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2008: ANO DA ACOLHIDA NA SSVP DO BRASIL PLANO DE AÇÃO

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SOCIEDADE DE SÃO VICENTE DE PAULO

CONSELHO NACIONAL DO BRASIL

2008: ANO DA ACOLHIDA NA SSVP DO BRASIL

PLANO DE AÇÃO

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SOCIEDADE DE SÃO VICENTE DE PAULO

CONSELHO NACIONAL DO BRASIL

ANO DA ACOLHIDA – PLANO DE AÇÃO

1 – Introdução

A Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP) chega aos 175 anos de vida tendo diante de si velhos e novos desafios a serem superados. O serviço aos mais pobres, caminho histórico através do qual os vicentinos buscam sua santificação pessoal, se apresenta ainda mais desafiador, com novas formas de pobreza que exigem uma maior preparação e uma maior articulação dos trabalhos da SSVP, preferencialmente ao lado dos demais ramos da Família Vicentina.

Por outro lado a SSVP, como organização que se sustenta no trabalho voluntário de seus membros ativos, precisa estar atenta ao acolhimento e à forma como os novos membros da organização são integrados às suas fileiras.

Consciente dessa necessidade, o Conselho Nacional do Brasil decidiu priorizar em 2008 um trabalho integrado visando uma melhor preparação dos vicentinos para acolher aqueles que procuram a SSVP, interessados em fazer parte da Sociedade. O presente Plano apresenta as ações propostas para alcançar esse objetivo durante o ano de 2008.

2 - Motivação

Um dos grandes desafios de organizações como a SSVP está no acolhimento daqueles que desejam, de algum modo, associar-se a este grande movimento de caridade. Para enfrentar este desafio, não basta apenas estabelecer um conjunto de regras ou procedimentos que agradem aos novos membros do movimento [1]. O bom acolhimento requer, acima de tudo, uma mudança de hábitos, uma mudança de cultura interna, que permita a construção de uma estratégia para melhor receber e integrar os diversos públicos que procuram a SSVP, de modo especial os mais jovens. Talvez o primeiro passo para estabelecer essa estratégia seja responder à seguinte pergunta: O que buscam as pessoas quando procuram a SSVP?

Para estabelecer uma “Estratégia do Acolhimento” são necessários dois olhares, para dentro e para fora da SSVP. No contexto interno, precisamos identificar aqueles atributos que fizeram da SSVP esse grande movimento de caráter mundial, potencializando essas características para que as mesmas sejam nitidamente percebidas pelos novos membros.

Também é necessário um olhar para fora da SSVP, reconhecendo as mudanças vertiginosas no mundo moderno e identificando, em meio a tudo isso, como a SSVP deve se posicionar para continuar sendo uma opção atrativa para aqueles que

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procuram um lugar adequado para desenvolver a sua fé católica ou desenvolver um trabalho social.

No plano interno, podemos afirmar que a acolhida aos visitantes não têm sido a ideal, na maioria das nossas Conferências. Em muitas ocasiões, aqueles que nos procuram em nossas reuniões, desejosos de conhecer a Sociedade e se integrar ao trabalho dos vicentinos, nem sempre recebem a acolhida que os farão sentir-se em família e com vontade de retornar na semana seguinte. Às vezes os visitantes, presentes à reunião, não recebem a atenção devida do Presidente da Conferência ou de qualquer um dos seus membros. Ao final, vão embora sem terem recebido ao menos uma explicação sobre o que transcorreu na reunião e os propósitos de nossas atividades. Esses acontecimentos são, de certa forma, desastrosos para uma organização que sustenta o seu trabalho na atividade voluntária de seus membros.

Mas não basta apenas acolher, é preciso cativar as pessoas, oferecer a elas a oportunidade de se apaixonar pela SSVP. Se no primeiro contato não acontece uma boa acolhida, se o visitante não retorna, não será possível envolvê-lo de forma definitiva com o nosso trabalho, o que só é possível pela participação em nossas reuniões e através da prática do serviço ao pobre. Para exemplificar como é importante cativar as pessoas, tomamos emprestada uma frase de Dom Serafim Fernandes de Araújo, Cardeal Arcebispo Emérito de Belo Horizonte: “Vocês estão preocupados em que os

jovens se comprometam, mas eles primeiro precisam ser cativados” [1].

Para que uma estratégia de acolhimento tenha êxito, é preciso conhecer três dimensões [2]:

 Dimensão pessoal - A acolhida diz respeito, primeiramente, à pessoa na sua individualidade, modo de ser, liberdade, anseios. Na missão, Jesus chama seus discípulos pelo nome e respeita sua liberdade. Será que as nossas comunidades não crescem por causa do pouco caso que fazemos às pessoas e sua história, não dando o valor merecido e enfatizando só o que é negativo?

 Dimensão comunitária - A acolhida deve resgatar um sentimento efetivo de unidade de fé e vida na vivência cristã da comunidade. Será que nossas comunidades não se tornaram agrupamento de pessoas que, apesar de bem intencionadas, fazem seu apostolado sem se importarem com o verdadeiro sentido de convivência e partilha?

 Dimensão social – a estratégia de acolhimento deve considerar que a pessoa faz parte da sociedade na qual ela vive. Logo, essa mesma pessoa influi e é influenciada no lugar onde se situa.

Na reunião plenária do Conselho Nacional do Brasil, realizada em agosto de 2007 em Belo Horizonte/MG, foi aprovada a proposta da Coordenação Nacional das Conferências de Crianças e Adolescentes de estabelecer o ano de 2008 como o “Ano da Acolhida na SSVP do Brasil” [3]. Não só pelo momento especial que está vivendo a SSVP em nosso país, com o crescimento maravilhoso do trabalho das Conferências de Crianças e Adolescentes (CCAs) e a conseqüente migração de jovens destas conferências para as conferências de adultos a serem renovadas, tal decisão foi respaldada também pela percepção dos dirigentes da SSVP de que precisamos cuidar melhor daqueles que nos procuram para começar sua caminhada vicentina.

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3 - Acolhimento e SSVP

Como não poderia deixar de ser, a preocupação com o acolhimento e a integração de novos membros às fileiras da SSVP está presente desde os primeiros tempos da Sociedade.

Em diversas passagens do antigo Manual da Sociedade de São Vicente de Paulo [4] podemos encontrar trechos de circulares emitidas pelos antigos Presidentes Gerais que tratam dessa preocupação. Para exemplificar essa preocupação, apresentamos abaixo dois trechos da Carta do Presidente Geral Internacional Adolph Baudon, de 01/11/1851:

“... Lastimamos, com freqüência, em nossas Conferências, que se não dispense o devido acolhimento aos recenvindos, que os deixemos tomarem assento entre nós sem lhes dirigirmos uma palavra de cumprimento e animação e sem mesmo apresentá-los aos confrades antigos”.

“Que em cada Conferência haja um confrade designado pelo Presidente (quando não possa ser ele mesmo) encarregado de receber os novos confrades, iniciá-los nos usos da Sociedade, dar-lhes a conhecer o Regulamento e outras publicações nossas, pô-los em relações de estreita fraternidade com os outros confrades ...”

Acolher bem também é ajudar, através da transmissão de conhecimentos e experiências, no desenvolvimento dos recém-chegados à SSVP. Assim, deve-se comunicar aos novos membros:

• O espírito primitivo da SSVP; • A espiritualidade vicentina; • O carisma vicentino;

• A prática vicentina de serviço ao pobre; • O caráter mundial da SSVP.

Finalmente, deve-se comunicar àqueles que nos procuram a alegria de tê-los como novos membros da comunidade de fé que deve ser a Conferência, onde todos unidos, como uma verdadeira família, buscam o seu aperfeiçoamento espiritual através da prática da caridade.

4 – Estratégia e Plano de Ação

O presente planejamento, proposto pelo Conselho Nacional do Brasil da SSVP, consiste de um conjunto de estratégias e ações a serem desenvolvidas visando um maior nível de acolhimento em todos os segmentos da SSVP do Brasil.

O Plano de Ação será estruturado em três grandes linhas:  Ações de comunicação;

 Fornecimento de subsídios;

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As ações de comunicação devem criar o ambiente interno adequado para o envolvimento de todos os confrades e consocias na criação dessa “cultura do acolhimento”. Também as unidades vicentinas e demais serviços de apoio devem participar deste esforço. É preciso salientar que as ações de comunicação devem abranger a necessidade de comunicar o carisma e a vocação da SSVP para o serviço aos mais pobres, de modo que os novos membros, ao se aproximarem das Conferências, saibam exatamente os objetivos da Sociedade.

Considerando a complexidade da estrutura da SSVP e as dimensões continentais do país, será necessária a produção de subsídios para que todas as unidades vicentinas possam trabalhar o acolhimento em suas regiões.

Finalmente, para efetiva implantação das ações propostas pelo Conselho Nacional, será necessário o desdobramento das mesmas no plano de trabalho das demais unidades vicentinas dos escalões inferiores. Assim, será solicitado aos Conselhos Metropolitanos, Centrais e Particulares que estabeleçam ações complementares para a execução do Plano Nacional da Acolhida. Caberá à Presidência do Conselho Nacional o acompanhamento das ações de responsabilidade do Conselho Nacional, ficando a cargo dos Vice-presidentes Regionais o acompanhamento do desdobramento do Plano de Ação junto aos Conselhos Metropolitanos e Centrais.

É preciso atentar que o primeiro nível hierárquico a ser atacado fortemente por esse planejamento de ações é a Conferência. As nossas células-base deverão receber orientações e treinamento adequado para uma boa prática de acolher com atenção e carinho aqueles que nos visitam. O mesmo deverá ocorrer em relação às reuniões dos Conselhos dos diversos escalões e nas festividades da SSVP. Também nas Obras Assistenciais e nos escritórios da SSVP, onde os nossos funcionários recebem pessoas em nome da Sociedade, informando e orientando aqueles que nos procuram, esse esforço por um melhor acolhimento deverá ser sentido.

“Entretanto, não se deve esperar que os novos membros conheçam a Sociedade participando apenas das reuniões da Conferência. É preciso mostrar a eles que:

 São Vicente de Paulo nos ensina que a Caridade precisa ser organizada, pois caso contrário num dia se dá tudo, no outro não se dá nada;

 Nossos fundadores perceberam que não podiam ir aos Pobres de qualquer maneira, sem um mínimo de organização;

 As reuniões das Conferências assumiram este papel organizador da visita aos Pobres assistidos, inclusive até para definir critérios de quem seriam os assistidos da Conferência;

 vamos aos Pobres, mas de uma forma organizada” [5].

“Portanto, O que irá fazer o encantamento dos que se achegarem a nós, através de uma de nossas Conferências, é A VISITA AO DEUS SOFREDOR. Aí eles encontrarão o cerne de nossa vocação, de nossa Espiritualidade. Tudo o mais virá por acréscimo. Dessa forma, até a explicação do fato de existir reunião de Conferência passa a fazer sentido para os visitantes” [5].

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O quadro anexo apresenta um resumo das ações propostas e que deverão ser acompanhadas durante o período estabelecido para o Plano da Acolhida. As ações de responsabilidade do Conselho Nacional e os desdobramentos nos Conselhos dos diversos escalões, até chegar às Conferências, deverão ser acompanhadas, para verificar a eficácia das mesmas, efetuando-se as correções de rumo que se fizerem necessárias. Outras ações complementares também poderão ser propostas

Todo o esforço deverá ser empreendido visando a adesão de todos os vicentinos, de modo que a SSVP do Brasil consiga colher os frutos dessas ações, obtendo uma melhoria nos serviços prestados aos carentes, o que passa necessariamente pela valorização de nossos voluntários, e que começa obrigatoriamente pela acolhida fraterna daqueles que nos visitam e que são membros em potencial da SSVP.

5 – Referências

[1] Corazza, Ir. Helena, “Acolher bem ainda é um desafio para a Igreja Católica”, Jornal de Opinião nº 737, Ano 14, Belo Horizonte – MG.

[2] Diocese de São José do Rio Preto, “Comunicação e Acolhimento”, Site Entre Redes, 31 de maio de 2004.

[3] Lima, Júlio C. M., “Acolher Bem: O Desafio para a SSVP em 2008”, Boletim Brasileiro da SSVP, ano 130, No. 1, janeiro/fevereiro de 2008.

[4] Manual da Sociedade de São Vicente de Paulo, tradução da 21a. Edição francesa, Rio de Janeiro, 1954.

[5] Conselho Metropolitano de São Paulo da SSVP, “Acolhida – Sugestões para uma Estratégia de Trabalho”, setembro de 2007.

Cfd. Júlio César Marques de Lima Coordenador Nacional das Conferências de Crianças e Adolescentes

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SSVP – CONSELHO NACIONAL DO BRASIL

ANO DA ACOLHIDA – PLANO DE AÇÃO

AÇÃO

RESPONSÁVEL

PRAZO

1 – Editar e distribuir para a toda a SSVP uma Cartilha com

dicas gerais sobre Acolhimento. Conselho Nacional do Brasil (*) 90 dias

2 - Criar e manter uma página sobre Acolhida no Boletim

Brasileiro da SSVP. Departamento de Comunicação Imediato

3 – Editar e distribuir um folder sobre Acolhida na SSVP. Departamento de Comunicação 60 dias

4 – Editar e disponibilizar para aquisição o CD Institucional

da SSVP. Departamento de Comunicação 90 dias

5 – Solicitar aos demais órgãos de imprensa vicentina a

criação de uma página ou seção sobre Acolhida. Departamento de Comunicação Imediato

6 – Produzir uma edição especial do “Fala Presidente” sobre

o “Ano da Acolhida”. Departamento de Comunicação 60 dias

7 – Inserir banner permanente com chamada para o “Ano da

Acolhida” em destaque no site SSVP Online. Departamento de Comunicação 30 dias

8 – Solicitar a todas as unidades vicentinas que possuem

sites na internet a inserção na página principal de um banner

permanente com chamada para o “Ano da Acolhida”. Departamento de Comunicação Imediato

9 – Produzir matéria especial sobre o “Ano da Acolhida na SSVP do Brasil” para veiculação no Ozanam News e no site

do CGI. Departamento de Comunicação 120 dias

10 - Formatar módulo específico sobre Acolhimento para os

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AÇÃO

RESPONSÁVEL

PRAZO

11 – Solicitar às Coordenações da ECAFO nas Regiões e

nos CMs a inclusão do tema “Acolhimento na SSVP” nos

cursos regulares da ECAFO. Coordenação Nacional da ECAFO Imediato

12 - Solicitar às Coordenações de Juventude nas Regiões e nos CMs a inclusão do tema “Acolhimento na SSVP” nos

encontros promovidos pelas comissões de Jovens. Comissão Nacional de Jovens Imediato

13 - Solicitar às Coordenações de CCA nos CMs a inclusão do tema “Acolhimento na SSVP” em todos os encontros para

Orientadores e Coordenadores de CCAs. Coordenação Nacional CCA Imediato

14 – Propor ações específicas para trabalhar o acolhimento de jovens nas Conferências de Adultos, de modo especial aqueles transferidos das CCAs.

Comissão Nacional de Jovens

Coordenação Nacional CCA 90 dias

15 – Propor a Criação de Comissões informais responsáveis pela acolhida aos visitantes e novos membros das

Conferências nos níveis de Conselho Central e Particular. Conselho Nacional do Brasil Imediato

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