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A CONTRIBUIÇÃO DA TERAPIA COGNITIVO- COMPORTAMENTAL COM PACIENTES EM SITUAÇÕES DE CRISE EDSON VIZZONI PSICÓLOGO IBH ABRIL 2014

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(1)

A CONTRIBUIÇÃO DA

TERAPIA

COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

COM PACIENTES EM

SITUAÇÕES DE CRISE

EDSON VIZZONI

PSICÓLOGO

IBH – ABRIL 2014

(2)

CRISE

“Um

estado

temporário

de

perturbação

e

desorganização,

caracterizado

principalmente

pela

incapacidade do indivíduo de lidar

com

uma

determinada

situação

usando seus métodos costumeiros de

solução

de

problemas

e

pelo

potencial

de

uma

consequência

radicalmente positiva ou negativa.”

(3)

CRISE

Na

crise

a

pessoa

está

sob

pressão tão intensa que a faz se

sentir praticamente incapacitada

para lidar com a situação.

Em alguns caos, a pessoa pode

necessitar necessita de cuidados

psicológicos, que envolve apoio

intenso e imediato do terapeuta.

(4)

 Ataques de pânico,

 Depressão e risco de

suicídio,

 Abuso

no

uso

de

substâncias

químicas,

 Trauma de estupro,

 Abuso

sexual

da

criança,

 Situações de crise em

pessoas idosas,

 Trauma de desastre.

CRISE

 Crises de crianças e

adolescentes,

 Crise entre casais,

 Crises familiares,

 Parceiros violentos

e divórcio,

 Luto,

(5)

Existem

procedimentos

básicos e

comuns

no

atendimento

das

situações de crise, segundo a Terapia

Cognitivo-Comportamental (TCC).

Aqui veremos o emprego desses

procedimentos básicos em situações

reais,

exemplificadas

por

casos

clínicos.

(6)

Elementos fundamentais de uma

situação de crise:

A crise é um estado temporário.

A crise traz perturbação e

desorganização.

A crise diminui a capacidade de

enfrentamento.

(7)

A TCC aborda as crises em cinco estágios

*

:

 Estabelecer uma boa relação terapêutica.

 Identificar os problemas e focar nos mais

críticos.

 Dedicação total ao objetivo de tirar o cliente

da crise.

 Se necessário, atuar como “advogado de

defesa” da pessoa.

 Incentivar o cliente a testar, na prática, novas

ideias e comportamentos.

*

Dattilio e Freeman (2004)

(8)

McMullin (2005) aponta para a necessidade de

total entrega e aceitação das aflições do

paciente por parte do terapeuta nos momentos

mais intensos da crise do paciente e diz que:

“A resposta imediata de qualquer profissional

de saúde mental à situação de crise de um

cliente é tomar toda e qualquer providência

para garantir seu bem-estar físico e mental até

que sua condição se estabilize. Então, e só

então,

outros

tratamentos

devem

ser

considerados.”

(9)

Caso Clínico 1 - Ataque de Pânico

Moça de 17/18 anos, ex-cliente, levada ao consultório pelo pai, alterada, assustada e com sintomas como respiração acelerada, suor frio, correntes de calor e frio no corpo e forte sensação de que iria desmaiar ou até morrer.

Empregando técnicas da TCC como questionamento socrático, seta descendente e identificação de evidências, levou-se a cliente a entender o ataque como relacionado com o estresse causado pelo esforço de cursar o Segundo Grau e se preparar para vestibulares, sob grandes expectativas dos pais. Isto a acalmou, pois deixou de ver-se como vítima de algo desconhecido.

Logo a seguir, foi-lhe solicitado que respirasse profunda e lentamente algumas vezes. O efeito calmante dessa técnica foi quase imediato. Aplicou-se, também, uma forma reduzida do relaxamento muscular progressivo.

Para prevenção de recaída, solicitou-se que fizesse os exercício de respiração e relaxamento muscular duas vezes ao dia e que substituísse seus pensamentos ansiogênicos por outros mais racionais. Foi-lhe garantido o apoio do terapeuta, disponível para atendê-la ao telefone em tempo integral.

Outra providência foi encaminhá-la a um psiquiatra, para avaliação médica.

Posteriormente, a cliente voltou a sentir-se ansiosa, ligou para o terapeuta, que a orientou no uso da técnica “ACALME-SE”. Após esta ligação, não ocorreram mais episódios conhecidos de ataques de pânico.

(10)

Caso Clínico 2 - Separação conjugal traumática

• Homem de 28 anos, sofrendo muito com o fim de um casamento de mais de três

anos, após descoberta de um caso extraconjugal antigo da esposa.

• Em conflito, ora pensava em perdoá-la, ora pensando em deixá-la, mas

confundia-se com a atitude da mulher, que dizia amá-lo, mas não admitia discutir suas atitudes desconsideradoras e, em especial, o adultério.

• Ele foi estimulando a falar sobre seus medos e dores e entender que seu

sofrimento era coerente com a situação (normalização de sentimentos).

• Para lidar com o dilema de aproximação-evitação da ex-mulher, inicialmente

discutiu-se o total afastamento, sem sucesso, pois ele não conseguia decidir se reatava o casamento ou se continuava separado.

• Então, foi proposto que voltasse a falar com ela usando a técnica da crítica

sanduíche, que consiste em 1o) elogio inicial 2o) tema principal 3o) elogio final.

Objetivo: levá-la a discutir seriamente a relação.

• Não funcionou, porque ela queria que ele voltasse para casa imediatamente e

retomasse o casamento como se nada tivesse acontecido, pois na visão dela o problema a incapacidade dele de enfrentar as situações corajosamente.

• Decidiu-se, então, pelo divórcio, embora ainda a amasse. Essa decisão o levou

a progressos na terapia e a melhoras em sua vida: voltou a ver os amigos, a fazer coisas de que gostava e praticar corridas.

(11)

Caso Clínico 3 – Relacionamento incerto

Homem de 30 anos, curso superior, solteiro, mantém um excelente relacionamento de amizade, meio que à distância, com moça noiva.

Recentemente, encontraram-se em um congresso, ficaram juntos todo o tempo e acabaram por se beijar. Após isto, a moça voltou a se comportar como apenas amiga. Ele se viu frente ao seu maior medo, o de ser abandonado, e isto originou a maior crise vivida por ele, incluindo ideação suicida.

Inicialmente, o cliente foi encorajado a falar de seus medos e anseios e auxiliado a entender que seu sofrimento e sua confusão mental eram coerentes com a situação vivida (normalização de sentimentos). Ressalte-se que a culpa por se envolver com pessoa comprometida era grande.

Em seguida, usando a técnica da resolução de problemas, ele foi ajudado a eliminar as “soluções” antigas (possessividade e afastamento) e adotar novas soluções (manter o contato, mas com expectativas diminuídas e aguardando as reações da moça). Também se conversou sobre os exageros moralistas que o levavam a se sentir tão culpado pelo acontecido.

Vendo seu comportamento defensivo afastador e agressivo como da “antiga” pessoa que ele fora, pediu-se que desse lugar aos pensamentos, emoções e comportamentos novos, da pessoa “nova” que ele estava se tornando. Isto lhe deu uma âncora mental para que, toda vez que os pensamentos da “pessoa antiga” aparecessem ele os substituísse por um pensamento mais funcional como “isto é novo, não posso lidar como o novo como se fosse velho”.

(12)

DATTILIO, F. M.; FREEMAN, A. e cols. Estratégias Cognitivo-Comportamentais de

Intervenção em Situações de Crise. Porto Alegre: Artmed, 2004.

DATTILIO, F. M. Manual de Terapia Cognitivo-Comportamental para Casais e

Famílias. Porto Alegre: Artmed, 2009.

KNAPP, P. e cols. Terapia Cognitivo-Comportamental na Prática Psiquiátrica. Porto Alegre: Artmed, 2004.

LIPP, M. E. N. Relaxamento para todos: controle seu estresse. Campinas, SP: Papirus, 1997.

MCMULLIN, R. Manual de Técnicas em Terapia Cognitiva. Porto Alegre: Artmed, 2005.

RANGÉ, B., Borba, A. Vencendo o Pânico. Rio de Janeiro: Editora Cognitiva, 2008. WENZEL A., Brown, G. K. e Beck, A. T. Terapia Cognitivo-Comportamental para

Clientes Suicidas. Porto Alegre: Artmed, 2010.

REFERÊNCIAS

Referências

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