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DISTRITAIS REGRESSAM A PARTIR DE 19 DE ABRIL

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oparedense.pt

oparedense@gmail.com ● oparedense.publicidade@gmail.com QUINTA-FEIRA 18 MAR 2021 ● Ano 7 ● N.º 147 ● 0,60€ (IVA incluído)

Diretor: Manuel Ferreira Coelho PUB

Ricardo Sousa é o candidato

do PSD à câmara de Paredes

Espaço de beleza no centro de

Paredes e Penafi el não teve

mãos a medir para os pedidos

de marcação. Comércio

reto-mou com venda ao postigo,

mas com pouca afl uência.

DISTRITAIS REGRESSAM

A PARTIR DE 19 DE ABRIL

As modalidades de médio risco, como é o caso do futebol, vão poder regressar a 19 de abril,

segundo o plano de desconfi namento apresentado pelo Governo.

AF Porto deverá anunciar nos próximos dias a data ofi cial da retoma para os campeonatos, mas

o regresso da Divisão de Elite não reúne consenso entre os clubes de Paredes.

Cabeleireiros

Cabeleireiros

reabriram

reabriram

com "enchente

com "enchente

de clientes"

de clientes"

O nome do atual presidente da Comissão

Po-lítica Concelhia já foi confi rmado pelo partido.

Mais de 4.200 doses de vacinas

administradas no concelho

Dados são do ACES Vale do Sousa Sul

Adjudicada obra do futuro

auditório municipal

Projeto prevê a reabilitação do edifício da

antiga adega cooperativa. Prazo de execução

é de 700 dias.

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Sociedade

Quinta-feira 18 de março de 2021

Texto HELENA NUNES

Cabeleireiros reabriram com agenda cheia,

comércio ao postigo fi cou a meio gás

Cabeleireiro em Paredes e Penafi el não tiveram mãos a medir para as marcações.

O comércio ao postigo impõe grandes limitações às lojas de roupa e calçado.

D

ois meses depois de terem sido forçados a encerrar portas devi-do ao agravamento da pande-mia, alguns estabelecimentos, como cabeleireiros e manicures, livrarias, comércio automóvel e mediação imobiliária voltaram a receber clientes esta segunda-fei-ra, 15 de março.

Se os cabeleireiros fi caram sem mãos a medir para a “enchente de clientes”, tendo as agendas cheias nas próximas semanas, a afl uên-cia no comércio ao postigo foi menos sentida.

Ainda assim, todos os setores admitem que a reabertura faz renascer a esperança de tempos melhores.

“Temos alguns

cabeleireiros com

marcações até à Páscoa”

As portas do cabeleireiro “O Careca”, em Paredes, voltaram a abrir esta segunda-fei-ra, depois de dois meses parados sem rece-ber clientes. “Estava tudo preparado para

reabrirmos. Fizemos uma limpeza geral no fi m de semana e abrimos portas na se-gunda-feira já com a agenda praticamente preenchida para a semana toda”, confessa o

proprietário António Rocha.

“Neste momento temos sete cabelei-reiros a trabalhar, quatro no espaço em Paredes e três em Penafi el e mal saiu a no-tícia da reabertura começaram a ‘chover’ telefonemas de clientes. A agenda para a semana toda já está praticamente preen-chida. Temos alguns cabeleireiros que já têm marcações até à Páscoa”.

O atendimento continua a ter que ser fei-to por marcação, para garantir o cumprimen-to de cumprimen-todas as regras de higiene e segurança exigidas pela Direção-geral de Saúde.

António Rocha diz que o desconfi namen-to é fundamental para a renamen-toma económica dos negócios que estiveram sem faturar nos últimos dois meses. “Tentei sempre cumprir

com os funcionários e o Estado não ajuda

praticamente nada. Foram dois meses mui-to difíceis. A remui-toma é importante, mas não consigo ter grandes expectativas. Vamos viver o dia a dia e ver o que acontece”, frisa.

“Nenhum cliente quer

comprar um vestido

ou umas botas

sem experimentar”

A par dos cabeleireiros, manicures e simi-lares, também o comércio de bens não essen-ciais pode retomar a venda ao postigo. A loja de vestuário e calçado de Maria Teixeira, si-tuada numas das principais artérias da cidade de Paredes, reabriu portas, mas a empresária reconhece que o facto de os clientes não po-derem entrar na loja difi culta o negócio. “No

nosso caso a venda ao postigo só funciona se a pessoa já souber o que quer comprar. Nenhum cliente quer comprar um vestido ou umas botas sem experimentar”.

Apesar das limitações, a empresária

resol-veu abrir o espaço para tentar vender alguma coisa e assegurar entregas aos clientes, com a espetativa de que o negócio possa recuperar dinamismo nos próximos tempos. “Ainda é

muito cedo para saber como isto vai funcio-nar. Se a loja estivesse aberta ia correr me-lhor sobretudo neste período até à Páscoa. Mas tenho a esperança de conseguir vender alguma coisa”.

Do outro lado da rua, a preocupação não é diferente para Andreia Ramalho, proprietá-ria de uma loja de vestuários e acessórios para crianças dos 0 aos 14 anos.

“Teríamos outras condições se a loja es-tivesse aberta. Assim o negócio fi ca muito limitado, servindo essencialmente para fazer a entrega de encomendas e algumas trocas”.

A empresária confessa que nos primei-ros dias “a afl uência foi mais fraca do que

o habitual”, mas mantém a esperança que o

negócio possa melhorar. Com a Páscoa à por-ta, uma época “que costuma ser muito boa” para as vendas, a faturação da loja poderá re-ceber o empurrão de que está a precisar.

“Empresários estão com otimismo moderado”,

diz presidente da Associação de Empresas de Paredes

Luís Barbosa diz que há muitas empresas em risco de fechar portas.

O

presidente da Associação de Em-presas de Paredes (ASEP), Luís Barbosa, diz que os empresários do concelho olham para o plano de descon-fi namento anunciado pelo Governo com “um

otimismo moderado”.

“Toda a gente quer estar otimista, mas a maioria vê isto como algo muito reduzido porque não é de todo a

expec-tativa que têm para a retoma do negó-cio. É o início da reabertura, nada está assegurado”, afirma o responsável,

garan-tindo que neste momento existe algum re-ceio de que o país precise de dar um passo atrás no processo de desconfinamento se houver um aumento de casos de infeção após o período da Páscoa.

“Se as pessoas não cumprirem as re-gras corremos o risco de voltar a confi-nar e a Páscoa vai ser determinante para sabermos se o plano vai avançar

confor-me está previsto ou não e quais os ne-gócios que com condições para voltar a abrir portas”.

O presidente da ASEP reconhece que a realidade que se vive por estes dias no co-mércio de Paredes é transversal à do país, com a maioria dos negócios a enfrentar várias dificuldades por força da pandemia.

“O comércio de Paredes está a fazer das tripas coração para se manterem à tona, mas o que é certo é que muitos negócios estão em risco de fechar portas defi

nitiva-mente. Em parceria com a câmara, fomos criando alguns apoios para o comércio di-gital, mas há muitos negócios, sobretudo os mais tradicionais, que têm grandes difi -culdades em se adaptar”.

Nas próximas semanas, a ASEP vai realizar um inquérito junto das empresas para perce-ber quantas conseguiram sobreviver ao con-fi namento e qual foi o impacto da pandemia nos diversos setores de atividade. Luís Barbo-sa acredita que o comércio e a restauração terão sido os mais afetados.

Texto HELENA NUNES

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Texto HELENA NUNES

O

ministro da educação visitou na segunda--feira, 15 de março, o Centro Escolar de Paços de Ferreira para assinalar o re-gresso dos alunos das creches, pré--escolar e 1.º ciclo ao ensino presen-cial, que aconteceu em todo o país.

Tiago Brandão Rodrigues con-versou com os alunos de várias turmas, falou sobre as regras que têm de cumprir e garantiu que as escolas continuam a ser "um lugar

seguro" porque cumprem todas as

normas impostas pela Direção-ge-ral de Saúde.

Segundo o Jornal de Notícias, o governante deu nota que o pro-cesso de testagem da comunidade educativa teve início a 20 de janeiro tendo sido realizados 65 mil testes, com grau de positividade entre 0,1 e 0,2 por cento.

Com o arranque do ensino pre-sencial, o processo terá agora uma segunda fase “muito mais

exigen-te”, em que será feito “um primeiro varrimento” a todos os que

regres-saram às escolas. Citado pelo JN, Tiago Brandão Rodrigues garantiu que “depois serão realizadas

no-vas testagens com a

periodicida-Ministro da Educação esteve em Paços de Ferreira

para assinalar regresso ao ensino presencial

Tiago Brandão Rodrigues salientou que as escolas são um lugar seguro e disse que o processo de vacinação do pessoal docente e não

docente arranca no fi m de semana.

des que a Direção Geral de Saúde entender e nos municípios que têm níveis de incidência maior do que 120 casos por 100 mil ha-bitantes nos últimos 14 dias, ao contrário do grau de exigência na primeira fase que era de 960”.

Quanto à vacinação do pes-soal doente e não docente o mi-nistro garantiu ainda, segundo o

JN, que terá início este fim de se-mana e deverá continuar em abril, embora a data já tenha sido entre-tanto adiada devido à suspensão temporária da vacina Astrazeneca

“É a task-force que coordena todo este processo e nós esta-mos a coadjuvar este esforço para termos aqui um elemen-to suplementar para garantir a

segurança das nossas escolas”,

declarou, recusando que seja im-prudente avançar com o início das aulas sem realizar testes.

A visita contou com a presença do presidente da câmara de Paços de Fer-reira, Humberto Brito, que aproveitou para destacar o “bom investimento

que o município tem feito e conti-nua a fazer na educação”.

Plano de

desconfi namento

no ensino só

termina a 19 de abril

O Primeiro-Ministro, António Costa, já tinha anunciado que o processo de desconfinamento será feito a “conta gotas” e de for-ma faseada. No ensino o regresso às aulas presenciais só termina a 19 de abril, com o ensino secun-dário e superior.

O calendário de reabertura das escolas arrancou na segun-da-feira com a reabertura das creches, jardins de infância e das escolas do primeiro ciclo e tam-bém dos centros de atividades de tempos livres, destinadas às crianças dos mesmos níveis de ensino.

Os restantes alunos só regres-sam depois das férias da Páscoa. A 5 de Abril voltam ao ensino pre-sencial cerca de 530 mil alunos do 2.º e 3.º ciclos, com a reabertura também dos ATL’s.

Quanto aos alunos do ensino secundário e ensino superior, só voltam a ter aulas presenciais a 19 de abril.

A

rrancou na segunda-feira o plano de desconfi namento do país, que será feito a “conta gotas” e de for-ma gradual e cautelosa.

As palavras foram usadas pelo Primeiro--ministro, António Costa, na apresentação deste plano cujas medidas serão baseadas em quatro níveis de risco que vão deter-minar os avanços e recuos do desconfina-mento, em função do número de casos de infeção.

Até à Pascoa será ainda necessário manter o dever geral de recolhimento e a proibição de circulação entre concelhos, nos fins de semana até à Páscoa e entre os dias 26 de março e 5 de abril.

O teletrabalho continua a ser

obriga-Dever geral de recolhimento

mantém-se até à Pascoa

Conheça o calendário e as regras do Plano de desconfi namento anunciado pelo Governo.

tório sempre que possível e os estabeleci-mentos comerciais passam a poder funcio-nar até às 21 horas durante a semana e às 13 horas ao fim de semana e feriados, ou até às 19h no caso do retalho alimentar.

O que reabre a 5 de abril:

 2.º e 3.º ciclos (e ATL’s para estas idades);  Equipamentos sociais na área da defi-ciência;

 Museus, monumentos, palácios, galerias de arte e similares;

 Lojas até 200m2 com porta para a rua;  Feiras e mercados não alimentares (por decisão municipal);

 Esplanadas (máximo de 4 pessoas);  Modalidades desportivas de baixo risco;

 Atividade física ao ar livre até 4 pessoas e ginásios sem aulas de grupo.

A partir de 19 de abril

pode abrir:

 Ensino secundá rio e superior;

 Cinemas, teatros, auditó rios e salas de es-petá culos;

 Lojas de cidadã o com atendimento pre-sencial por marcaç ã o;

 Todas as lojas e centros comerciais;  Restaurantes, café s e pastelarias (má xi-mo de 4 pessoas ou 6 em esplanadas) até à s 22:00 ou 13:00 aos fins de semana e fe-riados;

 Modalidades desportivas de mé dio risco;

 Atividade física ao ar livre até seis pes-soas;

 Eventos exteriores com diminuição de lo-tação;

 Casamentos e batizados com 25% de lo-tação.

O que reabre a 3 de maio:

 Restaurantes, cafés e pastelarias (máxi-mo de 6 pessoas ou 10 em esplanadas) sem limite de horário;

 Todas as modalidades desportivas;  Atividade física ao ar livre e ginásios;  Grandes eventos exteriores e eventos inte-riores com diminuição de lotação;

 Casamentos e batizados com 50% de lo-tação.

Texto HELENA NUNES

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Quinta-feira 18 de março de 2021

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Sociedade

Texto HELENA NUNES

EDITORIAL

M. FERREIRA COELHO DIRETOR

P

arece-nos estar numa fase de vi-ração, um ano depois do início da tormenta. Poderemos estar na altura de pegar o touro pelos cornos ou seja a COVID-19 e a sua fi lharada dispersas por largas áreas do planeta.

O momento, querendo quebrar o gelo inconveniente do vírus, não é fácil e são vá-rias as condicionantes que ainda se mantêm a dançar diante dos nossos olhos.

Ainda não conseguimos ver aberta qualquer janela com vistas limpas para o infi nito, nem tão pouco para o vento e o sol, nem ainda para a ár-vore e a sombra, sequer para a fl or e para o amor, até para o mar que, quando o olhamos, olhos nas ondas, sentimos o apelo incessante pelo além, réstia e rota de esperança para o futuro.

Mas devemos lembrar que muito do que aconteceu e acontecerá, ainda, tem a ver com todos nós, individual e coletivamente. Não po-demos fi car indiferentes à luz democrática da compreensão e do respeito mútuo e esclarecido.

No momento que passa, e por vários moti-vos, vem-nos à memória o pensamento de um grande poeta e fi lósofo, designado, às vezes, por “Poeta do Marão”, de Maranus, mais precisamen-te de Pascoais e também conhecido por Teixeira de Pascoais, das nossas vizinhanças nortenhas, quando embora a propósito de trato a poetas (in “O Homem Universal”), nos legou este pen-samento, envolvendo políticos, afi rmando: “O homem antes de tudo, é poeta, por mais gordo ou adaptado à rotundidade planetária; e depois é pedagogo, aferidor de pesos e medidas, enge-nheiro, deputado e outras deformidades sociais. Mas o poeta reage sempre. É aquela sua tara ve-getal enraizada no globo, fl orescendo além das nuvens”, dixit. Teixeira de Pascoais, era de outros tempos, por isso tomem-se as nossas opiniões à conta de mais ou menos. Dá-las como absoluta-mento positivas, seria deselegância intelectual.

Convenhamos que todos somos suscetí-veis de errar. Ninguém diga: não mudarei! A verdade, há que confessá-lo, é feita de apro-ximações sucessivas. Ninguém a alcança de uma assentada.

Do que decorre e que a experiência nos dá, é que precisamos todos de ter mais uma janela, esta para dentro de nós e compreen-der que a vida diária, de competição e de maldição, transforma todos os nossos sonhos e coloca fantasmas dentro de nós.

Ter em conta que das coisas humildes se forma a vida simples, e que o homem do nos-so tempo precisa fugir das coisas complicadas do quotidiano, cada vez mais materialista.

Outro tempo virá

O

último relatório da Direção--Geral de Saúde (DGS) re-vela que até 16 de março, 827.902 pessoas em Portugal já tinham recebido a primeira dose da va-cina, o equivalente a 8% da população, e 341.034 já têm a vacinação completa, (3% da população).

Os dados dizem respeito ao período en-tre 27 de dezembro de 2020 e 14 de março de 2021. A faixa etária com mais vacinas ad-ministradas é da população com mais de 80 anos. 53% já tomou a primeira dose e 16% já recebeu as duas doses.

O processo de vacinação no Agrupamen-to de Centros de Saúde Tâmega II – Vale do Sousa Sul, que integra os concelhos de Pare-des, Penafi el e Castelo de Paiva, arrancou a 16 de fevereiro, tendo até ao momento sido ad-ministradas um total de 10.100 vacinas.

Ao Paredense, o diretor executivo do ACES, Fernando Malheiro, adiantou que no concelho de Paredes já foram administradas 4.249 vacinas. Segundo o responsável, “o

processo está a decorrer de acordo com o planeado, não tendo decorrido até ao mo-mento nenhum efeito adverso grave”.

O ACES Tâmega - Vale do Sousa Sul pos-sui três centros de vacinação, em Penafiel, Paredes e Castelo de Paiva, cujo objetivo é antecipar a possibilidade do aumento sig-nificativo do número de vacinas diárias. O de Paredes está instalado no Pavilhão Rota dos Móveis, em Lordelo, e foi inaugurado a 9 de março. Na ocasião o diretor execu-tivo do ACES garantiu que o equipamento tem capacidade para vacinar 750 pessoas por dia.

Já foram administradas mais de

4.200 doses de vacinas em Paredes

O concelho conta com um centro de vacinação instalado no Pavilhão Rota dos Móveis, em Lordelo.

Na visita estiveram também os verea-dores da câmara de Paredes, Paulo Silva e Elias Barros, o diretor clínico do ACES, Almi-ro Mateus, e a Delegada de Saúde, Fátima Marques.

“Tem capacidade para ter cinco postos de vacinação. Cada posto prevê adminis-trar entre 120 a 150 vacinas por dia o que dá cerca de 750 vacinas diárias. A este rit-mo e caso haja vacinas sufi cientes, em se-tembro teríamos 90% da população dos concelhos de Paredes, Penafi el e Castelo de Paiva vacinados”, garantiu o responsável.

Até ao momento já foram vacinadas cerca de 5 mil pessoas no conjunto dos três concelhos que integram o ACES Tâmega II – Vale do Sousa Sul (entre profissionais de saúde e utentes de lares, bombeiros e

ele-mentos das forças de segurança), número que Fernando Malheiro disse estar em linha com a média nacional.

No processo de vacinação estão envol-vidos todos os profissionais de saúde do ACES, frisou o presidente do Conselho Clí-nico, Almiro Mateus.

O Centro de vacinação de Paredes con-ta com quatro postos de vacinação, zona de recobro, zona de acolhimento e espera, gabinete médico e estacionamento. A au-tarquia está a assegurar o transporte aos munícipes que necessitem.

O vereador da saúde, Paulo Silva, garantiu que o espaço disponibilizado pela autarquia tem capacidade para responder às necessida-des, mas reúne condições para ser ampliado se as autoridades de saúde solicitarem.

ACES da região suspendem vacina da Astrazeneca

Em causa está a determinação conjunta do Infarmed, da DGS e da Task-force de suspender

temporariamente a administração da vacina anglo-sueca.

O

s Agrupamentos de Centros de Saúde Tâmega II – Vale do Sousa Sul, que integra os concelhos de Paredes, Penafi el e Castelo de Paiva, e do Vale do Sousa Norte, que engloba os concelhos de Lousada, Felgueiras e Paços de Ferreira, suspenderam no início desta semana a ad-ministração da vacina contra a Covid-19, da Astrazeneca.

Em causa está a determinação conjunta do INFARMED, Direção-geral de Saúde e Task--force para a vacinação de suspender tem-porariamente a administração da vacina da Astrazeneca em Portugal, com base no

“prin-cípio da precaução em saúde pública”,

en-quanto a segurança desta vacina é reavaliada pela Agência Europeia do Medicamento.

O ACES do Vale do Sousa Norte suspen-deu a administração destas vacinas na terça--feira, retomando os agendamentos nos res-tantes dias para os maiores de 80 anos com as vacinas da Pfi zer e da Moderna.

Em comunicado, o diretor executivo do ACeS, Hugo Lopes, garantiu que os agenda-mentos desmarcados “voltarão a ser

agen-dados para nova data, pela mesma ordem, dentro do grupo de risco elegível onde es-tão inseridos”.

No ACeS Vale do Sousa Sul, suspendeu a toma da vacina na terça-feira e no próximo domingo, (16 e 21 de março) dias em que estava prevista “a vacinação do grupo da

resiliência, profi ssionais de saúde não SNS e órgãos de soberania com a vacina da As-trazeneca”.

Ainda assim, o ACeS dirigido por Fernan-do Malheiro assegurou que se mantêm os agendamentos nos restantes dias desta se-mana, com as vacinas da Pfi zer e da Moderna, aos mais de 80 anos e que, a partir desta quin-ta-feira, “já serão administradas as

segun-das doses do esquema preconizado”.

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Texto HELENA NUNES

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A

pandemia mudou

drasticamente o mun-do como o conhecía-mos. Um ano depois de a Organização Mundial de Saúde declarar o estado de pandemia di-vulgamos os testemunhos de dois enfermeiros de Paredes, que estive-ram na “linha da frente” na luta con-tra a Covid-19.

Há quase sete anos que Hen-rique Brito, enfermeiro natural de Rebordosa, rumou a Inglaterra em busca de uma oportunidade de trabalho. Quando terminou o cur-so, em 2014, decidiu nem procurar trabalho por cá porque “não havia

vagas” e “as condições no Reino Unido eram bastante mais atrati-vas”, sublinha.

O enfermeiro, de 31 anos, tra-balha atualmente no Kingston Hospital, um hospital do Sul de Inglaterra, fazendo a supervisão de vários serviços e dando supor-te a várias equipas médicas e de enfermagem. Henrique confessa que ao longo do último ano aca-bou por perder a noção do nú-mero de pessoas que viu morrer durante os serviços.

Luta contra um

cancro levou-o a

querer ajudar os outros

Henrique diz que teve um per-curso escolar normal. Depois de concluir o 9.º ano na escola básica e secundária de Rebordosa, decidiu matricular-se no curso de ciências e tecnologias na secundária de Vile-la. O jovem rebordosense confessa que sempre quis ingressar num cur-so relacionado com a saúde e aca-bou por escolher enfermagem por ser uma área onde a relação com

“Testemunhar a morte de pessoas sempre que

estou num turno torna tudo muito mais pesado” 

Henrique Brito é natural de Rebordosa e trabalha como enfermeiro em Inglaterra.

No último ano viu morrer pacientes com Covid-19 em todos os turnos que fez.

as pessoas é “mais próxima”. “Aos

4 anos fui diagnosticado com um cancro e o facto de ter tido múl-tiplas admissões hospitalares en-quanto era criança provavelmen-te ajudou na escolha por enfer-magem, uma vez que foram estes que estiveram na maior parte do tempo do meu lado”.

Licenciou-se na Escola Superior de Enfermagem do Porto, em 2014, e nesse mesmo ano decidiu rumar a Inglaterra para trabalhar.

“Quan-do terminei o curso, nem procurei trabalho em Portugal. Não havia vagas para enfermeiros e as con-dições de trabalho no Reino Uni-do eram bastante mais atrativas”.

Foi recrutado para trabalhar no Kingston Hospital, o hospital da ci-dade de Kingston upon Thames no sudoeste de Londres. Começou a trabalhar no serviço de pneumolo-gia do hospital e em dezembro de 2019, candidatou-se ao cargo de enfermeiro supervisor, dando su-porte a vários serviços do hospital e a diferentes equipas médicas e de enfermagem.

“É como ser um enfermeiro especialista. Trabalho em vários serviços para dar suporte a vá-rias equipas médicas e de enfer-magem. No meu antigo serviço foi criada uma unidade de de-pendência elevada para doentes Covid, que necessitam de mais oxigénio, que é basicamente uma unidade de cuidados intensivos, mas sem intubações”, explica o

na-tural de Rebordosa.

Henrique acredita que o papel do enfermeiro passa por ajudar a pessoa a ultrapassar e recuperar de uma doença e dar suporte es-piritual durante todo o processo.

“Com o envolvimento da família, tudo passa a ser um processo glo-bal envolvendo várias e distintas áreas. Com um profundo conhe-cimento teórico e um leque vasto

de habilidades, o enfermeiro aca-ba por ser uma peça fundamental no articular de todos os departa-mentos”, sublinha.

No seu último turno no serviço de pneumologia ainda não havia doentes Covid-19. Os primeiros ca-sos começaram a surgir cerca de um mês depois e Henrique reconhece que o hospital foi obrigado a fazer alterações em alguns serviços.

“Muitos dos departamentos funcionam limitados ou estão completamente fechados. Por outro lado, todos os profi ssionais alocados nessas áreas foram dis-tribuídos com o intuito de manter um número aceitável de enfer-meiros/médicos/fi sioterapeutas/ etc., nos serviços de primeira li-nha.  O Hospital também adotou medidas para diminuir a trans-missão do vírus e criou serviços destinados apenas a doentes com COVID”.

“A segunda vaga

foi mais pesada.

Tivemos mais

doentes jovens

internados e nos

cuidados intensivos”

Por trabalhar como enfermei-ro supervisor em vários serviços, Henrique está todos os dias em contacto com doentes Covid. Es-teve infetado em março do ano passado e já recebeu as duas do-ses da vacina.

O jovem diz que esta segunda vaga tem sido mais difícil e que embora o número de internamen-tos tenha começado a baixar, ain-da há 43 pessoas internaain-das no hospital. Em fevereiro chegaram a ser 210.

“A segunda vaga foi mais

pe-sada. Tivemos mais admissões, mais doentes jovens interna-dos e nos cuidainterna-dos intensivos”.

Os momentos mais difíceis foram sempre aqueles em que teve de li-dar com a morte de alguém. “Nas

fases mais críticas sempre que estava em turno morria, pelo menos, uma pessoa. Torna-se tudo muito emocional. O facto

de testemunhar a morte sempre que estou em turno torna tudo muito mais pesado”, frisa o

en-fermeiro de Rebordosa.

É sobretudo quando fala da família que Henrique se arrepen-de arrepen-de ter partido para o estran-geiro. Ainda assim, acredita que em Inglaterra o seu trabalho é mais valorizado.

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Sociedade

Quinta-feira 18 de março de 2021

Texto HELENA NUNES

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“Na primeira fase houve muito medo. Cheguei

a estar três meses longe da minha família”

Duarte Barbosa, 49 anos, trabalha na unidade de queimados do Hospital de São João, que “não foi tão afetada pela pandemia”.

A

chegada da

pandemia pôs o mundo todo à prova, mas os profi ssionais de saúde foram os mais sacrifi cados. Duar-te Gil Barbosa, enfermeiro no Hospital de São João, no Porto, diz que o último ano foi “difícil e extremamente

exigente”.

Apesar de não ter tra-balhado diretamente com doentes Covid, o enfermei-ro, de Recarei diz que foi visível a pressão exercida pela pandemia nos hospi-tais e conta a experiência que viveu na Unidade de Queimados do São João, onde trabalha há um ano e meio. “Não foi tão afetada

como outras unidades do hospital, mas todos fize-mos um esforço enorme para dar o nosso melhor”.

Os últimos meses têm sido de “maior alívio para

os hospitais”, mas Duarte

não vai conseguir esquecer o tempo que esteve afastado da família durante a primeira vaga.

“Continuo

a gostar

muito daquilo

que faço”

Duarte, agora com 49 anos, diz que sempre gostou de cuidar de pessoas e, por isso, não teve grandes dúvi-das em escolher o curso para entrar na faculdade. Mas ape-sar de todas as “lutas” que travou nos últimos anos pela valorização do papel do en-fermeiro, incluindo uma gre-ve de fome e vários desafi os solidários, em que percorreu centenas de quilómetros en-tre Porto e Lisboa em defesa

da profi ssão, o recaredense continua a sentir que os en-fermeiros não são devida-mente reconhecidos.

“Continuamos a ganhar muito mal, não temos pers-petivas de evolução na car-reira e não somos reconhe-cidos muitas vezes pelos nossos pares e pelo Minis-tério da Educação. Isso fez--me ponderar muitas vezes deixar a profi ssão, mas con-tinuo a gostar muito daqui-lo que faço”.

A pandemia exigiu ain-da mais sacrifícios aos pro-fissionais de saúde, mas Duarte acredita que depois de isto tudo passar pode-rá haver uma mudança de mentalidades. “Nunca se

falou tanto da importân-cia dos profissionais de saúde e dos enfermeiros. Vamos continuar a fa-zer tudo o que estiver ao nosso alcance para cuidar bem dos pacientes, mas vai chegar o dia em que também vamos ter de exigir o reconhecimento e dignificação do nosso trabalho”.

Na unidade de queima-dos do Hospital de São João trabalham 35 profissionais, entre médicos e enfermei-ros. É composta por quar-tos de pressão positiva, precisamente o contrário do que acontece nos inter-namentos Covid. “Por isso,

em caso de sobrelotação, estas unidades são os úl-timos serviços a serem transformados em enfer-marias Covid”, explica o

enfermeiro de Paredes. Apesar de ser uma unida-de autónoma, Duarte garan-te que muitos colegas

chega-ram a estar em quarentena preventiva, embora nenhum tenha fi cado infetado até ao momento.

“Os próximos

anos vão ser

avassaladores

do ponto de

vista das

consequências

da pandemia na

saúde pública”

A principal dificuldade neste ano de luta contra a pandemia foi gerir os mo-mentos de perda. Duarte fala de um “cenário

dra-mático” não só para as

famílias, que “não

conse-guem fazer o luto, porque não se podem despedir da pessoa”, mas também para

os profissionais de saúde que “diariamente viveram

isto de perto”.

Quando foram identi-ficados os primeiros casos em Portugal, o enfermeiro chegou a estar três meses longe da família, com re-ceio de os contaminar.

“Na primeira fase hou-ve muito medo. Estáva-mos a lidar com um vírus desconhecido e víamos aquilo que estava a acon-tecer em Itália e Espanha. Cheguei a estar três me-ses longe da minha famí-lia, incluindo da minha mãe que foi viver para uma aldeia, em Arcos de Valdevez, com a minha irmã. Mas tive colegas das unidades Covid que se afastaram dos próprios

filhos”.

Duarte não chegou a es-tar infetado e já recebeu as duas doses da vacina. Sobre o futuro não tem dúvidas:

“Acho que a pandemia vai deixar muitas marcas. Os próximos anos vão ser avassaladores do ponto de vista das consequências da pandemia na economia e na saúde pública, particu-larmente no diagnostico de outras doenças.

Os recursos não são in-findáveis. E se estivemos muito focados nos doen-tes Covid, porque no dia a seguir podiam morrer, os outros doentes acabaram por ser colocados em se-gundo plano. Foram can-celadas milhões de con-sultas e adiadas milhares de cirurgias oncológicas. Esse reflexo da pandemia ainda vamos sentir”,

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Autárquicas já mexem. Ricardo Sousa é o

candidato do PSD à câmara de Paredes

Comissão Política Concelhia diz que “Ricardo Sousa é o presidente que Paredes precisa”.

Na região já foi confi rmada a recandidatura de Pedro Machado à Câmara de Lousada.

A

pouco mais de um ano e meio das eleições autárquicas, que deverão ser realizadas entre meados de se-tembro e princípios de outubro, já começaram a surgir os primeiros nomes de

can-O

serviço de Proteção Civil de Pa-redes eliminou, nos últimos três anos, mais de 878 ninhos de vespa velutina, mais conhecida por vespa asiática.

No ano passado foram eliminados 393 vespeiros e em 2019 foram 461, refere a câmara de Paredes, assumindo que este ano já foram exterminados 24 ninhos desta espécie invasora, sendo Paredes, Rebordo-sa, Lordelo, Gandra e Recarei as freguesias mais afetadas.

O vereador da Proteção Civil garante que “neste momento não existe nenhum

ninho a aguardar intervenção”, sendo o

prazo médio de resolução de 24 horas. Citado na nota de imprensa, Elias Bar-ros recorda que até 2019 o procedimento de exterminação consistia “na

incine-ração dos vespeiros durante a noite o que acarretava limitações ao nível da altura a que era possível a eliminação dos mesmos, bem como limitações em determinadas alturas do ano, devido ao risco de incêndio”. Além disso, o processo

implicava a colaboração das corporações de bombeiros do Concelho para salvaguar-dar qualquer ocorrência. “A percentagem

de ninhos eliminados rondava os 90%,”

acrescenta o vereador.

  Atualmente, o trabalho de combate à vespa asiática é feito pelos elementos da Proteção Civil do Município, em parceria com a Associação Nativa – Natureza, Inva-soras e Valorização Ambiental, entidade sem fins lucrativos especialista em espécies invasoras.

Proteção Civil eliminou mais de 878

Proteção Civil eliminou mais de 878

ninhos de vespas asiáticas em três anos

ninhos de vespas asiáticas em três anos

Paredes, Rebordosa, Lordelo, Gandra e Recarei são as freguesias mais afetadas.

Paredes, Rebordosa, Lordelo, Gandra e Recarei são as freguesias mais afetadas.

“O procedimento é agora de envene-namento dos vespeiros e atuação duran-te o dia, que permiduran-te uma resolução mais célere e com menos custos. Com esta mu-dança de método foi possível resolver todos os ninhos reportados”, acrescenta

a autarquia na mesma nota.

  A câmara desenvolve anualmente di-versas ações para sensibilizar a população para a temática e diz ser “notória a maior

identificação da espécie invasora e um menor número de registos de outras espécies, bem como uma comunicação mais célere nos locais apropriados”.

didatos a autarquias da região do Vale do Sousa.

Em Paredes, já há um can-didato confi rmado, do PSD. Será Ricardo Sousa, atual pre-sidente da Comissão Política Concelhia do PSD-Paredes. O nome foi anunciado pelo presidente do PSD, Rui Rio, no fi -nal da semana passada, numa conferência de imprensa onde deu a conhecer os nomes de mais 50 candidatos a várias autarquias.

Em comunicado, a con-celhia de Paredes do PSD diz que “Ricardo Sousa é o

pre-sidente que Paredes preci-sa, para colocar o concelho como referência entre as autarquias do interior do Distrito do Porto. Paredes merece melhor. Merece muito e tem tido tão pou-co, sendo apenas notícia pelas piores razões”.

A estrutura social demo-crata diz que o candidato apresenta “todos os condimentos

necessá-rios para devolver aos paredenses a quali-dade de vida a que têm direito” e para “re-tirar o concelho do marasmo em que vive, direcionando-o para o século XXI”.

“Trata-se de um candidato profunda-mente identifi cado com o concelho de Pa-redes, que o conhece como poucos e que valoriza tudo o que esta terra tem de me-lhor: a sua gente!”, refere a mesma fonte.

“A diferença? A diferença é ter comigo as pessoas mais aptas, mais capazes e mais apaixonadas pelo concelho de Paredes”,

promete Ricardo Sousa.

Natural de Rebordosa, Ricardo Sousa é gestor de empresas e militante do partido há mais de 25 anos. Já foi presidente da Ju-ventude Social Democrata e membro da As-sembleia Municipal, onde também chegou a liderar a bancada parlamentar do PSD.

Pedro Machado

recandidato em Lousada

A Comissão Política Concelhia do PS de Lou-sada também já aprovou o nome de Pedro Ma-chado para candidato às autarquias deste ano. Em comunicado, a CP do PS-Lousada refere que o atual presidente da autarquia foi aprovado,

“unanimidade e aclamação” para encabeçar a

lista do PS à autarquia lousadense.

“Todos os elementos da Comissão Polí-tica reconhecem o excelente trabalho leva-do a cabo por Pedro Machaleva-do, nomeada-mente num período crítico a nível interna-cional, como é o que vivemos, sendo a es-colha natural para se submeter a sufrágio

nas próximas eleições autárquicas”, refere

o partido na mesma nota.

Recorde-se que Pedro Machado foi candi-dato, pela primeira vez, à câmara de Lousada em 2013, sendo reeleito para o segundo man-dato em 2017.

Pedro Machado tem 47 anos e é licenciado em Direito. Foi advogado, funcionário da Asso-ciação de Municípios do Vale do Sousa e chefe da divisão de licenciamento, gestão, planeamen-to urbanístico da câmara de Lousada e vereador.

(8)

8

Quinta-feira 18 de março de 2021 Texto HELENA NUNES

Sociedade

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J

oana Nunes, de 24 anos, foi uma das 10 concorrentes que participaram na estreia do programa de talentos da TVI, “All Together Now”, que estreou a 7 de março.

Na sua apresentação, a jovem natural de Re-bordosa admitiu que a música sempre fez parte da sua vida, graças ao avô que lhe incutiu o

gos-O

Governo decidiu alar-gar por mais dois me-ses o prazo para os proprietários limpa-rem os terrenos fl orestais, nomea-damente matos à volta de casas, fábricas, aldeias e estradas.

As novas datas de 15 de maio para os particulares e 30 de maio para as câmaras, obrigadas a fazer a limpeza que os proprietários não façam, foram anunciadas no fi nal do Conselho de Ministros realizado a 4 de março.

No ano passado, o prazo para a limpeza dos terrenos foi alargado,

Prazo para limpeza de terrenos

foi alargado até 15 de maio

Data limite para proprietários limparem os terrenos passou de 15 de março para 15 de maio.

Jovem de Rebordosa

participou em programa

televisivo de talentos

Joana Nunes começou a cantar muito nova com o avô e fi cou

feliz com a oportunidade de participar no programa.

Texto HELENA NUNES

to e incentivou a seguir este sonho.

Joana começou por cantar um tema dos AC/ DC “You Shook Me On All Nigth Long” e conse-guiu conquistar o voto de 90 dos 100 jurados que integram o concur-so, fi cando em 2.º lugar. Depois de atuar pela segunda vez, Joana aca-bou por não conseguir passar à fase seguinte, fi cando com 85 votos, menos seis que a con-corrente Patrícia Palha-res, de Braga. Ainda as-sim, garantiu ter fi cado feliz com a oportunida-de oportunida-de mostrar a sua “fi bra em palco”. “Dei o

meu melhor. Fiquei muito emocionada, mas tenho a certeza que consegui conquistar muitos jurados e o público lá em casa”, frisou

a concorrente no fi nal do programa.

Joana Nunes é lojista da NOS. Começou a cantar muito nova com o avô nos campos e chegou a cantar em restaurantes, bares e casamentos, mas acabou por deixar a música para segundo plano quando começou a tra-balhar aos 19 anos.

J

á abriram as inscrições online para os produtores, amadores ou profis-sionais participarem na 3.ª edição do Concurso e Feira de Hortícolas Gigantes de Paredes “O Maior da Minha Aldeia”.

O concurso vai premiar mais uma vez os maiores exemplares de abóbora, melão, melancia e tomate. Os prémios variam en-tre os 50 e os 1000 euros.

Segundo a câmara de Paredes, as ins-crições decorrem até ao dia 5 de setembro, estando as pesagens previstas para os dias 17 e 18 desse mês e a entrega de prémios

Abertas inscrições para

3.ª edição do Concurso

de Hortícolas gigantes

Concurso vai voltar a premiar as maiores aboboras, melões,

melancias e tomates.

para dia 19.

O III Concurso e Feira de Hortícolas Gi-gantes de Paredes “O Maior da Minha Al-deia”, inscrito GPC – Great Pumpkin Com-monWealth, tem como objetivo “premiar

os produtores que apresentem produtos hortofrutícolas de maior peso, dar vi-sibilidade aos produtores e produções locais e estimular o interesse das popu-lações locais na agricultura sustentável, contribuindo para conferir um maior di-namismo e atração ao território do sul do concelho”.

no âmbito das medidas excecio-nais relativas à pandemia e este ano além da crise pandémica “as fortes

chuvas que caíram em fevereiro, de forma tão abundante, fi zeram com que existisse mais humida-de no solo”, explicou o ministro

do Ambiente, Matos Fernandes, aludindo também às “questões de

segurança que se geraram” face à

limitação de circulação das pessoas que ditaram o adiamento da data.

Recorde-se que a Lei prevê o corte de ervas, arbustos e mato numa faixa de 50 metros de largura à volta dos edifícios localizados em áreas rurais, incluindo casas, arma-zéns ou fábricas, e de 100 metros para aglomerados populacionais

(10 metros ou mais casas). Nas es-tradas, a faixa de gestão de com-bustível deve ter, no mínimo, 10 metros para cada lado.

Recorde-se que a lei prevê uma faixa mínima de 50 metros à volta de construções isoladas, como ca-sas, armazéns ou fábricas, e de 100 metros para aglomerados popula-cionais (10 metros ou mais casas). Nas estradas, a faixa de gestão de combustível deve ter, no mínimo, 10 metros para cada lado.

No caso de incumprimento, os proprietários fi cam sujeitos a coimas que varia, entre os 280 e 120 mil euros. Perante o incumprimento, as câmaras têm até 30 de maio para garantir a realização de todos os trabalhos.

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Texto HELENA NUNES

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A

câmara e Paredes já ti-nha emitido um parecer prévio desfavorável à referida exploração antes de ser co-nhecida publicamente a pretensão da empresa Beralt Tin and Wolfram (Portugal) S.A., de avançar com uma exploração mineira no território do concelho.

Segundo o presidente Alexan-dre Almeida, o parecer emitido em novembro do ano passado foi sobre um plano de prospeção para uma área muito inferior à que está ago-ra em causa, cerca de 42 hectares, num local onde já tinha havido uma

A

Associação de Municípios do Parque das Serras do Porto está a analisar o processo relativo à exploração mineira nos con-celhos de Paredes, Penafi el e Gondomar, de modo a emitir um parecer qualifi cado sobre a matéria.

Em causa está a requisição por parte da empresa Beralt Tin and Wolfram (Portugal) S.A., para exploração de minerais de ouro, prata, cobre, chumbo, zinco, estanho, tungs-ténio e minerais associados, num território denominado “Banjas”, localizado nos referidos concelhos.

A associação diz que vai “avaliar com o

devido cuidado todos os elementos dis-poníveis e compilar os contributos das equipas técnicas e de consultoria especia-lizada, assim como promover a articula-ção com o município de Penafi el e outras entidades intervenientes, de modo que a sua pronúncia seja o mais fundamentada

O

CDS-PP Paredes está contra a exploração mi-neira no concelho de Paredes e diz que a acontecer, a ce-lebração deste contrato constituirá um “ato absolutamente

catas-trófi co, para não dizer criminoso contra o meio-ambiente”.

“Em poucas palavras, essa exploração iria destruir as re-servas de água e tornar o solo poluído num raio de vários kms. A extração de ouro em Recarei, por exemplo, num ppm de 0.08 (8 gramas por tonelada, tem que ser mecânico para remoção de rocha e químico com a lexiviação,

Parque das Serras do Porto está a analisar processo de

exploração mineira para emitir um “parecer qualifi cado”

A Associação que junta os municípios de Paredes, Gondomar e Valongo pretende emitir um parecer qualifi cado sobre a matéria.

possível”.

Na nota assinada pelos autarcas dos três municípios que integram as Serras do Porto – Gondomar, Paredes e Valongo -, a Associa-ção garante que “não foi contactada

pre-viamente pela Direção-geral de Energia e Geologia” sobre o assunto e recorda que a

Paisagem Protegida Regional do Parque das Serras do Porto, criada em março de 2017, constitui uma “importantíssima

infraes-trutura verde na Área Metropolitana do Porto”, cujas serras e vales têm “um enorme passado geológico e riquíssimo patrimó-nio arqueológico”.

O papel da comunidade é “mobilizar-se

e fazer-se ouvir”, acrescenta a Parque das

Serras do Porto, lembrando que esta é uma consulta pública, aberta a todos os interessa-dos e que “tointeressa-dos devemos dar voz à nossa

opinião, de modo a que este processo as-sente numa efetiva auscultação da popu-lação”.

o que implica a utilização de áci-dos muito fortes, e havendo um enorme risco de acidentes a fuga de fl uidos tóxicos seria por si só terrível para as reservas de água, e arruinar os campos e a qualida-de da água num vasto raio terri-torial”, frisou.

A câmara de Paredes já tinha emitido um parecer prévio desfa-vorável à pretensão da empresa. O CDS mostrou-se satisfeito com a posição da autarquia, prometendo “continuar a acompanhar este

processo, de forma atenta e res-ponsável, tudo fazer para que não seja licenciado”.

CDS fala em

“ato absolutamente

catastrófi co”

Município de Paredes já tinha emitido parecer prévio desfavorável

Câmara não teve acesso a estudo de impacto ambiental e diz que aquele território tem um importante património histórico e arqueológico.

exploração mineira.

“Perante os elementos que nos facultaram, dissemos logo em novembro que o parecer tinha de ser negativo”, frisou o autarca,

explicando que além de não ter re-cebido qualquer estudo de impacto ambiental, a prospeção seria reali-zada num local que “fi ca em pleno

Parque das Serras do Porto”, onde

existe um “importante património

histórico e arqueológico” e um

projeto de aproveitamento do ter-ritório “do ponto de vista lúdico e

ambiental”.

“Muitos dos trilhos do Par-que das Serras do Porto passam nessa zona, que é também uma área com um grande interesse

biológico. Além disso não nos foi dada qualquer informação sobre como seria feito o tratamento das águas, que seriam extraídas da mina, nem sobre a gestão dos re-síduos resultantes da exploração”.

O pedido de concessão de ex-ploração de depósitos de minerais de ouro, prata, cobre, chumbo,

zin-co, estanho, tungsténio e minerais associados, cujo aviso foi publicado em Diário da República pelo Minis-tério do Ambiente e Ação Climática. O contrato denominado “Banjas” corresponde a uma área de 1.185 hectares que atravessa não só o concelho de Paredes (concretamen-te as freguesias de Sobreira e Aguiar

de Sousa), mas também os municí-pios de Penafi el e Gondomar.

A câmara de Paredes vai pro-nunciar-se sobre o assunto dentro do prazo estabelecido,

“articu-lando a sua posição com os mu-nicípios que integram o Parque das Serras do Porto” (Gondomar

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Quinta-feira 18 de março de 2021

A

câmara de Paredes aprovou, por unanimidade, em reunião do exe-cutivo, a adjudicação da obra do futuro auditório municipal e cen-tro de congressos, que vai ser construído no edi-fício da antiga Adega Cooperativa de Paredes.

O contrato foi adjudicado ao agrupamen-to de empresas JAMO – Construção e Enge-nharia Civil Lda., e Gualdin Anciães Amado e Filhos, Lda., pelo valor de 6.274.222,24€, sen-do o prazo de execução de 700 dias.

Na mesma reunião foi aprovada a pro-posta para contrair um empréstimo de médio e longo prazo, através da Linha BEI PT 2020 – Autarquias, até ao montante máximo de 3.325.337 €, que corresponde ao fi nanciamento não comparticipado do projenanciamento, que foi fi -nanciado, em parte, por fundos comunitários. Trata-se de um empréstimo a 15 anos e um período de carência de dois anos, contar a partir da data da primeira utilização. A taxa de juro será indexada à Euribor a 6 meses, acres-cida de um spread de 0.2777%.

A

Casa do Pessoal do Hospital Padre Américo assinalou o Dia Interna-cional da Mulher com a entrega simbólica de fl ores às profi ssionais que traba-lham no Hospital Padre Américo, em Penafi el e no Hospital São Gonçalo, em Amarante.

Em nota de imprensa, a Casa do Pessoal refere que as mulheres representam cerca de 77,4% dos profi ssionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e que esta homenagem é exten-sível a todas as mulheres que trabalham nas mais diversas áreas de saúde e prestações de serviços essenciais aos cuidados dos doentes.

“Os últimos meses foram difíceis. A pandemia COVID-19 não poupou nin-guém, tendo sido especialmente difícil para as mulheres. Médicas, enfermeiras, TSDT´s, assistentes operacionais, técnicas, funcionárias de limpeza, das áreas da ali-mentação, manutenção e conservação das instalações ou do Bar do Pessoal - estive-ram na linha da frente da pandemia ou as-sumiram, muitas vezes, mais responsabili-dades, fosse no apoio a este combate, na ajuda mútua entre profi ssionais e utentes ou em casa”, enalteceu Fernando Vieira,

pre-sidente da Direção da Casa do Pessoal, agra-decendo a presença de Carlos Alberto Silva, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa.

Os Órgãos Sociais da Casa do Pessoal de-dicaram este momento para “agradecer às

mulheres a sua coragem, a sua compaixão

Penafi el vai apoiar famílias

carenciadas na alimentação

dos animais de companhia

A câmara de Penafi el lançou uma nova medida de apoio às famílias mais fragiliza-das que tenham animais de estimação. A autarquia criou “um programa com o

ob-jetivo de promover o combate ao aban-dono de cães e gatos por munícipes com carências económicas, apoiando-os com alimentos (ração)”.  

A medida é justifi cada com “o

agra-vamento das condições económicas e sociais das famílias, fruto da pandemia Covid-19, e do consequente aumento de abandono de cães e gatos”.

Para usufruir deste novo apoio, os munícipes devem residir no concelho de Penafi el há pelo menos dois anos, ter um rendimento per capita inferior aos 50% do IAS mensal (por agregado familiar) entre outros requisitos.

“A ração será doada em função da espécie (canídeo ou felídeo) e peso do animal, uma vez por mês em dia e hora a avisar, no Centro de Recolha Ofi cial de Penafi el”, acrescenta a autarquia.

Para requerer a ajuda é necessário preencher um formulário próprio, que está disponível na página da internet da au-tarquia, que depois pode ser enviado por email (cro.penafi el@cm-penafi el.pt) ou por correio para a câmara de Penafi el ou entregue pessoalmente no Balcão único de atendimento.

Recorde-se que o Município de Pe-nafi el também já apoia as famílias mais ca-renciadas na esterilização dos animais de companhia (cão ou gato), no sentido de evitar a reprodução descontrolada.

Exposição de tapetes

da Primavera na Loja

Interativa de Turismo

Adjudicada obra do futuro auditório

municipal e centro de congressos

Prazo de execução da empreitada é de 700 dias.

Câmara vai contrair empréstimo para pagar parte da obra que não é fi nanciada por fundos comunitários.

Texto HELENA NUNES

Recorde-se que o projeto do futuro Auditó-rio Municipal e Centro de Congressos, tem um investimento total de 6.650 milhões de euros, sendo comparticipado em 85% por fundos co-munitários (cerca de 3 milhões de euros). Será

constituído por duas áreas divídas por uma zona pública, que engloba um auditório com 500 lu-gares e foyers, e outra zona privada, constituída pelos camarins, zona técnica de apoio ao espaço de espetáculo e área administrativa.

Casa do Pessoal do Hospital Padre

Américo homenageou mulheres

que trabalham na área da saúde

A associação reconheceu o esforço feito por estas profi ssionais ao longo dos últimos meses na luta

contra a pandemia.

e o seu contributo na luta contra esta crise, mantendo as nossas sociedades, os nossos sistemas de saúde e de prestação de cui-dados e a maioria dos serviços essenciais a funcionar”.

A iniciativa teve o apoio de duas empre-sas de fl ores da Lixa e de Lousada e a cortesia

de café servido nos bares dos Serviços Sociais do Pessoal e do Hospital São Gonçalo.

O Dia Internacional da Mulher, proclama-do pela Organização das Nações Unidas em 1975 é hoje um marco comemorativo das conquistas sociais, políticas e económicas que as mulheres conquistaram no passado.

A Loja Interativa de Turismo de Pare-des acolhe uma exposição de tapetes alu-sivos às fl ores da primavera, constituída por trabalhos artísticos dos utentes das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS’s) do concelho.

A mostra estará patente até 6 de abril, na Loja Interativa de Turismo de Paredes, mas atendendo ao confi namento “não

são permitidas visitas ao espaço”. “As-sim sendo, as peças podem ser aprecia-das e valorizaaprecia-das através da fotografi a”,

refere a autarquia.

Entre os vários tapetes expostos estão trabalhos realizados por vários utentes da Associação para o Desenvolvimento de Cristelo - Ser Social, Associação para o De-senvolvimento Integral de Lordelo (ADIL), Associação Social e Cultural de Louredo, Centro Social e Paroquial de Baltar, Centro Social e Paroquial de Vilela, Obra de As-sistência Social da Freguesia de Sobrosa, Santa Casa da Misericórdia de Paredes e Calvário de Beire.

(11)

Texto HELENA NUNES

O

regresso do Campeonato da Divisão de Elite continua a ser um assunto de enorme inter-rogação para os clubes. A As-sociação de Futebol do Porto (AFP) ainda não divulgou qualquer plano de retoma, mas nos bastidores têm sido avançadas várias hipóte-ses.

O recomeço da prova em abril e a sua conclusão após o fi nal da 1.ª volta é uma das

Retoma da Divisão de Elite

não é consensual entre clubes de Paredes

Dirigentes do Rebordosa, Aliados de Lordelo e Aliança de Gandra defendem planos diferentes para o regresso das competições.

Depois de dois meses sem jogos, que levaram à quebra de receitas dos clubes, o presidente do Rebordosa Atlé-tico Clube acredita que “70 ou 80%

dos clubes da Divisão de Elite não quer retomar os campeonatos”.

Joaquim Barbosa considera que este seria “o modelo mais correto” do ponto de vista desportivo, mas também na salvaguarda da saúde fi nanceira dos clubes, que não teriam mais despesas esta época. “O assunto fi cava

resolvi-do. Se o campeonato for retomado há clubes que não vão conseguir aguen-tar fi nanceiramente”, frisa.

A repetir-se o cenário da época pas-sada, quando a AFP deu por terminadas as provas em março, Joaquim Barbosa reconhece que será “benéfi co” para o clube, que está em primeiro lugar e tem mais pontos somados entre as equipas das duas séries.

“Para nós era melhor que o campeona-to não fosse recampeona-tomado. Se houver um clu-be a indicar na AF Porto para subir ao Cam-peonato de Portugal por mérito terá de ser o Rebordosa, que está na melhor posição”,

sublinha.

A alternativa de concluir a prova no fi nal da 1.ª volta está prevista no regulamento, mas o presidente do Rebordosa diz que poderia

“desvirtuar a verdade desportiva” e que “os clubes não aguentariam” uma retoma

O presidente do Aliados de Lordelo é defensor de um outro formato competi-tivo que já foi proposto pela Associação de Futebol de Aveiro. O modelo implica a suspensão imediata do campeonato, sem lugar a despromoções, e a criação de uma prova fi nal, de acesso facultati-vo, para os clubes que pretendem lutar pela subida de divisão.

“Parece-me ser a melhor solução para os clubes, tendo em conta o es-tado em que isto está, sem jogos e patrocínios. Dava a possibilidade de cada clube se ajustar à sua realidade. Só se inscrevia na prova quem tinha objetivos de subir. Além disso, a pro-va seria mais curta e o campeonato já não tinha de ser prolongado até junho ou julho”, frisa Filipe Carneiro.

Se esta hipótese fosse ponderada, o diri-gente garante que o Aliados de Lordelo iria até ao fi m, mantendo o objetivo de lutar pela subida ao Campeonato Nacional Seniores.

No entanto, Filipe Carneiro admite que é possível terminar o campeonato com a rea-lização de dois jogos por semana, mas esta hipótese seria “extremamente exigente”, do ponto de vista desportivo, para os atletas e “fi nanceiramente penalizadora” para os clubes, com os custos da época a serem

ar-O presidente do Alian-ça de Gandra, João Morei-ra, sustenta que é possível terminar a Divi-são de Elite, calendarizando dois jogos por semana, há quarta-feira e domingo.

O líder gandrense considera que dessa forma é possível concluir a com-petição sem prejudicar a verdade des-portiva. “Era preferível o campeonato

ir até ao fi m. Essa seria a regra mais justa e que melhor defenderia a ver-dade desportiva”.

João Moreira recorda que ainda fal-tam muitos jogos para o fi nal do cam-peonato e por isso os cenários de subi-das e descisubi-das continuam em aberto.

“Os clubes que podiam descer ainda têm hipótese de subir na classifi ca-ção e os que querem lutar pela subi-da também. Se o campeonato termi-nasse agora seria injusto para todos”.

Ainda assim, o dirigente reconhece que o cenário dos dois jogos por semana exigirá “um

esforço acrescido aos atletas”, mas lembra que “não será uma novidade”, porque as equipas

já foram submetidas a um cenário idêntico em novembro e dezembro, antes de ser decretada a nova paragem da competição.

“Será muito mais exigente, mas os clu-bes já chegaram a fazer dois jogos por se-mana durante o confi namento. Além disso, penso que pela verdade desportiva esse esforço compensaria”.

soluções que está contemplada em regula-mento, mas há também a possibilidade de a prova regressar em abril e terminar em junho, com a realização de dois jogos por semana, há quarta-feira e domingo.

Contudo nenhuma delas reúne consenso entre os clubes do concelho. O campeonato foi suspenso a 10 de janeiro, com o Rebor-dosa Atlético Clube a liderar a série 2, com 33 pontos, o Aliados de Lordelo no 8.º lugar, com 22 pontos e a cinco de distância do lugar de acesso à fase de promoção, e o Aliança de Gandra na 16.ª posição, com 9 pontos.

“70 ou 80% dos clubes

não quer retomar os campeonatos”

com dois jogos por semana.

“Os jogadores profi ssionais queixam--se, fará os amadores. Além disso, os cam-peonatos só podem ser realizados até ju-nho, e com os jogos que faltam seria muito difícil cumprir essa data”.

Independentemente da decisão que vier a ser tomada pela AFP, Joaquim Barbosa ga-rante que “o Rebordosa está preparado

para tentar alcançar o objetivo que se pro-pôs e lutar pela subida de divisão”.

“A solução encontrada pela

AF Aveiro parece-me ser a melhor”

rastados por mais dois meses, para além dos encargos com a realização dos jogos.

“Se os clubes tivessem receitas as coisas

iam-se equilibrando, mas neste momento os clubes têm as portas fechadas. Não podemos estar sempre a pedir um esforço adicional aos clubes sem haver contrapartidas. Os apoios não chegam nem para pagar a água”.

O dirigente compreende que a AFP preci-se de necessário tempo para analisar todos os cenários e tomar uma “boa decisão”, mas diz que este impasse tem vindo a criar uma enor-me ansiedade nos clubes e atletas.

“Era preferível

o campeonato ir até ao fi m”

A conclusão da prova após o fi nal da pri-meira volta é uma hipótese que o presidente do Aliança de Gandra diz não ter fundamen-to. “Não tem fundamento haver um

play--off para a subida se não há descidas. Isso custa-me a compreender. As séries já estão com bastantes clubes e se não houver des-cidas vai haver um aumento de clubes”.

Além disso, João Moreira é da opinião de que qualquer subida ou descida no fi nal da primeira volta, seria injusta e punha em causa a verdade desportiva.

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Quinta-feira 18 de março de 2021

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Desporto

O

União Sport Clube de Paredes venceu em casa o Vila Real por 1-0 no encontro da 20.ª jornada do Campeonato de Portugal Série C. Num jogo decisivo na luta pela manu-tenção a equipa de Eurico Couto levou a me-lhor sobre a formação de Vila Real e regressou às vitórias nove jogos depois.

O golo que valeu os três pontos à equipa da casa foi apontado por Ismael, aos 10 minu-tos, num erro na saída do Vila Real.

Eurico Couto, treinador do USC Paredes, admitiu que esta vitória foi importante para a equipa. “A vitória é importante para

conti-O

União Sport Clube de Paredes e o Sport Clube Nun’Álvares assina-ram um protocolo de cooperação institucional para a área da formação com vis-ta a potenciar o desenvolvimento dos atlevis-tas das camadas jovens.

“Conscientes da prioridade estratégica do Município de Paredes em qualifi car os jovens; aproximar as instituições despor-tivas do concelho; desenvolver

mecanis-N

o início do

próximo mês de abril, a ati-vidade desportiva come-ça o seu desconfi namen-to, com a atividade física ao ar livre, prática de mo-dalidades de baixo risco e abertura de ginásios, sem aulas de grupo.

A maioria das mo-dalidades de grupo só regressa a 19 de abril,

de acordo com o plano de desconfi namento anunciado pelo Primeiro-ministro, António Costa.

As restrições impostas desde meados de janeiro às modalidades desportivas vão começar a ser levantadas a 5 de abril, após a Páscoa, data prevista para o regresso das modalidades de baixo risco onde se incluem, entre outras, Ténis, Surf e Natação, e atividade física ao ar livre até quatro pessoas.

A 19 de abril serão autorizadas as modali-dades desportivas de médio risco, como ande-bol, basqueteande-bol, futebol e futsal, assim como a atividade física ao ar livre até seis pessoas e os ginásios sem aulas de grupo e a realização de eventos exteriores com lotação reduzida.

A “normalização” do desporto em Portu-gal só deverá acontecer a partir de 3 de maio, com o regresso das modalidades de alto risco, onde se incluem, entre outras, artes marciais e râguebi. Os ginásios passam também a poder realizar aulas de grupo e não haverá limita-ções relativas à prática desportiva ao ar livre.

Campeonato de Portugal

Paredes regressa às vitórias em jogo decisivo

A formação unionista estava há 9 jogos sem vencer e deu um passo importante na luta pela manutenção.

Texto HELENA NUNES

nuarmos o nosso caminho. Vivemos o mo-mento e preparamos o futuro. Não olha-mos para o passado porque não é possível reconstruir o que está para trás. O nosso foco é no trabalho diário, para que seja possível, em cada jogo, sermos competiti-vos e conquistar pontos”, disse em

declara-ções ao jornal O Paredense.

Sobre o jogo, Eurico Couto assumiu que a sua equipa “entrou bem”, o que permitiu chegar cedo à vantagem e “com menos

an-siedade podia ter ampliado o resultado e com isso não passar por momentos difíceis na fase fi nal do encontro”.

Ainda assim o técnico paredense conside-ra que “a vitória foi justa e merecida pelo

comportamento dos jogadores individual

Clube assina contrato

cooperação com Nun’Álvares

O protocolo pretende potenciar o desenvolvimento integral dos

atletas jovens nas diferentes componentes formativas.

mos de cooperação que promovam um desenvolvimento sadio dos jovens foi hoje assinado entre o USC de Paredes e o SC Nun´Alvares um protocolo de coope-ração institucional”,

lê-se na nota publica-da na página ofi cial do Facebook.

O objetivo é

“po-tenciar o desenvol-vimento integral dos jovens atletas nas componentes forma-tivas: desportivas, sociais, pessoais e de saúde”, explica o USC

Paredes, garantindo que os dois clubes assumem o

“com-promisso claro em ajudar o concelho de Paredes a tornar-se uma referência regio-nal e nacioregio-nal no desenvolvimento inte-gral dos jovens em futuros desportistas e cidadãos ativos e responsáveis no seio da comunidade”.

Na cerimónia de assinatura do contrato estiveram os presidentes dos dois emblemas, António Pedro Silva (USC Paredes) e Ricardo Costa (SC Nun’Álvares) e alguns elementos das respetivas direções.

e coletivamente”. “Revelaram grande cará-ter”, frisou.

Com o regresso às vitórias, o Paredes

pas-sou para o 7.º lugar da tabela classifi cativa, com 17 pontos, mais dois que o Vila Real, que é o primeiro emblema na zona de despromoção.

Modalidades de baixo e médio

risco retomadas em abril

Plano de desconfi namento deverá prolongar-se até 3 de maio

data que marcará o regresso à normalidade desportiva.

O regresso do público às bancadas dos es-tádios e outros recintos desportivos também só deverá acontecer a 3 de maio, mas se os números de novos casos ajudarem o Governo admite que alguns eventos possam ter adep-tos nas bancadas antes dessa data.

Níveis de risco das

diferen-tes modalidades:

- Baixo risco (a partir de 5 de abril): Natação,

Surf, Bodyboard, Paddle, Ténis e Ténis de mesa;

- Médio risco (a partir de 19 de abril):

An-debol, (incluindo o de pavilhão, praia ou em cadeira de rodas), Aquatlo, Basquetebol, Cor-febol, Futebol (incluindo o de praia), Futsal, Hóquei em patins e em linha e Voleibol;

- Alto Risco (a partir de 3 de maio): Artes

marciais chinesas, Dança desportiva, Ginás-tica acrobáGinás-tica, Judo, Ju-jitsu, Karaté, Kickbo-xing e Muaythai, Lutas Amadoras, Patinagem artística de pares, Polo Aquático e Râguebi.

Referências

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