• Nenhum resultado encontrado

Boletim Gaúcho de Geogra ia

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Boletim Gaúcho de Geogra ia"

Copied!
5
0
0

Texto

(1)

Boletim Gaúcho de Geogra�ia

http://seer.ufrgs.br/bgg

Publicado por

Associação dos Geógrafos Brasileiros

Informações Adicionais

Email:

portoalegre@agb.org.br

Políticas:

http://seer.ufrgs.br/bgg/about/editorialPolicies#openAccessPolicy

Submissão:

http://seer.ufrgs.br/bgg/about/submissions#onlineSubmissions

Diretrizes:

http://seer.ufrgs.br/bgg/about/submissions#authorGuidelines

Data de publicação - jul., 2000

Associação Brasileira de Geógrafos, Seção Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil

ALFABETIZAÇÃO CARTOGRÁFICA - PROBLEMA OU SOLUÇÃO?

Siziane Maria Koch

Boletim Gaúcho de Geogra�ia, 26: 83-86, jul., 2000.

Versão online disponível em:

http://seer.ufrgs.br/bgg/article/view/39636/26522

Portal de Periódicos

Portal de Periódicos

(2)

Boletim Gaucho de Geografia / 83

ALFABETIZAf;Ao CARTOGRAFICA

-

PROBLEMA OU

SOLUf;Ao7

Siziane Maria Koch*

A ideia de trabalhar '~lfabetizac;flO CartogrMica" surgiu durante uma aula de Iniciac;ao

a

PrcHica de Ensino. Discutia-se a falta de preparo de alguns profissionais para ensinar as questoes relativas

a

cartografia. Nao se trata de generalizac;ao e sim da constatac;ao de um problema que convive com os educadores.

Mas por que a alfabetiza~ao cartogratica?

Porque a alfabetizac;ao cartogrMica

e

0 pano de fundo da Geografia. 0 aluno precisa estar alfabetizado para ler e compreender as informac;oes que constam nos mapas, para poder entender 0 mundo, 0 lugar on de ele vive e suas relac;oes.

Alguns meses depois surgiu a oporturiidade da realizac;ao da primeira Oficina Pedagogica, chamada "Mapeando 0 Corpo Humano". A mesma aconteceria para os professores dos municipios de Estrela e Imigrante. A parceria formou-se com a Secretaria Municipal de Educac;ao e Cultura de Estrela, onde se encontrou espac;o para a reaJizac;ao do projeto.

o

roteiro da oficina constou de tres atividades:

1. mapeamento do corpo, usando papel pardo;

2. a maquete relacionada ao conceito de planta baixa, e;

3. um trabalho usando os mapas do municipio, estado e pals, para trabalhar com 0 conceito de escala.

Sabe-se que 0 professor

e

a mola mestra do ensino.

E

ele quem impulsiona os alunos, ensinando-os a refletir e questionar os problemas e soluc;oes do cotidiano. No decorrer das oficinas percebe-se que muitas vezes esse mestre esquece um aspecto fundamental do aprendizado: utilizar exemplos pnHicos do dia-a-dia. Relacionar os conceitos do conteudo com a vida do aluno

e essencial, pois

0 mesmo possui uma hist6ria, sentimentos e experiencias. Quantas vezes os alu-nos jii solicitaram:

(3)

Quando isto acontece, 0 educando esta referindo-se ao seu espa~o vivido, as suas experiencias na escola, no bairro, no grupo de amigos, etc.

Ao trabalhar os conteudos sem exemplifica-Ios, 0 professor for~a os alunos a decora-Ios, pois estes nao encontram semelhan~a com a sua realidade e nao os entendem.

A escola deveria ser mais humana, respeitar mais as experiencias de cada educando e possibilitar a intera~ao no aprendizado.

Buscar maior participa~ao do aluno no processo de aprendizado foi a princi-pal preocupa~ao na montagem desta oficina de inicia~ao a cartografia.

o

mapeamento do corpo, a maquete e 0 trabalho com os mapas, a primeira vista, podem parecer atividades muito simples e ate repetitivas. 0 elo atividadel realidade do aluno as torna interessantes e produtivas.

MAPEAMENTO DO CORPO

o

mapeamento do corpo nada mais

e

do que a constru~ao de urn mapa de escala 1: 1, onde as caracteristicas apresentadas sao as da pessoa mapeada. Nesta atividade sao trabalhados conceitos espaciais como "a frente", "atras", "direita" e "esquerda".

• Material necessario: papel pardo, lapis de cor, tesoura e pincel atomico ou giz colorido.

• Para desenvolver esta atividade

e

preciso espa~o, como 0 patio da escola, por exemplo .

• 0 "mapa do corpo" pode ser feito no papel ou desenhado diretamente no chao, usando giz .

• Urn aluno deita sobre 0 papel pardo e urn col ega desenha 0 seu contorno.

Depois, a dupla se reveza, de maneira que todos terao os seus contornos desenhados.

• Cad a aluno completara 0 seu contorno com a roupa que esta vestindo e suas caracteristicas fisicas, tais como cor dos olhos, do cabelo,etc.

• Logo ap6s, recortam 0 seu boneco e come~a a brincadeira. 0 professor orientara os alunos para que coloquem 0 boneco (mapa) a frente, a direita, a esquerda ...

E

importante lembrar que para fazer exercicios de inversao direita/esquerda

e

necessario 0 aluno posicionar 0 boneco na sua frente.

Neste momento, a direita da crian~a passa a ser a esquerda do boneco, e vice-versa. A partir de entiio, as brincadeiras passam a ser livres, depen-dendo da imagina~ao de cada professor.

(4)

Boletim Gaucho de Geografia /85

A MAQUETE

A maquete e uma representa<;ao feita a partir das experiencias do aluno. Ele representara 0 seu espa<;o vivido (como a sala de aula) relacionando-o com 0

con-ceito de escala e planta baixa.

Material necessario: caixinhas de papelao (medicamentos, sabonete, cM, etc), cola, tesoura, papel celofane, lapis de cor, fita adesiva, barb ante e uma caixa de papelao grande que servira de base para a maquete.

Para desenvolver esta atividade deve-se dividir a lnrma em grupos. Cada gru-po fara uma maquete, representando todos os objetos da sala de aula.

Os alunos farao usa do cordao padrao. 0 cordao padrao e constituldo de urn barbante pequeno e outro grande. 0 maior corresponde ao tamanho real dos obje-tos e 0 menor ao tamanho destes representados na maquete. Por exemplo: se uma

classe mede duas vezes 0 barbante maior, na maquete ela medira duas vezes 0 barbante menor. Usando este metoda a maquete mantera a proporcionalidade en-tre os objetos representados, construindo assim, 0 conceito de escala.

• Sob a orienta<;ao do professor, os alunos medirao, com 0 barbante maior,

todos os m6veis e objetos da sala de aula. De posse das medidas, a turma construira a maquete utilizando caixinhas de papelao .

• Construlda a maquete, trabalha-se 0 conceito de planta baixa. Sobrepor

papel celofane it maquete e desenhar 0 contorno dos objetos "vistos de

cima". Essa atividade facilitara a compreensao deste conceito. Nao esque-cer de construir a legenda.

A LOCALlZAc;:Ao DO liEU" NO MUNDO

Este trabalho parte do espa<;o vivido dos alunos e atinge esferas maiores. Material necessario: cartolinas, fotografias, recortes de revistas/jornais ou desenhos de suas casas, mapas do Municipio, do Estado, do PalS e do Mundo.

Antes de iniciar 0 exercicio, 0 professor devera dar uma explica<;ao sobre os diferentes espa<;os existentes e a forma como estes se organizam.

Usando a cartolina como base, os alunos come<;arao 0 trabalho de colagem. 0 primeiro recorte a ser colado sera 0 de sua casa, logo ap6s do seu municipio e assim

ate chegar ao Mapa Mundi, sempre acompanhados pelo professor.

o

desenho a seguir apresenta 0 resultado desta atividade.

(5)

Ap6s 0 trabalho de colagem, os alunos poderao fazer uma pequena reda~ao

escrevendo sobre suas descobertas.

Estes exercfcios, urn roteiro simples, sao ferramentas de auxflio no en sino da cartografia e facilitam a sua compreensao.

Caso a alfabetiza~ao cartogriifica, conteudo das series iniciais, nao esteja bern

alicer~ada, e responsabilidade do professor de geografia a sua retomada. A falha do

educador, no passado, nao po de ser desculpa para a omissao no presente.

REFERI:NCIAS BIBLIOGRAFICAS

ANTUNES, Aracy do Rego. Estudos socia is: teoria e prtitica. Aracy do Rego Antunes, Helo-isa Fesch Menandro, Tomoko Lyda Paganelli. Rio de Janeiro: Editora Access, 1993. RUA, Joiio e outros. Para ensinar Geogra/ia. Rio de Janeiro: Editora Access, 1992.

*Professora de Geografia.

Obs: Esta Oficina Pedag6gica foi desenvolvida em conjunto com a colega de curso Susana Men-doza.

Referências

Documentos relacionados

Considerando a importância dos tratores agrícolas e características dos seus rodados pneumáticos em desenvolver força de tração e flutuação no solo, o presente trabalho

A simple experimental arrangement consisting of a mechanical system of colliding balls and an electrical circuit containing a crystal oscillator and an electronic counter is used

que sofrem transfiguração da forma, como ocorre nas obras de M. Contudo, o módulo na técnica do rapport também sofre uma transformação, mas esta resulta numa composição

xii) número de alunos matriculados classificados de acordo com a renda per capita familiar. b) encaminhem à Setec/MEC, até o dia 31 de janeiro de cada exercício, para a alimentação de

Our contributions are: a set of guidelines that provide meaning to the different modelling elements of SysML used during the design of systems; the individual formal semantics for

För att undvika oavsiktlig drift måste batterierna, vanliga så väl som uppladdningsbara, tas ur leksaken när den inte ska användas 5.. Först måste sändaren startas och

species of the closest genera: Ralstonia pickettii LMG 5942 T and Cupriavidus necator

 No século 7, nas regiões desérticas da Arábia, um mercador chamado Muhammad, conhecido no Brasil pelo nome de Maomé, começou a pregar uma nova religião monoteísta.. 