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Questão 1. Questão 2. Resposta. Dado: Fórmula estrutural da creatinina

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Academic year: 2021

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(1)

go Rango, e sua esposa Dina Mitta, vulgo Estrondosa, a dupla explosiva que já resolveu muitos mistérios utili-zando o conhecimento químico (vesti-bular UNICAMP 2002). Hoje estão se preparando para celebrar uma data muito especial. Faça uma boa prova e tenha uma boa festa depois dela. Embora esta prova se apresente como uma narrativa ficcional, os itens a e b em cada questão de 1 a 12 devem, ne-cessariamente, ser respondidos.

Bem de manhã, Dina foi muito enfática: “Não se esqueça de verificar o resultado do exame de sangue do Pipetão antes de escolher a ra-ção adequada. Lembre-se que os níveis de uréia e de creatinina são importantes na ava-liação da saúde do animal!” Omar deu uma olhada no exame e o resultado indicava 1 20 10, × −4 mol de creatinina por litro de

sangue. Os valores de referência, como Ran-go sabia, seriam aceitáveis na faixa de 0,5 a 1,5 mg dL−1. A comparação permitiu que ele decidisse entre uma ração normal e uma in-dicada para cães com insuficiência renal. a) Qual o tipo de ração escolhido por Omar na alimentação do Pipetão? Justifique.

b) Dina disse que o exame de sangue pode avaliar o nível de uréia. Sabe-se que esse nível é influenciado pela dieta alimentar. Nas embalagens de rações para animais, são dadas informações quantitativas de: umidade, proteína bruta, fibras, gorduras, matéria inorgânica, cálcio e fósforo. Se o Pi-petão estivesse com o nível de uréia no san-gue acima do limite normal, com qual des-sas informações Rango deveria se preocu-par ao escolher a ração mais adequada? Justifique. Resposta a)1,20 10 mol C H ON 1 L sangue 4 4 7 3 ⋅ − conc molar. 144444244444 13⋅ 44424443⋅ 112,9 g C H ON 1 mol C H ON 4 7 3 4 7 3 m molar. ⋅10 mg C H ON ⋅ 1 g C H ON 1 L sa 3 4 7 3 4 7 3 conv unid. . 144424443 ngue 10 dL sangue 1,35 mg dL conv unid. . 1442443=

Omar escolheu o tipo normal de ração, pois Pipe-tão apresentou um nível aceitável de creatinina (0,5 a 1,5 mg/dL).

b) A uréia(CH N O4 2 ), substância nitrogenada, é formada na metabolização de outras substâncias nitrogenadas. Portanto, se Pipetão estivesse com o nível de uréia no sangue acima do limite normal, Rango deveria escolher uma ração pobre em pro-teínas, que são os nutrientes nitrogenados mais comuns.

O nosso herói, logo depois de tratar o Pipetão, foi à cozinha e resolveu “traçar” alguma coi-sa. Encontrou uma embalagem de pão ainda fechada. Pensou: “Vai ser isso mesmo, mas com manteiga ou margarina? Eu sei que se recomenda uma baixa ingestão diária de co-lesterol e que a gordura saturada, quando ingerida em excesso, aumenta o “mau” coleste-rol (LDL) e também o “bom” colestecoleste-rol (HDL). Essa manteiga contém colesterol e gordura saturada. Por outro lado, essa margarina não tem nada de colesterol e tem muita gordura trans, que, assim como as gorduras satura-das, aumenta o LDL, mas tende a baixar o HDL”. Com as duas embalagens na mão e to-das essas informações, Rango ficou ali baban-do e se perguntanbaban-do...

Questão 1

H H O N N NH CH3 H

Questão 2

(2)

a) “Meu mais recente exame de sangue mos-trou que o nível de HDL está na faixa acei-tável. Se eu pensar só nisso, será que eu devo usar a manteiga ou a margarina? Por quê?”

b) “Mas há outra coisa, meu valor de LDL está acima da faixa aceitável. E agora? Se eu levo em conta só esse fato, eu devo ou não be-suntar o pão com manteiga ou margarina? Por quê?”

Resposta

a) Como Rango apresenta um nível aceitável de HDL, ele pode consumir, moderadamente, a mar-garina e a manteiga. Pensando somente no HDL, Rango poderia optar pela manteiga, que aumenta o nível do "bom" colesterol.

b) Quem apresenta valor de LDL acima da faixa aceitável deveria evitar o consumo de manteiga e margarina, pois ambas aumentam a taxa do “mau” colesterol. Se Rango insistir em besuntar o pão, deve optar pela manteiga, que aumenta am-bos (HDL e LDL) e é menos prejudicial à saúde do que a margarina, que aumenta o “mau” coles-terol (LDL) e diminui o “bom” colescoles-terol.

Depois de comer, Rango foi limpar o banhei-ro. Pegou o produto apropriado, e com mui-ta preguiça, começou a “roncar” com ele na mão. Acordou assustado e, disfarçando, como se Dina estivesse ali, foi logo lendo a formulação na embalagem. Ali se informava que o produto comercial continha um agen-te anti-bacagen-teriano, um sal orgânico, cujo ânion é o cloreto e cujo cátion é formado por um átomo de nitrogênio, ao qual se ligam quatro grupos: duas metilas, uma benzila e a cadeia carbônica —C H8 17. Ficou pensan-do...

a) “Como é a fórmula estrutural desse bacteri-cida?”

b) “A embalagem mostra que o pH desse pro-duto é igual a 5. Aquele outro detergente espe-cífico que eu usei na cozinha tinha pH igual a 12. Qual deles é mais ácido? Quantos mols de H+ há dentro da embalagem de 500 mL desse produto mais ácido?”

Resposta

a)

b) A solução mais ácida é a de menor pH (maior [H ]+ ), que corresponde ao produto de limpeza usado no banheiro (pH =5). Como o pH =5 e [H ] 10 mol L 5 + =, temos que, em 500 mL (0,5 L), a quantidade de H+é igual a10 2 5 10 5 6 − − = ⋅ mol H+.

Após a limpeza do banheiro, Rango foi à sala e removeu todos os móveis e, de tão feliz e apaixonado, começou a cantarolar: “Beijando teus lindos cabelos, Que a neve do tempo mar-cou... Estavas vestida de noiva, Sorrindo e querendo chorar...” De repente, volta à reali-dade lembrando que tinha que limpar aquela sala de 50 m2 e de 3 m de altura, antes que Dina voltasse. “Hoje a temperatura está em 32 Co e a pressão atmosférica na sala deve ser, aproximadamente, 4 vezes o valor da mi-nha pressão arterial sistólica (180 mmHg ou aproximadamente 21.000 Pa), sem medica-ção. Ah, se eu fosse tão leve quanto o ar dessa sala!”, pensava Rango...

a) “Se o ar se comporta como um gás ideal, quantos mols dessa mistura gasosa devem es-tar presentes aqui na sala?”

b) “Se minha massa corpórea é de 120 kg, e eu acho que estou fora do peso ideal, então, se eu tivesse a mesma massa que o ar dessa sala, eu estaria melhor? Por quê?”.

Dados: constante dos gases =

= 8,314 Pa m mol3 −1K−1, T/K = 273 t/ C;+ o o ar é composto de, aproximadamente, 78% em massa de nitrogênio, 21% de oxigênio, 1 0, % de argônio.

Questão 3

Questão 4

H C3 N CH3 CH2 C H8 17 + C _

(3)

Resposta

a) A partir do volume (150 m3), da temperatura (305 K) e da pressão atmosférica na sala (84 000 Pa), podemos calcular o número de mols da mistura gasosa na sala:

p V⋅ = ⋅n R T⋅

84 000 150⋅ = ⋅n 8,314 305⋅ n≅4 969 mols

b) Cálculo da massa de ar na sala: XO2 O2 T n n = X m M n O2 O2 O2 T = mO2 =XO2 ⋅nT⋅MO2 mO2 =0,21 4 969 32 mO2 33 391,7 g 33,39 kg

Analogamente, temos que a massa do nitrogênio é 108,52 kg e a massa do argônio é 1,98 kg. mar =mO2 +mN 2 +mAr

mar =33,39+108,52 +1,98 mar 143,89 kg

Portanto, Rango não estaria em melhores condi-ções, pois a massa de ar na sala é maior que sua massa corpórea.

Se o caso era cozinhar, Rango não tinha pro-blemas. Ele preparou a massa do bolo da fes-ta utilizando um fermento químico à base de carbonato ácido (bicarbonato) de sódio. Rango começou bem cedo essa preparação, pois Estrondosa vivia reclamando que depois que o gás passou a ser o gás de rua, parecia que o forno havia ficado mais lento para assar. Per-dido nessas maravilhas que rodeavam a ati-vidade na cozinha, Rango se refestelava com os conceitos químicos...

a) “Antes de usar o fermento, eu coloquei um pouco dele em água e houve um desprendi-mento de gás. Isso me indicou que o ferdesprendi-mento estava adequado para ser utilizado no bolo. Qual é a equação química da reação que eu acabei de observar?”

b) “Se a reclamação de Estrondosa sobre o gás combustível for verdadeira, o gás liquefei-to de petróleo (butano) deve fornecer uma energia maior que o gás de rua (metano),

con-siderando-se uma mesma massa de gás quei-mado... Será que essa hipótese é verdadeira?” Dados: entalpias de formação em kJ mol−1: butano = −126, metano = −75, gás carbônico = = −394 e água = −242

Resposta

a) O fermento químico é constituído de bicarbona-to de sódio e um ácido. Então:

HCO3(aq)− +H(aq)+ →CO2(g) +H O2 ( )l

b) Cálculo dos calores de combustão do metano (CH )4 e do butano (C H4 10): CH4 +2 O2 →CO2 +2 H O2 ΔH =

ΔHfprodutos

ΔHfreagentes ΔH = −394+ −( 242) − −( 75)= −803 kJ/mol CH4 C H 13 2 O 4 CO 5 H O 4 10 + 2 → 2 + 2 ΔH = ⋅ −4 ( 394) +5⋅ −( 242)− −( 126) = = −2 660 kJ/mol C4 10H

Supondo a combustão de uma mesma massam de ambos os combustíveis: m g CH 1 mol CH 16 g CH 803 kJ 1 mol CH 4 4 4 m. molar 4 calor ⋅ ⋅ ⋅ 1 24 43 de combustão 1 24 43 ≅ ≅m 50,2 kJ⋅ m g C H 1 mol C H 58 g C H 2 660 kJ 1 mol C H 4 10 4 10 4 10 4 10 ⋅ ⋅ ⋅ ≅ ≅m 45,9 kJ⋅

Pelos cálculos concluímos que, para uma mesma massa de gás combustível queimado, há maior libe-ração de energia na combustão do gás de rua (me-tano). Portanto essa hipótese não é verdadeira.

Depois das 19 horas, os convidados começa-ram a chegar. Dina os recepcionava no bar, onde havia dois baldes: um deles com gelo e o outro com gelo seco. Dina bradava aos quatro cantos: “Isso faz a festa tornar-se mais quími-ca, já que esses sólidos serão usados para res-friar as bebidas!” Para cada bebida, Estron-dosa escolhia o sólido mais apropriado. Curio-samente alguém pediu duas doses iguais de uísque, uma com gelo e outra com gelo seco, mas colocou os copos em uma mesa e não con-sumiu as bebidas. Passado um certo tempo, um colega de faculdade resolveu verificar se

Questão 5

(4)

Dina ainda era a “sabichona” de antigamen-te, e foi logo perguntando:

a) “Esses sólidos, quando colocados nas bebi-das, sofrem transformações. Que nomes são dados para essas duas transformações? E por que essas transformações fazem com que as bebidas se resfriem?”

b) “Dina, veja essas figuras e pense naqueles dois copos de uísque que nosso amigo não be-beu. Qual copo, da situação inicial, corres-ponde ao copo d da situação final? Em algum dos copos, a concentração final de álcool ficou diferente da concentração inicial? Por quê?” Obs: considerar a figura para responder ao item b.

Resposta

a) O gelo sofre fusão: H O2 (s)→H O2 ( )l O gelo seco sofre sublimação: CO2(s) →CO2(g) Essas transformações físicas esfriam as bebidas porque são endotérmicas, isto é, absorvem calor dos líquidos, diminuindo suas temperaturas. b) O copod, com redução do volume, correspon-de ao copox, que é constituído de CO2(s) (gelo seco) e uísque; o CO2sublima e o nível de bebida diminui (menor volume). No copo contendo uís-que e gelo ocorre uma diminuição da concentra-ção alcoólica devido à fusão do gelo e conse-qüente diluição da bebida.

Especialmente para as crianças, havia uma sala reservada com muitos brinquedos, gulo-seimas, um palhaço e um mágico. Como Ran-go também tinha problemas com açúcar, al-gumas vezes ele colocava pouco açúcar nas receitas. Ao experimentar a pipoca doce, uma das crianças logo berrou: “Tio Rango, essa pi-poca tá com pouco açúcar!” Aquela observa-ção intrigou Rango, que ficou ali pensando... a) “Coloquei duas xícaras de milho na panela e, depois que ele estourou, juntei três colheres

de açúcar para derreter e queimar um pouco. Se cada colher tem mais ou menos 20 gramas de açúcar, quantas moléculas de sacarose (C H O )12 22 11 eu usei em uma panelada?” b) “Eu também sei que parte desse açúcar, após caramelizar, se decompõe em água e car-bono. Se 1% desse açúcar se decompõe dessa forma, quantos gramas de carbono se forma-ram em cada panelada?”

Dado: Constante de Avogadro = = 6 02 10, × 23mol−1

Resposta

a) Cálculo do número de moléculas de sacarose: 3 colheres de açúcar ⋅ 20 g C H O ⋅ 1 colher de a 12 22 11 dado çúcar 144424443 ⋅ 1 mol C H O ⋅ 340,9 g C H O 12 22 11 12 22 11 m. molar 144424443 ⋅6,02 10⋅ moléculas C H O 1 mol C H O 23 12 22 11 12 22 11 cte. de Avogadro 14444444244444443≅ ≅1,06 10⋅ 23moléculas C H12 22 11O

Portanto, Rango utilizou 1,06 10⋅ 23 moléculas de sacarose em sua panelada.

b) A partir da massa de açúcar que se decompõe (0,6 g), podemos calcular a massa de carbono que se formou em cada panelada:

0,6 g C H O 1 mol C H O 340,9 g C H O 12 22 11 12 22 11 12 22 11 ⋅ m molar. 144424443⋅ ⋅ 12 mols C ⋅ 1 mol C H O 12 g C 1 mol C 12 22 11 f química. m 144424443 .molar 1 24 34 ≅ 0,25 g C

Para a sobremesa, os Mitta prepararam o “Arroz-doce à moda do Joaquim”. Dina expli-cava aos convidados: “Um dos segredos da re-ceita é não deitar o açúcar logo no início por-que ele é muito hidrofílico e compete com o amido do arroz pela água, e também porque a elevada pressão osmótica dificulta a entrada de água para o interior dos grãos, não dei-xando que eles cozinhem de forma uniforme e completa.” Como Dina estava a usar uma

lin-Questão 7

x y c d

situação inicial situação final

(5)

guagem muito científica, um dos convidados logo fez duas perguntas:

a) “Ô Dina, o que significa hidrofílico e como se explica isso no caso do açúcar?”

b) “Ao fazer o arroz salgado, a gente põe o sal no início, e o arroz cozinha de maneira uni-forme. Então, essa tal de pressão osmótica não existe no caso do sal? Por quê?”

Resposta

a) Hidrofílico significa o que tem afinidade com água. O açúcar é composto basicamente por sa-carose, cujas moléculas possuem vários grupos hidroxila (— OH) que, através de ligações (pon-tes) de hidrogênio, se ligam às moléculas de água.

b) A pressão osmótica também existe quando o soluto é o sal, mas no caso do arroz salgado, pode-se colocar o sal no início e, mesmo assim, consegue-se uma cocção uniforme, porque a quantidade de NaCladicionado é pequena quan-do comparada à quantidade de sacarose acres-centada ao arroz-doce.

Rango, logo depois de servir o bolo, levou os convidados de volta ao bar. Lá, para entre-ter os convidados, Dina acomodou um ovo sobre um suporte plástico. Esse ovo tinha fitas de vedação nas duas extremidades, ta-pando pequenos furos. Dina retirou as ve-dações, apoiou o ovo novamente no suporte plástico e levou um palito de fósforo aceso próximo a um dos furos: de imediato, ou-viu-se um pequeno barulho, parecido a um fino assovio; surgiu, então, uma chama quase invisível e o ovo explodiu. Todos aplaudiam, enquanto Dina explicava que, no interior do ovo (na verdade era só a casca dele), ela ha-via colocado gás hidrogênio e que o que eles tinham acabado de ver era uma reação quí-mica. Aplausos novamente.

a) Se o gás que ali estava presente era o hi-drogênio, a que reação química Dina fez refe-rência? Responda com a equação química cor-respondente.

b) Se a quantidade (em mols) dos gases rea-gentes foi maior que a do produto gasoso, en-tão o ovo deveria implodir, e não, explodir. Como se pode, então, explicar essa explosão?

Resposta

a) A equação química da reação de combustão do hidrogênio é:

2 H2(g) +O2(g) →2 H O2 (g)

b) Na demonstração, a chama provoca um au-mento da temperatura, fazendo com que ocorra a expansão dos gases, o que gera uma explosão e não uma implosão como o balanceamento da equação pode sugerir.

As pessoas adoravam essas demonstrações quí-micas. Dina e Rango sabiam disso, pois eles próprios tinham sido “fisgados” por esse tipo de atividade (Vestibular da Unicamp-2001). Cha-mando a atenção de todos, Dina colocou sobre o balcão um copo que “aparentemente conti-nha água”, e nele adicionou algumas gotas de uma solução que tingiu “aquela água”. Dina disse que aquela solução colorida mudaria de cor no “berro”. Um dos convidados, com a boca bem aberta e próxima do copo, deu um longo berro. Como num passe de mágica, o lí-quido mudou de cor. Todo mundo aplaudiu a cena.

a) O líquido que estava no copo era, na verda-de, uma solução aquosa de amônia, cujo Kbé 1 8 10, × −5. Nessa solução aquosa estavam em equilíbrio, antes da adição do indicador, amô-nia, íon amônio e íon hidróxido. Escreva a ex-pressão de Kb em termos das concentrações dessas espécies. Nesse equilíbrio, o que está em maior concentração: amônia ou o íon amô-nio? Justifique.

b) O que foi gotejado no copo era uma solução de vermelho de fenol, um indicador áci-do-base, que apresenta cor vermelha em pH acima de 8,5 e cor amarela em pH abaixo de 6,8. Qual foi a mudança de cor observada? Como se explica que o berro tenha promovido a mudança de cor?

Resposta

a) O equilíbrio iônico descrito pode ser represen-tado pela seguinte equação química:

NH3(aq) +H O2 ( )l NH4(aq)+ +OH(aq)− Kb

A expressão do Kbé:

Questão 9

(6)

K [NH ] [OH ] [NH ]

b 4

3

= + ⋅ −

A amônia é uma base fraca, sendo pouco disso-ciada e possuindo um Kb pequeno (1,8 10⋅ −5). Desse modo, a concentração molar de amônia (NH )3 é bem maior que a do íon amônio (NH )4+ . b) Apesar de se tratar de uma base fraca, a solu-ção aquosa de amônia possui um caráter básico suficientemente pronunciado para que, em conta-to com o indicador vermelho de fenol, adquira a corvermelha. Quando um dos convidados "berra" por um longo período ao lado do copo, uma quan-tidade apreciável de gás carbônico é absorvida pela solução. Isto fará com que a concentração hidrogeniônica aumente, provocando o consumo de íons OH− e diminuindo o pH. O efeito disso será a mudança de cor da solução, de vermelho para laranja ou, eventualmente, amarelo.

CO2(g) +H O2 ( )l HCO3(aq)+H(aq)+

H(aq)+ + OH(aq)

proveniente da solução de amônia

123 H O2 ( )l

Também para mostrar suas habilidades quí-micas, Rango colocou sobre o balcão uma fo-lha de papel que exalava um cheiro de ovo podre e que fazia recuar os “mais fracos de estômago”. Sobre essa folha via-se um pó branco misturado com limalhas de um metal de cor prateada. Após algumas palavras má-gicas de Rango, ouviu-se uma pequena explo-são acompanhada de uma fumaça branca pai-rando no ar.

a) Sabendo-se que naquela mistura maluca e mal cheirosa, uma das reações ocorreu entre o clorato de potássio (KClO3) e raspas de magnésio metálico, e que o pó branco forma-do era cloreto de potássio misturaforma-do a óxiforma-do de magnésio, teria havido ali uma reação com transferência de elétrons? Justifique.

b) A mistura mal cheirosa continha fósforo branco (P4) dissolvido em CS2, o que permitiu a ocorrência da reação entre o KClO3 e o magnésio. A molécula P4é tetraédrica. A par-tir dessa informação, faça um desenho repre-sentando essa molécula, evidenciando os áto-mos e as ligações químicas.

Resposta

a) A equação química da reação realizada é:

Essa reação química é um exemplo de oxidorre-dução, ou seja, ela representa um processo de transferência de elétrons.

b) A molécula de P4pode ser representada por:

A festa já estava para terminar, mas nenhum dos convidados sabia o motivo dela... Sobre o balcão, Dina pousou nove copos, com diferen-tes soluções e nelas colocou pequenos pedaços dos metais cobre, prata e ferro, todos recente-mente polidos, como mostra o desenho na si-tuação inicial:

“Para que a festa seja completa e vocês te-nham mais uma pista do motivo da comemo-ração, respondam às perguntas”, bradava Dina, eufórica, aos interessados:

a) “Em todos os casos onde há reação, um me-tal se deposita sobre o outro enquanto parte desse último vai para a solução. Numa das combinações, a cor do depósito não ficou mui-to diferente da cor do metal antes de ocorrer a

Questão 11

3 Mg(s) KC O3(s) 3 MgO(s) KC(s) 0 +5 _1 + oxidação redução +2 + ligação covalente átomo de P

Questão 12

Soluções Azuis (Cu2+) Soluções incolores (Ag )+ Soluções Amarelas (Fe3+) - cobre metálico - prata metálica - ferro metálico

(7)

deposição. Qual é o símbolo químico do metal que se depositou nesse caso? Justifique usan-do seus conhecimentos de química e os dausan-dos da tabela fornecida.”

b) “A solução que mais vezes reagiu tornou-se azulada, numa das combinações. Que solução foi essa? Qual a equação química da reação que aí ocorreu?”

Dados:

Par Potencial padrão

de redução / volts Cu2 +/Cu 0,34

Fe3 +/Fe − 0,04

Ag+/Ag 0,80

Resposta

a) Prata e ferro são metaisacinzentados, ou seja, prateados. Já o cobre metálico é avermelhado. Desse modo, a reação espontânea ( EΔ o>0)que ocorrerá com pouca variação de cor entre o metal base e o depósito é:

3 Ag(aq)+ +Fe(s) →3 Ag(s) +Fe(aq)3+ Logo, o metal que se depositou foi aprata, cujo símbolo éAg.

b) A solução que mais vezes reagiu é aquela que possui o cátion com maior potencial padrão de re-dução (E )o , ou seja, a solução que contém Ag+. A equação química que representa a reação que torna essa solução azulada é:

2 Ag(aq) Cu 2 Ag solução incolor (s) metal avermelhado (s + + ) depósito prateado (aq)2 solução azulada Cu + +

(8)

Classificação

Periódica

dos

Elementos

Químicos

La

H

He

Li

Ne

Be

C

N

O

F

Na

Ar

Mg

A

P

SC

K

Kr

Ca

Ga

Se

Br

Sc

Ti

V

Cu

Zn

Cr

Mn

Fe

Co

Ni

Rb

Xe

Sr

In

Sn

I

YZ

r

N

b

A

g

C

d

Mo

T

c

Ru

Rh

Pd

Cs

Rn

Ba

La-Lu

Ac-Lr

T

Pb

Bi

At

Hf

T

a

Au

Hg

WR

e

O

s

Ir

Pt

Fr

Ra

Rf

Db

Sg

Bh

Hs

Mt

Ac

Ce

Th

Pr

Pa

Nd

U

Pm

Np

Sm

Pu

Eu

Am

Gd

Cm

Tb

Bk

Dy

Cf

Ho

Es

Er

Fm

Tm

Md

Yb

No

Lu

Lr

57 1 2 3 10 4 6 7 89 11 18 12 13 15 16 17 19 36 20 31 34 35 21 22 23 29 30 24 25 26 27 28 37 54 38 49 50 53 39 40 41 47 48 42 43 44 45 46 55 86 56 81 82 83 85 5 7a7 1 89 a 103 72 73 79 80 74 75 76 77 78 87 88 104 105 106 107 108 109 89 58 90 59 91 60 92 61 93 62 94 63 95 64 96 65 97 66 98 67 99 68 100 69 101 70 102 71 103 138,9 Lantânio Cério Praseodímio Neodímio Promécio Samário Európio Gadolínio Térbio D isprósio Hólmio Érbio Túlio Itérbio Lutécio Laurêncio Férmio Mendelévio Nobélio Einstênio Berquélio Califórnio Cúrio Amerício Plutônio Netúnio Urânio Protactínio Tório Actínio 1,0 Hidrogênio 4,0 Hélio 6,9 Lítio Berílio 20,1 9,0 12,0 14,0 15,9 18,9 22,9 39,9 24,3 Magnésio Sódio 26,9 30,9 32,0 35,4 39,0 83,8 40,0 Cálcio Escândio T itânio V anádio Crômio Manganês Ferro Cobalto Níquel Cobre

Zinco Cádmio Mercúrio

Prata Ouro Rutênio Ródio Paládio Ósmio Irídio Platina Meitnério Hássio Ítrio Zircônio N ióbio Molibdênio T ecnécio

Potássio Rubídio Césio Frâncio

Rádio Rutherfórdio Dúbnio Seabórgio Bário Háfnio Tântalo T ungstênio Rênio Bóhrio Estrôncio 69,7 Gálio Germânio A rsênio Selênio B romo Criptônio Índio Estanho Antimônio T elúrio Iodo Xenônio Radônio Astato Polônio Bismuto Chumbo Tálio 78,9 79,9 44,9 47,8 50,9 63,5 65,3 51,9 54,9 55,8 58,9 58,6 85,4 131,2 87,6 1 14,8 1 18,7 126,9 88,9 91,2 92,9 107,8 1 12,4 95,9 98,9 101,0 102,9 106,4 132,9 222,0 137,3 204,3 207,2 208,9 209,9 178,4 180,9 196,9 200,5 183,8 186,2 190,2 192,2 195,0 223,0 226,0 261 262 ---227,0 140,1 232,0 140,9 231,0 144,2 238,0 146,2 237,0 150,3 239,0 151,9 241,0 157,2 244,0 158,9 249,0 162,5 252,0 164,9 252,0 167,2 257,1 168,9 258,1 173,0 259,1 174,9 262,1 1 1 18 2 3 4 5 6 7 2 13 14 15 16 17 3 4 56 7 81 0 11 1 2

B

5 Boro 10,8 Carbono Nitrogênio Oxigênio F lúor Neônio Alumínio S ilício Fósforo Enxofre Cloro Argônio

Si

14 28,0

As

33 74,9

Ge

32 72,6

Sb

51 121,7

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