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ANÁLISE SETORIAL SIDERURGIA

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Academic year: 2021

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(1)

ANÁLISE SETORIAL – SIDERURGIA

Juliana Ferreira

N°: 9319697

Leonardo Groppa

N°: 8925948

(2)

DEFINIÇÃO DO PRODUTO

TIPOS DE AÇO

Aços Carbono

São aços ao carbono, ou com baixo teor de liga, de composição química definida em faixas amplas.

Aços Ligados / Especiais

São aços ligados ou de alto carbono, de composição química definida em estreitas faixas para todos os elementos e

especificações rígidas.

Aços construção mecânica

São aços ao carbono e de baixa liga para forjaria, rolamentos, molas, eixos, peças usinadas, etc.

Aços ferramenta

São aços de alto carbono ou de alta liga, destinados à fabricação de ferramentas e matrizes, para trabalho a quente e a frio,

inclusive aços rápidos.

(3)

DEFINIÇÃO DO PRODUTO

FORMA GEOMÉTRICA

Semiacabados:

Produtos oriundos de processo de lingotamento contínuo ou de laminação de desbaste, destinados a

posterior processamento de laminação ou forjamento a quente.

Exemplos principais: Placas, blocos e tarugos

Produtos Planos:

Produtos siderúrgicos, resultado de processo de laminação, cuja largura é extremamente superior a

espessura (L >>>E), e são comercializados na forma de chapas e bobinas de aços carbono e especiais.

Produtos Longos:

Produtos siderúrgicos, resultado de processo de laminação, cujas seções transversais têm formato

poligonal e seu comprimento é extremamente superior à maior dimensão da seção, sendo ofertados em aços carbono e

especiais.

(4)

DEFINIÇÃO DO PRODUTO

PRINCIPAIS PRODUTORAS

(5)

DEFINIÇÃO DO CLIENTE/CONSUMIDOR

O aço é utilizado em quase todas as manufaturas, seja

na produção de bens de capital, seja na produção de

bens de consumo duráveis. Não são observadas

quaisquer especificidades quanto aos clientes dessa

indústria, pois são em sua totalidade manufaturas e

construção civil.

Em suma, traduz-se que os clientes da indústria

siderúrgicas são as manufaturas de bens de capital,

manufaturas de bens de consumo não duráveis e a

construção civil. Seja do mercado interno, seja do

(6)

INDICADORES DO SETOR SIDERÚRGICO - 2016

(7)

OCIOSIDADE, PRODUÇÃO E CONSUMO APARENTE

(8)

A PRODUÇÃO SIDERÚRGICA NO BRASIL EM 2017

(9)

A PRODUÇÃO SIDERÚRGICA NO BRASIL EM 2017

Fonte: Worldsteel

(10)

CENÁRIO INTERNACIONAL

(11)
(12)

ESTRUTURA: UMA TIMELINE DO SETOR SIDERÚRGICO BRASILEIRO

1920-1975

 1921: criação da Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira, com participação do consórcio belgo-luxemburguês Arbed e de empresários locais que, em 1917, haviam fundado a Companhia

Siderúrgica Mineira.

 1942: fundação da Companhia Ferro e Aço de Vitória (Cofavi), que posteriormente seria controlada pelo BNDES.

 1946: entrada no mercado de aço da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda, RJ.

 1951: ínicio de produção da Aços Especiais Itabira (Acesita), controlada pelo Banco do Brasil, além da criação da Companhia Siderúrgica Mannesmann, subsidiária de empresa alemã.  1952: criação do BNDE (futuro BNDES, 1982), dando à siderurgia brasileira um agente financeiro de estratégia governamental capaz de alavancar o mercado.

 1956: fundação da Companhia Siderúrgica Paulista (Cosipa), em Cubatão; houve grande participação acionária do BNDE (23,3% em 12 anos de mercado). No mesmo ano também ocorreu a fundação da Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas).

 1960-1967: com apoio do BNDE, inauguraram-se diversas siderúrgicas integradas e não-integradas no Brasil. Em 1963 foi fundado o Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), que

representava as empresas produtoras de aço no país.

 1968: surgimento do Conselho Consultivo da Indústria Siderúrgica (Consider), transformando-se em um conselho deliberativo do setor em 1970, o Conselho Nacional da Indústria

Siderúrgica.

 1971: Aprovação do Plano Siderúrgico Nacional, visando expandir a capacidade brasileira de produção de aço em mais de três vezes em 10 anos. Nessa época, o Brasil era o 17º maior produtor de aço do mundo.

 1973: inauguração da Usina Siderúrgica da Bahia (Usiba).

 1974: fundação da Siderurgia Brasileira SA (Siderbrás), holding estatal focada no controle e coordenação da produção siderúrgica estatal brasileira.

(13)

ESTRUTURA: UMA TIMELINE DO SETOR SIDERÚRGICO BRASILEIRO

1975-2010

 1979: apoio do BNDE ao setor siderúrgico brasileiro é fortalecido: entra em vigor o Sistema de Planejamento Integrado (SPI), estabelecendo condições para o fomento da atividade siderúrgica no país.

 1980-1987: corresponde à “década perdida”, quando a crise da dívida externa brasileira causou o declínio da demanda interna, diminuindo a produção de aço. Queda de lucros,

investimentos e baixa do crédito externo. A política governamental falha de combate à inflação também prejudicou o mercado.

 1988: extinção do Consider. Setor siderúrgico nacional estava altamente vulnerável, iniciava-se aqui a globalização de mercado de capitais. É iniciado o Plano de Saneamento do Sistema Siderbrás, realizando privatizações de empresas siderúrgicas de menor porte.

 1990: 65% da siderurgia brasileira é controlada pelo Estado. Há alto nível de endividamento, baixos investimentos em pesquisa e conservação ambiental, empresas limitadas em

autonomia de planejamento e estratégia comercial. Ocorre então a criação do Programa Nacional de Desestatização, gerido pelo BNDES.

 1991-1996: Plano Nacional de Desestatização possibilitou uma nova etapa de desenvolvimento e fortalecimento do setor siderúrgico brasileiro, consolidando a produção brasileira no

cenário internacional. Nesse período, o setor concentrou-se em um menor número de grupos industriais; os seis principais eram: CSN, Usiminas/Cosipa, Acesita/CST/BelgoMineira, Gerdau/Açominas, V&M e Villares.

 1997: Companhia Vale do Rio Doce, detentora de posições acionárias no setor, é privatizada, dando força à CSN, grande controladora da outra.

 1998: movimentos de internacionalização ocorrem no setor: Acesita, CST e Villares são adquiridas pelo grupo francês Usinor, que depois faz uma fusão com a Arbed e a Aceralia,

tornando-se o maior grupo siderúrgico mundial, o Arcelor.

 2002: Gerdau anuncia fusão com a canadense Co-Steel, tornando-se o 15º maior produtor de aço do mundo.

 2003-2007: Siderúrgicas investem em modernização e atualização tecnológica das usinas, melhorando a capacidade instalada.

 2008-2009: crise econômica mundial prejudica o setor; exportação brasileira cai, há variação cambial e diminuição nas vendas de aço no exterior. Fonte: Pwc publicações e site do BNDES

(14)

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO INVESTIMENTO NO SETOR E DA

DEMANDA (2010-2015)

OBS: a evolução histórica da demanda é tradicionalmente

computada pelas vendas

totais, não os investimentos ou o valor adicionado. No setor de siderurgia há uma ociosidade da capacidade

instalada, o que gera

sobreoferta no mercado. Com isso, os dados de venda de produto costumam divergir de uma fonte para outra. Assim, a análise da evolução da demanda pelas vendas se torna pouco eficaz em descrever a estrutura do

mercado. Dessa forma,

primeiramente cabe analisar

os investimentos por

unidade e a ociosidade dessa indústria perante a demanda. Em um segundo momento, cabe a análise do valor adicionado bruto, a ser

dividido entre os

participantes da produção. Fonte: Relatórios de Sustentabilidade da Aço Brasil

(15)

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO INVESTIMENTO NO SETOR E DA

DEMANDA (2010-2015)

0 20 40 60 80 100 120 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Investimento Total (US$) / Unidade de Aço Bruto (kg) 112,5713245 87,98838963 92,25466342 62,26034013 70,18320205 38,82006255

Investimento Total (US$) / Unidade de Aço Bruto (kg)

Após as privatizações do setor siderúrgico, os grupos empresariais investiram muito em tecnologia e aumento da capacidade instalada. Hoje, a possibilidade de produção brasileira corresponde ao dobro de suas vendas internas anualizadas, por exemplo. Isso não é um problema de sobreoferta só do Brasil, o mercado mundial também o enfrenta. Anualmente, 500 milhões de toneladas não são vendidas.

Fonte: Relatórios de Sustentabilidade da Aço Brasil 2010-2016

(16)

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO VALOR ADICIONADO BRUTO NO

SETOR E DA DEMANDA (2010-2015)

25,517 19,79 19,73 28,73 26,8 18,63 0 5 10 15 20 25 30 35 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Valor Adicionado Bruto (R$ Bilhões)

Valor Adicionado Bruto (R$ Bilhões) Fonte: Relatórios de Sustentabilidade da Aço Brasil

(17)

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO VALOR ADICIONADO BRUTO NO

SETOR E DA DEMANDA (2010-2015)

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Valor Adicionado Bruto (R$)/unidade 774,4627899 563,1598418 571,4865021 840,968299 790,6304393 560,1996632

Valor Adicionado Bruto (R$) / unidade

Verifica-se que o valor adcionado ao setor, que é dividido entre os participantes da produção, sofre oscilações recorrentes. Não há um padrão estabelecido em longo prazo. Nos últimos anos, graças à sobreoferta presente no mercado, há uma tendência à queda do valor unitário.

Fonte: Relatórios de Sustentabilidade da Aço Brasil 2010-2016

(18)

PRODUÇÃO BRASILEIRA DE AÇO BRUTO POR ESTADO

Fonte: Aço Brasil e PWC publicações.

Comentário: A produção concentra-se quase totalmente na região

Sudeste, respondendo por 94% e apresentando a maior concentração de

empresas que atuam no setor.

(19)
(20)

ESTRUTURA DE MERCADO

Principais empresas participantes e grau de concentração de mercado:

O mercado siderúrgico é oligopolizado no mundo inteiro, incluindo o Brasil. As inúmeras fusões e aquisições ocorridas,

principalmente após a desestatização do setor, contribuíram para a concentração do mercado. Atualmente, o parque

siderúrgico brasileiro é composto por 29 usinas, controladas por 11 grupos empresariais. São eles Aperam, ArcelorMittal

Brasil, CSN, Gerdau, Sinobras, ThyssenKrupp CSA, Usiminas, VSB Tubos, V&M do Brasil, Villares Metals e Votorantim. Nesse

trabalho focaremos nas 3 empresas principais do mercado de aço brasileiro, a Gerdau, a Usiminas e a CSN.

Possíveis barreiras de entrada e saída:

A indústria siderúrgica conta com barreiras de entrada e saída do tipo econômico, principalmente. É um mercado que

necessita de economia de escala, e, atualmente gera muita sobreoferta, capacidade ociosa, e custos irrecuperáveis. Barreiras

institucionais e produtivas, como diversificação e diferenciação de produtos, são barreiras mais fracas aqui. Barreiras de

preço e de custo tendem a ser fracas, uma vez que o preço dos produtos tende a uma padronização.

Fonte: Relatórios de Sustentabilidade da Aço Brasil 2010-2014 e artigo “Barreiras de Entrada no Setor Siderúrgico Brasileiro no período de 1993-2012”, de Amanda Azenha – Unesp.

(21)

ESTRUTURA DE MERCADO

Diferenciação dos produtos: A indústria siderúrgica busca diferenciar seus produtos com melhora na qualidade e

desenvolvimento de novas tecnologias. Essa gama de fatores varia desde fomentar pesquisa por novas ligas metálicas

mais eficientes, melhorar a qualidade e a sustentabilidade do uso de carvão vegetal, como também garantir a certificação

da produção de acordo com normas internacionais de produção de aço. Esse é o caso do certificado do Aço Verde, selo

de gestão ecológica concedido pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e pelo IFBQ (Instituto Falcão

Bauer de Qualidade). Essas instituições, acreditadas pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e

Tecnologia), são responsáveis pela comprovação das práticas de gestão e das tecnologias ecológicas no setor.

Integração vertical: A indústria do aço tem verticalizado cada vez mais sua produção e contribuído sobremaneira para o

desenvolvimento sustentável da economia brasileira. O setor tem investido em projetos de última geração também em

mineração, portos, estradas de ferro e hidrelétricas. A verticalização é a estratégia usada para controle de gastos com

produtores e distribuidores.

Estrutura de custos do setor: Boa parte das empresas produtoras de aço publica Relatório de Sustentabilidade

anualmente, marcando a transparência na gestão dos custos. A siderurgia gera altos encargos para os âmbitos ambiental,

social e público. Ao verticalizarem-se, as empresas buscam diminuir tais custos e mitigar riscos de produção em seu

planejamento estratégico.

Fonte: Relatórios de Sustentabilidade da Aço Brasil 2010-2016

(22)

ECONOMIAS DE ESCALA

EXTRATIVISMO DE FERRO: as grandes siderúrgicas brasileiras são donas das reservas

de ferro ou participantes acionárias das donas.

Exemplo: Companhia Vale do Rio Doce e CSN tinham participações acionárias

cruzadas que verticalizavam a produção.

ENERGIA: as grandes siderúrgicas brasileiras também detém empresas subsidiárias

produtoras

de

sua

principal

fonte

de

energia,

o

carvão

vegetal.

Exemplo: CSN participa do grupo acionário de duas hidroelétricas (Itá e Igarapava) e da

central termoelétrica de Volta Redonda.

TENDÊNCIA À

VERTICALIZAÇÃO

Verticalização é a grande tendência

do mercado siderúrgico brasileiro.

Com

a

recente

crise

dos

commodities, a produção siderúrgica

chinesa, o mercado brasileiro sofre

forte excesso de oferta. Com isso,

as grandes siderúrgicas buscam

verticalizar para reduzir custos e

otimizar suas produções. É cada vez

mais comum notar

fusões e

aquisições

entre

empresas

de

energia, extrativismo de carvão e de

(23)
(24)

ESTRUTURA: CONCENTRAÇÃO DO MERCADO

(CÁLCULO A PARTIR DO VOLUME PRODUZIDO)

2010

2011

2012

2013

2014

2015

CR1

25,62%

24,92%

23,69%

23,60%

22,00%

21,14%

CR2

48,49%

43,93%

44,42%

43,67%

39,85%

36,19%

CR3

63,85%

57,76%

58,45%

56,71%

53,00%

48,98%

Calculado a partir dos dados do slide anterior.

OBSERVAÇÕES: Os cálculos acima foram feitos a partir da produção de aço pelas grandes

players do setor, como um reflexo de seus marketshares.

Nota-se que o mercado siderúrgico brasileiro é um oligopólio de grandes corporações. Figuram

entre as 3 maiores CSN, Usiminas e Gerdau. A ArcelorMittal é um dos maiores players, mas se

divide em vários grupos. Optamos por seguir as diretrizes do mercado siderúrgico e não

somá-los em nossa análise, mantendo a análise fiel à feita pelo setor.

(25)

MAIS CONCORRÊNCIA?

Valor

Econômico,

acessado

em

12/11/2017.

A

página

de

Siderurgia

e

Metalúrgica traz três

notícias

recentes

sobre aquisições da

ArcelorMittal e seu

crescimento recente.

Seria

isso

um

aumento

de

concorrência

para

CSN,

Gerdau

e

Usiminas, ou uma

maior concentração

de mercado?

(26)

DIAGRAMA DE 5 FORÇAS DE PORTER

RIVALIDADE ENTRE CONCORRENTES Gerdau, Usiminas, CSN.

PODER DE BARGANHA DOS FORNECEDORES

Negociam com o mercado dos insumos produtivos: minério de ferro, carvão

mineral, energia.

AMEAÇA DE PRODUTOS SUBSTITUTOS Materiais mais leves e resistentes, novas

tecnologias.

PODER DE BARGANHA DOS CLIENTES

Manufaturas de bens de consumo duráveis ou de bens de capital não tem

poder efetivo de barganha. AMEAÇA DE NOVOS ENTRANTES

(empresas já presentes no mercado mas com posição menos consolidada)

Arcelor Mittal, Vallourec, Votorantim Siderurgia, Aperam, Villares Metals.

Fonte: Artigo “Avaliação da Possibilidade da Operacionalização da Força de Rivalidade de Porter no Setor Siderúrgico”, de Paula Kalache, UFRJ

(27)

5 FORÇAS DE PORTER: RIVALIDADE ENTRE CONCORRENTES

Número de concorrentes e repartição de quotas de mercado: CSN, Usiminas e Gerdau temas maiores fatias de

mercado.

Taxa de crescimento da indústria: a siderurgia brasileira tem sofrido decrescimentos graças a sobreoferta o

mercado.

Diversidade de concorrentes: Baixa diversidade. Mercado estruturado ao redor de três grandes usinas, com

parcerias internacionais com outras.

Grau de diferenciação dos produtos: cada vez mais as siderúrgicas investem em diferenciar seus produtos ao

melhorar sua qualidade, investindo em pesquisa e inovação. O grau de diferenciação entre as usinas, mesmo assim,

permanece baixo.

Fonte: Artigo “Avaliação da Possibilidade da Operacionalização da Força de Rivalidade de Porter no Setor Siderúrgico”, de Paula Kalache, UFRJ

(28)

5 FORÇAS DE PORTER: PODER DE BARGANHA DOS CLIENTES E

DOS FORNECEDORES

Poder de Barganha dos Fornecedores

Grau de diferenciação: fonte energética é principal

ponto de diferenciação, CSN é autossuficiente,

enquanto Gerdau, Usiminas e outras importam

juntas carvão mineral.

Existência ou não de outros fornecedores: o

mercado de minério de ferro, essencial para a

siderurgia, é muito restrito. A diversidade de

produtos e o tamanho das mineradoras impede que

as siderúrgicas barganhem muito com seus

fornecedores.

Poder de Barganha dos Clientes

Análise de comportamento dos clientes: construção civil e

montadoras (principais clientes) sofrem atualmente com a crise

brasileira. Assim, há uma queda momentânea da demanda interna

por aço. Mesmo assim, o crescimento do número de empresas

envolvidas nos dois setores acirra aos poucos a competitividade,

dando maior poder de barganha às fornecedoras de aço, as

siderúrgica

Disponibilidade de informação do comprador em relação ao

produto: a assimetria informacional entre siderúrgicas e clientes fez

com que essa relação fosse reorganizada, de forma a maximizar os

ganhos de ambos os lados. Hoje, muitas montadoras são sócias de

usinas siderúrgicas, como é o caso da Fiat com a Usiminas, por

exemplo.

Existência de produtos substitutos: a inexistência de produtos

substitutos ao aço para construção civil e montadoras automotivas

faz desses setores reféns da barganha das siderúrgicas, seus

fornecedores.

Fonte: Artigo “Avaliação da Possibilidade da Operacionalização da Força de Rivalidade de Porter no Setor Siderúrgico”, de Paula Kalache, UFRJ

(29)

5 FORÇAS DE PORTER: AMEAÇA DE PRODUTOS SUBSTITUTOS E DE

NOVOS ENTRANTES

Ameaça de Produtos Substitutos

Nivel de diferenciação do produto: baixo, graças a

homogeneidade do mercado e necessidade de

manutenção e adequação a padrões internacionais.

Poder de barganha do comprador: de médio a alto, o

mercado siderúrgico enfrenta uma sobreoferta no

cenário recente internacional, gerando poder de

barganha para os compradores/clientes.

Qualidade do produto: mercado enfrenta problemas

com materiais mais resistentes à corrosão metálica,

Gerdau, Usiminas e CSN investem em pesquisa de

novas tecnologias.

Ameaça de Novos Entrantes

Existência de barreiras de entrada: há barreiras de entrada

econômicas como economia de escala, altos custos iniciais,

custos irreparáveis, etc.

Acesso aos canais de distribuição: novos players buscam acesso

através de empresas já estabelecidas no mercado;

Exigências de capital: necessidade de investimento alto e de

risco no início;

Políticas governamentais: BNDES financia parte das empresas já

consolidadas na siderurgia nacional;

Marca: é difícil o surgimento de uma nova marca; o setor tende

a criar novas parcerias e grupos empresarias entre

multinacionais, não novas empresas.

Fonte: Artigo “Avaliação da Possibilidade da Operacionalização da Força de Rivalidade de Porter no Setor Siderúrgico”, de Paula Kalache, UFRJ

(30)

CONDUTA

GOVERNANÇA CORPORATIVA

Possui Política Anti-Corrupção e Código de Ética, o qual inclui regras de

Conduta como : “Nós cumprimos as leis antitruste e de concorrência”, “Nós

não aceitamos presentes” e “Nós mantemos a integridade, precisão e

confiabilidade de nossos livros, registros e controles internos”

Possui Código de Conduta e Visão e Valores, os quais incluem: “Resultados: a

Usiminas estabelece metas individuais e coletivas desafiadoras, que refletem

o potencial da companhia” e “Consistência: a Usiminas é confiável e sólida.

Tem continuidade em suas ações e visão de longo prazo.”

Possui Código de Ética e Missão, Visão e Valores, os quais incluem: “Foco

em resultados” e “sustentabilidade econômica, social e ambiental”

(31)

CONDUTA

FUSÕES E AQUISIÇÕES NOS ÚLTIMOS 10 ANOS

2007: por meio de sua subsidiária de mineração - a Nacional Minérios S.A (Namisa) - compra, a Companhia de Fomento Mineral e Participações (CFM)

2012: compra uma siderúrgica de aços SWT longos do grupo Grupo Alfonso Gallardo, S.L.U. ("Grupo Gallardo") situada na Alemanha. Entrada da CSN, tradicional fabricante de aços planos, no mercado de aços longos, produto usado na construção civil e em aplicações industriais; além do avanço no processo de internacionalização

2015: conclui a fusão com a Namisa dos seus ativos de Mineração e logística correlata na Congonhas Minérios

2008: Aquisição da Mineração J. Mendes Ltda., SOMISA - Siderúrgica Oeste de Minas Gerais Ltda. e Global Mineração Ltda.

2009:Aquisição da Zamprogna NSG Tecnologia do Aço S.A

2011: concluiu a aquisição de 100% do capital da Mineração Ouro Negro

2007: É adquirida uma das maiores produtoras de perfis estruturais dos Estados Unidos, a Chaparral Steel, marcando a maior aquisição na história da Gerdau

2010: Aquisição da Tamco (Estados Unidos), uma das maiores produtoras de vergalhões da costa oeste dos Estados Unidos 2012: Joint venture Gerdau Corsa

2014: Gerdau realiza fusão de suas operações na República Dominicana com empresa Metaldom, formando a Gerdau Metaldom, voltada para atendimento dos mercados da América Central e do Caribe

2016: Importante aliança estratégica: firmou a joint venture Gerdau Summit com a Sumitomo Corporation e com a The Japan Steel Works (JSW)

As fusões e aquisições

realizadas, em sua maioria

foram:

Horizontais

Ex: compra pela CSN da

siderúrgica SWT

Concêntricas:

Ex: compra pela Usiminas

da

Mineração

Ouro

Negro

(32)

CONDUTA

INVESTIMENTO (CAPEX) VS RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

3.000.000

3.500.000

2012 2013 2014 2015 2016

In

vesti

me

n

tos*

INVESTIMENTO (CAPEX) – Em milhares de reais

CSN GERDAU USIMINAS 0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14 0,16 0,18 0,2 2012 2013 2014 2015 2016

CAPEX/ROL

USIMINAS GERDAU CSN

Ao compararmos o gráfico do CAPEX somente com o do CAPEX em relação a ROL, percebemos que o efeito é maior no primeiro, enquanto que o efeito relativo (segundo gráfico) é menos intenso, principalmente no caso da empresa Gerdau. Ainda sim é nítida a diminuição no Investimento de quase 20% no caso da CSN para menos de 10% e de quase 14% da Usiminas para 2% e da Gerdau de 8% para aproximadamente 3%.

(33)

CONDUTA

INVESTIMENTO (CAPEX) USIMINAS

Comentários:

1.642.000,00 981.000,00 1.110.000,00 784.000,00 225.000,00

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

1.200.000

1.400.000

1.600.000

1.800.000

In

ves

ti

m

entos

*

INVESTIMENTO (CAPEX) – Em milhares de reais

USIMINAS

Em 2012 encerrou-se o forte ciclo

de investimentos e modernização

da Companhia e a partir de 2013 a

Usiminas começou uma estratégia

de otimização do seu CAPEX. Em

2014 os gastos se elevaram com a

conclusão do Projeto Friáveis e

reformas na Coqueria #2, em

Ipatinga. A partir de 2015 iniciou-se

um controle rigoroso do CAPEX,

o que explica a sua queda.

(34)

CONDUTA

INVESTIMENTO (CAPEX) CSN

Comentários:

Os anos de 2013 e 2014 tiveram

uma queda relevante de

investimento, a qual pode ser

explicada pelo encerramento dos

investimentos na Transnordestina

Logística S.A e o consequente

novo acordo de acionistas. Em

2015, no entanto, iniciam-se

investimentos em projetos de

aumento de competitividade

relativos a compra de novos

equipamentos e geração de

energia.

3.144.000,00 2.827.000,00 2.236.000,00 2.170.000,00 1.638.000,00

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

3.000.000

3.500.000

2012 2013 2014 2015 2016

In

ves

ti

m

entos

*

INVESTIMENTO (CAPEX) – Em milhares de reais

(35)

CONDUTA

INVESTIMENTO (CAPEX) GERDAU

Comentários:

Em 2012 , a Gerdau estabeleceu

um plano de investimentos de

longo prazo, o qual teve de ser

reajustado com as incertezas do

mercado econômico mundial ,

fazendo a empresa assumir uma

posição mais “seletiva”, nas

palavras do relatório de 2013.

Nos seguintes anos, a política de

desinvestimento persistiu, tendo

2015 mantido o investimento

usinas de aços longos do México.

3.100.000,00 2.600.000,00 2.300.000,00 2.300.000,00 1.300.000,00

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

3.000.000

3.500.000

2012 2013 2014 2015 2016

In

vesti

me

n

tos*

INVESTIMENTO (CAPEX) – Em milhares de

reais

(36)

CONDUTA

DESPESAS COM VENDAS VS RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA

Comentários:

Os três relatórios apresentam despesas com vendas como outros gastos que não com propaganda. Com relação ao aumento significativo das despesas da CSN em 2015, eles dizem respeito ao aumento com gastos de fretes para mercado externo. A Usiminas , por sua vez, tem as menores despesas dentre a três devido aos seus esforços na redução de gastos, principalmente com serviços de terceiros (não especificados), aqui podendo ser entendidos como custos de transações, ou seja, custos de transporte de mercadoria, distâncias do consumidor que exigem maior estudo de mercado, custos de negociação, etc.

Fonte: Relatórios anuais de resultado das companhias.

500.000,00 1.000.000,00 1.500.000,00 2.000.000,00 2.500.000,00 3.000.000,00 2012 2013 2014 2015 2016

DESPESAS COM VENDAS – em

milhares de reais

CSN GERDAU USIMINAS 0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0,14 2012 2013 2014 2015 2016

DESPESAS COM VENDAS/ ROL

CSN GERDAU USIMINAS

(37)

CONDUTA

EVOLUÇÃO DOS PREÇOS

6,09% -3,82% -14,86% 3,21% -0,2 -0,15 -0,1 -0,05 0 0,05 0,1 0,15 2013 2014 2015 2016

Variação de preços - USIMINAS

Variação de preços USIMINAS

IPCA

Variação real

Fonte: Relatórios anuais de resultado das companhias.

IBGE.

-7,90% 3,51% -10,87% 8,12% -0,15 -0,1 -0,05 0 0,05 0,1 0,15 2013 2014 2015 2016

Variação de preços – CSN

Variação de preços CSN IPCA Variação real

(38)

CONDUTA

EVOLUÇÃO DOS PREÇOS

0,66%

1,98%

-6,48%

-11,16%

-0,15

-0,1

-0,05

0

0,05

0,1

0,15

2013

2014

2015

2016

Variação de preços - GERDAU

Variação dos

preços GERDAU

IPCA

Variação Real

Comentários:

Segundo a EXAME, o ano de 2015 foi desafiador para

as empresas de siderurgia e metalurgia no Brasil. Elas

tiveram de enfrentar a concorrência com o aço

chinês e a queda da demanda interna, afetadas pela

crise. Isso explica a variação significativa nos preços

das três empresas nesse mesmo ano para manter a

competitividade com produtos chineses. Enquanto as

outras duas apresentaram variação positiva no ano

de 2016, a Gerdau continuou com variação negativa

mostrando como o processo de transformação

profundo pelo qual a empresa passou: “construímos

novas alianças de negócios, otimizamos ativos,

realizamos

desinvestimentos

e

reduzimos

o

endividamento, entre outros” fez com que ela

pudesse diminuir mais ainda seus preços e se manter

competitiva.

Fonte: Relatórios anuais de resultado das companhias.

IBGE.

(39)

MAIORES EMPRESAS LISTADAS NA BM&F BOVESPA

(40)

PRINCIPAIS EMPRESAS

GERDAU S.A.

Fundação: 1901, Porto Alegre, RS;

Market Cap.: BRL 17.64B

Líder na América Latina em Aços Longos;

(41)

PRINCIPAIS EMPRESAS

CSN

Fundação: 1941, Volta Redonda - RJ

Market Cap.: BRL 10.66B

Principais plantas:

Volta Redonda – RJ

Araucária – PR

Porto Real – RJ

(42)

PRINCIPAIS EMPRESAS

Usiminas S.A

Fundação: 1956, Ipatinga – MG;

Privatização: Outubro de 1991;

Usinas em Ipatinga e Cubatão 

Ganhos logísticos!

(43)

PERFORMANCE

Receita Líquida

Comentários:

• Todas as companhias tiveram queda em suas

receitas líquidas desde 2015 o que certamente está associado à recessão econômica.

• Conforme já visto na parte inicial, os setores de bens de capital, automobilismo e construção civil são os mais significativos para as receitas do setor siderúrgico, como eles tem demanda fortemente associada à atividade econômica, a receita líquida da siderurgia também o terá.

• Outra leitura importante é o caso contrário que foi observado entre os anos 2010 e 2013 em que a atividade econômica estava forte, beneficiando às receitas do setor siderúrgico.

(44)

PERFORMANCE

Margem Bruta

Comentários:

• Todas as empresas selecionadas obtiveram margens decrescentes conforme o período, sobretudo quando observamos o momento de recessão econômicas sob os aspectos de:

• Houve redução de volume de produção e venda, com isso, absorção dos custos é menor (abaixo da eficiência) fazendo com que a margem bruta caia;

• Na indústria siderúrgica, a existência de custos fixos é relevante, o que faz com que a margem caia em um momento de redução de vendas.

(45)

PERFORMANCE

Margem de Caixa e Equivalentes

(caixa e equivalentes/receita líquida)

Comentários:

• Houve deterioração da capacidade de gerar caixa quando comparado a capacidade de gerar receita em todas as empresas, conforme o período. O que pode ser explicado pelo maior poder de barganha dos consumidores dos produtos siderúrgicos, ou até mesmo pela menor capacidade de pagar a menores prazos destes consumidores.

• Outros aspectos podem estar associados, como a inflexibilidade de fatores que afetam a capacidade de gerar caixa (investimentos, depreciação e amortização, etc) num cenário de redução de receita líquida.

(46)

PERFORMANCE

Margem EBITDA Ajustado

Comentários:

• Observa-se que a:

Usiminas

apresenta maior variância das margens no período analisado o que pode estar relacionado às grandes mudanças estratégicas que a companhia sofreu no período, como redução de preço vis a vis custos objetivando ganho de share e correção da equação de valor de seus produtos.

CSN

apresentou grandes perdas sobretudo nos termos dos mercados estrangeiros onde a margem foi menor derivada de aspectos cambiais e de oferta de valor dos produtos

GERDAU

manteve sua margem constante, nesse caso é possível que as perdas de margem via recessão tenha sido

offsetada pela redução de portfólio e de

share da cia para manter a margem.

(47)

PERFORMANCE

Índice de Alavancagem

Comentários:

• Todas as companhias se endividaram mais no momento de recessão quando houve redução da capacidade de amortizar dívidas.

• Em 2016, o endividamento reduziu por causa de dois fatores principais: redução da capacidade de adquirir financiamentos e o pagamento de dívidas de curto prazo.

• Antes do período de crise:

• A Usiminas obteve redução da razão dívida/EBITDA causada pelo aumento de seu EBITDA não acompanhado pelo endividamento;

• Tanto a Gerdau quanto a CSN não tiveram uma tendência de endividamento, tal razão acompanhou os fatores estratégicos que afetam os seus EBITDAs e sua

necessidade/capacidade de adquirir dívidas.

Fonte: Relatórios anuais de resultado das companhias.

• Desvalorização Cambial

• Queda de receitas • Dívida de médio e longo

(48)

PERFORMANCE

Índice de Cobertura (ICSD)

Comentários:

• Nota-se que o Índice de Cobertura de todas as empresas ficaram abaixo do valor avaliado como satisfatório (1,2) em algum ano do período.

• A Usiminas elevou fortemente seu ICSD ao reduzir sua liquidação de financiamentos o que pode estar relacionado com a queda do seu nível de

alavancagem no período;

• A CSN esteve abaixo do nível em quase todos os períodos o que se deveu ao seu nível de despesas financeiras muito elevado com relação à sua capacidade de pagar dívidas;

• Em oposição, a Gerdau, que vinha tendo um desempenho muito satisfatório, perdeu capacidade de cobertura, no momento de crise, graças à retração da demanda associada bem como ao expressivo aumento de financiamentos e alavancagem da empresa.

(49)

PERFORMANCE

ROE ( Lucro líquido/Patrimônio Líquido)

Comentários:

• Vemos que os retornos nominais do setor siderúrgico são bastante voláteis e são

relativamente baixos quando comparamos à taxa de juros nominal do Brasil, o que leva ao fato de que boa parte dos investidores dessas empresas sejam estrangeiros.

• Porém, tal index não pode ser avaliado isolado da mensuração do custo de oportunidade dos investidores, por isso, com a atual queda da taxa básica de juros, espera-se que, mesmo com uma performance negativa por causa da recessão, haja maiores investimentos domésticos no setor.

Referências

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Graduada em Comunicação Social - Relações Públicas pela Universidade da Amazônia (1997), especialista em Assessoria de Imprensa, pela Universidade Estácio de Sá (2000), mestre