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O Ensino de Graduação na Escola de Minas de Ouro Preto

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O Ensino de Graduação na Escola de Minas de Ouro Preto

ORGANIZAÇÃO: Uma Base Comum para os Programas de Ensino dos Cursos de Graduação Resumo

Apresento uma organização acadêmica para a Escola de Minas de Ouro Preto, que constitui uma base comum mais apropriada para desenvolver os programas de ensino dos seus cursos de graduação em engenharia conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia, instituídas pela Resolução CNE|CES No 2, de 24 de abril de

2019, compreendendo uma nova configuração do ano acadêmico, da semana e da jornada de aulas, bem como dos turnos e dos arranjos das aulas e das outras atividades acadêmicas, incluindo as atividades de extensão obrigatórias, criando condições mais propícias para o processo de ensino e aprendizagem. Refaço o conjunto de disciplinas de formação básica e instituo as atividades de estudo assistido nessas disciplinas, visando melhores resultados, expressos em efetivo aprendizado e menores retenção e evasão, faço a concertação da metodologia de ensino presencial com a metodologia de ensino a distância, introduzo os ciclos de estudos e as disciplinas integradoras da aprendizagem ao longo do percurso formativo, e mudo o trabalho de conclusão de curso, da monografia acadêmica individual para o projeto integrado de engenharia em equipe. Por intermédio de exemplos de matrizes curriculares dos cursos de graduação em engenharia da Escola de Minas de Ouro Preto, construídas a partir das suas matrizes curriculares correntes, demonstro que a organização acadêmica proposta é factível, além de superior à contemporânea. Proponho o aumento de 36 para 40 o número de vagas para ingresso de novos alunos nos cursos de graduação da Escola de Minas de Ouro Preto, demonstro que temos condições objetivas para mudar o ingresso de novos alunos no Curso de Engenharia Ambiental de anual para semestral e que os departamentos envolvidos dispõem de condições para lecionar as disciplinas de formação básica para o Curso de Engenharia da Energia. Feito isto, o número de alunos nos Cursos de Graduação da Escola de Minas passará de 3420 para 4200, um aumento de 780 alunos. Também demonstro que a infraestrutura da instituição e as condições políticas e econômicas do país não constituem obstáculos à mudança. Listo possíveis ênfases para os cursos de graduação da Escola de Minas de Ouro Preto, caso tenham interesse em desenvolvê-las. Concluo com uma breve reflexão sobre escolas, universidades, datas e cultura.

Nota

O trabalho foi realizado na esteira das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia de 2019, por isso não trata, a não ser de passagem, do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Escola de Minas de Ouro Preto, que segue as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo, instituídas pela Resolução CNE|CES No 2, de 17 de junho de 2010.

Porém, em vista da organização curricular e das cargas horárias semanais do Curso de Arquitetura e Urbanismo, não existe nenhum empecilho para configurá-lo conforme a organização acadêmica proposta para vir a ser a base comum dos programas de ensino dos cursos de graduação da Escola de Minas de Ouro Preto.

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001 – As Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia de 2019 I.

A mudança de paradigma na educação de graduação em engenharia brasileira, por intermédio de uma norma oficial, de um processo de ensino e aprendizagem baseado nos conteúdos para um processo de ensino e aprendizagem com foco no desenvolvimento de competências e de uma organização do ensino e aprendizagem fragmentada e desconexa para uma organização do ensino estruturada e integrada, é o coração das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia, que foram instituídas pela Resolução CNE|CES No 2, de 24 de abril de 2019.

Para além dos fundamentos conceituais, as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia têm impactos significativos sobre a prática de ensino corrente nos cursos de engenharia do país. Deles, recolhemos:

1) promovem o deslocamento do professor dos cursos de graduação em engenharia da posição de sistematizador e transmissor do conhecimento para a condição de mediador e tutor do processo de aprendizagem,

2) propõem a dominância das chamadas metodologias de aprendizagem ativas, que devem tomar o lugar das chamadas metodologias de ensino passivas,

3) ainda que sem explicitar, assumem o construtivismo como o método de ensino e aprendizagem dos cursos de graduação em engenharia, em substituição às teorias gerais, regularmente assentadas nas matemáticas e que superaram até aqui os testes empíricos no seu domínio de validade, seguidas da aplicação aos casos particulares, 4) destacam a centralidade do aluno no processo de aprendizagem, devendo os cursos se

adequarem às circunstâncias deles,

5) realçam o emprego de metodologias de ensino e aprendizagem mais modernas, fortemente assentadas na tecnologia da informação,

6) priorizam o desenvolvimento de competências transversais, que não dependem diretamente da matéria de estudo, enuviando as competências específicas, próprias da matéria de estudo,

7) colocam para os cursos de graduação em engenharia a responsabilidade pela construção da autonomia intelectual do estudante e a sua preparação para uma vida longa de estudos e aprendizado.

II.

Mesmo não tendo jeito de não se considerar seriamente as proposições das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia de 2019, é essencial conformá-las às tendências e aos resultados da mudança rápida e fundamental que ocorre na educação em engenharia mundial, para se projetar o sistema e o processo de educação em engenharia da Escola de Minas de Ouro Preto das próximas décadas.

Ainda que com algum atraso, menor do que em outras épocas por vivermos num mundo efetivamente conectado em tempo real, tais transformações aportarão aqui. Logo, em algum momento, a educação em engenharia brasileira terá de se conformar ao que avança a passos largos nos países desenvolvidos e nos principais países em desenvolvimento.

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Assim, sintonizar-se agora com o que está acontecendo na educação em engenharia no mundo é imprescindível para ao menos não se permitir que se abram abismos muito mais difíceis de se transpor amanhã.

002 – As condições objetivas na Escola de Minas de Ouro Preto frente ao novo paradigma III.

Nós nos encontramos numa situação particularmente difícil. Não existe modelo de educação de graduação em engenharia no mundo prontinho para ser copiado ou mesmo para ser adaptado à realidade dos trópicos.

Com efeito, reconhecemos que não temos as mesmas características das universidades de pesquisa norte-americanas e europeias bem-estabelecidas, que atraem multidões de estudantes de todo o mundo, onde as boas práticas destacadas são o projeto educacional centrado no estudante, o empreendedorismo propulsionado pela tecnologia, a aprendizagem ativa baseada em projetos e o enfoque rigoroso nos fundamentos da engenharia.

Também reconhecemos que não temos as mesmas características de alguns líderes emergentes da educação em engenharia, como o Olin College of Engineering e o Iron Range Engineering, que são programas boutique, atendem a grupos pequenos de alunos recrutados entre os melhores das melhores escolas do ensino médio e dispõem de condições de ensino e aprendizagem exuberantes e de orçamentos generosos, bem como de inteligência e criatividade essenciais para desenhar e desenvolver programas inovadores, efetivos e fortemente ancorados na realidade contemporânea da atividade de engenharia e da profissão de engenheiro.

Além disso, reconhecemos que não temos as mesmas características e as mesmas circunstâncias dos outros líderes emergentes da educação em engenharia mundial dos países em desenvolvimento, o que é facilmente reconhecível ao se considerar as marcantes diferenças culturais, as relações entre os projetos dos governos e as próprias razões da existência do ensino superior, as maneiras de inserção dos países na divisão internacional do trabalho, as dinâmicas dos processos de industrialização, os compromissos das elites com o projeto de nação, os cuidados dos governos para com o sistema de ensino inteiro e os valores que as famílias dão à educação, bem como os objetivos das políticas de Estado para a educação, a ciência e a tecnologia, a indústria e o comércio exterior.

IV.

Nas circunstâncias postas pela situação nacional e pela configuração do mundo, compete à Escola de Minas de Ouro Preto desenhar e abrir o seu próprio caminho para conduzir a mudança do processo de ensino e aprendizagem dos seus cursos de graduação, à luz das transformações rápidas e fundamentais do ensino de graduação em engenharia mundial e dos cenários que se desenham para a engenharia brasileira, considerando a grave restrição de recursos, a sua inserção na estrutura matricial da universidade, a sua trajetória histórica e o significado da sua localização geográfica em Ouro Preto, a partir da análise crítica das virtudes e dos defeitos, dos acertos e dos erros da estrutura, da organização e da prática do processo de ensino e aprendizagem corrente e do estudo cuidadoso das transformações em curso na educação em engenharia dos principais países do mundo.

Que fique claro que não se trata simplesmente de desenhar o projeto pedagógico de cada curso de graduação isoladamente, mas de conceber e realizar um projeto pedagógico da Escola

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de Minas de Ouro Preto, que seria o projeto pedagógico mestre a partir do qual seriam construídos coerentemente os projetos pedagógicos dos seus cursos de graduação, de maneira consistente com o projeto pedagógico da nossa universidade, para virmos a ter uma unidade acadêmica de fato e um sistema de ensino da Escola de Minas de Ouro Preto, que otimiza o emprego dos recursos escassos disponíveis, evita a ociosidade concomitante à litania por ainda mais recursos, e que coloque a alternativa concreta de virmos posicionar a Escola de Minas de Ouro Preto entre os lideres emergentes da educação em engenharia mundial.

V.

Embora uma mudança de paradigma seja uma ruptura, a sua completa adoção não implica em ruptura com a organização do sistema de ensino e aprendizagem em curso. Busco passar da organização atual para a nova organização mais propícia ao processo de ensino e aprendizagem conformado ao novo paradigma de maneira contínua e suave. Procuro desenhar uma organização que retém os acertos e expulsa os erros da organização corrente. Viso uma organização suficientemente robusta que garanta um resultado superior ao atual para o processo de ensino e aprendizagem, mesmo diante de dificuldades da sua aplicação. Penso que este é o problema bem-posto.

Ao assumir esse ponto de vista não-revolucionário, corro o risco de estar criando as condições para que prevaleça os desígnios daqueles que por natureza ou comodidade querem somente passar uma demão de verniz nas estruturas que se tornaram retrógradas. Não tenho dúvida sobre isso. Mas, diante de não termos modelos adequados e já testados a seguir, penso que é desejável assumir esse risco frente ao risco de falhar inteiramente na formação dos novos engenheiros. Além disso, ao considerar o meu aprendizado em serviço, sei que é inteiramente possível evitar aquele risco por intermédio da gestão cuidadosa do processo. Enfatizo que num mundo em transformação rápida e fundamental não cabe a alternativa de simplesmente se ligar o piloto automático.

Busco também por uma organização do ensino e aprendizagem realizável. Em vista disso, a organização proposta é exequível nas condições de restrição de recursos que parte expressiva da sociedade brasileira e as instituições de ensino superior públicas, em particular, estão submetidas. Ela é adequada à estrutura matricial da universidade. Racionaliza o uso da infraestrutura já instalada e reduz a pressão por mais edifícios. Não implica em aumento dos encargos letivos do conjunto de professores. Também propicia a redução de custos.

Por fim, ela está em perfeito acordo com a legislação vigente, em particular com a Lei Darcy Ribeiro, No 9394, de 20 de dezembro de 1996, a Resolução CNE|CES No 2, de 24 de

abril de 2019, a Resolução CNE|CES No 2, de 18 de junho de 2007, a Resolução CNE|CES

No 3, de 2 de julho de 2007, a Resolução CNE|CES No 7, de 18 de dezembro de 2018, a Portaria

MEC No 1134, de 10 de outubro de 2016, e a Resolução CFE No 4, de 16 de setembro de 1986.

Também está de acordo com a Resolução CONFEA No 1010, de 22 de agosto de 2005 e a

Resolução CONFEA No 1073, de 19 de abril de 2016. Alguém poderia levantar que o Art. 63

do Regimento Geral da UFOP pormenoriza a norma geral e especifica dois períodos regulares de 100 dias no ano acadêmico. Porém, trata-se de regulamento ultrapassado, pois o Regimento Geral da UFOP recém aprovado em Assembleia Geral Universitária não coloca obstáculo à organização do ano acadêmico.

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010 – Um arcabouço da organização do ensino de graduação da Escola de Minas de Ouro Preto VI.

Nessas circunstâncias, apresento em detalhe o arcabouço de uma concepção nova de organização do ensino dos cursos de graduação da Escola de Minas de Ouro Preto visando a atender diretamente três quesitos das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia de 2019, bem como as tendências manifestas nas transformações rápidas e fundamentais na educação superior mundial:

1) a mudança de uma organização do ensino e aprendizagem fragmentada e desconexa para uma organização do ensino e aprendizagem estruturada e integrada;

2) a utilização de metodologias de ensino e aprendizagem mais modernas, fortemente assentadas na tecnologia da informação;

3) a introdução de maneira consistente, integrada e realizável no currículo de atividades de extensão, com a duração de 360 horas.

Além disso, tal concepção da organização do ensino e aprendizagem da Escola de Minas de Ouro Preto também é mais amigável para se passar de um processo de ensino e aprendizagem baseado nos conteúdos para um processo de ensino e aprendizagem com foco no desenvolvimento de competências qualificadas, onde o adjetivo qualificadas tem o significado preciso expresso por “que faça a concertação do desenvolvimento das competências genéricas ou transversais, que em princípio são independentes das matérias de estudo, e o desenvolvimento das competências específicas, isto é, próprias da matéria de estudo e definidoras da formação profissional, essenciais à formação em engenharia”.

Ao adotarmos essa posição, nós nos colocamos pari passu com as transformações da educação superior mundial, que é distinta do que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia de 2019, que enfocam as competências genéricas ou transversais, colocando num segundo nível e enuviando ou mesmo desprezando o desenvolvimento das competências específicas ou próprias da matéria de estudo.

De modo específico, a nova organização do ensino de graduação da Escola de Minas de Ouro Preto aqui proposta faz mudanças significativas e diretas nos seguintes pontos:

1) ao mudar a duração e a composição do ano acadêmico; 2) ao mudar o horário e a estrutura dos turnos das aulas; 3) ao mudar a distribuição das aulas durante a semana; 4) ao mudar o número máximo de aulas por semana; 5) ao mudar o sistema de pré-requisitos;

6) ao introduzir a transição do ensino médio para o ensino superior;

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8) ao compor metodologias de ensino e aprendizagem;

9) ao resolver consistentemente o problema colocado pela introdução das atividades de extensão com a duração de 360 horas;

10) ao internalizar e integrar todas as atividades de ensino e aprendizagem no currículo; 11) ao permitir que se faça internamente, integralmente e autonomamente o desenvolvimento do conjunto de competências listadas nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia de 2019.

Também é receptiva ao desenvolvimento de outras competências desejáveis para os engenheiros formados pela Escola de Minas de Ouro Preto ao se considerar as transformações em curso da sociedade brasileira e do mundo do trabalho, a sua localização geográfica em Ouro Preto e a sua trajetória histórica, as transformações do mundo e da educação superior mundial, bem como para se realizar a necessária transição dos alunos do ensino médio para a educação superior, visando resolver a sua formação insuficiente para prosseguir os estudos e desenvolver rapidamente hábitos e comportamentos desejáveis do estudante de engenharia, assim como os pré-requisitos para o mundo do trabalho.

VII.

Porém, não se encontra, porque não faz parte desse trabalho, uma investigação sobre as metodologias de ensino ativas em prática nos cursos de engenharia do mundo, o sistema de avaliação do aprendizado dos alunos, as ementas e as abordagens das disciplinas de formação básica, profissional geral e profissional específica e o mapeamento de cada atividade acadêmica na lista de competências, como exigido pelas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia de 2019.

Também não faz parte desse trabalho a reelaboração do perfil e das competências do engenheiro instituídas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia de 2019, para compatibilizá-las com as transformações rápidas e fundamentais na educação em engenharia mundial, com o papel de Ouro Preto na formação dos engenheiros, com a trajetória histórica da Escola de Minas e com os cenários mundial e brasileiro que se podem conceber para a engenharia, porque ainda não nos voltamos para essas importantes tarefas.

VIII.

De modo geral, cuido para que a Escola de Minas de Ouro Preto ofereça educação de graduação em sintonia com os principais países, avance pari passu com as transformações rápidas e fundamentais na educação superior mundial, bem como para promover a autonomia intelectual dos seus formandos, para que tenham uma vida longa e profícua de dedicação aos estudos e estejam sempre em dia com o estado da arte na sua área de atuação profissional e correlatas, para que sejam bem preparados para o exercício profissional e para o pleno exercício da cidadania, enfim para que vivam a altura do seu tempo.

De modo específico, busco diminuir as cargas horárias diária e semanal em classe e aumentar o tempo anual de envolvimento dos alunos com as atividades escolares, para criar as condições objetivas para os alunos dedicarem um tempo maior ao estudo autônomo e para se ter as condições concretas à realização da transição do ensino médio para o ensino superior,

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que inclui, sem se reduzir, a introdução das atividades obrigatórias de estudos assistidos, nas quais monitores, sob a efetiva orientação dos professores e em horários regulares, trabalham com os alunos os pontos cruciais da matéria lecionada em classe e resolvem exercícios selecionados pelo professor sobre a matéria, toda semana, visando aos alunos e aos professores terem êxito no desenvolvimento das disciplinas, que precisamente se expressa pelo aprendizado e aprovação, procuro corrigir a insuficiente preparação dos alunos para bem realizar os cursos de graduação e desenvolver atitudes e comportamentos exigidos dos alunos de engenharia, bem como resolver o problema crônico dos absurdos e inaceitáveis níveis de reprovação e evasão, que foram naturalizados pela nossa omissão secular em pelo menos tentar enfrentá-lo e resolvê-lo de verdade, e que nos faz agora ainda mais vulneráveis às investidas do governo sobre a educação superior pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada.

011 – Um referencial para o ensino de graduação da Escola de Minas de Ouro Preto

1 – Sob restrições de recursos humanos, de infraestrutura e de recursos financeiros, projetar uma organização acadêmica robusta, autônoma e efetiva, para sustentar o processo de ensino e aprendizagem dos cursos de graduação da Escola de Minas de Ouro Preto, voltada para garantir uma formação estruturada, integrada e completa dos seus engenheiros.

2 – Com fundamento na contemporaneidade e na história da Escola de Minas de Ouro Preto, tendo em consideração os cenários que se desenham para a educação superior e para as atividades de engenharia no mundo, colocar em ação um processo coordenado de deslocamento do foco do ensino de graduação dos conteúdos para a concertação da proficiência sobre os conteúdos e do desenvolvimento de competências genéricas, conforme vem acontecendo nos países desenvolvidos e nos principais países em desenvolvimento.

3 – Até o primeiro semestre letivo de 2022, realizar a mudança coordenada dos currículos de todos os cursos de graduação em engenharia da Escola de Minas de Ouro Preto, para sintonizá-los ao que acontece nos países desenvolvidos e nos principais países em desenvolvimento, considerando as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação em Engenharia.

4 – Redesenhar a estrutura organizacional da Escola de Minas de Ouro Preto com o objetivo de instituir a mediação da unidade acadêmica nas relações dos departamentos acadêmicos e dos colegiados dos cursos com a administração central e os colegiados superiores da universidade.

Um modelo adequado de organização seria operar com um conselho departamental reestruturado, constituído pelo diretor, vice-diretor, chefes dos departamentos e representação dos alunos de graduação e de pós-graduação, uma coordenação dos cursos de graduação, constituída pelo diretor, vice-diretor, coordenadores dos cursos de graduação e representação dos alunos de graduação, e uma coordenação dos cursos de pós-graduação, constituída pelo diretor, vice-diretor, coordenadores dos cursos de pós-graduação e representação dos alunos de pós-graduação.

De modo ideal, essa estrutura deveria constar do estatuto da UFOP. Na impossibilidade, deve ser instaurada pelo atual Conselho Departamental pela instituição de

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três câmaras especializadas com competência de decisão sobre os temas que lhes são afetos e, por óbvio, ser submetida à aprovação do Conselho Universitário.

5 – Implantar uma assessoria de educação em engenharia, vinculada à Coordenação dos Cursos de Graduação da Escola de Minas de Ouro Preto, com a responsabilidade de estar informada sobre o estado da arte da educação de graduação mundial em engenharia e com a obrigação de prover assessoria técnica aos colegiados dos cursos de graduação e à coordenação dos cursos de graduação da Escola de Minas de Ouro Preto.

6 – Estabelecer o perfil e as competências dos engenheiros formados pela Escola de Minas de Ouro Preto considerando a sua história, a notável singularidade de estar sediada em Ouro Preto, que é Patrimônio Cultural da Humanidade, berço da nacionalidade e cidade universitária de fato, os estudos realizados por instituições internacionais relevantes e reconhecidas, as principais escolas de engenharia do mundo, as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia, as resoluções do Conselho Federal de Engenharia e a realidade nacional brasileira.

7 – Tendo presente as duras restrições e as danosas consequências que decorrem da etapa crítica da história brasileira contemporânea e dos cenários que se desenham para o futuro em diferentes escalas de tempo, enfrentar e resolver os problemas perenes de formação insuficiente dos alunos ingressantes nos cursos de engenharia e das desmesuradas taxas de retenção e evasão, que agravam sobremaneira a vulnerabilidade das instituições de ensino superior públicas federais.

8 – Instituir nos projetos pedagógicos e no desenvolvimento dos programas formativos uma etapa de transição do ensino médio para o ensino superior, para dotar os alunos dos pré-requisitos e das atitudes e comportamentos necessários aos cursos de engenharia, definindo claramente as matérias, as ementas, os programas e as abordagens das disciplinas iniciais de formação básica e o sistema de avaliação do aprendizado, criando o suporte adequado à sua realização e fazendo a gestão efetiva do processo em tempo real, inclusive a correção de rota se necessário, tendo como objetivo o efetivo aprendizado e o êxito nas avaliações.

9 – Tornar indissociável no projeto pedagógico e no desenvolvimento do programa formativo as atividades de ensino, pesquisa e extensão, e articular verdadeiramente o ensino dos cursos de graduação aos programas de pós-graduação stricto sensu da Escola de Minas de Ouro Preto.

Desenvolver a mobilidade acadêmica nacional e internacional, estender os convênios institucionais de duplo diploma para envolver mais cursos e buscar novas parcerias de duplo diploma, de maneira simétrica, considerando o envio e o recebimento de estudantes.

Reconhecer e considerar que Ouro Preto é um grande e incomparável atrativo em todo o mundo para a realização de mobilidade acadêmica de alunos e professores.

10 – Mudar o trabalho de conclusão de curso de um trabalho acadêmico e individual para um trabalho de projeto em equipe e fortemente ancorado na realidade profissional da engenharia.

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11 – No limite permitido pela legislação, agindo com prudência e de maneira coerente, tendo o imprescindível cuidado com a gestão e a avaliação do processo, projetar uma organização mais adequada para empregar a tecnologia da computação e da informação e combinar as metodologias de ensino presencial e de ensino a distância nos cursos de graduação presenciais de engenharia da Escola de Minas de Ouro Preto.

12 – Ampliar o número efetivo de dias do ano de envolvimento dos alunos e dos professores com as atividades de ensino e aprendizagem dos cursos de engenharia da Escola de Minas de Ouro Preto.

Ter extremo zelo na execução das cargas horárias estipuladas nas matrizes curriculares dos cursos de graduação em engenharia. Hoje, as cargas horárias das matrizes curriculares são superestimadas, pois nos últimos semestres passamos a ter um calendário com 100 dias letivos em vez de um calendário com 108 dias letivos, como nas condições prevalecentes na elaboração dos projetos pedagógicos e expressas nas matrizes curriculares dos cursos.

13 – Definir precisamente os tempos de dedicação dos alunos e dos professores à cada atividade acadêmica que compõe o currículo de cada curso de graduação.

Nas Resoluções da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação a duração dos cursos de graduação soma tempos heterogêneos, o tempo de dedicação dos alunos às atividades em classe, que não esgota o tempo exigido ao aprendizado, e o tempo de dedicação dos alunos à atividade de estágio, que se esgota em si mesmo.

Além de não ser universal, esse modo de proceder não apreende o tempo completo exigido dos alunos para a realização de um curso de graduação, pois ignora o tempo de dedicação aos estudos autônomo e assistido.

Pode também induzir a procedimentos particulares e não universais de apropriação dos encargos dos professores nas atividades de orientação de monografia e de disciplinas que combinam atividades de campo, em classe e extraclasse, o que é inapropriado à gestão da instituição, à alocação de recursos e às exigências atuais de transparência na administração pública.

14 – Reconhecer que o processo de ensino e aprendizagem é um problema não trivial e irredutível, a muitas variáveis, associadas ao aluno, ao professor, à organização acadêmica, às condições socioeconômicas do aluno e da sua família, ao ambiente em que o aluno vive em Ouro Preto, ao cenário econômico e político nacional e também ao quadro geopolítico e geoeconômico, não sendo possível eleger a causa causans que condiciona o seu êxito.

Nessas circunstâncias, a organização do sistema acadêmico e a coordenação da atuação dos agentes diretos e a gestão efetiva do processo em tempo real constituem condição essencial, ainda que não exclusiva, para o êxito do curso e da instituição, devendo a coordenação e a gestão serem conduzidas pelos agentes diretos, que deverão ter incentivos institucionais claros e bem definidos para submeter seus interesses individuais e imediatos ao objetivo coletivo e perene de êxito do curso e da instituição.

15 – Redesenhar o sistema de avaliação dos cursos de graduação em engenharia da Escola de Minas para adequá-lo ao processo de ensino e aprendizagem que faz a concertação

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do aprendizado do conteúdo e o desenvolvimento de competências, para oferecer oportunidades reais ao aluno de aprendizado e recuperação durante o desenvolvimento das disciplinas e para auxiliar a promoção da transição do ensino médio para o ensino superior.

16 – Ter claro e fazer presente nos projetos pedagógicos dos nossos cursos de graduação a importância do viver em Ouro Preto na formação do engenheiro.

012 – A organização acadêmica dos cursos de graduação da Escola de Minas de Ouro Preto Coloquei a proposta de organização na forma de uma resolução simplesmente para tornar mais fácil a sua compreensão e a sua avaliação.

Art. 1o - O ano acadêmico da Escola de Minas de Ouro Preto é constituído de quatro períodos,

sendo dois longos, cada um com a duração de quinze semanas, e dois intensos, cada um com a duração de quatro semanas, assim totalizando 38 semanas de atividades acadêmicas efetivas, sendo dois períodos da mesma classe intercalados por um período da outra classe. Parágrafo Único. Os exames especiais, caso previstos no sistema de avaliação, de um período intenso são realizados durante o período longo seguinte e os exames especiais de um período longo são realizados durante o período intenso seguinte.

Art. 2o – Na Escola de Minas de Ouro Preto, as aulas das disciplinas presenciais são lecionadas

nos turnos da manhã, da tarde e da noite, constituídos por dois blocos de duas aulas, cada uma com a duração de 50 minutos. Os da manhã, das 8:20 às 10:00 horas e das 10:20 às 12:00 horas, os da tarde, das 14:00 às 15:40 horas e das 16:00 às 17:40 horas, e os da noite, das 18:20 às 20:00 horas e das 20:20 às 22:00 horas.

Art. 3o – Os cursos de graduação da Escola de Minas de Ouro Preto são cursos de tempo

integral, assim suas atividades são desenvolvidas nos turnos da manhã, da tarde e da noite. Art. 4o – O ingresso de novos alunos nos cursos de graduação da Escola de Minas de Ouro

pode ser semestral, no primeiro e segundo período longos, ou anual, ou no primeiro ou no segundo período longo.

§ 1o – Nos cursos de engenharia de minas, engenharia civil, engenharia metalúrgica,

engenharia geológica, engenharia de produção, engenharia ambiental, engenharia de controle e automação, arquitetura e urbanismo, engenharia mecânica e engenharia urbana, o ingresso de novos alunos é semestral.

§ 2o – No curso de engenhara da energia, o ingresso de novos alunos é anual, no primeiro

período longo.

Art. 5o – A oferta de disciplinas dos cursos de graduação da Escola de Minas de Ouro Preto é

semestral ou anual, conforme as suas especificidades.

§ 1o – As disciplinas obrigatórias presenciais comuns a todas as ênfases de um curso de

graduação têm oferta semestral ou anual, conforme o ingresso no curso seja semestral ou anual.

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§ 2o – As disciplinas presenciais que compõem a ênfase de um curso de graduação,

independentemente de a entrada ser semestral ou anual, têm oferta anual.

§ 3o – As disciplinas obrigatórias a distância que atendem a mais de um curso de graduação

têm oferta semestral ou anual, conforme o ingresso seja semestral ou anual.

§ 4o – As disciplinas obrigatórias a distância e exclusivas de um curso de graduação têm oferta

anual.

Art. 6o – A carga horária do conjunto de disciplinas que compõem cada período ideal, longo ou

intenso, não importa, dos cursos de graduação da Escola de Minas de Ouro Preto totalizam 20 aulas por semana, que na confecção do horário das aulas são distribuídas uniformemente de segunda a sexta-feira, num mesmo turno do dia, sendo, portanto, quatro aulas por dia. § 1o – A carga horária de toda disciplina dos cursos de graduação é um número par de aulas e

a sua distribuição ao longo da semana será conformada à configuração definida pelos blocos de aulas.

§ 2o – Dadas as suas características próprias e diferenciadoras, que as tornam distintas das

outras disciplinas, são exceções os períodos intensos voltados às disciplinas de campo do Curso de Engenharia Geológica e ao Estágio Supervisionado Obrigatório.

§ 3o – Respeitado o limite de 20 aulas por semana, as disciplinas que compõem a ênfase de um

curso podem ser posicionadas em turnos diferentes daquele em que estão localizadas as disciplinas comuns a todas as ênfases do curso no período correspondente.

§ 4o – Preferencialmente, as disciplinas das ênfases dos cursos com aulas nos turnos da

manhã e da tarde serão lecionadas no turno da manhã, as dos cursos com aulas nos turnos da tarde e da noite serão lecionadas no turno da noite e as dos cursos com aulas nos turnos da manhã e da noite serão lecionadas nos turnos da manhã ou da noite.

§ 5o – As aulas de língua portuguesa, de língua inglesa e de estudos assistidos, referentes à

transição para o ensino superior, não entram na composição das 20 aulas semanais.

§ 6o – As atividades obrigatórias de extensão, que foram instituídas pela Resolução CNE|CES

No 7, de 18 de dezembro de 2018, totalizando 360 horas dos cursos de engenharia, designadas

laboratório de aprendizagem baseada em projeto, enfatizando a metodologia ativa adotada, não entram na composição das 20 aulas semanais.

Art. 7o – A carga horária máxima semanal dos alunos dos cursos de graduação da Escola de

Minas de Ouro Preto visa estabelecer condições efetivas para o aluno dispor de tempo para atender às exigências de estudos extraclasse.

§ 1o – No primeiro período longo do primeiro ano acadêmico, os alunos dos cursos de graduação

em engenharia são matriculados no conjunto completo de disciplinas que compõem o período. § 2o – Nas condições do artigo anterior, respeitados o ciclo de estudos e os pré-requisitos, a partir

do segundo período longo, o aluno pode matricular-se em até seis disciplinas presenciais e em até 26 aulas por semana nessas disciplinas.

§ 3o – No primeiro período intenso do primeiro ano acadêmico, os alunos dos cursos de

graduação em engenharia são matriculados no conjunto completo de disciplinas que compõem o período.

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§ 4o – Nas condições do artigo anterior, respeitados o ciclo de estudos e os pré-requisitos, a partir

do segundo período intenso, o aluno pode matricular-se em até três disciplinas e em até 30 aulas por semana nos períodos intensos.

§ 5o – A carga horária semanal do laboratório de aprendizagem baseada em projeto não contribui para a soma.

§ 6o – A carga horária semanal da atividade de estágio supervisionado obrigatório contribui

para a soma.

Art. 8o – Nos períodos longos, são lecionadas preferencialmente, mas não exclusivamente, as

disciplinas presenciais obrigatórias.

§ 1o – De modo geral, são as disciplinas de ciências físicas e matemáticas, as disciplinas de

ciências da engenharia e as disciplinas tecnológicas.

§ 2o – Nos casos dos cursos de engenharia de produção, engenharia ambiental, engenharia

urbana e engenharia da energia incluem também as disciplinas de ciências sociais e de ciências sociais aplicadas.

§ 3o – Nos dois períodos longos do primeiro e do segundo anos acadêmicos de todos os cursos,

também são lecionadas as disciplinas língua portuguesa e língua inglesa, empregando a metodologia do ensino a distância.

§ 4o – Nos dois períodos longos do terceiro e quarto anos acadêmicos, são realizados os

laboratórios de aprendizagem baseada em projeto.

Art. 9o. Nos períodos intensos, são lecionadas preferencialmente, mas não exclusivamente, as

disciplinas obrigatórias empregando a metodologia do ensino a distância.

§ 1o – De modo geral, são as disciplinas obrigatórias de humanidades, de ciências sociais e de

ciências sociais aplicadas.

§ 2o – Também são lecionadas as disciplinas presenciais de campo, de mecânica clássica

experimental, de eletrodinâmica experimental, de termodinâmica experimental, de ciência dos materiais experimental, de metodologia do projeto de engenharia e de projeto integrado de engenharia.

§ 3o – O estágio supervisionado obrigatório de todos os cursos é realizado preferencialmente nos

períodos intensos, de modo preciso no primeiro período intenso do quarto ano acadêmico. Art. 10 – As atividades de monitoria, de iniciação à pesquisa e de extensão, bem como as atividades complementares, são realizadas em ambos períodos, longos ou intensos.

Art. 11 – As disciplinas obrigatórias presenciais de um período ideal, de um curso de graduação da Escola de Minas de Ouro Preto com ingresso semestral, lecionadas regularmente nos períodos longos do ano acadêmico, estão concentradas em um turno do dia, alternando-se períodos pares e impares.

§ 1o – As disciplinas dos cursos de engenharia de minas, engenharia civil, engenharia

(13)

§ 2o – As disciplinas dos cursos de engenharia de produção, de engenharia de controle e

automação, de arquitetura e urbanismo e de engenharia mecânica são lecionadas nos turnos da tarde e da noite.

§ 3o – As disciplinas dos cursos de engenharia ambiental e de engenharia urbana são

lecionadas nos turnos da manhã e da noite.

§ 4o – As disciplinas presenciais do curso de engenharia de energia são lecionadas no turno

da noite.

§ 5o – As disciplinas obrigatórias presenciais que compõem ênfases de um curso de graduação

podem ser lecionadas num mesmo turno do dia, para atender alunos matriculados em mais de um período.

Art. 12 – A lista de disciplinas eletivas de um curso de graduação da Escola de Minas de Ouro Preto será composta preferencialmente, mas não exclusivamente, de disciplinas obrigatórias de outros cursos de graduação da universidade.

Art. 13 – As matrizes curriculares dos cursos de graduação em engenharia da Escola de Minas de Ouro Preto são compostas de três ciclos completos e fechados de estudos.

§ 1o – Completar integralmente o ciclo anterior é pré-requisito para ingressar no ciclo seguinte.

§ 2o – As disciplinas metodologia do projeto de engenharia são disciplinas integradoras axiais

da aprendizagem do aluno em cada ciclo de estudos do curso.

§ 3o – O fecho do primeiro ciclo de estudos é a disciplina metodologia do projeto de engenharia

I, lecionada no primeiro período intenso do terceiro ano.

§ 4o – O fecho do segundo ciclo de estudos é a disciplina metodologia do projeto de engenharia

II, lecionada no segundo período intenso do quarto ano.

§ 5o – A disciplina projeto integrado de engenharia é a disciplina integradora da aprendizagem

do aluno no curso inteiro.

§ 6o – O fecho do programa completo de estudos de um curso de graduação é a disciplina projeto

integrado de engenharia, lecionada no segundo período intenso do quinto ano.

§ 7o – No curso de graduação em engenharia geológica, as disciplinas de campo do primeiro

período intenso do terceiro ano, do segundo período intenso do quarto ano e do segundo período intenso do quinto ano são equivalentes às disciplinas metodologia do projeto de engenharia I, metodologia do projeto de engenharia II e projeto integrado de engenharia.

Art. 14 – Dentro de cada ciclo de estudos, o sistema de pré-requisitos é por bloco de disciplinas, constituído por todas as disciplinas ou de um período longo ou de um período intenso.

§ 1o – Respeitada a carga horária máxima semanal, o aluno pode se matricular somente no

conjunto de disciplinas constituído pelas disciplinas ou de dois períodos longos ou de dois períodos intensos consecutivos.

§ 2o – Todas as disciplinas dos períodos longos anteriores são pré-requisitos do conjunto de

disciplinas dos dois períodos longos disponíveis para a matrícula, bem como todas as disciplinas dos períodos intensos anteriores são pré-requisitos dos dois períodos intensos disponíveis para a matrícula.

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§ 3o – Todas as disciplinas de todos os períodos interiores a um ciclo de estudos são

pré-requisitos para a matrícula na disciplina que é o fecho do respectivo ciclo de estudos, explicitamente metodologia do projeto de engenharia I é o fecho do primeiro ciclo de estudos, metodologia do projeto de engenharia II é o fecho do segundo ciclo de estudos e projeto integrado de engenharia é o fecho do programa completo de estudos.

§ 4o – A disciplina Mecânica Clássica é pré-requisito de Mecânica Clássica Experimental, a

disciplina Eletrodinâmica é pré-requisito de Eletrodinâmica Experimental, a disciplina Termodinâmica é pré-requisito de Termodinâmica Experimental e a disciplina Ciência dos Materiais é pré-requisito de Ciência dos Materiais Experimental.

Art. 15 – A integração transversal da aprendizagem se faz pelo redesenho cuidadoso das matrizes curriculares, bem como pelo redesenho cuidadoso das ementas das disciplinas e da sua abordagem.

Art. 16 – As atividades de extensão dos cursos de graduação em engenharia da Escola de Minas de Ouro Preto compõem um espaço próprio para a interação dialógica da universidade com a comunidade e o emprego de metodologias ativas de aprendizagem, bem como para a ampliação e a consolidação das competências específicas e o desenvolvimento das competências transversais dos estudantes de engenharia.

§ 1o – As atividades de extensão, com a duração de 360 horas, compreendendo quatro etapas de 90 horas, desenvolvidas no primeiro e segundo períodos longos do terceiro e do quarto anos acadêmicos, são realizadas de modo integrado e estruturado pelos laboratórios de aprendizagem baseada em projeto.

§ 2o – O laboratório de aprendizagem baseada em projeto compreende o laboratório de engenharia empresarial, o laboratório de engenharia pública, o laboratório de engenharia social, o laboratório de engenharia de eventos e o laboratório de engenharia educacional.

§ 3o – As atividades do laboratório de aprendizagem baseada em projeto são classificadas predominantemente na categoria programas contínuos de extensão, todavia não se exclui a realização de projetos localizados no tempo e que se completam em si mesmos.

§ 4o – O laboratório de aprendizagem baseada em projeto estará vinculado à diretoria da Escola de Minas de Ouro Preto, que designará um professor para coordenar cada um dos cinco laboratórios componentes.

§ 5o – As atividades do laboratório de aprendizagem baseada em projeto serão realizadas por intermédio de convênios com empresas, com instituições públicas e com organizações do terceiro setor ou por inciativa da própria universidade, voltada para a resolução de problemas da comunidade externa.

§ 6o – A Escola de Minas de Ouro Preto destinará entre 15% e 25% das vagas do laboratório de aprendizagem baseada em projeto para alunos de outros cursos da nossa universidade, visando criar para eles oportunidades de atividades de extensão e também aprofundar a formação interdisciplinar e transdisciplinar de todos os nossos alunos.

§ 7o – Sob a efetiva orientação dos professores, as atividades do laboratório de aprendizagem baseada em projeto poderão ser desenvolvidas nas empresas júniores, no pré-vestibular humanista, no escritório piloto, no centro acadêmico, na associação atlética, nos centros

(15)

acadêmicos, na sociedade espeleológica e excursionista, nas equipes de competição dos alunos de graduação da Escola de Minas de Ouro Preto, desde que as atividades a serem realizadas se configurem realmente como extensão e empreguem metodologia ativa de aprendizagem baseada em projeto, cuidando-se para que sejam desenvolvidas as competências específicas e as competências genéricas, no período especificado no caput do artigo, isto é, no primeiro e segundo períodos longos do terceiro e quarto anos acadêmicos.

§ 8o – Sob a efetiva orientação dos professores, cuidando-se para que sejam desenvolvidas as competências específicas e as competências genéricas e que se empregue metodologia ativa baseada em projeto, no período especificado no caput do artigo, isto é, no primeiro e segundo períodos longos do terceiro e quarto anos acadêmicos, os laboratórios de aprendizagem baseada em projeto podem ser realizadas diretamente em organizações públicas, privadas ou do terceiro setor, desde que as atividades a serem realizadas se configurem realmente como atividades de extensão.

Art. 17 – As disciplinas metodologia do projeto de engenharia I, metodologia do projeto de engenharia II e projeto integrado de engenharia são disciplinas integradoras e constituem espaços propícios ao emprego de metodologia ativa de aprendizagem baseada em projeto. § 1o – Essas disciplinas compreenderão a realização de um projeto de engenharia real, considerando o nível de conhecimento dos alunos decorrente da etapa do curso em que se encontram.

§ 2o – Esses projetos reais de engenharia serão desenvolvidos por equipes de alunos, de tamanho compatível com a natureza do projeto.

§ 3o – Naqueles cursos com ênfases, as disciplinas metodologia do projeto de engenharia I e metodologia do projeto de engenharia II serão comuns a todas as ênfases, enquanto a disciplina projeto integrado de engenharia terá uma turma para cada ênfase.

Art. 18 – Além de atender as exigências das Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia de 2019, dos programas de estudos de cada disciplina constará a carga horária total, a sua distribuição em aulas teóricas, práticas, de laboratório e de campo, bem como as horas de estudos assistidos e as horas de estudos autônomos.

Parágrafo Único – A frequência às atividades de estudos assistidos de uma disciplina é obrigatória nos termos da Resolução CFE No 4, de 16 de setembro de 1986.

Art. 19 – As atividades de estudos assistidos compõem uma parte do programa de estudos das disciplinas das matérias classificadas de transição do ensino médio para o ensino superior, nominalmente, matemática, física, química, programação de computadores, probabilidade e estatística, expressão gráfica, mecânica dos sólidos, eletricidade, fenômenos de transporte e ciência dos materiais.

§ 1o – As atividades de estudos assistidos das disciplinas de transição para o ensino superior

visam resolver a formação insuficiente do aluno do ensino médio para realizar os cursos de engenharia e desenvolver nos alunos atitudes e comportamentos próprios de estudantes do ensino superior.

§ 2o – As atividades de estudos assistidos de uma disciplina compreendem a revisão da matéria

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do ensino superior que a precedem para abordá-la com proficiência, as inter-relações com outras disciplinas do período em que está posicionada e a resolução de exercícios.

§ 3o – As atividades de estudos assistidos serão conduzidas por monitores sob a efetiva

supervisão do professor da disciplina.

§ 4o – As atividades de estudos assistidos contarão do quadro de horários de aulas do semestre

letivo dos períodos que abrigam essas atividades de todos os cursos de graduação.

§ 5o – Todas as condições para a oferta das atividades de estudos assistidos, desde a primeira

semana de aulas, serão providas antes do início do período letivo.

Art. 20 – O estágio supervisionado obrigatório em engenharia será realizado em organizações públicas, privadas ou do terceiro setor que desenvolvem atividades de engenharia, com a efetiva supervisão do curso e da organização que recebe o estagiário.

Art. 21 – O sistema de avaliação da aprendizagem dos alunos deve buscar a aferição do processo formativo do engenheiro, com fundamento no engenheiro que a Escola de Minas de Ouro Preto visa formar.

§ 1o – Nos termos do Parecer CNE|CES No 1, de 23 de abril de 2019, os processos avaliativos

devem ser contínuos e cumulativos do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais. *

§ 2o – O processo de avaliação da aprendizagem dos alunos deve ser desenhado para apreender

o desenvolvimento das competências genéricas ou transversais, que não dependem diretamente da matéria de estudo, e das competências específicas ou próprias, que dependem diretamente da matéria de estudo.

§ 3o – As exigências do processo de avaliação da aprendizagem dos alunos devem ser crescentes,

acompanhando o progresso do aluno no seu processo formativo e a construção da sua autonomia intelectual, opondo-se à prática corrente nos cursos de engenharia, em consonância com o processo de transição do aluno do ensino médio para a educação superior e as exigências da formação em engenharia.

(* Isto está na Lei Darcy Ribeiro, No 9394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Porém, encontra-se no Capítulo II – Da Educação Básica, Seção I – Das Disposições Gerais, Art. 24, Inciso V, alínea a. Logo, o Parecer CNE|CES No 1|2019 lançou mão de dispositivo da Educação Básica, sem o devido cuidado de referi-lo claramente e qualificar o seu emprego na Educação Superior).

Art. 22 – A concepção e a realização da semana de estudos de um curso de graduação em engenharia da Escola de Minas de Ouro Preto estão inseridas no laboratório de aprendizagem baseada em projeto.

§ 1o – É obrigatória a participação na semana de estudos de todos os alunos matriculados no

laboratório de aprendizagem baseada em projeto do respectivo curso.

§ 2o – As atividades da semana de estudos de um curso serão realizadas no turno do dia em

(17)

§ 3o – Das atividades das semanas de estudos participarão profissionais das organizações que

desenvolvem atividades de engenharia.

§ 4o – Da programação da semana de estudos de um curso de graduação constará uma seção

sobre a educação em engenharia, com a participação de professores da Escola de Minas de Ouro Preto, de profissionais de organizações que desenvolvem atividades de engenharia e de profissionais que trabalham com o desenvolvimento de competências nessas organizações. Art. 23– As matrículas dos alunos em todas as disciplinas dos cursos de graduação da Escola de Minas serão completadas antes do início do período letivo, proibindo-se terminantemente a continuação do processo de matrícula após o início do período letivo.

Art. 24 – Nas matrizes curriculares dos cursos de graduação em engenharia da Escola de Minas de Ouro Preto constarão disciplinas optativas de libras, de alteridade, bem como as de políticas de educação ambiental, de educação em direitos humanos, de educação em políticas de gênero, de educação para a terceira idade, de educação em relações étnico-raciais e de história e cultura afro-brasileira, africana e indígena, além de outras.

Parágrafo Único – Embora não façam parte da carga horária exigida para a integração do curso de graduação em engenharia, quando cursadas pelos alunos serão registradas no seu histórico escolar.

Art. 25 – Respeitados o ciclo de estudos e os blocos de pré-requisitos, alunos com extraordinário aproveitamento, nos termos da Lei Darcy Ribeiro, Lei No 9394, de 20 de dezembro de 1996, Capítulo IV – Da Educação Superior, Artigo 47, § 2o, poderão cursar a partir do segundo período longo do primeiro ano acadêmico, até sete disciplinas por período, respeitando o limite superior de 30 aulas por semana nos períodos longos.

Parágrafo Único – Para manter a matrícula em até sete disciplinas, respeitado o limite superior de 30 aulas por semana, nos períodos longos sucessivos, o aluno deve continuar mostrando extraordinário aproveitamento período a período.

(A Resolução CEPE 1986, de 20 de junho de 2001, está em conflito com a Lei Darcy Ribeiro, Lei No 9394, de dezembro de 1996, Capítulo IV – da Educação Superior, Artigo 47, § 2o e § 3o)

Art. 26 – A frequência dos alunos às aulas e demais atividades acadêmicas é regida pela Resolução CFE No 4, de 16 de setembro de 1986.

Parágrafo Único – O abono de faltas somente será realizado nos casos previstos na legislação superior.

(A Resolução CEPE 1423, de 5 de fevereiro de 1999, tem pontos de conflito com a Lei Darcy Ribeiro, No 9394, de 20 de dezembro de 1996, e com a Resolução CFE No 4, de 16 de setembro de 1986)

Art. 27 – A realização das atividades das disciplinas presenciais e a distância deve considerar a construção da autonomia intelectual do estudante de engenharia.

Parágrafo Único – A construção da autonomia do estudante de engenharia reclama a assistência e o acompanhamento muito intenso e próximo aos alunos nos períodos iniciais do

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curso de engenharia, quando se está realizando a transição do ensino médio para a educação superior, que deverá ser progressivamente diminuída à medida que o aluno progride no seu processo formativo.

Art. 28 – O ingresso de novos alunos de reopção, de transferência ou de portadores de diploma nos cursos de graduação em engenharia da Escola de Minas de Ouro Preto se dará mediante aprovação em exame versando sobre as competências específicas ou próprias e as competências transversais ou genéricas estabelecidas para os alunos que se encontram na etapa do curso em que se está oferecendo a vaga.

§ 1o – Alunos de reopção entre cursos de graduação em engenharia da Escola de Minas de Ouro

estão dispensados do exame de competências e têm prioridade no processo de ingresso no novo curso.

§ 2o - Caso as vagas disponíveis de um curso de graduação não sejam preenchidas pelos

processos de reopção, transferência e portadores de diploma, elas serão disponibilizadas para ingresso no primeiro período longo do primeiro ano acadêmico pelo SISu.

Art. 29 – O tempo mínimo para a integralização dos cursos de graduação em Engenharia da Escola de Minas de Ouro Preto é igual a cinco anos acadêmicos e o tempo máximo é igual a 7,5 anos acadêmicos, sendo cinco anos acadêmicos o termo médio.

Art. 30 – A transição do currículo corrente para o currículo proposto será feita de preferência de modo abrupto, no semestre letivo da sua implantação, tendo se o devido cuidado para não aumentar o tempo de permanência e a carga horária para a integralização do curso dos alunos que estão matriculados no currículo corrente.

§ 1o – Os alunos serão consultados sobre o modo e os termos da transição para o currículo

proposto.

§ 2o – Deve ser elaborada uma lista de equivalência entre as atividades acadêmicas do currículo

corrente e do currículo proposto.

§ 3o – Deve ser elaborado critérios para a transição dos alunos do sistema de pré-requisitos

corrente para o sistema de pré-requisitos proposto, considerando inclusive os ciclos completos e fechados de estudos.

020 – Exercício resolvido: as matrizes curriculares dos cursos de graduação em engenharia da Escola de Minas na organização acadêmica

Como enunciado no título, trata-se somente de um exercício resolvido. Tem como objetivo demonstrar, por intermédio de um exemplo para cada curso de graduação em engenharia, que a proposta de organização apresentada é factível. É evidente que outras pessoas, respeitando a organização, construiriam exemplos diferentes. É o que deve acontecer, caso o modelo de organização proposto venha a ser acolhido.

Na maioria das vezes, eu me apoiei nas matrizes curriculares correntes. No caso da Engenharia Geológica, tomei como base a matriz curricular em discussão no colegiado do curso. Porém, a mudança para uma organização do ano acadêmico com dois pares de períodos com duração distinta, a combinação das metodologias de ensino presencial e de ensino a

(19)

distância, a concertação do desenvolvimento de competências genéricas e específicas e as novas disciplinas integradoras axiais conduzem a matrizes curriculares diferentes das atuais. As alterações mais significativas foram feitas na matriz curricular do curso de Engenharia Ambiental, visando prioritariamente, mas não exclusivamente, a mudança da situação de ingresso anual para o ingresso semestral de novos alunos.

As mudanças nas disciplinas de física e de matemática e o seu reposicionamento na matriz curricular visam a um processo de ensino e aprendizagem mais efetivo, enquanto a introdução de disciplinas de métodos matemáticos da engenharia, a serem lecionadas pelos departamentos da Escola de Minas de Ouro Preto, tem como objetivo ensinar como os engenheiros utilizam a matemática correntemente na modelagem e na resolução de problemas reais de engenharia.

Não apresento uma matriz curricular para o Curso de Arquitetura e Urbanismo. Não foi objeto de estudo desse trabalho. Porém, em vista de ser um curso de graduação da Escola de Minas de Ouro Preto, é pertinente perguntar se ele é conformável à organização proposta. Sem nenhuma sombra de dúvida, a resposta é que ele é facilmente conformado.

Com efeito, em todos os semestres letivos a sua carga horária não ultrapassa 20 aulas por semana, não há impedimentos nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Arquitetura e Urbanismo ou no Conselho de Arquitetura e Urbanismo e são amplos e interessantes os conjuntos de disciplinas e de outras atividades próprias à formação em arquitetura e urbanismo que se conformam aos períodos intensos.

Para facilitar a compreensão e a análise das matrizes curriculares apresentadas nos exercícios resolvidos, as disciplinas obrigatórias presenciais e o estágio supervisionado estão grafados em preto, as disciplinas obrigatórias a distância estão grafadas em vermelho e as atividades acadêmicas de engenharia, sociedade e cultura estão grafadas em azul, estejam posicionadas em períodos longos ou em períodos intensos.

A coluna denominada ordem foi introduzida para se ter um modelo mais apropriado e também mais bonito da matriz curricular e uma apresentação lógica do sistema de pré-requisitos por blocos e dos ciclos completos e fechados de estudos.

1) Matriz curricular do Curso de Graduação em Engenharia de Minas

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

ESCOLA DE MINAS DE OURO PRETO

Fundada em 1876

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE MINAS

1O ANO ACADÊMICO – 1O PERÍODO LONGO – 15 SEMANAS

ORDEM CÓDIGO DENOMINAÇÃO TIPO QUESITO DURAÇÃO

L11 MTM111 CÁLCULO INFINITESIMAL I PBO A00 90 (6,0)

L11 MTM112 ÁLGEBRA LINEAR E GEOMETRIA ANALÍTICA PBO A00 60 (4,0)

L11 ARQ111 EXPRESSÃO GRÁFICA PB0 A00 60 (2,2)

L11 GEO113 GEOLOGIA FÍSICA PBO A00 60 (3,1)

L11 MIN111 INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE MINAS PGO A00 30 (2,0)

(20)

L11 EMI112 LÍNGUA INGLESA I DBO A00 30 (1,1)

1O ANO ACADÊMICO – 1O PERÍODO INTENSO – 4 SEMANAS

ORDEM CÓDIGO DENOMINAÇÃO TIPO QUESITO DURAÇÃO

I11 MIN131 METODOLOGIA DA PESQUISA APLICADA EM ENGENHARIA DE MINAS DBO A00 40 (10,0)

I11 PRO131 ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO I DGO A00 40 (10,0)

1O ANO ACADÊMICO – 2O PERÍODO LONGO – 15 SEMANAS

ORDEM CÓDIGO DENOMINAÇÃO TIPO QUESITO DURAÇÃO

L12 MTM121 CÁLCULO INFINITESIMAL II PBO A00 90 (6,0)

L12 BCC121 PROGRAMAÇÃO DE COMPUTADORES PBO A00 60 (2,2)

L12 QUI121 QUÍMICA TECNOLÓGICA PBO A00 60 (4,0)

L12 QUI122 QUÍMICA TECNOLÓGIA EXPERIMENTAL PBO A00 30 (0,2)

L12 GEO122 MINERALOGIA PBO A00 60 (2,2)

L12 EMI121 LÍNGUA PORTUGUESA II DBO A00 30 (1,1)

L12 EMI122 LÍNGUA INGLESA II DBO A00 30 (1,1)

1OANO ACADÊMICO – 2O PERÍODO INTENSO – 4 SEMANAS

ORDEM CÓDIGO DENOMINAÇÃO TIPO QUESITO DURAÇÃO

I12 DIR141 ELEMENTOS DO DIREITO DGO A00 40 (10,0)

I12 PRO141 ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO II DBO A00 40 (10,0)

2O ANO ACADÊMICO – 1O PERÍODO LONGO – 15 SEMANAS

ORDEM CÓDIGO DENOMINAÇÃO TIPO QUESITO DURAÇÃO

L21 MIN211 MÉTODOS MATEMÁTICOS DA ENGENHARIA I PBO A00, L11 60 (4,0)

L21 FIS211 MECÂNICA CLÁSSICA PBO A00, L11 60 (4,0)

L21 FIS212 ELETRODINÂMICA PBO A00, L11 60 (4,0)

L21 GEO212 ESTRATIGRAFIA PBO A00, L11 60 (2,2)

L21 GEO213 PETROGRAFIA PBO A00, L11 60 (2,2)

L21 EMI211 LÍNGUA PORTUGUESA III DBO A00, L11 30 (1,1)

L21 EMI212 LÍNGUA INGLESA III DBO A00, L11 30 (1,1)

2O ANO ACADÊMICO – 1O PERÍODO INTENSO – 4 SEMANAS

ORDEM CÓDIGO DENOMINAÇÃO TIPO QUESITO DURAÇÃO

I21 FIS231 MECÂNICA CLÁSSICA EXPERIMENTAL PBO FIS211 20 (0,5) I21 FIS232 ELETRODINÂNICA EXPERIMENTAL PBO FIS212 20 (0,5)

I21 PRO231 ECONOMIA I PGO A00, I11 40 (10,0)

2O ANO ACADÊMICO – 2O PERÍODO LONGO – 15 SEMANAS

ORDEM CÓDIGO DENOMINAÇÃO TIPO QUESITO DURAÇÃO

L22 MIN221 MÉTODOS MATEMÁTICOS DA ENGENHARIA II PBO L11, L12 60 (4,0)

L22 FIS221 TERMODINÂMICA PBO L11, L12 60 (4,0)

L22 MET222 CIÊNCIA DOS MATERIAIS PBO L11, L12 60 (4,0)

L22 EST221 PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA PBO L11, L12 60 (4,0)

(21)

L22 EMI221 LÍNGUA PORTUGUESA IV DBO L11, L12 30 (1,1)

L22 EMI222 LÍNGUA INGLESA IV DBO L11, L12 30 (1,1)

2O ANO ACADÊMICO – 2O PERÍODO INTENSO – 4 SEMANAS

ORDEM CÓDIGO DENOMINAÇÃO TIPO QUESITO DURAÇÃO

I22 FIS241 TERMODINÂMICA EXPERIMENTAL DBO FIS221 20 (0,5) I22 MET241 CIÊNCIA DOS MATERIAIS EXPERIMENTAL DBO MET221 20 (0,5)

I22 PRO241 ECONOMIA II DGO I11, I12 40 (10,0)

3O ANO ACADÊMICO – 1O PERÍODO LONGO – 15 SEMANAS

ORDEM CÓDIGO DENOMINAÇÃO TIPO QUESITO DURAÇÃO

L31 MEC311 FENÔMENOS DE TRANSPORTE PBO L12, L21 60 (4,0) L31 MEC312 FENÔMENOS DE TRANSPORTE EXPERIMENTAL PBO L12, L21 30 (0,2)

L31 QUI311 FÍSICO-QUÍMICA PBO L12, L21 60 (4,0)

L31 QUI312 FÍSICO-QUÍMICA EXPERIMENTAL PBO L12, L21 30 (0,2)

L31 GEO315 GEOLOGIA ECONÔMICA PGO L12, L21 60 (2,2)

L31 ARQ311 TOPOGRAFIA PGO L12, L21 60 (2,2)

L31 EMI311 LABORATÓRIO DE APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETO I PG0 L21, L22 90 (0,6)

3O ANO ACADÊMICO – 1O PERÍODO INTENSO – 4 SEMANAS

ORDEM CÓDIGO DENOMINAÇÃO TIPO QUESITO DURAÇÃO

I31 MIN331 METODOLOGIA DO PROJETO DE ENGENHARIA I DGO I21,I22,L22,L31 80 (10,10) 3O ANO ACADÊMICO – 2O PERÍODO LONGO – 15 SEMANAS

ORDEM CÓDIGO DENOMINAÇÃO TIPO QUESITO DURAÇÃO

L32 MIN321 MECÂNICA DOS SÓLIDOS PBO I31 60 (2,2)

L32 CAT321 ELETROTÉCNICA PGO I31 60 (3,1)

L32 GEO326 GEOFÍSICA PBO I31 60 (2,2)

L32 MIN321 CARATERIZAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINÉRIOS PEO I31 60 (2,2)

L32 MIN321 PESQUISA MINERAL I PEO I31 60 (2,2)

L32 EMI321 LABORATÓRIO DE APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETO II PGO I31 90 (0,6)

3O ANO ACADÊMICO – 2O PERÍODO INTENSO – 4 SEMANAS

ORDEM CÓDIGO DENOMINAÇÃO TIPO QUESITO DURAÇÃO

I32 MIN331 ECONOMIA MINERAL DGO I31 40 (10,0)

I32 MIN332 GESTÃO DE PROJETO DGO I31 40 (10,0)

4O ANO ACADÊMICO – 1O PERÍODO LONGO – 15 SEMANAS

ORDEM CÓDIGO DENOMINAÇÃO TIPO QUESITO DURAÇÃO

L41 CIV411 ANÁLISE DE ESTRUTURAS PGO I31 60 (2,2)

L41 MIN411 MECÂNICA DAS ROCHAS PEO I31 60 (2,2)

L41 MIN412 PESQUISA MINERAL II PEO I31 60 (2,2)

L41 MIN413 PROCESSAMENTO DE MINERAIS I PEO I31 60 (2,2)

L41 MIN414 OPERAÇÕES MINEIRAS PEO I31 60 (2,2)

L41 EMI411 LABORATÓRIO DE APENDIZAGEM BASEADA EM PROJETO III PGO I31 90 (0,6)

(22)

ORDEM CÓDIGO DENOMINAÇÃO TIPO QUESITO DURAÇÃO I41 MIN431 ESTÁGIO PROFISSIONAL SUPERVISIONADO DEO I31 160 (0,40)

4O ANO ACADÊMICO – 2O PERÍODO LONGO – 15 SEMANAS

ORDEM CÓDIGO DENOMINAÇÃO TIPO QUESITO DURAÇÃO

L42 MIN421 GEOESTATÍSTICA PEO I31, L32 60 (2,2)

L42 MIN422 PROCESSAMENTO DE MINERAIS II PEO I31, L32 60 (2,2) L42 MIN423 DESENVOLVIMENTO MINEIRO PEO I31, L32 60 (2,2)

L42 MIN424 ENGENHARIA AMBIENTAL PEO I31, L32 60 (4,0)

L42 MIN425 MECÂNICA DOS SOLOS APLICADA PEO I31, L32 60 (2,2)

L42 EMI421 LABORATÓRIO DE APRENDIZAGEM BASEADA EM PROJETO IV PGO I31, L32 90 (0,6)

4O ANO ACADÊMICO – 2O PERÍODO INTENSO – 4 SEMANAS

ORDEM CÓDIGO DENOMINAÇÃO TIPO QUESITO DURAÇÃO

I42 MIN441 METODOLOGIA DO PROJETO DE ENGENHARIA II DGO L41, L42 80 (10,10) 5O ANO ACADÊMICO – 1O PERÍODO LONGO – 15 SEMANAS

ORDEM CÓDIGO DENOMINAÇÃO TIPO QUESITO DURAÇÃO

L51 MIN511 LAVRA DE MINA SUBTERRÂNEA PEO I42 60 (2,2)

L51 MIN512 LAVRA DE MINA A CÉU ABERTO PEO I42 60 (2,2)

L51 MIN513 ESTABILIDADE DAS ESCAVAÇÕES SUBTERRÂNEAS PEO I42 60 (2,2)

L51 MIN514 ESTABILIDADE DE TALUDES PEO I42 60 (3,1)

L51 MIN515 PROCESSAMENTO DE MINERAIS III PEO I42 60 (2,2) 5O ANO ACADÊMICO – 1O PERÍODO INTENSO – 4 SEMANAS

ORDEM CÓDIGO DENOMINAÇÃO TIPO QUESITO DURAÇÃO

I51 MIN531 AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE PROJETOS DE INVESTIMENTO DEO I42 40 (10,0)

I51 MIN532 GEOPOLÍTICA DOS RECURSOS MINERAIS DGO I42 40 (10,0)

5O ANO ACADÊMICO – 2O PERÍODO LONGO – 15 SEMANAS

ORDEM CÓDIGO DENOMINAÇÃO TIPO QUESITO DURAÇÃO

L52 MIN521 PESQUISA OPERACIONAL APLICADA À MINERAÇÃO PEO I42 60 (2,2)

L52 MIN522 CONDICIONAMENTO DAS MINAS PEO I42 60 (2,2)

L52 MIN523 MINERAÇÃO 4.0 PE0 I42 60 (2,2)

L52 MIN524 RISCOS TECNOLÓGICOS E AMBIENTAIS PEO I42 60 (4,0) L52 MEC521 ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO APLICADA À MINERAÇÃO PEO I42 60 (4,0)

5O ANO ACADÊMICO – 2O PERÍODO INTENSO – 4 SEMANAS

ORDEM CÓDIGO DENOMINAÇÃO TIPO QUESITO DURAÇÃO

I52 MIN541 PROJETO INTEGRADO DE MINERAÇÃO PEO L51, L52 80 (10,10)

Resumo Aulas

(23)

A distância 640 aulas

Total de aulas 3.960 aulas 3.300 horas

Atividades Acadêmicas de Engenharia, Sociedade e Cultura 360 horas

Estágio Profissional Supervisionado 160 horas

Carga horária total 3.820 horas

2) Matriz curricular do Curso de Graduação em Engenharia Civil

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

ESCOLA DE MINAS DE OURO PRETO

Fundada em 1876

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

1O ANO ACADÊMICO – 1O PERÍODO LONGO – 15 SEMANAS

ORDEM CÓDIGO DENOMINAÇÃO TIPO QUESITO DURAÇÃO

L11 MTM111 CÁLCULO INFINITESIMAL I PBO AOO 90 (6,0)

L11 MTM112 ÁLGEBRA LINEAR E GEOMETRIA ANALÍTICA PBO AOO 60 (4,0)

L11 ARQ111 EXPRESSÃO GRÁFICA PB0 AOO 60 (2,2)

L11 GEO114 GEOLOGIA APLICADA PBO AOO 60 (3,1)

L11 CIV111 INTRODUÇÃO À ENGENHARIA CIVIL PGO AOO 30 (2,0)

L11 EMI111 LÍNGUA PORTUGUESA I DBO A00 30 (1,1)

L11 EMI112 LÍNGUA INGLESA I DBO A00 30 (1,1)

1O ANO ACADÊMICO – 1O PERÍODO INTENSO – 4 SEMANAS

ORDEM CÓDIGO DENOMINAÇÃO TIPO QUESITO DURAÇÃO

I11 CIV131 SAÚDE OCUPACIONAL E SEGURANÇA DO TRABALHADOR DBO AOO 40 (10,0)

I11 PRO131 ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO I DGO AOO 40 (10,0)

1O ANO ACADÊMICO – 2O PERÍODO LONGO – 15 SEMANAS

ORDEM CÓDIGO DENOMINAÇÃO TIPO QUESITO DURAÇÃO

L12 MTM121 CÁLCULO INFINITESIMAL II PBO AOO 90 (6,0)

L12 BCC121 PROGRAMAÇÃO DE COMPUTADORES PBO AOO 60 (2,2)

L12 QUI122 QUÍMICA TECNOLÓGICA PBO AOO 60 (4,0)

L12 QUI123 QUÍMICA TECNOLÓGIA EXPERIMENTAL PBO AOO 30 (0,2)

L12 ARQ121 TOPOGRAFIA PBO AOO 60 (2,2)

Referências

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