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Gastropodes terrestres fósseis do quaternário da ilha de Porto-Santo
Autor(es):
Silva, G. Henriques da
Publicado por:
Museu e Laboratório Mineralógico e Geológico; Centro de Estudos
Geológicos
URL
persistente:
http://hdl.handle.net/10316.2/38219
Accessed :
16-Mar-2017 22:44:57
digitalis.uc.pt impactum.uc.pt
S U M Á R I O
J. Custódio de Morais — Observations of terrestrial magnetism made on the west
coast of India by D. João de Castro in 1538-1539. F. Gonçalves Pureza & Abel
Mendonça de Araújo — Granulometria e minerais pesados das areias das praias
de entre o Porto e a Figueira da Foz. F. Gonçalves Pureza — Minerais pesados dos depósitos detríticos de Boucela, Urgueiros e Cruto (Braga). J. M. Correia
Neves & R. Guedes de Carvalho — Alanite, Tantalite-Columbite e Berilo de Nam-
pula e Alto-Ligonha (Moçambique). Marília Xavier de Morais — Radioactivi- dade de rochas graníticas do Maciço Hespérico. G. Henriques da Silva — Gas- trópodes terrestres fósseis do Quaternário da Ilha de Porto-Santo e descrição de uma nova espécie de Helicídeo. A. Duarte Guimarães — Sobre o doseamento do cálcio nas rochas silicatadas. A. Ferreira Soares & L. Nabais Conde — Contri buição para o estudo das grutas da Província da Beira Litoral.
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Memórias
e Notícias
PUBLICAÇÕES DO MUSEU E LABORATÓRIO MINERALÓGICO E GEOLÓGICO DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA E DO CENTRO DE ESTUDOS GEOLÓGICOS
Gastropodes terrestres fósseis do Quaternário
da Ilha de Porto-Santo
e descrição de uma nova espécie de Helicídeo
por G. Henriquesda Silva
Museu e Laboratório Mineralógico e Geológico da Universidade de Coimbra
Em Agosto de 1955 tivemos oportunidade de efectuar colheitas nas plataformas de areias calcárias dunares quater nárias da Ilha de Porto-Santo e de alguns dos seus ilhéus, tendo assim conseguido uma boa colecção de conchas fósseis de gastrópodes terrestres, quase todos Helicídeos, distribuí das pelas seguintes espécies e variedades:
Clausilia deltostoma Lowe var. raricostata Lowe Ferussacia melcimpoides Lowe
Ferussacia ovuliformis Lowe Geomitra nitidiuscula Sowerby Geomitra Bowdichiana Férussac Geomitra obtecta Lowe
Geomitra obtecta Lowe var. minor Pfeiffer Geomitra compacta Lowe
Geomitra compacta Lowe var. major Albers Geomitra polymorpha Lowe var. discina Lowe Geomitra polymorpha Lowe var. attrita Lowe Geomitra polymorpha Lowe var. pulvinata Lowe Geomitra cheiranthicola Lowe
Geomitra tectiformis Sowerby
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Geomitra dealbata Lowe Geomitra coronata Deshayes Leptaxis Portosanctana Sowerby Leptaxis Lowei Férussac
Leptaxis phlebophora Lowe
Leptaxis phlebophora Lowe var. planata Lowe Leptaxis phlebophora Lowe var. nivosa Sowerby Leptaxis chrysomela Pfeiffer
Leptaxis chrysomela Pfeiffer var. fluctuosa Lowe Iberus Wollastoni Lowe
Iberus Wollastoni Lowe var. forensis Wollaston Helix subplicata Sowerby
Um dos locais em que obtivemos maior diversidade de espécies e variedades foi Ribeiros, na costa SO da ilha, em frente ao Ilhéu do Ferro. Entre os exemplares aqui colhidos encontrámos cinco conchas de um Helicídeo pertencente a uma forma não descrita ou figurada nos diversos trabalhos, tão completos e minuciosos, referentes à fauna de moluscos terrestres do Arquipélago da Madeira, da autoria de Lowe, Albers, Wollaston, Castelo de Paiva, Girard e Nobre.
A consulta que seguidamente efectuámos das colecções de moluscos dos Museus Zoológicos das Universidades do Porto e de Coimbra e das obras de Pfeiffer, Chemnitz, Reeve, Tryon e outros autores, levou-nos à conclusão de que se tra tava duma espécie nova para a Ciência e como tal a vamos descrever.
Temos o maior prazer em dedicar esta espécie ao Prof. J. M. Cotelo Neiva, Director do Museu e Laboratório Minera lógico e Geológico da Universidade de Coimbra.
Classe Gastropoda
Família Helicidae Famille Helicidae
Subfamília Leptaxinae Sous-famille Leptaxinae
Género Leptaxis Lowe 1852 Genre Leptaxis Lowe 1852
Secção Leptaxis s. s. Section Leptaxis s. s.
Leptaxis (Leptaxis) Neivai sp. nov.
Caracteres específicos — Concha fina, muito frágil, des colorida, translúcida, discóide, pouco elevada, não umbili- cada, de base convexa; espira deprimida, de sutura bem impressa, formada por cinco voltas escassamente conve xas e lentamente crescentes; a última volta, com a perife
ria agudamente carenada,
alarga e desce rapidamente; superfície da concha profusa mente coberta de finas estrias
de crescimento, oblíquas,
arqueadas e levemente im
pressas; abertura grande,
oblíqua, em forma de ogiva; perístoma simples, fino, com o bordo columelar expandido, um pouco engrossado, verti cal e profundamente pene trante.
Medidas do Holótipo — diâmetro maior 15 mm.; diâ metro menor 13 mm.; altura total 9,5 mm.
Observações — A varie dade fluctuosa Lowe 1852 da
L. (L.) chrysomela Pfeiffer
1848, que ocorre também como fóssil nas areias calcárias de Porto-Santo, é a forma que mais se aproxima da nova espécie. Difere desta por apresentar concha muito só lida, carena menos aguda, base da última volta menos
Caractères spécifiques — Fine coquille, très fragile, décolorée, translucide, dis coïde, peu élevée, non ombi liquée, de base convexe; spi rale abaissée, de suture bien marquée, formée de 5 tours très légèrement convexes et
lentement croissantes; le
dernier tour, de périphérie avec une carène très aiguë, s’élargit et descend rapide ment; la surface de la co quille est profusément cou verte de fines stries de crois sance, obliques, arquées et faiblement marquées; grande ouverture, oblique, de forme ogivale; péristomesimple,fin, de bord columellaire dilaté, un peu épais, vertical et pro fondément pénétrant.
Mesures de l’Holotype — diamètre maximum 15 mm.; diamètre minimum 13 mm.;; hauteur total 9,5 mm.
Observ ations — La va riété fluctuosa Lowe 1852 de la Z,. (L.) chrysomela Pfeiffer 1848, qui a p p a r a î t a u s s i comme fossile dans les sables calcaires de Porto Santo, est la forme qui se rapproche le plus de la nouvelle espèce. Elle en diffère pourtant par sa coquille très solide, sa carène moins aiguë, la base
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convexa, abertura pequena e mais oblíqua, e peristoma de margens paralelas com o bordo columelar muito oblí quo e não penetrante.
de son dernier tour qui est moins convexe, ouverture pe tite et plus oblique, et peris- tome de bords parallèles avec le bord columellaire très obli que et non pénétrant.