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PERÍODO DE DESOVA E SUCESSO REPRODUTIVO DO TRACAJÁ

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PERÍODO DE DESOVA E SUCESSO REPRODUTIVO DO TRACAJÁ

PERÍODO DE DESOVA E SUCESSO REPRODUTIVO DO TRACAJÁ

PERÍODO DE DESOVA E SUCESSO REPRODUTIVO DO TRACAJÁ

PERÍODO DE DESOVA E SUCESSO REPRODUTIVO DO TRACAJÁ

PERÍODO DE DESOVA E SUCESSO REPRODUTIVO DO TRACAJÁ

P

P

P

P

Podocnem is

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unifilis

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TROSCH EL 1848 (TESTUDIN ES: PODOCN EM IDID

TROSCH EL 1848 (TESTUDIN ES

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: PODOCN EM IDID

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N A VÁRZEA DA RDSM

N A VÁRZEA DA RDSM

N A VÁRZEA DA RDSM

N A VÁRZEA DA RDSM

N A VÁRZEA DA RDSM ––––– M ÉDIO SOLIM Õ ES, BRASIL

M ÉDIO SOLIM Õ ES, BRASIL

M ÉDIO SOLIM Õ ES, BRASIL

M ÉDIO SOLIM Õ ES, BRASIL

M ÉDIO SOLIM Õ ES, BRASIL

Augusto Fachín Terán1

Eduardo M atheus Von M ülhen2

RESUM O RESUM O RESUM O RESUM O RESUM O

Este trabalho foi realizado de julho a novem bro de 1998, na Reserva de Desenvolvim ento Sustentável M am irauá, Am azonas, Brasil. A desova de Podocnem isunifilis ocorreu no período de agosto - setem bro, e a eclosão em outubro - novem bro. Os ninhos foram construídos em substratos de argila (67,5 % ), areia (25 % ), e folhiço (7,5 % ). A obtenção de filhotes foi m aior na praia de areia e m enor nos barrancos de terra argilosa. O hom em e o lagarto Tupinam bis, são os m aiores predadores de ovos. A proteção e o m anejo dos locais de desova, a educação am biental, a participação com unitária e a fiscalização perm anente do Instituto Brasileiro do M eio Am biente e Dos Recursos N aturais Renováveis-IBAM A estão entre as atividades m ais im portantes para viabilizar a recuperação da população de P. unifilis nesta parte da Am azônia.

PALAVRAS CH AVE PALAVRAS CH AVE PALAVRAS CH AVE PALAVRAS CH AVE PALAVRAS CH AVE

Am azônia. Predação. Podocnem isunifilis. Quelônios. Reprodução.

ABSTRACT ABSTRACT ABSTRACT ABSTRACT ABSTRACT

In this study the nesting biology of Podocnem is unifilis w as investigated from July to N ovem ber 1998 at the M am irauá Sustainable Developm ent Reserve, located in the Solim ões river, near Tefé, Am azonas, Brazil. Podocnem is unifilis nested in August and Septem ber, w ith the hatching event occurring in October and N ovem ber. N ests w ere excavated in clay soils (67.5% ), sand (25% ), and leaf litter (7.5% ). H atching success w as highest in the sand beach nests and low est in the clay banks nests. H um ans and the tegu lizard (Tupinam bis) w ere the m ain egg predators. This turtle population can recover only by the protection of nesting beaches, educational program s for the inhabitants of the Reserve, participation of the com m unity in the conservation and m anagem ent program , and perm anent guarding of the nesting beaches by Instituto Brasileiro do M eio Am biente e Dos Recursos N aturais Renováveis-IBAM A authorities.

KEW W ORDS KEW W ORDS KEW W ORDS KEW W ORDS KEW W ORDS

Am azonía. Predation. Podocnem is unifilis. Turtle. Reproduction

1 U niversidade do Estado do Am azonas. Escola N orm al Superior. Avenida Darcy Vargas 2490. Bairro Chapada. CEP 69050-020,

M anaus-AM , Brasil (fachinteran@ yahoo.com .br, ateran@ uea.edu.br)

2 M PEG -M useu Paraense Em ílio Goeldi. Cam pus de Pesquisa. Centro de Zoologia. Laboratório de H erpetologia. Av. Perim etral,

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INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO

O tracajá, Podocnemis unifilis, é um quelônio de

tamanho médio dentro da família Podocnemididae. Em função da contínua pressão por caça, suas populações tem diminuído bastante, e atualmente a União Mundial para a Natureza-IUCN, classifica esta espécie na lista de espécies ameaçadas de extinção (IUCN, 1996).

Na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá-RDSM, esta espécie vem sendo permanentemente explorada para alimentação; e comercialização ilegal nas cidades de Tefé e Alvarães (FACHÍN-TERÁN, 1999). Nesta região a população de P. unifilis está seriamente ameaçada pela atual extração para consumo humano (FACHÍN-TERÁN et al., 2004). Segundo Vogt et al. (1994) um dos primeiros passos para o manejo e conservação de qualquer espécie, é o entendimento de sua ecologia reprodutiva.

Dentro dos quelônios amazônicos, P. unifilis é a

espécie mais pesquisada no que se refere a sua ecologia reprodutiva: Vanzolini (1977), Thorbjarnarson et al. (1993), Souza e Vogt (1994), Paéz (1995), Paéz e Bock (1997), Caballero (1996), Fachín-Terán (1993), Fachín-Terán et al. (1997), Soini (1995a; 1995b; 1995c), Soini e Soini (1995a; 1995b; 1995c), Soini (1997). Entretanto, o único reporte sobre reprodução desta espécie na várzea do médio Solimões é uma nota científica sobre nidificação (THORBJARNARSON; SILVEIRA, 1996). Quase todos os aspectos sobre a biologia e ecologia desta espécie ainda não foram estudados nesta região da Amazônia.

O objetivo deste estudo foi descrever o período de desova e eclosão, quantificar a perda de ninhos e a sobrevivência de embriões de P. unifilis na RDSM, como subsidio para planejar estudos mais aprofundados sobre a ecologia desta espécie.

MA MAMA MA

MATERIAIS E MÉTTERIAIS E MÉTTERIAIS E MÉTTERIAIS E MÉTTERIAIS E MÉTODOSODOSODOSODOSODOS

Este estudo foi realizado no setor Jarauá da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá-RDSM, localizada na Amazônia Ocidental Brasileira, entre os rios Japurá, Solimões e Auti-Paraná, perto da cidade de Tefé, no Estado do Amazonas (03º08’S, 64º45’W e 2º36’S, 67º13’W ) (Figura 1). O setor Jarauá está situado no rio Japurá, e é o maior dos setores,

com área de 563 km2, e população estimada em

338 habitantes.

Ninhos de tracajá foram estudados na praia de Pirapucu, (2°53’14” S e 64°52’8” W ) e no Paraná do Jarauá (2°50’52” S e 64°58’29” W ) (Figura 2). A praia de Pirapucu foi protegida em comum acordo entre os comunitários e o Instituto Mamirauá, para realizar estudos da ecologia reprodutiva dos quelônios. Os locais de reprodução foram visitados periodicamente de julho a novembro de 1998. A localização dos ninhos no Paraná do Jarauá foi realizada com ajuda de dois assistentes da comunidade de São Raimundo de Jarauá. Alguns ninhos encontrados no Paraná do Jarauá foram deixados intactos com a finalidade de obter

informaçãoin situ sobre o período de incubação e

detectar mudanças no hábitat em função da época da seca e da enchente. Outros foram transplantados à praia de Pirapucu para evitar a depredação por parte do homem.

Uma vez localizado o ninho, foram registradas as datas de desova, local, distância do ninho à beira, substrato, diâmetro externo do ninho, diâmetro da entrada, profundidade e diâmetro maior do ninho, número e dimensões dos ovos. Predadores foram identificados através de observação direta e identificação do rastro em volta dos ninhos. Dois ninhos que foram depredados parcialmente foram transplantados e usados nas análises.

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Para determinar a variabilidade do tamanho e peso dos ovos, em nove ninhos foi medida uma amostra de 10 unidades, e, em dois a ninhada completa. Para determinar a variabilidade no tamanho dos filhotes, em 13 ninhos eclodidos uma amostra de 10 indivíduos foi medida, e em dois ninhos, todos foram medidos.

A biometria do animal foi feita tomando-se medidas padrão do comprimento e largura da carapaça, e do comprimento do plastrão (Medem 1976). Todas estas medidas foram realizadas em linha reta no ponto de maior amplitude. Os ovos e os filhotes foram medidos com paquímetro com precisão de 1 mm e pesados com balança com precisão de 1 g. Logo após as medições, todos os filhotes foram liberados próximo da água no local onde foi realizada a desova. Dados do nível da água foram coletados diariamente às 6 horas, mediante o uso de escalas móveis, em uma base fixa situada na comunidade de São Raimundo de Jarauá.

As análises estatísticas foram feitas com o programa Statistix For Windows (ANALYTICAL SOFTWARE, 1998). O Teste de “t” foi usado para comparar o tempo médio de incubação em relação ao tipo de substrato e o Teste de Tukey para comparar o número de filhotes eclodidos em diferentes tipos de substrato.

RESUL RESUL RESUL RESUL

RESULTTTTTADOSADOSADOSADOSADOS

A nidificação de P. unifilis na RDSM, ocorre com a diminuição do nível da água que expõe as praias de areia e barrancos de terra. As desovas ocorreram entre 21 de agosto e 21 de setembro, sendo que 72,5% das desovas ocorreram entre os dias 21 e 30 de agosto (Figura 3). Cinco ninhos registrados na praia de Santa Luzia de Horizonte no rio Solimões

também estavam dentro deste período (Fachín-Terán, obs. pess.).

Foram registrados 40 ninhos de P. unifilis em

diferentes locais no setor Jarauá: Ressaca de Tucuxi (N= 11), Praia de Pirapucu (N= 8), entrada do Paraná do Jarauá (N= 8), Ressaca de Arthur (N= 5), entrada do cano do Lago Baixo (N= 4), Ressaca do Panema (N= 2), Poça do Jaraqui (N= 1), e a Praia de Putiri (N= 1).

Dos 40 ninhos, 27 (67,5%) foram depositados em substrato argiloso, 10 (25%) em areia, e, três (7,5%) em folhiço. Sete ninhos que se encontravam em substrato argiloso e que corriam perigo d e predação por parte do homem foram transplantados à praia de Pirapucu no rio Japurá e incubados em substrato arenoso. Em 23 ninhos onde foi registrado o relevo, 16 (69,6%) ocorreram no platô e sete (30,4%) em terreno inclinado. A localização dos ninhos no substrato arenoso só foi possível com o solo recentemente perturbado,

Figura 3. Período de desova (N= 40) e eclosão (N= 21) em função do nível da água, registrada em Podocnemis unifilis, no setor Jarauá da RDSM.

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onde o substrato é mais escuro, coberto por areia úmida removida pelas fêmeas (Figura 4). Ninhos construídos em substrato argiloso externamente têm diferença na coloração em relação ao substrato do redor e também apresentam marcas das unhas sobre a cobertura externa do ninho. Os ninhos de tracajá são escavações com uma entrada mais o menos circular e uma galeria que se estende até uma câmara maior, onde são depositados os ovos. As dimensões dos ninhos são apresentadas na Tabela 1.

Tabela 1. Dimensões dos ninhos de P. unifilis na RDSM.

χ D.P. AMPLITUDE n Diâmetro externo do ninho (cm) 23,4 9,6 13,5-37,0 10 Diâmetro da entrada do ninho (cm) 11,9 2,1 9,5-16,0 8 Profundidade

até o primeiro ovo (cm) 8,8 1,4 6,5-11,0 10

Diâmetro maior da câmara de ovos (cm) 16,3 2,2 13,5-19,0 10 Profundidade total do ninho (cm) 18,2 3,1 13,5-23,0 10 Distancia do ninho à beira (m) 15,9 11,5 3,0-33,0 22 Número de ovos/ninho 35,1 5,9 26,0-49,0 28 Tempo de eclosão

dos ovos (dias) 64,4 5,5 56,0-73,0 21

χ= Média, D. P. = Desvio Padrão, n = tamanho da amostra.

Foram medidos 207 ovos, sendo o comprimento médio de 42,4+ 0,2 mm, amplitude de 36,2 a 47,8 mm; largura de 30,7+ 0,2 mm, amplitude de 26 a 34 mm; peso de 23,2+ 3,5 g, amplitude de 14 a 28 g. Ovos recentes apresentaram cor rosácea e forma elíptica, com uma secreção pegajosa e transparente.

Em 16 ninhos incubados em substrato arenoso, o tempo médio de incubação foi maior (61,7 + 3 dias), com respeito a cinco ninhos incubados em substrato argiloso (72,8 + 0,44 dia). Existe diferença significativa no tempo de incubação com relação ao tipo de substrato (t=8,06, df=19, p< 0,001). Foram medidas 223 crias, sendo o comprimento médio da carapaça 43,1+ 0,2 mm, amplitude de 37,6 a 48,5 mm; a largura média da carapaça 38,7+ 0,2 mm, amplitude de 33,7 a 43,4; o comprimento médio do plastrão 40,2+ 0,2 mm, amplitude de 32,8 a 44,6 mm; e o peso médio 16+ 2,3 g, amplitude de 11 a 21 g. Encontramos três crias pequenas que mediram entre 32,5 a 33,5 mm, e pesaram de 7 a 8 gramas. Numa

Figura 4. Aspecto externo do ninho de P. unifilis em praia de areia.

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ninhada com 35 ovos, que se desenvolveram normalmente, todos os filhotes eram pequenos e fora do tamanho normal. Na amostra de 10 exemplares medidos, o comprimento médio da carapaça foi 37,4 + 0,08 mm, amplitude de 35,2 a 38,3 mm; com peso médio de 7,4 + 0,52 g, e amplitude de 7 a 8 g.

Do total de ovos incubados, 66,8% eclodiram. A porcentagem de filhotes eclodidos foram maiores em ninhos deixados intactos em substrato arenoso (92,2%), que em ninhos transplantados (58,3%) e, ninhos deixados intactos em substrato argiloso (44,6%) (Tab. 2). Um teste de Tukey evidenciou diferenças significativas em relação à quantidade de filhotes obtidos (p<0,05).

Dos 40 ninhos, 18 (45%) permaneceram intactos, 15 (37,5%) foram depredados pelo homem, quatro

(10%) pelo lagarto Tupinambis e três (7,5%)

alagados pelo repiquete.

DISCUSSÃO DISCUSSÃO DISCUSSÃO DISCUSSÃO DISCUSSÃO

Diversos autores têm observado que a reprodução dos Podocnemididae está relacionada ao ciclo anual de vazante e enchente, sendo que a desova e a incubação são realizadas na época da seca, e o nascimento dos filhotes coincide com o inicio da enchente (ALHO; PÁDUA, 1982, FACHÍN-TERÁN,

1992, THORBJARNARSON et al., 1993, SOINI,

1996; 1997). Este mesmo padrão foi observado na RDSM, durante o presente estudo.

O período de desova de P. unifilis varia

amplamente ao longo da distribuição da espécie (VOGT, 2004). Pode-se esperar a existência de variações nos períodos de nidificação em função das diferenças existentes nas épocas de vazante e enchente ao longo da bacia Amazônica (PEZZUTI,

1998), e na bacia do Orinoco. P. unifilis desova

durante janeiro e fevereiro no rio Capanaparo,

Venezuela (THORBJARNARSON et al., 1993);

outubro a março no rio Caquetá-Colômbia (MEDEM, 1964); julho e agosto na Reserva Nacional Pacaya-Samiria e na Reserva de Biosfera do Manú, Peru (FACHÍN-TERÁN, 1992; SOINI; COPULA, 1995; MITCHELL; QUIÑ ONES, 1994); agosto e setembro no rio Iténez, Bolívia (CABALLERO, 1996). No Brasil o período de desova é entre junho e julho no rio Purus, agosto e setembro no rio Negro, rio Jaú, rio Trombetas, rio Tapajós e rio das Mortes (VOGT, 2004). As atividades de nidificação de P. unifilis na RDSM se concentraram durante a última semana do mês de agosto. Isto ocorre logo que surgem as partes mais altas das praias e dos barrancos nas margens dos

corpos de água. Na RDSM P. sextuberculata

concentra suas atividades de nidificação no inicio do mês de setembro (PEZZUTI, 1998). Entretanto, P. expansa desova somente após que a água atinge seu nível mais baixo nos meses de setembro e outubro.

Entre os quelônios P. unifilis parece ser a espécie

nas quais os processos reprodutivos estão mais adaptados à diversidade de hábitats da várzea. Esta espécie pode desovar em praias de areia, em lama semi-seca e barrancos às margens dos rios, lagos, paranás e canos (FACHÍN-TERÁN, 1992; SOUZA; VOGT, 1994; SOINI; SOINI, 1995a; CABALLERO, 1996). Os substratos nestes ambientes podem variar desde arenoso, areno-argiloso, argiloso amarelo a cinza, e folhiço (FACHÍN-TERÁN, 1992; SOINI; SOINI, 1995a). Throbjarnarson e Silveira (1996), reportaram um caso incomum para esta espécie na RDSM, eles encontraram no lago Sanguessuga, um ninho construído sobre um colchão de vegetação flutuante e matéria orgânica. O ninho foi feito em substrato composto principalmente por folhas em

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decomposição. Segundo Vogt e Flores-Villela (1986), espécies com ampla distribuição geográfica, têm a plasticidade do comportamento materno para compensar diferenças climáticas através da escolha de sítios com características distintas ou pela desova em época mais quente ou mais fria.

O tamanho médio da ninhada de P. unifilis

mencionado por diferentes autores varia em número com a distribuição geográfica da espécie. São 23 ovos na Venezuela (THORBJARNARSON et al., 1993); 22 (MEDEM, 1964), e 27 na Colômbia (FOOTE, 1978; PÁEZ, 1995); 21 (PONCE, 1979), 24 (LANDEO, 1997b), 31 (FACHÍN-TERÁN, 1993), e 35 no Peru (SOINI, 1996); 27 na Bolívia (CABALLERO, 1996); e no Brasil de 20 (CANTARELLI; HERDE, 1989),

23 (VALLE et al., 1973), e 24 (VANZOLINI, 1977;

SOUZA; VOGT, 1994). O número médio de 35 ovos encontrado na RDSM é o maior registrado para está espécie no Brasil e só é semelhante ao encontrado por Soini (1996) no rio Pacaya no Peru. Os dois locais são áreas inundáveis de várzea, com abundância de recursos alimentícios para os quelônios.

A revisão de trabalhos que apresentaram período de incubação para P. unifilis indica uma amplitude de 55 dias (SOINI, 1997) a 97 dias (SOINI; COPPULA, 1995). Geralmente os menores períodos de incubação são obtidos em ninhos construídos em praias de areia com intensa exposição ao sol

(THORBJARNARSON et al., 1993;

FACHÍN-TERÁN, 1993, SOINI, 1997), e os de maior período de incubação são aqueles construídos em barrancos às margens dos rios, lagos e paranás, onde a vegetação rapidamente cobre o ninho e como conseqüência a temperatura de incubação é menor (FACHÍN-TERÁN, 1993; SOINI; COPPULA, 1995). No rio Caquetá, Colômbia, chuvas freqüentes contribuíram para baixas temperaturas e período

de incubação mais longos em P. unifilis (PAÉZ;

BOCK, 1998). Segundo Schwarzkopf e Brooks (1987), e Vogt e Bull (1982, 1984), as temperaturas de incubação são resultado do clima em determinado ano e das características físicas do ninho e do substrato. Em condições de cativeiro, praias de areia construídas sobre substrato úmido e com vegetação arbórea por perto, diminuem o número de horas de sol na praia e aumentam o período de incubação dos ovos (FACHÍN-TERÁN, obs. pess.). Nestas condições foram registradas em P. unifilis um tempo médio de incubação de 112 dias com amplitude de 101 a 136 dias

(FACHÍN-TERÁN et al., 1997).

Altas temperaturas de incubação aceleram o

desenvolvimento embrionário (BULL et al., 1982,

SCHWARZKOPF; BROOKS, 1987, GEORGES, 1989), portanto encurtam o período de incubação dos embriões e aumentam suas chances de completar o desenvolvimento (SCHWARZKOPF; BROOKS, 1987). Neste estudo, ninhos de incubação mais curta foram àqueles feitos em substrato arenoso, e só um ninho foi coberto pela vegetação herbácea, sendo o tempo de incubação de 69 dias. Segundo Vogt e Bull (1984) a vegetação pode ser o fator mais importante na determinação da temperatura do substrato. Ninhos feitos em substrato argiloso tiveram período de incubação maior, e estavam localizados perto da vegetação arbórea onde rapidamente foram cobertos pela vegetação herbácea, influenciando num menor grau de exposição do ninho aos raios solares. Além disto, os locais de desova no substrato argiloso são mais úmidos. Isto pode acarretar temperaturas mais baixas provocando um maior tempo de incubação dos embriões com o perigo de que o ninho seja atingido pela enchente.

Enchentes repentinas podem causar grandes perdas nos ninhos dos quelônios. Soini (1997)

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unifilis de 10 a 50% por alagamento. Perda de ninhos desta espécie por alagamento no rio Caquetá, Colômbia, poderia ter sido elevada (64%), se as ninhadas não tivessem sido transplantadas (PAÉZ; BOCK, 1998). Mitchell e Quiñones (1994) assinalam que a maior taxa de perda natural de

ninhos de P. unifilis, excetuando-se a coleta de ovos

pelo homem, deve-se ao alagamento precoce dos sítios de desova. Entretanto, a perda de ninhos pode variar entre anos e em função do clima. Landeo (1997b) reportou para o rio Manú, a perda de 28,68% de ninhos de P. unifilis em 1993, e de 0,69% em 1994. Pezzuti (1998) na RDSM encontrou perda de 58% de ninhos de P. sextuberculata, pelo forte repiquete durante a seca de 1996. Neste estudo, só três (7,5%) ninhos foram alagados pelo

repiquete. P. unifilis desova quando emerge as

partes superiores das praias e dos barrancos, o que pode contribuir para que seus ninhos tenham menor possibilidade de serem alagados pela enchente do rio.

Soini e Soini (1995a) reporta que o predador mais

importante de ovos de P. unifilis é o lagarto

Tupinambis, que possui extrema facilidade para detectar ninhos, mesmo tendo sido estes ovipostos há vários dias. Fachín-Terán (1994) cita como principal predador às formigas, e Landeo (1997b) cita uma espécie de grilo. Na RDSM, Tupinambis foi o maior predador não-humano de ninhos de P. unifilis situados nos barrancos próximos da floresta (PEZZUTI, 1998). Esta observação foi confirmada neste estudo, através da identificação de rastros deste réptil, e do encontro de ninhos abertos e de cascas de ovos espalhados perto do ninho e da vegetação arbustiva. Nas praias de areia não encontramos sinais que indicasse a presença deste animal nem vestígios de ninhos depredados. Isto pode ser devido a que a floresta fica um pouco longe da praia e a existência de uma barreira natural constituída por uma poça

de água que separa estes dois hábitats. A presença constante do pessoal do projeto, também pode ter contribuído para que este predador não freqüente a praia.

Em ninhos transplantados, 7,9% dos embriões

foram atacados por larvas de mosca. Vogt et al.

(1994) registraram uma baixa sobrevivência em filhotes de Peltocephalus dumerilianus (39,5%) em função do ataque de larvas de moscas aos filhotes que ainda estavam dentro do ninho completando seu desenvolvimento. Segundo Pezzuti (1998) existe a possibilidade de que a manipulação dos ovos possa facilitar a atividade predatória destes dípteros sobre os embriões de quelônios, sugerindo que seria importante investigar quando e como a mosca introduz seus ovos no ninho e como ocorre o desenvolvimento das larvas.

Coleta de ovos pelas populações indígenas e ribeirinhas da Amazônia é uma atividade periódica importante praticada tradicionalmente e está relacionada ao ciclo reprodutivo dos quelônios (SOINI, 1997; LANDEO, 1997a, 1997b). Quando as praias não são preservadas e existem populações humanas próximas, geralmente ocorre uma depredação de 100% dos ninhos de P. unifilis pelo

homem, como no baixo rio Jaú (REBÊLO et al.,

1996). Onde há programas de preservação, a depredação pelo homem diminui, e pode variar de local para local e de ano para ano. Assim, na Reserva Nacional Pacaya-Samiria, Peru, a depredação foi 30,7% no rio Samiria (FACHÍN-TERÁN, 1994) e 37% no rio Pacaya (SOINI; COPPULA, 1995). No rio Manú, Peru, em anos diferentes foi registrado uma depredação de ninhos pelo homem de 39,4 e 52,1% (QUIÑONES, 1991, LANDEO, 1997a).

A captura de P. unifilis e a coleta de seus ovos para consumo pelos comunitários constituem uma ameaça permanente na RDSM, já que existe um

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grande número de pescadores utilizando o Paraná de Jarauá. Esta situação agrava-se em função da implementação a partir do ano de 1998, do Projeto de Comercialização de Peixe (PCP), que prevê a exploração comercial do recurso pesqueiro nesta parte da Reserva. Como conseqüência, existirá maior probabilidade dos pescadores capturarem os quelônios em suas redes malhadeiras.

Transferência de ninhos de P. unifilis a locais

protegidos na RDSM poderia ser uma opção para produzir mais filhotes. Entretanto dado que a temperatura de incubação determina o sexo (e.g. P. expansa, ALHO et al., 1984; P. unifilis, SOUZA; VOGT, 1994; PAÉZ, 1995; P. sextuberculata, PEZZUTI, 1998) esta manipulação deve ser feita cuidadosamente. Experimentos de manipulação de ninhos de tartarugas marinhas mostraram o perigo de masculinizar a população (MROSOVSKY, 1982). Paéz e Bock (1998) recomendaram que em projetos de manejo de P. unifilis, transferências de ninhos só devem ser feitas depois de passado o período crítico de determinação do sexo, o que ocorre na terceira metade do desenvolvimento do embrião (VOGT, 1994); ou transplantados a locais onde as temperaturas sejam semelhantes ao local inicial. Isto com a finalidade de evitar desvios para um sexo.

A eclosão em ninhos de P. unifilis transplantados

pode ser alta, podendo variar entre 70 a 80% (Soini 1997). Neste estudo apesar do cuidado no translado dos ninhos a porcentagem de eclosão foi menor (58,3%). O relativamente alto número de ovos sem desenvolvimento (21,7%) pode ser devido a danos ocorridos no embrião causados pela vibração do motor durante o translado em barcos voadeira. Entretanto não foi descartada a possibilidade da elevada ocorrência de ovos inférteis.

Apesar do perigo de desvio para um determinado sexo, a transferência de ninhos para locais seguros,

parece ser no momento a única maneira de incrementar a população desta espécie; já que a nidificação ocorre em áreas de exposição permanentemente à depredação pelo homem. Esta estratégia é necessária apesar da possibilidade de modificar a proporção de sexos; mas é a única alternativa até a realização de estudos mais aprofundados sobre determinação do sexo e dinâmica populacional desta espécie na RDSM. A proteção dos locais de desova e seu manejo através da remoção da vegetação macrófita que oferece maior área e acessibilidade para a desova nos barrancos de terra, a participação comunitária na preservação de praias e lagos, a educação ambiental em todos os níveis, a liberação dos indivíduos capturados pelos pescadores, e a fiscalização permanente por parte do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis-IBAMA na RDSM e nos mercados de Tefé e Alvarães são medidas importantes para a recuperação da população de P. unifilis na RDSM.

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À Sociedade Civil Mamirauá-SCM, pelo apoio logístico e facilidades concedidas para a realização deste estudo. Ao Dr. Jose Márcio Ayres, falecido em março de 2003, defensor incansável do ecossistema da várzea, por dar-nos a oportunidade de trabalhar na Reserva de Mamirauá. A John Thorbjarnarson e Richard C. Vogt, pela eficiente gestão e suporte. A Renato Cintra, Maria de Fátima Gomes e Souza Soares, e Miriam Elenit Lima de Fachín por suas valiosas sugestões e a Gabriel William Fachín Lima pela ajuda com o idioma português. A Masidonio Pinho de Carvalho, Mariceudo Pinho de Carvalho, Paulo Roberto

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Barbosa Pereira e Antônio (Presidente), por sua valiosa ajuda durante a coleta de dados. Augusto Fachín Terán, recebeu uma bolsa de doutorado da CAPES, durante sua permanência no Brasil, no Departamento de Ecologia do INPA. Este estudo foi financiado pelo CNPq/MCT. Dedicamos este trabalho em memória ao naturalista Pekka Soini que passou grande parte de sua vida estudando os quelônios na região amazônica do Peru.

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Referências

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