AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS NAS ÁREAS DE
BORDA EM REMANESCENTES FLORESTAIS NA BACIA DO
RIBEIRÃO DAS PEDRAS – CAMPINAS/SP
Julia Chudnosbky
Pontifícia Universidade Católica de Campinas-SP CEATEC-Centro de Ciências Exatas, Ambientais e
de Tecnologias juliachudno@gmail.com
Regina Márcia Longo
Sustentabilidade Ambiental nas Cidades CEATEC – Centro de Ciências Exatas, Ambientais e de
Tecnologias
regina.longo@puc-campinas.edu.br
Resumo: O aumento populacional e o crescimento
desordenado dos grandes centros urbanos fizeram que alguns impactos deste crescimento ao meio am-biente fossem discutidos e questionados também nas esferas acadêmicas. Neste contexto, a Bacia do rio das Pedras no município de Campinas/SP, apre-senta sinais claros de degradação na maioria de sua área. Percebeu-se também no entorno das matas existentes na nesta bacia sinais nítidos da ação an-trópica. Neste contexto, por meio deste trabalho foi possível perceber que as queimadas provenientes dos cultivos de cana e milho próximas a Mata de Santa Genebra, localizada em Barão Geraldo (Cam-pinas/SP) foram prejudiciais para as áreas de borda. Neste caso, pretendeu-se, utilizando-se um método clássico de avaliação de impacto ambiental, analisar os impactos sobre os meios abiótico, biótico e antró-pico como: erosão, queimadas, deposição de lixo, cobertura de solo exposto, desmatamentos, avanço contexto urbano, presença ou ausência de espécies invasoras..
Palavras Chave: Degradação Ambiental, Matriz de
Impacto Ambiental, Indicadores de Degradação Am-biental.
Área do Conhecimento:
Ciências Agrárias –
Recu-peração de Áreas Degradadas – CNPq.
1. INTRODUÇÃO
As florestas urbanas além de apresentarem uma importante área ecológica dentro dos contextos ur-banos, elas também representam um referencial urbanístico de forte cunho social, político, econômico e arquitetônico cuja seu espaço florestal possui atri-butos históricos, artísticos e paisagísticos [1].
Estas áreas estão relacionadas a diversos aspectos ambientais, como a retenção e estabilização do solo a prevenção contra a erosão a produção de sombra às margens dos cursos d’água a manutenção da água na temperatura adequada às diversas espécies de peixes e outros organismos aquáticos a minimi-zação dos ruídos urbanos e a integração à paisagem urbana [2].A partir dessa visão, dos impactos ambi-entais decorrentes do rápido crescimento econômico nessas grandes cidades observa-se a importância da manutenção de áreas verdes nos centros urbanos, pois elas influem consideravelmente na qualidade de vida das pessoas [3].
Este presente trabalho propõe a Matriz de Leopold, de interação a ser utilizada em Estudos de Impacto Ambiental (EIA), a qual permite uma avaliação mais detalhada dos impactos de um empreendimento e das ações antropricas, associando cada ação do mesmo a uma característica específica de um meio – abiótico, biótico ou antrópico segundo [4]. A partir do conhecimento de alguns tipos de matrizes utiliza-das em processos de avaliação de impactos tais e através de indicadores de degradação ambien-tal tais como: (inicio de processos erosivos, irregula-ridades do terreno, desmatamentos, queimadas, animais exóticos, compactação do solo, pressão ur-bana, agricultura etc.) os indicadores serão analisa-dos e avaliaanalisa-dos, especialmente nas bordas, no qual depois irá se desenvolver uma matriz.
A Mata Santa Genebra está situada no perímetro urbano do município de Campinas, dentro do distrito de Barão Geraldo. A mesma está considerada como o maior remanescente de Mata Atlântica do municí-pio, possuindo uma área cerca de 250,00 hectares, tendo uma extensão de nove quilômetros de períme-tro. Este presente trabalho propõe a Matriz de
Leo-pold, de interação a ser utilizada em Estudos de Im-pacto Ambiental (EIA), a qual permite uma avaliação mais detalhada dos impactos de um empreendimen-to e das ações antrópicas, associando cada ação do mesmo a uma característica específica de um meio – abiótico, biótico ou antrópico segundo [4].
Figura 1: Localização da área de estudo: (a) Brasil; (b) Estado de São Paulo; (c) Campinas e Paulínia (d) Área de Relevante Interesse Ecológico Mata de Santa Genebra. Fonte: (Fundação José Pedro de Oliveira (FJPO) apud GUIRAO, A.C & FILHO,J.T., (2011, p.149).
Nas definições do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) do Ministério do Meio Ambien-te (MMA), a Mata Santa Genebra é classificada co-mo uma unidade de uso sustentável e é uma Área de Grande Interesse Ecológico (ARIE). Além de ser um dos últimos refúgios de inúmeras espécies, pos-sui nascentes que contribuem para a formação do Ribeirão Quilombo e Ribeirão das Pedras, formador da Bacia do Anhumas [6].
Foram realizados, no Brasil, numerosos estudos e acompanhamentos de áreas de preservação para avaliar os impactos ambientais produzidos especifi-camente nas bordas por meio da vegetação. No ano 2012, realizou-se um projeto para avaliar os efeitos da borda no Parque Municipal de Paranavaí. Se-gundo o estudo tanto a paisagem, como a composi-ção da comunidade florística e faunística, estão em uma constante degradação pela atividade antrópica, sendo as principais, a atividades agropecuárias e as queimadas, produzindo uma mudança permanente. Consequentemente, ha um comprometimento da diversidade florestal do local [7].
O presente trabalho tem por objetivo geral avaliar as interações do homem no meio ambiente, mais espe-cificamente em relação as suas ações nas áreas de borda da Mata Santa Genebra de Campinas (SP).
2.MATERIAIS E MÉTODOS
A Mata de Santa Genebra, local de estudo deste trabalho, há mostrado claros sinais de degradação, principalmente nas bordas. A identificação e avalia-ção das consequências e impactos ambientais sofri-dos foram estabelecisofri-dos a partir da Matriz de Leo-pold e da Matriz modificada de Zangirolami [8]. Em um principio, foram determinados os principais obje-tos de estudo e a caracterização dos mesmos, con-forme consta o autor Ribeiro [5]. Neste caso foram escolhidos a penas aspectos ambientais: Terra, Agua, Processos e Flora. Uma vez estabelecidos os aspectos mais significativos, procede-se à definição dos temas.
A análise posterior foi efetuada por meio de visita à Mata, realizando-se observações visuais, medições ao longo da borda da mesma. O estudo de campo foi realizado em Fevereiro 2014. Para a aplicação da Matriz de avaliação de impactos, a Mata de Santa Genebra foi dividida em 4 trechos, de acordo com a presença de diferentes fatores na interfase com a Mata de Santa Genebra: Agricultura, Rodovia e Ur-banização, conforme mostra a Figura 2 e Tabela 1.
Figura 2: Trechos de coleta na borda da Mata de Santa Genebra. Fonte: Imagens obtidas pelo Google Earth, sem valor cartográfico real.
Tabela 1. Coordenadas geográficas dos pontos A-D coletados na Mata de Santa Genebra em Campinas/SP Ponto Latitude Longitude Descrição do
trecho
A 22°49'19.17 mS 47° 6'16.80 mE
Limite entre diversas plantações e urbani-zação
B 22°49'53.91 mS 47° 6'19.05 mE
Limite entre urbani-zação e plantação de cana-de-açúcar
C 22°48'36.33 mS 47° 7'11.62 mE
Limite entre diversas plantações e um terreno com casa isoladas
D lat 22°49'9.47 mS
47° 7'32.46 mE
Limite entre as casa isoladas e a planta-ção de cana-de-açúcar
3.RESULTADOS E DISCUSSÃO
No trecho AB foram encontradas áreas com baixa densidade gramínea, porém há presença de cipós, bambu, capim denso, talude, pau jacaré e pé de amora, formada por um sub-bosque de árvores altas de fácil acesso. Possui uma mata fechada e borbole-tário, com um solo escuro e argiloso. . A urbanização se encontra a poucos metros deste trecho. Neste estudo observa-se a necessidade da proteção da biodiversidade que é em grande parte comprometida pela evolução do padrão urbano, tais como a degra-dação de recursos hídricos , erosão do solo, e perda da biodiversidade local são os principais efeitos so-fridos. No trecho BD que se encontra em interfase com monocultura de cana-de-açúcar, observou-se a presença de bambu, taludes, capim e trepadeira. Assim também, há áreas de brejo, com presença de palmito Jussara e uma camada de serapilheira fina. O solo se encontra medianamente poroso, com ero-são formando um caminho dentro da mata de apro-ximadamente 4m. A atividade agrícola requer o uso de fungicidas, bactericidas, inseticidas, nematicidas, acaricidas e outros pesticidas fonte. Os produtos mencionados anteriormente se infiltram e afetam os solos da mata. Os riscos associados a estes produ-tos químicos são: uma baixa biodegradabilidade, causas de toxicidade persistir por muito tempo no ambiente, especialmente cloro e fósforo; a
possibili-dade de infiltrar nos cursos d’água; destruição do controle biológico e redução da polinização. Com relação ao impacto produzindo no ar, quando os produtos químicos são pulverizados, os resíduos emitidos permanecem em suspensão até a disper-são por meio dos ventos, chegando na borda da Ma-ta e se acumulando no local. O trecho DC se encon-tra em interfase com casas isoladas. No local perce-beu-se uma mata densa porém de fácil acessibilida-de com a presença acessibilida-de capim, trepaacessibilida-deiras e taluacessibilida-de. O relevo se encontra levemente alterado por erosão. Do lado externo da mata, há a estrada que conecta Paulinha com Campinas, a mesma se encontra em fluxo constante durante o dia atingindo um fluxo ten-so nos horários pico. A concentraçãode automóveis produz uma contaminação aérea, além de um im-pacto sonoro que pode afugentar animais. O trecho AC se encontra em interfase com diversos plantios, incluindo cana-de-açúcar, mandioca e banana. En-controu-se uma clareira de capim e talude. Também foram observadas leves cavidades no relevo causa-das pela erosão. Em algumas partes as plantações não respeitam a faixa de 30 m de aceiro entre a Ma-ta e a área de cultivo. As consequências dos quími-cos são muito similares as mencionadas no trecho BD, com duas diferenças. Ao serem plantações de menor escala, o uso de agrotóxicos é utilizado em um quantidade menor, produzindo assim um impac-to menor. Porém, como a faixa de 30 m não é res-peitada sendo que os tratores e máquinas, tanto os de preparo do solo quanto os de colheita produzam um aumento no efeito de borda
4.PROPOSTA DE RECUPERAÇÃO:
Foram feitas as avaliações decorrentes das situa-ções atuais de degradação do entorno, a tabela 2 representa um resumo dos aspectos de degradação observado ao longo das bordas da mata, a fim de apontar as ações que devem ser priorizadas para a recuperação. Tais ações de recuperação foram pro-postas segundo o autor Attanasio [9] e de acordo com o trabalho desenvolvido por Zangiroloni [8].
Tabela 2. Classificação final dos aspectos e impactos por trecho de acordo com sua significância. Pontua-ções maiores que 30 indicam impacto muito signifi-cante (representado em vermelho), até 30 pontos in-dicam impacto significante (representado em ama-relo) e até 10 pontos o impacto é considerado pouco significante (representado em verde).
ASPEC TOS IMPACTOS TRECHO AB BD CD AC TERRA Exposição das camadas mais frágeis do solo Alterações das características biológicas do solo 8 31 9 10 Degradação das caracterís-ticas do solo 12 32 12 15 Alterações das características biológicas do solo 10 30 13 28 Remoção da camada orgânica do solo Alterações das características físicas do solo 9 15 11 12 Alterações das características biológicas do solo 8 15 10 11 Compactação do solo antrópi-camente 18 18 18 18
ÁGUA Continental Pre
sen te Nu-la Pre sen te Nu-la Altura (cm) 30 - 20 - PROCE SSOS Desmatamento Natural Perda da biodiversidade local 11 15 11 13 Poluição Visual 9 8 8 8 Alteração no microclima local 9 11 9 9 Contribuição para o aque-cimento global 9 11 9 9 Erosão do solo Exposição do leito formador do solo 10 15 12 11 Destruição da camada fértil 12 18 14 16 do solo Destruição das características do solo 13 19 12 16 FLORA Perda da
flora local Perda da biodiversidade local 10 17 10 12 Degradação visual do trecho 11 19 13 15
Comparando os trechos estudados, percebeu-se que a borda de interface com a cana-de-açúcar (BD) possui maiores índices de degradação. Já o trecho de interface com as plantações (AC) apresentam menores identificadores que o trecho anterior, porém continua possuindo elevados aspectos e impactos ambientais a serem tratados, portanto de alta rele-vância. O trecho de interfase com casas insoladas e a estrada Paulinha-Campinas (DC), se encontra em melhores condições, contudo precisando ainda de controle, principalmente nos aspectos referidos ao solo. O trecho de interface com a urbanização de casas (AB) é o que reúne a maioria dos aspectos e impactos de menor significância não necessitando de controle, mitigação e monitoramento dos impac-tos. . Neste trecho, a despeito de ser serem pouco significantes os impactos presentes, a proposta de recuperação envolverá a totalidade do segmento avaliado e possibilitando observar forte impactos das plantações em volta e da contaminação aérea pro-veniente da estrada. Em uma classificação final, pode-se concluir que os segmentos BC e AC, e em menor quantidade o CD possuem necessidade de controle, mitigação e monitoramento pelos gestores públicos em curto e médio prazo respectivamente. Os trechos AB e BD, apresentaram as áreas com menor densidade de plântulas, produzindo assim, a necessidade de incrementos no banco de sementes. A Tabela 2 representa o conjunto de ações a serem feitas para garantir uma recuperação de cada trecho, de acordo com necessidades e prioridades adequa-das.
Tabela 3. Conjunto de ações de recuperação que de-vem ser priorizadas em cada trecho.
A Mata de Santa Genebra pertence ao Município de Campinas sendo que o Conselho de Defesa do Pa-trimônio Artístico e Cultural de Campinas (CONDEPACC), a reconhece como Patrimônio Na-tural por meio da Resolução n° 11, de 29 de setem-bro de 1992
.
Apesar da Mata se encontrar em um local fechado, há atividades no exterior influenciam fauna e flora presentes, podendo ser divididas nas plantações tanto a manual como a mecanizado, a rodovia Paulinha-Campinas e as atividades antrópi-cas. Estes aspectos foram os principais fatores de degradação em maior ou menor grau de severidade observados em seu entorno. De modo geral, foi pos-sível perceber que as características físicas, quími-cas e biológiquími-cas foram bastante impactadas, princi-palmente pela queimada e outras atividades agríco-las realizadas antes da colheita na plantação manual e pelas químico utilizados.5.MEDIDAS DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL
Para garantir uma plena recuperação ambiental, se-rão propostas três medidas.
(1) A amplificação do aceiro poderá proporcionar a prevenção dos incêndios e eventualmente impedir que o fogo alcance o perímetro do local em estudo [10].
(2) Retirada das trepadeiras. Foi observada uma grande presença de trepadeiras, tanto de lianas co-mo de cipós. As mesmas tem uma alta capacidade para se reproduzir em diversos ambientes e se en-contram em constante competência por recursos, tais como luminosidade e nutrientes [11]. Sua retira-da disponibiliza uma maior quantiretira-dade de recursos para as árvores nativas, permitindo o estabelecimen-to de plântulas e proporcionando uma melhor circu-lação de solutos pelos vasos condutores, o que au-mentaria o crescimento e a fecundidade das mes-mas [12].
(3) Nos trechos AC e BD, se aconselha a plantação de uma barreira de eucaliptos de alta densidade na borda, antes do aceiro. A barreira apresentará a fina-lidade de proporcionar uma proteção, procurando diminuir os efeitos negativos na interfase com os plantios. Kapos [13] indica que a barreira constituída por uma fileira de eucaliptos ameniza a temperatura e as variações do microclima, provocando, assim, suavizar a exposição e o efeito de borda. Por outro lado, facilita o estabelecimento de espécies nativos arbóreas e aumenta a umidade relativa do ar, o qual colabora com o aumento da evapotranspiração no local, além de evitar possíveis danos causados pela queima realizada nos plantios em volta [14].
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Badiru, A. I. (2005.) Método de Classificação Tipológica da Floresta Urbana visando a Ges-tão das Cidades, Goiânia, Brasil.
[2] Paiva, H. N., et al. (2002). Florestas urba-nas: planejamento para melhoria da qualidade de vida. Viçosa: Aprenda Fácil Editora, Série Arborização Urbana, n. 2, p. 177.
[3] Oliveira, L. A. (1983). Percepção da quali-dade ambiental. In: A Ação do Homem e a Qualidade Ambiental. Rio Claro: Câmara Muni-cipal de Rio Claro, ARGEO.
Ações Trecho AB Trecho BD Trecho CD Trecho AC Descom-pactação do solo Aceiro Plantio de mudas Enriquecimento Plantio de espé-cies agrícolas na entrelinha, como estratégia de manutenção da área Controle de gramíneas e exóticas nas bordas Incrementos no banco de se-mentes Adubação química e cal-agem
[4] Mota, S., et al. (2002). Proposta De Uma Matriz Para Avaliação De Impactos Ambientais, Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
[5] Ribeiro, A. I., et al. (2006). Diagnóstico de uma área compactada por atividade minerária, empregando métodos geoestatísticos à variável resistência mecânica à penetração do solo, Amazonia.
[6] MMA, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (2013). Disponível em www.mec.gov.br Acesso: 29 agosto2013.
[7] Silva L. M., et al. (2002). Efeito de borda no Parque Municipal de Paranavaí, Paraná.
[8] Zangirolami, G. F. (2013). Avaliação da De-gradação Ambiental do Entorno da Mata do Quilombo (Campinas/SP) e Proposta de Recu-peração. Trabalho de Conclusão do Curso, Campinas.
[9] Attanasio, C. M., et al. (2006). Adequação Ambiental de Propriedades Rurais: recupera-ção de áreas degradadas. Restaurarecupera-ção de ma-tas viliares. Universidade de São Paulo, Piraci-caba.
[10] Soares, R. V. (1979). Prevenção e Controle de Incêndios Florestais. FUPEF, Curitiba. [11] Dillenburg, L.R., et al. (1995). Photosyn-thetic and biomass allocation responses of Liq-uidambar styraciflua to vine competition, Jour-nal Americano de Botânica, p. 368-376.
[12] Toleldo-Aceves, T., et al. (2007). Effect of three species of climber on the performance of Ceiba pentandra seedlings in gaps in a tropical forest in Ghana. Journal de Ecologia Tropical. p. 45-52.
[13] Kapos, V. (1989). Effects of isolation on the water status of tropical patches in the Brazilian Amazon. Journal de Ecologia Tropical, Cam-bridge, vol.5, p.164-172.
[14] Matlack, G.R. (1993). Microenvironment variation within and among forest edge sites in the eastern United States, Revista de Con-servasao Biologica, vol.66, n. 3, p.181-186.