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Gestão de Pessoas
Antigamente – visão X
• Pessoas são custos ou recursos: foco no controle; grande especialização; contratações por experiência e conhecimento técnico; curto prazo.
• Poder hierárquico + incentivos financeiros (homo economicus) = obediência. • Departamento pessoal: operacional, mecanicista, reativo, burocrático, folha de
pagamento, cadastro/registros, aplica leis e normas, contrata e demite.
Hoje – visão Y
• Sociedade do conhecimento, complexidade, flexibilidade, dinâmico, contingencial, situacional, proativo, multidisciplinar, visão sistêmica, longo prazo.
• Pessoas deixaram de ser recursos (ou custos) e assumiram posição estratégica: seres humanos, parceiros da organização, focados em resultados (missão, visão organizacional), talentos fornecedores de competências (CHA), agregam valor. • AERH ou GP: políticas integradas aos planos estratégicos e às demais áreas da
organização - tem como objetivo fundamental a otimização dos resultados finais da empresa e da qualidade dos talentos que a compõem.
Gestão de Pessoas
• Chiavenato: conjunto de políticas e práticas necessárias para
cuidar do capital humano da organização, capital este que contribui com seus conhecimentos, habilidades e capacidades para o alcance dos
objetivos institucionais.
• Bergue: planejamento, organização, direção e controle das atividades
desenvolvidas nas áreas de seleção, orientação, avaliação, capacitação e qualificação do quadro de servidores dos órgãos públicos.
‒ Visão crítica: predomina nas organizações públicas a gestão de
pessoas tradicional (funcional) - rigidez, falta de foco nos cidadãos e nos resultados, limites à inovação, remuneração desvinculada do
desempenho, falta de planejamento, rotatividade das chefias.
• Todo gestor de uma área é também um gestor de pessoas:
‒ Tendência: descentralizar as decisões de GP rumo aos gerentes.
‒ GP é uma responsabilidade de Linha (do gestor) e uma função de Staff (da área de GP).
3 Marras: 1.Recrutamento e seleção 2.Treinamento e desenvolvimento 3.Remuneração ou cargos e salários 4.Higiene e segurança 5.Departamento Pessoal 6.Relações trabalhistas 7.Serviços gerais
4 Recrutamento = captação, atração, divulgação de oportunidades.
‒ Mercado de RH x Mercado de Trabalho ‒ Recrutamento Interno x Externo
‒ Fontes: cadastro, entidades, cartazes, mídia, indicação, headhunters, agências de outplacement, etc.
Seleção = triagem, filtragem, comparação (requisitos x perfil) e decisão. ‒ Linha decide x Staff assessora
‒ Características do candidato: execução de tarefas; interdependência com outras tarefas, pessoas e áreas; competências (CHA).
‒ Modelos: colocação, seleção, classificação, agregação de valor. ‒ Técnicas: entrevistas, testes diversos - provas de conhecimento e
capacidade, testes psicológicos e de personalidade, simulação, exames. • Glossário: Requisição de Pessoal, rotatividade, absenteísmo.
Treinamento e Desenvolvimento
• Constituem processos de aprendizagem.
‒ Aprendizagem = mudança no comportamento da pessoa por meio da incorporação de novos hábitos, atitudes, conhecimentos,
competências e destrezas.
• Embora utilizem métodos similares para afetar a aprendizagem, os objetivos são diferentes:
‒ Treinamento é orientado para tarefas específicas, para o presente, curto prazo, focalizando o cargo atual e buscando melhorar aquelas habilidades e competências relacionadas como desempenho imediato do cargo.
‒ Desenvolvimento oferece ao uma macrovisão do negócio, preparando
o profissional para voos mais altos, a médio e longo prazos; focaliza os cargos a serem ocupados futuramente na organização e as novas
habilidades e competências que serão requeridas.
o focalizado no crescimento pessoal do empregado e na carreira.
Treinamento: processo
Quatro etapas: 1. Diagnóstico (LNT – lacunas) 2. Desenho (planejamento ou programação) 3. Implementação (execução) 4. Avaliação (reação; aprendizado; comportamento / desempenho; resultado; e ROI.• Identifica o que se sabe e o que se deve saber dentro da
organização, buscando priorizar o conhecimento que é crítico, que possui maior relevância.
• Gera mudanças positivas:
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Desenvolvimento – gestão da mudança
DESCONGELAMENTO MUDANÇA RECONGELAMENTO
- Criar sentimento /
percepção da necessidade de mudança;
- Velhas ideias e práticas são abandonadas e
desaprendidas.
- Implementar mudança; - Novas ideias e práticas são experimentadas e aprendidas.
- Estabilizar mudança. - Novas ideias e práticas são incorporadas
definitivamente no comportamento.
Desenvolvimento – gestão do Conhecimento
Socialização: experiências são compartilhadas e, a partir delas, conhecimentos tácitos ou modelos mentais e habilidades técnicas são criados.
Externalização: é o modo de conversão mais importante, pois permite a criação de novos conceitos explícitos.
Combinação: baseia-se na troca de informações explícitas e no paradigma da TI. Internalização: aprender fazendo (learning by doing) - os membros da organização vivenciam o resultado prático do novo conhecimento.
Conhecimento Tácito: altamente subjetivo, difícil de comunicar, registrar, documentar ou ensinar, pois está no indivíduo e na maneira como este interpreta a realidade.
Conhecimento Explícito: objetivo, claramente descritível e possível de ser codificado em
• Remuneração = Remuneração básica + Incentivos salariais + Benefícios ‒ Remuneração básica - pagamento fixo que o empregado recebe;
‒ Incentivos salariais - programas desenvolvidos para recompensar
funcionários que tiveram bom desempenho e alcançaram os objetivos traçados (bônus, participação nos lucros etc.). Esforço e recompensa são diretamente relacionados.
o Obs: na versão atual, Chiavenato dividiu Incentivos em Salariais e Não Financeiros (ações, prêmios em viagens/bens etc.)
‒ Benefícios - adicionais que buscam dar ao funcionário maior
facilidade e conveniência (seguro de vida, assistência médica etc.). • A remuneração fixa funciona apenas como fator higiênico.
‒ É necessário incentivar continuamente as pessoas para que alcancem metas e resultados desafiadores: programa de incentivos.
o Planos de bonificação anual, distribuição de ações aos funcionários, participação nos resultados, remuneração por competência etc. 9
• Desempenho humano é o ato ou efeito de cumprir ou
executar determinada missão ou meta previamente traçada. ‒ É diretamente proporcional a duas condições:
o “querer fazer”, a motivação, variável volitiva.
o “saber fazer”, a condição cognitiva e experiencial.
• Avaliação: visa diagnosticar e analisar o desempenho individual e grupal dos funcionários, com o objetivo final de melhorar o próprio desempenho das pessoas e da organização.
‒ 3 campos (Marras): resultados, comportamentos, conhecimento.
• Problemas = falhas, vícios de julgamento:
‒ Marras: Conscientes (Halo e Tendência central) x Inconscientes (outros) ‒ Halo (generalização), Complacência, Rigor, Tendência Central,
Recenticidade, Critério único, Falsidade, Falta de Técnica, Subjetivismo,
Força do hábito. 11
• Métodos Tradicionais - Subjetivos: geralmente são burocratizados,
rotineiros e repetitivos; tratam pessoas como homogêneas/padronizadas. ‒ Relatórios
‒ Escalas gráficas ‒ Escolha forçada
‒ Pesquisa de campo ‒ Incidentes críticos
‒ Listas de verificação ou checklists
‒ Comparação aos pares (comparação binária)
• Métodos Modernos - Objetivos:
‒ Avaliação Participativa por Objetivos ‒ Avaliação 360º
‒ *Avaliação por Competências e Balanced Scorecard
Processo
Organizacional
PODC
Planejamento Estratégico
• Conjunto de ações administrativas que possibilitam aos gestores de
uma organização mantê-la integrada ao seu ambiente e no curso correto de desenvolvimento, assegurando-lhe atingir seus objetivos e sua missão.
Planejamento Estratégico - Conceitos
• Missão: razão de ser da organização.
• Visão (de futuro): aquilo que a organização deseja ser.
• Valores: atributos e virtudes da organização, suas qualidades.
• Objetivos estratégicos: macrodesafios, situações futuras desejadas.
• Indicadores: métricas que proporcionam informações sobre o
desempenho de um objeto.
• Iniciativas: o que fazer para alcançar os objetivos, atividades.
• Mintzberg: Estratégias Pretendidas, Deliberadas, Realizadas, Não
Realizadas e Emergentes.
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Planejamento Estratégico Situacional
• Desenvolvido pelo economista chileno Carlos Matus.
• Alternativa aos métodos tradicionais: se preocupa com o contexto em que o plano se desenvolve - permanente acompanhamento das
condições que poderão interferir no progresso das operações do plano. • 4 momentos:
1) momento explicativo: seleção e compreensão do problema, buscando explicar origens e causas;
2) momento normativo: propostas de ação em diferentes cenários, correspondendo ao desenho de como deve ser a realidade, e a
forma de superação dos chamados nós críticos, levando à mudança da situação inicial em direção à situação objetivo;
3) momento estratégico: construção da viabilidade do plano, estando centrado na identificação do "que pode ser";
4) momento tático-operacional: fazer acontecer a gestão do plano. 16 16
Análise SWOT - FOFA
• É uma ferramenta de diagnóstico estratégico
Análise Interna (Controlável)
Áreas funcionais (Marketing, Pesquisa, RH, etc.), funcionários, desempenho, processos, produtos,
serviços, finanças, competências, sistemas, tecnologia, inovação, etc.
S
strengths (forças - potencialidades)W
weaknesses (fraquezas - fragilidades)Análise Externa
(Não
Controlável)
Ambiente geral + ambiente de tarefa = econômico, político, legal,
cultural = sociedade, governo, mercado, concorrentes, clientes,
fornecedores, tecnologia, etc.
O
opportunities (oportunidades)T
threats (ameaças)Ferramenta de gestão estratégica cujo objetivo é
traduzir a estratégia em termos operacionais, permitindo que a
organização alinhe suas ações, acompanhe seu desempenho e alcance
seus macro-objetivos no longo prazo
.
• Dicas para resolver questões:
‒ O que é Balanced Scorecard? Placar balanceado de desempenho. o 4 Perspectivas (dimensões): Financeira, Clientes/Mercado,
Processos Internos, Aprendizado/Inovação e Crescimento ‒ Pra que ele serve? Nome do livro: A Estratégia em Ação.
o Componentes (elementos): Mapa estratégico, Objetivos, Indicadores, Metas e Iniciativas (planos de ação).
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Estrutura Organizacional
• Abrange: tarefas, pessoas, órgãos e relações.
‒ Estrutura Formal: organograma + estatutos + regras.
‒ Estrutura Informal: rede de relações sociais e pessoais.
19 Princípios para organizar e projetar a estrutura
Até que ponto as atividades podem ser subdivididas
em tarefas separadas? Divisão e Especialização do Trabalho Qual a base (critério) para o agrupamento das tarefas? Departamentalização A quem as pessoas/grupos vão se reportar? Cadeia de Comando - Hierarquia Quantas pessoas cada chefe pode dirigir com
eficiência e eficácia? Amplitude de Controle
Onde fica a autoridade no processo decisório? Quem
detém o poder de decisão? DescentralizaçãoCentralização e Até que ponto haverá regras/normas para dirigir as
Modelos Estruturais
Burocrático: controle, regras, verticalização, hierarquia rígida, especialização, centralização, autoridade formal. Adhocrático: pós-burocrático - flexibilidade, downsizing, horizontalização, competências, liderança democrática, autonomia, descentralização, cooperação, adaptação, empowerment.Conceito e tipos de estrutura organizacional
Evolução:
• Tradicional: de caráter autoritário, hierárquico, vertical, mecanicista, burocrático.
o Tipos de estrutura: linear (militar); funcional; linha-staff (staff and line); colegiada (comissão).
• Moderna: quadro sistêmico, comportamental, orgânico, influenciado pelas ciências comportamentais (behavioristas).
o Tipos de estrutura: por funções (funcional), por produto (divisional).
• Contemporânea: adhocráticas, participativas, horizontais, ênfase no cliente, sob influência da turbulência, da forte concorrência, da
globalização.
o Tipos de estrutura: por projeto, matricial, colateral, por equipe,
grupos-tarefa.
Tipos Tradicionais de Organização
•Linear (militar):
‒Mais simples e antiga, de fácil aplicação – formato piramidal.
‒Autoridade linear, única, autocrática – centralizadora e generalista.
‒Linhas diretas, verticais e únicas de autoridade e responsabilidade entre superior e subordinados - fácil transmissão de ordens.
• Funcional:
‒Princípio funcional – especialização – separa preparação da execução. ‒Autoridade funcional – dividida, parcial, subordinação múltipla.
‒Decisões descentralizadas – nenhum superior tem autoridade total. ‒Comunicação direta – rapidez.
‒Permite melhor rendimento e flexibilidade, mas requer maior habilidade gerencial.
• Linha-Staff (staff and line):
Departamentalização
Abordagens: Funcional, Divisional e Matricial/Mista.
Tipos/critérios básicos:
•Funcional
•Projetos
•Produtos ou Serviços
•Geográfica/Territorial
•Clientes
•Processos
•Matricial e Mista (multidivisional)
• Outros: simples, áreas do conhecimento, mercado
(orientada para o marketing),quantidade
(número), turno
(tempo), contingência
ambiental
(flexível),força tarefa
(task force),UEN
(várias divisões com aspectos estratégicos comuns), Conglomerado
(portfólio)etc.
Organograma
• Tradicional (estrutural) • Funcional• Matricial
• Funcionograma
Gestão de Processos
• Processo é uma série de tarefas ou etapas que recebem insumos
(materiais, informações, pessoas...) e geram produtos (físico, informação,
serviço) com valor agregado, usados para fins específicos por seu receptor.
25 Feedback Entrada • Insumos • Inputs Processamento • Atividades • Agregar Valor • Troughput Saída • Produtos • Serviços • Outputs
•Tipos: Principais (primários, finalísticos), de Apoio (suporte, meio) e Gerenciais. •Hierarquia: Macroprocessos > Processos > Sub (?) > Atividades > Tarefas
Visão Sistêmica
• A maioria das dimensões-chave do desempenho de uma
organização resulta de processos interfuncionais (atendimento de pedidos, aquisição, desenvolvimento de produtos, etc.)
• A "visão horizontal" ou "visão sistêmica“ ou integrada de uma
Transformação
de Processos
• As organizações necessitam aprimorar constantemente seus processos
para atender às demandas dos clientes.
27 Táticas incrementais Táticas Radicais Progressivas, evolucionárias Com ruptura Melhoria de processos , redesenho Reengenharia • Fases:
• Araújo: escolha do processo, coleta dos passos e representação
gráfica, análise dos métodos atuais, implantação do novo processo e manualização do processo.
• Cury: encomendar o produto, esboçar o processo, mapear os fluxos de trabalho, redesenhar o processo, verificar e testar o novo processo (opinião de especialistas, stakeholders), implementar e padronizar.
Fluxograma
• Técnica para se registrar um processo de maneira compacta, por meio de alguns símbolos padronizados.
‒ Visão sistêmica do fluxo de um processo.
Manuais
• Cury – 3 tipos:
‒ Manual de políticas: orientar a ação dos executivos, estabelecendo o modo de agir da empresa, expresso de maneira geral e filosófica;
‒ Manual procedimentos;
‒ Manual de organização; • Araújo – 5 tipos:
‒ Manual de organização, manual de estrutura;
‒ Manual de instruções, de normas e procedimentos, de processo, de procedimentos, de serviços: define normas de como fazer o trabalho.
‒ Manual de formulários: define a finalidade, como preencher, como distribuir e a utilização dos formulários na organização.
‒ Manual de sequência administrativa (ou de métodos operacionais): descreve as fases e as operações de cada processo.
‒ Manual de normas: semelhante a um regulamento interno ou
Gestão de Projetos
Esforço temporário empreendido para criar
um produto, serviço ou resultado exclusivo.
• Singularidade, Temporariedade, Incerteza, Elaboração Progressiva, Recursos limitados, Interdisciplinaridade, Escopo (Abrangência);
• Conduzido por pessoas dentro de parâmetros predefinidos de tempo, custo, recursos e qualidade.
• 5 Grupos de Processos
• 10 áreas do conhecimento: Comunicações, Recursos Humanos,
Integração, Custos, Tempo, Partes interessadas, Riscos, Escopo,
Comunicação
• Envio e recebimento de símbolos com mensagens atreladas.
‒ Mão-dupla: sucesso depende de quem comunica e de quem recebe.
o Envolve transferência e compreensão do significado.
o Falhas de comunicação são as fontes mais frequentemente citadas
de conflitos interpessoais.
• Quatro funções básicas: controle, motivação, expressão emocional e informação.
• Verbal (oral e escrita); Não Verbal (gestos, símbolos, roupas etc.)
• Para cima (interpreta); para baixo (influencia); horizontal (coordena) • Rede de rumores: canal informal
• Barreiras: ruído
• Riqueza do canal/mídia = capacidade de transmitir informação.
‒ Influenciada por três características: (1) lidar com diferentes sinais ao mesmo tempo, (2) facilitar um rápido feedback e (3) ser pessoal.
Comunicação
3 3 • “É necessário um propósito, expresso na forma de mensagem a ser
transmitida. Ele vai passar de uma fonte (o emissor) para um receptor. A
mensagem é codificada (convertida em um formato simbólico) e transmitida através de uma mídia (canal) até o receptor, que traduz (decodifica) a
mensagem iniciada pelo emissor. O resultado é a transferência de um significado de uma pessoa para outra.”
• Sete partes: (1) fonte, (2) codificação, (3) mensagem, (4) canal, (5) decodificação, (6) receptor, (7) ruído e (8) feedback.
Conflitos
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• Funcional X Disfuncional
• Visões: Tradicional; Relações Humanas; Interacionista.
• 5 estratégias: Evitação (Abstenção); Acomodação; Compromisso
(concessão), Competição (Dominação), Colaboração (solução integrativa). • Abordagem de solução: estrutural; processual; mista.
• Se ninguém tiver noção da existência do conflito, há um acordo geral de
Trabalho em Equipe
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4 tipos básicos (Robbins): • Multifuncional • Solução de problemas • Autogerenciada • Virtual Resultados dependem da combinação de: • Contexto • Composição • Projeto de trabalho • Processo