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O Direito e o Estado no Brasil Filipino

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Academic year: 2021

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MARIA ISABEL DE SIQUEIRA

O Direito e o Estado

no Brasil Filipino

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D4609 de Siqueira, Maria Isabel.

O Direito e o Estado no Brasil Filipino - inovação ou con-tinuidade legislativa / Maria Isabel de Siqueira. Jundiaí, Paco Editorial: 2011.

348 p. Inclui bibliografi a. Inclui tabelas e quadros. ISBN: 978-85-63381-76-7

1. Brasil 2. Direito 3. Estado Filipino 4. Legislação I. de Siquei-ra, Maria Isabel.

CDD: 981

©2011 Maria Isabel de Siqueira

Direitos desta edição reservados à Paco Editorial. Nenhuma parte desta obra pode ser apropriada e estocada em sistema de banco de dados ou processo similar, em qualquer forma ou meio, seja eletrônico, de fotocópia, gravação, etc., sem a permissão da editora e/ou autora.

Índices para catálogo sistemático:

1. História do Brasil 981

2. Direito Constitucional 341.2

3. Direito 340

IMPRESSO NO BRASIL PRINTED IN BRAZIL

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“Quando os Estados conquistados têm tradicionalmente

reguladas suas condições de vida por suas próprias leis, pode o conquistador valer-se de três maneiras de realizar seus intuitos: a primeira delas é destruí-los; a segunda, neles estabelecer-se e governá-los pessoalmente; a terceira consiste em deixá-los governar-se por leis próprias, limitando-se a exigir-lhes um tributo, e designar-se um governo pouco numeroso que os sujeite à obediência e à fidelidade.”

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Aos meus pais, Ary Siqueira (in memoriam) e Maria Ignácia de Siqueira, a Marinêz de Siqueira, minha

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AGRADECIMENTOS

Este trabalho foi apresentado inicialmente como tese de doutorado no Programa de Pós-graduação em Direito da Universidade Gama Filho (UGF). Da defesa em 2002 até o presente, longos anos transcorreram. No segundo semes-tre de 2010, a decisão de publicar ganhou forma definitiva e agora tenho a delicada tarefa de agradecer àqueles que me acompanharam nesse processo.

A tarefa é árdua. É praticamente impossível agradecer a todos os familiares, amigos, colegas e alunos que comparti-lharam a elaboração do trabalho acadêmico – a tese – e agora celebram a sua publicação.

Quero começar com o agradecimento à orientação ini-cial do professor doutor Alejandro Bugallo, cujos conheci-mentos na área jurídica ajudaram a enriquecer o trabalho. A seguir, ao alcançar a condição de orientanda do professor doutor Arno Wehling, a quem dedico o mais profundo res-peito e admiração, contei com sua orientação competente e segura. Dele jamais esquecerei as lições de confiança, liber-dade e autonomia no trabalho que vivenciei durante o pro-cesso de orientação.

Meus agradecimentos também à Universidade Gama Filho, que, por meio dos professores e funcionários admi-nistrativos do curso de Pós-graduação em Direito, deu-me o apoio necessário para a realização e a conclusão do curso de doutorado. Quero realçar o fato de não ter interrompido, ao longo desses anos, minhas atividades docentes nos departa-mentos de História da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e da UGF. Nas duas instituições, meus alunos e colegas, direta ou indiretamente, apoiaram-me para que o sonho de redigir a tese se transformasse em realidade.

Escrever a tese foi, muitas vezes, um trabalho solitário, apesar das inúmeras pessoas que estiveram ao meu lado, ora

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me auxiliando com uma bibliografia, ora dialogando sobre as etapas que envolviam o trabalho, o que me deu confiança para prosseguir. Dentre essas pessoas, destaco a presença da professora doutora Maria José Wehling, com sua incansá-vel cooperação na solução das dificuldades surgidas no mo-mento de elaboração da tese. A colaboração da professora doutora Roseli Santaella Stella, indicando-me significativo material de pesquisa, também enriqueceu este trabalho. O professor doutor João Luiz de Araújo Ribeiro colocou sua biblioteca à minha disposição e sempre esteve pronto a dis-cutir questões que proporcionaram o alargamento do hori-zonte intelectual necessário ao trabalho. Por sua vez, Marco Antônio Cabral Pereira, hoje professor e colega de profissão, me acompanhou no cotidiano da elaboração desta obra e me deu inestimável apoio na pesquisa das fontes históricas “para a tese da Bebel”.

Entre o meu passado e o meu presente – de 2002 até agora – muitas pessoas marcaram minha trajetória tanto aca-dêmica quanto de vida. Lisa Stuart acompanhou a tese quan-do era apenas possibilidade e revisou a forma final deste livro. Com a professora doutora Eliane Ayres – ela, na engenharia de materiais e eu, na história –, sempre amigas, trocamos impressões sobre a carreira docente e vislumbramos juntas possibilidades no campo da pesquisa científica. A professora doutora Maria da Penha Felício dos Santos Carvalho foi a amiga paciente que, nos cafés, ouvia-me sobre as inesgotáveis questões da tese. A bem-humorada professora doutora Lina Aras, amiga de sempre, mesmo nas distantes terras da Bahia, foi interlocutora confiante, principalmente na conclusão da ainda tese e dos trabalhos desenvolvidos posteriormente. Agradeço aos amigos de todas as horas que sempre confia-ram no meu trabalho, professores doutores Muniz Ferreira, Márcia Bandeira de Mello e Marcos Guimarães Sanches. A professora mestre Cyane Tinoco pelas trocas em história do direito. Ao professor doutor Paulo Cavalcante o

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agradeci-mento pelo acesso à sua biblioteca na época da tese e por ainda hoje continuarmos o debate intelectual tão importante para nossa vivência acadêmica. Da nova geração de amigos e ex-alunos, devo destacar os professores Valter Lenine, Victor Hugo Abril e Thiago de Souza Reis, sempre presentes em minha vida, incentivando-me e colaborando nas questões da universidade, principalmente nos momentos em que penso que “a peteca vai cair”. Pelo incentivo à publicação, agradeço ainda à professora doutora Vera Lúcia Bogéa Borges.

Agora chego à família, e agradeço aos meus pais, Ary Siqueira (in memoriam) e Maria Ignácia de Siqueira, que sempre procuraram dar-me o que de melhor tinham para que a “menina que trabalhava contando história” pudesse chegar até aqui. Também não posso esquecer minha irmã, Marinêz de Siqueira, meu sobrinho Marlo e Rosane, presentes neste momento. A todos eles, o meu carinho e amor.

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PREFÁCIO

História, o exercício intelectual de pensar as durações e as mudanças processadas na vida social. Entre nós, brasi-leiros, a produção do conhecimento histórico segundo essa definição não para de crescer. Gestada principalmente nos programas de pós-graduação de nossas universidades, se hoje em dia seus resultados chegam ao público por diferentes canais, de fato o livro permanece como o veículo por excelên-cia de sua divulgação e debate.

Dentre os trabalhos que dignificam a condição do li-vro impresso encontra-se este estudo de Maria Isabel de Siqueira. Originalmente sua tese de doutorado, O Direito e

o Estado no Brasil Filipino resulta da convergência de dois

eixos ambivalentes de sua trajetória pessoal. No primeiro, que podemos classificar como profissional, realiza-se em seu interior a superação de tensões e angústias do ser profes-sora e do tornar-se historiadora, do viver de seu ofício e do qualificar-se enquanto trabalha. No segundo, que podemos chamar de disciplinar, atua a problemática relação entre as posturas teóricas da historiadora e da advogada, ou melhor, o desafio de conduzir dentro de si e de levar a bom termo o diálogo interdisciplinar entre História e Direito.

O próprio estudo em tela se desdobra também sobre uma situação histórica geral ambivalente, isto é, o chamado período filipino ou da União Ibérica (1580-1640): “Dois Es-tados, duas Coroas, um só rei”. O rei que legisla e a historia-dora que estuda e compara suas leis para as Américas de seus respectivos reinos (Castela e Portugal) espelham reciproca-mente a dupla situação em que se encontram: dois reinos, duas Américas, uma abordagem interdisciplinar.

Com efeito, a autora parte de uma questão central: houve continuidade ou inovação legislativa nas normas e procedimentos jurídicos aplicados à América portuguesa

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quando colocados em relação com a política administrativa emanada dos Filipes?

Questão importante. Basta formulá-la para vermos rompido e desalojado o conjunto de expectativas projetadas no passado e que fazem dele a fase anterior e necessária de nosso presente e não o campo de possibilidades no qual esse mesmo presente que conhecemos era apenas um dentre mui-tos cenários futuros que poderiam ter emergido... ou não.

Por que pensar como definitivo e invariável o domínio português em sua América? Por que tratar a União Ibérica como uma fase que certo dia necessariamente terminaria? Até que ponto é válido conceber a hipótese de ter se processado uma colonização espanhola do Brasil? Questões como estas certamente despertarão na mente do leitor atento. A tocada firme, o diálogo fecundo com os autores clássicos e o exame interdisciplinar das fontes mais representativas para a temáti-ca fornecem a base a partir da qual o pensamento alça voo.

Por fim, cumpre agradecer à autora a ideia do projeto e sua execução segura, a um só tempo verdadeira contribuição para os estudos interdisciplinares, para os estudos compara-dos e para a historiografia da América colonial.

Paulo Cavalcante Professor de História da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ

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SUMÁRIO

Introdução...17

PARTE 1

OS ESTADOS IBÉRICOS NOS

SÉCULOS XVI E XVII(1580-1640)...33 Capítulo 1

A estrutura institucional dos Estados ibéricos

de 1580 a 1640...35

Capítulo 2

O direito ibérico nos séculos XVI e XVII...49

Capítulo 3

A experiência colonial portuguesa e espanhola...65 PARTE 2

A POLÍTICA ADMINISTRATIVA ADOTADA NA EXPLORAÇÃO DO PAU–BRASIL NO PERÍODO FILIPINO NO BRASIL...73 Capítulo 4

A política administrativa de Portugal:

exploração das matas de pau-brasil...75 1. Organização inicial da exploração do pau-brasil: as capitanias hereditárias e a primeira legislação...78 2. Os primeiros governadores-gerais e a legislação

do pau-brasil...82

Capítulo 5

Diogo Botelho e o Regimento do Pau-brasil (1605)...87 1. A conservação: um dos

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Capítulo 6

A observância e a penalização das

normas na exploração do pau-brasil...103 PARTE 3

A POLÍTICA ADMINISTRATIVA NA

EXPLORAÇÃO DAS MINAS NO BRASIL DOS FILIPES..115 Capítulo 7

O início da colonização e a exploração dos metais...117

Capítulo 8

Sob a égide dos Filipes: a reorganização da exploração...125

Capítulo 9

A observância das normas e os

procedimentos penais na mineração...175 PARTE 4

A POLÍTICA INDIGENISTA NO

GOVERNO DOS FILIPES NO BRASIL...189 Capítulo 10

O índio na Colônia: libertar ou escravizar?...191 1. O desafio da alteridade e a imagem jurídica

do índio brasileiro no século XVI...191 2. O indígena brasileiro no século XVI e a

lei de 1570: rumo à liberdade?...197 3. O amparo jurídico do indígena no governo filipino..216 4. As normas penais e sua aplicação

à questão indígena...255 CONSIDERAÇÕES FINAIS...271 Notas...287 REFERÊNCIAS a) Fontes impressas...325 b) Obras consultadas...333

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L

ISTADE

Q

UADROS

QUADRO 1

Regimento do Pau-brasil (1605) ...93

QUADRO 2

Primeiro Regimento das Terras Minerais do Brasil (1603)...146

QUADRO 3

Segundo Regimento das Terras Minerais do Brasil (1618)...170

QUADRO 4

Lei de 20 de março sobre a liberdade dos gentios....215

QUADRO 5

Lei de fevereiro de 1587...221

QUADRO 6

Lei de 11 de novembro de 1595...230

QUADRO 7

Lei de 26 de julho de 1596...236

QUADRO 8

Alvará de 30 de julho de 1609...241

QUADRO 9

Lei de 10 de setembro de 1611...246

Referências

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