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A IDENTIDADE DO MISSIONÁRIO (MC 6,30-44)

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Academic year: 2021

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Avenida Brasil, 2079 - Bairro Funcionários - Telefone: (31) 3269-3100 www.arquidiocesebh.org.br

A IDENTIDADE DO MISSIONÁRIO

(MC 6,30-44)

Neste momento de formação queremos parar e refletir sobre nossa identidade. Quem somos? Quem é o missionário?

É importante entender a identidade, pois é ela que dá uma alma, um sentido profundo a todo o nosso fazer.

Queremos aprofundar isso à luz de uma Palavra de Deus, pois Jesus é o único que pode nos dizer com verdade o que devemos ser, ou melhor, como Ele quer o MISSIONÁRIO.

Os discípulos voltaram para junto de Jesus e lhe contaram tudo o que havia feito e ensinado.

Quais foram as atividades deste ano?

Nós também somos estes discípulos que fizeram muitas coisas, mas em nosso operar tem um necessário momento em que é preciso "parar", "voltar para junto de Jesus": para lhe contar tudo, para reafirmar a primazia Dele em nossa vida, em nosso operar (cfr RdM 77:

a cooperação missionária radica-se e se concretiza no estar pessoalmente unidos a Jesus).

Para reconhecer que tudo que fizemos, ensinamos, aprendemos Nele tem o seu começo e a sua plenitude. Perigo do protagonismo.

Vinde à parte, para algum lugar deserto, e descansai um pouco

E o mesmo Jesus confirma esta exigência da nossa vida apostólica, com um convite decidido e forte: Vinde à parte.

Convite para um tempo de intimidade, de regeneração das forças, de volta ao essencial. Um tempo de "gestação" em que o Mestre forma o discípulo.

Com efeito, Ele sabe que na "correria", no desempenho de muitos serviços, mesmo que pelo Reino, tem o risco de o discípulo (o cooperador) se afastar do verdadeiro CENTRO = Jesus.

O convite a ir à parte, significa, simbolicamente, aceitar deixar o "centro" junto ao qual estão tentados a se colocarem, para entenderem que o Centro é um Outro, que o protagonista da Missão é um Outro: JESUS.

... de todas as cidades

acorreram a pé para o

lugar aonde se dirigiam,

e chegaram primeiro

que eles.

O que acontece?

A multidão que tinham deixado a encontram todinha, de novo: os precedeu. É um lugar deserto, solitário, mas está povoado. Na intimidade com Jesus reencontra-se toda vivência, toda experiência, toda pessoa amada.

Ir á parte não significa se fechar, se isolar, mas levar consigo a multidão encontrada no desempenho de próprio serviço, tomar consciência do mundo de relacionamentos, afetos, cuidados, que o discípulo carrega dentro de si.

Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-se dela, porque era como ovelhas que não têm pastor. E começou a lhes ensinar muitas coisas.

E Jesus? Ele vendo a multidão se compadece. È um sentimento de Jesus que o leva a uma atitude: começou a lhes ensinar muitas coisas. Os discípulos podem contemplar o coração do Mestre que se compadece e ensina = sacia a multidão faminta de verdade, de consolo, de vida, de paz.

(2)

Avenida Brasil, 2079 - Bairro Funcionários - Telefone: (31) 3269-3100 www.arquidiocesebh.org.br Nós temos este coração? O coração do

verdadeiro cooperador é parecido ao coração de Cristo frente às multidões (pensar nos 4

bilhões de homens que não conhecem Jesus):

se compadece e age, por isso faz tudo que pode para "saciar".

Mas o que significa saciar?

No versículo 31 se diz que eles nem não tinham tempo para comer. Jesus os levando á parte, talvez quisesse que pudessem se alimentar. A comer o quê?

Na perspectiva do Mestre o alimento é outro, não só aquele material, mas Sua palavra: Ele mesmo é a comida e o descanso deles.

E agora, nesta intimidade povoada reparte para a multidão o mesmo "pão" que tinha preparado para os discípulos.

A hora já estava bem avançada quando se achegaram a eles os seus discípulos e disseram: “Este lugar é deserto, e já é tarde. Despede-os, para irem aos sítios e aldeias vizinhas e COMPRAR algum alimento".

A multidão cansa ... e às vezes também nós podemos sentir a tentação de "mandá-la embora", isto é, de tirar uma folga dela, pois achamos que não temos recursos e forças para sustentá-la.

Podemos sentir que de nada adianta o que fazemos, podemos sentir o cansaço, o desânimo, pois embora nossos esforços, tudo continua do mesmo jeito.

Mas ele respondeu-lhes: “DAI-LHES vós mesmos de comer”. Replicaram-lhe: “Iremos COMPRAR duzentos denários de pão para lhe dar de comer?”

E aí, o que Jesus responde? O quê nos responde?

Tem um contraste profundo entre a lógica humana de quem conta com suas próprias forças e pode estar tentado a pensar só em si mesmo, e a lógica de deus que é a da gratuidade.  Eles querem despedir a multidão

para que vá COMPRAR o pão; o mestre que dar o pão GRATUITAMENTE.

 Eles querem ficar tranqüilos, curtindo a companhia do Mestre; o Mestre quer que se tornem servidores da multidão faminta.  Mas o contraste mais profundo

estabelece-se em relação ao gênero de alimento a ser oferecido à multidão. Falam duas linguagens diferentes, usando a mesma palavra: COMER.

 Eles se referem ao pão material ; o Mestre fala de um outro alimento... de si mesmo, da Palavra.

Até aquele momento ele a repartiu para a multidão; agora Ele quer envolvê-los nessa ação evangelizadora. Quer precisar deles.

(3)

Avenida Brasil, 2079 - Bairro Funcionários - Telefone: (31) 3269-3100 www.arquidiocesebh.org.br Ele perguntou: “Quantos pães

tendes? Ide ver!”.

De modo imprevisto, ele se faz mendigo precisa do pão deles, precisa deles. É uma provocação, um apelo que os convida a se olharem para dentro. O pão de que dispõem é a mesma Palavra que acolheram na intimidade com Ele e que não podem reter ciosamente.

Depois de se terem informado, disseram: “Cinco, e dois peixes"

Puxa vida! É uma quantia ridícula para tamanha multidão!

Neste "ir e ver", eles se tornam cientes de sua pequenez, de que não são os protagonistas (ver no começo); no mesmo tempo se dão conta de que têm algo para dar.

O Mestre está pedindo que dêem um passo: pede que aquela pequenez, aquela quantia ridícula, da qual tomaram consciência , a coloquem em Suas mãos.

Quais são os cinco pães do cooperador missionário ?

Cfr. RdM nn. 78-85

 Oração e sacrifício pelos missionários (mãe da Francesca)  Promoção das vocações

missionárias (Teresina)

 Ajuda econômica, iniciativas, estilo de vida sóbrio e solidário

 Animação missionária: informar e formar a alma missionária do povo de Deus, transmitir o amor pela missão, suscitar outros cooperadores

 Experiência direta em território missionário (Cametá – Érika)

Então tomou os cinco pães e os dois peixes e, erguendo os olhos ao céu, abençoou-os, partiu-os

O Mestre toma nas mãos esta pobreza: tanto dos discípulos, quanto a nossa. No gesto de depositar entre Suas mãos os pães e os peixinhos está significada a disponibilidade a se tornarem, a nos tornamos servidores da multidão, a disponibilidade a sacia-la... com o alimento do Mestre e não com o nosso. e os deu a seus

discípulos, para que lhos distribuíssem

Depois dessa entrega, acontece o milagre da fecundidade.

Depois de ter acolhido e abençoado aquela pobreza, o Mestre a coloca de volta nas mãos dos discípulos, mas multiplicada por Ele!

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Avenida Brasil, 2079 - Bairro Funcionários - Telefone: (31) 3269-3100 www.arquidiocesebh.org.br Todos comeram e

ficaram fartos. Recolheram do que sobrou doze cestos cheios de pedaços e os restos dos peixes. Foram cinco mil os homens que haviam comido daqueles pães.

A pobreza entregue se torna fecunda.

Todos se saciam, (eles mesmos), o pão é superabundante, os cestos de pedaços sobrado estão cheios.

Doze, biblicamente, é um número que significa plenitude, perfeição, abundância. Os pedaços que sobraram são uma fecundidade inesperada que pode saciar também outros não presentes àquele banquete; é uma fecundidade que os ultrapassa, é a "desmedida" de Deus.

Eu nunca posso saber o que Deus faz com o meu pequeno gesto, feito por amor, com abertura. (missionário e doente).

Mas tem algo mais: aquela (e a nossa) pobreza entregue num ato de confiança e desapego, de humildade e generosidade os transforma, e nos transforma, de discípulos em apóstolos.

Não é por um acaso que os cestos são doze!

A

multiplicação

dos

pães

30

Os discípulos voltaram para junto de Jesus e lhe

contaram tudo o que havia feito e ensinado.

31

Ele

disse-lhes: “Vinde à parte, para algum lugar deserto, e descansai

um pouco”. Porque eram muitos os que iam e vinham e

nem tinham tempo para comer.

32

Partiram na barca para

um lugar solitário, à parte.

33

Mas viram-nos partir. Por isso, muitos deles

perceberam para onde iam, e de todas as cidades acorreram

a pé para o lugar aonde se dirigiam, e chegaram primeiro

que eles.

34

Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão

e compadeceu-se dela, porque era como ovelhas que não

têm pastor. E começou a ensinar-lhes muitas coisas.

35

A hora já estava bem avançada quando se achegaram

a eles os seus discípulos e disseram: “Este lugar é deserto, e

já é tarde.

36

Despede-os, para irem aos sítios e aldeias

vizinhas e COMPRAR algum alimento”.

37

Mas ele

respondeu-lhes

: “DAI-LHES vós mesmos de comer”. Replicaram-lhe:

“Iremos COMPRAR duzentos denários de pão para lhe dar de

comer?”

38

Ele perguntou: “Quantos pães tendes? Ide ver!”.

Depois de se terem informado, disseram: “Cinco, e dois

peixes

”.

39

Ordenou-lhes que mandassem todos sentar-se, em

grupos, na relva verde.

40

E assentaram-se em grupos de cem

e de cinqüenta.

41

Então tomou os cinco pães e os dois

peixes e, erguendo os olhos ao céu, abençoou-os, partiu-os e

os deu a seus discípulos, para que lhos distribuíssem, e

repartiu entre todos os dois peixes.

42

Todos comeram e

ficaram fartos

. 43

Recolheram do que sobrou doze cestos

cheios de pedaços e os restos dos peixes.

44

Foram cinco mil

os homens que haviam comido daqueles pães.

(5)

Avenida Brasil, 2079 - Bairro Funcionários - Telefone: (31) 3269-3100 www.arquidiocesebh.org.br

A identidade do missionário

1. Volta sempre para junto de Jesus:

para lhe contar tudo que fez;

para reconhecê-lo como Senhor;

para descansar com Ele;

2. Na intimidade com Jesus reencontra as multidões.

Elas povoam sua oração.

3. Contemplando o coração de Jesus sente, como Ele,

compaixão pela multidão que é como ovelhas sem

pastor.

4. Acolhe a lógica de Jesus que convida à gratuidade e

confiança em Seu poder.

5. A convite de Jesus toma consciência do que tem e

pode doar.

6. Pelas multidões famintas de pão e de Deus, ele

entrega seus cinco pães e dois peixes:

oração e sacrifício pela missão;

promoção de vocações missionárias;

solidariedade concreta;

animação missionária;

serviço direto na missão;

7. Entregando sua pobreza e pequenez se torna

fecundo, se torna APÓSTOLO.

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