FARMACOLOGIA
KARIN BIENEMANN AULA 02
Administração de
medicamentos
É o processo de preparo e introdução de substância química no organismo humano, visando a obtenção de efeito terapêutico
Medicamento
Substância com propriedade de cura de doenças. Medicamento é sinônimo de fármaco e remédio.(dicionário Blackiston)
É toda substancia química que tem ação
Profilática (vacinas)
Terapêuticas/curativo (antibiótico)
Diagnóstica (contraste radiológico)
Paliativo: diminuem os sinais e sintomas da
doença (anti-hipertensivos, antitérmicos)
Farmacocinética – refere-se ao estudo do movimento que os fármacos administrados passa dentro do organismo durante sua absorção,
metabolismo e excreção.
Farmacodinâmica- refere-se ao estudo dos mecanismos relacionados a ação do medicamento e suas alterações bioquímicas ou fisiológicas no organismo.
TERMINOLOGIAS
Sinérgico:
quando as substâncias medicamentosas são associadas e uma potencializa o efeito da outra.
Forma farmacêutica: forma com se apresenta em comprimido, injetável, xarope
Fórmula farmacêutica: é a descrição do produto Exemplo:
Suspensão de neomicina composta: Sulfato de neomicina--- 1g Sulfadiazina---3g Pectina---0,65g
Cumulativo
quando a eliminação de medicamentos é mais lenta do que sua absorção, e a concentração do mesmo vai aumentando no
organismo. Se a administração for contínua, há um efeito cumulativo.
Ex.: digitalina
Agonista
Em bioquímica, um agonista é uma substância capaz de se ligar a um receptor celular e ativá-lo para provocar uma resposta
biológica, uma determinada ação na célula, geralmente similar à produzida por uma sustância fisiológica. Enquanto um agonista causa uma ação, um antagonista bloqueia a ação do agonista
Antagonista parcial/total: Um antagonista parcial
atua apenas em receptores bastante específicos e limitados, deixando outras opções para os agonistas. Independente da quantidade o parcial não vai
anular completamente os efeitos de um agonista. O total por outro lado atua em vários subtipos de um receptores tendo efeitos mais amplos. Em
farmacologia quanto mais específico menos efeitos colaterais, pois ele é selecionado para atuar apenas na fonte do problema sem interferir com as partes funcionando corretamente por isso os parciais são
mais usados. Porém, no caso de uma intoxicação que atue em um grande número de receptores um
EXEMPLOS
Outro exemplo de interação medicamentosa com
efeito antagonístico surge quando se toma um antiácido simultaneamente com um
anti-inflamatório - o pH do estômago precisa ser ácido para absorver o anti-inflamatório, diminuindo assim a absorção do medicamento.
Contraceptivos orais com antibióticos: os antibióticos
aceleram o metabolismo hepático dos
anticoncepcionais, aumentando consequentemente o risco da gravidez; os antibióticos também reduzem a flora bacteriana gastrointestinal residente,
responsável pela degradação das cápsulas dos contraceptivos orais, reduzindo a absorção do fármacos.
Cafeína Morfina
Aspirina e cafeína Sulfa
Dose –
Quantidade de medicamento que
deve ser administrado
Posologia –
dose de medicamento, por
dia ou período, para obtenção de efeito
terapêutico desejado. Ex: aspirina 100 mg
as 12:00
Dose terapêutica -
é a quantidade
mínima de um fármaco capaz de produzir
efeito desejado,
Dose mínima-
é a menor quantidade de
um medicamento capaz de produzir
efeito terapêutico.
Dose máxima –
é a dose maior capaz de
produzir efeito terapêutico sem
apresentar efeitos indesejáveis.
Dose de manutenção:
dose necessária
para manter os níveis desejáveis de
medicamento na corrente sanguínea e
nos tecidos durante o tratamento.
Dose letal –
é a quantidade de um
medicamento capaz de produzir a morte
do individuo.
Efeitos secundários –
efeitos dos
medicamentos que não sejam a ação
terapêutica para qual o produto é
utilizado. Ex: fenergam é um
anti-histaminico porém tem efeito sedativo.
Efeitos colaterais:
efeitos inoportunos
ligados a utilização normal de um
medicamento. Ex: captopril é
anti-hipertensivo produz tosse irritativa.
Efeito Adverso:
Efeito nocivo e incomodo
é conhecido tbm como reação adversa,
sua ocorrência não é esperada nem
Iatrogenia:
manifestações patológicas ou acidentais ligadas
ao emprego de um medicamento, da qual resultam
conseqüências prejudiciais para a saúde do paciente.
Efeitos Tóxicos –
reações provocadas por uma dose
excessiva ou por acumulação anormal do fármaco no
organismo.
Tolerância –
redução da resposta a um medicamento, após
administração repetida.
Efeitos antagônicos –
quando as drogas são associadas e
uma anula ou minimiza o efeito da outra. Ex: Antitussígeno e
expectorante – heparina e sulfato de protamina
Reação Alérgica:
reação que esta intimamente
relacionada com a
sensibilidade alérgica de cada
individuo.
Pode ser simples reação local:
vermelhidão (rubor), coceira
intensa (prurido) e edema
Quadros alérgicos mais graves como
anafilaxia
manifesta-se por estado de
inadequação circulatória (choque)
precedido por cianose de
extremidades,dispnéia súbita,
edema generalizado (face e glote).
Por ser de instalação súbita, é
necessário que o cliente seja
monitorizado antes, durante e algum
tempo após a administração
Ação dos
Medicamentos
Ação local:
quando age no local onde é aplicado – pele ou mucosa –
sem passar na corrente sanguínea, ou quando age diretamente no sistema digestório, sem passar pela corrente sanguínea, ou quando diretamente no sistema digestório ex: pomadas e loções, colírio, antiácidos.
Ação local:
Quando age no local onde é aplicado –
pele ou mucosa – sem passar na corrente sanguínea, ou quando age diretamente no sistema digestório, sem passar pela corrente sanguínea, ou quando age diretamente no sistema digestório ex: pomadas e loções, colírio, antiácidos.
Ação sistêmica
Quando seu principio ativo precisa ser absorvido e entrar na corrente sanguínea, para depois chegar ao local da ação.
Ex: AAS – VO – absorção no estomago/intestino
delgado – entra na corrente sanguínea – local (dor de cabeça) – alivia a dor.
Furosemida EV entra na corrente sanguínea e exerce sua função no rim.
Absorção –
é a passagem do fármaco do
local em que foi administrado para a
circulação sistêmica.
Constitui-se do transporte da substância
através das membranas biológicas.
Alguns fatores influenciam a absorção, tais
como:
características físico-químicos da droga,
perfusão sangüínea no local de absorção,
área de absorção à qual o fármaco é
exposto,
via de administração, forma farmacêutica,
entre outros.
Após a absorção do fármaco, um
fração deste geralmente se liga a
proteínas plasmáticas (principalmente a
albumina) ou proteínas de tecidos,
formando um complexo reversível.
A outra fração circula livremente pelo
fluido biológico.
É importante frisar que apenas a porção
livre, dissolvida no plasma, é
Vias de administração de fármacos
Via Gastrointestinal: oral, sublingual,retal
Via parenteral :
endovenosa (EV) ou intravenosa(IV)
Intramuscular (IM) Subcutânea (SC)
Intradérmica (ID)
Via Cutânea
Via Respiratória
Via Ocular
Via Nasal
Via Auricular - orelha
Cada uma dessas vias possui características
próprias, que influenciam na absorção
Outras vias administração:
Intratecal (intraraqueana) ou
intraraquidiana,
Intraperitoneal
Intra-óssea
Epidural
Intra-cardíaca
Endotraqueal
Excreção ou eliminação –
É a retirada do fármaco do organismo, seja na forma inalterada ou na de metabólitos(produto do metabolismo) ativos e/ou
inativos.
A eliminação ocorre por diferentes vias e varia conforme as características físico-químicas da substância a ser excretada rins, fígado,intestino, pulmões e glândulas exócrinas.
Medicamento Genérico:
Os medicamentos genéricos
possuem:
o mesmo princípio ativo,
na mesma dose e
na mesma forma farmacêutica,
sendo administrados pelas mesmas
vias e
com a mesma indicação
terapêutica do medicamento de
referência.
Os genéricos são garantidos pelo Ministério da Saúde. Para receber o registro, devem passar por testes de equivalência farmacêutica e bioequivalência,
ou seja,
os genéricos devem conter idêntica composição qualitativa e quantitativa do (s) princípio (s) ativo (s) e devem ser absorvidos da mesma forma da dosagem de um medicamento de
Formas farmacêuticas
Forma farmacêutica
é a forma final de como um medicamento se
apresenta: comprimidos, cápsulas, injetáveis,
etc.
Normalmente as drogas não são administradas,
no seu estado puro ou natural mas sim como
parte de uma formulação, ao lado de uma ou
mais substâncias não medicinais que
Formas de apresentação dos
medicamentos
Drágeas: o comprimido é revestido por uma solução de
queratina composto por açúcar e corante,
proporcionando melhora na sua liberação entérica,
facilita a deglutição e evita o sabor e odor do
medicamento.
Pílulas: pequenas drágeas
Pérolas: podem ser gelatinosas e conter medicamento
oleoso em seu interior
Supositório ou óvulos vaginais: tem forma alongada ou
ovóide.
Comprimido: medicação prensada, podem trazer uma
marca, como sulcos que facilitam sua divisão em partes.
Ex aspirina
Formas farmacêuticas
Cápsulas
: amido coloridos, gelatinosas com
medicamento interno de forma sólida, semi-sólida ou
líquida, sendo usado para facilitar a deglutição e a
liberação do medicamento na cavidade gástrica.
Pós:
é uma mistura de fármacos e ou substâncias
químicas finamente divididas e na forma seca. Alguns
pós são destinados ao uso interno e outros ao uso
Líquidas
Xarope: água+açúcar+medicação
Elixir: é uma solução que, além do soluto,
contém 20%álcool 20%açúcar
Tintura: é solução alcoólica forte
Extrato: retiradas de plantas e colocadas em
álcool que se evaporam restando o extrato.
Emulsão: combinação de dois líquidos que não
se misturam, caracterizados pelo óleo e
água. Ex emulsão de Scott
Suspensão: liquido que contem sólido que não
se dissolve, ficando o liquido suspenso.
GASOSO
São medicamentos administrados por inalação.
Oxigênio(O²) administrado por tendas, mascaras e cateres. Protóxido de Azoto: gás anestésico. Altamente inflamável Carbogênio: mistura de CO² +O²
Cápsulas de ação prolongada, retardada
ou contínua (retard)
– Libertação contínua e gradual do
fármaco devido aos diferentes níveis de
dissolução dos grânulos contidos na
cápsula.
– Reduz o número de doses a administrar
por dia
– Não devem ser trituradas, nem
mastigadas, nem o seu conteúdo
esvaziado para misturar com alimentos ou
líquidos – pode alterar a absorção.
FORMAS PARA USO PARENTERAL
• Grandes volumes
(nutrição parenteral prolongada)
• Pequenos volumes (ampolas, injeções) Intramuscular
Intravenoso Intraraquidiano
Intradérmico (pellets) implantes Subcutâneo
PRESCRIÇÕES MÉDICAS
Toda prescrição deve conter: Nome completo do paciente
Data e horário da realização da prescrição
Nome do medicamento (genérico ou comercial) Dose/dia
Forma
Via de administração
Resolução do COFEN 225 de 28 de
fevereiro de 2000, dispõe sobre
cumprimento de Prescrição
Medicamentosa/Terapêutica a
distancia:
Art. 1°- Vedado ao profissional de
enfermagem aceitar, praticar,
cumprir ou executar prescrições
medicamentosas/terapêuticas,
oriundas de qualquer profissional da
área da saúde, através de radio,
telefonia ou meios eletrônicos, onde
não conste a assinatura dos mesmos.
Art. 2º- Não se aplica ao artigo
anterior as situações de urgência,
na qual, efetivamente, haja
eminente e grave risco de vida
do cliente.
Art. 3º - Ocorrendo o previsto no
art. 2º, obrigatoriamente devera
o profissional de Enfermagem,
elaborar Relatório
circunstanciado e minucioso,
onde deve constar todos os
aspectos que envolverem a
situação de urgência, que levou
a praticar o ato, vedado pelo art.
1º.
Sistema de pesos e medidas
Unidades de massa e volume Siglas:
Kg – kilograma 1kg = 1000 g
G – grama 1 grama = 1000 mg Mg – miligrama
mL – mililitro 1000 ml = 1L
Centímetro cúbico cc ou cm3: é similar a ml, logo 1cc equivale a 1 ml
Conservação dos
Medicamentos
Devem ser guardados conforme orientação do fabricante constante nas bulas
Conservar em abrigo da luz Conservar em geladeira Conservar entre 10 a 25º C
Regras gerais
Ser prescrito pelo médico Prescrição deve ser
escrita e assinada
Toda prescrição deve conter: data, nome da
pessoa, registro, enfermaria, leito, idade, nome
do medicamento, dosagem, via de
administração, freqüência,assinatura do médico
Lavar as mãos antes de preparar e administrar o
medicamento
Fazer a desinfecção concorrente da bandeja
antes do preparo e depois da administração do
medicamento
Manter o local de preparo de medicamento limpo
e em ordem
Ao preparar e administrar , seguir a regra dos
“5 certos”
Cliente certo,
medicamento certo
via certa,
dose certa,
horário certo,
Certificar-se das condições de conservação
de medicamento (sinais de decomposição,
turvação, deterioração, precipitação)
Ler o rotulo 3 vezes
antes de retirar o recipiente do local
antes de preparar o medicamento e
antes de guardar o medicamento
Verificar data de validade do medicamento
Em caso de duvida, nunca administrar o
medicamento até que ela seja esclarecida
Antibióticos devem ser administrados no
máximo 30 minutos antes e 30 minutos depois
do horário prescrito
Anotar qualquer anormalidade após administração
do medicamento (vomito, diarréia, erupção,
urticária, etc.
CONCENTRAÇÃO - Não conversar durante o preparo
do medicamento para não desviar a atenção
A prescrição do cliente ou cartão de medicamento
deve ser mantido a vista do executante
Manter a bandeja de medicamento sempre a vista
do funcionário responsável pelo administração de
medicamento
Utilizar técnica asséptica ao manusear o
material esterilizado
Não administrar medicamento
preparado por outra pessoa
Manter sob refrigeração medicamento
como: insulina, vacinas, soro
antiofídico, antitetânica, anti-rábico,
supositórios, Nutrição Parenteral
Proteger medicamentos que alteram na
presença da luz, ar ou calor
Manter controle rigoroso sobre medicamentos
disponíveis - narcóticos são guardados em gaveta com chave
Identificar a pessoa internada, certificando-se do seu nome completo.
Manter-se junto ao paciente até que tome o medicamento.
Orientar o cliente quanto a: nome do
medicamento, ação da medicação,
procedimento, autocuidado (horário,
doses)
Orientar quanto ao perigo de automedicação
Posicionar a pessoa adequadamente,
mantendo-o confortável
Evitar movimentos desnecessários na
administração de medicamentos, o que
acarreta erros de postura e desconforto
físico
Identificar a seringa ou recipiente de via oral:
nome da pessoa, quarto, leito, via, nome do
medicamento, dosagem, diluição e nome
de quem preparou.
Inteirar-se sobre as diversas drogas, para
conhecer cuidados específicos ao
administrá-las:
melhor horário
diluição:formas, tempo de validade
ingestão com água, leite, sucos
antes durante ou após refeições
Incompatibilidade ou não de mistura de
droga
Checar prescrição após administrar medicamento
Após administrar medicação desprezar o material em seus devidos lugares
Circular o horário em que o paciente recusar ou, por qualquer motivo, o medicamento não ter sido administrado.