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Quando ajudar é preciso!

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Academic year: 2021

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Texto

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Quando ajudar

é preciso!

O valor da solidariedade

Raul Aragão Martins Maria Cecília Bérgamo Braga

Izabella Alvarenga da Silva Lara Cucolicchio Lucatto

Luciene Regina Paulino Tognetta Maria Suzana De Stefano Menin

Organizadoras da coleção

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Copyright © 2017

Raul Aragão Martins Maria Cecília Bérgamo Braga Izabella Alvarenga da Silva Lara Cucolicchio Lucatto

Organizadoras da coleção

Luciene Regina Paulino Tognetta Maria Suzana de Stéfano Menin

Projeto Editorial

Magali Berggren Comelato

Projeto Gráfico

Paula Leite

Revisão

Juliano Schiavo

Todos os direitos reservados à Editora Adonis. Rua do Acetato, 189 - Distrito Industrial Abdo Najar. CEP: 13474-763 - Americana/SP - Fone: (19) 3471.5608

www.editoraadonis.com.br Apoio Institucional

FCC – FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS

FAPESP – FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE SÃO PAULO CNPQ – CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESCOLAR – FCL/UNESP ARARAQUARA GEPEM – GRUPO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM EDUCAÇÃO MORAL

Conselho Editorial

Adriana Regina Braga (UNIFESP/Campus Guarulhos-SP) Ana Maria Falcão de Aragão (FE/Unicamp-SP)

Catarina Gonçalves Carneiro (UFPB/ Campos Areias - PB) Cristina Del Barrio (Universidade Autônoma de Madrid – Espanha) Eliete Aparecida de Godoy (PUC - Campinas-SP)

Joelle Lebreuilly (Universidade de Caen – França) Jussara Cristina Barboza Tortella (PUC - Campinas-SP) Luciana Aparecida Nogueira Cruz (IBILCE/UNESP)

María José Diaz-Aguado (Universidade Autônoma de Madrid – Espanha) Maria Teresa Ceron Trevisol (UNOESC/ Campus de Joaçaba – SC) Manuel Tostain (Universidade de Caen - França)

Pablo Javiel Castro Carraro (Universidade La Serena - Chile) Raquel Discini de Campos (UFU - MG)

Yves de La Taille (IP/USP)

Financiamentos

FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo -

Processo nº. 2013/09398-7.

Projeto “Avaliando valores em escolares e seus professores: proposta de construção de uma escala”. Equipe: Marialva Tavares (coordenadora) e Maria Suzana S. Menin (vice-coordenadora). Fundação Carlos Chagas. Participantes: Profª. Dra. Denise D’Aurea Tardelli (UNISANTOS e UNIMEP, até maio de 2014); Profª. Drª. Luciene Regina Paulino Tognetta (UNESP/Araraquara-SP); Profª. Drª. Patrícia Unger Raphael Bataglia (UNESP/Marília); Prof. Dr. Raul Aragão Martins (UNESP/ S.J.do Rio Preto-SP) e Profª. Drª. Telma Vinha (UNICAMP/Campinas-SP); doutorando e assistente de pesquisa: Adriano Moro (FCC). Estatísticas: Miriam Bizzocchi e Raquel da Cunha Vale (FCC).

CNPQ – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico - Processo:310524/2014-8

Projeto: Variáveis escolares e psicossociais em valores sociomorais mensurados em escalas. Equipe: Marialva Tavares (coordenadora) e Maria Suzana S. Menin (vice-coordenadora). Fundação Carlos Chagas. Participantes: Profª. Drª. Luciene Regina Paulino Tognetta (UNESP/ Araraquara-SP); Profª. Drª. Patrícia Unger Raphael Bataglia (UNESP/ Marília-SP); Prof. Dr. Raul Aragão Martins (UNESP/S.J.do Rio Preto-SP) e Profª. Drª. Telma Vinha (UNICAMP/Campinas-Preto-SP); doutorando e assistente de pesquisa Adriano Moro (FCC). Estatísticos: Dalton F. Andrade (UFSC), Miriam Bizzocchi (FCC); Raquel C. Valle (FCC). CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO

SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

Q24

Quando ajudar é preciso! : o valor da solidariedade / Raul Aragão Martins ... [et al.]; organização Luciene Regina Paulino Tognetta, Maria Suzana de Stefano Menin. - 1. ed. - Americana, SP : Adonis, 2017.

104 p. ; 13x19,5 cm. (Valores sociomorais: reflexões para a educação ; 3) ISBN 978-85-7913-421-0

1. Ética. 2. Valores. I. Martins, Raul Aragão. II. Tognetta, Luciene Regina Paulino. III. Menin, Maria Suzana de Stefano. IV. Título. V. Série.

17-45963

CDD: 170 CDU: 17 09/11/2017 13/11/2017

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Sumário

Introdução ...9

Capítulo 1 - Solidariedade: conceito, tendência, intenção ou ação? ...13

Fundamental: a dimensão afetiva da solidariedade ...27

Capítulo 2 - Adesão à solidariedade: seria possível avaliar? ...33

Um instrumento construído ...33

Perfil dos participantes da pesquisa ...38

Capitulo 3 - Solidariedade na escola: o que encontramos? ...43

O julgamento das crianças ...52

O julgamento dos adolescentes ...56

O julgamento das crianças, adolescentes e professores em comparação ...64

Capítulo 4 - Educar para a solidariedade é necessário: mas como? ...71

Considerações finais ...91

Referências Bibliográficas ...97

Apêndice ...103

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Introdução

Este livro faz parte de uma coleção de cinco volumes que se propõem a aproximar o leitor da temática dos valo-res morais e a discutir os valo-resultados de uma pesquisa que avaliou a adesão aos valores justiça, respeito, convivência

democrática e solidariedade com cerca de 10.000 alunos

e professores da educação básica, entre os anos de 2012 a 2014, em 75 escolas públicas brasileiras.

O desenvolvimento integral desta pesquisa está descri-to no primeiro volume desta coleção e os outros quatro apresentam cada um dos valores investigados. Este volu-me, especificamente, trata da solidariedade.

A escolha destes quatro valores morais se deu por se-rem considerados fundamentais para a organização e fun-cionamento de uma sociedade plural e democrática como a nossa, e também por estarem contemplados como eixos para o estabelecimento de uma educação moral dialógica em nosso sistema educacional, desde quando foram incor-porados aos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), no volume sobre Ética (BRASIL, 1997).

A solidariedade, especificamente, nos reporta à huma-nização. Trata-se de uma virtude que exige compreensão e reversibilidade (dimensão cognitiva), bem como disponi-bilidade e altruísmo (dimensão afetiva). Demanda apren-dizagem, desenvolvimento e exercício, mediação e conví-vio, enfim, tudo aquilo que um ambiente educacional pode e deve oferecer.

Este volume está organizado de forma a apresentar primeiramente ao leitor o conceito, algumas reflexões filosóficas e históricas, e a base teórica sobre a qual nos debruçamos; a segunda parte é dedicada à apresentação da pesquisa propriamente dita, detalhando o instrumento

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que foi construído e o perfil dos participantes da inves-tigação; a terceira parte contempla seus resultados, mos-trando o julgamento das crianças, dos adolescentes e dos professores; a quarta seção discute possíveis sugestões de aplicação dos achados no contexto educacional e, final-mente, nas considerações finais, ocorre a síntese das prin-cipais informações e ideias, na expectativa de que sirvam de inspiração para o trabalho da equipe escolar no campo do desenvolvimento moral de seus alunos.

Esperamos que a leitura deste volume, em conjunto com os demais da coleção, contribua para fundamentar o trabalho educacional em todos os ambientes educacionais, da Educação Infantil ao Ensino Superior, assim como em espaços educativos não formais, como o trabalho realiza-do por Organizações Não Governamentais com crianças e adolescentes em contra períodos ao da escolarização obri-gatória.

Raul, Ciça, Izabella e Lara

Junho de 2017

O ser humano não é intrinsecamente bom nem mau. O que verifico é que a bondade é mais difícil de alcançar e de exercer. E bem e mal são conceitos demasiado amplos. É mais fácil ser mau, mau nas suas formas menores, mau em tudo aquilo que nos afasta do outro, do que ser bom.

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Capítulo 1 - Solidariedade: conceito,

tendência, intenção ou ação?

O significado da palavra solidariedade é simples de ser compreendido. A dificuldade parece estar, no entanto, em praticá-la:

So.li.da.rie.da.de. sf (solidário+e+dade) 1. Qualidade

de solidário. 2. Estado ou condição de duas ou mais

pes-soas que repartem entre si igualmente as responsabilida-des de uma ação, empresa ou de negócio, respondendo todas por uma e cada uma por todas. 3. Mutualidade

de interesses e deveres. 4. Laço ou ligação mútua entre

duas ou muitas coisas dependentes umas das outras.

5. Dir. Compromisso pelo qual as pessoas se obrigam

umas pelas outras e cada uma delas por todas. 6. Sociol.

Condição grupal resultante da comunhão de atitudes e sentimentos, de modo a constituir o grupo unidade sólida, capaz de resistir às forças exteriores e mesmo de tornar-se ainda mais firme em face da oposição vinda de fora [...]. (www.michaelis.uol.com.br, 16/02/2016). Este conceito traz consigo um apelo afetivo profun-do. Pode evocar sensações de alívio, conforto, satisfação, igualdade, justiça, respeito, parceria, compaixão, lealdade, honra e força. Por isso, os homens tanto a valorizam.

O exemplo de São Martinho, nobre soldado romano, ilustra esse valor. Conta a lenda que no rigoroso inverno de 334 d.C., encontrou-se com um mendigo pelas estra-das. Compadecendo-se do sofrimento que o frio causava ao pobre pedinte, cortou seu manto ao meio com uma es-pada e deu-lhe uma parte para que se agasalhasse. Naquela

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mesma noite, Jesus teria lhe aparecido em sonho envolto pelo mesmo manto. Desde então, São Martinho passa a ser venerado por fiéis pelo seu desprendido amor ao próximo.

Explicações antropológicas condicionam a solidarie-dade à própria evolução da nossa espécie. Examinando vestígios arqueológicos, cientistas sustentam que ela teria nascido por força de fatores adaptativos e biológicos, pare-cendo estar realmente na raiz do processo de humanização. “Os ancestrais hominídios ao saírem em busca do alimento, não o consumiam individualmente, mas o traziam ao grupo para reparti-lo solidariamente” (COSTA, 2009, p.153).

No entanto, será a característica do nascimento huma-no a manifestação mais antiga e emblemática desse con-ceito. Trata-se da necessidade de assistência e amparo da mulher em trabalho de parto, relatada por Sanvito (1989). Segundo este autor, a maior parte dos bebês sai do canal do nascimento com a cabeça virada no sentido oposto ao da mãe. Ao contrário de outros primatas, a mãe humana sozi-nha tem dificuldades para estender os braços e, sem risco algum, trazer seu bebê para a vida e embalá-lo, facilitar sua primeira respiração, a remoção do cordão umbilical e a aproximação ao seu peito. Os cientistas creem que a busca por assistência pelas mães ao longo dos séculos até os dias atuais, não somente se justifica pela minimização dos riscos, mas também, por amparo emocional: redução da dor, do medo, da ansiedade, por desejo de companhia e segurança. Eis a solidariedade humanizando a vida, desde a sua gênese.

A Filosofia e a Sociologia também se ocuparam des-te des-tema através dos séculos. Na Antiguidade clássica, em oposição à teoria individualista de Protágoras, encontra-mos fortes argumentos generalistas (e, portanto, solidá-rios) em Sócrates, Platão e Aristóteles. O que se percebe, a partir de então, é uma cíclica alternância entre tais

tendên-cias ao longo dos períodos históricos até a atualidade dita pós-moderna. A humanidade tende ora para uma atenção mais coletiva, ora mais individualista, sempre contextua-lizada pelos fenômenos políticos, históricos e sociais vi-gentes. Como estaríamos agora? Como avaliar a tendência atual estando mergulhados no tempo presente? Por mais um instante, voltemos ao passado.

Sócrates, num épico diálogo travado com Glauco e re-produzido por Platão em A República (380 a.C.) rebateu a tese de seu opositor de que o direito natural consistiria em subjugar os mais fracos nas relações humanas; justificou a defesa coletiva dos interesses individuais, e a partilha dos sentimentos de vitória e derrota. Platão, por sua vez, propôs o caminho da solidariedade buscando uma convi-vência justa, harmoniosa e natural. Segundo Silva (2006, p. 2), suas ideias “[...] são influenciadas pelas tendências de Esparta [08] e Creta, cidades-estado que defendiam a

ideologia da generalidade, ao contrário de Atenas que con-sagrava a individualidade”.

Quanto a Aristóteles (2000, p. 4), basta que vejamos sua citação a respeito dos membros da pólis: “[...] nenhum pode bastar-se a si mesmo. Aquele que não precisa dos outros homens, ou não pode resolver-se a ficar com eles, ou é um deus, ou um bruto”. Para este filósofo, todo ser humano, desde o início da vida, estaria em contato com o

ethos, isto é, com suas tradições, seus valores e seus

cos-tumes. O processo de socialização pelo qual passaria, e a construção de sua identidade, aconteceriam a partir desse contato. Logo, a transformação do homem em ser social não seria possível sem a inclusão do Outro, ou seja, ao mesmo tempo em que haveria a formação da identidade, e a separação do individual e do coletivo, este último per-maneceria presente como condição indispensável na cons-trução de cada um.

Referências

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