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REGULAMENTO DE HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DE ESTABELECIMENTOS DE VENDA AO PÚBLICO E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DO MUNICÍPIO DE BEJA.

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REGULAMENTO DE HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DE ESTABELECIMENTOS DE VENDA AO PÚBLICO E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DO MUNICÍPIO DE BEJA.

Jorge Pulido Valente, presidente da Câmara Municipal de Beja, torna público que, no uso da competência referida no art.º 53º, n.º 2, al. a), da Lei 169/99, de 18-09, republicada pela Lei 5-A/02, de 11-01, a Assembleia Municipal de Beja, na sua sessão ordinária de……….., sob proposta da Câmara Municipal de Beja, aprovou a nova versão do Regulamento de Horário de Funcionamento de Estabelecimentos de Venda ao Público e de Prestação de Serviços.

O Projecto de alteração do Regulamento foi submetido a apreciação pública nos termos legais.

NOTA JUSTIFICATIVA

Nos termos do artigo 114º e seguintes do Código do Procedimento Administrativo é necessário fundamentar os projectos de alterações dos regulamentos.

Com este objectivo esclarece-se que o Decreto-Lei n.º 111/2010 de 15 de Outubro veio alterar o regime dos horários de funcionamento das grandes superfícies comerciais, localizadas, ou não, em centros comerciais, descentralizando a decisão de alargamento ou restrição dos limites horários nos municípios. Os horários das grandes superfícies comerciais, entendendo-se como tal os estabelecimentos com uma área de venda superior a 2000 m², estavam até agora excluídos do regime geral, encontrando-se definidos em portaria, apenas com base num critério de dimensão, sem qualquer conexão com as necessidades das comunidades locais e sem a possibilidade de ajustamento pelos órgãos municipais. Os horários assim fixados há mais de 14 anos abrangem actualmente um número reduzido de estabelecimentos. Com efeito, do universo de estabelecimentos comerciais sujeitos a autorização de instalação — estabelecimentos com uma área de venda igual ou superior a 2000 m2 ou estabelecimentos integrados num grupo que dispõe, a nível nacional, de uma área de venda acumulada igual ou superior a 30 000 m2 — verifica -se que apenas 5 % dos estabelecimentos do ramo alimentar e 7,7 % dos estabelecimentos do ramo não alimentar se encontram abrangidos pelos horários impostos às grandes superfícies comerciais. Estes dados permitem concluir que os actuais horários das grandes superfícies comerciais, que se encontram dissociados das necessidades e interesses locais, distorcem a concorrência em prejuízo do funcionamento do mercado e dos consumidores. Pretende-se, assim, adaptar os horários das grandes superfícies comerciais aos hábitos de consumo entretanto adquiridos pela população portuguesa, corrigir as distorções à concorrência, adequar estes horários aos interesses e mercados locais e permitir uma

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intervenção mais assertiva e planeada dos órgãos do poder local nas estruturas de negócio existentes no seu território. Assim, perante a necessária harmonização dos interesses em presença, económicos, sociais e culturais, deve competir aos municípios, pela proximidade e conhecimento directo da realidade, alargar ou restringir os horários a praticar pelas grandes superfícies comerciais, considerando-se que os fundamentos permitidos para o ajustamento dos horários do regime geral são aplicáveis, seja por motivos de segurança ou qualidade de vida dos cidadãos seja no interesse turístico, às grandes superfícies comerciais.

Por outro lado, com a iniciativa «Licenciamento zero», aprovada pelo DL 48/2011, de 1 de Abril, visa-se também desmaterializar procedimentos administrativos e modernizar a forma de relacionamento da Administração com os cidadãos e empresas, concretizando desse modo as obrigações decorrentes da Directiva n.º 2006/123/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de Dezembro, relativa aos serviços no mercado interno, que foi transposta para a ordem jurídica interna pelo Decreto -Lei n.º 92/2010, de 26 de Julho.

Assim, nos termos do artigo 33.º do DL 48/2011, de 01-04, procede-se à alteração ao Decreto -Lei n.º 48/96, de 15 de Maio, nos seus artigos 4.º e 5.º, alterado pelos Decretos-Lei 126/96, de 10 de Agosto, e 111/2010, de 15 de Outubro, devendo os titulares dos estabelecimentos comerciais adaptar os respectivos períodos de abertura aos previstos no artigo 1.º do DL 48/96, ou manter o período de abertura que vinha sendo praticado com base no regulamento municipal existente para o efeito, comunicando esse facto à câmara municipal da área em que se situa o estabelecimento, até que os municípios procedam à revisão do regulamento do horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais de venda ao público ou de prestação de serviços.

O desenvolvimento do regime jurídico do “licenciamento zero” teve como consequência a publicação da Portaria nº 131/2011, de 04 de Abril, que cria o balcão único electrónico. Assim, por um lado, estabelece -se a criação do «Balcão do empreendedor» e determinam -se as suas funcionalidades mínimas, o modo de autenticação no balcão e as formas de acesso, prevendo -se um acesso directo, via Internet, e igualmente um acesso presencial, mediado por um intermediário, que poderá estar disponível nos municípios ou em outros balcões públicos ou privados. Por outro lado, estabelece -se que a produção faseada de efeitos do Decreto -Lei n.º 48/2011, de 1 de Abril, começará por uma fase experimental, limitada a alguns municípios e aos estabelecimentos e actividades de restauração ou de bebidas. Esta fase experimental durará até ao final de 2011. Após o termo da fase experimental, os municípios podem aderir livremente a esta iniciativa, devendo essa adesão estar concluída até ao dia 2 de Maio de 2012, data em que o regime do «Licenciamento zero» se aplicará integralmente em todo o território do continente.

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Em face do exposto, procede-se à revisão e publicação integral do Regulamento de Horário de Funcionamento de Estabelecimentos de Venda ao Público e de Prestação de Serviços, publicado no Diário da República de 4 de Fevereiro de 1997 II série e alterado em 3 de Outubro 2002, com publicação no apêndice n.º 129 II SÉRIE do D. R.

ARTIGO 1º LEI HABILITANTE

O Presente Regulamento tem como legislação habilitante o Decreto-lei n.º 48/96, de 15 de Maio, alterado pelo decreto-Decreto-lei n.º 126/96, de 10 de Agosto, pela Portaria n.º 154/96, de 15 de Maio, pelo Decreto-Lei n.º 111/2010 de 15 de Outubro, DL 48/2011, de 1 de Abril, (Licenciamento Zero) que altera e adita normas habilitantes nesta matéria, nomeadamente no seu artigo 33º e a Portaria nº 131/2011, de 4 de Abril, que procede à criação do balcão único electrónico, designado «Balcão do empreendedor».

ARTIGO 2º OBJECTO E ÂMBITO

1 - O presente Regulamento fixa o período de funcionamento máximo de abertura e encerramento dos estabelecimentos de venda ao público e de prestação de serviços situados na área do Município de Beja.

2 – O período de abertura dos estabelecimentos, a que se refere o número anterior, não poderá prejudicar a duração semanal e diária do trabalho estabelecida na lei, em instrumento de regulamentação colectiva de trabalho ou no contrato individual de trabalho

ARTIGO 3º REGIME GERAL

Os estabelecimentos de venda ao público e de prestação de serviços, inclusive os localizados em centros comerciais, e as grandes superfícies comerciais, podem estar abertos entre as 06 e as 24 horas de todos os dias da semana

ARTIGO 4º REGIMES ESPECIAIS

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Exceptuam-se do disposto no artigo anterior os seguintes estabelecimentos, os quais obedecerão ao regime especial de funcionamento abaixo indicados:

a) Cafés, cervejarias, casas de chá, restaurantes, snack - bares e self - services - podem estar abertos entre as 06 e as 02 horas de todos os dias da semana.

b) Lojas de conveniência – podem estar abertas entre as 06 e as 02 horas de todos os dias da semana.

c) Clubes, cabarets, boites, dancings, casas de fado e estabelecimentos análogos - podem estar abertos entre as 6 e as 4 horas de todos os dias da semana;

d) Estabelecimentos hoteleiros, farmácias e casas funerárias de turno ou em regime de exclusividade, casas de saúde, estabelecimentos situados em estações e terminais rodoviários e ferroviários, bem como em postos abastecedores de combustíveis e lubrificantes, podem funcionar ininterruptamente.

ARTIGO 5º

RESTRIÇÕES E ALARGAMENTOS DOS LIMITES HORÁRIOS A Câmara Municipal, ouvidos os sindicatos, as associações patronais, as associações de consumidores e a junta de freguesia, onde o estabelecimento se situe, poderá restringir ou alargar os limites horários fixados no presente regulamento, nos termos estabelecidos pelo artigo 3º do Decreto-lei n.º 48/96, de 15 de Maio.

ARTIGO 6º

LOJAS DE CONVENIÊNCIA

Nos termos da Portaria n.º 154/96, de 15 de Maio, entende-se por "loja de conveniência" o estabelecimento comercial de venda ao público que reuna, conjuntamente, os seguintes requisitos:

a) Possua uma área útil igual ou inferior a 250m2;

b) Tenha um horário de funcionamento de pelo menos 18 horas por dia;

c) Distribua, de forma equilibrada, a sua oferta entre produtos alimentares domésticos, livros, revistas, jornais, discos, vídeos, brinquedos, presentes e artigos vários.

ARTIGO 7º

REQUISITOS DO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO

1 — O titular da exploração do estabelecimento, ou quem o represente, deve proceder à mera comunicação prévia, no «Balcão do empreendedor», do horário de funcionamento, bem como das suas alterações, sem prejuízo

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daquele ter de assegurar a referida comunicação ao Município de Beja, enquanto o respectivo expediente electrónico, previsto na portaria nº 131/2011, de 4 de Abril, não estiver activo.

2 — Cada estabelecimento deve afixar o mapa de horário de funcionamento em local bem visível do exterior.

3 — O horário de funcionamento de cada estabelecimento, as suas alterações e o mapa referido no número anterior não estão sujeitos a licenciamento, a autorização, a autenticação, a validação, a certificação, a actos emitidos na sequência de comunicações prévias com prazo, a registo ou a qualquer outro acto permissivo.

4 - Sem prejuízo do disposto nos artigos 5.º e 6.º da Portaria nº 131/2011, o Decreto -Lei n.º 48/2011 aplica-se aos estabelecimentos e às actividades referidas nos n.os 1 a 3 e 5 do artigo 2.º e no artigo 6.º do referido decreto -lei

a partir do dia 2 de Maio de 2012.

5 - O disposto no número anterior não prejudica a imediata aplicação das disposições do Decreto -Lei n.º 48/2011 que pressuponham a existência do «Balcão do empreendedor» aos estabelecimentos e às actividades localizadas nos municípios que participem na fase experimental ou que adiram ao «Balcão do empreendedor» nos termos dos artigos 5.º e 6.º da presente portaria. 6 — As disposições do Decreto -Lei n.º 48/2011, que não pressuponham a existência do «Balcão do empreendedor», designadamente aquelas que prevêem a eliminação do licenciamento da actividade das agências de venda de bilhetes para espectáculos públicos e do licenciamento do exercício da actividade de realização de leilões, produzem efeitos a partir de 2 de Maio de 2011.

7 — A utilização de um edifício ou de suas fracções para efeitos de instalação de um estabelecimento e as respectivas alterações de uso podem ser solicitadas ao município no «Balcão do empreendedor» a partir de 2 de Maio de 2012.

8 — A verificação da informação referida no artigo 20.º do Decreto -Lei n.º 48/2011 está disponível no «Balcão do empreendedor» a partir de 9 de Janeiro de 2012.

ARTIGO 8º

PERÍODO DE ENCERRAMENTO

1 - Durante o período de encerramento dos estabelecimentos abrangidos pelo presente Regulamento, é expressamente proibida a permanência de clientes e quaisquer pessoas estranhas ao serviço, com excepção dos funcionários que se encontrem a proceder a trabalhos de limpeza ou manutenção.

2 - Nos estabelecimentos de venda de produtos alimentares é autorizada a abertura fora do período normal de funcionamentos, pelo tempo estritamente necessário, para recebimento e acondicionamento dos mesmos.

3 – Excepcionalmente, por ocasião da realização de eventos especiais, poderá a Câmara autorizar o funcionamento dos estabelecimentos comerciais em horário livre, sem prejuízo do disposto no artigo 2º deste regulamento.

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SANÇÕES

1 — Constitui contra-ordenação punível com coima:

a) De € 150 a € 450, para pessoas singulares, e de € 450 a € 1500, para pessoas colectivas, a falta de mera comunicação prévia do horário de funcionamento, bem como das suas alterações e a falta da afixação do mapa de horário de funcionamento, em violação do disposto nos nºs 1 e 2 do artigo 7º;

b) De € 250 a € 3740, para pessoas singulares, e de € 2500 a € 25 000, para pessoas colectivas, o funcionamento fora do horário estabelecido.

2 — A fiscalização do cumprimento do disposto no presente decreto-lei, a instrução dos processos de contra-ordenação, bem como a aplicação das coimas e de sanções acessórias, competem ao presidente da câmara municipal da área em que se situa o estabelecimento.

3 — O produto das coimas reverte para a câmara municipal da área em que se situa o estabelecimento.

4 — Em caso de reincidência e quando a culpa do agente e a gravidade da infracção o justifique, para além das coimas previstas no n.º 1, pode ser aplicada a sanção acessória de encerramento do estabelecimento durante um período não inferior a três meses e não superior a dois anos.

ARTIGO 10º INTERPRETAÇÃO

As dúvidas e omissões suscitadas pela aplicação do presente Regulamento serão dirigidas e integradas mediante deliberação da Câmara Municipal.

ARTIGO 11º

NORMA REVOGATÓRIA

O Presente Regulamento revoga o anterior Regulamento Municipal do Horário de Funcionamento dos Estabelecimentos de Venda ao Pública e de Prestações de Serviços do Município de Beja..

ARTIGO 12º INICIO DE VIGÊNCIA

O presente Regulamento entra em vigor 15 dias após a sua publicação.

Referências

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