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CAPÍTULO. Salane Muchanga colhendo depoimento de uma mulher em Maputo. Foto de Mercedes Sayagues COBERTURA DO HIV E SIDA

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Academic year: 2021

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CAPÍTULO

6

COBERTURA DO

HIV E SIDA

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Outra grande preocupação transversal na comunicação social da região, para além do género, é a pandemia do HIV e SIDA. Ao nível interno esta tem tido consequência devastadoras para muitos órgãos de comunicação cujo pessoal tem sido afectado directa ou indirectamente. Os órgãos de comunicação social têm também um importante papel a jogar na educação do público sobre o HIV e SIDA bem como as suas dimensões do género. Este capítulo explora a abrangência da cobertura do HIV e SIDA em contraste às outras notícias. Isto inclui olhar para os tópicos; géneros jornalísticos; origem; âmbito geográfico; funções das fontes e quem reporta sobre HIV e SIDA. Os tópicos são desagregados em diferentes sub-tópicos para dar uma introspecção nas categorias mais reportadas. Cobertura do HIV e SIDA

A pesar de a pandemia do HIV e SIDA ser considerado uma das maiores preocupações do governo e ser reconhecidamente um problema também para o sector da comunicação social, este tópico recebe muito pouca cober tura da comunicação social em Moçambique. O gráfico 6.1

revela que do total das estórias monitoras, apenas 2% são sobre HIV e SIDA.

Esete cenário é idêntico em toda a região da SADC onde, como se pode ler no gráfico 6.2, a cobertura do HIV e SIDA pelos órgãos de comunicação social da região é de apenas 2%.

O gráfico abaixo ilustra como é que as estórias sobre HIV e SIDA foram cobertas pelos diferentes órgãos de comunicação social Moçambicanos, isto durante o período da monitoria.

De acordo com o gráfico 6.3 acima, a TIM é o órgão de comunicação que mais estórias sobre HIV e SIDA produziu ao longo do período de monitoria, com 7% do total das estórias sobre HIV e SIDA, seguido das Rádios Terra Verde e Voz Coop, ambas com 4%.

Este resultado reflecte uma redução na cobertura d o H I V e S I DA n a c o m u n i c a ç ã o s o c i a l Moçambicana, quando comparado com o Estudo Básico sobre o HIV e SIDA e Género de 2006, em que o nível de cobertura do HIV e SIDA em Moçambique se situava em 5%.

Grafico 6.1: Proporcao de estorias de HIV e SIDA comparado com o numero total

de estorias – Mocambique

Grafico 6.2: Proporcao de estorias de HIV e SIDA comparado com o numero total

de estorias - região 2% 98% 2% 98% Estorias de HIV Outras estorias Nacional

Grafico 6.3: Estorias sobre HIV e SIDA por orgao de comunicacao – Mocambique

Diario de Mocambique Zambeze Savana

Radio Voz Coop

Escorpiao

Noticias O Pais TIM

Radio Terra Verde

Estorias de HIV Outras estorias Radio Miramar 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 7 93 2 98 4 96 4 96 3 97 0 TVM STV Canal de Mocambique Domingo Radio Mocambique 0 2 98 3 97 1 99 2 98 2 98 2 98 2 98 3 97 3 97

(3)

O gáfico 6.4 acima ilustra o desempenho dos paises da região da SADC em relação à cobertura do HIV e SIDA, e constata-se que há uma tendência de redução da cobertura deste tópico em quase todos os paises, desde o último estudo básico sobre HIV e SIDA, com a excepção da Tanzania, RDC, Maurícia e Seycheles onde o nível de cobertura manteve -se igual ou aumentou ligeiramente em apenas um ponto percentual. A média de cobertura no estudo básico de 2006 era de 3% do total dos items monitorados, e neste estudo de progresso GMPS caiu para 2%. Tópicos

O gráfico 6.5 ilustra o desempenho dos órgãos de comunicação social em Moçambique, no tocante

Gráfico 6.4: Estórias sobre HIV e SIDA: GMPS versus estudo sobre HIV e SIDA - região

Regional Lesotho Zimbabwe Swazilandia Zambia

Estudo do HIV e SIDA GMPS

Mauritius Seychelles Moçambique Madagascar

RDC Botswana Malawi Namibia Tanzania

Africa du Sol 20% 18% 16% 14% 12% 10% 8% 6% 4% 2% 0% 19 12 3 2 10 4 7 4 5 3 5 2 5 2 4 3 3 2 2 2 2 2 23 2 1 1 2 1 1

à cobertura de HIV e SIDA, no actual estudo GMPS comparado com o estudo sobre HIV e SIDA. Nota-se uma grande redução da cobertura do HIV e SIDA desde o estudo sobre o HIV e SIDA de 2006, quando este assunto era coberto em 5%, contra os actuais 2% no GMPS. A TIM, a Rádio Voz Coop e a Rádio Terra Verde, são os órgãos de comunicação que mais cobriram o HIV e SIDA durante o período em análise, com 7% para o primeiro e 3% para os dois últimos.

Os jornais Notícias, Zambeze, Savana e Escorpião, cobriram o HIV e SIDA em 3%, isto é, acima da média nacional. Os restantes cobriram o HIV e SIDA numa percentagem igual ou abaixo da média nacional de 2%. 60% 55% 50% 45% 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% Geral

Gráfico 6.6: Tópicos de HIV e SIDA ao longo do tempo por órgão de comunicação

-Moçambique

Impacto Tratamento

Cuidados, apoioe direitos Prevencao 12 5 16 12 41 26 13 14 Nacional

Gráfico 6.5: Estórias sobre HIV e SIDA por órgão de comunicação: GMPS versus Estudo de HIV e SIDA - Moçambique

Diario de Mocambique

Zambeze Savana Radio Voz Coop

Escorpiao

Noticias TIM O Pais Radio Terra Verde Radio Miramar

12% 10% 8% 6% 4% 2% 0% 10 4 5 2 7 2 6 0 5 3 0 TVM STV Canal de Mocambique Domingo Radio Mocambique 0 3 2 0 1 0 2 0 2 0 2 0 3 0 3 0 3 0 4 0 7

O gráfico 6.6 ilustra a cobertura dos tópicos de HIV e SIDA em Moçambique ao longo dos tempos, e verifica-se um incremento nos assuntos gerais, de 15% no estudo básico sobre HIV e SIDA para 50% no GMPS, e nos assuntos relacionados com o tratamento, em dois pontos percentuais. Há uma redução drástica, de 47% no estudo básico sobre HIV e SIDA para 18% no actual GMPS sobre estórias que focalizam na prevenção. Isto é particularmente preocupante porque a estratégia de combate ao HIV e SIDA no país elegeu a prevenção como a área onde maiores esforços devem ser concentrados, mas mesmo assim a comunicação social Moçambicana não segue este ideal.

19 37

Estudo do HIV e SIDA GMPS

Estudo do HIV e SIDA GMPS

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O gráfico 6.7 acima mostra que a maioria da cobertura dos órgãos de comunicação social sobre HIV e SIDA ao longo do tempo concentrou-se nos assuntos gerais do HIV e SIDA, tendo registado um incremento de 19% no estudo básico de 2006, para 37% no GMPS. Outras áreas que receberam um incremento foram as áreas do impacto do HIV e SIDA (de 5% para 12%) e os cuidados, apoio e direitos receberam um incremento marginal de um ponto percentual desde o estudo básico sobre o HIV e SIDA.

Há também ao nível regional uma redução significativa das estórias sobre prevenção, de 41% nos estudo básico sobre o HIV e SIDA de 2006 para 26% no actual estudo GMPS. Isto revela uma direcção contrária aos esforços que estão sendo empreendidos pelos governos da região no sentido de reduzir os índices de novas infecções. Os assuntos sobre tratamento também reduziram ligeiramente, de 16% para 12%. 50% 45% 40% 35% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% Prevencao

Gráfico 6.7: Tópico de HIV e SIDA ao longo do tempo - região

Geral Tratamento

Cuidados, apoioe direitos

Impacto 41 26 13 14 19 37 12 5 16 12

Tópicos de HIV e SIDA Prevenção

• Estratégias de prevenção, métodos e técnicas de prevenção do HIV;

• O papel das relações de género na propagação da pandemia;

• A interseção entre género e HIV/SIDA;

• Práticas culturais (tais como teste de virginidade) e HIV;

• Pesquisa para os métodos de prevenção e tecnologias;

• Programas de redução de danos. Tratamento

• Tratamento e/ou cuidados para pessoas afectadas pelo HIV;

• Acesso ou implementação dos antiretrovirais, seu uso e eficácia;

Cuidados, apoio e ambiente

• Assuntos relacionados com HIV e direitos humanos;

• Direitos legais das pessoas vivendo com HIV; • Trabalho assistencial e a sua dimensão do género; • Crianças órfãs e vulneráveis afectadas pelo HIV. Impacto da pandemia

• Impacto Macro-económico do HIV;

• Impacto Micro-económico do HIV no local de trabalho e na comunidade

• Impacto do HIV nos diferentes sectores, por exemplo, a comunicação social, agricultura, mineração, meio ambiente, sociedade civil; • Impacto do HIV ao nível individual.

Geral

• Pessoas vivendo com ou afectados pelo HIV e SIDA;

• Perfil de pessoas no campo do HIV ou pessoas afectadas pelo HIV;

• Políticas governamentais sobre HIV;

• O papel dos órgãos regionais e internacionais no HIV/AIDS;

• Pesquisas e constatações estatísticas sobre HIV, o impacto da pandemia, indices de mortalidade, indices de infecção, etc.

• HIV/SIDA e a economia, pobreza; • Drogas e partilha de agulhas.

Estudo do HIV e SIDA GMPS

Jornalistas posicionados para a conferência de imprensa do MBS.

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A situação na região reflecte, de acordo com o gráfico 6.11 acima, o mesmo padrão observado em Moçambique. A maioria das estórias sobre HIV e SIDA produzidas na região foram originadas pelos jornalistas, quer no anterior estudo básico (74%) quer no actual estudo de progresso GMPS (68%). Origem

Noticias e breves

Gráfico 6.8: Tipos de estórias de HIV e SIDA - Moçambique

Editorial Artigos de fundoe analises

Opiniao e comentario Entrevista, perfil einteresse humano Cartoons, fotoreportagem e graficos 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 88 82 713 3 3 1 0 News and news briefs

Gráfico 6.9: Tipos de estórias de HIV e SIDA - região

Editorial

Features andanalysis Opinion and

commentaryInterview, profile

and human interestCartoons, photo essays and graphics 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 79 75 4 2 10 15 2 1 3 4 4 3

O gráfico 6.8 acima mostra que a maior parte das estórias sobre HIV e SIDA, quer no anterior estudo básico sobre HIV e SIDA, quer no actual GMPS, eram na forma de notícias ou breves, numa proporção de 88% no primeiro e 82% no segundo.

Nota-se um ligeiro incremento nas estórias sobre HIV e SIDA apresentadas sob forma de artigos de fundo e análises, numa proporção de 13% no actual estudo contra os 7% no anterior estudo básico.

Jornalista

Gráfico 6.10: Origem das estórias de HIV e SIDA - Moçambique

Agencia Autor desconhecido/

relatorio de tribunal/comunicado deimprensa Jornalista e AgenciaEscritor convidado

Jornalista

Gráfico 6.11: Origem das estórias de HIV e SIDA - Região

Agencia

Autor desconhecido/ relatorio de tribunal/comunicado deimprensa Escritor convidado Jornalista e Agencia 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 74 68 5 4 0 10 5 2 18 13 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 48 62 8 8 1 3 5 2 42 22 Géneros jornalísticos

Estudo do HIV e SIDA GMPS

1 0

Estudo do HIV e SIDA GMPS

A situação ao nível da região da SADC se assemelha a encontrada em Moçambique, com grande parte das estórias sobre HIV e SIDA a serem apresentadas na forma de notícias e breves, numa proporção de 79% do total das estórias sobre HIV e SIDA monitoradas no anterior estudo básico e 75% no actual GMPS. Verifica-se também um ligeiro incremento de artigos de fundos e análises sobre HIV e SIDA na comunicação social ao nível da região, de 10% no anterior estudo para 15% no actual GMPS.

Estudo do HIV e SIDA GMPS

Estudo do HIV e SIDA GMPS

O gráfico 6.10 acima mostra que a maioria das estórias de HIV e SIDA monitoradas para este estudo em Moçambique, foram originadas pelos próprios jornalistas, numa proporção de 62% contra os 48% no anterior estudo sobre HIV e SIDA. Revela também uma diminuição drástica de estórias originadas por autores desconhecidos, comunicados de imprensa e outros documentos, de 42% no estudo básico de 2006 para 22% no actual GMPS. Isto mostra uma melhoria na intervenção dos jornalistas na produção noticiosa sobre o HIV e SIDA em Moçambique.

Nota-se também um aumento substancial de estórias originadas por jornalistas e agências de notícias, e escritores convidados, em relação ao estudo anterior, em 3% e 2%, respectivamente.

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Verifica-se também um incremento das estórias originadas por autores desconhecidos ou por documentos e comunicados de imprensa, na ordem de 10%.

Âmbito geográfico (de onde vem as estórias)

Nacional

Gráfico 6.13: De onde veem as estória de HIV e SIDA - Região

Internacional Local/ comunitario Regional Provincia 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 55 56 13 12 6 8 8 8 19 15 Nacional

Gráfico 6.12: De onde vem as estórias de HIV e SIDA - Mozambique

Internacional Local/ comunatrio Provincia 45% 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% 40 0 17 45 35 14 19 0

Ao nível da região da SADC, conforme ilustra o gráfico 6.13 acima, a maioria das estória de HIV e SIDA são de âmbito nacional, numa proporção de 56%, representando um aumento de estória de HIV e SIDA neste âmbito, quando comparado com o último básico de HIV e SIDA, em que se situava em 55%. Este dado difere com a realidade de Moçambique onde nenhuma estória era de âmbito nacional.

Contrariamente ao que acontece em Moçambique, em que se verifica um crescimento de estórias sobre HIV e SIDA de âmbito local e comunitário e provincial, ao nível da região da SADC nota-se um decréscimo de quatro pontos percentuais nas estórias de âmbito comunitário e um aumento marginal de dois pontos percentuais nas estórias de âmbito provincial.

Nota-seuma relativa manutenção de estórias sobre HIV e SIDA de âmbito internacional, com tendência a reduzir de 13% no último estudo para 12% no actual GMPS. As estórias de âmbito regional mantém-se na mesma proporção de 8% nos dois estudos.

Funções

Funcionarios e Agencias das NU

Gráfico 6.14: Funções das fontes das estórias sobre HIV e SIDA - Moçambique

Sociedade civil e

ONGsEspecialistas

Pessoa afectada Pessoa vivendocom HIV/SIDA Lideres tradicionaise religiosos

Estudo do HIV e SIDA GMPS

O gáfico 6.12 acima ilustra a origem das estórias sobre HIV e SIDA monitoradas em Moçambique, e verifica-se que a maioria das estórias são de âmbito provincial (45%) e local ou comunitário (35%). Isto revela um crescimento de estórias provinciais, na ordem de 28% comparado com os resultados do último estudo básico de 2006, e um crescimento na ordem de 21% das estórias de âmbito comunitário, quando comparado com o estudo básico.

De todas as estórias sobre HIV e SIDA monitoradas para este GMPS, 20% eram de âmbito regional da SADC, significando um incremento na ordem de 10% em relação ao estudo básico, e nenhuma estória era de âmbito nacional ou internacional.

20

10

SADC

Estudo do HIV e SIDA GMPS

Estudo do HIV e SIDA GMPS 45% 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% 28 18 12 17 4 7 4 36 42 19 5 2

O gráfico 6.14 acima refere-se às pessoas que falam sobre HIV e SIDA nas estórias publicadas na comunicação social em Moçambique. Constata-se que a maior das estória de HIV e SIDA monitoradas no âmbito do presente estudo de progresso, GMPS, são contadas por ONG e organizações da sociedade civil, numa proporção de 55%, o que difere substancialmente em relação ao anterior estudo básico quando os oficiais do

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governos e agências das nações unidas é que dominavam as discussões sobre este tema, em 56%.

Verifica-se também um aumento da intervenção dos líderes tradicionais e religiosos nas discussões sobre HIV e SIDA, na ordem de 11%, passando de apenas 2% no anterior estudo básico para os actuais 13% do GMPS. A opinião dos especialistas também aumentou no debate sobre o HIV e SIDA nas estórias monitoradas, tendo passado de 2% no anterior estudo para 11%.

Interessante notar um ligeiro aumento das vozes de pessoas afectadas a falarem sobre o HIV e SIDA, que anteriormente era de apenas 2% e agora é de 5%. Preocupante a redução das vozes de pessoas que vivem com o HIV e SIDA, de 4% no anterior estudo para 3% no actual GMPS.

Grafico 6.16: Quem fala sobre HIV e SIDA – Mocambique

Grafico 6.17: Quem fala sobre HIV e SIDA - região

Mulheres Homes 18% 82% 20% 80%

O gráfico 6.16 acima mostra que, apesar de a p a n d e m i a d o H I V i n f e c t a r e a f e c t a r maioritariamente as mulheres, a maioria das estórias sobre HIV e SIDA publicadas na comunicação social em Moçambique são contadas por homens, numa proporção de 82%, contra os 18% de mulheres que falam sobre HIV e SIDA. Um pouco acima da média das fontes femininas na comunicação social em Moçambique, que é de 14%. Esta realidade não difere muito daquilo que acontece na região, onde conforme ilustra o gráfico 6.17, em média, na região da África Austral as estórias sobre HIV e SIDA são maioritariamente contadas por homens, numa proporção de 80% contra 20% das estórias contadas por mulheres. Esta média é ligeiramente superior a encontrada na comunicação social em Moçambique, que é de 18%.

Funcionarios e Agencias das NU

Gráfico 6.15: Funções das fontes de estórias de HIV e SIDA - região

Sociedade civile ONGsEspecialistas

Pessoa vivendo com

HIV e SIDAPessoa afectada Lideres tradicionaise religiosos

45% 40% 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% 42 19 28 18 12 17 4 7 2 5 4 36

Estudo do HIV e SIDA GMPS

Quem fala sobre HIV e SIDA

O gráfico 6.15 acima revela que a maioria das estórias sobre HIV e SIDA publicadas na comunicação social da região, no período da monitoria, são contadas por pessoas vivendo com o HIV e SIDA na ordem de 41%, o que representa uma ligeira queda em relação ao anterior estudo básico em que este grupo constituía 44% das fontes das estórias sobre HIV e SIDA.

Reduziu também a participação das organizações da sociedade civil e ONG, pessoas afectadas e especialistas no debate sobre HIV e SIDA na comunicação social da SADC, em 16%, 31% e 9%, respectivamente, em relação ao anterior estudo básico.

A proporção da participação dos oficiais do governo e agências das NU e dos líderes tradicionais e religiosos, mantém-se inalterável, com tendência

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Nacional

Gráfico 6.19: Quais são os órgãos que falam sobre HIV e SIDA - Moçambique

Radio Terra VerdeRadio Mocambique

Diario de Mocambique Noticias TVM Savana 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 46 41 35 50 29 8 59 35 42 26 36 33

Grafico 6.21: Pessoas vivrndo com HIV/SIDA como fonte de

informação - Moçambique

Grafico 6.22: Pessoas vivendo com HIV/SIDA como fonte de

informação - região

Pessoas vivendo com HIV Outros 3% 97% 7% 93% Regional

Figure 6.20: Quem fala sobre HIV e SIDA ao longo do tempo - região

Zimbabwe Lesotho Zambia Swazilandia Mauritius

Seychelles Madagascar Moçambique RDC Botswana Tanzania Malawi Namibia Africa du Sol 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 75 60 45 75 67 36 62 23 59 56 58 64 58 50 52 45 41 44 37 23 37 39 33 44 32 44 30 23 15 10

Ao nível da região da SADC a média das estórias contadas por mulheres e 20%, contra os anteriores 39% encontrados no estudo anterior em 2006. De acordo com gráfico 6.20 acima, os únicos paises que registaram um aumento no número de estória de HIV e SIDA contados por mulheres foram as Seychelles e a RDC, que aumentaram de 44% para 56%, e 23% para 26% respec tivamente. Moçambique regista uma redução no número de estórias sobre HIV e SIDA contadas por mulheres, de 38% no GMBS para 18 no actual estudo GMPS. De acordo com gráfico 6.21, de todas as estória que falam sobre o HIV e SIDA em Moçambique, apenas

Nacional

Gráfico 3.18: Funções das fontes femininas e masculinas - Moçambique

Escorpiao Zambeze Radio Mocambique STV Noticias TVM Canal de Mocambique Savana Diario de Mocambique Mulheres Hommes O Pais 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 50 50 18 82 33 67 33 67 31 69 0 Domingo

Radio Voz Coop Radio Miramar

TIM Radio Terra Verde

0 27 73 14 86 0 0 0 0 0 0 0 45 0 46 41 35 50 STV Zambeze

O gráfico 6.18 acima mostra que a maioria das pessoas que falam sobre HIV e SIDA são homens, numa proporção de 82%. A desagregação destes dados pelos órgãos de comunicação social indica que as estórias sobre HIV e SIDA contadas por mulheres foram publicadas no Savana, Diário de Moçambique, ST V, Zambeze, T VM e Rádio Moçambique.

Fontes de notícias

O gráfico 6.19 acima ilustra a distribuição das estória sobre HIV e SIDA por órgão de comunicação nacional, e pode-se ler que o semanário Savana é o que mais estórias de HIV e SIDA publicou durante

Estudo do HIV e SIDA GMPS

o período da monitoria com 50%, seguindo-se o Diário de Moçambique e a STV ambos com 33%, e o semanário Zambeze com 31%.

Estudo do HIV e SIDA GMPS

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Figure 6.23: Quem reporta sobre HIV e SIDA – Moçambique

Grafico 6.24: Quem reporta sobre HIV e SIDA - região

Mulheres Hommes 10% 97% 37% 93%

3% delas são contadas pelas pessoas que vivem com o HIVe SIDA, as restantes são contadas por outras pessoas. Esta média é relativamente inferior à média regional, que é de 7% conforme ilustra o gráfico 6.22 ao lado.

Repórteres

Apenas 10% das estórias sobre HIV e SIDA monitoradas na comunicação social em Moçambique são, de acordo com o gráfico 6.23, reportados por mulheres. As restantes são reportadas por homens. Esta realidade contrasta com o que acontece na comunicação social ao nível da região, onde a média das estórias sobre HIV e

SIDA reportadas por mulheres durante o período, é de 37%.

Nacional

Grafico 6.25: Quem reporta sobre HIV e SIDA - Moçambique

TVM Noticias

Canal de Mocambique

Zambeze Escorpiao Diario de Mocambique

Radio Voz Coop STV Savana Mulheres Hommes Radio Miramar 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 0 10 90 50 50 20 80 11 89 TIM 0 0 0 0 0 0 0

O gráfico 6.25 acima mostra que a maioria das estórias sobre HIV e SIDA foram reportadas por jornalistas homens, numa proporção de 90% contra 10% de estórias sobre HIV e SIDA reportadas por mulheres.

Todas as estórias sobre HIV e SIDA monitoradas na STV foram reportadas por mulheres, enquanto que

no semanário Savana há um equilíbrio de repórteres masculinos e femininos que cobriram o HIV e SIDA, numa proporção de 50% para ambos os sexos. Os jornais Zambeze e Notícias, são outros órgãos de comunicação onde as repórteres femininas reportaram sobre HIV e SIDA, numa proporção de 20% e 11% respectivamente.

Regional

Grafico 6.26: Quem reporta sobre HIV e SIDA - região

Seychelles Africa do Sul Mauritius Zimbabwe Botswana Namibia Moçambique Zambia Lesotho RDC Malawi Swazilandia Madagascar Tanzania 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 64 36 37 63 60 40 56 44 50 50 45 55 44 56 44 56 44 56 39 61 36 64 23 77 23 77 23 77 10 90 Mulheres Hommes

O gráfico acima mostra a distribuição das estórias de HIV e SIDA reportadas por mulheres na região da SADC, comparando o estudo básico de 2006 e o actual GMPS. A média das estória de HIV e SIDA

reportadas por mulheres na região é de 37% no actual GMPS, o que significa uma queda de oito pontos percentuais em relação ao estudo anterior do GMBS.

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Conclusões

Os par ticipantes do workshop consultivo manifestaram grande preocupação com o baixo nível de cobertura do HIV e SIDA no país. Reconheceram que este assunto deveria merecer maior atenção por par te dos órgãos de comunicação social, por um assunto que afecta a todos sem distinção.

O período da monitoria teve lugar durante a campanha eleitoral, e a ausência deste tópico na cobertura jornalística durante este período releva que esta preocupação não constituia ponto de agenda dos partidos políticos.

Os participantes indicaram também que o baixo nível de cobertura do HIV e SIDA pode ser explicado

pelo facto de ser um assunto ainda considerado tabú na nossa sociedade, e por isso poucas pessoas se sentirem à vontade para falar abertamente do assunto. Igualmente, o facto de o HIV e SIDA serem temas que tem uma forte carga de estigma, as pessoas infectadas ou afectadas dificilmente falam para a comunicação social. Mas uma vez, os participantes do workskhop sentem haver dificuldade para reportar sobre um assunto de que não se fala abertamente.

As poucas estórias sobre HIV e SIDA que foram publicadas durante este período foram na forma d e n o t í c i a s e b r e v e s , b a s e a d o - s e e m pronunciamentos de organizações da sociedade civil e ONGs.

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