• Nenhum resultado encontrado

AS POLÍTICAS EDUCACIONAIS DO BRASIL ENTRE SOB A INFLUÊNCIA DO MOVIMENTO EUGÊNICO

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "AS POLÍTICAS EDUCACIONAIS DO BRASIL ENTRE SOB A INFLUÊNCIA DO MOVIMENTO EUGÊNICO"

Copied!
10
0
0

Texto

(1)

AS POLÍTICAS EDUCACIONAIS DO BRASIL ENTRE 1917-1945 SOB A

INFLUÊNCIA DO MOVIMENTO EUGÊNICO

Autor (1) Claudia Alves Perez; Co-autor (1) Paulo Alberto dos Santos Vieira; Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT – claudiaperez_@hotmail.com.

RESUMO

Este trabalho tem por objetivo traçar uma trajetória histórica dos ideais eugênicos que influenciaram diversas práticas sociais e a educação brasileira apresentada por Jérry Dávila em “Diploma de Brancura”. O ponto de partida é a contextualização do tema da eugenia que marcou as discussões educacionais desde a segunda metade do século XIX, quando surgiram as primeiras ideias de branqueamento da população brasileira. As Constituições de 1934 e de 1937 apresentam propostas para a educação relacionadas aos ideais eugênicos, tais como o estímulo à educação eugênica e higiene social e a obrigatoriedade, prevista na constituição de 1937, da educação física em todos os níveis de ensino, como medida para se alcançar a estética ideal da eugenia. Estes aspectos nos mostra a influência dos ideais eugênicos na constituição do sistema organizado de educação pública do Brasil entre 1917-1945, período este, extremamente decisivo para a educação. Palavras Chaves: Educação, Eugenia, Políticas Educacionais.

INTRODUÇÃO

O presente artigo desenvolve uma reflexão sobre a educação no Brasil e a influencia do movimento eugênico a partir de uma problematização que é levantada por Jérry Dávila para guiar sua reflexão no capítulo I de seu livro Diploma de Brancura (2006). Para ele, os projetos educacionais dos eugenistas, que se firmaram na década de 1920 e ganharam plena expressão durante a Era Vargas, lançam luzes sobre uma das questões mais paradoxais do Brasil moderno: como a ideia de que o Brasil era uma democracia racial se tornou o mito orientador da nação durante a maior parte do século XX, principalmente diante de desigualdades raciais visíveis de tamanha proporção?

No contexto histórico mundial, o inicio do século XX presenciou uma série de mudanças em decorrência da revolução industrial. O avanço capitalista contribuiu para o aumento contingencial das massas em volta das atividades produtivas e seu deslocamento para os centros urbanos. A concentração populacional e a política econômica e social inseridas no sistema capitalista contribuíram para inúmeros problemas sociais, como insalubridade, epidemias de doenças, más

(2)

condições de moradia e trabalho, causando ainda mais discriminação advinda da formação de diferentes classes sociais. (Alves, 2001).

Em virtude do panorama econômico, cultural e político que se instaurou após a 1º Guerra Mundial, o Brasil começou a se repensar. Neste cenário, principalmente no período entre Guerras, 1917 a 1945, em diversos setores sociais, mudanças foram debatidas e anunciadas. Num período de transição de uma sociedade oligárquica para urbano-industrial, redefiniram-se as estruturas de poder e um esforço para a industrialização, oque resultou na necessidade de mudanças substantivas na educação, gerando a necessidade de um novo Plano Educacional.

O texto demonstra que no período entre as duas grandes guerras buscou-se formar indivíduos saudáveis, produtivos e plenamente integrados, numa reação às concepções deterministas que influenciaram os pensadores brasileiros, fazendo-os acreditar que a população brasileira, em sua maioria, era constituída por homens degenerados, indolentes, analfabetos e doentes.

No livro Diploma de Brancura (2006), o historiador porto-riquenho Jerry Dávila, além de contribuições ao debate mencionado, faz um relevante estudo das políticas de educação do Brasil entre 1917 e 1945, quando esta foi valorizada pelo ideário eugênico, para a construção da nação brasileira. Dávila esmiúça a influência que a eugenia exerceu no pensamento social brasileiro e como ela orientou a política educacional, marcando o cotidiano nas escolas do Rio de Janeiro na primeira metade do século passado. Encontramos uma profícua análise das instituições e dos intelectuais empenhados em projetos que visavam tornar as escolas públicas acessíveis aos brasileiros pobres e não brancos. Entre os atores analisados estão alguns intelectuais que marcaram neste período como: Anísio Teixeira, Francisco Campos, Gustavo Capanema que foi Ministro da Educação e Saúde na era Vargas, Afrânio Peixoto e Fernando de Azevedo.

Assim, argumenta ainda que as décadas iniciais do século passado foram marcadas pelo esforço de muitos intelectuais em divulgar a eugenia, então considerada como um antídoto para os males do país, através da publicação de livros e panfletos e da organização de associações e congressos. A eugenia foi, então, uma tentativa científica de aprimorar os indivíduos por meio do melhoramento de seus traços genéticos.

(3)

O surgimento do movimento Eugênico

Francis Galton, é o mais conhecido dos primos de Darwin, formado em medicina e estudioso destacado na área de estatística, este, pode ser considerado o fundador da eugenia. Ele acreditava no determinismo biológico, ou seja, os indivíduos já nasciam prontos para serem brilhantes ou estúpidos geniais ou medíocres, saudáveis ou doentes (Cowan, 1977, pp. 137-42). É essa ideia que empresta ao nome eugenia o conceito de bem nascido. Nesse sentido, um degenerado jamais poderia ser melhorado, a única coisa a fazer seria impedir sua continuidade biológica. Por outro lado, aqueles indivíduos considerados brilhantes deveriam ser encorajados a casarem entre si.

Nesta época, Francis Galton (1822-1911), utilizou-se das ideias circulantes na Inglaterra e dos conhecimentos de estudiosos como, por exemplo, Thomas Malthus, Jean-Baptiste de Lamarck e Charles Darwin, para promover o que considerava talento e saúde e suprimir doenças e estupidez. Galton cunhou o termo “eugenia” para designar “o melhoramento biológico da raça humana” através da reprodução seletiva em sua obra Inquiries into human faculties (1883). (Santos, 2008).

No início do século XX, muitos cientistas defendiam a ideia e divulgavam o discurso ideológico de estimular a reprodução entre pessoas com características desejáveis – eugenia positiva – e desestimular a reprodução entre os doentes e incapacitados – eugenia negativa.

No Brasil, podemos descrever duas orientações científicas do movimento eugênico (1917-1937) que foram estabelecidas em função da aderência das teorias de herança mendelianas e lamarckistas, além de orientações de cunho ideológico racial. A eugenia de fundamentação lamarckista tem como precursor Renato Kehl, médico, professor da faculdade de medicina de São Paulo e fundador da Sociedade Eugênica de São Paulo. (Santos, 2008).

A década de 1920 foi um período de grandes iniciativas na área da educação, correspondendo ao início das reformas educacionais cingiu um grande espaço para propostas em prol de um sistema organizado de educação pública.

(4)

Cabe assinalar que, em termos empíricos, a escola primária que emergia a partir das reformas educacionais dos anos 1920/1930 estava longe de ser uma escola totalmente renovada, que promovesse uma ruptura absoluta com a “tradição” e se dissociasse inteiramente do passado – esta é uma representação que os educadores da época construíram com maior ou menor intensidade e disseminaram. Em realidade, qualquer projeto renovador, que mira um futuro, por mais que busque romper com o passado, se constrói no presente, em negociação com o já estabelecido. No caso da escola primária brasileira – múltipla, como já assinalamos –, os elementos de mudança introduzidos conviveram com outros elementos, indicativos da permanência da cultura escolar dos grupos escolares, já consolidada em nosso cenário educacional, sendo redesenhados os contornos da vida escolar com base na “hibridação entre as duas gramáticas”.

No Brasil o movimento eugênico foi muito difundido no início do século XX. Um dos meios de divulgação da eugenia entre a comunidade científica e a sociedade foi o Boletim de Eugenia, o qual se trata de um periódico elaborado por iniciativa individual do médico eugenista Renato Kehl, impresso no Rio de Janeiro, com uma tiragem mensal de 1000 exemplares (Mai e Boarini, 2002). Nesse Boletim foram publicados eventos e concursos de eugenia, anunciado bibliografias, pesquisas e reflexões sobre os problemas da época e questões de interesse em prol da educação, eram autores do Boletim de Eugenia e, portanto defensores do movimento, como por exemplo, Anísio Teixeira, Roquette Pinto e Fernando de Azevedo. (Santos, 2008).

METODOLOGIA

A metodologia constituiu-se em uma análise qualitativa com base na proposta da análise do discurso. A análise dos dados se pautou na discussão da influência do movimento eugênico nas políticas sociais e educacionais do Brasil entre 1917 e 1945, exemplares de literaturas e artigos científicos utilizados para subsidiar a discussão.

ANÁLISE E DISCUSSÃO

A influência do movimento eugênico para a educação no Brasil na década entre 1917-1945 a partir do Diploma de Brancura

(5)

No estudo realizado por Dávila o mesmo baseia-se em numerosas fontes documentais, tais como depoimentos, fotografias, artigos de jornais e examina minuciosamente diversos arquivos brasileiros e internacionais. Com apurado cuidado metodológico, Dávila faz uma articulação dessas fontes, evidenciando que tais políticas eram dirigidas por uma lógica que refletia o pensamento médico e sociológico das elites brancas. O autor encontra evidências de que, durante a Velha República e a Era Vargas, as políticas educacionais reformistas que se estabeleceram primariamente na cidade do Rio de Janeiro, embora tenham ampliado o acesso à educação aos segmentos marginalizados socialmente, estabeleceram formas diferenciadas de tratamento às crianças desses segmentos. Os educadores e intelectuais interpretaram o pensamento eugênico do seu tempo e com essas ideias marcaram as instituições e as práticas no processo de expansão do ensino público. (Selles, 2007)

Diploma de Brancura nos convida a refletir sobre essas questões desde a feliz escolha de seu título, uma metáfora que já anuncia o argumento central do livro. Ao examinar políticas públicas brasileiras que expandiram e reformaram o sistema educacional, particularmente no Rio de Janeiro, na primeira metade do século XX, Dávila discute que elas foram elaboradas e executadas tendo como pressuposto a existência de desvantagens raciais brutais entre os brasileiros não brancos e pobres que os inferiorizavam e atrasavam o país. Assim, eram essas políticas que iriam corrigir tais diferenças, educando esses segmentos da população e curando suas doenças para, por fim, outorgar-lhes um diploma de brancura.

Essa era uma nova forma de conceber a noção de branqueamento adotado no final do século XIX; as políticas e as práticas nas escolas cariocas refletiam uma edição brasileira da "eugenia lamarckiana". Diferente de uma "eugenia darwinista" que imediatamente segregava brancos e não brancos, a versão brasileira tinha objetivos ambiciosos e de longo prazo, quais os de "transformar uma população geralmente não branca e pobre em pessoas embranquecidas na sua cultura, higiene, comportamento, e até, eventualmente, na cor da sua pele" (p. 13).

Durante o período de 1917 a 1945, os pressupostos da "eugenia lamarckiana" foram incorporados nas políticas educacionais e nos projetos levados adiante pelos educadores reformistas tanto para as escolas do Rio de Janeiro quanto para a formação dos professores. Para Dávila, os educadores:

(6)

Tinham fé irrestrita na capacidade do estado de funcionar de maneira técnica e científica para transformar a nação. Os condutores da expansão e reforma educacional acreditavam que a maior parte dos brasileiros, pobres e/ou pessoas de cor, eram sub cidadãos presos na degeneração condição que herdavam de seus antepassados e transmitiam a seus filhos, enfraquecendo a nação. Os mesmos educadores tinham também fé na sua capacidade de mobilizar ciência e política para redimir essa população, transformando-a em cidadãos modelo (p. 12-13).

Dávila afirma que os eugenistas brasileiros se diferenciavam dos eugenistas de outros países no grau em que levavam as ideias e práticas eugenistas para fora do laboratório e para dentro das políticas públicas (p.55). Portanto, o autor não ignora a originalidade da eugenia em terras brasileiras. Indubitavelmente, no Brasil, coexistiam teorias que adotavam uma seleção racial capaz de embranquecer a população, produzindo um tipo nacional pelas sucessivas miscigenações, com teses de que o futuro eugênico seria resultado também do aperfeiçoamento das políticas públicas de saúde e educação. Seguindo a perspectiva neolamarckista, que aceitava a influência do ambiente na transmissão de características hereditárias, médicos e educadores entendiam que as reformas sanitárias aprimorariam a capacidade eugênica. Por exemplo, eles acreditavam que campanhas contra o alcoolismo e as doenças venéreas melhorariam a ‘raça nacional’. As condições do meio deveriam modificar-se para que, transformando os indivíduos, os seus descendentes fossem beneficiados. A eugenia brasileira, além de produzir homens saudáveis, pretendia também recuperar os degenerados e, consequentemente, ‘salvar’ a nação.

Para tratar os produtos da degeneração racial, intelectuais e cientistas eugenistas valiam-se da eugenia preventiva, positiva e negativa. A primeira, responsável por promover a higiene individual, a educação e o saneamento do país. Julgando que a modificação das condições ambientais levaria a uma capacidade genética superior, e que esta seria transmitida aos descendentes, tal visão influenciou as políticas públicas no Brasil. Um bom exemplo são as atividades esportivas: durante o Estado Novo (1937-1945), foi muito difundida a prática da educação física nas escolas. Já a eugenia negativa visava eliminar os seres imperfeitos que, por exemplo, através da esterilização compulsória, seriam condenados a não gerarem descendentes.

Esta perspectiva negativa da eugenia não prosperou no Brasil, ao contrário do que fez em outras terras como a Alemanha nazista e os próprios Estados Unidos. O objetivo de branquear a

(7)

sociedade teria êxito, a partir da promoção de condições favoráveis à procriação eugênica através da educação, da higiene e do combate à reprodução dos degenerados e criminosos, porque estes poderiam transmitir os defeitos morais, físicos e mentais aos descendentes. Também encontramos políticas eugênicas nas propostas para que o Estado adotasse medidas profiláticas para o controle das enfermidades que beneficiavam os fatores disgênicos (degenerativos) da sociedade, como a sífilis, a tuberculose e o alcoolismo. Em relação a este aspecto, Dávila adota uma distinção – muito presente nas pesquisas – entre os eugenistas ‘leves’, que aceitavam a melhoria racial por meio da atenção à saúde pública, às influências ambientais e aos valores culturais, e os ‘pesados’, que propunham a eliminação de características degeneradas por meio do controle estrito da reprodução humana: “Os eugenistas ‘leves’ aceitavam a melhoria racial por meio da atenção à saúde, influências ambientais, valores culturais e circunstâncias de reprodução. Os eugenistas ‘pesados’ não aceitavam a modificação de traços, e se concentravam na eliminação de traços indesejáveis por meio do controle da reprodução” (p.53).

A partir da análise das relações de interdependência entre educação e saúde, presentes nas políticas públicas engendradas nas primeiras décadas do século XX, em especial no governo Vargas e materializadas em reformas do sistema escolar em capitais como o Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Salvador e Belo Horizonte, por intermédio de um revezamento efetuado pelos principais representantes do escolanovismo brasileiro: Fernando de Azevedo, Anísio Teixeira, Lourenço Filho, Carneiro Leão e Afrânio Peixoto.

As reformas deram ênfase à educação higiênica, e à formação física e moral das crianças, utilizando-se do referencial teórico-metodológico da psicologia moderna em emergência nos círculos intelectuais e acadêmicos brasileiros. O caso mais exemplar foi o da criação, no Rio de Janeiro, do Instituto de Pesquisas Educacionais (IPE), instituição arquitetada por Anísio Teixeira, quando diretor do Departamento de Educação. O IPE passou a produzir pesquisas a partir de seus quatro setores: Testes e Medidas, Rádio e Cinema Educativos, Ortofrenia e Higiene Mental e Antropometria. (Gonçalves, 2010).

Identificado o baixo nível educacional do país como causa da pobreza e das doenças, uma proposta para superar os obstáculos que dificultavam a entrada do Brasil na civilização – momento da evolução que os outros países experimentavam – seria a difusão da educação. Pretendeu-se fazer

(8)

da escola, portanto, o centro irradiador da moderna nação. E regenerar a raça nacional pela educação passou a ser um dos pilares do discurso eugênico, que entendia ser necessário instruir o povo, pois somente a educação conduziria o país à condição de nação moderna. Todavia, Dávila argumenta que, mesmo com a absorção dos negros nas escolas, a ascensão social dos afrodescendentes e membros das classes populares não ocorreu. O mesmo explica o fato demonstrando que embora participantes na educação pública, os alunos pobres e mestiços foram tratados pelo sistema educacional como deficientes.

Afirma que esses alunos não foram excluídos, recebeu dos administradores da educação pública a oportunidade de participar da expansão educacional ocorrida nas primeiras décadas do século XX. Mas, paradoxalmente, pobres e não brancos teriam sofrido constrangimentos que limitaram sua presença nas escolas, reproduzindo a posição subordinada dos negros e mestiços na sociedade brasileira. (Santos, 2008).

Dávila argumenta que houve uma reorganização de estratégias mantenedoras da distância social entre as ‘raças’, impedindo que a desigualdade fosse alterada, ainda que procedimentos para a superação das barreiras tenham sido criados. Neste ponto, merece destaque a análise de Dávila sobre os testes psicológicos. Ele explica que os procedimentos para aferir capacidades de aprendizagem ficaram diluídos numa política de isolamento racial. De antemão, esperava-se um mau desempenho das crianças das camadas populares. Por meio desses medidores de inteligência, como a Escala de Binet (também chamada de Teste de Q.I.), eram atribuídas distinções entre os alunos, estabelecendo rótulos como ‘não inteligente’, ‘rebelde’ ou ‘imaturo’. Acabava-se perpetuando e institucionalizando pressupostos de raça e classe. Para Dávila as políticas escolares integravam e segregavam ao mesmo tempo. Para ele, isto era uma incongruência porque reforçava diferenças inerentes à hereditariedade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O argumento de Jerry Dávila e a análise de seu livro provocam novas leituras sobre este importante momento da história educacional brasileira e nos desafiam a continuar buscando formas de enfrentamento para a profunda injustiça que marca o acesso à educação no Brasil. Se estamos mais conscientes das armadilhas ideológicas de nosso tempo, esta obra

(9)

certamente contribui para isso e oferece-nos material para apurar nossa capacidade de examinar como recriamos metáforas raciais ao lado do desejo de um futuro melhor para as novas gerações.

Aspectos como as propostas contidas nas Constituições Federais de 1934 e 1937 nos mostra a influência dos ideais eugênicos na constituição do sistema organizado de educação pública do Brasil em um período decisivo para a educação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, G. L. A produção da escola pública contemporânea. Campo Grande, MS: Ed. UFMS; Campinas, SP: Autores associados, 2001.

Cowan, R. S. 1972b. 'Francis Galton statical ideas: the influence of eugenics'. Isis, 63, pp.509-28.

Acesso, em 25-05-2015.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_nlinks&ref=000230&pid=S01045970200300030 000600018&lng=en.

DÁVILA, Jérry. Diploma de Brancura: política social e racial no Brasil 1917-1945. São Paulo, SP. Editora: Unesp Ano: 2006.

GONÇALVES, Mauro Castilho. DÁVILA, Jerry. Diploma de brancura: política social e racial

no Brasil 1917-1945. Rev. bras. hist. educ., Campinas-SP, n. 24, p. 193-219, set./dez. 2010.

MAI, L. D.; BOARINI, M. L. Estudo sobre forças educativas eugênicas no Brasil, nas primeiras décadas do século XX. Ciência, Cuidado e Saúde, v. 1, n. 1, 2002.

SANTOS, Ricardo Augusto dos. “Branqueamento” do Brasil. Livros e Redes, v.15, n.1, p.221-224, jan.-mar. 2008.

SELLES, Sandra Escovedo. DÁVILA, Jerry. Diploma de brancura: política social e racial no

(10)

Schueler Alessandra Frota Martinez de. Magaldi Ana Maria Bandeira de Mello. Educação escolar na Primeira República: memória, história e perspectivas de pesquisa. Revista Tempo, 2008.

Schneider, Eduarda Maria. Meglhioratti, Fernanda Aparecida. Influência do movimento

Eugênico na constituição do sistema organizado de educação pública do Brasil na década de 1930. IX ANPED SUL. Seminário de pesquisa em Educação da Região Sul, 2012.

XAVIER, Libânia Nacif. O manifesto dos Pioneiros da Educação Nova como um divisor de

Águas na história da Educação brasileira. FE / PROEDES – UFRJ. Colóquio Nacional 70

Anos do Manifesto dos Pioneiros : um legado educacional em debate, realizado em Belo Horizonte e Pedro Leopoldo, em agosto de 2002.

Referências

Documentos relacionados

Declaro meu voto contrário ao Parecer referente à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) apresentado pelos Conselheiros Relatores da Comissão Bicameral da BNCC,

FRATERNIDADE. DOUTRINA DA PROTEÇÃO INTEGRAL ÀS CRIANÇAS. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO. ORDEM CONCEDIDA, DE OFÍCIO.1. 93, IX, da CF), que demonstre a existência

A proposta desta pesquisa é produzir um esquema de classificação ideológica para os partidos políticos na América Latina a partir da que foi elaborada por Michael

Por fim, na terceira parte, o artigo se propõe a apresentar uma perspectiva para o ensino de agroecologia, com aporte no marco teórico e epistemológico da abordagem

Ou seja, o fenômeno transnacional acaba por repercutir também no mundo jurídico de determinado Estado, tendo em vista que as relações promovidas por um mundo conectado

O tema proposto neste estudo “O exercício da advocacia e o crime de lavagem de dinheiro: responsabilização dos advogados pelo recebimento de honorários advocatícios maculados

O Processo Seletivo Interno (PSI) mostra-se como uma das várias ações e medidas que vêm sendo implementadas pela atual gestão da Secretaria de Estado.. Importante

O fortalecimento da escola pública requer a criação de uma cultura de participação para todos os seus segmentos, e a melhoria das condições efetivas para