• Nenhum resultado encontrado

URI: DOI:

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "URI: DOI:"

Copied!
14
0
0

Texto

(1)

A navegação consulta e descarregamento dos títulos inseridos nas Bibliotecas Digitais UC Digitalis,

UC Pombalina e UC Impactum, pressupõem a aceitação plena e sem reservas dos Termos e

Condições de Uso destas Bibliotecas Digitais, disponíveis em https://digitalis.uc.pt/pt-pt/termos.

Conforme exposto nos referidos Termos e Condições de Uso, o descarregamento de títulos de

acesso restrito requer uma licença válida de autorização devendo o utilizador aceder ao(s)

documento(s) a partir de um endereço de IP da instituição detentora da supramencionada licença.

Ao utilizador é apenas permitido o descarregamento para uso pessoal, pelo que o emprego do(s)

título(s) descarregado(s) para outro fim, designadamente comercial, carece de autorização do

respetivo autor ou editor da obra.

Na medida em que todas as obras da UC Digitalis se encontram protegidas pelo Código do Direito

de Autor e Direitos Conexos e demais legislação aplicável, toda a cópia, parcial ou total, deste

documento, nos casos em que é legalmente admitida, deverá conter ou fazer-se acompanhar por

este aviso.

Estudo geológico da pedreira da Curviã n°2 (Joane-N.N. de Famalicão):

características da fracturação

Autor(es):

Ramos, J. M. Farinha; Moura, A. Casal; Moreira, A.; Oliveira, A.

Publicado por:

Imprensa da Universidade de Coimbra

URL

persistente:

URI:http://hdl.handle.net/10316.2/39230

DOI:

DOI:http://dx.doi.org/10.14195/978-989-26-0322-3_23

Accessed :

29-Apr-2019 00:16:19

digitalis.uc.pt

pombalina.uc.pt

(2)
(3)

“ A Geologia de Engenharia e os Recursos Geológicos” C o im b r a 2003 · Im p r e n s a da U n iv e r s id a d e

ESTUDO GEOLÓGICO DA PEDREIRA DA CURVIÃ

N°2 (JOANE-V.N. DE FAMALICÃO).

CARACTERÍSTICAS DA FRACTURAÇÃO

J. M . Farinha Ramos

l,

A. Casal Moura

\

A. Moreira 1 e A. Oliveira 1

Pa l a v r a s-c h a v e: m aciço granítico, padrão de fracturação, pedreira de inertes. Ke y w o r d s: granite massif, joint-system s pattern, quarry for aggregates production.

Re su m o

Os autores procederam ao levantam ento geológico da pedreira da C urviã n° 2, tendo em vista a sua caracterização geológica e estrutural. N esta pedreira, é explorado, para produção de balastros, vários tipos de britas e areias graníticas, um granito m onzonítico de granulado m édio, com leve tendência porfiróide, predom inantem ente biotítico. Ao analisarem a fracturação observada, constataram que, em bora subordinada à fracturação regional que afectou toda aquela área minhota, o padrão de fracturação da pedreira da Curviã não é homogéneo em todos os seus sectores. Assim, no flanco leste da pedreira, observa-se um predom ínio claro do sistem a Ν 6 0 Έ a Ν 7 0 Έ e, progredindo para oeste do maciço, aum enta de relevância o sistem a N 40°W a N50°W, de pouca expressão na zona leste. O sistem a N-S a Ν 2 0 Έ , em relação directa com im portante cisalham ento que tem esta direcção, tom a algum a evidência na parte central da pedreira. Concluíram que essa variação é o resultado da sobreposição dos efeitos de diferentes fases de deform ação frágil, bem expressas na fracturação regional, e da acção local de fracturas de cisalham ento.

1 Geólogos do I.G.M.

(4)

Ab s t r a c t:

Geological study of the Curviã n°2 (Joane-V.N. de Famalicão): fracture

pattern

The authors have undertaken the geological study o f the Curviã n° 2 quarry, in order to make its geologic and structural characterization. In this quarry, a medium grained m onzonitic granite is exploited for the production o f ballast, some other types o f aggregates and granitic sands. A nalysing the fracture system s observed, they found that, even subordinated to the main regional systems affecting the Minho area, the pattern o f these system s on the Curviã quarry is not hom ogeneous all over its sectors. Thus, in the eastern flank o f the quarry, a predom inance o f the system Ν 6 0 Έ to Ν 7 0 Έ is clearly observed and, tow ards west, the relevance o f the system N40°W to N50°W, less represented in the eastern zone, increases gradually. The N-S to Ν 2 0 Έ system , closely related w ith an im portant shear accident with this orientation, takes some evidence in the central part o f the quarry. They concluded that this variation is the result o f the overlapped effects o f different phases o f fragile deform ation, well expressed in the regional fracture pattern, and o f the local influence o f shear fractures.

1. Es b o ç o g e o l ó g ic o e t e c t ó n ic o d a á r e a

O maciço onde se encontra implantada a exploração de granito da Curviã n° 2 situa-se cerca de 1000 m a sudeste da povoação de Portela (S.ta Marinha) e, também, a cerca de 1000 m a oeste de Airão (S. João Baptista), sendo, por ambos os lados, facilm ente acessível.

Na região em que se enquadra a pedreira em apreço, afloram alguns tipos de granitóides Sin e Tardi D3, com porfiroidismo acentuado ou esparso, cuja exploração foi, desde sempre, bastante intensa em várias zonas, assum indo grande relevo a actividade actual para produção de inertes. Também ocorrem , em áreas restritas ou conjuntam ente, outros tipos de rochas de tendência mais básica, nom eadam ente quartzodioritos biotíticos.

1.1.

Tiposlitológic oso co rrentesnaregião

Os tipos litológicos ocorrentes na região, descritos dos mais antigos para os mais recentes (fig. 1), compreendem:

- Granitos porfiróides de grão grosseiro ou médio a grosseiro, essencialmente biotíticos (“G ranito de G uim arães”), rochas acinzentadas ou azuladas caracterizadas pela abundância de m egacristais de feldspato potássico, em geral de contornos relativam ente mal definidos.

(5)

Este granito constitui um plutonito alongado na direcção NW-SE, com cerca de 65 Km de com prim ento e 25 Km de largura média, que aflora com características texturais sem elhantes desde a região a sul de Braga até às proxim idades do rio Douro.

- Granito de grão médio a fino, com tendência porfiróide, essencialm ente biotítico (“Granito de Braga”), incluído num a sequência de intrusões mais tardias nos granitóides anteriores. Tem tendência monzonítica, porfiroidismo esparso e apresenta-se praticam ente sem deform ação, certa uniform idade textural e cor cinzenta-azulada quando são. Ocorre num a faixa contínua de orientação aproximada NW-SE que se estende igualmente desde o Minho até para além do Rio Douro, onde aflora num a área com cerca de 50 Km por cerca de 6 Km de largura média, pertencente a vários concelhos. - Quartzodioritos biotíticos. Trata-se de rochas acinzentadas, mais ou menos

escuras, habitualm ente de granulado fino ou médio, que constituem restos de magmas mais básicos ou seus diferenciados que intruíram ou ascenderam concom itantem ente com as massas ígneas mais antigas. Formam, a nível regional, pequenas manchas alongadas e, localm ente, pequenas bolsadas ou encraves no seio das m assas graníticas.

- Filões de quartzo ou pegm atíticos, associados a falhas de direcção m édia entre Ν 4 5 Έ a Ν 7 5 Έ , testem unhando actividade m agm ática e hidroterm al tardia.

- A luviões, de idade quaternária, constituindo depósitos areno-argilosos em relação directa com algum as das linhas de água.

Fig. 1 - Enquadramento geológico do maciço estudado.

(6)

2. Ge o l o g i a d o l o c a ld ap e d r e i r a

2.1. Tiposlitológicosetextura s

Os resultados do estudo geológico efectuado encontram-se implantados na carta geológica da figura 2. A rocha explorada é um granito com carácter m onzonítico, por vezes, granodiorítico (fig. 3), de grão médio, com tendência porfiróide, de duas micas, essencialm ente biotítico, fracturado e alterado em alguns locais da pedreira (“Granito de Braga”). M acroscopicam ente, apresenta cor cinzenta azulada escura, quando fresca, ou am arelada nas zonas de alteração superficial e na proxim idade de algum as fracturas e diaclases. A ligeira tendência porfiróide traduz-se pela ocorrência de megacristais de feldspato, algo dispersos, e de granulom etria variável (em m édia 2x1 em, mas, ocasionalm ente, podem atingir 5x3 cm ou m esm o mais). Por sua vez, na m atriz ocorrem grãos de quartzo cinzento escuro, com diâmetro médio de 1 mm, agregados de feldspato, brancos acinzentados, com 1 a 2 mm, biotite negra em palhetas até 1 mm, dispersas hom ogeneam ente na m atriz, e rara m oscovite prateada em cristais em geral inferiores a lm m . A com posição m odal revelou: quartzo 28.5% , feldspato K 19.6%, plagioclase 32.1% , biotite 13.4%, m oscovite 4.2% e m inerais vestigiários 2.3%.

A rocha de tonalidade amarelada circunscreve-se, sobretudo, à zona de alteração superficial e a algumas estreitas faixas ao longo dos bordos de algumas das diaclases, onde se verificou a circulação das águas superficiais ou infiltradas. Outras vezes, essa tonalidade está associada a zonas de esm agam ento (cisalham entos, caixas de falha). Alguns cisalhamentos são responsáveis pela tectonização de faixas da massa rochosa sem que se verifique alteração substancial da coloração cinzento-azulada, notando-se, no entanto, ligeira caulinização dos feldspatos.

No que se refere à granularidade, verificam -se pequenas variações ao longo do m aciço, nom eadam ente com ligeiro aum ento do tam anho do grão da m atriz e da tendência porfiróide, que se traduz por m aior abundância de pequenos cristais fe ld s p á tic o s m a io re s que os da m a triz , e m b o ra m a n te n d o -s e d is p e rs o s . Ocasionalm ente, os grãos de feldspato dispersos atingem m aior tam anho que o habitual (até 5x3 cm ou m ais). N outros casos, tam bém localizados, ocorrem pequenas m assas de granito porfiróide de grão grosseiro (até 1.5 a 2 m etros de com prim ento por 1.5 metros de largura), aparentem ente sem continuidade.

São comuns, no seio do granito m onzonítico, encraves dispersos de um a rocha de grão fino a m édio, de tendência m ais básica e coloração mais escura que a encaixante, enriquecida em biotite, os quais, como dissem os, constituirão porções dum m agm a percursor dissem inadas na m assa ígnea que não evoluíram com pleta­ m en te. Têm , g e ra lm e n te , fo rm ato e sfé ric o ou o v alad o e tam an h o h a b itu a l 3 2 6

(7)
(8)

centim étrico ou, como num dos casos, atingir o tam anho máxim o observado de 3x1.5 metros. Ocorrem , ainda, alguns encraves, tam bém em geral centim étricos, de natureza essencialm ente restítica, correspondendo a fragm entos xistentos não com pletam ente digeridos. Tanto este tipo de encraves como os de natureza mais básica não constituem problem a ao aproveitam ento da pedra para obtenção de granulados, por apresentarem textura fina e hom ogénea e apreciável com pacidade.

Algum as das principais diaclases, com particular relevo para as de orientação Ν 4 5 Έ a Ν 7 5 Έ , apresentam preenchim ento centim étrico com m aterial argiloso, por vezes caulinítico, e evidência de movimentação, provocando esmagamento dos bordos das fracturas e superfícies estriadas. Noutros casos, encontram-se preenchidas por filonetes pegm atíticos ou quartzosos, recristalizações de sílica e deposições dispersas de pirite, a qual, um a vez oxidada, origina pequenas manchas amareladas ou acastanhadas, localm ente com escorrências ferruginosas.

Não se observaram filões de im portância na área da pedreira. Registaram -se, apenas, alguns filonetes quartzosos e pegm atíticos, de espessura centim étrica e pouco extensos, alojados em diaclases com direcção predominante Ν 6 0 Έ a Ν 8 0 Έ .

As características fisico-m ecânicas de um balastro produzido com o m aterial explorado na p edreira podem resum ir-se com o segue: resistência m ecânica à com pressão - 1760 K g/cm 2; granulom etria - fuso granulom étrico com patível com aceitação sem restrições; resistência ao desgaste Los A ngeles (curva F) - 19%; grau de lim peza - 0.13%; grau de hom ogeneidade - 0.00%; coeficiente de forma - 2.27%. Trata-se dum balastro de boa qualidade, o que confirma a aptidão da rocha para a produção de inertes.

Fig. 3 Inserção das amostras de rocha fresca da pedreira da Curviã no diagrama Q-A-P de classificação de rochas plutónicas, segundo Streckeisen(1976).

(9)

2.2. Fractur açã o dom aciço

Para com preensão do estilo tectónico-estrutural da área em estudo, procedeu- -se ao levantam ento exaustivo das fracturas e falhas, igualm ente apresentado na figura 2.

A fracturação global observada na pedreira da Curviã N° 2 (Figura 4) revela, com o esp ecialm en te re p resen tativ o s, os sistem as de fractu ras com d irecção sensivelm ente Ν 6 0 Έ a Ν 8 0 Έ , N45°W e Ν 5 Έ a Ν 1 0 Έ , em geral com pendores m uito inclinados a verticais. A lgum as fracturas subhorizontais ou de pendor moderado, de atitude mais aleatória, foram observadas, também, em alguns locais. Algumas dessas fracturas são responsáveis por cisalhamentos, por vezes importantes, os quais d eterm in am um ad en sam en to da fra c tu ra çã o e d ia c la sa m e n to nas proxim idades. Os de m aior expressão interessam fracturas Ν 4 5 Έ a Ν 8 0 Έ , Ν 5 Έ a Ν 2 0 Έ e, muito mais raramente, fracturas próximas de N40°W a N60°W ou N-S a N20°W. A extensão de rocha tectonizada, nalguns locais da pedreira, atinge, por vezes, vários metros. Também se verificou que, nalguns casos, as fracturas que delim itam os cisalham entos são oblíquas entre si, originando tectonização mais intensa no seu interior, com esm agam ento da rocha.

Tendo-se constatado algum a variação, de local para local, no padrão de fracturação e diaclasam ento do m aciço na área em exploração, procedeu-se à sua análise detalhada, sector a sector, para que essas variações possam ser devidamente evidenciadas e com preendidas. A fracturação observada nos diferentes sectores, designados de I a XVII, vai apresentada nos diagram as de síntese inseridos na figura 2, já anteriorm ente referida. A figura 5 m ostra um corte geológico realizado na parte central da pedreira.

3 29

(10)

330

- Sector I: N este sector, predom ina nitidam ente um sistem a de fracturas com direcção m édia Ν 7 0 Έ (=45% do total), com pendor próxim o da vertical, algumas das quais apresentam evidências de m ovim entação. Acessoriam ente, ocorrem um sistem a com orientação N -S a Ν 1 0 Έ (=7% ) e outro, m enos representado, de direcção N30°W a N40°W (=4%). Com pletam o esquem a de fracturação, algumas fracturas sub-horizontais com diversas orientações. Na parte SE deste sector (actual entrada da pedreira), observam -se algum a alteração superficial da rocha e alguns encraves dispersos de natureza restítica e outros de natureza m ais básica, com granulado fino, e ligeira ferruginização ocasional. No geral, a textura da rocha é razoavelm ente hom ogénea, em bora ocorram alguns m egacristais de feldspato dispersos.

- Sector II: Predom inam largam ente fracturas com direcção entre Ν 1 0 Έ e Ν 8 0 Έ , que representam cerca de 60% do total, tendo o sistem a mais representado direcção média Ν 4 5 Έ (=18%). Acessoriamente, ocorrem os sistemas N-S a N10°W (=5%) e N50°W (=3%). Alguns encraves de rocha mais básica e de granito porfiróide de grão grosseiro foram tam bém observados, bem como alteração e esm agam ento do granito junto a algumas das fracturas mais importantes. A pedra amarelada limita- -se à parte superficial do maciço ou a zonas de fractura.

- Sector III: T rata-se de um dos sectores onde ocorrem vários sistem as subverticais com representatividade sem elhante, com o sejam Ν 5 0 Έ a Ν 6 0 Έ (=13%), Ν 4 0 Έ a Ν 5 0 Έ (=10% ) e Ν 6 0 Έ a Ν 7 0 Έ (=10% ), além de N60°W a N70°W (=13%), N-S a Ν 1 0 Έ (=10%) e Ν 1 0 Έ a Ν 2 0 Έ (=8%). É de referir, ainda, um im portante sistem a subhorizontal com direcção Ν 4 0 Έ a Ν 6 0 Έ . De salientar a presença de algum as zonas de cisalham ento im portantes de direcção Ν 4 0 Έ a Ν 5 0 Έ e Ν 8 0 Έ a E-W, que determ inaram algum esmagamento da rocha em vários locais, e de fracturas com bordos estriados. Massas de rocha pegm atítica e encraves mais básicos, de dim ensão m étrica, ocorrem dispersos.

(11)

- Sector IV: O padrão da fracturação observada neste sector é algo semelhante ao observado no sector anterior, ainda que, no caso presente, seja nítida a predom i­ nância do sistem a de fracturas subverticais N40°W a N50°W (ξ16%), seguido de outros com orientação predom inante para leste, em que o principal tem direcção Ν 7 0 Έ a Ν 8 5 Έ e, um outro, direcção N30°W a N40°W, sendo ambos subverticais e com idêntica representatividade (=10%). Com menor expressão, ocorrem sistemas de orientação N-S a Ν 1 0 Έ (=8%) e N65°W (=5%), também subverticais. Este sector inclui duas im portantes zonas de cisalham ento por intersecção de fracturas com direcção N-S e Ν 7 0 Έ a Ν 8 0 Έ , determ inando algum a tectonização, com esm aga­ m ento, da rocha granítica.

- Sector V: É claramente predominante o sistema de orientação Ν 6 0 Έ a Ν 7 0 Έ subvertical (=3 5%), a que se associam outros conjuntos de fracturas com atitude semelhante (=15%). Com diminuta representatividade, ocorrem, ainda, um sistema subvertical de orientação N50°W a N60°W (=4%) e algumas fracturas subhori- zontais. A rocha, neste sector da pedreira, é predom inantem ente sã.

- Sector VI: O conjunto da fracturação deste sector é muito semelhante ao observado no sector anterior, predominando, também, o sistema subvertical Ν 6 0 Έ a Ν 7 0 Έ (=33%) e cisalhamentos Ν 5 0 Έ a Ν 80Έ . Raros filonetes de quartzo foram observados.

- Sector VII: Também aqui, é largam ente predom inante o sistem a subvertical Ν 6 0 Έ a Ν 7 0 Έ , sendo os restantes muito pouco representados. O granito apresenta­ -se com aspecto são, na sua maior parte. Foram observados vários encraves básicos, restíticos e de granito porfiróide de grão grosseiro, centim étricos a decim étricos.

- Sector VIII: N este sector do bordo SW do degrau interm édio da pedreira predom inam largam ente os sistem as Ν 6 0 Έ a Ν 7 0 Έ (=28%) e Ν 2 0 Έ a Ν 3 0 Έ (=17%), com pendor subvertical. São subordinados os sistem as N20°W a N30°W e N40°W a N50°W, tam bém de pendores elevados, e alguns grupos de fracturas subhorizontais. Predom ina a rocha sã e ocorrem alguns encraves de rocha básica ou de granito porfiróide grosseiro.

- Sector IX: Trata-se de um a zona que com preende uma grande variedade de sistemas de fracturas subverticais com grande representatividade, sendo de destacar os sistem as Ν 6 0 Έ a Ν 8 0 Έ (=14% ), Ν 1 0 Έ a Ν 2 0 Έ (=14% ), Ν 2 0 Έ a Ν 3 0 Έ (=10%) e, ainda, N20°W a N30°W com pendores de 70° a 80° para NE ou SW. O secto r em apreço m o stra-se afectad o p o r cisalh am en to s im p o rtan tes, que d eterm in aram algum esm agam ento, um dos quais lim itado por fractu ras de orientação m édia N70°E e N10°E e com caixa de falha preenchida por rocha esm agada de tonalidade amarelada.

- Sector X: É claramente predominante o sistema Ν 6 0 Έ a Ν 8 0 Έ , subvertical, que representa cerca de 32% do total da fracturação. São m enos representados os sistemas N-S a Ν 1 0 Έ (=9%), N40°W a N50°W (=7%) e N70°W a N80°W (=7%), todos de pendor elevado. Encraves decim étricos de rocha de natureza mais básica ocorrem dispersos.

(12)

- Sector XI: Trata-se do sector virado a norte de um dos degraus interm édios da frente oeste da pedreira. É claramente predominante o sistema subvertical Ν 6 0 Έ a Ν 7 0 Έ , que representa cerca de 32 % do total e que inclui diaclases com grande desenvolvim ento, a que se associam os sistem as Ν 8 0 Έ a E-W, com cerca de 18%, e Ν 7 0 Έ a Ν 8 0 Έ , com cerca de 15%, igualmente subverticais. Menos representados, ocorrem os sistemas N40°W a N50°W (=10%) e N-S a Ν 1 0 Έ (=6%), ambos de pendor elevado, além de fracturas subhorizontais. Na generalidade, a rocha granítica apresenta-se fresca, contendo alguns encraves máficos.

- Sector XII: Predominam os sistemas Ν 6 0 Έ a Ν 7 0 Έ , o qual representa cerca de 24% do total da fracturação, e Ν 7 0 Έ a Ν 8 0 Έ , com cerca de 19%, am bos subverticais. Com representatividade bastante menor, ocorrem, ainda os sistem as N-S a N20°W (=11%) e N30°W a N50°W (=10%), que incluem algum as fracturas de pendor m oderado (45 a 50°). O granito é predom inantem ente são e contém encraves básicos. Observaram -se algumas fracturas centim étricas preenchidas com caulino, quartzo ou pegm atito.

- Sector XIII: É dominante o sistema N30°W a N40°W, subvertical, com cerca de 20% do total, seguido dos sistem as subverticais N20°W a N30°W e N-S a Ν 1 0 Έ , ambos com representatividade de cerca de 17%. Um pequeno núm ero das fracturas deste últim o sistem a tem pendor moderado. O granito possui tonalidade amarelada e ocorrem alguns encraves básicos, m étricos, e um de granito porfiróide (“G ranito de G uim arães”) com tam anho idêntico.

- Sector XIV: D om inam os sistem as subverticais Ν 7 0 Έ a Ν 8 0 Έ , o qual representa cerca de 26% do total das fracturas, e Ν 6 0 Έ a Ν 7 0 Έ , com cerca de 20%. Os sistemas com orientação preferencial N-S, N30°W e N60°W estão menos representados, não excedendo, qualquer deles, 9% do total. A rocha granítica está parcialm ente alterada e ocorrem alguns encraves máficos.

- Sector XV: Verifica-se a preponderância dos sistem as subverticais Ν 7 0 Έ a Ν 8 0 Έ e N40°W a N50°W, cada um deles representando 15 % do total. A restante fracturação é bastante dispersa e com representatividade da ordem dos 7.5 % para cada grupo de fracturas. Na generalidade, o granito apresenta-se são.

- Sector XVI: As fracturas subverticais de orientação Ν 6 0 Έ a Ν 7 0 Έ (=23%), Ν 3 0 Έ a Ν 5 0 Έ (=14%), a que se associam os sistem as Ν 8 0 Έ a E-W (=8%) e N40°W a N50°W (=10%), igualmente de pendor muito elevado, são predominantes. Observou-se intenso esm agam ento do granito no local de intersecção de fracturas subverticais de orientação Ν 4 0 Έ , N50°W e E-W. O granito apresenta-se são apenas na parte mais profunda da corta.

- Sector XVII: A ssum e grande relevo, nesta zona, o sistem a de fracturas subverticais Ν 7 0 Έ a Ν 8 0 Έ (=40%). Seguem-se-lhe os sistemas de fracturas Ν 6 0 Έ a Ν 7 0 Έ (=34%), igualm ente de pendor elevado, N30°W a N40°W (=12%), com pendor m ais m oderado, e outros sistemas com direcção para Este e para Oeste, menos representativos. Ocorrem, por vezes, encraves de rocha básica, de “Granito

(13)

de G uim arães” e pegm atíticos. A zona superficial de alteração am arelada tem espessura significativa (até cerca de 7 m etros) e escam ação até aos 3 metros.

3. Co n s id e r a ç õ e s f in a is

As duas principais unidades graníticas aflorantes na região formam manchas alongadas na direcção NW-SE, estando o “Granito de Braga” encaixado no “Granito de Guim arães” . A intrusão destes corpos graníticos parece ter sido favorecida pelo cisalham ento Régua - V. N ova de Cerveira.

Os dados da cartografia geológica disponível e as observações de cam po perm item considerar que a intrusão do “Granito de G uim arães” terá acontecido ligeiram ente antes da do “Granito de B raga” (encraves de “Granito de G uim arães” podem observar-se em vários locais da pedreira), facilitada por acidentes tectónicos NW -SE paralelos ao acidente principal. A fracturação tardia, com direcção Ν 6 0 Έ a Ν 8 0 Έ , afectou posteriormente os maciços e está bem representada regionalmente e na pedreira, onde constitui o sistema de fracturas e diaclases mais representativo. Algumas destas fracturas e diaclases foram preenchidas por filonetes pegm atíticos e quartzosos e apresentam , por vezes, deposição de sulfuretos dispersos que são testem unhos das fases m ais tardias da actividade m agmática.

M ovim entações tectónicas posteriores reactivaram a fracturação m ais antiga e terão provocado a formação de novas fracturas, sendo importante o sistema N-S a NNE-SSW , tardi-hercínico, o qual corta o sistem a anteriorm ente referido e está bem expresso na parte central da pedreira, nas proxim idades de cisalhamentos com aquela direcção. O sistema com orientação preferencial NW-SE, que aparece apenas bem representado na frente ocidental da pedreira, onde cisalham entos com esta direcção são tam bém evidentes, é nitidam ente mais tardio.

De re g ista r, tam b ém , um p re d o m ín io n o tá v e l dos sistem as de p en d o r subvertical; no entanto, ocorrem, igualm ente, algum as fracturas subhorizontais de grande relevância, as quais podem ex p licar deslizam entos responsáveis pela sobreposição de m assas de rocha com padrões de fracturação diferentes, como se observa nos degraus da frente oeste da pedreira.

Fica patente, deste modo, a relação do padrão da fracturação regional com a fracturação e diaclasamento observados na pedreira e evidenciada a influência local dos sistemas referidos. Também é de realçar que a sobreposição de três sistemas de fracturas im portantes não im possibilita a exploração de pedra para inertes, uma vez que a fracturação apenas determ ina esm agam ento e arenização em sectores m uito lim itad o s, p red o m in an d o a ro ch a fresca tanto em extensão com o em profundidade.

Em conclusão, a variação no padrão de fracturação observado na pedreira da C urviã n°2 é resultado da influência da fracturação regional, da p resença de

(14)

cisalh am en to s de expressão local e da actuação de episódios sucessivos de deform ação frágil, com reorientação dos cam pos de tensões locais.

Bib l io g r a f ia

An d r a d e, M. Montenegro et al. (1986) - Carta geológica de Portugal na escala 1/ 50 000: Folha 9-B (Guimarães). Ed. dos S.G.P., Lisboa.

Fe r r e ir a, N. et al. (1998) - Carta geológica de Portugal na escala 1/ 50 000: Folha 5-D (Braga), 2a Edição. Publ. dos S.G.P., Lisboa.

Me d e ir o s, A. Cândido, Pe r e ir a, E. e Mo r e ir a, A. (1980) — Carta geológica de Portugal na escala 1/ 50 000: Notícia explicativa da folha 9-D (Penafiel). Ed. dos S.G.P, Lisboa.

St r e c k e is e n, A. (1976) - To each plutonic rock its proper name. Earth Sc. Review, 12, pp 1-33.

Te ix e ir a, C., Me d e ir o s, A. Câ n d id o e Ma c e d o, J.R. (1973) — Carta geológica de Portugal na escala 1/ 50 000: Notícia explicativa da folha 5-D (Braga). Ed. dos S.G.P., Lisboa.

Referências

Documentos relacionados

No presente artigo será explanada uma estrutura organizacional do fluxo de produção de materiais didáticos para EaD, pontuando questões importantes no processo de produção

Você continua se movendo no futuro, porque, no presente, você sempre teve frustração – e a frustração está chegando por causa de seu passado.. No passado, este presente era

Knowing nurses’ perceptions from the Family Health Strategy (FHS) in relation to palliative care at home, it is believed to be possible to identify the mean- ings they attach to

Durante o desenvolvimento do modelo global e dos diapositivos seguintes, convirá utilizar regularmente as teclas F5 ou F9 para verificar, em tela completa, o

Outros Efeitos Adversos: Não são conhecidos outros efeitos ambientais para este produto. Descarte os resíduos de acordo com as regulamentações nacionais, regionais ou

Crescimento mensal do colmo da cana-de-açúcar em centímetros, em cultura com controle das plantas daninhas através de ametrin 2,400 associado aos tratamentos uti 1 izados para

Deteção Remota, SIG e Ordenamento do Território (Opção) S Gonçalo Vieira 13-15 SIG2. Deteção Remota e Modelação Espacial com VANT (Opção) S Gonçalo Vieira / Carla Mora