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MANUAL DE ORIENTAÇÃO PARA AQUISIÇÃO E ARRENDAMENTO DE IMÓVEL RURAL POR ESTRANGEIRO

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MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO – MDA

INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA – INCRA DIRETORIA DE ORDENAMENTO DA ESTRUTURA FUNDIÁRIA – DF

COORDENAÇÃO GERAL DE CADASTRO RURAL – DFC

DIVISÃO DE FISCALIZAÇÃO E DE CONTROLE DE AQUISIÇÕES POR ESTRANGEIROS – DFC-2

MANUAL DE ORIENTAÇÃO

PARA AQUISIÇÃO E ARRENDAMENTO DE IMÓVEL

RURAL POR ESTRANGEIRO

Aprovado pela Norma de Execução INCRA/nº 108, de 02 de outubro de 2013. Publicada no BS nº 40, de 07 de outubro de 2013.

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MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO – MDA

INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA - INCRA DIRETORIA DE ORDENAMENTO DA ESTRUTURA FUNDIÁRIA - DF

COORDENAÇÃO GERAL DE CADASTRO RURAL - DFC

DIVISÃO DE FISCALIZAÇÃO E DE CONTROLE DE AQUISIÇÕES POR ESTRANGEIROS – DFC-2

Ministro de Estado de Desenvolvimento Agrário

Gilberto José Spier Vargas

Presidente do Incra

Carlos Mário Guedes de Guedes

Diretor de Ordenamento da Estrutura Fundiária

Richard Martins Torsiano

Coordenador-Geral de Cadastro Rural

Evandro Carlos Miranda Cardoso

Chefe de Divisão de Fiscalização e de Controle de Aquisições por Estrangeiros

Laurencia Rodrigues de Sales

Equipe Técnica de Elaboração do Manual de Orientação para Aquisição de Imóvel rural por Estrangeiro:

Edson Daniel Paes da Silva, Eritânia Castro M. S. Brunoro, Laurencia Rodrigues de Sales, Rosinei Márcio dos Santos.

Colaboradores Jurídicos:

Dr. Revalino Sousa Maia

Dr. Ridalvo Machado de Arruda Drª Isaura Leite

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SUMÁRIO APRESENTAÇÃO 6

DA FUNDAMENTAÇÃO LEGAL 7 1. DOS OBJETIVOS 9

2. DOS REQUISITOS ESSENCIAIS 10

3. DA OBRIGAÇÃO COMPLEMENTAR 11

4. DA LIMITAÇÃO DE ÁREA EM RELAÇÃO AO MUNICÍPIO 13 5. DOS SERVIÇOS NOTARIAIS E REGISTRAIS 14

6. DAS COMPETÊNCIAS DE ATUAÇÃO 15 7. DA DOCUMENTAÇÃO COMPROBATÓRIA20 8. DA RECEPÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO 20

9. DA ANÁLISE NO ÂMBITO DA SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL 22 10. CONTROLE DAS AQUISIÇÕES 47

11. Controle das empresas brasileiras com capital social estrangeiro 47 12. DISPOSIÇÕES FINAIS 48

ANEXOS 51

ANEXO I - MODELO DE REQUERIMENTO - PESSOA NATURAL 52 ANEXO II - MODELO DE REQUERIMENTO - PESSOA JURÍDICA 53

ANEXO III - DA DOCUMENTAÇÃO OBRIGATÓRIA PARA PESSOA NATURAL ESTRANGEIRA 54

ANEXO IV - DA DOCUMENTAÇÃO OBRIGATÓRIA PARA PESSOA JURÍDICA ESTRANGEIRA 56

ANEXO V Modelo de Extrato de Cadeia Dominial 58 ANEXO VI DECLARAÇÃO

(Não possui imóvel rural - Pessoa natural estrangeira) 59 ANEXO VII – DECLARAÇÃO

(possui imóvel rural - Pessoa natural estrangeira) 60 ANEXO VIII – DECLARAÇÃO

(Não possui imóvel rural - Pessoa jurídica) 61 ANEXO IX – DECLARAÇÃO

(possui imóvel rural - Pessoa jurídica) 62

ANEXO X - AVISO DE RECEBIMENTO - AR 61 ANEXO XI - TERMO DE JUNTADA 62

ANEXO XII - (Pessoa Natural)

(Modelo de Relatório - imóvel rural com área até 20 MEI, em faixa de fronteira) 63 ANEXO XIII - (Pessoa Natural)

(Modelo de Relatório – imóvel rural com até 20 MEI, fora da faixa de fronteira) 66 ANEXO XIV - (Pessoa Natural)

(Modelo de Relatório – Projeto de Exploração, IR acima de 20 MEI, em faixa de fronteira) 68

ANEXO XV - (Pessoa Jurídica)

(Modelo de Relatório – Projeto de Exploração, IR fora de faixa de fronteira) 71 ANEXO XVI - (Pessoa Jurídica)

(Modelo de Relatório – Projeto de Exploração, imóvel rural localizado em faixa de fronteira) 73

ANEXO XVII - (Pessoa Natural)

(Resolução – imóvel rural até 20 MEI situado em faixa de fronteira) 76 ANEXO XVIII - (Pessoa Natural e Pessoa Jurídica)

(Resolução – Projeto de Exploração - imóvel rural acima de 20 MEI, em faixa de fronteira) 78

ANEXO XIX - (Pessoa Natural)

(Resolução – imóvel rural até 20 MEI, fora da faixa de fronteira) 81 ANEXO XX - (Pessoa Natural e Pessoa Jurídica)

(Resolução – Projeto de Exploração - imóvel rural acima de 20 MEI, fora da faixa de fronteira) 83

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ANEXO XXI - (Pessoa Natural)

(Imóvel rural acima 20 MEI localizado em Faixa de Fronteira) 86 ANEXO XXII - (Pessoa Natural e Pessoa Jurídica)

(Projeto de Exploração - Imóvel rural acima de 20 MEI, localizado fora da Faixa de Fronteira) 89

ANEXO XXIII - (Pessoa Natural)

(Imóvel rural até 20 MEI fora da Faixa de Fronteira) 92 ANEXO XXIV - (Pessoa Natural)

(Imóvel rural até 20 MEI localizado em Faixa de Fronteira) 94 ANEXO XXV - (Pessoa Jurídica)

(Imóvel rural localizado em Faixa de Fronteira) 97 ANEXO XXVI - (Pessoa natural)

(Ofício do Presidente do INCRA ao Ministro do MDA – somente em faixa de fronteira) 100

ANEXO XXVII - (Pessoa Jurídica)

(Ofício do Presidente do INCRA ao Ministro do MDA – somente em faixa de fronteira) 102

ANEXO XXVIII - (Ofício do Presidente do INCRA ao Ministro do MDA – área superior a 50 MEI – pessoa natural)104

ANEXO XXIX - (Ofício do Presidente do INCRA ao Ministro do MDA – área superior a 100 MEI – pessoa jurídica) 106

ANEXO XXX- (Pessoa Natural)

(Modelo de Aviso – Ministro do MDA ao Ministro Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República) 108

ANEXO XXXI - (Pessoa Jurídica)

(Modelo de Aviso – Ministro do MDA ao Ministro Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República) 110

ANEXO XXXII (Intimação) 112

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APRESENTAÇÃO

Este Manual tem como finalidade fornecer as orientações relativas à abertura e trâmite de processo administrativo, à análise documental, o controle e demais atos referentes ao pedido de autorização para aquisição e arrendamento de imóveis rurais por pessoa natural estrangeira residente no País, por pessoa jurídica estrangeira autorizada a funcionar no Brasil e por pessoa jurídica brasileira da qual participem, a qualquer título, pessoas estrangeiras com maioria do seu capital social, que residam ou tenham sede no exterior, de forma a uniformizar os procedimentos jurídicos, técnicos e administrativos, no âmbito do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – Incra.

Tem ainda, como finalidade orientar o estrangeiro no cumprimento das formalidades legais exigidas para aquisição e arrendamento de imóvel rural no Brasil, bem como da necessidade de atualização cadastral do imóvel rural junto ao Sistema Nacional de Cadastro Rural – SNCR, gerenciado por esta Autarquia.

Essa atividade será desenvolvida com o apoio de vários segmentos desta Instituição, da Secretaria Executiva do Conselho de Defesa Nacional, da Presidência da República, do Congresso Nacional, quando for o caso e demais órgãos constantes no art. 11 do Decreto nº 74.965, de 26 de novembro de 1974.

Ademais, o controle de aquisição e arrendamento de imóvel rural por estrangeiro será gerenciado por meio de um cadastro específico, o qual contemplará as informações exigidas na legislação, tendo como resultado a emissão de relatórios.

Dessa forma, este Manual constitui-se num instrumento de consulta e de normatização de procedimentos, relativos à aquisição e arrendamento de imóvel rural por estrangeiro no território brasileiro, de acordo com a legislação vigente.

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DA FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

Este Manual tem como base legal os seguintes fundamentos:

I - Constituição Federal de 1988, art. 12, § 1º; art. 170, I, II e III; e art. 190; II - Lei de Introdução ao Código Civil, art. 11, §1º;

III - Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil Brasileiro), arts. 1.039 a 1.092; 1.123 a 1.141 e art. 1.150;

IV - Lei nº 4.504, de 30 de novembro de 1964 (Estatuto da Terra);

V - Decreto nº 59.566, de 14 de novembro de 1966 (que regulamenta o arrendamento e a parceria);

VI - Lei n° 5.709, de 07 de outubro de 1971, que regula a aquisição de imóvel rural por estrangeiro residente no País, ou pessoa jurídica estrangeira autorizada a funcionar no Brasil;

VII - Decreto nº 74.965, de 26 de novembro de 1974, que regulamenta a Lei nº 5.709, de 07 de outubro de 1971, que dispõe sobre a aquisição de imóvel rural por estrangeiro residente do País ou pessoa jurídica estrangeira autorizada a funcionar no Brasil;

VIII - Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, que dispõe sobre os registros públicos e alterações;

IX - Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, que dispõe sobre as Sociedades por Ações;

X - Lei nº 6.634, de 2 de maio de 1979, que dispõe sobre a Faixa de Fronteira, regulamentada pelo Decreto nº 85.064, de 26 de agosto de 1980;

XI - Lei nº. 6.815, de 19 de agosto de 1980, que define a situação jurídica do estrangeiro no Brasil, cria o Conselho Nacional de Imigração, e dá outras providências;

XII - Decreto nº 87.040, de 17 de março de 1982, que especifica as áreas indispensáveis à segurança nacional, insuscetíveis de usucapião especial, e dá outras providências;

XIII - Lei nº 8.629, de 25 de fevereiro de 1993 (art. 23), que dispõe sobre a regulamentação dos dispositivos constitucionais relativos à reforma agrária, previstos no Capítulo III, Título VII, da Constituição Federal;

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XIV - Lei n° 9.784, de 29 de janeiro de 1999, que regulamenta o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal;

XV - Lei n° 10.267, de 28 de agosto 2001, que altera o art. 22 da Lei n° 4.947, de 6 de abril de 1966 e os art. 1º, 2º e 8º da Lei n° 5.868, de 12 de dezembro de 1972;

XVI - Decreto n° 4.449, de 30 de outubro de 2002, que regulamenta a Lei n° 10.267, de 2001, arts. 43 a 46 da Lei nº 4.504, de 30 de novembro de 1964 (Estatuto da Terra) e Decreto nº 5.570, de 31 de outubro de 2005, que dá nova redação aos dispositivos do Decreto nº 4.449, de 2002 e Norma Técnica para Georreferenciamento de Imóveis Rurais do Incra;

XVII - Decreto nº 3.927, de 19 de setembro de 2001, que promulga o Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta entre a República Federativa do Brasil e a República Portuguesa;

XVIII - Decreto nº 70.391, de 12 de abril de 1972, art. 5º;

XIX - Decreto nº 70.436, de 18 de abril de 1972, art. 14, V e arts. 15 e 16; XX - Decreto-Lei nº 2.627, de 26 de setembro de 1940, que dispõe sobre as sociedades por ações;

XXI - Parecer nº LA - 01, que aprovou o Parecer CGU/AGU nº 01/2008 - RVJ, publicado no D.O.U., Seção 1, de 23 de agosto de 2010;

XXII - Estrutura Regimental do Incra, art. 8º, VIII e art. 15, V, aprovada pelo Decreto nº 6.812, de 03 de abril de 2009;

XXIII - Regimento Interno do Incra, art. 12, VIII; art. 50, IV; art. 71, VI; e art. 115, I, alínea l, aprovado pela Portaria/MDA/nº 20, de 08 de abril de 2009; XXIV - Instrução Especial/Incra/ nº 5-a, de 06 de junho de 1973;

XXV - Instrução Especial/Incra/nº 50, de 26 de agosto de 1997, que estabelece as Zonas Típicas de Módulo - ZTM e estende a Fração Mínima de Parcelamento - FMP, prevista para as capitais dos estados e para outros municípios;

XXVI – Instrução Normativa Conjunta nº 1, de 27 de setembro de 2012; XXVII – Instrução Normativa/Incra/Nº 76 , 23 de agosto de 2013;

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XXVIII - Decreto 55.891 de 31 de março de 1965 - Regulamenta o Capítulo I do Título I e a Seção III do Capítulo IV do Título II da Lei nº 4.504, de 30 de novembro de 1964 - Estatuto da Terra. (Princípios e Definições, Zoneamentos e Cadastros, da determinação da área dos módulos e sua aplicação;

XXIX - Decreto-Lei 1.164/71 (revogado pelo Decreto-Lei 2.375 de 24/11/1987) (áreas indispensáveis à Segurança Nacional, Decreto-Lei 1.243/1972 e Lei 5.917/1973 – (Faixas das BRs e áreas consideradas indispensáveis à Segurança Nacional).

1. DOS OBJETIVOS

Este Manual tem como objetivos:

a) regulamentar, no âmbito do Incra, o procedimento administrativo do pedido de autorização para aquisição ou arrendamento de imóvel rural em todo território nacional por pessoa natural estrangeira residente no País, pessoa jurídica estrangeira autorizada a funcionar no Brasil e pessoa jurídica brasileira a ela equiparada, nos termos do § 1º, art. 1º da Lei nº 5.709, de 7 de outubro de 1971;

b) orientar o estrangeiro sobre o cumprimento das formalidades legais exigidas para aquisição e arrendamento de imóvel rural no País e à apresentação da Declaração para Cadastro de Imóvel Rural junto ao Incra, após o devido registro do imóvel rural no Cartório de Registro de Imóveis;

c) estabelecer critérios, formas e modelos dos atos necessários à instrução processual do pedido de aquisição ou arrendamento de imóvel rural por estrangeiro, até a publicação da Portaria de Autorização e demais procedimentos subseqüentes;

d) implementar o controle da aquisição e arrendamento de imóvel rural por estrangeiro no Brasil, possibilitando ao Incra disponibilizar aos órgãos da administração pública e à sociedade, informações que permitam a identificação, o quantitativo de área, a localização geográfica e a destinação de terras rurais no País sob o domínio de estrangeiro; e

e) Oferecer ao Estado Brasileiro instrumento de controle para o gerenciamento e fiscalização da malha fundiária do País com ênfase na aquisição e arrendamento de imóveis rurais por pessoa natural estrangeira

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residente no País, pessoa jurídica estrangeira autorizada a funcionar no Brasil e a pessoa jurídica brasileira a esta equiparada.

2. DOS REQUISITOS ESSENCIAIS

Os requisitos essenciais para aquisição e arrendamento de imóvel rural por estrangeiro no Brasil são:

I - estar o imóvel rural pretendido devidamente registrado no Cartório de Registro de Imóveis em nome do transmitente;

II - estar o imóvel rural regularmente cadastrado no Sistema Nacional de Cadastro Rural – SNCR em nome do transmitente;

III - ter residência permanente no Brasil e ser inscrito no Registro Nacional de Estrangeiro - RNE, na condição de Permanente e com prazo válido, quando se tratar de pessoa natural;

IV - se pessoa jurídica estrangeira, ter autorização para funcionar no Brasil e apresentar projeto de exploração agrícola, pecuário, florestal, turístico, industrial ou de colonização, vinculados aos seus objetivos estatutários ou contratuais, conforme o caso;

V – se pessoa jurídica brasileira da qual participem, a qualquer título, pessoas estrangeiras, natural ou jurídica, que tenham a maioria de seu capital social e residam ou tenham sede no exterior ou o poder de conduzir as deliberações da assembléia geral, de eleger a maioria dos administradores da companhia e de dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento dos órgãos da companhia, comprovar a inscrição na Junta Comercial do Estado de localização de sua sede e projeto de exploração agrícola, pecuário, florestal, turístico, industrial ou de colonização, vinculados aos seus objetivos estatutários ou contratuais, conforme o caso;

VI - o Projeto de Exploração, deverá ser aprovado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA, ouvido os órgãos federais competentes nas respectivas áreas, conforme disposto no art. 6º da Instrução normativa nº 1, de 27 de setembro de 2012, quando se tratar de aquisição ou arrendamento de imóvel rural por pessoa jurídica estrangeira ou jurídica brasileira a ela equiparada ou ainda, por pessoa natural estrangeira residente no País, quando

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a área do imóvel rural for superior a 20 (vinte) Módulos de Exploração Indefinida – MEI; e

VII - ter o Assentimento Prévio da Secretaria-Executiva do Conselho de Defesa Nacional – SECDN, se o imóvel rural estiver localizado em faixa de fronteira ou em área considerada indispensável à segurança nacional.

3. DA OBRIGAÇÃO COMPLEMENTAR

Para adquirir ou arrendar imóvel rural no Brasil o estrangeiro deverá solicitar autorização prévia junto à Superintendência Regional do Incra no Estado de localização do imóvel rural. Para tanto, deverão ser utilizados um dos modelos de requerimento constantes nos Anexos I e II deste Manual, com o qual será formalizado o processo administrativo, observando as seguintes condições quanto à dimensão da área pretendida:

a) até 3 (três) MEI, na hipótese de segunda aquisição por pessoa natural estrangeira;

b) acima de 3 (três) até 50 (cinquenta) MEI, quando se tratar de pessoa natural estrangeira. Em se tratando de área superior a 20 (vinte) MEI, deverá ser apresentado projeto de exploração;

c) para qualquer extensão quando se tratar de pessoa jurídica estrangeira ou jurídica brasileira da qual participem, a qualquer título, pessoas estrangeiras, natural ou jurídica, que tenham a maioria de seu capital social e residam ou tenham sede no exterior ou o poder de conduzir as deliberações da assembleia geral, de eleger a maioria dos administradores da companhia e de dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento dos órgãos da companhia, comprovar a inscrição na Junta Comercial do Estado de localização de sua sede e o projeto de exploração agrícola, pecuário, florestal, turístico, industrial ou de colonização, vinculados aos seus objetivos estatutários ou contratuais, para a devida aprovação, conforme o caso; e

d) em todo o território nacional, a pessoa natural estrangeira não poderá adquirir ou arrendar área contínua ou descontínua superior a 50 (cinquenta) MEI e a pessoa jurídica estrangeira autorizada a funcionar no País ou brasileira a ela equiparada, área contínua ou descontínua superior a 100

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(cem) MEI, salvo com autorização do Congresso Nacional e com apresentação de projeto de exploração, demonstrando:

I – justificativa de proporcionalidade entre o quantitativo de terras visado e a dimensão do projeto;

II – cronograma físico e financeiro do investimento e implementação;

III – eventual utilização de crédito oficial no financiamento parcial ou total do empreendimento;

IV – viabilidade logística de sua execução, e, no caso de projeto industrial, demonstração da compatibilidade entre o(s) local(s) da(s) planta(s) industrial(s) e a localização geográfica das terras;

V – demonstração de compatibilidade com os critérios para o Zoneamento Ecológico Econômico do Brasil – ZEE, referentes à localidade do imóvel, quando houver.

Além da autorização do Incra, a aquisição ou o arrendamento de imóvel rural por estrangeiro dependerá:

I - Da outorga do Congresso Nacional para área:

a) acima de 50 (cinquenta) MEI para pessoa natural estrangeira residente no Brasil;

b) acima de 100 (cem) MEI para pessoa jurídica estrangeira autorizada a funcionar no País ou brasileira a ela equiparada;

II – Do assentimento prévio do Conselho de Defesa Nacional para todos os imóveis rurais, independente de sua área, localizados em faixa de fronteira ou considerados indispensáveis à segurança nacional.

Observações:

a) Se o pretendente à aquisição ou arrendamento de imóvel rural for de nacionalidade portuguesa e almejar os benefícios do estatuto de igualdade sem perder a nacionalidade originária, poderá pleitear ao Ministério da Justiça o Certificado de Reciprocidade, nos termos do § 1º do artigo 12 da Constituição Federal de 1988, e do Decreto nº 3.927, de 19 de setembro de 2001. Sendo possuidor dessa prerrogativa, não haverá necessidade de

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autorização do Incra, ou seja, ele terá o mesmo tratamento de pessoa natural brasileira.

b) A primeira aquisição de área rural até 3 (três) MEI, por pessoa natural estrangeira residente no Brasil, independe de autorização do Incra, entretanto, para fins de controle, deve-se formalizar processo administrativo com a documentação para atualização cadastral, conforme Manual de Cadastro Rural (de 2009) e as Declarações de que não possui outros imóveis no Brasil e Comprovante ou Declaração de residência no País. Se o imóvel rural estiver localizado na faixa de fronteira ou em área considerada indispensável à segurança nacional, o processo deve ser enviado à Secretaria do Conselho de Defesa Nacional para o Assentimento Prévio. Cadastrar o processo no Sistema Nacional de Aquisição e Arrendamento de Terras por Estrangeiros – SISNATE e proceder a atualização cadastral no SNCR. As atualizações de imóveis rurais em faixa de fronteira ou em área considerada indispensável à segurança nacional devem ser realizadas após o Assentimento Prévio;

c) Nos casos de sucessão legítima, o beneficiário estrangeiro da herança deve residir permanentemente no País. Se o imóvel rural, objeto da partilha, estiver localizado em faixa de fronteira ou em área considerada indispensável à segurança nacional é necessário o Assentimento Prévio do Conselho de Defesa Nacional.

4. DA LIMITAÇÃO DE ÁREA EM RELAÇÃO AO MUNICÍPIO

I – O quantitativo de área pertencente à pessoa natural estrangeira, pessoa jurídica estrangeira autorizada a funcionar no Brasil e jurídica brasileira a ela equiparada, não poderá ultrapassar a 1/4 (um quarto) da superfície territorial do município de localização do imóvel rural pretendido, ou seja, o equivalente a 25% (vinte e cinco por cento) da área total do município, conforme art. 12 da Lei nº. 5.709, de 7 de outubro de 1971.

II – Os estrangeiros de mesma nacionalidade não poderão ser proprietários no mesmo município de mais de 40% (quarenta por cento) de 1/4 (um quarto) da área total do município, ou seja, o equivalente a 10% (dez por

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cento) da área total do município, conforme § 1º, art. 12 da Lei nº. 5.709, de 1971;

III - Na aquisição ou arrendamento de imóvel rural em condomínio computar-se-ão os percentuais de áreas previstos nos itens I e II, para estrangeiros e por nacionalidade de cada condômino estrangeiro;

IV - Se o requerente estrangeiro tiver filho brasileiro ou se for casado com pessoa brasileira sob o regime de comunhão de bens, exclui-se da exigência de comprovação da soma das áreas de que tratam os itens I e II, para a aquisição e arrendamento de imóvel rural; e

V – A comprovação da soma das áreas de que tratam os itens I e II, para a aquisição e arrendamento de imóvel rural, também não será exigida da pessoa brasileira casada com estrangeira.

5. DOS SERVIÇOS NOTARIAIS E REGISTRAIS

I - Somente após a publicação no D.O.U. da autorização concedida pelo Incra relativa à aquisição ou arrendamento de imóvel rural por pessoa estrangeira, poderá o tabelião lavrar a escritura dentro do prazo de 30 (trinta) dias, e o Oficial, procederá o respectivo registro na circunscrição judiciária competente em 15 dias.

II - Os Cartórios de Registro de Imóveis manterão cadastro especial em Livro Auxiliar, das aquisições e arrendamentos de terras rurais por pessoa natural estrangeira residente no País, pessoa jurídica estrangeira autorizada a funcionar no Brasil e jurídica brasileira a ela equiparada.

III - Os Cartórios de Registro de Imóveis informarão ao Incra, por meio do módulo do SNCR - Sistema Nacional de Aquisição e Arrendamento de Terras por Estrangeiros – SISNATE, as aquisições e arrendamentos de pessoas estrangeiras, conforme previsto no art. 11 da Lei nº 5.709/71.

IV - A aquisição de imóvel rural, que viole as prescrições legais, é nula de pleno direito. O tabelião que lavrar a escritura e o oficial de registro que a transcrever responderão civilmente pelos danos que causarem aos contratantes, sem prejuízo da responsabilidade criminal por prevaricação ou

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falsidade ideológica. O alienante está obrigado a restituir ao adquirente o preço do imóvel rural.

6. DAS COMPETÊNCIAS DE ATUAÇÃO

6.1 - Superintendência Regional do Incra 6.1.1 - Superintendente Regional - SR(00)

O Superintendente Regional do Incra encaminhará os processos administrativos de pedido de autorização para aquisição ou arrendamento de imóvel rural por estrangeiros, devidamente instruídos e analisados pelo setor competente, à Diretoria de Ordenamento da Estrutura Fundiária – DF.

6.1.2 – Setor de Fiscalização Cadastral - SR(00)F

Ao Setor de Fiscalização Cadastral cabe a instrução processual, analisando preliminarmente a documentação comprobatória de acordo com a solicitação do requerente e realizando diligências, caso necessário, contemplando:

I - levantamento da cadeia dominial, até o destaque do patrimônio público para o privado, quando o imóvel rural estiver localizado em faixa de fronteira ou em área considerada indispensável à segurança nacional, ou ainda, em áreas localizadas na região da Amazônia Legal;

II - levantamento da cadeia dominial quinzenária para os imóveis rurais não mencionados no item anterior;

III - verificação dos documentos que comprovem os requisitos essenciais para a aquisição ou arrendamento de imóvel rural e aferição dos limites de área, conforme incisos I e II do item 4 deste Manual;

IV – encaminhamento ao Setor de Cartografia para análise das peças técnicas (planta e memorial descritivo) e manifestação;

V – elaboração de informação circunstanciada sobre a conclusão da análise;

VI – encaminhamento à Procuradoria Regional para análise e manifestação.

6.1.3 - Cartografia – SR(00)F

A Cartografia emitirá informação sobre as peças técnicas (planta e memorial descritivo) manifestando-se sobre:

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I - os limites e confrontações, observando, ainda, as exigências para georreferenciamento e certificação, previstas na Lei nº. 10.267, de 28 de agosto de 2001 e no Decreto nº 4.449, de 30 de outubro de 2002 e suas alterações, quando for o caso;

II - a localização geográfica do imóvel rural, indicando:

a) se está sobrepondo total ou parcial a outros imóveis rurais, públicos ou particulares, de acordo com a base de dados georreferenciada do Incra; e

b) se está inserido em faixa de fronteira ou em área considerada de segurança nacional.

6.1.4 – Procuradoria Regional – SR(00)F

A Procuradoria Regional emitirá parecer conclusivo e fundamentado sobre:

I - a regularidade processual, atendimento dos requisitos essenciais para a aquisição e arrendamento de imóvel rural por estrangeiro, bem como a legalidade, legitimidade e autenticidade do domínio do imóvel rural;

II - os pressupostos, limitações e formalidades específicas quando da outorga da titulação, se o imóvel rural estiver localizado em faixa de fronteira, mesmo já ratificado pela União/Incra;

III - a promoção das medidas administrativas ou judiciais cabíveis de declaração de inexistência e cancelamento de matrículas e registro de imóveis rurais, de acordo com a Portaria/Incra/P/nº 41, de 15 de fevereiro de 1999, quando constatadas situações de irregularidades no domínio do imóvel rural;

IV - a promoção das medidas administrativas ou judiciais cabíveis junto à Corregedoria Geral de Justiça do Estado quando detectado registro de imóvel rural em desacordo com as determinações da Lei nº 5.709, de 7 de outubro de 1971 e seu regulamento;

6.2 - Diretoria de Ordenamento da Estrutura Fundiária – DF

A DF deverá normatizar, coordenar, supervisionar e controlar as aquisições e arrendamento de terras por estrangeiros.

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6.2.1 – Coordenação Geral de Cadastro Rural - DFC

A DFC deverá coordenar, supervisionar e propor atos normativos, manuais e procedimentos técnicos relativos à atividade de controle das aquisições e arrendamentos de terras por estrangeiros.

6.2.2 - Divisão de Fiscalização e de Controle de Aquisições por Estrangeiros – DFC-2

A DFC-2 deverá elaborar atos normativos, manuais, propor procedimentos técnicos relativos à atividade de controle, orientar, supervisionar e controlar as aquisições e os arrendamentos de imóveis rurais por estrangeiros efetuando análise complementar do processo administrativo, observando as seguintes orientações:

I – verificar as informações e os documentos que comprovem os requisitos essenciais para a aquisição ou arrendamento de imóvel rural e aferição dos limites de área, conforme incisos I e II do item 4 deste Manual, entre outros;

II – manifestar-se quanto à análise da Superintendência Regional sobre a solicitação de aquisição ou arrendamento de imóvel rural por estrangeiro;

III - elaborar os atos necessários ao andamento processual, conforme suas especificidades e encaminhar a Procuradoria Federal Especializada para análise dos aspectos jurídicos do pedido, observando a localização do imóvel e a área da seguinte forma:

a) imóveis rurais localizados fora da faixa de fronteira ou em área considerada indispensável à segurança nacional e que estejam dentro dos limites previstos na legislação específica para aquisição e arrendamento;

b) imóveis rurais localizados na faixa de fronteira ou em área considerada indispensável à segurança nacional e que estejam dentro dos limites previstos na legislação específica para aquisição e arrendamento;

c) imóvel rural com área superior a 50 (cinquenta) MEI para pessoa natural estrangeira residente no País e superior a 100 (cem) MEI para pessoa jurídica estrangeira autorizada a funcionar no Brasil e pessoa jurídica brasileira a ela equiparada; e

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d) após parecer da Procuradoria Federal Especializada deverá a Divisão de Fiscalização e de Controle de Aquisições por Estrangeiros – DFC-2 encaminhar os autos:

1) ao Conselho Diretor - CD para aprovação, dos pedidos de pessoa natural, para aquisição ou arredamento de imóvel rural, localizado fora da faixa de fronteira ou em área considerada indispensável à segurança nacional e tiver área:

- inferior a 3 MEI, segunda aquisição ou arrendamento; - 3 até 20 MEI.

2) ao Gabinete da Presidência do Incra, para remessa ao Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA, objetivando o encaminhamento do processo, com o projeto de exploração do imóvel rural, para ser apreciado e aprovado pelos órgãos/entidades:

- Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ministério do Turismo ou a outro órgão/entidade, quando se tratar de pedido de aquisição/arrendamento por pessoa natural estrangeira de imóvel com área acima de 20 MEI ou imóvel com qualquer dimensão, da pessoa jurídica estrangeira ou brasileira equiparada a estrangeira;

3) Conselho de Defesa Nacional para o Assentimento Prévio para todos os imóveis rurais localizados na faixa de fronteira ou em área considerada indispensável à segurança nacional;

4) à Casa Civil com vistas à aprovação do Congresso Nacional para os imóveis com área acima de 50 MEI (pessoa natural) ou 100 MEI (pessoa jurídica).

IV – Solicitar à Divisão de Apoio Técnico Administrativo – GABT-2, por meio da informação de encaminhamento do processo ao CD, que realize o agendamento da publicação da portaria com o prazo de 40 (quarenta) dias e emita o extrato com os respectivos valores da publicação e a data agendada.

V – Emitir a Guia de Recolhimento da União – GRU e controlar, através do sistema SIAFI, o pagamento do seu valor para fins de publicação da

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portaria de autorização, conforme determinam os artigos 9º e 10 do Anexo do Decreto nº 4.520, de 16 de dezembro de 2002;

V – Quando autorizada a aquisição, deverá ser emitida a Guia de Recolhimento da União – GRU e entregue ao interessado para fins de pagamento do custeio com a publicação da portaria de autorização, conforme determinam os artigos 9º e 10 do Anexo do Decreto nº 4.520, de 16 de dezembro de 2002. O referido pagamento deverá ser controlado através do sistema SIAFI, fazendo constar cópia do comprovante de pagamento no respectivo processo.

6.3 - Conselho Diretor – CD

O Conselho Diretor – CD, quando pertinente, aprovará os atos relativos à aquisição e arrendamento de imóveis rurais por estrangeiros, conforme estabelecido no inciso VIII, do art. 8º, da Estrutura Regimental, aprovada pelo Decreto nº 6.812, de 03 de abril de 2009, combinado com o inciso VIII, do art. 12, do Regimento Interno do Incra, aprovado pela Portaria/MDA/nº 20, de 08 de abril de 2009.

6.4 - Congresso Nacional

O Congresso Nacional apreciará e quando pertinentes, autorizará o Incra a emitir os atos relativos à aquisição e arrendamento de imóveis rurais por estrangeiros:

a) com área superior a 50 (cinqüenta) MEI por pessoa natural estrangeira residente no País;

b) com área superior a 100 (cem) MEI por pessoa jurídica estrangeira autorizada a funcionar no Brasil; e

c) com área superior a 100 (cem) MEI por pessoa jurídica brasileira equiparada a estrangeira.

Nesses casos, se o imóvel rural estiver localizado em faixa de fronteira ou em área considerada indispensável à segurança nacional, será obrigatório o Assentimento Prévio da Secretaria Executiva do Conselho de Defesa Nacional.

6.5 - Secretaria Executiva do Conselho de Defesa Nacional - SECDN

A SECDN concederá, quando pertinente, assentimento prévio para aquisição de imóvel rural situado em faixa de fronteira e em área considerada

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indispensável à segurança nacional por pessoa natural estrangeira residente no País e pessoa jurídica estrangeira autorizada a funcionar no Brasil ou pessoa jurídica brasileira a ela equiparada, qualquer que seja a sua dimensão;

6.6 - Os procedimentos acima aplicam-se a qualquer alienação ou

arrendamento de imóvel rural para pessoa jurídica estrangeira ou a ela equiparada, em casos como o de fusão ou incorporação de empresas, de alteração do controle acionário da sociedade, ou de transformação de pessoa jurídica brasileira para pessoa jurídica estrangeira, bem como, a aquisição indireta por meio de participações de quotas sociais ou ações de empresas detentoras de imóveis rurais.

Observação

Todo processo de requerimento de aquisição ou de arrendamento de imóvel rural por pessoa estrangeira, natural ou jurídica, terá início na Superintendência Regional do Incra no Estado de localização do imóvel rural.

6.7 - Presidência do Incra

O Presidente do Incra autorizará, por meio de Portaria, os pedidos de aquisição ou arrendamento de imóvel rural por pessoas estrangeiras, após aprovação do Conselho Diretor do Incra.

7. DA DOCUMENTAÇÃO COMPROBATÓRIA

O pedido de autorização deverá ser instruído com a seguinte documentação:

a) Para pessoa natural estrangeira: Anexo III deste Manual; e b) Para pessoa jurídica estrangeira e pessoa jurídica brasileira equiparada a estrangeira: Anexo IV.

8. DA RECEPÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO

A abertura, análise, controle e demais atos do processo administrativo de que trata este Manual é de competência exclusiva da Divisão de Ordenamento da Estrutura Fundiária, por meio do Setor de Fiscalização Cadastral, das Superintendências Regionais onde se localiza o imóvel rural,

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bem como todos os pedidos de atualização cadastral envolvendo estrangeiros, adquirentes ou transmitentes.

No âmbito da SR, a documentação referente à atualização cadastral ou requerimento solicitando autorização para aquisição ou arrendamento de imóvel rural por estrangeiro, será recepcionada na Sala da Cidadania e encaminhada ao Setor de Fiscalização Cadastral para análise e/ou abertura de processo administrativo, se for o caso.

No âmbito da Unidade Avançada - UA do Incra, a documentação referente à atualização cadastral ou requerimento solicitando autorização para aquisição ou arrendamento de imóvel rural por estrangeiro deverá ser recepcionada e encaminhada ao Setor de Fiscalização Cadastral da Superintendência Regional a qual é subordinada.

No âmbito da Unidade Municipal de Cadastramento – UMC, a documentação referente à atualização cadastral ou requerimento solicitando autorização para aquisição ou arrendamento de imóvel rural por estrangeiro deverá ser recepcionada e encaminhada ao Setor de Fiscalização Cadastral da Superintendência Regional a qual é subordinada.

Quando se tratar de pedido de aquisição ou arrendamento de imóvel rural por estrangeiro, ou mesmo atualização cadastral apresentados em Superintendência diversa daquela de localização do imóvel rural, a documentação deverá ser recepcionada, conferida e encaminhada por meio de memorando ao Setor de Fiscalização Cadastral da SR de jurisdição do imóvel rural para fins de análise, abertura de processo administrativo, se for o caso, e realização de controle e processamento.

No caso do imóvel rural se localizar em mais de um Estado a documentação deverá ser recepcionada e encaminhada para análise na SR onde se encontra a maior parte da área do referido imóvel rural.

Na hipótese da área do imóvel rural ter superfície idêntica representada nos Estados, a documentação será recepcionada, encaminhada e analisada na SR onde se encontra estabelecida a sede do imóvel.

Quando se tratar de documentação enviada pelo Correio, o setor de protocolo deverá encaminhar ao Setor de Fiscalização Cadastral para

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Observação:

Estão dispensados da substituição da Cédula de Identidade de Estrangeiro - CIE, mesmo após o vencimento, os estrangeiros portadores de visto permanente, que tenham participado de recadastramento anterior e que tenham completado 60 anos até a data de vencimento da CIE ou estrangeiros portadores de deficiência física (Lei nº 9.505/1997).

9. DA ANÁLISE NO ÂMBITO DA SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL 9.1. Procedimentos Preliminares

A Fiscalização Cadastral da Superintendência Regional procederá à análise processual, observando preliminarmente os seguintes itens:

9.1.1 – Pedido de atualização cadastral no Sistema Nacional de Cadastro Rural – SNCR:

I – Para imóvel rural com área de até 3 (três) MEI verificar:

a) Se a pessoa natural estrangeira é residente no Brasil, deve apresentar comprovante de residência;

b) se o imóvel rural pretendido possui cadastro no SNCR, caso não seja cadastrado, solicitar que o requerente providencie junto ao transmitente a atualização (inclusão) do imóvel;

c) se há processo administrativo em nome do requerente com pedido de autorização para aquisição ou arrendamento no SISPROT ou no banco de dados específico para controle das aquisições e arrendamentos de imóvel rural por estrangeiro (SISNATE), devendo adotar os seguintes procedimentos:

1- Para a pessoa natural estrangeira:

1.1. Caso não conste informação a respeito do interessado, solicitar deste uma declaração de que não possui outro imóvel rural no território nacional (Anexo VI deste Manual).

1.2. Caso conste informação a respeito do interessado, solicitar deste a apresentação das Certidões Imobiliárias atualizadas de inteiro teor referentes aos outros imóveis rurais de sua propriedade, juntamente com a

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declaração de que possui outros imóveis rurais no território nacional (Anexo VII deste Manual).

Observação:

a) Se for pessoa jurídica a declaração será exigida da pessoa representante da empresa ou sócio administrador.

b) Os procedimentos de análise e atualização cadastral referentes à pessoa serão feitos conforme a situação de relacionamento com o imóvel rural descritas no item 2.

2- Para o imóvel rural:

2.1. Caso conste informação de cadastro de imóvel rural em nome do transmitente, verificar a situação cadastral em que se encontra. Estando o código do imóvel rural selecionado/inibido no SNCR, solicitar ao interessado que providencie a documentação hábil para o saneamento da pendência, antes de efetuar a alteração cadastral para o nome do requerente;

2.2. Caso conste informação de cadastro de imóvel rural em nome do transmitente e não conste pendência no código do imóvel rural, realizar a alteração cadastral em nome do adquirente estrangeiro somente após a apresentação da documentação comprobatória de domínio (certidão imobiliária em que conste o registro), observando o preenchimento obrigatório dos itens referentes às informações sobre estrangeiros, se for o caso.

2.3. Não havendo cadastro de imóvel rural no SNCR, realizar a inclusão deste em nome do transmitente com base na documentação comprobatória apresentada, observando o procedimento do item 2.2, acima descrito.

Observações:

a) Todos os pedidos de atualização cadastral que envolvam estrangeiros deverão ter seus dados incluídos em banco de dados específico (SISNATE) para controle das aquisições e arrendamentos de imóvel rural por estrangeiro.

b) Possuindo o requerente outros imóveis rurais, após a apresentação das respectivas Certidões Imobiliárias de inteiro teor atualizadas, pesquisar no SNCR se os imóveis rurais estão cadastrados e em nome de

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quem, para fins de atualização cadastral e verificar se a soma das áreas dos imóveis rurais adquiridos ou arrendados pelo requerente não ultrapassaram os limites de 50 (cinquenta) MEI em área contínua ou descontínua, bem como de 25% da área total do município para estrangeiros e 10% por nacionalidade.

c) Observar também, as datas em que os imóveis rurais foram adquiridos ou arrendados, para determinar qual deles foi objeto de primeira aquisição ou arrendamento, considerando que a primeira aquisição ou arrendamento de área até 3 (três) MEI não necessita de autorização.

d) Para a primeira aquisição ou arrendamento deverá ser feita a atualização cadastral na forma descrita no item 2 e para as demais situações que não tenham sido objeto de apreciação e autorização anterior, abrir processo administrativo e submeter à Procuradoria Regional para as providências cabíveis de acordo com o art. 15 da Lei nº. 5.709/71 ou orientar o interessado da possibilidade de, em comum acordo com o transmitente do imóvel rural, solicitar junto ao Cartório de Registro de Imóveis Rurais o cancelamento da matrícula ou registro e, posteriormente, após a averbação do cancelamento, permanecendo o interesse, solicitar ao Incra autorização para aquisição ou arrendamento do imóvel rural.

e) O pedido de atualização cadastral em nome da pessoa estrangeira, na condição de posse a justo título, será indeferido. O interessado deverá ser orientado a procurar o transmitente do imóvel para que este, efetue o respectivo registro no Cartório de Registro de Imóveis competente nos termos da lei, e, somente depois dessa providência solicitar ao Incra a autorização para a aquisição.

f) No caso do item anterior, se o imóvel rural não estiver cadastrado no SNCR, deve-se orientar o interessado para que providencie junto ao transmitente a documentação necessária para inclusão do imóvel rural no sistema em seu nome (promitente vendedor), para fins regularização cadastral.

g) o pedido de atualização cadastral no SNCR de área de posse por simples ocupação por pessoa estrangeira deverá ser indeferido, uma vez que a previsão legal só contempla áreas registradas.

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h) Nos casos do pedido de atualização cadastral por pessoa jurídica estrangeira autorizada a funcionar no Brasil e pessoa jurídica brasileira a ela equiparada, deverá ser apresentado projeto de exploração, juntamente com os demais documentos para abertura de processo administrativo de aquisição ou arrendamento de imóvel rural por estrangeiro; e

i) Para os imóveis rurais localizados em faixa de fronteira ou em área considerada indispensável a segurança nacional, é imprescindível abertura de processo administrativo de autorização para aquisição ou arrendamento de imóvel rural por estrangeiro, para fins de obtenção de Assentimento Prévio do Conselho de Defesa Nacional e posterior autorização do Incra, se for o caso.

II – Para imóvel rural com área de até 3 (três) MEI - segunda aquisição

Na segunda aquisição ou arrendamento de imóvel rural com área até 3 MEI por estrangeiro é necessária a autorização do Incra.

Nestes casos, o analista deve verificar:

a) se o interessado estrangeiro possui ou arrenda outro imóvel rural, deverá obrigatoriamente ser formalizado processo administrativo de pedido/requerimento de autorização para aquisição ou arrendamento de imóvel rural por estrangeiro. Caso seja fruto de simples pedido de atualização cadastral no SNCR, a atualização somente será deferida e efetivada após a concessão da autorização do Incra e do registro do imóvel rural no Cartório de Registro de Imóveis competente.

b) O processo administrativo de requerimento para aquisição ou arrendamento deverá ser incluído em banco de dados específico (SISNATE) para controle das aquisições e arrendamentos de imóvel rural por estrangeiro. A atualização no SNCR será efetuada somente após as providências elencadas no item anterior, atendendo as normas cadastrais e observando o preenchimento correto dos itens referentes às informações de estrangeiros nos formulários da Declaração para Cadastro de Imóveis Rural.

c) Para fazer a atualização cadastral de imóvel rural adquirido ou arrendado por pessoa jurídica e de imóveis rurais localizados em faixa de fronteira ou em área considerada indispensável a segurança nacional, deve-se

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observar os procedimentos mencionados nas alíneas “g” e “h” das Observações do item 2, inciso I dos Procedimentos Preliminares.

d) Caso o interessado já possua a autorização expedida pelo Incra, proceder a atualização, nos termos das normas cadastrais, com o preenchimento correto dos itens referentes às informações de estrangeiros nos formulários da Declaração para Cadastro de Imóveis Rurais.

e) Em todas as atualizações cadastrais, após a transmissão de dados no SNCR, deverá ser juntada ao processo cópia da Declaração para Cadastro de Imóveis Rurais.

9.1.2 – Requerimento para fins de autorização

É obrigatória a formalização de processo administrativo junto ao Incra, devidamente instruído com requerimento solicitando autorização (Anexos I e II), que deverá ser analisado pelo setor de fiscalização cadastral da SR(00)F de localização do imóvel rural para:

a) todos os casos de aquisição ou arrendamento de imóvel rural por estrangeiro, com área superior a 3 (três) MEI, e nos casos de segunda aquisição do imóvel rural com área até 3 (três) MEI, para pessoa natural estrangeira;

b) para qualquer que seja a dimensão do imóvel rural, para pessoa jurídica estrangeira autorizada a funcionar no País, ou pessoa jurídica brasileira a ela equiparada,

Nos casos descritos nas alíneas “a” e “b” deve-se proceder conforme a seguir descrito:

I – Verificações preliminares.

a) observar se a documentação obrigatória (Anexos III e IV) atende aos requisitos especificados neste Manual, conforme a legislação vigente;

b) efetuar consulta prévia no SNCR contemplando todos os parâmetros de pesquisa e no módulo SISNATE do SNCR, objetivando verificar se o imóvel rural encontra-se cadastrado em nome do transmitente e se o estrangeiro já possui imóvel rural no País.

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a) imóvel rural cadastrado com informações desatualizadas, orientar o requerente que solicite ao promitente vendedor as providências no sentido de atualizar o cadastro do imóvel rural junto ao SNCR em seu nome (transmitente);

b) imóvel rural não cadastrado no SNCR, solicitar a documentação necessária para a inclusão do imóvel rural no sistema em nome do promitente vendedor;

c) imóveis rurais localizados fora da faixa de fronteira ou de área considerada indispensável à segurança nacional, proceder a análise técnica, incluindo a manifestação do setor de Cartografia. Concluída a análise, o processo deverá ser encaminhado à Procuradoria Regional – SR(00)PFE/R para apreciação e parecer jurídico. Devolvidos os autos pela PFE/R ao setor de fiscalização cadastral, não havendo pendências, o processo deverá ser encaminhado à DF/DFC, para em seguida ser enviado à DFC-2 e PFE para análise complementar, visando à aprovação do Conselho Diretor e publicação da Portaria de Autorização do Presidente do Incra;

d) imóvel rural localizado em faixa de fronteira ou em área considerada indispensável à segurança nacional, qualquer que seja sua

dimensão, proceder a análise técnica, incluindo a manifestação do setor de Cartografia e, concluída a análise, o processo deverá ser encaminhado à Procuradoria Regional – SR(00)PFE/R para apreciação e parecer jurídico. Devolvidos os autos pela PFE/R ao setor de fiscalização cadastral e, em não havendo pendências, o processo deverá ser encaminhado à DF/DFC, para em seguida ser enviado à DFC-2 e PFE para análise complementar, visando o encaminhamento do processo ao Conselho de Defesa Nacional, com vistas à obtenção do Assentimento Prévio.

e) imóvel rural com área superior a 20 (vinte) MEI, verificar se o requerimento de aquisição ou arrendamento por pessoa natural estrangeira está acompanhado de Projeto de Exploração.

Observação:

1) O projeto de colonização ou assemelhada será tecnicamente apreciado pelo Incra (Divisão de Criação e Implantação de Projetos de Assentamento- DTI-2, conforme art. 85, inciso III do Regimento

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Interno do Incra, aprovado pela Portaria nº 20, de 08 de abril de 2009), remetendo o processo com o referido projeto ao Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA para aprovação;

2) Tratando-se de projeto de exploração diverso de colonização ou assemelhado o Incra remeterá o processo com o referido projeto de exploração ao MDA que o encaminhará aos órgãos competentes, conforme previsto no item 9.9.3 deste Manual nos termos do art. 6º da Instrução Normativa Conjunta nº 1, de 27 de setembro de 2012.

f) Caberá à SR(00)F a análise técnica, incluindo a manifestação do setor de Cartografia. Concluida a análise o processo deverá ser encaminhado à Procuradoria Regional – SR(00)PFE/R para apreciação e parecer jurídico. Devolvidos os autos pela PFE/R ao setor de fiscalização cadastral e não havendo pendências, o processo deverá ser encaminhado à Diretoria de Ordenamento da Estrutura Fundiária – DF, com vistas a Divisão de Fiscalização e de Controle de Aquisições por Estrangeiros - DFC-2 para análise complementar, devendo ser submetido posteriormente à Procuradoria Federal Especializada – PFE que se manifestará sob os aspectos jurídicos do pedido, visando à aprovação do Conselho Diretor e publicação da Portaria de Autorização do Presidente do Incra;

g) imóvel rural com dimensão inferior a 20 (vinte) MEI, adquirido ou arrendado por pessoa natural estrangeira, independentemente da data de aquisição ou arrendamento mas que considerado em conjunto com outras

áreas contínuas , atinja o limite superior a 20 (vinte) MEI , deve-se exigir a apresentação de projeto de exploração, devidamente aprovado pelo órgão competente (art.7º, § 4º do Decreto nº 74.965/1974), conforme Parecer nº 241/2011/PFE/CGA/AGU, de 23 de setembro de 2011, Despacho nº 457/2011/CGA/PFE/Incra, de 27 de setembro de 2011 e Despacho nº 689/2011/PFE/Incra/GAB/AGU, de 27 de setembro de 2011. Neste caso, a atualização cadastral no SNCR deverá ser feita abrangendo todas as matrículas, constituindo um único imóvel, conforme conceito de imóvel rural definido no inciso I, art. 4º da Lei nº 8.629 de 1993.

h) imóvel rural com qualquer dimensão, cujo interessado seja pessoa jurídica estrangeira autorizada a funcionar no País, ou pessoa jurídica

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brasileira a ela equiparada, verificar se o requerimento de aquisição ou arrendamento está acompanhado de Projeto de Exploração, destinado à implantação de projetos agrícolas, pecuários, industriais ou de colonização vinculados aos seus objetivos estatutários. Havendo, proceder a análise técnica conforme procedimento descrito nas alíneas “f”, “g” e “h”, deste do item II, deste Manual.

i) imóveis rurais com área superior 50 (cinquenta) MEI, para pessoa natural estrangeira, ou imóvel rural superior a 100 (cem) MEI, para pessoa jurídica estrangeira autorizada a funcionar no País, ou pessoa jurídica brasileira a ela equiparada, o analista deverá proceder a análise técnica conforme procedimento descrito nas alíneas “f”, “g” e “h”, deste do item II, deste Manual.

Observações:

a) a área pretendida deve estar perfeitamente caracterizada no requerimento (área total expressa em hectares, localização, município e Unidade da Federação - UF), em conformidade com a certidão imobiliária, planta e memorial descritivo, Certificado de Cadastro de Imóvel rural – CCIR em vigor e devidamente quitado, comprovante do recolhimento do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR, referente ao exercício em vigor, ressalvados os casos de inexigibilidade e dispensa previstos no art. 20 da Lei nº. 9.393, de 9 de dezembro de 1996. Constatadas divergências, realizar diligência junto ao requerente para que este proceda às retificações necessárias;

b) quando houver divergência entre a área constante na certidão imobiliária e a área apresentada nas peças técnicas (planta e memorial descritivo), diligenciar para que o requerente providencie junto ao promitente vendedor, para que este requeira a retificação da área no Cartório de Registro de Imóveis rurais;

c) a certidão imobiliária atualizada (válida por 30 dias) do imóvel rural deve contemplar as seguintes condições:

1. se o imóvel rural estiver localizado fora da faixa de fronteira ou da área considerada indispensável à segurança nacional, o analista deverá

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fazer o levantamento da cadeia dominial quinzenária, com base nas Certidões Imobiliárias de inteiro teor atualizadas;

2. se o imóvel rural estiver localizado em faixa de fronteira ou

em área considerada indispensável à segurança nacional, o analista

deverá fazer o levantamento da cadeia dominial até o destaque do patrimônio público para o privado, com base nas Certidões Imobiliárias de inteiro teor atualizadas;

d) para condomínio formado por estrangeiros de nacionalidades diferentes, o analista deve computar a área total do condomínio por nacionalidade para se observar os limites das áreas rurais pertencentes a pessoas estrangeiras, as quais não poderão ultrapassar 25% (vinte e cinco por cento) da superfície territorial dos Municípios onde se situem e nem 10% (dez por cento) para grupo de mesma nacionalidade, para os efeitos previstos na Lei nº 5.709/71, art. 12, § 1º e no Decreto nº 74.965/74, art. 5º, § 1º, assim como a quantidade de área, contínua ou descontínua para cada condômino estrangeiro, em nível nacional que não poderá ser superior a 50 (cinquenta) MEI para pessoa natural e 100 (cem) MEI para pessoa jurídica;

e) para condomínio formado por estrangeiro e brasileiro, o analista deve computar a área total do condomínio por nacionalidade para se observar os limites das áreas rurais pertencentes a pessoas estrangeiras, as quais não poderão ultrapassar 25% (vinte e cinco por cento) da superfície territorial dos Municípios onde se situem e nem 10% (dez por cento) para grupo de mesma nacionalidade, para os efeitos previstos na Lei nº 5.709/71, art. 12, § 1º e no Decreto nº 74.965/74, art. 5º, § 1º, assim como a quantidade de área, contínua ou descontínua para cada condômino estrangeiro, em nível nacional que não poderá ser superior a 50 (cinquenta) MEI para pessoa natural e 100 (cem) MEI para pessoa jurídica;

f) para imóvel rural situado em mais de um município, o analista deve computar o percentual de área, a que se refere o item anterior separadamente para cada um dos municípios em que se localiza o imóvel rural, conforme descrito nas alíneas “d” e “e” do item 2, cujas informações deverão ser especificadas na planta e memorial descritivo, com a finalidade de verificar

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os limites de área em cada um dos municípios, bem como a quantidade de área contínua ou descontínua para cada condômino em nível nacional;

g) para imóvel rural com área parcialmente localizada em faixa de fronteira ou em área considerada indispensável à segurança nacional, deve-se adotar os procedimentos previstos no item 9.2;

h) A pessoa estrangeira casada com brasileira sob o regime de comunhão de bens que pretenda adquirir ou arrendar imóvel rural no País ou se tiver filho brasileiro está isenta somente das restrições relativas ao quantitativo de área do município (inciso III, § 2º do art. 12 da Lei nº 5.709/1971), devendo o pedido de autorização ser submetido a processo administrativo e analisado sob os demais aspectos no tocante às condições essenciais para a aquisição ou arrendamento de imóvel rural no Brasil;

i) a pessoa brasileira casada com estrangeira, sob o regime de comunhão de bens que pretenda adquirir ou arrendar imóvel rural no País, ou se tiver filho brasileiro está isenta somente das restrições relativas ao quantitativo de área do município (inciso III, § 2º do art. 12 da Lei nº 5.709/1971), devendo o pedido de autorização ser submetido a processo administrativo e analisado sob os demais aspectos no tocante às condições essenciais para a aquisição ou arrendamento de imóvel rural no Brasil;

j) o analista deve observar se a área, objeto do pedido de aquisição ou arrendamento está abaixo da fração mínima de parcelamento. Caso esteja, o pedido deverá ser indeferido (art. 8º da Lei nº 5.868, de 1972).

k) O analista deve verificar se o prazo de validade da Cédula de Identidade de Estrangeiro – CIE está em vigor. Caso não esteja, deverá diligenciar o interessado para que providencie a renovação do referido documento.

l) estão dispensados da substituição da Cédula de Identidade de Estrangeiro - CIE, referida no item anterior, mesmo após o vencimento, os estrangeiros portadores de visto permanente, que tenham participado de recadastramento anterior e que tenham completado 60 anos até a data de vencimento da CIE ou sejam deficiente físico (Lei nº 9.505/1997).

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9.2. Imóveis rurais localizados em Faixa de Fronteira ou em Área Considerada Indispensável à Segurança Nacional

I - A autorização do Incra para aquisição de imóvel rural localizado em faixa de fronteira ou em área considerada indispensável à segurança nacional, por pessoa estrangeira, natural ou jurídica e pessoa jurídica brasileira a ela equiparada, fica condicionada:

a) ao assentimento prévio da Secretaria Executiva do Conselho de Defesa Nacional - SECDN, qualquer que seja a dimensão do imóvel;

b) à autorização para funcionar no País, quando se tratar de pessoa jurídica estrangeira;

c) à apresentação de Certidões Imobiliárias de inteiro teor, atualizadas, contendo a discriminação da área total e registros anteriores de modo que possibilitem a verificação da cadeia sucessória do imóvel desde o destaque do patrimônio público para o particular;

d) ao levantamento de cadeia dominial do imóvel rural, até o destaque regular e legítimo do patrimônio público para o particular, adotando-se o modelo do Anexo V – Modelo de Extrato de Cadeia Dominial deste Manual;

e) à apresentação dos demais documentos constantes dos Anexos III e IV.

II - Não atendidas as condições acima relacionadas, o analista deverá diligenciar ao interessado para sanar as pendências ou comunicar o indeferimento do pedido, se o caso;

III - atendidas as condições acima relacionadas, após análise preliminar o analista deverá:

a) enviar o processo à Diretoria de Ordenamento da Estrutura Fundiária com vistas à DFC-2 e PFE para análise complementar e remessa dos autos ao Gabinete da Presidência do Incra para que o Presidente o encaminhe, por meio de ofício, ao Ministro do Desenvolvimento Agrário, com vistas ao Ministro da Casa Civil da Presidência da República para a concessão do Assentimento Prévio do Conselho de Defesa Nacional; e

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b) proceder a atualização no Módulo Sisnate do SNCR com as informações relativas ao andamento do processo administrativo, para fins de acompanhamento e controle.

9.3. Providências finais no âmbito da SR(00)/F quanto à aquisição ou arrendamento de imóveis rurais localizados em Faixa de Fronteira ou em Área Considerada Indispensável à Segurança Nacional

Após retorno do processo da DFC-2, deverão ser adotadas as seguintes providências:

I – quando não concedido o Assentimento Prévio pelo Conselho de Defesa Nacional, o analista deverá comunicar ao requerente o indeferimento do pedido, atualizar no SISNATE, providenciar o termo de encerramento e arquivar o processo;

II – quando concedido o Assentimento Prévio pelo Conselho de Defesa Nacional e após aprovação do Conselho Diretor do Incra, com a respectiva publicação da portaria autorizativa o analista deverá:

a) comunicar ao interessado o deferimento, enviando-lhe uma cópia da Portaria assinada e sua respectiva publicação;

b) informar ao interessado via Ofício com Aviso de Recebimento – AR, (conforme Anexo IX) sobre o prazo improrrogável de 30 (trinta) dias para que providencie a lavratura da escritura pública e de 15 (quinze) dias para o registro do imóvel rural no cartório competente, conforme Parágrafo Único, do art. 10, do Decreto nº 74.965, de 26 de novembro de 1974, contados a partir da publicação da Portaria;

c) solicitar do interessado que após o registro do imóvel no cartório competente apresente ao Incra certidão imobiliária para fazer a atualização cadastral no SNCR, enviando os Formulários de Declaração para Cadastro de Imóveis Rurais, devidamente preenchidos e assinados, conforme o Manual de Orientação para Preenchimento. (disponível no

http://www.Incra.gov.br) ou com a devida orientação para para atualização on line;

d) Sobrestar o processo até o recebimento da documentação para atualização cadastral;

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e) atualizar a confirmação ou deferimento da aquisição ou arrendamento do imóvel rural no SISNATE, informando os dados da alienação do imóvel; e

f) providenciar o termo de encerramento e posterior arquivamento do processo.

Observação

1. Se o imóvel rural estiver localizado na faixa de fronteira ou em área considerada indispensável à segurança nacional e possuir área acima de 50 (cinquenta) ou 100 (cem) MEI, conforme o caso, a aquisição ou arrendamento será condicionado também a autorização do Congresso Nacional.

2. O analista deverá observar a existência de inquérito ou ação penal ou se o interessado foi condenado pela Justiça de seu País ou do Brasil (inciso II, art. 31 do Decreto nº 85.064, de 26 de agosto de 1980) na declaração de antecedentes, para o requerente e seu cônjuge. No Brasil a declaração deverá ser emitida pelo Departamento da Polícia Federal e Secretaria Estadual de Segurança Pública e da Justiça Federal e Estadual para a existência de ação penal. Caso haja incidência de inquérito ou ação penal, o pedido deverá ser indeferido. Essa exigência é somente para as pessoas pretendentes a imóveis localizados em faixa de fronteira ou em área considerada indispensável à segurança nacional.

9.4. Pessoa Jurídica Brasileira, equiparada a Pessoa Jurídica Estrangeira autorizada a funcionar no Brasil

I – Para que a equiparação de pessoa jurídica brasileira com pessoa jurídica estrangeira prevista no dispositivo legal (§ 1º, art. 1º da Lei nº 5.709/1971) ocorra, a fim de que sejam estabelecidos limites e restrições à aquisição e ao arrendamento de imóveis rurais é necessário que:

a) as pessoas estrangeiras, natural ou jurídica, participem a qualquer título, com a maioria do capital social e residam ou tenham sede no exterior ou ainda quando for o caso de participação com minoria do capital social e:

b) o estrangeiro, pessoa natural, seja não residente ou a pessoa jurídica estrangeira não possua sede no país;

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c) o estrangeiro, pessoa natural ou jurídica, descrita no item anterior, participe, a qualquer título, de pessoa jurídica brasileira; e

d) essa participação assegure a seus detentores o poder de conduzir as deliberações da assembleia geral, de eleger a maioria dos administradores da companhia e de dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento dos órgãos da companhia, conforme Parecer CGU/AGU Nº 01/2008-RVJ, aprovado pela Presidência da República e publicado em 23 de agosto de 2010.

II – embora a pessoa jurídica brasileira equiparada a pessoa jurídica estrangeira não necessite de autorização para funcionar no Brasil, é obrigatória a apresentação de projeto de exploração do imóvel rural vinculado aos seus objetivos estatutários e se o imóvel estiver localizado em faixa de fronteira ou em área considerada indispensável à segurança nacional o Assentimento Prévio do Conselho de Defesa Nacional.

III – Para análise, autorização e concessão da aquisição ou arrendamento de imóvel rural por pessoa jurídica brasileira equiparada, deve-se obdeve-servar as demais exigências e restrições pertinentes à pessoa jurídica estrangeira autorizada a funcionar no País.

IV – Na análise e atualização cadastral, o analista deve observar a composição e origem do capital social da pessoa jurídica brasileira, por meio do contrato social e suas alterações, para determinar o percentual de cada sócio, observando o percentual de área no município, área contínua e descontínua e preenchendo corretamente das informações no SISNATE/SNCR.

Observação:

Os procedimentos deste Manual aplicam-se a qualquer alienação de imóvel rural para pessoa jurídica estrangeira autorizada a funcionar no País ou a ela equiparada, em casos como o de fusão ou incorporação de empresas, de alteração do controle acionário da sociedade, ou de transformação de pessoa jurídica brasileira para pessoa jurídica estrangeira, bem como a aquisição ou arrendamento indiretos por meio de participação de quotas sociais ou ações de empresas detentoras de imóveis rurais.

Referências

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