de produtos, que completam a mesa dos assistidos. Quando se trata de frutas e legumes, o valor é muito especial, já que são alimentos vindos diretamente do campo, frescos e de excelente valor nutricional, e que vão direto para a mesa das pessoas atendidas.
É o caso de empresas como a Sekita Agro-negócios, líder nacional no cultivo de ce-nouras, além de produtora de beterrabas, alho, batata, entre outros; e a Comercial Agrícola São Gotardo, a CASG, que tam-bém produz cenouras e beterrabas. Com sede em São Gotardo, na região do Alto Paranaíba, as duas parceiras receberam uma visita técnica da equipe do Mesa Brasil e se tornaram doadoras frequentes desde março de 2015.
Na Sekita, são cerca de 30.000 quilos, entre cenoura e beterraba ao mês. De acordo com Antônio Márcio, diretor co-mercial da empresa, os alimentos cedidos são de excelente qualidade, mas estão fora dos padrões comerciais - ou seja, têm pequenas alterações no formato.
“A Sekita Agronegócios quer fortalecer ainda mais sua atuação como empresa sustentável, colaborando com o desen-volvimento social de nossa região. É real-mente gratificante saber que podemos reduzir nosso desperdício, destinando a quem realmente precisa”, disse Márcio. Na CASG, a emoção por contribuir é gran-de, como explica Vicente Márcio, encarre-gado do setor de beneficiamento. “A CASG sente-se feliz e orgulhosa por amenizar as necessidades das entidades beneficia-das, diminuindo também o desperdício e
fazendo a alegria daqueles que integram esta parceria”, disse. A empresa doa cer-ca de 15 mil quilos de cenoura por mês.
Iogurtes
Outra doação importante é a de iogurtes, item muitas vezes inacessível para muitos dos assistidos. Desde maio, o Mesa Brasil tornou-se parceiro da Trevo Alimentos, de Sete Lagoas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A cada semana, 700 quilos de iogurte são enviados ao Programa – todos eles próprios ao consumo e dentro do padrão de mercado.
“Faz parte do nosso negócio ser doador. Quando ficamos sabendo do Mesa, procu-ramos o Programa para fazer parte desse trabalho. Fico bastante feliz por saber que podemos ajudar doando algo que muita gente, infelizmente, não tem acesso”, afir-ma Reginaldo Carlos Nogueira, diretor de produção da empresa.
No estado
O Norte de Minas também conta com uma “safra” de novos doadores. A Asso-ciação dos Produtores de Limão do Jaíba, a Aslim, contribui com doação de limão tipo exportação e também nacional. Além dela, as Fazendas Mar Azul e Águas da Prata doam ao Mesa parte da produção de mangas.
No Triângulo, as novas doações vêm prin-cipalmente da Maeda Agro Alimentos Sau-dáveis, com cenouras, e da LW Batatas, ambas de Santa Juliana, cidade a 100 km de Uberlândia. Além disso, a Bom Biscoito e a Brasnica Frutas Tropicais, de hortifrutis diversos, também se tornaram parceiras. ■
Novos doadores: frescor e força ao Mesa
Além de aumentar a quantidade de doações, novos parceiros ampliam diversidade de produtos. Em 2015,
volume vindo diretamente do campo cresceu
Alimentos cedidos são de excelente qualidade, mas estão fora dos padrões comerciais, ou seja, têm pequenas altera-ções no formato
D
ivulgação/
CA
InsTITuIçÕEs sOcIAIs
O
s novos parceiros doadores fazem um bem danado e criam novos assistidos. O ciclo, que se inicia com o alimento onde sobra, encerra-se com a chegada às mãos de quem precisa. Atualmente, 713.185 pessoas, de 697 instituições atendidas, têm refeições com-plementadas pelo Mesa Brasil em Minas. São creches, abrigos, comunidades tera-pêuticas e asilos que recebem alimentos na hora certa.Um dos novos beneficiados é o Hospital da Baleia, de Belo Horizonte, que cuida principalmente de pacientes do Sistema Único de Saúde, em sua maioria vindos do interior. Por lá, são cerca de 500 pessoas atendidas diariamente – alguns internados e outros que vêm e ficam o dia todo. Dentre as mudanças causadas pela che-gada do Programa, em maio, está a pos-sibilidade de enriquecer e diversificar a dieta: a instituição, que servia uma fruta por dia, agora consegue oferecer o item no almoço e no jantar. Só em mexericas, são cerca de 200 quilos recebidos toda semana. Além disso, os cerca de 1200 quilos de cenoura doados mensalmente permitiram que o hospital destinasse parte dos recursos à melhoria do cardápio. A partir da parceria, o hospital tem conse-guido servir alguns produtos não comu-mente utilizados na instituição, pelo seu alto custo, como o suco de caixa de um litro, sabor laranja, que ajuda na dieta de pacientes com diversas restrições e ne-cessidades nutritivas. Outro item que foi inserido no hospital é o iogurte.
O pequeno Luiz Ricardo, de oito meses, internado com pneumonia, adorou. “Meu filho ficou muito feliz de tomar o iogurte. Viemos de Lagoa Santa e não tínhamos podido alimentar ainda. Essa doação é fantástica, porque ajuda muitas crianças”, contou Valéria Alcântara, 38, dona de casa e mãe de Luiz.
Os itens doados chegam pelo menos uma vez por semana e refletem em melhorias para o hospital. De acordo com Ana Ka-rina do Vale, coordenadora do serviço de nutrição da instituição, a economia gerada com o recebimento dos alimentos possibi-lita evoluções, como a troca de utensílios para servir refeições.
“Principalmente os pacientes da oncolo-gia, que têm o apetite alterado devido ao tratamento, sentiam-se muito mal com o uso do marmitex de alumínio redondo, que deixa a comida misturada. Conseguimos trocar por outro material, de polipropileno, que não queima as mãos, e tem divisórias para o alimento”, conta Ana.
Momentos únicos
Em uma das ocasiões mais marcantes, relembra Ana, está a doação, por meio do Mesa Brasil, de 324 quilos de iogur-te, vinda das empresas Trevo e Danone – alimento que o hospital não consegue oferecer aos pacientes.
“Tivemos uma senhora que nunca tinha tomado iogurte, aos quase 80 anos de idade. Na primeira doação que recebemos, ela estava aqui, internada, e recebeu o alimento, no início de junho. A gente vive com muita dificuldade. Histórias assim nos emocionam”, contou. ■
Novas doações, novos beneficiados
Mais doadores representam novas instituições sociais receptoras; em Belo Horizonte, Hospital da Baleia é um dos exemplos
Doações chegam em boa hora. o pequeno luiz ricardo, de oito meses, adorou
tar
císio de
paula/
sesc
Quantidade de alimentos arrecadados (kg) 1,9 milhão (68% da meta anual)
Pessoas beneficiadas 713.185 Instituições atendidas em minas gerais 697
Refeições complementadas 13,9 milhões
Ações educativas 71
Participantes nas ações educativas 1.941
Mesa Brasil Sesc em números
(dados de jan/jul de 2015)QuALIFIcAçãO
Ensinando a pescar
Curso de Gestão e Sustentabilidade do Terceiro Setor é oportunidade de aprendizado para gestores de
instituições sociais
A
s ações do Mesa Brasil são amplas. No caminho do campo à mesa, há ainda os cursos e palestras, queajudam a fortalecer as institui-ções sociais, estimulando sua autonomia e sustentabilidade. Na prática, estimula que gesto-res das instituições aprendam como elaborar projetos, captar recursos e, assim, melhorar o atendimento.
Um exemplo dessa ação educa-tiva é o Curso de Gestão e Sus-tentabilidade do Terceiro Setor,
que teve sua segunda edição realizada entre junho e agosto deste ano, em Belo Horizonte. A qualificação é separada em módulos: no ano passado, os gestores aprenderam a elaborar projetos para cap-tação de recursos. Em 2015, a edição mantém o tema, porém, mais aprofundado e com ênfase na prática da execução de projetos.
Com carga horária de 20 horas e 150 vagas disponíveis, as aulas são abertas tanto para quem já fez o primeiro módulo quanto para quem é novato. Em 2015, participaram gestores de creches, lares de idosos, além de outros, da capital e de cidades da Região Metropolitana, como Sete Lagoas, Santa Luzia e Matozinhos. De acordo com a analista de projetos De-nise Viana Fernandes, o intuito é desen-volver a formação dos coordenadores de instituições, para que tenham uma visão sistêmica e estratégica das ações. “O Mesa trabalha com captação e repas-se de alimentos porque a necessidade primeira é a alimentação. Porém, o que a gente vê em muitas instituições é que existe uma carência muito grande e que não é só de comida. É preciso orientar, para que o trabalho seja profissionaliza-do. A gestão é fundamental nesse pro-cesso, e os responsáveis nem sempre têm acesso à formação necessária”, explica Denise.
“Eles estão ali pela causa, pela luta. É uma boa vontade. Por isso, o papel da qualificação é essencial”, completa.
Qualificação é divisor de águas
Setenta e oito anos de idade e 30 anos de dedicação à Creche Comunitária Recanto Feliz, no bairro Santa Terezinha, na região da Pampulha, em BH. Dona Ivone Parreiras ajudou a fundar o local, trabalhando como voluntária e atendendo, no início, apenas 13 crianças. Hoje, três décadas depois, ela é a coordenadora administrativa da instituição, que agora atende 200 meninos e meninas, entre 0 e 6 anos.
Mesmo com tanto conhecimento de vida e prática, Dona Ivone não se cansa de aprender e correr atrás de melhorias para o local. Participante do curso no ano pas-sado, ela esteve de volta em 2015. “Eu vou em busca de tudo que pode ser bom para as minhas crianças. Corro muito atrás de doações, e o Mesa, nosso parceiro, é uma bênção, não só para a nossa creche,
mas para muita gente”, conta. Segundo ela, as dicas e os conceitos recebidos na formação ajudaram, além da conquista de grandes doações, a escrever um projeto para buscar ainda mais.
“Neste ano, após o curso, fize-mos um projeto para a Fundação Balbina Camila de Araújo (de As-sistência Social). Eles acharam tão boa a proposta que pergun-taram se a gente tinha contratado uma consultoria para escrever”, conta, orgulhosa.
Para a Agislaine Carvalho, 25, assistente social do Lar dos Idosos Santo Antônio de Pádua, em Venda Nova, na região Norte de Belo Horizonte, o Curso de Gestão e Sustentabilidade é “um divisor de águas em relação à captação de recursos. Essa capacitação está sendo excelente. Or-ganização, elaboração, apresentação e execução de projetos. Vai mudar tudo lá no Lar!”, afirma a jovem.
Segundo ela, após o curso, a instituição apresentou um projeto de captação para melhorias no imóvel, que atende 38 idosos, mas tem apenas quatro dormitórios. A ideia é reunir cerca de 90 mil reais e trazer mais conforto aos moradores.
Participante da formação pelo segundo ano, Cristina Guimarães, 27, coordenadora de projetos do Centro de Acolhida Betânia, na região Oeste de BH, já percebeu um crescimento muito grande na instituição após a participação no primeiro módulo, no ano passado.
“A qualificação agregou muito ao trabalho, principalmente nas mudanças de hábito da instituição. A gente aprendeu a valorizar nossos parceiros e a criar novos métodos. Além disso, renovamos nosso site e fide-lizamos clientes”, explica. ■
André, Cristina, Agislaine, valvira e ivone: gestores das institui-ções aprendem a elaborar projetos, captar recursos e, assim, melhorar atendimento
H
enrique Chendes/
cOnhEçA
O
Sesc no Parque é um grande even-to, com atividades gratuitas nas áreas de saúde, assistência, educação, esporte, lazer, turismo, cultura e meio ambiente. O objetivo é difundir as ações desenvolvidas e os serviços prestados pelo Sesc junto à comunidade. Por isso, esse é um momento especial: o Programa Mesa Brasil é divulgado para toda a comunidade, permitindo que o público adquira conhecimentos na área de nutrição e segurança alimentar.No estande do Mesa Brasil, há atividades para crianças e adultos. Para os peque-nos, são oferecidas as Oficinas de Cupca-kes de Casca de Banana, em que eles colocam a mão na massa e aprendem sobre o aproveitamento de partes dos alimentos que normalmente são descar-tadas. Também são oferecidas atividades com os mascotes da Turminha do Mesa. Para os adultos, muita interação e co-nhecimento com um totem que promo-ve um quiz sobre alimentação saudápromo-vel.
+ sescmg.com.br/MesaBrasil■
O
ferecido nas três unidades do Programa Mesa Brasil (BH, Montes Claros e Uberlândia), o Curso de Manipulação de Alimentos é voltado para voluntários e funcionários das instituições sociais. A cada semestre, são cerca de 215 vagas para cozinheiros, cantineiros e ajudantes das instituições sociais interes-sados em qualificação – tudo com base nas exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No curso, são tratados temas relacionados a nutrição,higiene, comportamento pessoal, entre outros, além de ser oferecida uma Oficina de Aproveitamento Integral dos Alimentos. O objetivo é melhorar a vida das pessoas nas instituições cadastradas no Programa por meio de ações educativas. Isso porque os manipuladores têm importante papel na prevenção da contaminação dos alimentos e na promoção da saúde, por meio do for-necimento de preparações balanceadas.
+ sescmg.com.br/MesaBrasil■
O
papel dos voluntários no Mesa Brasil é importantíssimo: envolvidos e de-dicados, eles se entregam à proposta do Programa, trabalhando na seleção e cole-ta dos alimentos nas empresas doadoras. Além disso, desenvolvem atividades junto às instituições sociais atendidas.Para auxiliar essas pessoas tão generosas, que doam parte de seu tempo ao Mesa, o Programa oferece treinamentos teóricos e práticos, em cursos com carga horária de 20 horas. Os temas são qualidade e seleção dos alimentos próprios para o consumo, e ainda há dicas para alinhar os procedimentos e padronizar as atividades executadas.
Os cursos são ministrados por nutricionis-tas do Mesa Brasil Sesc e também outros profissionais convidados, como médicos, psicólogos e nutricionistas voluntários do Programa. A atividade é oferecida desde 2013 em Belo Horizonte e, em 2015, será ampliada para Montes Claros, no Norte de Minas. + sescmg.com.br/MesaBrasil■
Capacitação de voluntários: ajuda para quem se doa
Mesa Brasil faz sucesso no Sesc no Parque
Curso de Manipulação de Alimentos: formação para
quem leva a refeição à mesa
olhos atentos durante visita ao laboratório de anatomia, na ufmG
Crianças fizeram fila para aproveitar a oficina de Cupcakes do mesa brasil sesc
H enrique Chendes/ sesc m ar cos m ichelin/ sesc
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Presidente do Sistema Fecomércio MG, Sesc Senac e Sindicatos: Lázaro Luiz Gonzaga
Diretor Regional: Rodrigo Penido Duarte
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