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Roteiros do CIDOC e Glossário da norma Spectrum 4.0

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COLEÇÃO GESTÃO E DOCUMENTAÇÃO DE ACERVOS:

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Roteiros do CIDOC

e

Glossário da norma

Spectrum 4.0

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COLEÇÃO GESTÃO E DOCUMENTAÇÃO DE ACERVOS:

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Roteiros do CIDOC

e

Glossário da norma

SPECTRUM 4.0

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COLEÇÃO GESTÃO E DOCUMENTAÇÃO DE ACERVOS:

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Roteiros do CIDOC

e

Glossário da norma

SPECTRUM 4.0

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MUSEU DA IMIGRAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO Marília Bonas Conte

Diretora Executiva

Rogério Ítalo Marquez

Diretor Administrativo

Thiago Santos

Gerente Administrativo

Caroline Nóbrega

Gerente de Comunicação Institucional

Mariana Esteves Martins

Coordenadora Técnica

FICHA TÉCNICA

Coleção Gestão e Documentação de Acervos: Textos de referência – vol. 3 Comissão científica e editorial

Gabriel Moore Forell Bevilacqua (Universidade Federal Fuminense) Isabel Ayres Maringelli (Pinacoteca do Estado de São Paulo) Juliana Monteiro (Museu da Imigração do Estado de São Paulo) Juliana Rodrigues Alves (Universidade do Porto)

Marcia Aparecida de Mattos (Museu da Imagem e do Som do Estado de São Paulo) Mariana Esteves Martins (Museu da Imigração do Estado de São Paulo)

Marília Bonas Conte (Museu da Imigração do Estado de São Paulo) Marilúcia Bottallo (Instituto de Arte Contemporânea de São Paulo) Tayna Rios (Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo)

Roteiros do CIDOC Tradução

Isabel Maringelli (Pinacoteca do Estado de São Paulo) Juliana Rodrigues Alves (Universidade do Porto)

Marilúcia Bottallo (Instituto de Arte Contemporânea de São Paulo)

Revisão técnica da tradução

Juliana Monteiro (Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo) Juliana Rodrigues Alves (Universidade do Porto)

Marcia Aparecida de Mattos (Museu da Imagem e do Som do Estado de São Paulo) Maria Helena Calabrez Lyrio Carneiro (Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo) Marilúcia Bottallo (Instituto de Arte Contemporânea de São Paulo)

Revisão

Alícia Toffani Magalhães

Produção editorial

Juliana Monteiro (Museu da Imigração do Estado de São Paulo) Juliana Silveira (Museu da Imigração do Estado de São Paulo) Tayna Rios (Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo)

Projeto gráfico e diagramação

(7)

Sumário

Roteiros do CIDOC e Glossário da norma SPECTRUM 4.0

Apresentação – Roteiros do CIDOC e Glossário da norma SPECTRUM 4.0 9

Nota da Comissão Editorial 11

Roteiro do CIDOC – nº 1: Registro passo a passo: Quando o objeto entra no museu 13

Roteiro do CIDOC – nº 2: Etiquetagem e marcação de objetos 17

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Roteiros do CIDOC e Glossário da norma SPECTRUM 4.0 9

Apresentação – Roteiros do CIDOC e

Glossário da norma SpeCtRum 4.0

Em 2014, a Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo teve a satisfação de lançar aos pro-fissionais e estudantes da área museológica os dois primeiros volumes da coleção Gestão e Documentação

de Acervos: textos de referência. Concebida com o objetivo de publicar em língua portuguesa textos

refe-renciais para as atividades de documentação em museus e instituições culturais similares, a coleção ganha mais um exemplar.

O volume, agora apresentado em formato digital, é um complemento às publicações anteriores. Os Roteiros, ou Fact Sheets, do CIDOC surgem da Declaração de Princípios de Documentação em Museus e Diretrizes

Internacionais de Informação sobre Objetos de Museus (CIDOC-ICOM), com o intuito de divulgar de forma

sim-plificada aspectos para o registro de entrada de objetos em instituições museológicas ou similares. Também integra este terceiro volume o Glossário da norma SPECTRUM 4.0 com termos e significados específicos no contexto da norma britânica SPECTRUM (Standard Procedures for Collections Recording Used in Museums), no intuito de fornecer subsídios conceituais inerentes ao uso dessa ferramenta.

A realização deste volume só foi possível pelo trabalho compartilhado da Unidade de Preservação do Patrimônio Museológico da Secretaria da Cultura, do Museu da Imigração, da Pinacoteca do Estado de São Paulo, do Museu da Imagem e do Som, do Instituto de Arte Contemporânea de São Paulo, da Universidade Federal Fluminense e de outros profissionais especialistas na área, além, claro, do constante interesse da

Collections Trust em expandir o uso da norma SPECTRUM para outras realidades.

Com a continuidade desta coleção, a Secretaria da Cultura espera contribuir para o diálogo entre diferentes realidades ao redor do mundo, não somente divulgando diretrizes para a gestão e documentação de acervos no Brasil, mas também auxiliando nos crescentes desafios da prática contemporânea

Marcelo Mattos Araujo

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Roteiros do CIDOC e Glossário da norma SPECTRUM 4.0 11

Nota da Comissão editorial

Na sequência da bem-sucedida primeira edição impressa de 2014 da Declaração de Princípios de Documentação

em Museus e Diretrizes Internacionais de Informação sobre Objetos de Museus: Categorias de Informação do Comitê Internacional de Museus (CIDOC-ICOM) e, também, da norma SPECTRUM 4.0: Padrão para gestão de coleções de museus do Reino Unido (Collections Trust), a Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo em

parceria com o Museu da Imigração, Museu da Imagem e do Som, Pinacoteca do Estado, Instituto de Arte Contemporânea de São Paulo e curso de Arquivologia da Universidade Federal Fluminense, se viram estimu-lados a mais uma iniciativa para 2015: a tradução e lançamento digital dos Roteiros do CIDOC e do Glossário

da norma SPECTRUM 4.0.

Tal iniciativa tem com objetivo ampliar a capacidade de aplicação das normas com base em roteiros aplica-dos à gestão de processos. Além disso, referenda o esforço de normalização de uma terminologia na área da documentação em museus. Vale reforçar que esta terminologia, que pode ser aplicada em diferentes contextos, passou por um processo de localização para o público de profissionais de museus do país e de países lusófonos. Assim, buscou-se garantir que os documentos traduzidos sejam uma ferramenta e uma possibilidade concreta de trabalho que atinge um amplo número de usuários individuais e institucionais.

É de fundamental importância destacar que se, por um lado, os processos de informatização e a digitalização de coleções se tornaram grandes aliados dos documentalistas de museus, por outro, também podem con-verter-se, muito rapidamente, em “falsos amigos”. Isso porque a ideia de estrutura pressupõe processos nor-malizados de organização, busca, controle, armazenagem e disponibilização de dados e imagens com base em hierarquias tanto do fluxo dos processos como da própria linguagem. É nesse aspecto que os Roteiros

do CIDOC e o Glossário da norma SPECTRUM 4.0 se apresentam como complementares entre si e, também,

junto às edições acima citadas. Trata-se de métodos que permitem a organização de dados e informações de maneira sistematizada.

Desse modo, os membros da Comissão Editorial da coleção Gestão e Documentação de Acervos: textos de

referência têm a grata satisfação de apresentar ao público brasileiro e lusófono a versão digital dessa

impor-tante estratégia de abordagem da informação sobre as coleções, na certeza de que tanto indivíduos como instituições públicas e privadas contam com uma referência conceitual e, sobretudo, prática para gestão de coleções que são de grande aplicabilidade e possuem amplas funcionalidades.

Juliana Monteiro Museóloga

Museu da Imigração do Estado de São Paulo

Marilúcia Bottallo Diretora Técnica

Instituto de Arte Contemporânea de São Paulo

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Roteiros do CIDOC e Glossário da norma SPECTRUM 4.0 13

Roteiro do CIDOC – n

o

1

Registro passo a passo: Quando o objeto

entra no museu

É uma importante responsabilidade profissional garantir que todos os itens aceitos temporária ou permanentemente pelo museu estejam adequada e totalmente documentados para facilitar o reconhecimento da proveniência, identificação, estado de conservação e tratamento dos mesmos. (Código de Ética Profissional do ICOM, 1990, p. 31, n. 6.2)

Os roteiros do CIDOC são produzidos para divulgar, em um formato simples, informações sobre aspectos da documentação em museus.

Em oito passos, este roteiro do CIDOC mostra como um objeto pode ser registrado após sua entrada em um museu. Esse método passo a passo é aplicável, conforme as circunstâncias de cada museu, a sistemas de registro manual e/ou informatizado.

Há determinados requisitos mínimos para registro. Isso implica simplificação. Um museu pode querer acres-centar mais informações a estes dados básicos, de acordo com seus próprios padrões ou padrões nacionais. Museus que trabalham com coleções não registradas ou com pendências de registro (backlogs), devem seguir os passos 4 a 8. Este roteiro é finalizado com indicações de leituras complementares.

Passo 1

O objeto é levado para o museu. Deve-se entregar à pessoa que o levou um recibo contendo as seguintes informações:

breve descrição do objeto;

data de entrada;

nome e assinatura do funcionário do museu que recebeu o objeto;

nome, endereço e assinatura do indivíduo que levou o objeto.

O museu deve guardar uma cópia do recibo e usá-la no passo 2. O passo 1 pode ser normalmente omitido se um funcionário da equipe trouxer o objeto.

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14 Roteiros do CIDOC e Glossário da norma SPECTRUM 4.0

Passo 2

O objeto é inserido em um Registro, com páginas e colunas numeradas, contendo os seguintes dados:

número (sequencial) provisório;

data da chegada;

nome e endereço do proprietário ou do indivíduo que trouxe o objeto (se não tiver sido um funcionário do museu);

identificação (termo usado para identificar o objeto ou breve descrição);

motivo para entrada;

localização temporária de armazenamento;

nome do funcionário do museu que recebeu ou que trouxe o objeto.

Passo 3

Há três opções possíveis referentes à disposição do objeto:

não ser adquirido para a coleção (A).

ser aceito como empréstimo (B).

tornar-se propriedade do museu (C).

Obs.: no que diz respeito à propriedade, na maioria dos países exige-se a produção de um documento legal.

A. O objeto não é aceito pelo museu

É necessário conter no Registro os seguintes dados:

data de devolução;

motivo de devolução;

nome e endereço ao qual o objeto será devolvido;

nome do funcionário que faz o Registro.

Encerra-se aqui o Registro para um objeto que não fará parte da coleção.

B. O objeto é aceito como empréstimo

Empréstimos de curto prazo (por exemplo, para uma exposição) são registrados e desincorporados como no item A, ao término do prazo de empréstimo. Em empréstimos de longo prazo, o objeto deve receber um número único de identificação, que deve ser inserido no Registro. A continuação do Registro acontece no passo 4.

C. O objeto tornar-se propriedade do museu e recebe um número único de inventário

O objeto é marcado (ou etiquetado) com um número único de inventário, que também é inserido no Registro. A continuação do Registro acontece no passo 4.

(15)

Roteiros do CIDOC e Glossário da norma SPECTRUM 4.0 15

Passo 4

Os dados do objeto são, então, inseridos em ficha de cadastro que deve ser estruturada em seções de dados. A ficha deve conter, no mínimo, as seguintes seções:

nome da organização;

número de inventário;

termo usado para identificar o objeto;

breve descrição e/ou título;

método de aquisição/incorporação;

organização/indivíduo (proprietário) de quem o objeto foi adquirido/incorporado;

data de aquisição/incorporação;

localização habitual (principal).

Aconselha-se aos museus adaptar uma ficha de objeto às suas especificidades e, se necessário, acrescentar seções sobre: material/técnica, dimensões, localização temporária, estado de conservação, referências cul-turais e/ou históricas, referências de história natural, local, produção (artista, data), preço, número da foto (negativo), manuseio, conservação, notas e etc. Enquanto na maioria das seções, os dados estruturados devem ser inseridos de forma preestabelecida, usando listas de vocabulário controlado, os dados “breve descrição”, “título” e “notas” normalmente contêm texto livre.

Passo 5

Faz parte do processo de registro fotografar (e/ou desenhar) o objeto. O número de identificação do negativo ou do desenho deve ser inserido na ficha do objeto.

Passo 6

Após o objeto ser registrado, deve ser levado à sua localização habitual/principal (ou temporária). Ao menos os dados de localização habitual/principal devem ser inseridos na ficha do objeto.

Passo 7

Por motivos de segurança, uma cópia dos arquivos de registro deve ser mantida em local seguro, de pre-ferência fora do edifício do museu. Por razões legais, o museu deve possuir um documento que comprove o título de propriedade dos objetos em sua coleção. Para isso, o museu pode usar o Registro ou cópias da ficha do objeto. Essas (foto) cópias (ou impressões de arquivos digitais contendo os mesmos dados) devem ser encadernadas, e suas páginas devem ser numeradas e assinadas.

Passo 8

Estes sete passos garantem que os dados mínimos relativos a um objeto de museu sejam registrados. Índices podem ser criados para tornar as informações e os objetos mais acessíveis. No registro informatizado, isso é feito automaticamente, enquanto no registro manual, é preciso produzir arquivos com fichas catalográficas.

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16 Roteiros do CIDOC e Glossário da norma SPECTRUM 4.0

Esse método é mais adequado para museus com alguns empréstimos de curto prazo. Ele combina (passos 2-3) um Registro com um Inventário. Para os museus com muitos empréstimos de curto prazo, outra possi-bilidade é registrar todos os objetos entrando e saindo (!) do museu mediante recibos (passo 1). Os recibos são numerados sequencialmente, e o museu mantém o grupo completo de cópias, assim como no Registro. A inserção de fichas do objeto (passo 4-7) é o mesmo para ambos os métodos.

Sugestões para leitura complementar

Stuart A. Holm. Facts and Artefacts: How to Document a Museum Collection. Cambridge, Museum Documentation Association, 1991.

D. H. Dudley & I. B. Wilkinson. Museum Registration Methods. 3. ed. Washington, American Association of Museums, 1979.

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Roteiros do CIDOC e Glossário da norma SPECTRUM 4.0 17

Roteiro do CIDOC – n

o

2

Etiquetagem e marcação de objetos

É uma importante responsabilidade profissional garantir que todos os itens aceitos temporária ou permanentemente pelo museu estejam adequada e totalmente documentados para facilitar o reconhecimento da proveniência, identificação, estado de conservação e tratamento dos mesmos. (Código de Ética Profissional do ICOM, 1990, p. 31, n. 6.2)

Os roteiros do CIDOC são produzidos para divulgar, em um formato simples, informações sobre aspectos da documentação em museus.

Este roteiro refere-se aos métodos utilizados para etiquetagem e marcação de objetos com os seus respec-tivos números de registro ou inventário. Os métodos para aplicar o número ao objeto nem sempre seguem um consenso. No entanto, existem algumas regras, geralmente aceitas pela comunidade museológica. Como este roteiro pode oferecer apenas informações resumidas, foram incluídas indicações de literatura para lei-tura complementar.

1. Regras gerais

Números de inventário ou de registro são a conexão entre os objetos e os documentos a eles relacio-nados. Devem, portanto, estar fisicamente ligados ou aplicados neles.

Quando um objeto é ou se torna parte da coleção, ele recebe um número de registro. Deve-se usar um método seguro para inscrever o número no objeto, o que significa que tal método deve resguardar a integridade do objeto e também evitar que o número seja removido acidentalmente.

Pode-se usar uma etiqueta, quando um número temporário (como no caso de um empréstimo) pre-cisa ser associado a um objeto.

A etiquetagem e marcação de objetos devem ser feitas de uma forma consistente, por equipe treinada. Deve-se permitir que haja tempo suficiente para examinar o objeto, para limpar a superfície por meio de um método adequado e para inscrever o número.

Deve-se consultar um restaurador sempre que surgirem dúvidas sobre o método adequado. Deve-se ressaltar que nenhum método pode ser considerado totalmente seguro e que alguns produtos e/ou métodos mais frequentemente utilizados ainda não foram sistematicamente testados.

Deve-se inscrever o número sem provocar danos ao objeto. Ao mesmo tempo, deve ser possível removê-lo de maneira segura, embora, por questões de segurança, os museus considerem formas de marcação permanentes.

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18 Roteiros do CIDOC e Glossário da norma SPECTRUM 4.0

O número deve ser de fácil localização, evitando manuseio desnecessário, sem comprometer qualquer aspecto de exibição ou registro fotográfico do objeto.

Embora diferentes tipos de objetos tenham suas próprias exigências para numeração, recomenda-se que a gama de métodos e materiais utilizados para tanto seja mínima.

Quando um objeto é composto por vários materiais (pinturas, uniformes, móveis), o número deve ser inscrito no local mais seguro, levando em consideração o método utilizado.

Quando um objeto é composto por vários componentes e podem ser desmontados ou separados, cada parte deve ser numerada. O mesmo se aplica aos fragmentos de um objeto quebrado.

O museu deve definir suas regras de numeração (incluindo regras para formatos de número) em uma norma escrita que deve ser disponibilizada para toda a equipe envolvida com o processo.

Nunca:

remova números antigos, pois eles possibilitam o acesso às informações sobre a história do objeto. Se isso não puder ser evitado, o(s) número(s) antigo(s) deve(m) ser registrado(s) na documentação do(s) objeto(s).

2. Localização

Na medida do possível, os números devem ser inscritos sempre na mesma posição em um determi-nado tipo de objeto, a fim de evitar o manuseio desnecessário. Objetos frágeis ou pesados não devem ser manuseados para que se encontre o número. Objetos grandes podem ser numerados em mais de um lugar ou manter etiquetas extras, temporárias, quando não estiverem em exibição. Se um objeto estiver armazenado em uma caixa ou embalado, o número deve ser registrado também no material de embalagem.

O número deve ser colocado em uma posição que não comprometa indevidamente a aparência do objeto. Não deve, por exemplo, ocultar qualquer legenda ou outra marcação intrínseca ao objeto.

Objetos pequenos apresentam problemas específicos de numeração. Para alguns objetos apenas uma parte específica do número pode ser inscrita. Quando um objeto não puder ser numerado de maneira alguma, o número deve ser inscrito em sua embalagem, embora essa não seja uma solução inteira-mente segura.

A fim de evitar a remoção acidental do número, ele não deve ser inscrito em superfícies ou partes fisicamente instáveis ou sujeitas a desgaste ou atrito.

Nunca:

numere objetos grandes, pesados ou frágeis em sua base.

3. Métodos

Ao inscrever um número no objeto, os métodos e materiais utilizados não devem envolver risco de danos permanentes para o mesmo.

A reversibilidade do método de inscrição deve ser assegurada em longo prazo, ao mesmo tempo que a numeração, em si, deve ser de longa duração. Embora o uso de etiquetas seja o método menos

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Roteiros do CIDOC e Glossário da norma SPECTRUM 4.0 19

abrasivo para o objeto, a marcação do número diretamente sobre ele, quando possível, é o processo mais confiável.

O número deve ser de fácil leitura. Geralmente, caracteres pretos são usados sobre fundo(s) claro(s), caracteres brancos sobre fundo(s) escuro(s). Caracteres vermelhos podem ser considerados como uma alternativa para os dois tipos de fundos.

Para aumentar a segurança da relação entre o objeto e sua documentação, recomenda-se incluir o número do objeto em algumas fotografias dele.

Para marcar o objeto, devem-se utilizar métodos específicos, de acordo com seus aspectos físicos:

Em superfícies rígidas e não porosas, como vidro, cerâmica esmaltada ou metal, o número deve ser escrito em nanquim (não ácido e solúvel em água) ou em tinta acrílica. Deve-se aplicar uma camada de verniz acrílico sobre a superfície limpa do objeto, bem como sobre a numeração para protegê-la.

Em superfícies duras e porosas, como madeira, terracota ou osso, o mesmo método deve ser aplicado. No entanto, deve-se sempre proteger a superfície limpa do objeto com uma camada de verniz acrílico antes de o número ser escrito.

Em produtos de papel, como gravuras, fotografias ou livros, o número deve ser marcado levemente com um lápis macio.

Em têxteis, como trajes, rendas ou tapetes, deve-se costurar etiquetas de pano previamente nu-meradas, com poucos pontos e utilizando-se agulha fina e linha compatível.

Superfícies pintadas e laqueadas, bem como plásticos, devem ser manuseadas com cuidado especial porque podem ser sensíveis aos materiais normalmente utilizados para a numeração de objetos.

Nunca:

pirografe ou risque os números sobre madeira ou metal;

parafuse ou pregue uma placa de metal sobre madeira;

use etiquetas adesivas ou tinta sobre produtos de papel;

use nanquim ou tinta sobre têxteis;

cole etiquetas adesivas (incluindo etiquetas de código de barras), sem revestimento de proteção, sobre qualquer material;

use etiquetas com bordas ou fios de metal;

use, como camada de proteção, produtos e materiais que foram originalmente destinados para fina-lidades significativamente diferentes, especialmente quando sua composição não for evidente (por exemplo, líquido corretivo ou esmalte de unha).

Sugestões para leitura complementar

D. H. Dudley & I. B. Wilkinson. Museum Registration Methods. 3. ed. Washington, American Association of Museums, 1979.

Roteiro do CIDOC – no 1. Registro passo a passo: quando o objeto entra no museu. São Paulo: SECRETARIA de

Estado da Cultura de São Paulo; INSTITUTO de Preservação e Difusão da História do Café e da Imigração, 2015. Coleção Gestão e Documentação de Acervos: textos de referência, v.3.

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Roteiros do CIDOC e Glossário da norma SPECTRUM 4.0 21

Roteiro do CIDOC – n

o

3

Recomendações para registro fotográfico de

obras para fins de inventário

As fotografias têm importância vital na identificação de objetos roubados. Adicionalmente aos enquadramentos gerais, faça close-ups das áreas que contêm inscrições, marcas, e qualquer sinal de dano ou de restauro. Se possível, inclua a escala ou um objeto de tamanho conhecido na imagem. (Conselho Internacional de Museus, Getty Object ID Check List)

Os roteiros do CIDOC são produzidos para disseminar, em um formato simples, informações sobre determi-nados aspectos da documentação em museus.

Este roteiro é dedicado aos métodos utilizados para fotografia de objetos para que possam ser facilmente identificados. Essas recomendações talvez não sejam aplicáveis a todos os casos. No entanto, existem algu-mas regras, geralmente aceitas pela comunidade museológica. Como este roteiro pode oferecer apenas infor-mações resumidas, foi incluída uma indicação de literatura para leitura complementar.

1. Considerações gerais

Cada objeto na coleção pode ser associado a uma ou mais imagens, incluindo as imagens para inventário. A fotografia é uma técnica de identificação que faz parte da documentação do objeto. Seu objetivo prin-cipal é reproduzir o ato de se olhar para a peça da forma mais neutra e objetiva possível, para permitir a sua identificação de forma inequívoca. Em outras palavras, uma boa imagem de inventário não é neces-sariamente uma imagem bonita de se ver, e frequentemente não será apropriada para publicação em um catálogo de exposição.

2. Metadados visíveis

Sempre que possível, a imagem de inventário deverá incluir os seguintes metadados:

régua ou escala que permita a avaliação das dimensões do espaço. Essa escala deve estar no mesmo plano que o objeto;

uma cartela de cores para uma imagem colorida ou uma cartela com tons de cinza para imagens em preto e branco;

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22 Roteiros do CIDOC e Glossário da norma SPECTRUM 4.0

nome do fotógrafo;

data em que a fotografia foi tirada;

nome da instituição.

Estas informações deverão estar visíveis na imagem, porém em local onde possam ser facilmente recorta-das. É importante evitar sombras de etiquetas e outros elementos que possam invadir o espaço do objeto.

Os metadados também deverão ser registrados nos arquivos das imagens digitais, porém, alguns softwares de edição de imagem podem alterar ou remover essas informações. Portanto, é importante que elas perma-neçam visíveis na própria imagem.

Esses metadados são necessários para assegurar e facilitar a reutilização das imagens, seu valor documental e o respeito aos direitos de reprodução.

3. Composição

A forma e o contorno de cada objeto devem estar visíveis, sem que haja interferência de outros itens colo-cados à sua frente.

A borda de gravuras, desenhos e gráficos deve ser visível sem ser cortada.

Sempre que possível, objetos bidimensionais, como pinturas, gravuras, entre outros, devem ser fotografados em ângulo reto, sem possíveis distorções causadas por efeito de paralaxe.

Objetos tridimensionais, incluindo moedas, talvez demandem diversas fotografias sob diferentes ângulos. Às vezes pode ser útil, mas não é obrigatório, combinar essas fotografias em uma imagem única.

Sempre que possível inclua detalhes das inscrições, ações de conservação e restauração, danos – tais como rachaduras –, ou quaisquer outras características que possam auxiliar a distinguir o objeto de outros itens similares.

4. Técnicas

As fotografias podem ser realizadas por meio de técnicas tradicionais ou digitais. Ao utilizar fotografia digi-tal, utilize a resolução mais alta e armazene as imagens em formato sem compressão, sempre que possível. Imagens em baixa resolução para uso na internet podem ser preparadas a partir de imagens em alta resolução.

Mantenha um diário de todas as fotografias produzidas. Esse registro pode conter elementos de identificação dos objetos fotografados, o equipamento utilizado, detalhes técnicos das fotografias e o nome do fotógrafo.

5. Armazenamento

Armazene as imagens em local adequado, para garantir tanto sua preservação quanto sua acessibilidade. Faça múltiplas cópias e as armazene em locais diferentes. Pelo menos uma cópia deve ser armazenada em um local separado das coleções.

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Roteiros do CIDOC e Glossário da norma SPECTRUM 4.0 23

6. O que deve ser evitado

Evite fotografias de grupos de objetos heterogêneos, com exceção de conjuntos de objetos que façam parte da mesma unidade, como, por exemplo, jogos de chá, pares de sapato, objetos funerários, figurinos, entre outros.

Efeitos de iluminação, como reflexos, sombras, mudanças de luz, que possam ofuscar os detalhes do objeto devem ser evitados. O objetivo é utilizar luz neutra que revele claramente nuances, detalhes, texturas e pos-síveis defeitos.

Não posicione um objeto a frente do outro, pois eles poderão ter partes que não serão visualizadas na fotografia.

Evite a utilização de fundos com cores vibrantes, texturas ou padrões que possam distrair o foco do objeto principal.

Sugestões para leitura complementar

BIGRAS, Carl. Lighting Methods for Photographing Museum Objects. Ottawa, Canadian Conservation Institute, 2010.

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Referências

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