• Nenhum resultado encontrado

Análise, crítica e poesia: Drummond visto por Décio e Arrigucci Jr.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Análise, crítica e poesia: Drummond visto por Décio e Arrigucci Jr."

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

ESTUDOS| A MARgem, Uberlândia, n. 11, ano 6, jul-dez. 2016 Análise, crítica e poesia: Drummond visto por Décio e Arrigucci Jr.

Daniele Débora de Souza Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP

RESUMO: Este artigo toma como objeto dois textos da fortuna crítica da obra de Carlos Drummond de Andrade, “Dificuldades no caminho”, de Davi Arrigucci Jr., e “Áporo”, de Décio Pignatari, ambos analisam o poema “Áporo”, publicado em A Rosa do povo. A comparação entre as análises parte de um breve levantamento sobre a formação intelectual e acadêmica de cada um dos críticos para justificar as interpretações do poema realizadas pelos dois autores. Décio Pignatari, publicitário, semioticista, tradutor e professor na área de Comunicação, integrou o trio concretista ao lado dos irmãos Augusto e Haroldo de Campos, seguidores da tradição mallarmaica. Davi Arrigucci Jr., por sua vez, tem sua formação em Letras, é professor aposentado de Teoria Literária e Literatura Comparada e crítico de literatura, além de escritor de ficção. Considerando sempre a formação dos dois autores, a presente análise visa justificar seus diferentes pontos de vista a respeito do mesmo objeto literário.

PALAVRAS-CHAVE: Crítica literária. Poesia brasileira. Carlos Drummond de Andrade. Décio Pignatari. Davi Arrigucci Jr.

Estudo

Os poemas de Carlos Drummond de Andrade sempre receberam atenção especial da crítica literária brasileira. Em sua maioria, os críticos de Drummond consideram seus poemas verdadeiras obras-primas. A este respeito os críticos Décio Pignatari e Davi Arrigucci Jr.

(2)

ESTUDOS| A MARgem, Uberlândia, n. 11, ano 6, jul-dez. 2016 concordam, principalmente em relação ao poema “Áporo”, publicado em A rosa do povo. Em seus comentários críticos ao poema eles exprimem tal admiração:

Uma das peças de poesia mais perfeitas e mais criativas, em âmbito internacional e dentro da tradição do verso pós-Mallarmé.

(PIGNATARI, 1973. P. 137)

(...) o breve poema pode ser destacado como um ponto alto, não só pela qualidade em si, mas pelo caráter exemplar com relação ao conjunto da obra.

(ARRIGUCCI JR., 2002. P. 76)

No entanto, observam-se, já nesses dois fragmentos, algumas diferenças dos motivos que os levam a considerá-lo um poema digno de ser analisado.

Décio Pignatari é conhecido por ter feito parte do trio de poetas concretistas de São Paulo, junto com os irmãos Haroldo e Augusto de Campos, os quais foram responsáveis pela estruturação do Manifesto Concretista e estabelecimento da Teoria da Poesia Concreta1 nos anos 60 e 70. O trio apresenta uma leitura peculiar da obra de Mallarmé e têm “Un coup de Dés” como “a primeira obra poética consciente e estruturalmente organizada segundo a espácio-temporalidade”2, ou seja, a primeira obra literária que traz a noção de espaço como elemento estrutural próprio. Consideram-se seguidores da tradição mallarmaica e assim também classificam poetas como João Cabral de Melo Neto e o próprio Drummond.

Além de ter exercido a profissão de publicitário por 15 anos, Pignatari é semioticista e tradutor. Foi professor de Teoria da Informação, Comunicação e Semiótica, e Comunicação e Linguagens em cursos de Pós- Graduação e Graduação.

Tal especialização ligada à Semiótica influencia, determinantemente, suas análises críticas nos campos das artes e literatura. Sua concepção de Semiótica é baseada na teoria dos signos do semioticista norte-americano3 Charles Sanders Peirce (1839-1914). E, através dos termos da semiótica de Peirce, Pignatari formula sua proposição a respeito da função poética da linguagem, a qual aplica em sua análise de poesia:

(...) a função poética da linguagem se marca pela projeção do ícone sobre o símbolo – ou seja, pela projeção de códigos não verbais (musicais, visuais, gestuais, etc.) sobre o código verbal. Fazer poesia é transformar símbolo (palavra) em ícone (figura). (PIGNATARI, 2005, P. 17)

A formação heterogênea de Pignatari, voltada à área da Comunicação e Semiótica, se reflete em seus escritos e também na organização de seus livros. Seu texto crítico ao poema de

1 CAMPOS A, CAMPOS, H, PIGNATARI, D. Teoria da Poesia Concreta. 2ª Ed. Editora Brasiliense. 1973. 2

Idem, p. 67.

(3)

ESTUDOS| A MARgem, Uberlândia, n. 11, ano 6, jul-dez. 2016 Drummond, por exemplo, encontra-se em um livro que não trata somente de literatura ou poesia. O livro Contracomunicação (1973) traz entrevistas, depoimentos, textos sobre o ensino na área de comunicação entre eles um plano pedagógico de um curso de Comunicação, um texto a respeito do papel da TV Cultura nos campos do ensino, da educação e da cultura. Além de conter onze crônicas de futebol, de autoria própria, textos sobre artes visuais e histórias em quadrinhos intercaladas aos textos. Ele é dividido em seis partes, sendo somente a terceira voltada exclusivamente à literatura.

Davi Arrigucci Jr., por sua vez, é professor aposentado de Teoria Literária e Literatura Comparada, graduou-se em Letras e na mesma área obteve o título de Doutor. Escreveu crítica literária durante toda vida, e hoje é também escritor de ficção. Durante sua formação, teve como referência os estudos de teoria literária de Eric Auerbach, Leo Spitzer e Dámaso Alonso4.

Porém, foi a leitura da “Introdução”, do livro Formação da Literatura Brasileira, de Antonio Candido, que proporcionou uma diretriz conceitual a Arrigucci Jr. pela qual pode desenvolver seu método de análise e interpretação de textos. Para ele, o ponto fundamental trazido pelo livro é

(...) a concepção do texto como resultado, cuja relativa autonomia não dispensa para sua compreensão crítica os fatores externos – psíquicos e sociais – que o motivaram e podem estar presentes nele como componentes estéticos da forma significativa, atuantes nas projeções de seus significados. Essa concepção permite adotar uma estratégia maleável e móvel de abordagem dos textos. (...) superando tanto o formalismo, limitado à absolutização da autonomia estrutural, quanto o reducionismo sociológico, a proposta de leitura de Antonio Candido é integradora e procura se adequar a uma obra de arte que resulte ela própria da integração coerente das contradições da experiência histórica, sendo, por isso mesmo, capaz de nos proporcionar a experiência estética da estrutura. (ARRIGUCCI JR., 2010, P. 213)

Arrigucci Jr. acompanhou o desenvolvimento do pensamento crítico de Antonio Candido, quando este, posteriormente, encontra uma nova formulação à noção de texto como resultado no conceito de redução estrutural. E, esclarece, cada vez melhor, sua ideia de que “só pelo estudo da forma é possível apreender convenientemente os aspectos sociais” 5

de uma obra.

4 Segundo o próprio crítico indica em seu ensaio “Questões sobre Antonio Candido” in O guardador de

Segredos - Ensaios, 2010

5

(4)

ESTUDOS| A MARgem, Uberlândia, n. 11, ano 6, jul-dez. 2016 Seu método de interpretação, relacionando de maneira dialética forma e conteúdo, pode ser observado no livro que traz a análise do poema “Áporo”, de Drummond. Coração Partido – uma análise da poesia reflexiva de Drummond (2002) pode servir como exemplo ao tipo de crítica operada por Arrigucci Jr. O livro traz análises de alguns outros poemas, como “Poemas de sete faces”, “Sentimental”, “No meio do caminho” e “Mineração do outro”.

Nota-se, portanto, a homogeneidade, ou não variação dos assuntos abordados pelo crítico neste livro. Em outros livros, porém, há a reunião de um ou mais tipos de textos – entrevistas, ensaios, crítica de cinema – escritos por Arrigucci Jr. Seus objetos de análise, contudo, não variam tanto quanto os de Pignatari.

***

Áporo

Um inseto cava cava sem alarme perfurando a terra sem achar escape.

Que fazer, exausto, em país bloqueado, enlace de noite raiz e minério?

Eis que o labirinto (oh razão, mistério) presto se desata:

em verde, sozinha, antieuclidiana,

(5)

ESTUDOS| A MARgem, Uberlândia, n. 11, ano 6, jul-dez. 2016 Os dois críticos iniciam suas respectivas análises evidenciando a estranheza transmitida pelo vocábulo Áporo. Pignatari apresenta diversos verbetes com a definição da palavra, muitos deles repetidos. Entre eles destaca-se o encontrado no Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa: “Problema difícil ou impossível de resolver, gênero de plantas da família das orquídeas, (...) gênero de insetos himenopteros, da família dos cavadores”.

A intenção de Pignatari, ao apresentar cerca de nove verbetes de diferentes dicionários, pode ter sido a demonstração do trabalho do poeta em levantar as palavras “em estado de dicionário” a que se refere o poeta na “Procura da poesia”. Tal ponto foi destacado por Arrigucci Jr. em seu texto a respeito do mesmo poema.

Pode-se também refletir sobre a abordagem objetiva do texto feita por Pignatari, quando, por meio de verbetes, toma o poema como texto independente de fatores externos a ele próprio. Ou seja, para Décio “o poema é um ser de linguagem. O poeta faz linguagem fazendo o poema. Ele está sempre criando e recriando a linguagem” 6. Limita, assim, sua análise a um modelo que considera ideal na abordagem de poesia a qual significa em si mesma: “o poeta não trabalha com o signo verbal, ele trabalha o signo verbal”7.

A possibilidade de criação de uma linguagem é indicada no subtítulo dado por Décio ao poema “Um Inseto Semiótico”. Isto é, um inseto capaz de criar significados pela transformação do vocábulo “inseto” no vocábulo “orquídea” através de operações linguísticas, como as aliterações verticais – fricativas, nasais, oclusivas e oclusivas velares – demonstradas em sua análise. Segundo Pignatari, o poema cria, então, o seu próprio dicionário ou anti-dicionário, a partir de um dicionário.

A respeito dos verbetes, Arrigucci Jr. acredita ser vital tal levantamento, visto que através dele, a atenção do leitor é chamada para a construção estrutural do texto. Ele nota ainda que “os principais núcleos semânticos estão alinhavados no texto”. Importa a ele, portanto, a maneira pela qual o poeta opera a relação entre esses núcleos. Não descarta a transformação operada no nível da linguagem de um significante – áporo – através de seus significados múltiplos enlaçados, em outro significante – Áporo, o poema. Mas percebe a transformação não só no nível linguístico, como Pignatari. Observa a circularidade onde “o resultado (poema) se define na origem (palavra), e esta, por sua vez, igualmente pelo

6 PIGNATARI, D. O que é comunicação poética - 9ª edição. 2005.

7

(6)

ESTUDOS| A MARgem, Uberlândia, n. 11, ano 6, jul-dez. 2016 resultado”8

(parêntesis meus). O que chama de reversibilidade entre os termos é expressa pelo tema mítico da metamorfose por meio da qual se dá a transformação do inseto em orquídea.

Arrigucci Jr., então, não nega a conexão desta transformação por meio da linguagem, contudo, diz que através de uma seleção dos signos definidores de áporo, o poeta faz uma analogia com “a esfera da vida na natureza”. Uma aproximação analógica com os ciclos biológicos nos quais há a transformação de uma planta-mãe em planta-filha de sua própria filha, um ciclo de auto-reprodução encontrado em algumas espécies de plantas.

E por meio da epígrafe de seu texto crítico, “Os hymenopteros experimentarão metamorphoses completas9”, ele enfatiza a transformação do inseto como fator relevante ao poema como um todo. No entanto, a metamorfose do poema se mostra inviável na natureza, pois não há como dois seres distintos – animal e planta – se transfigurarem um no outro. Ele comprova, mais uma vez, a ligação entre a metamorfose interna do inseto em orquídea e o mito:

(...) só no mito, e na metáfora poética, que é um mito em pequeno (...) se abre a possibilidade de deslizamento da identidade à maneira de “isso é aquilo”, para lembrar termos de Drummond10.

Arrigucci Jr. discorda novamente de Pignatari a respeito da criação de um novo dicionário ou de um anti-dicionário a partir da transformação de um signo em outro. Para ele, tal transformação se dá pela articulação entre termos que são designados pelo mesmo signo, mas que não possuíam nenhuma relação quanto à expressão e ao significado antes de serem conectados através do poema. Essa articulação possibilita o poema como acontecimento, e também compõe o enredo organizado em forma de uma mini-narrativa. “A historieta de um inseto cavador que se transforma após um caminho difícil, de súbito e contra toda lógica, numa orquídea”11

.

Pignatari, sobre a forma escolhida pelo poeta, diz que sua configuração externa “Algo assim como um soneto de versos decassílabos rasgado ao meio longitudinalmente” é uma paródia com correspondentes na estrutura interna, “a saber, nas expressões que aludem à

8 ARRIGUCCI, Davi. “Dificuldades no caminho” in Coração Partido – uma análise da poesia reflexiva de

Drummond. 2002. P. 79

9

Epígrafe retirada de um tratado intitulado História natural popular, de Dr. J. Ph. Anstett, 1894, II. 10

ARRIGUCCI, Davi. “Dificuldades no caminho” in Coração Partido – uma análise da poesia reflexiva de

Drummond. 2002. P. 81.

11

(7)

ESTUDOS| A MARgem, Uberlândia, n. 11, ano 6, jul-dez. 2016 antiloquência do pseudo-castiço: Eis que, Oh razão, Presto”. Arrigucci Jr., por sua vez, crê que a escolha das redondilhas menores, nas quais se moldou o soneto, faz parte do modo particular do poeta lidar com a tradição. Assim como o tema mitológico da metamorfose, Drummond faz uso da forma fixa, porém, os atualiza por meio da dramatização de “uma cena direta, narrada no presente” tendo sempre alguma correspondência com sua experiência histórica.

Ambos consideram o ritmo do poema um elemento fundamental em suas análises. Contudo, para Pignatari ele se revela mais claramente quando traduzido em termos de compasso, admitindo a diferenciação feita por Sérgio Buaque de Holanda entre ritmo e compasso. Essa tradução evidencia compassos de uma valsa que entre outras funções pode servir também como comentário irônico à forma tradicional do soneto. Davi Arrigucci Jr., no entanto, relaciona o ritmo regular da primeira estrofe, na qual é narrada a ação insistente do inseto em cavar a terra, com o trabalho do próprio poeta, também insistente e difícil. Mas somente na segunda estrofe a figura do sujeito lírico que contempla a ação do inseto e reflete sobre o seu próprio trabalho aparece. “Caminho difícil do saber e do mito, „Áporo‟ é também o árduo percurso da poesia tal como se espelha na consciência do poeta, debruçada sobre o próprio fazer sem saída”.12

As diferentes considerações sobre o ritmo do poema fornecem uma pista sobre o que pode ser relevante à interpretação do mesmo, segundo a abordagem de cada um dos críticos. Pignatari reserva um espaço pequeno em seu texto, onde fala acerca de possíveis relações entre o poema e o contexto histórico ou entre a obra em que foi publicado. Enfatiza que estes outros níveis de interpretação “nada podem acrescentar-lhe de essencial”13

.

Observa-se, contudo, que Pignatari sugere que tais níveis podem somente estar ligados à situação do país na época e a fatores decorrentes dela. Não indica a possibilidade de ligação com o contexto por meio da figura do poeta, como faz Arrigucci Jr. Este aponta que a reflexão do poeta sobre suas dificuldades e limitações resulta na comparação de todo seu trabalho incessante com um inseto, reduzindo, então, a si próprio e seu trabalho. O pano de fundo histórico pode ser percebido “através da negatividade que penetra a alma do poeta, materializando-se na perspectiva com que encara sua própria atividade”.14

12 P. 89

13PIGNATARI, D. “Áporo” in Contracomunicação. São Paulo: Editora Perspectiva. 1973, p. 137.

14 ARRIGUCCI, Davi. “Dificuldades no caminho” in Coração Partido – uma análise da poesia reflexiva de

(8)

ESTUDOS| A MARgem, Uberlândia, n. 11, ano 6, jul-dez. 2016 Arrigucci Jr. não diz que o poema brota da realidade, mas ao invés disso, fala sobre a possibilidade de se conhecer “como uma consciência verídica da história pode brotar de repente do interior do mito (...) buscando através da dificuldade, a solução formal adequada para a expressão de uma real experiência histórica”.15

Ele articula a forma e o conteúdo, este podendo se relacionar com a realidade histórica a partir da reflexão e dos sentimentos do próprio poeta e não à maneira reducional de representação de tal realidade.

Apesar de Pignatari e Arrigucci Jr. concordarem sobre a qualidade inquestionável da obra de Drummond, eles não são influenciados pelos mesmos fatores. Cada um, a seu modo e segundo seu viés analítico, destaca o que considera mais importante na obra e também no trabalho em si do poeta:

Sinto-me aventurado a acreditar que o poeta fez do papel o seu público, moldando-o à semelhança de seu canto, e lançando mão de todos os recursos gráficos e tipográficos, desde a pontuação até o caligrama, para tentar a transposição do poema oral para o escrito, em todos os seus matizes16.

(PIGNATARI, 1987, p. 17)

O modo como Drummond captou na forma de seus versos, com o que trazia de mais íntimo em sua individualidade sensibilíssima, o sentimento de seu tempo é que faz dele o grande poeta que é.

(ARRIGUCCI JR., 2002, p. 103)

Referências bibliográficas

ARRIGUCCI JR., Davi. “Dificuldades no caminho” in Coração Partido – uma análise da poesia reflexiva de Drummond. São Paulo: Cosac & Naify, 2002. P. 75 a 105.

_________________. “Questões sobre Antonio Candido” in O guardador de Segredos – Ensaios. São Paulo: Companhia das Letras. 2010, p. 211-218.

CAMPOS A, CAMPOS, H, PIGNATARI, D. Teoria da Poesia Concreta. 2ª Ed. São Paulo: Editora Brasiliense. 1973.

CENEP – Centro de Estudos Peircianos, “Semiótica: perguntas e respostas” http://www.pucsp.br/pos/cos/cepe/semiotica/semiotica.htm acesso em 25/11/2011.

PIGNATARI, Décio. O que é comunicação poética. 9ª edição. Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2005.

__________________. “Áporo” in Contracomunicação. São Paulo: Editora Perspectiva. 1973, p. 131-137.

15

Idem, p. 95.

16 Sobre a passagem da poesia oral, que era declamada diante de um grupo por um poeta-declamador oficial o qual era perfeitamente compreendido por todos em suas entonações e intenções, à escrita que transformou tais declamações em monólogos, Décio fala sobre a atitude de Drummond.

Referências

Documentos relacionados

A partir da década de 80, uma coisa que está muito arraigada à minha formação toda, que é a relação entre literatura e experiência histórica, aparece

Não. De acordo com a avaliação dos impactes ambientais na qualidade do ar, não se preveem alterações nas emissões atmosféricas do CPA, pelo que a análise de risco para a saúde

Estudos de demanda, oferta e segmentação de Mercados; Política de produtos; preços; distribuição e comercialização; Canais de Distribuição; Previsão de Vendas,

No Ano Internacional da Economia Criativa para o Desenvolvimento Sustentável (ONU) e perante a apresentação da Estratégia Ibero-Americana de Cultura e Desenvolvimento

O Reitor da Fundação Universidade Federal do Vale do São Francisco - UNIVASF, no uso das suas atribuições conferidas pelo Decreto de 19 de dezembro de 2008,

De fato, a maior contribuição, a novidade mesma do livro, talvez tenha sido a de propor uma poesia política de alto teor lírico (no caso, a inversão também seria

Tem-se, assim, uma abordagem antilírica da relação entre o “eu” e o mundo, marcada pela ironia e pela posição de eqüidistância e não envolvimento com a realidade

que  ocorre  quando  os  frutos  são  armazenados  à  temperatura  abaixo  da  mínima  de  segurança,  por