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Produtividade estimada da soja 5,8 sacas/ha superior à safra 2012/13. Destaques:

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São Paulo, 27 de março de 2014 - A Vanguarda Agro S.A. (“V-Agro” ou “Companhia”) (BM&FBovespa: VAGR3; Bloomberg: VAGR3:BZ; Reuters: VAGR3.SA), uma das maiores produtoras de grãos e fibras do país, com atuação nos segmentos de produção de grãos/fibras e valorização de terras, anuncia seus resultados do 4T13 e 2013, e informa aos seus acionistas sobre a evolução da Companhia. As demonstrações financeiras da Companhia são elaboradas de acordo com a legislação societária e apresentadas em bases consolidadas de acordo com as práticas contábeis no Brasil e com as Normas Internacionais de Relatório Financeiro (“IFRS”) emitidas pelo International Accounting Standards Board - IASB.

Destaques:

 Conclusão do plantio da 1ª e 2ª safra de soja, algodão e milho, rigorosamente dentro da janela ótima de plantio para cada cultura;

 Colheita de 83% da área plantada de soja, até 26 de março, com uma produtividade estimada de 3.002 kg/ha (50 sc/ha);

 Aprimoramento das premissas utilizadas no cálculo do ativo biológico, aumentando a precisão das premissas relativa à fase de transformação genética das culturas avaliadas, com individualização e pormenorização das áreas por fase de desenvolvimento. Com isso, a variação do ativo biológico referente à receita no 4T13 foi de R$ 12,4 milhões ante R$ 92,6 milhões em 2012;

 Provisão para impairment dos ativos

remanescentes da atividade de biodiesel no valor de R$ 51,1 milhões;

 EBITDA Ajustado de 2,8 milhões em 2013;  Implantação do hedge accounting a partir de

1º de agosto.

Link: http://webcast.mzvaluemonitor.com/Cover.aspx?PlatformId=2142%20

Produtividade estimada da soja 5,8 sacas/ha superior à safra 2012/13

COTAÇÃO VAGR3 (27/03/2014)

R$ 2,93

Total de Ações: 387.423.556 Market Cap: R$ 1.135 Milhões

PARTICIPANTES

Arlindo de Azevedo Moura CEO

Cristiano Soares Rodrigues CFO e DRI CONTATO www.v-agro.com.br/ri E-mail: ri@v-agro.com.br Telefone: +55 (11) 3137-3100 TELECONFERÊNCIA Português São Paulo 28 de março de 2014 Horário: 11h00 (Brasília) Telefone: (55 11) 2188-0155 Código: V-Agro

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1. Mensagem da Administração

O ano de 2013 foi caracterizado por fatores extraordinários que afetaram negativamente os resultados da Companhia e, por outro lado, pela implementação de uma série de medidas operacionais que irão impactar de forma positiva os resultados em 2014 e anos subsequentes.

O resultado de 2013 sofreu o efeito de um conjunto de fatores negativos, a saber:

(i) Efeitos climáticos adversos como a seca histórica registrada no Piauí e

Bahia e o período prolongado de chuvas na época da colheita no Mato Grosso da safra 2012/13, o que trouxe como consequência uma queda na produtividade prevista da soja de 3.120 kg/ha (52 sc/ha) para 2.653 kg/ha (44,22 sc/ha);

(ii) Apropriação do ativo biológico e produto agrícola à receita que apresentou

um resultado negativo de R$ 32,0 milhões em 2013, influenciado (i) pelo reconhecimento, no 1T13, do valor justo considerando as produtividades da soja realizadas, que resultou em valor negativo ante a provisão positiva identificada na estimativa do valor justo do ativo biológico para o 4T12 e (ii) pelo aprimoramento das premissas utilizadas no cálculo do ativo biológico onde passamos a individualizar as áreas e seu grau de desenvolvimento com maior precisão, pela utilização e melhora dos controles agrícolas pormenorizados das áreas avaliadas o que contribuiu para melhor identificação do potencial de produção. Por conta disto, o impacto do 4T13 foi bem inferior ao 4T12 (R$ 12,4 milhões contra R$ 92,6 milhões);

(iii) Queda de 39,6% no preço do milho no decorrer do ano, sendo que só no

2º semestre (período em que se concentram as vendas) esta queda foi de 37,8%;

(iv) Variação cambial de 14,6% verificada em 2013 impactou negativamente o

resultado da Companhia em R$ 59,6 milhões (sem efeito caixa). Considerando que a receita da empresa também acompanha a cotação do dólar a Companhia adotou, a partir de 1º de agosto, o hedge accounting sobre suas dívidas indexadas em dólar.

(v) Provisão para impairment de ativos remanescentes do segmento de

biodiesel e outros ativos não vinculados às operações atuais da Companhia, no valor de R$ 51,1 milhões (sem efeito caixa).

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Como reflexo dos eventos acima descritos, a Vanguarda apresentou em 2013 um resultado negativo de R$ 229,9 milhões, dos quais R$ 142,7 milhões sem efeito caixa.

Operacionalmente, a Companhia concentrou seus esforços no planejamento da safra 2013/14 e na consequente busca pela melhoria operacional e pela rentabilidade de suas operações, através da adoção de uma série de medidas, tais como:

(i) Definição e implementação, com disciplina férrea, da janela ideal de

plantio para cada uma das culturas em cada região;

(ii) Devolução de 18 mil hectares arrendados que não possuíam uma boa

relação produtividade/custo de arrendamento e consequente adequação da área de plantio para a safra 2013/14, que passou de 308 mil hectares na safra 2012/13 para 281 mil hectares na safra atual;

(iii) Significativo investimento (R$ 40 milhões) em renovação e ampliação do

maquinário para melhor aproveitamento das janelas ideais de plantio, manejo e colheita;

(iv) Investimento em armazenagem, objetivando a diminuição do custo com

logística e a estocagem do produto para venda em melhores condições de mercado;

(v) Investimento na agricultura de precisão e análise de solo visando a

melhoria da utilização de fertilizantes e defensivos na lavoura, reduzindo custos e aumentando a produtividade;

(vi) Otimização da estrutura de capital, através do pagamento de dívidas com

taxas elevadas e a renegociação de dívidas remanescentes com o objetivo de reduzir seu custo para patamares condizentes com a nova estrutura de capital. Neste sentido, em 2013, se observa uma redução média do custo de juros da dívida na ordem de 1,7 p.p. (dívida indexada ao dólar) e 5,3 p.p. (dívida em reais);

(vii) Adequação no quadro de pessoal com a redução de 20% dos

colaboradores, 25% da diretoria e 28% de gerentes; e (viii) Investimento na qualificação dos colaboradores.

Apesar do reflexo dessas medidas não ser percebido nos resultados contábeis de 2013, os resultados operacionais observados na safra 2013/14, que impactarão os resultados contábeis ao longo de 2014, já podem ser percebidos.

O plantio dos 194,1 mil hectares da 1ª safra 2013/14 (167,3 mil ha soja, 23,0 mil ha algodão e 3,7 mil ha milho), que teve início em setembro de 2013, foi concluído

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dentro da janela ótima de plantio para cada cultura, o que é essencial para que se atinjam níveis de produtividade satisfatórios.

Em janeiro teve início a colheita da soja no Mato Grosso. Até o dia 10 de fevereiro, as condições de colheita estavam conforme programado em termos operacionais (área colhida) e as produtividades obtidas estavam acima do esperado pela Companhia. No entanto, entre os dias 11 de fevereiro e 2 de março as condições

climáticas se alteraram, com um período de “invernada” (chuvas constantes).

Comparativamente ao ano anterior, em 2014 choveu aproximadamente 438 mm no mês de março, contra 360 mm em igual período do ano anterior, que já havia sido um ano particularmente chuvoso. O excesso de chuvas na época da colheita tem como consequência a geração de grãos ardidos e a perda de peso dos grãos que estão prontos para serem colhidos. Como resultado, colhemos no Mato Grosso 19 mil toneladas de soja ardida, com uma redução no peso de 26%, comparada a soja colhida no mês de janeiro.

Desta forma, a estimativa da produtividade da soja de 1ª safra é de 3.002 kg/ha (50 sc/ha), valor este 13% superior aos 2.653 kg/ha (44,22 sc/ha) obtidos na safra anterior.

Por fim, é importante salientar que embasados na série de medidas já tomadas e a tomar, visando a implementação de um processo de melhoria contínua a Administração confia que a Companhia está preparada - operacional e financeiramente - para apresentar sólidos resultados positivos a partir de 2014.

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2. Panorama do Mercado

Soja

O comportamento do preço futuro da soja negociado na Chicago Board of Trade (CBOT) apresentou valorização ao longo do 4T13, encerrando o mês de dezembro cotado a US$/bu 13,13, uma valorização de 2,3% em relação ao final de setembro de 2013. No ano de 2013, o preço acumulou uma desvalorização de 7,5%. O comportamento do mercado internacional de soja foi marcado por intensa volatilidade no preço do grão ao longo do ano. Em função das acentuadas perdas de produtividade nas principais zonas de produção dos EUA em 2012, as cotações iniciaram o ano de 2013 ainda muito aquecidas e, mantiveram-se em patamares elevados até início de julho influenciado pelos problemas logísticos no Brasil e receio de que estes impedissem o país de atender à crescente demanda chinesa. A partir de então, e com a instalação de uma safra recorde nos Estados Unidos, as cotações arrefeceram e apresentaram grande volatilidade no decorrer do ano em função das dúvidas em relação ao clima durante a safra americana e chegada da safra sul-americana 2013/14.

De acordo com o relatório de oferta e demanda publicado pelo USDA em março de 2014, a projeção da produção mundial de soja para a safra 2013/14 é de 285 milhões de toneladas, um acréscimo de 6,7% em relação as 268 milhões de toneladas da safra 2012/13, configurando-se como a maior safra de soja da história. Os três principais países produtores são: Estados Unidos com 89,5 milhões de

11,0 12,0 13,0 14,0 15,0 16,0 17,0 18,0 19,0

Preço da Soja (US$/bu)

13,13 US$/bu (31/12/13) 2,3% no 4T13 -7,5% em 2013

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toneladas (31,4%) Brasil com 88,5 milhões de toneladas (31,0%), e Argentina com 54 milhões de toneladas (18,9%).

As elevadas temperaturas associadas à baixa precipitação em quase todas as regiões agrícolas brasileiras, aliado a um período de “invernada” (chuvas constantes) no Mato Grosso, derrubaram as estimativas recordes da safra, que neste último relatório caíram de 90 milhões de toneladas para 88,5 milhões de toneladas nesta última revisão. Acreditamos que este número ainda pode ser revisado para baixo.

O consumo mundial de soja, conforme demonstrado na tabela abaixo, vem aumentando gradativamente nos últimos anos, resultado do crescimento da população mundial e ao aumento da renda nos países em desenvolvimento. Para a safra 2013/14, a expectativa é que atinja 270 milhões de toneladas, um aumento de 4,3% em relação a safra anterior. Espera-se que a China, responsável por 63% das importações mundiais na safra 2012/13, continue a aumentar suas compras como vem fazendo nos últimos anos. Para a safra 2013/14, a expectativa é que o país importe 69 milhões de toneladas, 10 milhões de toneladas a mais do que na safra anterior. O gráfico abaixo demonstra o ritmo das exportações dos EUA para a China nos últimos 5 anos.

Fonte: MB Agro Consultoria

Dentro deste contexto, a relação estoque/uso apresentará, pelo segundo ano consecutivo, recomposição nos estoques mundiais que retornarão aos patamares da safra 2010/11, com possível pressão sobre os preços de Chicago. No entanto, conforme já citado, revisões para baixo nas safras de Brasil e Argentina podem

27.000 24.000 21.000 18.000 15.000 12.000 9.000 6.000 3.000 10ª 13ª 16ª 19ª 22ª 25ª 28ª 31ª 34ª 37ª 40ª 43ª 46ª 49ª 52ª 0 M il t o n e la d a s

EUA: Exportação para China

2010 2011 2012 2013 2014

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amenizar esse ritmo de recuperação nos estoques e pressionar positivamente o preço da soja.

(*) Dados estimados (**) Dados projetados Fonte: USDA

Milho

O comportamento do preço futuro do milho negociado na Chicago Board of Trade (CBOT) apresentou desvalorização ao longo do 4T13, encerrando o mês de dezembro cotado a US$/bu 4,22, uma desvalorização de 4,4% em relação ao final de setembro de 2013. Ao longo do ano de 2013, essa desvalorização atingiu 39,6%. Após as altas de preços registrados em 2012 suportados pela seca histórica nos EUA, 2013 marcou o ponto de inflexão no direcionamento dos preços do milho. A boa safra verão na América do Sul permitiu uma leve recuperação nos estoques globais e os preços gradualmente se enfraqueceram. Na segunda metade do ano, com os trabalhos indicando uma super safra nos EUA e uma excelente safrinha no Brasil, a pressão nos preços se intensificaram, levando-os a atingir patamares de US$ 4/bu, seu menor nível desde 2011.

Área Colhida 91 96 102 103 103 109 113 Estoque Inicial 62 52 43 61 70 54 58 Produção 220 212 260 264 240 267 285 Importação 78 77 87 89 93 95 105 Consumo 230 221 238 252 258 259 270 Exportação 79 77 92 92 92 100 108 Estoque Final 52 43 61 70 54 58 71 Rel. Estoque/Uso (%) 23% 20% 26% 28% 21% 22% 26% 12/13 (*) 13/14 (**) Soja (milhões tons) 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12

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Diferentemente da safra 2012/13, onde os Estados Unidos, principal produtor de milho, sofreu uma das maiores secas já registradas em sua história reduzindo a estimativa de produção de 370 milhões de toneladas para 273 milhões, as estimativas para a safra 2013/14 são de um incremento de 12,2% na produção global de milho, de 863 milhões na safra 2012/13 para 968 milhões na safra atual, configurando-se a maior da história da commodity. Os EUA, conforme dados do USDA, colheram 353 milhões de toneladas, a maior safra do cereal em sua história. Do lado do consumo, apesar da relativa estabilidade nas compras dos tradicionalmente maiores importadores, como Japão, Coréia do Sul e México e expectativa de expressivo aumento nas compras chinesas, que devem atingir 5 milhões de toneladas, a previsão de consumo mundial é menor do que a da produção, fazendo com que os estoques finais sejam recompostos.

Em decorrência deste cenário, as projeções dos estoques finais da safra 2013/14 subiram para 158 milhões de toneladas, maior patamar dos últimos anos, com uma relação estoque/uso de 17%.

Não obstante ao cenário de recomposição dos estoques descrito acima, assim como a soja, o milho também sofreu com a seca que atingiu grande parte do Brasil, o que impactou a produtividade da sua safra verão. Além disso, a dificuldade de instalação da safrinha poderá reduzir ainda mais a produção brasileira de milho, estimada atualmente em 70 milhões de toneladas.

4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0

Preço do Milho (US$/bu)

4,22 US$/bu (31/12/13) -4,4% no 4T13 -39,6% em 2013

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Além disso, com o início da safra 2014/15 no Hemisfério Norte que ocorre em abril de 2014, existem expectativas para um aumento do plantio da área de soja e, consequente, redução da área de milho diante do atual spread entre preço de soja e milho (relação onde é mais vantajoso o plantio de soja em detrimento do milho). A conjunção de uma menor safra de milho no Hemisfério Sul para a safra 2013/14 e expectativa de uma menor área de milho no Hemisfério Norte para a safra 2014/15 levam a uma mudança na sinalização do mercado de milho que pode voltar a apresentar movimento de alta nos preços nos próximos meses.

(*) Dados estimados (**) Dados projetados Fonte: USDA

Algodão

O comportamento do preço futuro do algodão negociado na Intercontinental

Exchange (ICE) apresentou comportamento de queda ao longo do 4T13, encerrando

o mês de dezembro cotado a US$/lb 0,85, uma desvalorização de 1,7% em relação ao final de setembro de 2013. Já no acumulado do ano, o preço valorizou 12,6%. O comportamento de preços do algodão apresentou ao longo do ano um lento, mas contínuo processo de valorização, resultado direto da atuação chinesa diante da manutenção do programa de compras estratégicas. Assim, o preço do algodão oscilou de forma muito suave ao longo de 2013, ficando no intervalo entre US$ 0,75/lb, em janeiro, e US$ 0,85/lb, no final de dezembro.

Estoque Inicial 109 131 148 146 129 133 135 Produção 792 801 824 832 886 863 968 Importação 82 90 91 100 99 111 Consumo 771 785 825 850 883 862 944 Exportação 84 93 92 117 94 115 Estoque Final 129 147 147 128 133 135 158 Rel. Estoque/Uso (%) 17% 19% 18% 15% 15% 16% 17%

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De acordo com o relatório de oferta e demanda publicado pelo USDA em março de 2014, verifica-se que após o recuo para 22 milhões de toneladas na safra 2009/10, a produção mundial, impulsionada pela alta nos preços de mercado, voltou a crescer atingindo 27 milhões de toneladas na safra 2012/13. Para a safra 2013/14, a expectativa é de uma queda de 7,4% na produção de pluma, que sairá de 27 milhões de toneladas na safra 2012/13 para 25 milhões de toneladas na safra 2013/14, como reflexo da redução na área plantada dos EUA, um dos maiores produtores de algodão.

O consumo, por sua vez, caiu bastante, saindo de 26 milhões de toneladas na safra 2009/10 para 22 milhões de toneladas na safra 2011/12, devido à crise a economia mundial em 2008. Com a melhora do cenário econômico, observa-se um aumento da demanda, porém ainda em valores inferiores à produção mundial.

Como consequência, observa-se uma expansão dos estoques mundiais, que devem atingir, na safra 2013/14, 21 milhões de toneladas, 7,9% superior ao da safra anterior. Vale notar, porém, que esse nível leva em consideração os estoques chineses, que representam aproximadamente 66% deste total. Desde 2011, a China vem conduzindo um amplo programa de compras estratégicas da pluma, o que explica este expressivo montante. Porém, retirando-se este país asiático da equação acredita-se que haja uma carência desse produto em outros países consumidores. Entendemos que os níveis atuais de preços somente serão mantidos se a estratégia chinesa de manutenção de estoques permanecer inalterada. Neste contexto, foi anunciado em janeiro de 2014 que a China irá suspender seu programa de

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estocagem desta commodity neste ano e vai avaliar subsídios diretos aos agricultores.

Esta foi a primeira confirmação oficial de que a mudança virá em 2014, embora ainda haja muita incerteza sobre quais serão as consequências desta medida. Diferentemente do que se esperava, os preços desta commodity não apresentaram recuo e seguem com pequenas variações positivas.

(*) Dados estimados (**) Dados projetados Fonte: USDA Área Colhida 33 31 30 33 36 34 33 Estoque Inicial 14 13 13 10 11 16 19 Produção 26 23 22 25 28 27 25 Importação 9 7 8 8 10 10 8 Consumo 26 23 26 25 22 23 24 Exportação 8 7 8 8 10 10 8 Estoque Final 13 13 10 11 16 19 21 Rel. Estoque/Uso (%) 51% 57% 40% 43% 71% 84% 89% 12/13 (*) 13/14 (**) Algodão (milhões tons) 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12

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Desempenho Operacional

O 4T13, conforme demonstrado no quadro abaixo, é marcado pela finalização do plantio de todas as culturas de 1ª safra, a saber: soja, algodão e milho.

MT 1ª Safra MT 2ª Safra BA 1ª Safra MG/GO 1ª Safra PI 1ª Safra MT 1ª Safra MT 2ª Safra BA 1ª Safra MG/GO 1ª Safra MT 2ª Safra BA 1ª Safra MG/GO 1ª Safra MG/GO 2ª Safra MT 2ª Safra MG/GO 2ª Safra BA 2ª Safra -MT 2ª Safra

-Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago

Colheita

Plantio Tratos Culturais

Soja Algodão Milho 2013 2014 Safra Sorgo Girassol

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13

Apresentamos abaixo o estágio de nossas culturas:

Safra 2013/14

Soja 1ª Safra

O plantio de soja da safra 2013/14 no Mato Grosso teve início em setembro de 2013. As chuvas ocorreram em forma de pancadas isoladas no mês de setembro, estabilizando-se entre os dias 1 e 5 de outubro. A partir de então, o plantio neste estado ocorreu normalmente e dentro do cronograma da Companhia.

Conforme descrito no Release do 3T13, a Companhia dimensionou sua área plantada e adquiriu maquinário para plantar toda a soja do Mato Grosso dentro da janela ótima de plantio. Até o dia 7 de novembro, a área plantada de soja totalizava 133 mil hectares, o que correspondia a 95% da estimativa de plantio desta cultura no Mato Grosso. O restante, por questões climáticas, foi plantado até 20 de novembro. No gráfico abaixo, apresentamos os percentuais plantados na safra 2013/14 comparativamente a safra 2012/13, demonstrando a eficiência no plantio e cumprimento da meta estabelecida.

Área Plantada (ha) Área Colhida (ha) % Colhido Produtividade Estimada (kg/ha) Mato Grosso 139.293 133.691 96% 3.041 Bahia 7.268 1.391 19% 2.880 MG/GO 5.516 3.094 56% 3.030 Piauí 15.223 209 1% 2.700 Total 167.299 138.386 83% 3.002 Estado Soja 1ª Safra

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14

Na Bahia, Minas Gerais e Piauí, onde a janela de plantio é um pouco diferente do Mato Grosso, o plantio teve início em outubro nos estados de Minas Gerais e Goiás e foi finalizado no final de dezembro no estado do Piauí.

A colheita da soja no Mato Grosso teve início no dia 6 de janeiro na unidade de produção Terra Santa. Até o dia 10 de fevereiro as condições de colheita estavam conforme o programado em termos operacionais (área colhida). No entanto, entre os dias 11 de fevereiro e 2 de março as condições climáticas se alteraram, com um período de “invernada” (chuvas constantes).

No gráfico abaixo demonstramos um comparativo das chuvas no Mato Grosso no mês de fevereiro, mês em que se concentra grande parte de nossa colheita, contra os dois últimos anos, onde observamos que em 2014 as chuvas foram significativamente superiores aos anos anteriores.

(15)

15 186,5 157,1 137,8 0% -16% -26%

Janeiro Feveiro Março

Peso médio de 1.000 grãos % Média de perda de peso (%) - Fev/Mar em comparação a Jan

Peso Médio de 1.000 grãos (g) - Variação de peso x Meses de colheita

O excesso de chuvas na época da colheita tem como consequência a geração de grãos ardidos e a perda de peso dos grãos que estão prontos para serem colhidos. Como resultado, colhemos no Mato Grosso 19 mil toneladas de soja ardida, com uma redução no peso de 26%, comparada a soja colhida no mês de janeiro.

Desta forma, a estimativa da produtividade da soja de 1ª safra é de 3.002 kg/ha (50 sc/ha), valor este 13% superior aos 2.653 kg/ha (44,22 sc/ha) obtidos na safra anterior.

Na Bahia, Minas Gerais/Goiás e Piauí, entre final de dezembro de 2013 e meados do mês de janeiro, ocorreu um período veranico (falta de chuvas) de

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aproximadamente 11 a 13 dias na Bahia, 17 dias em Minas Gerais/Goiás e de 23 a 28 dias no estado do Piauí. Esse período afetou o estágio vegetativo da cultura nesses estados. No estado da Bahia houve um segundo período de aproximadamente 15 dias entre os dias 25/01 a 09/02. Após essas datas, a soja voltou a se desenvolver e a se recuperar do stress hídrico.

Na Bahia, a colheita teve início no dia 25 de fevereiro, em locais que sofreram com maior stress hídrico em forma de mancha no talhão. Após a colheita dessas áreas, a produtividade tende a aumentar visto que serão colhidas áreas que não sofreram com esse stress.

Soja 2ª Safra

(1) Intenção divulgada no Release do 3T13

Na safra 2013/14, a Companhia plantou, pela primeira vez, a cultura de soja de 2ª safra no estado do Mato Grosso, que teve início em 25 de janeiro.

A intenção inicial de plantio de 15 mil hectares foi revisada para 10,2 mil hectares devido a necessidade de respeito do vazio sanitário da soja (que se inicia no dia 15 de junho para o estado do Mato Grosso).

As áreas de soja 2ª safra estão no período vegetativo, sendo realizadas as aplicações tanto de inseticida quanto de fungicida. A colheita está prevista para início na segunda quinzena de maio.

Algodão 1ª Safra

(1) Intenção divulgada no Release do 3T13

O plantio de algodão teve início no dia 20 de novembro no estado do Bahia e foi finalizado no dia 11 de janeiro de 2014 no estado do Mato Grosso com o plantio da tecnologia de algodão adensado. Foram plantados 23,0 ha de algodão 1ª safra.

2ª Intenção de Plantio(1) Área Plantada (ha) % Plantada Mato Grosso 15.000 10.190 68% Total 15.000 10.190 68% Soja 2ª Safra Estado 2ª Intenção de Plantio(1) Área Plantada (ha) % Plantada Mato Grosso 11.256 11.069 98% Bahia 11.975 11.975 100% Total 23.231 23.044 99% Estado Algodão 1ª Safra

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17

O algodão de 1ª safra se encontra no estágio de enchimento de maçãs para o estado do Mato Grosso, e iniciando a abertura dos primeiros capulhos para o algodão plantado no estado da Bahia.

Todas as áreas se encontram com ótimo desenvolvimento vegetativo e com um bom controle de pragas e doenças. O início da colheita está previsto para 20 de maio na Bahia e 2ª quinzena de junho no Mato Grosso.

Algodão 2ª Safra

(1) Intenção divulgada no Release do 3T13

O plantio do algodão de 2ª safra teve início no dia 11 de janeiro no estado do Mato Grosso após a colheita da soja.

Todas as áreas se encontram com ótimo desenvolvimento vegetativo e com um bom controle de pragas e doenças. O início da colheita está previsto para a 2ª quinzena de julho.

Milho 1ª Safra

(1) Intenção divulgada no Release do 3T13

O plantio do milho de 1ª safra teve início no dia 22 de outubro no estado do Bahia e foi finalizado em 7 de novembro de 2013 no estado de Minas Gerais.

A lavoura de milho 1ª safra se encontra no estágio de enchimento de grãos. O início da colheita está previsto para 20 de abril.

2ª Intenção de Plantio(1) Área Plantada (ha) % Plantada Mato Grosso 15.290 15.215 100% Total 15.290 15.215 100% Estado Algodão 2ª Safra 2ª Intenção de Plantio(1) Área Plantada (ha) % Plantada Bahia 1.748 1.748 100% MG/GO 2.011 1.995 99% Total 3.759 3.743 100% Estado Milho 1ª Safra

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18

Milho 2ª Safra

(1) Intenção divulgada no Release do 3T13

O plantio do milho de 2ª safra teve início em 8 de janeiro no Mato Grosso após a colheita da soja e em 14 de fevereiro em MG/GO, sendo finalizada em 17 de março. A lavoura de milho 2ª safra está entre a fase vegetativa e a fase de pendoamento. O início da colheita está previsto para a 2ª quinzena de julho no Mato Grosso.

A cultura se encontra com ótimo desenvolvimento vegetativo e com um bom controle de pragas e doenças.

Sorgo 2ª Safra

(1) Intenção divulgada no Release do 3T13

O plantio de sorgo de 2ª safra teve início no dia 11 de março em Mato Grosso, assim como em MG/GO, após a colheita da soja, com previsão de término no final de março. Na Bahia foram plantados 80 hectares nas áreas onde plantamos soja de 1ª safra.

O início da colheita está previsto para a 1ª quinzena de agosto.

Girassol 2ª Safra

(1) Intenção divulgada no Release do 3T13

2ª Intenção de Plantio(1) Área Plantada (ha) % Plantada Mato Grosso 37.018 37.640 102% MG/GO 1.350 1.317 98% Total 38.368 38.957 102% Estado Milho 2ª Safra 2ª Intenção de Plantio(1) Área Plantada (ha) % Plantada Mato Grosso 12.069 10.644 88% Bahia - 86 100% MG/GO 2.647 1.076 41% Total 14.716 11.806 80% Estado Sorgo 2ª Safra 2ª Intenção de Plantio(1) Área Plantada (ha) % Plantada Mato Grosso 12.335 9.803 79% Total 12.335 9.803 79% Estado Girassol 2ª Safra

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O plantio de girassol de 2ª safra teve início no dia 26 de fevereiro em Mato Grosso, com previsão de término no final de março. A lavoura se encontra na fase vegetativa e com um bom desenvolvimento vegetativo.

O início da colheita está previsto para a 2ª quinzena de julho.

Área Plantada

Na tabela abaixo apresentamos o mix de cultura para a safra 2013/14, lembrando que revisões na intenção de plantio são normais visto que a Companhia tem por objetivo respeitar o calendário de plantio de acordo com as exigências hídricas de cada cultura, sendo que as mesmas já foram explicadas no detalhamento por cultura.

(1) Dado divulgado no Release do 3T13 (2) Atualizado até 27 de março de 2013

Produtividade

Abaixo apresentamos a produtividade média realizada na safra 2011/12, 2012/13 e nossa expectativa para a safra 2013/14.

2012/13

2ª Intenção (1) Área Plantada (2)

Soja 208.727 68% 182.301 177.489 63% - 4.812 1ª Safra 208.727 68% 167.301 167.299 60%- 2 2ª Safra - - 15.000 10.190 4%- 4.810 Algodão 11.912 4% 38.521 38.259 14% - 262 1ª Safra - - 23.231 23.044 8%- 187 2ª Safra 11.912 4% 15.290 15.215 5%- 75 Milho 63.334 21% 42.127 42.700 15% 573 1ª Safra 1.220 0% 3.759 3.743 1%- 16 2ª Safra 62.114 20% 38.368 38.957 14% 589 Girassol 1.863 1% 12.335 9.803 3% - 2.532 Sorgo 22.302 7% 14.716 12.436 4% - 2.280 Café 415 0% - - 0% -Total 308.553 100% 290.000 280.688 100% - 9.312

Part. (% ) Dif. (ha) Mix de Culturas

Plantio (ha) 2013/14 Realizado Part. (% )

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20

Portfólio de Terras

Para a safra 2013/14, a Companhia contava com o seguinte portfólio de terras.

Avaliação das Terras

Na data-base de 31 de agosto de 2013 as terras de propriedade da Companhia foram avaliadas pela consultoria independente Deloitte Touche Tohmatsu, em R$ 1.087,0 bilhão, valor 2,0% superior à avaliação realizada no ano anterior.

Em pluma 1ª Safra 1.422 - 1.638 Em pluma 2ª Safra 1.272 1.392 1.404 Caroço de Algodão 1.872 1.862 2.100 1ª Safra 2.846 2.653 3.002 2ª Safra - - 2.280 1ª Safra 6.536 9.136 9.600 2ª Safra 6.243 6.126 6.600 Girassol 2ª Safra 1.998 1.769 1.800 Sorgo 2ª Safra 1.579 1.714 2.100 2013/2014 (kg/ha) (Estimativa) Soja Milho Mix de Culturas 2011/2012 (kg/ha) 2012/2013 (kg/ha) Algodão Hectares mil

Unidade de Produção Localização Total Física Total Física Total Física

UP Cachoeira Campo Novo dos Parecis - MT - - 6,1 6,1 6,1 6,1 UP Rio Verde Tangará da Serra - MT - - 5,3 5,3 5,3 5,3 UP Estrela do Norte Paranatinga - MT - - 18,0 18,0 18,0 18,0 UP Guapirama Diamantino - MT - - 16,2 16,2 16,2 16,2 UP Mãe Margarida Santa Rita do Trivelato - MT 14,3 6,9 7,7 7,7 22,0 14,7 UP Ribeiro do Céu Nova Mutum - MT 12,5 9,0 23,4 23,4 36,0 32,4 UP São José Campo Novo dos Parecis - MT 17,1 10,1 19,6 19,6 36,7 29,7 Sete Placas PU Diamantino - MT 3,2 1,4 12,7 12,7 15,8 14,1 UP Terra Mãe Alto Paraguai - MT - - 3,2 3,2 3,2 3,2 UP Terra Santa Tabapora - MT 29,3 14,6 6,9 6,9 36,2 21,5 UP Bahia São Desidério e Correntina - BA - - 22,7 21,3 22,7 21,3 UP Catalão Catalão e Guarda Mor - GO / MG - - 7,6 7,6 7,6 7,6 UP Laranjeiras Currais - PI - - 15,0 15,0 15,0 15,0 Fazenda Iporanga Nova Maringá - MT 12,8 - - - 12,8

-Total 89,2 42,0 164,3 163,0 253,5 205,0 Total Próprio Arrendado

(21)

21

Uma vez que o preço da terra é influenciado tanto pela produtividade obtida pela terra, quanto pelo preço da soja na região, e considerando que haverá uma inversão na logística brasileira com o aumento das exportações pelos portos do Norte (Mirituba, Vila do Conde, Itacoatiara, Santarém, dentre outros), a expectativa é que o preço das terras da Companhia seja beneficiado nos próximos 5 anos.

Maquinário

Em fevereiro de 2014, a Companhia contava com o seguinte quadro de equipamentos destinados às atividades agrícolas:

(1) Cálculo do % autossuficiência leva em consideração a capacidade de aproveitamento das máquinas em relação à capacidade total

Armazenagem

Em 2014, com o intuito de aumentar sua eficiência do processamento interno durante a colheita (padronização interna), diminuir o custo com logística e estocar o produto para venda em condições oportunas, a Companhia realizará estudo

Avaliação 2012 Avaliação 2013 Fazenda Área Atual

(ha mil)

Fazenda Ribeiro do Céu 15,7 304,6 309,8 1,7% Fazenda Terra Santa 29,3 272,8 283,8 4,0% Fazenda Mãe Margarida 14,3 241,8 243,2 0,6%

Fazenda Iporanga 12,8 52,0 52,0 0,0%

Fazenda São José 17,1 194,2 198,3 2,2%

Total 89,2 1.065,4 1.087,0 2,0%

Var. R$ milhões

Máquinario Próprio Terceiros Total %

Autossuficiência Capaciadade Média (ha/dia) Tratores 418 - 418 100% -Plantadeiras 254 - 254 100% 9.200 Pulverizadores 75 - 75 100% 22.500 Aeronaves Agrícolas 8 4 12 81% (1) 11.000 Colheitadeiras Grãos 110 103 213 71% (1) 6.500 Colheitadeiras Algodão 62 - 62 100% 700 Caminhões 75 - 75 - -Total 1.002 107 1.109 -

(22)

-22

para investimentos em armazenagem nas unidades Deciolândia Bahia e Piauí, que que poderá contar com um acréscimo de 64,8 mil toneladas de armazenagem para a safra 2014/15.

Atualmente, a Companhia possui 6 unidades próprias de armazenagem de grãos localizadas no Mato Grosso, com capacidade estática de armazenamento de 221,6 mil toneladas. Além disso, possui 6 unidades arrendadas, nos estados de Mato Grosso e Minas Gerais, com capacidade estática de armazenamento de 82,2 mil toneladas, totalizando uma capacidade estática de armazenamento de 303,8 mil toneladas.

Para a cultura do algodão, a Companhia possui capacidade de armazenagem de algodão em pluma para um volume de 90.000 toneladas, equivalente a 450.000 fardos, localizada em suas unidades beneficiadoras de algodão instaladas no Mato Grosso e na Bahia.

Monitoramento Integrado de Pragas (MIP)

Com o objetivo de maximizar a eficiência no controle de pragas, a Companhia implementou o monitoramento integrado de pragas (MIP), que consiste na realização de monitoramento feito por profissionais capacitados através da utilização de tablets com GPS sincronizados aos sistemas da Companhia.

Através de uma coleta de dados mais precisa e controlada, a automação do monitoramento permite que a área técnica possa tomar decisões mais seguras quanto à aplicação de defensivos.

O mapeamento permite obter a localização real dos focos de severidade das pragas, facilitando a identificação de onde o alvo está migrando e estimar para onde será sua migração dentro do talhão.

Além de facilitar o lançamento dos dados coletados no sistema pela sincronização automática e evitar erros de digitação, o controle informatizado aumenta a eficiência do uso de defensivos e consequentemente melhora a produtividade e rentabilidade de cada cultura.

O monitoramento de pragas se tornou mais importante após o ataque da lagarta

Helicoverpa Armigera no território brasileiro. O controle dessa praga somente é

efetivo quando aplicado o produto no primeiro inster de seu ciclo, após este momento os defensivos brasileiros não são eficazes. Portanto, o monitoramento e esta ferramenta foram essenciais para o controle desta praga na safra 2013/14.

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O registro das informações é feito de forma detalhada pelo profissional em cada talhão conforme mostramos abaixo:

Agricultura de Precisão

Em 2013, com a finalidade de melhor administrar a variabilidade espacial de fertilizante no solo, a Companhia implementou a técnica de agricultura de precisão, que consiste em realizar georeferenciamento em áreas dividindo-as em grids (geralmente entre 3 a 5 hectares), onde são realizadas amostragens do solo para a determinação do teor de nutrientes em cada grid. Como resultado, obtêm-se mapas de fertilidades que auxiliam na recomendação de adubação e aplicação de corretivos, sejam em taxas fixas ou variadas.

Durante a aplicação, o GPS fornece a posição das máquinas no campo e de acordo com os mapas de aplicação, as mesmas aplicam somente a quantidade necessária nos locais planejados.

Como resultado, a Companhia obtém:

- Melhor utilização de insumos (aplicação feita somente onde se faz necessário e não em toda a extensão da área cultivada como tradicionalmente é feito);

- Homogeneização da área, facilitando o manejo da cultura; - Redução de impacto ambiental;

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Abaixo apresentamos um gráfico agronômico que mostra de uma forma simples de como é realizada a recomendação da adubação. No solo com teor de nutrientes muito baixo/baixo deve ser realizada a adubação de correção desse solo, elevando-o a um teelevando-or médielevando-o/altelevando-o para que seja elevando-obtida uma belevando-oa prelevando-oduçãelevando-o.

Para solo com nível alto de nutrientes é recomendado somente a adubação de manutenção, pois mesmo acrescentando mais nutrientes a planta não irá responder em termos de produção.

Na safra 2013/14, a Companhia efetuou a agricultura de precisão em 11,4 mil hectares divididos entre as unidades de produção Ribeiro do Céu, São José e Guapirama. Para a safra 2014/15, essa área deverá totalizar 20 mil hectares.

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3. Desempenho Econômico-Financeiro

O quadro abaixo apresenta os resultados consolidados da Companhia tanto para o 4T13 quanto para ano de 2013.

(1) Excluindo efeitos do ativo biológico, impairment e baixa de estoque (2) Sobre Receita Líquida excluindo efeito do ativo biológico

Receita Líquida

O setor agrícola é caracterizado pela sazonalidade em suas atividades. Os trimestres refletem as receitas resultantes da venda efetiva de seus produtos colhidos e o cálculo do ativo biológico dos produtos plantados no período e que sofreram transformação biológica relevante. O 4T13 é caracterizado pelo início do plantio da safra de soja da safra 2013/14 e vendas de milho e algodão da safra 2012/13. Comparativamente ao 4T12, a receita líquida de venda totalizou R$ 98,0 milhões, valor 56,4% inferior ao registrado no mesmo trimestre do ano anterior como reflexo (i) de uma menor área plantada de algodão na safra 2012/13 (11,9 mil ha contra 44,7 mil ha na safra anterior) e, consequentemente de um menor faturamento desta cultura; (ii) faturamento de 48% da safra de algodão no ano de 2013, sendo que o restante será faturado em 2014; (iii) queda no preço do milho no 2º semestre o Receita Líquida 128.708 293.099 -56,1% 698.359 941.560 -25,8%

Receita Líquida de Vendas (excluindo ativo biológico) 97.977 224.824 -56,4% 730.399 809.493 -9,8% Ativo Biológico e Produto Agrícola Apropriado à Receita 30.731 68.275 -55,0% (32.040) 132.067

-Custos de Produtos Vendidos (100.674) (223.465) -54,9% (769.363) (770.514) -0,1%

CPV Cultura (109.001) (196.295) -44,5% (706.767) (679.832) 4,0%

Ativo Biológico Apropriado ao Custo 8.327 (27.170) - (62.596) (90.682) -31,0% Lucro (Prejuízo) Bruto 28.034 69.634 -59,7% (71.004) 171.046

-Margem Bruta 21,8% 23,8% -2,0 p.p. -10,2% 18,2%

-Despesas Operacionais (69.126) (29.420) 135,0% (130.846) (102.455) 27,7% Resultado Operacional - EBIT (41.092) 40.214 - (201.850) 68.591

-Resultado Financeiro (14.497) (32.193) -55,0% (108.676) (156.523) -30,6% Lucro (Prejuízo) Antes do IR e CS (55.589) 8.021 - (310.526) (87.932) 253,1%

IR e CSLL 4.766 (12.265) - 80.653 34.621 133,0% Operações Descontinuadas - (54.098) - - (74.813)

-Lucro (Prejuízo) do Exercício (50.823) (58.342) -12,9% (229.873) (128.124) 79,4%

Margem Líquida -39,5% -19,9% -19,6 p.p. -32,9% -13,6% -19,3 p.p.

EBITDA (28.650) 4.978 - (142.939) 57.937

-Margem EBITDA -22,3% 1,7% - -20,5% 6,2%

-EBITDA Ajustado (1) (16.573) 12.762 - 2.832 93.563 -97,0%

Margem EBITDA Ajustada (2) -16,9% 5,7% - 0,4% 11,6% -11,2 p.p.

Demonstração de Resultados (R$ Mil) 4T13 4T12 Var. % 2013 2012 Var. %

Receita Líquida 128.708 293.099 -56,1% 698.359 941.560 -25,8%

Receita Líquida de Vendas (excluindo ativo biológico) 97.977 224.824 -56,4% 730.399 809.493 -9,8% Ativo Biológico e Produto Agrícola Apropriado à Receita 30.731 68.275 -55,0% (32.040) 132.067

(26)

26

que impactou a receita deste produto mesmo com um faturamento em toneladas 100% superior ao 4T12.

Adicionalmente a receita líquida com vendas, a receita líquida total é impactada pela apropriação do valor justo do ativo biológico e do produto agrícola. No 4T13, merece destaque o aprimoramento das premissas utilizadas para o cálculo do ativo biológico, onde utilizamos o controle de produtividade agrícola individualizando e pormenorizando as áreas da cultura de soja ante a consideração conjunto de mesma região utilizada no 4T12. Diante disto, passamos a contabilizar o resultado do desenvolvimento genético e das perspectivas de produção com maior precisão. Com isto, foi contabilizado como variação do valor justo do ativo biológico da soja no 4T13 R$ 12,4 milhões, ante R$ 92,6 milhões em 4T12. Este aprimoramento teve por objetivo obter precisão ao mínimo divisor de cada área, com base nos controles agrícolas, das áreas produtivas da empresa, ou seja, o que se espera obter de receita pelo cultivo do produto. Na tabela abaixo apresentamos a composição do ativo biológico apropriado à receita.

Em 2013, a receita líquida de vendas da Vanguarda atingiu R$ 730,4 milhões contra uma receita de R$ 809,5 milhões no mesmo período do ano anterior. Essa queda foi causada principalmente pelo menor faturamento do algodão em 2013 quando comparado ao ano anterior. Além disso, tivemos o impacto negativo da apropriação do ativo biológico e produto agrícola à receita que apresentou um resultado negativo de R$ 32,0 milhões, influenciado (i) pelo reconhecimento, no 1T13, do valor justo considerando as produtividades da soja realizadas, que resultou em valor negativo ante a provisão positiva identificada na estimativa do valor justo do ativo biológico para o 4T12 e (ii) pelo aprimoramento das premissas utilizadas no cálculo do ativo biológico onde, no 4T13 tivemos a apropriação do ativo biológico e produto agrícola de apenas R$ 30,7 milhões na receita, contra um valor de R$ 68,3 milhões no 4T12; Abaixo, segue um quadro comparativo da composição da receita líquida da Companhia no 4T13 e 2013.

Ativo Biológico 4T13 4T12

Ativo Biológico Apropriado à Receita 30.731 68.275

Avaliação dos Ativos Biológicos 12.450 92.603

Soja 12.450 92.603

(27)

27 (1) Revenda de insumos, sorgo, girassol e fibrilha

Em toneladas, o quadro apresentaria a seguinte segregação.

Custo dos Produtos Vendidos

(1) Revenda de insumos, sorgo, girassol e fibrilha

No 4T13, o custo dos produtos vendidos totalizou R$ 100,7 milhões, valor 54,9% inferior ao registrado no 4T12, impactado principalmente pelo baixo custo do algodão verificado no trimestre diante de uma menor área plantada desta cultura na safra e um faturamento de apenas 48% da produção total em 2013.

Por outro lado, em 2013, o custo total dos produtos vendidos totalizou R$ 769,4 milhões, valor praticamente idêntico ao observado no ano anterior. Apesar de uma safra menor, os custos mantiveram-se constantes e influenciados (i) pelo aumento Receita Líquida 128.708 293.099 -56,1% 698.359 941.560 -25,8%

Receita Líquida de Vendas (excl. Ativo Biológico) 97.977 224.824 -56,4% 730.399 809.493 -9,8%

Soja 4.233 7.715 -45,1% 394.580 288.009 37,0% Milho 41.468 31.328 32,4% 86.814 87.281 -0,5% Algodão Pluma 26.240 107.660 -75,6% 115.242 217.489 -47,0% Caroço de algodão 4.354 10.690 -59,3% 10.335 30.100 -65,7% Performance - 53.849 - 87.927 149.096 -41,0% Outros (1) 21.682 13.581 59,6% 35.502 37.517 -5,4%

Ativo Biológico e Produto Agrícola Apropriado a Receita 30.731 68.275 -55,0% (32.040) 132.067

-(R$ Mil) 4T13 4T12 Var. % 2013 2012 Var. %

Quantidade faturada 236.947 284.371 -16,7% 1.074.527 1.049.927 2,3% Soja 3.444 10.262 -66,4% 501.204 404.932 23,8% Milho 192.877 95.643 101,7% 405.663 289.443 40,2% Algodão em pluma 7.548 28.670 -73,7% 28.699 58.599 -51,0% Caroço de algodão 11.627 39.889 -70,9% 26.242 94.580 -72,3% Performance - 82.615 - 78.050 167.813 -53,5% Outros 21.451 27.292 -21,4% 34.669 34.561 0,3% 4T13 4T12 Var. % (toneladas) 2013 2012 Var. %

Custo dos Produtos Vendidos (100.674) (223.465) -54,9% (769.363) (770.514) -0,1%

CPV por Cultura (109.000) (196.295) -44,5% (706.767) (679.832) 4,0% Soja (3.291) (6.649) -50,5% (354.787) (219.570) 61,6% Milho (54.265) (22.705) 139,0% (107.853) (61.821) 74,5% Algodão Pluma (32.677) (94.580) -65,5% (106.355) (188.308) -43,5% Caroço de Algodão (3.980) (9.918) -59,9% (8.383) (26.329) -68,2% Performance - (54.797) - (88.880) (149.536) -40,6% Outros (1) (14.787) (7.646) 93,4% (40.509) (34.268) 18,2% Ativo Biológico Apropriado ao Custo 8.327 (27.170) - (62.596) (90.682) -31,0% Var. %

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do custo unitário da soja em 30% quando comparado ao ano anterior, impactado pela queda de produtividade e (ii) pelo aumento do custo unitário do milho em 24%, diante do aumento da área plantada de milho na safra 2012/13 em relação à safra 2011/12, além do aumento nos custos dos principais itens que compõem os custos de produção.

Custo de Produção

Na tabela abaixo apresentamos nossa estimativa de custo por hectare para a safra 2013/14, bem como segregação percentual deste custo em reais e dólares e o percentual realizado.

Vale ressaltar que o dólar utilizado para conversão da parcela em dólar do custo foi de R$ 2,40.

(1) Dados atualizado em fevereiro de 2014

Lucro Bruto

No 4T13, a Vanguarda Agro apresentou um lucro bruto de R$ 28,0 milhões, impactado, principalmente, pelo efeito da estimativa utilizada para apuração do ativo biológico apropriado à receita que teve um impacto menor do que o verificado no mesmo trimestre do ano anterior, diante do aprimoramento das premissas utilizadas

Estimativa Inicial

R$/ha R$/ha % Realizado % R$ % US$

Soja 1ª safra (2.148) (2.106) 69% 53% 47% Soja 2ª safra - (1.525) 52% 34% 66% Algodão 1ª safra (6.143) (5.945) 46% 49% 51% Algodão 2ª safra (5.085) (4.966) 12% 54% 46% Milho 1ª safra (3.246) (2.626) 95% 58% 42% Milho 2ª Safra (1.525) (1.366) 5% 58% 42% Sorgo (434) (469) 0% 50% 50% Girassol (1.268) (1.096) 0% 36% 64% Cultura Safra 2013/14 Estimativa Atual (1) Composição Receita Líquida 128.708 293.099 -56,1% 698.359 941.560 -25,8%

Receita Líquida de Vendas (excluindo ativo biológico) 97.977 224.824 -56,4% 730.399 809.493 -9,8% Ativo Biológico e Produto Agrícola Apropriado à Receita 30.731 68.275 -55,0% (32.040) 132.067

-Custos de Produtos Vendidos (100.674) (223.465) -54,9% (769.363) (770.514) -0,1%

CPV Cultura (109.001) (196.295) -44,5% (706.767) (679.832) 4,0%

Ativo Biológico Apropriado ao Custo 8.327 (27.170) - (62.596) (90.682) -31,0% Lucro (Prejuízo) Bruto 28.034 69.634 -59,7% (71.004) 171.046

-Margem Bruta 21,8% 23,8% -2,0 p.p. -10,2% 18,2%

(29)

29

para sua avaliação, bem como pela menor margem obtida com a venda de milho, algodão e sorgo no trimestre.

Em 2013, a Companhia apresentou um prejuízo bruto de R$ 71 milhões, impactado principalmente pela (i) apropriação da variação do ativo biológico e produto agrícola à receita que apresentou um resultado negativo de R$ 32 milhões em 2013, conforme já explicado; (ii) baixa produção da soja diante da queda de produtividade e (iii) queda no preço do milho verificada ao longo do ano.

Desconsiderando os efeitos do ativo biológico tanto na receita quanto no custo (não apresentam efeito caixa), a Companhia apresentaria um lucro bruto de R$ 23,6 milhões.

Despesas Operacionais

No 4T13, as despesas operacionais atingiram R$ 69,1 milhões. As despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 17,7 milhões, uma queda de 10,3% em relação ao correspondente trimestre do ano anterior. Vale ressaltar nas despesas operacionais o impairment dos ativos remanescentes do segmento biodiesel e outros ativos não vinculados as operações da Companhia no valor de R$ 51,1 milhões.

Em 2013, as despesas operacionais atingiram R$ 130,8 milhões, valor 27,7% superior ao mesmo período do ano anterior, impactado pelo impairment dos ativos citados acima. Ao analisarmos a segregação destas despesas, observamos que as despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 64,7 milhões, uma redução de 28,3% em relação ao ano anterior como reflexo da reestruturação interna iniciada em 2012.

Despesas Operacionais (69.126) (29.420) 135,0% (130.846) (102.455) 27,7%

Gerais, Administrativas (17.674) (19.707) -10,3% (64.694) (90.262) -28,3% Vendas (2.879) (1.904) 51,2% (18.959) (12.286) 54,3%

Impairment e baixa de estoque (51.136) (48.889) 4,6% (51.136) (77.011) -33,6% Outras Receitas (Despesas) Operacionais 2.563 41.080 -93,8% 3.943 77.104 -94,9% Demonstração de Resultados (R$ Mil) 4T13 4T12 Var. % 2013 2012 Var. %

(30)

30

EBITDA

(1) Excluindo efeitos do ativo biológico, impairment e baixa de estoque (2) Sobre Receita Líquida excluindo efeito do ativo biológico

No 4T13, o EBITDA foi negativo em R$ 28,7 milhões, influenciado principalmente pelo impairment dos ativos do biodiesel que impactou negativamente o resulto líquido do trimestre. Em 2013, esse valor é negativo em R$ 142,9 influenciado tanto pelo impairment quanto pelos motivos descritos no item “Lucro Bruto”.

Com objetivo de complementar a forma de divulgação de seus resultados e fornecer mais elementos para análise, a Companhia apresenta além do EBITDA, calculado de acordo com os critérios da CVM, o EBITDA Ajustado. Nesse cálculo, com objetivo de aproximar o cálculo do conceito de geração de caixa efetivo, são excluídos os efeitos decorrentes da variação do valor justo do ativo biológico (apropriado na receita), como também do efeito da apropriação do ativo biológico ao custo dos produtos vendidos. Além disso, também foram excluídos os impairments de ativos e estoques realizados. Desta forma, o EBITDA Ajustado no 4T13 foi negativo em R$ 16,6 milhões. Já em 2013 o EBITDA Ajustado foi positivo de R$ 2,8 milhões.

Hedge Accouting de fluxo de caixa

A Companhia, por ter grande parte da venda de seus produtos atrelados ao dólar e com o objetivo de evitar volatilidade sem efeito caixa no futuro e aproximar as demonstrações à sua realidade, decidiu designar, a partir de 1º de agosto de 2013, suas dívidas bancárias como hedge de suas vendas futuras, em conformidade com as normas IAS 39 e CPC 38.

Com isso, a variação cambial passiva decorrente de 87% das dívidas bancárias designadas, que totalizaram R$ 8,5 milhões no final de 2013, foi registrada temporariamente no patrimônio líquido e só será levada ao resultado quando Lucro (Prejuízo) do Exercício (50.823) (58.342) -12,9% (229.873) (128.124) 79,4%

Margem Líquida -39,5% -19,9% -19,6 p.p. -32,9% -13,6% -19,3 p.p.

(+) IR e CSLL (4.766) 12.265 - (80.653) (34.621) 133,0% (+) Resultado Financeiro 14.497 32.193 -55,0% 108.676 156.523 -30,6% (+) Depreciação, Amortização e mais valia arrendamento 12.442 18.862 -34,0% 58.911 64.159 -8,2%

EBITDA (28.650) 4.978 - (142.939) 57.937

-Margem EBITDA -22,3% 1,7% - -20,5% 6,2%

-Ativo Biológico e Produto Agrícola Apropriado à Receita (30.731) (68.275) -55,0% 32.040 (132.067) -Ativo Biológico Apropriado ao Custo (8.327) 27.170 - 62.596 90.682 -31,0%

Impairment e baixa de estoque 51.136 48.889 4,6% 51.136 77.011 -33,6%

EBITDA Ajustado (1) (16.573) 12.762 - 2.832 93.563 -97,0%

Margem EBITDA Ajustada (2) -16,9% 5,7% - 0,4% 11,6% -11,2 p.p.

(31)

31

ocorrerem as referidas vendas atreladas ao dólar, permitindo assim que o reconhecimento do impacto da variação do dólar sobre as dívidas e sobre as vendas possam ser registradas no mesmo momento.

No 4T13, houve o pagamento de R$ 35 milhões em dívidas bancárias que estavam designadas para o hedge accounting. Diante disto e, conforme descrito acima, R$ 1,3 milhão referente à variação cambial sobre essas dívidas foi reconhecido no resultado.

Vale ressaltar que, como a implantação do hedge accounting só ocorreu no dia 1º de agosto, a variação cambial das dívidas bancárias até o mês de julho de 2013 apresentou um valor negativo de R$ 55,4 milhões e foi registrada no demonstrativo dos resultados na conta “variação cambial”.

Por fim, é importante salientar que o resultado da Companhia ainda poderá ser impactado (i) pela variação cambial de dívidas que não estejam designadas para o

hedge accounting e (ii) por fornecedores em dólar que não fazem parte do hedge accounting implementado pela Companhia.

Resultado Financeiro

Em 2013, apresentamos um resultado financeiro líquido negativo de R$ 108,7 milhões, conforme composição abaixo demonstrada.

As receitas financeiras atingiram R$ 43,0 milhões em 2013, comparáveis a R$ 34,2 milhões em 2012. Elas são compostas principalmente pelo AVP (ajuste a valor presente) dos compromissos futuros e receitas auferidas por aplicações financeiras. As despesas financeiras, compostas por todas as despesas incorridas com juros e variações monetárias de contratos indexados ao CDI ou outro indexador (IGPM, TR) e correções sobre impostos parcelados totalizaram R$ 92,1 milhões em 2013, 23,5% inferior aos R$ 120,3 milhões em 2012, como reflexo do esforço da Companhia em reduzir o custo de sua dívida que passou de 9,7% a.a. no final de 2012 para 4,4% a.a. no final e 2013 nas dívidas em reais e de 7,1% a.a. para 5,4% ao ano para dívidas em dólar.

Resultado Financeiro (14.497) (32.193) -55,0% (108.676) (156.523) -30,6%

Receita Financeira 12.562 3.531 255,8% 43.045 34.246 25,7% Despesa Financeira (21.823) (30.416) -28,3% (92.090) (120.345) -23,5% Variação Cambial (5.235) (5.308) -1,4% (59.630) (70.424) -15,3% Demonstração de Resultados (R$ Mil) 4T13 4T12 Var. % 2013 2012 Var. %

(32)

32

A variação cambial, por sua vez, impactou negativamente o resultado financeiro da Companhia em R$ 59,6 milhões, composto pelos seguintes valores: (i) variação cambial passiva de R$ 55,4 milhões da dívida bancária até ao mês de julho; (ii) variação cambial passiva de R$ 2,6 milhões referente a outros passivos que não fazem parte do hedge accounting, e (iii) variação cambial passiva de R$ 1,6 milhão referente a uma dívida bancária não designada para o hedge accounting.

Lucro/Prejuízo Líquido

No 4T13, a Companhia apresentou um prejuízo líquido de R$ 50,8 milhões, impactado diretamente pela provisão de impairment dos ativos de biodiesel.

Em 2013, esse prejuízo atinge a cifra de R$ 229,9 milhões impactado pelos motivos descritos no item “Lucro Bruto”.

Hedge Comercial (Vendas Físicas)

Como parte do procedimento de hedge adotado, a Companhia tem por política garantir suas receitas por meio da venda de sua safra, ou seja, à medida que assume compromissos decorrentes da compra de insumos, vende parte de sua produção. Na tabela a seguir, apresentamos a posição comercializada e faturada das safras 2012/13 e 2013/14.

Lucro (Prejuízo) Antes do IR e CS (55.589) 8.021 - (310.526) (87.932) 253,1%

IR e CSLL 4.766 (12.265) - 80.653 34.621 133,0% Operações Descontinuadas - (54.098) - - (74.813)

-Lucro (Prejuízo) do Exercício (50.823) (58.342) -12,9% (229.873) (128.124) 79,4%

Margem Líquida -39,5% -19,9% -19,6 p.p. -32,9% -13,6% -19,3 p.p.

(33)

33 (1) Dado de 21 de março de 2014

(2) Percentual faturado até dezembro de 2013 (3) Preço FOB fazenda para soja e milho

Endividamento Bancário

O endividamento de uma Companhia do segmento do agronegócio é cíclico, sendo impactado diretamente pelo custeio da safra. Em outras palavras, observamos que o mesmo apresenta crescimento ao longo do ano. No 1º trimestre, pelo fato da Companhia estar no início de seu faturamento de soja, a concentração do pagamento das dívidas é elevado e a mesma se apresenta em seu menor patamar. Nos trimestres seguintes e com o início da preparação para uma nova safra, existe a necessidade de novas contratações para o custeio desta safra, com isso a posição do endividamento no final do ano se encontra sempre no seu pico.

Comparativamente a dezembro de 2013, o endividamento bancário da Companhia apresentou uma elevação de 17,0%, passando de R$ 552,6 milhões em dezembro de 2012 para R$ 646,8 milhões em dezembro de 2013. Esta variação se refere principalmente a:

(i) investimento que está sendo realizado pela Companhia para a safra

2013/14, a qual possui uma área de plantio de algodão superior à safra anterior e que requer um elevado investimento em fertilizantes, defensivos

Safra Produto %

comercializado

% faturado (2)

Soja 100% 100% USD 10,88 /bu ou USD 23,99 /Saca

Milho 100% 99% USD 2,73 /bu ou USD 6,44 /Saca

Algodão 79% 48%

Caroço 99% 94%

Sorgo 99% 53% USD 1,71 /bu ou USD 4,04/Saca

Girassol 100% 100%

Soja 76% 0% USD 9,94 /bu ou USD 21,91 / Saca

Milho - -Algodão 59% 0% Caroço 48% 0% Sorgo - -Girassol 74% 0% 2012/13 2013/14 R$ 50,63/saca Preço Vendido (3) R$ 51,84 /saca USD 0,8606 /lb -USD 0,9002 /lb R$ 448/ton -R$ 414/ton

Endividamento (em R$ mil) 31/12/2013 31/12/2012

Curto Prazo (355.256) (369.659) Longo Prazo (291.512) (182.960)

(=) Endividamento (646.768) (552.619)

Disponibilidades 51.514 265.139

(34)

34

e sementes. Para a safra 2013/14 foram gastos nestes insumos um valor 223% superior à safra 2012/13, que totalizaram R$ 32 milhões;

(ii) investimento de R$ 41,6 milhões em CAPEX através da aquisição de

maquinário e armazenagem utilizando linhas de financiamento subsidiadas. A aquisição de maquinário tem por objetivo um melhor aproveitamento das janelas de plantio, já a armazenagem possibilitará a redução do custo com logística, bem como a estocagem do produto para venda em melhores condições de mercado; e

(iii) substituição das operações de barter por financiamentos bancários com

juros inferiores aos embutidos nestas operações.

A dívida em moeda estrangeira representou 85% da dívida total. A contratação de dívida em moeda estrangeira é um hedge natural, visto que as receitas da Companhia são, em sua maioria, indexadas ao dólar. Com relação ao vencimento das dívidas, 55% estavam classificadas no curto prazo e 45% no longo prazo.

15% 27%

85%

73%

31/12/2013 31/12/2012

Dólar Reais

Endividamento por Tipo de Moeda

100% 55% 67% 45% 33% 31/12/2013 31/12/2012

Longo Prazo Curto Prazo

(35)

35

4. Desempenho Econômico-Financeiro

Desempenho das Ações

As ações da Vanguarda Agro (VAGR3) encerraram o ano de 2013 cotadas a R$ 3,43/ação, totalizando um valor de mercado para a Companhia de R$ 1.328,9 milhões.

No acumulado do ano de 2013, as ações da VAGR3 apresentaram uma desvalorização de 7,0%, passando de R$ 3,68/ação no final de dezembro de 2012 para R$ 3,43/ação no final de dezembro de 2013. O Ibovespa, no mesmo período, apresentou uma desvalorização de 15,5%.

As ações da Vanguarda Agro estiveram presente em 100% dos pregões em 2013. O volume médio diário registrado no período foi de R$ 6,7 milhões e 2.669 negócios. A Companhia é a única empresa agrícola com foco na produção de grãos no nível mais alto de governança corporativa (Novo Mercado) e faz parte de dos seguintes índices da BM&FBovespa: 70 80 90 100 110 120 VAGR3 X Ibovespa Base 100 = 31/Dez/2011 VAGR3 IBOV

Referências

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