Maria Antónia Carravilla / José Fernando Oliveira
Gestão da cadeia de
fornecimento
Maria Antónia Carravilla José Fernando Oliveira FEUP, Maio 2000
Volkswagen
• Fábrica de camiões no Brasil tem 1000 funcionários
– 200 são funcionários da VW, responsáveis por:
• qualidade global• marketing • investigação • projecto
– 800 são funcionários de outras empresas
:
• Rockwell International, Cummins Engines, Delga Automotiva, MWM, Remon and VDO, etc.
Maria Antónia Carravilla / José Fernando Oliveira
Volkswagen
Layout da linha de montagem
Volkswagen
Nova cadeia de fornecimento
• Objectivos:
– melhorar a qualidade
– reduzir custos
• Características especiais:
– VW compra aos fornecedores:
• materiais • mão-de-obra
– Fornecedores estão fortemente ligados à rede a VW,
directamente até à montagem final.
Maria Antónia Carravilla / José Fernando Oliveira
• Planeamento, organização e controlo dos fluxos de
materiais.
• Começa com as matérias primas • continua com as operações internas
• termina com a distribuição dos produtos acabados
• Envolve
• todos os elementos da cadeia de fornecimento
• Objectivo:
• maximizar o valor do produto • minimizar os desperdícios
Gestão da cadeia de fornecimento
Consumidor Produção Fornecedor Retalhista Grossista Prazos
A cadeia de fornecimento
Fluxo de Materiais VISA® Fluxo de CréditoTransparency Masters to accompany Operations Management, 5E (Heizer & Render) © 1998 by Prentice Hall, Inc.A Simon & Schuster Company Upper Saddle River, N.J. 07458
Fluxo de Encomendas “Cash flow”
Maria Antónia Carravilla / José Fernando Oliveira
A cadeia de fornecimento
Estudos de mercado Informação para o sequenciamento
Dados de engenharia e de projecto Fluxo de encomendas e
Cash-flow
Ideias e projecto para satisfazer necessidades consumidor final
Fluxo de materiais Fluxo de crédito
Cliente
Cliente
Cliente
Distribuidor
StockProdutor
Fornecedor Fornecedor Stock Fornecedor Stock StockTransparency Masters to accompany Operations Management, 5E (Heizer & Render) © 1998 by Prentice Hall, Inc.A Simon & Schuster Company Upper Saddle River, N.J. 07458
Cadeia de fornecimento
Como apoiar a estratégia global?
B a ixo c usto R e sp o sta ráp id a D iferenc iaç ã o
F o rnec ed o re s F o rnec ime nto s a o meno r custo p o ssíve l
D a r resp o sta ráp id a a nec essid ad es no va s, p ara minimiza r rup tura s d e sto c k
P artilha r co nhe c imento d o me rc ad o ;
d eve nvo lve r p ro d uto s e m c o njunto
C rité rio s d e se le cç ã o Esc o lha p e lo c usto Esc o lha p e la c ap a cid a d e, ra p id ez e flexib ilid a d e
Esc o lha p e la c ap a cid a d e d e d esenvo lvimento d o p ro d uto C a ra cterístic as d o
p ro ce sso
M a nter uma utiliza çã o mé d ia e le va d a
Investir e m c ap a cid a d e e xc ed e ntária e e m p ro ce sso s flexíveis
D e se nvo lver p ro ce sso s mo d ula re s q ue p ermita m a p erso nifica çã o e m ma ssa C a ra cterístic as d a
gestã o d e sto c k s
M inimiza r sto c k s a o lo ngo d a c ad e ia d e fo rnec ime nto , p ara ma nter c usto s b a ixo s
D e se nvo lver sistema c ap a z d e re sp o nd e r efic azmente à p ro c ura, c o m sto c k s q ue ga ra nta m o fo rne cimento
M inimiza r o sto c k na c a d e ia d e fo rne cimento p a ra e vitar o b so lê nc ia C a ra cterístic as d o le ad
-time
R e d uzir o lea d - time enq ua nto não imp lic a r um a umento d o s custo s
Investir fo rte mente p a ra re d uzir le a d - time d e p ro d uç ão
Investir fo rte mente p a ra re d uzir o le a d - time d e d esenvo lvimento
C a ra cterístic as d o p ro je cto d o p ro d uto
M a ximizar o d esemp e nho e minimiza r c usto
U sar p ro je cto s q ue minimize m o te mp o d e se tup e q ue to rne m ma is rá p id a a e ntra d a em p ro d uç ão
U sar p ro je cto mo d ula r q ue atra se a d ife re ncia ç ão d o p ro d uto o ma is p o ssíve l
Maria Antónia Carravilla / José Fernando Oliveira
Cadeia de fornecimento
Características globais
• Num ambiente global a cadeia de fornecimento deve ser:
– flexível para reagir com rapide
z a alterações
– nas existências das peças
– nos canais de distribuição e de expedição – nas taxas alfandegárias
– nas taxas de câmbio
– capaz de usar as mais recentes tecnologias para gerir
– o fluxo de entrada de matérias primas – o fluxo de saída de produto acabado
– com funcionários locais especializados em direitos alfandegários,
comércio, transportes e assuntos políticos.
• Aquisição de bens e de serviços
• Actividades
• apoiar a decisão: produzir versus comprar • identificar fontes de fornecimento
• seleccionar fornecedores e negociar contratos • controlar o desempenho das vendas
• Importância
• maior centro de custo na maioria das empresas • afectam directamente a qualidade do produto final
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Compras
Custos das compras como % das vendas
In d ú stria
P e rc e n ta g e m d a s
v e n d a s
t o d a 5 2 % a u t o m ó ve l 6 1 % a lim e n ta r 6 0 % m a d e ir a s 6 1 % p a p e l 5 5 % p e t r o l ífe r a 7 4 % t ra n sp o r t e s 6 3 %© 1998 by Prentice Hall, Inc. A Simon & Schuster Company Upper Saddle River, N.J. 07458
Compras
Vendas adicionais necessárias para igualar a
poupança de 1$ nas compras
% das vendas gasta com as compras Lucro líquido (%) da empresa 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 2 $2.78 $3.23 $3.85 $4.76 $6.25 $9.09 $16.67 4 $2.70 $3.13 $3.70 $4.55 $5.88 $8.33 $14.29 6 $2.63 $3.03 $3.57 $4.35 $5.56 $7.69 $12.50 8 $2.56 $2.94 $3.45 $4.17 $5.26 $7.14 $11.11 10 $2.50 $2.86 $3.33 $4.00 $5.00 $6.67 $10.11 Pressupõe-se a seguinte estrutura de custos para a empresa (em % das vendas): x% - compras y% - lucro custos fixos = (100-x-y) / 2 (%) custos variáveis = (100-x-y) / 2 (%)
Maria Antónia Carravilla / José Fernando Oliveira
Compras
Objectivos da função “compras”
• Identificar os produtos e serviços que podem ser
adquiridos no exterior.
• Avaliar e determinar o melhor fornecedor, preço e
fornecimento para esses produtos e serviços
Compras
Fazer ou comprar?
• Custo de produção ser mais baixo • Não existência de fornecedores apropriados • Assegurar um fornecimento adequado • Utilizar excesso de capacidade de laboração
obtendo contribuições marginais para os resultados da empresa
• Obter as quantidades desejadas
• Anular a hipótese de conluios entre fornecedores • Obtenção de itens únicos que obrigariam a
compromissos proibitivos com o fornecedor • Manter competências dentro da organização • Proteger design proprietário
• Aumentar ou manter a dimensão da empresa
• Custo de aquisição ser mais baixo • Manter o compromisso com o fornecedor • Obter capacidade técnica ou de gestão • Capacidade própria inadequada • Redução de custos de stock • Assegurar flexibilidade e fontes de
fornecimento alternativas • Reciprocidade
• O item está protegido por patentes ou segredos comerciais
• Liberta a gestão para lidar com negócio principal / nuclear da empresa
Razões para
Maria Antónia Carravilla / José Fernando Oliveira
• Muitos fornecedores
• negociar com muitos fornecedores e criar competição entre eles
• Poucos fornecedores
• desenvolver associações com alguns fornecedores que trabalharão em conjunto connosco para satisfazer consumidor final
• Integração vertical
• comprar o fornecedor
• Rede Keiretsu
• fornecedores passam a fazer parte de uma aliança entre empresas
• Empresa virtual
• utilização dos fornecedores “sempre que necessário”
Cadeia de fornecimento
Estratégias
Cadeia de fornecimento - estratégias
Muitos fornecedores
• Muitos fornecedores para cada item
• Relação de concorrência e competição
entre fornecedores
• Fornecedores responsáveis pelo
desenvolvimento
• Curto prazo
• Pouca abertura
• Preços elevados
• Entregas grandes e pouco frequentes
• Entrega nos armazéns de recepção
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Cadeia de fornecimento - estratégias
Poucos fornecedores
• Poucos fornecedores para cada item
• Relações de consórcio (JIT)
• Longo prazo
• Estabilidade
• Visitas e auditorias
• Contratos de exclusividade
• Preços baixos (encomendas grandes)
• Entregas frequentes de pequenas quantidades
• Entrega na produção (ponto de utilização)
Matéria prima (fornecedores) Integração para montante Transformação existente Integração para jusante Produto acabado (clientes)
• Integração para montante
– Passar a produzir produtos e serviços que anteriormente eram adquiridos
(A Ford passou a produzir os rádios dos automóveis)
• Integração para jusante
– Uma empresa que fabrica componentes, passa a produzir o produto final
(Texas Instruments, produtor de circuitos integrados, passou também a produzir máquinas de calcular e computadores )
Cadeia de fornecimento - estratégias
Maria Antónia Carravilla / José Fernando Oliveira Matéria prima (fornecedores) Integração para montante Transformação existente Integração para jusante Produto acabado (clientes)
• Redução de custos
• Redução de stocks
• Melhoria na qualidade
(difícil fazer tudo bem)• Cumprimento de prazos
• Acompanhamento da tecnologia num
espectro mais alargado
• Supõe uma quota de mercado grande
• Capacidade da gestão para lidar com as
empresas/tecnologias adquiridas
Cadeia de fornecimento - estratégias
Integração vertical
Matéria prima (fornecedores) Integração para montante Transformação existente Integração para jusante Produto acabado (clientes)Cadeia de fornecimento - estratégias
Exemplos de integração vertical
Ferro Aço Automóveis Sistema de distribuição Vendedores Silício Circuitos integrados Placas de circuitos Computadores Relógios etc... Agricultura Moagem Pão
Maria Antónia Carravilla / José Fernando Oliveira
• Keiretsu - palavra japonesa para “rede de sucursais”
• Sistema de alianças mútuas e participações cruzadas
• as empresas têm acções umas das outras • reduz necessidade de lucros a curto prazo
• Liga produtores, fornecedores, distribuidores e
entidades financiadoras
• a rede estende-se ao longo de toda a cadeia de fornecimento
Cadeia de fornecimento - estratégias
Redes Keiretsu
Cadeia de fornecimento - estratégias
Empresas virtuais
• Rede de empresas independentes
– Ligadas pela tecnologia
• computadores, faxes, Internet etc.
– Cada empresa contribui com as suas
competências básicas
– Empresas fornecedoras de serviços
• pagamentos, contratações, distribuição, produção, etc....
• Relações podem ser de longo ou de
curto prazo e mantêm-se
Maria Antónia Carravilla / José Fernando Oliveira
• Avaliação de fornecedores
– identificar e seleccionar fornecedores
• Desenvolvimento dos fornecedores
– integração entre fornecedor e comprador
• Exemplo: EDI
• Negociações
– resultam num contrato, onde se especifica:
• período de validade• preço
• calendarização das entregas • etc.
Cadeia de fornecimento
Fases de selecção de fornecedores
Cadeia de fornecimento - selecção de fornecedores
Critérios para selecção de fornecedores
Selecção de um Fornecedor
Empresa
•estabilidade financeira? •gestão? •localização?Produto
•qualidade? •preço?Serviço
•entregas atempadas? •apoio técnico? •treino?Maria Antónia Carravilla / José Fernando Oliveira
Cadeia de fornecimento - selecção de fornecedores
Estratégias de negociação
• Modelo de preços baseado no custo
– o fornecedor abre a sua contabilidade ao comprador
– o preço é fixado com base nos custos fixos e num custo variável
que acomodará alterações dos custos de mão-de-obra e das
matérias-primas
• Modelo de preços baseado no mercado
– o preço é baseado num preço referência ou índice publicado
• Leilão
– os potenciais fornecedores fazem lances respeitantes a um dado
contrato de fornecimento
As negociações não devem ser vistas como um jogo ganho/perda. Podem ser um jogo em que ambos ganham.
Cadeia de fornecimento
Gestão da cadeia de fornecimento:
técnicas/oportunidades
– Adiamento
• Atrasar o mais possível no processo de produção qualquer modificação ou particularização (customization)
A HP passou a fonte de alimentação do interior das impressoras para o cabo de alimentação, expedindo o mesmo produto para todo o mundo e apenas alterando o manual e o cabo de alimentação.
– Montagem no canal de distribuição
• Adia a montagem final do produto de modo a que possa ser feita no próprio canal de distribuição (Computadores IBM, HP e Compaq)
– Expedição ponto a ponto
• Expede directamente do fornecedor para o cliente final, em vez do grossista/retalhista, poupando tempo e custo de reenvio
– Encomendas a longo termo
• Um compromisso de compra a longo prazo a um fornecedor de itens que são entregues contra requisições de expedição de curto prazo
Maria Antónia Carravilla / José Fernando Oliveira
– Compra sem facturação
• Tipicamente há um único fornecedor para um item em particular. Os itens são pagos com base na produção do comprador.
Se houver um único fornecedor para os pneus de um automóvel, então o número de pneus fornecidos pode ser calculado a partir do número de carros montados
– Encomenda electrónica e transferência electrónica de fundos
• EDI (Electronic Data Interchange) - formato normalizado detransmissão de dados para comunicações electrónicas entre empresas
– Compras sem stock
• O fornecedor entrega directamente ao departamento da empresa que necessita do bem, em vez de entregar a um stock central
– Normalização
• Redução na variação dos materiais e componentes como contribuição para a redução dos custos