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HANDEBOL: PLIOMETRIA NO TREINAMENTO DE BASE EM ATLETAS DE 13/16 ANOS

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HANDEBOL: PLIOMETRIA NO TREINAMENTO DE BASE EM

ATLETAS DE 13/16 ANOS

Thatiane Janaína Teixeira1 Professor Me. Sebastião Álvaro Galdino2

Resumo

O objetivo deste trabalho consiste em analisar a influência da pliometria no treinamento de base de atletas de handebol de 13 a 16 anos e sua interferência na impulsão vertical. Assim, em 8 semanas, comparar resultados do grupo de participantes que realizou o treinamento pliométrico associado ao treinamento de rotina, e do grupo de participantes que apenas realizou seu treinamento de rotina. Foram utilizados neste trabalho12 voluntários atletas da modalidade. Divididos em Grupo Experimental e Grupo Controle. Os participantes do grupo experimental foram submetidos ao treinamento pliométrico que consistia em saltos no lugar, saltos em deslocamento e saltos alternados, com uma frequência de 3 vezes na semana e duração de 20 minutos, enquanto o grupo controle realizou apenas seu treinamento de rotina. Concluiu-se, de acordo com as características desta pesquisa, que houve um crescimento no desenvolvimento da impulsão vertical dos atletas. Por meio desse estudo espera-se poder utilizar cada vez mais do método pliométrico para melhora da impulsão vertical e consequentemente a melhora das habilidades na modalidade de handebol.

Palavras-chave: Handebol; Pliometria; Impulsão vertical

1

Thatiane Janaína Teixeira, graduando do curso de educação física pelo Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino- FAE – thati_jt@hotmail.com

2 Sebastião Álvaro Galdino Professor e Mestre em Educação Física da UNIFAE e Orientador do trabalho - galdinonat.01@bol.com.br – galdino@fae.br

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4 Introdução

Segundo Ferreira (2010) o handebol é o terceiro esporte mais praticado no país, assim vem crescendo no âmbito das crianças e adolescentes.

É um esporte coletivo, o qual envolve grandes quantidades e variedades de movimentações associadas à manipulação de bola, interação e contato com outros atletas.

Pode ser considerado um esporte completo, pois utiliza uma rica combinação das habilidades motoras fundamentais e “naturais” do repertório motor do ser humano (correr, saltar e arremessar), Martini, (1980).

Segundo ELENO, BARELA e KOKUBUN, (2002, p. 84):

O jogo de handebol é caracterizado pelo confronto de duas equipes, formadas por seis jogadores de linha e um goleiro, marcado por intenso contato físico entre os jogadores. Dessa forma, faz-se necessário, para uma efetiva participação num jogo de handebol, o desenvolvimento de várias qualidades físicas relacionadas tanto à movimentação fundamental quanto ao contato corporal existente entre os jogadores.

É uma modalidade que exige bastante de seus praticantes, as qualidades físicas desse esporte são muito importantes para a obtenção de um melhor desempenho, por exemplo, agilidade, velocidade, equilíbrio, coordenação, força e potência.

Segundo Barbanti (1997), esse tipo de atividade é realizado com períodos alternados de intensidades altas e descansos.

Entretanto, deve-se tomar cuidado ao trabalhar com crianças e adolescentes, sendo assim o treinamento deve ser diferente do treinamento realizado pelo adulto, pois, segundo Weineck (2003), isso se deve ao fato de que esses grupos estão em desenvolvimento contínuo, sofrendo inúmeras transformações físicas, psíquicas e sociais, tendo consequências que influenciam as atividades corporais, bem como a capacidade de suportar carga.

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5 Sobre as capacidades físicas de um desporto Greco, Ferreira e Souza (2000, p.79) apontam que:

As capacidades físicas fazem parte do conjunto de capacidades inerentes ao rendimento esportivo, nas ciências do treinamento considera-se capacidade como potencial desenvolvido, no qual influem diferentes componentes genéticos. Na realidade, as capacidades são um conjunto de condições necessárias para se desenvolver uma atividade.

A capacidade de saltar verticalmente é uma habilidade fundamental na prática de diversas modalidades esportivas tais como salto em distância, salto em altura, voleibol, basquetebol, futebol, handebol e ginástica, sendo que por vezes o seu ótimo desempenho é fator determinante para o bom desempenho esportivo (MOURÃO e GONÇALVES, 2008; GOMES et al, 2009).

No handebol, a impulsão vertical tem como objetivo facilitar o alcance dos jogadores à meta, bem como exercer uma superioridade sobre o adversário. Essa superioridade representa as características de esforço peculiares a essas modalidades que combinam os deslocamentos e as corridas de alta intensidade com os saltos também de grande intensidade.

Sabe-se que para se obter a maior altura em um salto vertical o indivíduo deve apresentar uma grande capacidade de potência de membros inferiores.

Sendo assim, o objetivo deste estudo é aplicar um treinamento através da pliometria para atletas de handebol da categoria de base, e por meio desse método evidenciar melhora ou não na impulsão vertical de cada atleta.

Handebol e capacidades físicas

As capacidades físicas em qualquer esporte coletivo são de suma importância, no handebol, elas são peças fundamentais para o melhor desempenho dos atletas. No treinamento de base, todas as capacidades físicas, se trabalhadas de forma adequada, podem trazer benefícios e melhora individual e no coletivo de um atleta e de uma equipe.

Agilidade

A agilidade é muito importante para o desempenho do atleta de handebol no dia a dia de seu treinamento. Barbanti (2003) destaca a agilidade sendo a

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6 capacidade de executar movimentos rápidos e ligeiros com mudanças de direção.

No handebol, o ato de ludibriar o oponente é muito utilizado, assim Bompa (2002) diz que a agilidade é capacidade do atleta de mudar de direção de forma rápida e eficaz, mover-se com facilidade no campo ou fingir ações que enganam o adversário à sua frente.

Equilíbrio

O equilíbrio pode ser classificado neste caso como estático e dinâmico, Gallahue e Ozmun (2001), afirmam o equilíbrio estático é uma habilidade em que mantem-se em uma posição estacionária, como exemplo equilibrar-se em um pé só, já equilíbrio dinâmico é uma habilidade de manter-se na mesma posição, quando em movimento de um ponto ao outro.

“Equilíbrio é tido como a capacidade do corpo em assumir e sustentar qualquer posição contra a lei da gravidade. Qualquer corpo se encontra em equilíbrio, quando as forças que atuam sobre ele se anulam, ou seja, a resultante é igual à zero”. (GALDINO, 2001, pág. 22)

Equilíbrio é uma capacidade física que precisa ser treinada, entretanto, os atletas acreditam que ela estará naturalmente presente.

Assim, como também pode ser definido como a relação harmoniosa e contextualmente adequada entre a estabilidade e a mobilidade do corpo, respeitando a sua base de sustentação, segundo Coutinho (2011).

Coordenação

A coordenação também é importante na prática do handebol, ela é a base para realização de qualquer movimento, sendo que quanto mais coordenação o atleta possuir menor será o gasto enérgico do mesmo durante a realização da atividade.

Rauchbach (1990), afirma que a coordenação do movimento homogêneo e eficiente, exige uma extensa organização do sistema nervoso, com utilização dos músculos certos, no tempo certo e intensidade correta, sem gastos energéticos.

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7 A coordenação pode ser definida também como controle nervoso de diversos grupos musculares proporcionando concretização de um determinado movimento com maior perfeição possível afim de atender ao objetivo. (Gobbi et al (2005).

Velocidade

Para Bompa, (2002) a velocidade é importante em diversas modalidades esportivas, isto porque qualquer atleta precisa correr, movimentar-se, reagir e mudar de direção muito rápido. Assim incorpora tempo de reação, tempo de movimento e velocidade de corrida.

Força e Potência

A força de saltos ou força rápida específica de saltos é a capacidade de superar o peso corporal e/ou a força da gravidade no intuito de alcançar a maior altura ou distância possível (Barbanti, 1997).

Para Zatsiorsky (1999), potência é a força em relação a uma unidade de tempo. Já Bompa (2002), afirma que se pode desenvolver força sem pesos, ou aplicar esforço contra resistência. Podemos ainda combinar força com outros fatores, no caso de força e velocidade que resultam em potência. É o caso do handebol, que em sua modalidade utiliza dessas capacidades físicas para atingir objetivos no jogo e melhora em seu desempenho através da potência.

Para Powers e Howley (2014, p. 17), a potência é o termo usado para descrever quanto trabalho é realizado por unidade de tempo.

Lemura e Von Duvillard (2006) mostram que a força dos membros inferiores, associada à força dos músculos abdominais são fatores determinantes e primordiais para um máximo desempenho na técnica de impulsão vertical. Auxiliam também no movimento, a força dos membros superiores, particularmente dos braços e ombros, criando uma postura rígida, fazendo com que assim a técnica do salto seja realizada com máxima precisão, aumentando a produção de força e também a transferência de forças entre o quadrante inferior e superior do atleta.

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8 Impulsão vertical

O salto vertical bem executado necessita de uma série de fatores bem trabalhados e desenvolvidos, dentre eles, os que possuem uma importância considerada particular e destacada são: a força explosiva, a potência mecânica dos membros inferiores e a velocidade inicial de saída; pois, é de acordo com a velocidade de abandono do solo, que o atleta atingirá uma maior elevação do seu centro de gravidade, e consequentemente irá atingir o maior alcance possível em altura durante o salto. (SILVA; MAGALHÃES E GARCIA, 2005).

Pliometria

A pliometria é um método utilizado para desenvolver e aprimorar algumas capacidades físicas como a força, potência e velocidade em diversas modalidades esportivas.

O termo treinamento pliométrico busca descrever exercícios que têm como objetivos utilizar e valorizar o ciclo alongamento-encurtamento (CAE), visando maximizar a produção de força ou melhorar a performance esportiva (CHMIELEWSKI, et al., 2006).

UGRINOWITSCH e BARBANTI (1998, p. 85) dizem que:

O salto vertical é uma ação básica para várias modalidades esportivas, sendo que muitas pesquisas vêm sendo realizadas na tentativa de se estabelecer um referencial teórico para sua compreensão. Seu desenvolvimento se deu em grande parte pela importância que o salto vertical tem para o estudo do Ciclo de Alongamento e Encurtamento (CAE), o qual é um mecanismo fisiológico que tem como função aumentar a eficiência mecânica do movimento. Ele está baseado no acúmulo de energia potencial elástica durante as ações musculares excêntricas, a qual é liberada na fase concêntrica subsequente na forma de energia cinética.

A pliometria representa um método de treinamento que enfatiza uma maior eficiência do ciclo alongamento-encurtamento (Markovic e Mikulic, 2010), agindo como potencializador da velocidade de contração.

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9 O método é utilizado fazendo uso de implementos como plintos, bancos, steps e barreiras, com inúmeras variações de saltos. São exemplos de exercícios pliométricos: saltos em geral; saltos profundos sobre plintos, barreiras, steps, ou demais obstáculos que proporcionem alturas de queda (BYRNE, et al., 2010)

Verkhoshanski (1998) descreve a pliometria como um método que utiliza a fase do amortecimento de uma queda para transformar a energia cinética em potência, caracterizando a pliometria de choque, cujo objetivo é desenvolver força rápida e a capacidade reativa do aparelho muscular através dos estímulos musculares proporcionados, caracterizando movimentos de regime amortizador e regime reativo.

Os exercícios pliométricos podem ser divididos em: saltos no lugar, saltos em progressão, saltos em profundidade e exercícios para membros superiores. A intensidade pode ser modificada através da altura do salto, tipo de salto e altura de queda. (Lima, 2016)

O handebol possui como requisito necessário à impulsão, velocidade, força que resultam na potência muscular, e para atingi-la Rossi e Brandalize (2007, p 77) ressaltam que:

Os exercícios pliométricos são definidos como aqueles que ativam o ciclo excêntrico-concêntrico do músculo esquelético, provocando sua potenciação mecânica, elástica e reflexa. Esse ciclo refere-se às atividades concêntricas precedidas por uma ação excêntrica, cujo propósito é aumentar a força explosiva do músculo pelo armazenamento de energia elástica na fase de pré-alongamento e sua reutilização durante a contração concêntrica.

Pereira e Gil, (2013) discorre que os exercícios pliométricos devem ser executados com cautela, e que normalmente são realizados apenas com o peso corporal e quando houver a intenção de aumento da intensidade, ao invés de serem realizados de forma bilateral passam a ser executados de maneira unilateral, assim o peso corporal será aplicado apenas em um membro e consequentemente o aumento da intensidade.

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10 Método

Procedimentos

Para a realização deste estudo participaram 12 voluntários, sendo atletas de handebol no treinamento de base da equipe de handebol da Prefeitura Municipal de Andradas-Mg.

Os participantes do teste são todos do sexo masculino e com idade entre 13 e 16 anos com o total de doze participantes, com média de idade de 14,5 anos, mediana de 15 anos e amplitude de 3 anos com variações de 13 a 16 anos. Sendo importante mencionar que todos os voluntários são praticantes da modalidade handebol. O estudo foi realizado na cidade de Andradas, no Ginásio Poliesportivo Municipal.

A pesquisa realizada nesse trabalho teve como objetivo analisar a influência do treinamento pliométrico em atletas de 13 a 16 anos de praticantes de handebol da categoria de base durante 8 semanas. Foram 12 os participantes da pesquisa sendo que foram divididos em 2 grupos de 6 participantes cada grupo, um dos grupos realizou o treinamento de pliometria, (Grupo Experimental) e outro grupo que não realizou o treinamento de pliometria, (Grupo Controle). Foi realizado o teste de impulsão vertical, o qual o avaliado se coloca em pé, calcanhares no solo, pés paralelos, corpo lateralmente a parede com os MMSS elevados verticalmente. Considera como ponto de referência a extremidade mais distal das polpas digitais da mão dominante projetada na fita métrica. Então, o avaliado afasta-se ligeiramente da parede, no sentido lateral, para poder realizar a série de dois saltos, sendo permitida a movimentação de braços e troncos, sem mexer os pés. Através da voz de comando, ele executa o salto, tendo como objetivo tocar o ponto mais alto da fita métrica com a mão dominante. Deverão ser registradas, além do ponto de referência, as marcas atingidas pelo avaliado a cada série de saltos. Portanto, o deslocamento vertical é dado em centímetros, pela diferença da melhor marca atingida e do ponto de referência (MATSUDO, 2005).

Segundo COSCARELLI, M.V., (2011), um programa adequado de treinamento para atletas deve ser realizado numa frequência de duas a três vezes por semana, durante seis a quinze semanas e com um volume acima de 40 saltos

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11 por sessão (não ultrapassando 200 saltos), sendo os saltos sempre realizados com a máxima potência.

O teste foi realizado antes do início do treinamento de pliometria de 8 semanas e também após o treinamento. O treinamento pliométrico foi associado ao treinamento de rotina dos atletas do Grupo Experimental sendo realizado sempre anteriormente ao treino de rotina em uma frequência de 3 vezes na semana, com duração de 20 minutos. Importante ressaltar que o treinamento de rotina dos atletas acontece cinco vezes semanais com duração de três horas por dia.

O treinamento pliométrico dos 6 participantes do grupo experimental consistiu em realizar saltos no lugar, saltos com deslocamento e saltos alternados.

Durante as três primeiras semanas, o grupo experimental realizou saltos no lugar onde eram realizados, com os joelhos ligeiramente flexionados e saltando o máximo possível, estendendo os braços acima da cabeça simultaneamente, retornando a posição inicial e dando um intervalo de 3 segundos para realizar o movimento outra vez, este movimento foi realizado em 3 séries de 10 repetições com intervalo de 40” segundos entre uma série e outra.

Depois realizavam 3 séries de 20 repetições de saltos curtinhos partindo do solo com balanceio dos braços com intervalo de 20” segundos cada série. As próximas 3 semanas foram realizados saltos com deslocamentos, também 3 vezes na semana na forma de circuito utilizando steps e cones. O grupo experimental realizou 3 saltos no lugar precedidos de um Sprint de distância de 5 metros até chegar em 5steps posicionados em coluna a uma distância de 2 metros um do outro, o qual os atletas deveriam realizar saltos com passadas por todos steps. Seguindo sem intervalo para os cones posicionados horizontalmente no solo e realizando 10 saltos laterais, foi realizada 3 séries deste circuito com intervalo de 1’30” entre as séries.

Nas últimas duas semanas do treinamento pliométrico foram realizados saltos alternados numa frequência de 3 vezes na semana, em 5 séries de 40” segundos com intervalo de 1’ entre as séries. Foram posicionados bambolês formando um quadrado o qual o atleta deveria saltar durante 40” segundos sem parar, saltando com os pés unidos para frente, para o lado, para trás e para o lado novamente. Após intervalo de 1’30” realizar saltos laterais nos bambolês posicionados um ao lado do outro.

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12 O Grupo Controle continuou realizando seu treinamento de rotina do handebol, mas não realizou o treinamento pliométrico.

Quadro 1: Treinamento pliométrico realizado com o Grupo Experimental

ORGANIZAÇÃO TREINO 1 TREINO 2 TREINO 3

TIPO Saltos no lugar Saltos em

deslocamento

Saltos alternados

DURAÇÃO 3 semanas 3 semanas 2 semanas

FREQUÊNCIA 3 vezes na semana 3 vezes na semana 3 vezes semanais

SÉRIES 3 séries 3 séries em Circuito de

1’ 4 séries de 30” cada exercício INTERVALO 20”/30” (entre as séries) 1’ (entre os exercícios) 1’30” entre cada passagem 1’ (entre cada série) 1’30” (entre os exercícios)

MATERIAL - STEP, CONES Bambolês

EXERCÍCIOS n.1

10 saltos no lugar, o mais alto possível elevando braços. Saltos em velocidade saltando step distanciados 2 metros um do outro (Passadas) Saltos nos bambolês formando um quadrado, saltando com os dois pés juntos para frente, lado, trás e lado

n.2

20 saltos curtinhos 3 saltos no lugar e sprint

Saltos laterais nos bambolês

posicionados um do lado do outro

n.3

Saltos laterais sobre 10 cones posicionados horizontalmente no chão.

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13 Instrumento

Utilizou-se da pesquisa qualitativa e quantitativa para o levantamento dos dados.

Foi necessária a utilização de fita métrica de 3 metros (m), fita métrica de 2 metros, pó de giz para realização dos testes e um notebook para anotações, steps, cones bambolês e o local para a realização dos testes e treinamento foi o Ginásio Poliesportivo Municipal de Andradas.

Participantes

Foram analisados 12 atletas, com a faixa etária de 13 a 16 anos, do sexo masculino, sendo divididos aleatoriamente em dois grupos de 6 participantes. O teste foi realizado no mesmo dia com todos atletas.

Tabela 1 – Dados antropométricos dos atletas que realizaram e dos que não

realizaram o treinamento pliométrico.

ATLETA IDADE PESO(kg) ESTATURA(m) ENVERGADURA(m)

A 13 61,0 1,70 1,70 B 13 65,1 1,72 1,75 C 15 50,4 1,69 1,75 D 13 66,1 1,77 1,81 E 16 63,2 1,74 1,81 F 16 91,1 1,70 1,75 G 13 53,4 1,63 1,64 H 15 73,1 1,76 1,83 I 15 63,0 1,73 1,76 J 13 53,0 1,69 1,74 K 16 78,5 1,88 1,94 L 16 66,0 1,76 1,80 MÉDIA 14,5 65,32 1,73 1,77 MEDIANA 15 Anos 61,75 1,72 1,79 AMPLITUDE 3 40,7 0,25 0,3 VARIAÇÕES 13 a 16 50,4 a 91,1 1,63 a 1,88 1,64 a 1,94

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14 Os dados da tabela 1 mostram que a média de idade dos participantes da pesquisa foi de 14,5 anos, com mediana de 15 anos, amplitude de 3 anos e variações de 13 a 16 anos. Em relação ao peso a média ficou em 65,32 kg, a mediana de 61,75 kg, com amplitude de 40,7 kg e variações entre 50,4 kg e 91,1 kg. Já em relação à estatura, a média ficou em 1,73 m, a mediana ficou em 1,72 m, com amplitude de 0,25 m e variações entre 1,63 m a 1,88 m. E a média em relação a envergadura foi de 1,77 m, a mediana de 1,79 m, com amplitude de 0,3 m e variações de 1,64 m a 1,94 m.

Esses dados foram colhidos de todos os participantes da pesquisa antes da realização do primeiro teste e do início do treinamento.

Dentre os doze participantes, todos realizaram o teste de salto vertical de MATSUDO, 2005.

Resultados e Discussões

Tabela 2 – Resultados do 1º e 2º testes dos atletas que realizaram o

treinamento pliométrico (Grupo Experimental)

PARTICIPANTES Resultado centímetros (cm) 1º TESTE Resultado centímetro s (cm) 2º TESTE Diferença entre 1º e 2º testes (cm) % A 37 38 1 2,7 B 33 33,7 0,7 2,12 C 59 61 2 3,38 D 60 63 3 5 E 61 64,2 3,2 5,24 F 41 41,4 0,4 0,97

Fonte: Elaborado pelo autor

Os resultados apresentados na tabela 2 mostram a diferença no 1º e 2º teste, dos participantes que realizaram o treinamento de pliometria. O Participante

Aatingiu37 cm no salto do 1ºteste e38 cm no salto do 2º teste, obtendo um

aumento de1 cm, que significa uma melhora de 2,7%. O Participante B obteve o salto de 33 cm no 1º teste e 33,7 cm no 2º teste, atingindo uma melhora de

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15 0,7 cm entre os saltos, que significa um aumento de 2,12%. O Participante

Catingiu59cm no 1º teste e 61cm no 2º teste, obtendo uma melhora de 2 cm,

isto significa 3,38% de aumento. O Participante D atingiu no 1º teste60 cm e já no 2º teste 63 cm, uma diferença de 3 cm entre os saltos, que significa uma melhora de 5%. O Participante E obteve o resultado de 61 cm no 1º teste e 64,2 cm no 2º teste, obtendo a diferença de 3,2 cm entre os saltos, isto significa 5,24% de melhora. E o Participante F atingiu 41 cm no 1º teste e 41,4 no 2º teste, assim obteve a diferença de 0,4 cm entre os saltos, que significa uma melhora de 0,97%.

Tabela 3 – Resultados do 1º e 2º testes dos atletas que não realizaram o

treinamento pliométrico (Grupo Controle) PARTICIPANTES Resultado centímetros (cm) 1º TESTE Resultado centímetros (cm) 2º TESTE Diferença entre 1º e 2º testes (cm) % G 42 42 - - H 32 33 1 3,25 I 57 57,2 0,2 0,35 J 46 46 - - K 52 52,3 0,3 0,57 L 48 48 - -

Fonte: Elaborado pelo autor

Os resultados apresentados na tabela 3 mostram a diferença no 1º e 2º teste, dos participantes que não realizaram o treinamento de pliometria, sendo que o

Participante G atingiu 42 cm no 1º teste e manteve 42 cm no 2º teste. O Participante H obteve 32 cm no 1º teste e 33 cm no 2º teste, obtendo um

aumento de 1 cm, isto é 3,25% de melhora. O Participante I obteve a marca de 57 cm no teste 1 e 57,2 no teste 2, assim tendo uma melhora de 0,2cm, que significa 0,35%. O Participante J obteve um salto de 46 cm no teste 1 no teste 2 manteve os 46 cm. O Participante K atingiu 52 cm no teste 1 e 52,2 no teste 2, assim tendo uma diferença 0,3 cm de aumento, isso significa uma melhora de 0,57%. E o Participante L obteve 48 cm no teste 1 e 48 cm no teste 2, assim não houve diferença entre os dois saltos.

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16 Considerações Finais

O presente trabalho teve por objetivo identificar a influência dos exercícios pliométricos no treinamento de base em atletas de 13 a 16 anos na modalidade de handebol. De acordo com os resultados obtidos, nota-se uma melhora no salto vertical do grupo de atletas que realizaram o treinamento pliométrico no período de 8 semanas associado ao treinamento de rotina. Já o resultado do grupo que não realizou o treinamento pliométrico permaneceu constante em três participantes, entretanto outros três conseguiram aumentar os valores dos saltos apenas com seu treinamento de rotina, isso pode ser explicado, pois o handebol possui em suas movimentações “naturais” de jogo muitos saltos, corrida e sprints, saídas e mudanças de direções rápidas, o que pode ter interferido na melhora da impulsão vertical dos participantes do grupo controle mesmo não participando do treinamento pliométrico, entretanto, com um ganho menor em comparação ao grupo experimental que realizou o treinamento pliométrico associado ao treinamento de rotina. Assim podemos concluir que a pliometria se mostrou um treinamento positivo para o desenvolvimento da impulsão vertical dos participantes, fazendo com que assim, possa acrescentar cada vez mais no desempenho dos atletas da categoria de base até o avanço para outras categorias.

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. São Paulo:

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20 ANEXOS Anexo I AUTORIZAÇÃO Eu,_______________________________________________________________ ______________________________, nascido em ____/ ____/ ______.

Informo, para os devidos fins, que aceito participar da pesquisa: Handebol: Pliometria

no treinamento de base em atletas de 13/16 anos, para a conclusão do curso de

Educação Física do Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino de São João da Boa Vista – UNIFAE. Participo da pesquisa de livre e espontânea vontade, podendo, a qualquer momento, desistir de participar da mesma, comprometendo-se o pesquisador a usar eticamente os dados. Por ser verdade firmo o presente documento.

_______________________________________________ Assinatura (nome completo)

(19)

21 Anexo II

AUTORIZAÇÃO

Eu,_____________________________________Informo para os devidos fins que autorizo meu filho a participar da pesquisa sobre: Handebol: Pliometria no

treinamento de base em atletas de 13/16 anos, podendo desistir de participar a

qualquer momento. O pesquisador compromete-se a preservar a ética pelo que dou fé.

____________________________________________ Assinatura do Responsável.

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22 Anexo III

Autorização

São João da Boa Vista, 24 de fevereiro de 2016.

Prezado (a) Técnico (a), Professor (a), Diretor (a), Presidente,

Vimos por meio deste, solicitar autorização para que se possa realizar uma pesquisa com objetivo de verificar a Pliometria no treinamento de base do handebol de 13 a16 anos junto aos atletas deste conceituado Projeto da Prefeitura Municipal de Andradas-MG.

Todo este trabalho será desenvolvido seguindo rigorosamente as normas éticas do Conselho Federal de Psicologia e dos órgãos oficiais que regulamentam a pesquisa cientifica, portaria CNS 196-96, resolução do Ministério da Saúde em pesquisa com seres humanos. Garantindo total sigilo quanto à identificação dos voluntários, sendo os dados utilizados somente para fins científicos.

A participação da Prefeitura Municipal de Andradas-MG é de fundamental importância, contudo, ela é absolutamente voluntária, podendo o interessado desistir a qualquer momento. Sendo assim, caso autorize a realização desta pesquisa no Clube, expresse sua autorização assinando o termo de consentimento livre e esclarecido abaixo. Vale salientar que os resultados serão divulgados para o Clube de uma forma que não identifique os voluntários da pesquisa.

Sem mais nada para o momento deixamos aqui as nossas

Cordiais Saudações. ____________________________________________

Thatiane Janaína Teixeira

TERMO DE AUTORIZAÇÃO

Declaro para os devidos fins a que se propõe que fui devidamente informado sobre os objetivos da presente pesquisa e autorizo a realização da mesma na equipe de

Handebol. Nome: Assinatura:

Referências

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