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Cenário macro - Global

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Academic year: 2021

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Cenário macro - Global

11 de junho de 2021

A última página deste relatório contém informações importantes sobre o seu conteúdo.

Os investidores não devem considerar este relatório como fator único ao tomarem suas decisões de investimento.

Em meio a recuperação, commodities sustentam ativos de emergentes,

mas inflação nos EUA é um risco

Emergentes provavelmente terão avanço da

vacinação e controle da pandemia

Os EUA e a Europa conseguiram algum grau de controle da pandemia de Covid-19 por meio da vacinação, e agora progridem na direção de uma reabertura consistente das economias. Os países emergentes também seguem na mesma direção. Aparentemente, o pior momento da última onda mortal da doença ficou para trás e as campanhas de vacinação estão ganhando velocidade. Na China, a vacinação acelerou bastante em maio e provavelmente atingirá a meta oficial de imunização de 40% da população em meados de junho. Nos outros emergentes, o ritmo de vacinação deve

melhorar, uma vez que as 3,1 bilhões e 3,3 bilhões de doses estimadas para o 3T21 e o 4T21,

respectivamente, serão fornecidas principalmente para essas nações. Na América Latina, a pior fase da última onda provavelmente já passou, embora os casos ainda estejam aumentando em alguns países. A expectativa é que a região continue marchando em direção ao controle definitivo do vírus nos próximos meses. Os mercados emergentes da Ásia também estão conseguindo conter o vírus. Houve um

arrefecimento dos novos casos na Índia e no Sudeste Asiático e a imunização atingirá 60% da população até o 4T21. Essa aceleração na vacinação reduzirá a

diferença entre os países desenvolvidos e

emergentes, que atingiu seu ponto máximo no 2T21. Isso potencialmente permitirá o controle do vírus em nível global até o final do ano.

Panorama geral: mortes em queda

Fonte: Johns Hopkins 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 fe v -20 ab r-2 0 jun -20 ag o-20 ou t-20 de z -20 fe v -2 1 ab r-2 1 jun -21 EUA Zona do Euro China Emergentes ex-China Latam Novas mortes (7d) / 100k

 Os países emergentes provavelmente terão avanço da vacinação e controle da pandemia nos próximos

meses.

 EUA: O risco de inflação persiste, mas a pressão tende a ser temporária. Estimamos o núcleo do PCE em

2,9% em 2021 e 2,3% em 2022 com a retirada gradual de estímulos pelo Federal Reserve.

 China: A retirada de estímulos está ocorrendo de forma gradual, reduzindo o risco de uma desaceleração

excessiva da atividade econômica. Mantivemos a previsão para o crescimento do PIB em 2021 em 8,5% e elevamos a estimativa de 2022 de 5,0% para 5,8%.

 Zona do Euro: A recuperação deve ganhar força, levando o PIB da região de volta à tendência pré-pandemia

até o fim do ano.

 Commodities: Preços devem se estabilizar em níveis favoráveis, reduzindo a pressão inflacionária, mas

continuando a dar suporte às exportações e às moedas de países emergentes.

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2

Panorama geral: vacinação avançou no mundo, emergentes são os próximos

Fonte: Our world in Data

Novas cepas de vírus não atrapalharam a eficácia da vacina. Estudos e dados de prestadores de serviços de saúde mostram que as vacinas atuais estão funcionando contra todas as cepas de vírus conhecidas. Surtos localizados ocorridos

recentemente – como no noroeste da Inglaterra e a nova onda no Chile – se concentram entre parcelas menos vacinadas da população. Além disso, à medida que a distribuição de vacinas aumenta, o risco de novas variantes tende a diminuir, devido à maior taxa de imunização.

EUA: Pressões inflacionárias mais transitórias

(por ora) devem permitir retirada gradual de

estímulos pelo Fed

Inflação e salários vieram acima do projetado devido à reabertura da economia e aos gargalos de oferta. A inflação foi maior do que o esperado em divulgações recentes, com a taxa de 12 meses do núcleo do PCE atingindo 3,1% em abril e o núcleo do CPI (preços ao consumidor) alcançando 3,8% em maio, sustentado por itens relacionados à reabertura e à normalização da mobilidade social, como passagens aéreas e hospedagem, além de gargalos em alguns segmentos, como o de automóveis usados. Além disso, a escassez de mão de obra (provavelmente temporária) restringe as contratações e eleva salários em um momento em que a demanda é muito forte. O ganho médio por hora trabalhada aumentou 0,7% na comparação mensal em abril e 0,5% em maio.

Ao nosso ver, essas pressões de inflação/salário são transitórias. Nossa projeção para o núcleo do PCE em 2022 permanece inalterada em 2,3%. Esses efeitos provavelmente continuarão por alguns meses e agora esperamos que o núcleo do CPI atinja 3,2% e o núcleo do PCE alcance 2,9% no final deste ano. No entanto, esses movimentos devem se dissipar até o fim ano. De fato, esperamos que a normalização total da economia eventualmente acabe com o efeito da reabertura sobre os preços. O aumento da produção deve eliminar os gargalos de oferta. E as restrições à oferta de mão de obra também devem diminuir com o vírus sob controle, a reabertura das escolas e o encerramento dos benefícios suplementares aos desempregados. Portanto,

mantivemos a previsão para o núcleo do PCE no final de 2022 em 2,3%.

O banco central (Federal Reserve) deve começar a discutir a redução no ritmo de compras mensais de ativos (tapering) em junho, anunciar um cronograma em novembro e iniciar o processo no 1T22. Os membros do comitê de política monetária (FOMC) sinalizaram que já iniciaram discussões, embora

informais, sobre a retirada de estímulos, indicando o tom da reunião de junho. À medida que fatores temporários de inflação e oferta de mão de obra se dissipam e as perspectivas se tornam mais claras, o Fed provavelmente discutirá o cronograma de retirada de estímulos no 4T21. Esperamos que o banco central anuncie até novembro que a retirada começará no 1T22.

Nossas previsões para o crescimento econômico e o rendimento dos títulos do Tesouro ficaram

inalteradas. Projetamos expansão do PIB de 6,7% este ano e 4,7% em 2022. Os rendimentos dos papéis do Tesouro com prazo de 10 anos devem ficar em 1,7% e 2,5%, respectivamente.

China: Retirada de estímulos continua de

forma gradual, reduzindo a chance de uma

desaceleração excessiva da atividade

econômica

A atividade econômica se manteve em bom ritmo, mostrando sinais iniciais de migração do

crescimento das exportações para

consumo/serviços. Em maio, a sondagem do setor industrial (PMI) e as exportações mostraram alguma moderação a partir dos elevados patamares observados recentemente. Paralelamente, a sondagem do setor de serviços e as importações melhoraram no período, mostrando que o crescimento está migrando da exportação para a economia doméstica.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% jan -21 fe v -21 m a r-2 1 ab r-2 1 ma i-21 EUA Zona do Euro Latam Emergentes ex-China China

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Crescimento migrando das exportações para a economia doméstica

Fonte: Haver

O consumo deve avançar ainda mais, compensando a desaceleração no setor de imóveis residenciais. O crescimento do gasto do consumidor provavelmente voltará à tendência pré-Covid à medida que as famílias reduzem a poupança precaucional, reagindo à melhora da confiança na economia (particularmente no mercado de trabalho – ver gráfico). A recuperação do crescimento global dará suporte à manufatura. O setor de imóveis residenciais deve perder força no 2S21 devido ao recente aperto da política governamental, mas o risco de problemas é baixo, dado que os estoques ainda são limitados e não houve excesso de crédito no setor, como ocorreu em ciclos passados.

A ausência de mudanças bruscas nas políticas públicas reduz o risco de uma desaceleração excessiva da economia. Com a atividade econômica voltando à tendência vista antes da pandemia, as autoridades vêm reduzindo os estímulos para estabilizar a alavancagem macroeconômica. A expansão do crédito deve recuar para 11% em 12 meses até o final do ano, vindo de 13,4% em 2020, sendo que a redução (cerca de 200 p.b.) ocorrerá principalmente no 2T21. As autoridades reafirmaram recentemente que não haverá mudança brusca nas políticas públicas para apoiar uma recuperação sustentada, que "ainda é desigual e sua base ainda não sólida". A atenção agora está nas pequenas e médias empresas, que ainda estão se recuperando do choque causado pelo vírus, o que afeta o mercado de trabalho informal. As autoridades também prometeram acelerar reformas estruturais, com foco no

crescimento de longo prazo e no controle de riscos estruturais, como a dívida pública dos governos locais, os preços dos imóveis residenciais e a concorrência justa em plataformas de internet.

Mantemos nossa previsão para o crescimento do PIB em 2021 em 8,5% e elevamos a estimativa para 2022 de 5,0% para 5,8% (veja nosso relatório Cenário China). Vemos a taxa de câmbio em 6,50 yuans por dólar no fim do ano e em 6,60 yuans por dólar (comparado a 6,75 anteriormente) em 2022, em linha com a melhora do cenário doméstico, mas ainda refletindo um dólar mais forte em nível global.

Consumo deve compensar desaceleração em investimento imobiliário

*taxa de crescimento anual composta Fonte: Haver analytics

Zona do Euro: Recuperação ganhará fôlego e

PIB alcançará tendência pré-pandemia até o

fim do ano

Os países europeus começaram a reduzir as restrições à circulação em maio. A recuperação econômica ganhará força a partir do 2T21. Com o recuo das infecções por Covid-19 e o ritmo acelerado de vacinação, os países do bloco começaram a reverter as restrições relacionadas à pandemia. Os indicadores de mobilidade e serviços começaram a subir. Índices associados ao varejo e ao consumo de serviços, como os índices de mobilidade e recreação do Google e o índice Open Table, que acompanha reservas em restaurantes na Alemanha, avançaram a partir de níveis deprimidos no final de maio (ver gráfico).

45 48 50 53 55 58 60 48 49 50 51 52 53 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 Sondagem de manufatura (PMI)

Sondagem de serviços (PMI) (dir.)

-30 -20 -10 0 10 20 30 -15 -10 -5 0 5 10 15 ab r-1 6 ag o-16 d e z -1 6 ab r-1 7 ag o-17 de z -17 ab r-1 8 a g o -1 8 d e z -1 8 ab r-1 9 ag o-19 de z -19 ab r-2 0 a g o -2 0 de z -20 ab r-2 1 ag o-21 de z -21

Construção iniciada (dir.)

Consumo das famílias

variação anual (2YCAGR* em 2021)

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4

Mobilidade e serviços recuperando na Zona do Euro

Fonte: Google, Tomtom, OpenTable, Haver Analytics, Bloomberg, Itaú

Esperamos crescimento de 1,6% no 2T21, após contração de 0,3% no 1T21. A expansão deve então se acelerar para 3,0% no 3T21, de acordo com nossas estimativas. Ainda há poucos dados concretos de atividade econômica disponíveis para o 2T21, mas indicadores de alta frequência, como os índices de mobilidade e serviços já mencionados e indicadores de confiança como o PMI já apontam para crescimento no 2T21.

Seguimos com a opinião de que os danos

econômicos permanentes serão limitados na Zona do Euro. Projetamos crescimento do PIB de 4,9% em 2021 e 5,2% em 2022, impulsionado por uma resposta robusta das autoridades e uma

reabertura consistente. Ao nosso ver, a combinação de forte resposta fiscal e monetária e vacinação generalizada permitirá que as economias europeias voltem aos níveis anteriores à pandemia.

Commodities: Preços devem se estabilizar em

níveis historicamente elevados, reduzindo a

pressão inflacionária, mas continuando a dar

suporte às exportações e moedas de países

emergentes

Os preços dos grãos provavelmente atingiram o pico, dado que os preços atuais incentivaram plantio recorde. No entanto, ainda há riscos

climáticos significativos nos EUA e no Brasil. Houve moderação nos preços de milho e soja nas últimas

semanas, já que o processo de plantio avançou nos EUA e os relatórios iniciais sobre as condições das lavouras sinalizam boa qualidade para a safra atual de 2022. Embora os dados até o momento estejam mostrando boas perspectivas para a próxima safra, ainda há riscos, uma vez que as incertezas relacionadas ao clima permanecem significativas em um ambiente de estoques apertados. Do lado da demanda, as

importações da China continuam robustas, uma vez que o país ainda está recompondo o rebanho de suínos após o surto da Peste Suína Africana em 2018. Esperamos que o milho alcance US$ 6,0/bushel até o final deste ano e US$ 5,0/bushel em 2022. Para a soja, esperamos preços em US$ 13,5/bushel em 2021 e US$ 12,0/bushel em 2022. Mesmo com a expectativa de safra maior em 2021-22, os estoques mais apertados devem manter os preços dos grãos elevados no próximo ano. O tempo seco no Brasil e nos EUA é o principal risco para esse cenário.

No mercado de metais, o preço do minério de ferro também parece estar no pico, neste momento em que a China restringe a política governamental e o consumo global migra de mercadorias para serviços. A volatilidade do minério de ferro aumentou em maio, com a tonelada atingindo US$ 230 antes da correção para perto de US$ 200, após esforços da China para esfriar o mercado de commodities. O cobre permaneceu em torno de US$ 10.000/lb. O estímulo ao setor de infraestrutura nos países desenvolvidos poderia ajudar a sustentar os preços, mas é provável que ocorra uma correção. Olhando adiante, com a continuação da distribuição de vacinas, esperamos migração do

consumo de bens para serviços, diminuindo a demanda por metais. O ritmo da construção civil na China também deve diminuir ao longo do 2S21.

Projetamos a tonelada do minério de ferro em US$ 130 (US$ 200 atualmente) no final deste ano e em US$ 105 em 2022. Já a cotação do cobre é estimada em US$ 9.200/lb (US$ 9.900 atualmente; previsão anterior: US$ 8.800) no fim de 2021 e em US$ 9.300/lb em 2022 (US$ 9.000 anteriormente). Os preços do petróleo permanecem sustentados pela demanda que se recupera para níveis pré-Covid. Enquanto isso, a produção nas plataformas de petróleo dos EUA tem reagido de forma menos intensa aos maiores preços desta vez. Assim, tanto os preços do barril do tipo WTI quanto do Brent estão mostrando algum suporte em torno de US$ 60-70. Vemos a OPEP+ normalizando gradualmente a produção ao longo do próximo ano. Nos EUA, a 0 20 40 60 80 100 120 140 160 jan -20 fe v -20 ma r-2 0 ab r-2 0 ma i-20 jun -20 jul -20 ag o-20 s et-20 ou t-20 no v -20 de z -20 jan -21 fe v -21 ma r-2 1 ab r-2 1 ma i-21 jun -21

Google Mobility Comércio e Recreação (mm7d)

Mobilidade Zona do Euro

Reservas OpenTable (Alemanha, mm7d) Indicador diário de atividade Índice, 100 = nível pré pandemia

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5

produção de petróleo pode retornar a uma trajetória mais lenta, uma vez que os produtores de xisto podem adotar uma abordagem mais conservadora

(desalavancagem e retorno aos investidores).

Projetamos o barril Brent em US$ 65 em 2021 e US$ 70 em 2022.

Mesmo com alguns preços atingindo o pico agora, entendemos que as perspectivas das commodities ainda serão favoráveis aos países emergentes, com redução das pressões inflacionárias, mas com preços em níveis historicamente altos, dando sustentação às moedas dos produtores de

commodities. A correção ou estabilização que esperamos para os preços das commodities ajudará a aliviar as recentes pressões inflacionárias. No entanto, os preços provavelmente permanecerão em níveis favoráveis, ajudando os saldos em conta corrente e os fluxos cambiais nas economias exportadoras de commodities. Até o momento, as moedas de nações emergentes ainda não se beneficiaram totalmente da disparada dos preços das commodities. Assim, mesmo com alguma correção nessas cotações, prevemos valorização cambial para as moedas da Austrália, Rússia, Colômbia, Chile, África do Sul e Brasil (ver gráficos no final do texto).

América Latina: Crescimento mais forte e

inflação mais alta levam a aperto monetário

mais abrangente

A perspectiva política na região segue com incerteza elevada. No Chile, a composição da assembleia constitucional aumenta a chance de mudanças na estrutura favorável aos negócios e estas alterações podem ser mais profundas do que se esperava. A fraqueza da coalizão de direita nas eleições para a assembleia constitucional também é consistente com a maior chance de aprovação de leis de cunho populista antes da próxima eleição

presidencial, no 4T21. Na Colômbia, protestos recentes sinalizam que a consolidação fiscal será desafiadora, o que levou a agência S&P a retirar o grau de investimento do país. No Peru, até a publicação deste relatório, a contagem de votos mostrava margem ínfima em favor do candidato de esquerda Pedro Castillo sobre Keiko Fujimori. Portanto, o resultado da corrida presidencial permanece incerto. Por outro lado, as eleições legislativas no México reduziram a participação da coalizão dominante na Câmara, o que restringirá mudanças constitucionais que o presidente Andrés Manuel López Obrador possa buscar.

Apesar das incertezas domésticas, elevamos as estimativas de crescimento em 2021 na maioria dos países da região. A atividade na América Latina tem se mostrado melhor do que o esperado, já que as economias parecem estar mais bem adaptadas para operar sob restrições de mobilidade, enquanto fatores externos (forte crescimento das economias centrais e preços elevados das commodities) ainda são

favoráveis e os estímulos macroeconômicos foram mantidos, de modo geral. Embora a pandemia ainda seja o principal risco, a vacinação provavelmente irá conter a disseminação da COVID-19 e permitirá uma maior reabertura econômica. Para a Argentina, no entanto, deixamos a previsão de crescimento inalterada (em 6,0%) apesar do forte carrego estatístico, dado que as políticas governamentais continuam se deteriorando e um acordo com o FMI (que forneceria uma âncora necessária para as políticas públicas) é improvável antes das próximas eleições — e incerto mesmo depois das votações. Dado o ambiente mais benigno para o crescimento e pressões inflacionárias mais intensas, um número maior de bancos centrais da região adotaram uma postura mais restritiva e devem começar a subir as taxas de juros em breve. Agora prevemos quatro acréscimos da ordem de 0,25 p.p. no Chile este ano (nosso cenário anterior contemplava apenas um aumento). No México, esperamos que a autoridade monetária anuncie dois acréscimos no 2S21, elevando a taxa básica a 4,5%. O Banco Central do Brasil – que já iniciou um ciclo de

normalização – agora deve levar a taxa Selic a 6,0% antes do final deste ano (prevíamos 5,5% no cenário anterior). Na Colômbia, a instituição ainda não sinalizou mudanças nos juros, portanto, uma retirada de estímulos é improvável no curto prazo (vemos o primeiro aumento até o final deste ano) a menos que as condições financeiras sofram aperto significativo (o que não pode ser descartado, dada a turbulência política e os amplos déficits duplos do país).

Juros mais altos em um ambiente global benigno, juntamente com menor incerteza política e fiscal (pelo menos no curto prazo), devem continuar a beneficiar o real e o peso mexicano. Agora vemos a moeda brasileira em R$ 4,75 por dólar até o final deste ano, enquanto a moeda mexicana deve se fortalecer para 19 pesos por dólar no mesmo período.

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6

Global | Dados e projeções

50 100 150 200 250 300 350 400 0 20 40 60 80 100 120 20 11 20 12 20 13 20 14 2 0 1 5 20 16 20 17 20 18 20 19 20 20 20 21 20 22

BRL (soja, minério de ferro, carvão)

jan/2011 = 100

Índice de preços de commodities

Taxa de câmbio (dir.)

70 90 110 130 150 170 190 210 0 20 40 60 80 100 120 20 11 20 12 20 13 20 14 20 15 20 16 20 17 20 18 20 19 20 20 20 21 20 22 CLP (cobre) jan/2011 = 100

Índice de preços de commodities

Taxa de câmbio (dir.) 70 120 170 220 270 320 0 20 40 60 80 100 120 20 11 20 12 20 13 20 14 20 15 20 16 20 17 20 18 20 19 20 20 20 21 20 22

ZAR (ouro, platina, minério de

ferro) jan/2011 = 100

Índice de preços de commodities

Taxa de câmbio (dir.) 70 120 170 220 270 320 0 20 40 60 80 100 120 20 11 20 12 20 13 20 14 2 0 1 5 20 16 20 17 20 18 20 19 20 20 20 21 20 22 RUB (petróleo) jan/2011 = 100

Índice de preços de commodities

Taxa de câmbio (dir.)

60 80 100 120 140 160 180 200 0 20 40 60 80 100 120 20 11 20 12 20 13 20 14 20 15 20 16 20 17 20 18 20 19 20 20 20 21 20 22

AUD (minério de ferro e carvão) jan/2011 = 100

Índice de preços de commodities

Taxa de câmbio (dir.)

70 90 110 130 150 170 190 210 230 0 20 40 60 80 100 120 20 11 20 12 20 13 20 14 20 15 20 16 20 17 20 18 20 19 20 20 20 21 20 22

COP (petróleo, carvão) jan/2011 = 100

Índice de preços de commodities

Taxa de câmbio (dir.)

Atual Mês

anterior Atual

Mês anterior

Economia mundial

Crescimento do PIB Mundial - % 3,3 3,8 3,6 2,8 -3,3 6,4 6,3 4,6 4,5

EUA - % 1,6 2,4 2,9 2,4 -3,5 6,7 6,7 4,7 4,7

Zona do Euro - % 1,8 2,7 1,9 1,3 -6,7 4,9 4,9 5,2 5,2

China - % 6,9 6,9 6,7 6,1 2,3 8,5 8,5 5,8 5,0

Taxas de juros e moedas

Fed funds - %, final de período 0,5 1,3 2,3 1,6 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1

Treasury 10 anos (EUA) - %, final de período 2,5 2,4 2,8 2,0 0,9 1,7 1,7 2,5 2,5

USD/EUR - final de período 1,05 1,20 1,15 1,12 1,22 1,22 1,22 1,15 1,15

CNY/USD - final de período 6,95 6,51 6,88 7,01 6,54 6,50 6,50 6,60 6,75

Índice DXY* - final de período 102,2 92,1 96,2 96,4 89,9 90,3 90,3 94,1 94,1

Fonte: FMI, Bloomberg, Itaú

* O DXY é um índice para o valor internacional do dólar americano, que mede seu desempenho em relação a uma cesta de moedas incluindo: euro, iene, libra, dólar canadense, franco suíço e coroa sueca.

2018

2017 2019 2020 2021P 2022P

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7

Cenários comparados

Pesquisa macroeconômica – Itaú Mario Mesquita – Economista-Chefe

Para acessar nossas publicações e projeções visite nosso site: http://www.itau.com.br/itaubba-pt/analises-economicas/publicacoes

Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior

PIB (%) 6,4 6,3 4,6 4,5 PIB (%) 6,1 5,2 2,2 2,3

Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior

PIB (%) 5,5 5,0 1,8 1,8 PIB (%) 6,5 6,0 3,4 3,4

BRL / USD (dez) 4,75 5,30 5,10 5,50 MXN / USD (dez) 19,00 19,00 19,50 19,50

Taxa de Juros (dez,%) 6,00 5,50 6,00 5,50 Taxa de Juros (dez,%) 4,50 4,00 5,50 4,00

IPCA (%) 5,6 5,3 3,6 3,6 IPC (%) 5,0 4,4 3,6 3,5

Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior

PIB (%) 6,0 6,0 2,5 2,5 PIB (%) 8,5 6,5 2,7 3,2

ARS / USD (dez) 110,0 116,0 151,0 159,0 CLP / USD (dez) 730 730 730 730

BADLAR - (dez, %) 34,0 34,0 24,0 24,0 Taxa de Juros (dez,%) 1,50 0,75 2,50 1,75

Taxa de referência (dez) 38,0 38,0 30,0 30,0 IPC (%) 4,0 3,0 3,0 3,0

IPC (%) 47,0 47,0 40,0 40,0

Colômbia

Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior Atual Mês anterior

PIB (%) 6,5 5,0 3,0 3,5 PIB (%) 10,2 10,2 4,5 4,5

COP / USD (dez) 3700 3600 3700 3700 PEN / USD (dez) 3,60 3,60 3,60 3,60

Taxa de Juros (dez,%) 2,00 1,75 3,50 3,50 Taxa de Juros (dez,%) 0,25 0,25 1,00 1,00

IPC (%) 3,7 2,8 2,8 3,0 IPC (%) 2,5 2,5 2,3 2,3 Fonte: Itaú. 2021 2022 2021 2022 2022 2021 2021 Peru 2021 2022 2021 2022 2022 Argentina Chile 2022 2021 Brasil México

Mundo América Latina e Caribe

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8

Informações Relevantes

1. Este relatório foi desenvolvido e publicado pelo Departamento de Pesquisa Macroeconômica do Itaú Unibanco S.A. (“Itaú Unibanco”). Este relatório não é um produto do Departamento de Análise de Ações do Itaú Unibanco ou da Itaú Corretora de Valores S.A. e não deve ser considerado um relatório de análise para os fins do artigo 1º da Instrução CVM n.º 598, de 3 de maio de 2018.

2. Este relatório tem como objetivo único fornecer informações macroeconômicas e não constitui e nem deve ser interpretado como sendo uma oferta de compra e/ou venda ou como uma solicitação de uma oferta de compra e/ou venda de qualquer instrumento financeiro, ou de participação em uma determinada estratégia de negócios em qualquer jurisdição. As informações contidas neste relatório foram consideradas razoáveis na data em que o relatório foi divulgado e foram obtidas de fontes públicas consideradas confiáveis. Entretanto, o Itaú Unibanco não dá nenhuma segurança ou garantia, seja de forma expressa ou implícita, sobre a integridade, confiabilidade ou exatidão dessas informações. Este relatório também não tem a intenção de ser uma relação completa ou resumida dos mercados ou desdobramentos nele abordados. O Itaú Unibanco não possui qualquer obrigação de atualizar, modificar ou alterar este relatório e informar o respectivo leitor. 3. As opiniões expressas neste relatório refletem única e exclusivamente as visões e opiniões pessoais do analista responsável pelo conteúdo deste material na data

de sua divulgação e foram produzidas de forma independente e autônoma, inclusive em relação ao Itaú Unibanco, à Itaú Corretora de Valores S.A. e demais empresas do grupo econômico do Itaú Unibanco.

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