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Implantar e colocar em operação regular o Laboratório de Aprendizagem por Projeto da Escola de Minas de Ouro Preto

ESCOLA DE MINAS DE OURO PRETO

14) Implantar e colocar em operação regular o Laboratório de Aprendizagem por Projeto da Escola de Minas de Ouro Preto

102 – Ampliação da oferta de vagas para ingresso e parcerias com os cursos de bacharelado Nas circunstâncias presentes, em que as instituições de ensino superior públicas federais encontram-se sob pressão forte e sistemática do governo federal e apresentam resultados no ensino de graduação muitíssimo aquém dos pactuados no Programa REUNI, ainda que seja contra intuitivo, é recomendável que os cursos de graduação da Escola de Minas de Ouro Preto ampliem a oferta de vagas para ingresso de novos alunos e ponham em ação um programa voltado para reduzir drasticamente as taxas de retenção e de evasão.

Nesse sentido, proponho que os cursos de graduação da Escola de Minas de Ouro Preto aumentem a oferta para o ingresso de novos alunos de 36 vagas para 40 vagas. Considerando a mudança no ingresso de novos alunos no Curso de Engenharia Ambiental de semestral para anual e a implantação do Curso de Engenharia de Energia com ingresso anual, saltaríamos de 3420 alunos para 4200 alunos de graduação na Escola de Minas de Ouro Preto, um aumento absoluto de 780 alunos, que representa um aumento relativo de 23%.

Dentro da mesma lógica, mas agora de uma perspectiva sistêmica e considerando a nossa reponsabilidade e o nosso compromisso para com o êxito da Universidade Federal de Ouro Preto, a Escola de Minas de Ouro Preto deveria estudar cuidadosamente e rapidamente o estabelecimento de parcerias com os cursos de bacharelado em ciência e tecnologia da nossa universidade, que possuem um menor reconhecimento social do que a engenharia, a fim de colocar para eles a alternativa de formação em engenharia, por exemplo pela consideração de dois percursos formativos, com uma entrada e duas saídas.

110 – Sobre escolas, universidades, datas e cultura

Por decisão política do Estado Português, é tardia a introdução da educação superior no Brasil, mesmo quando se considera o Novo Mundo. Enquanto na América Espanhola foram criadas instituições de ensino superior desde o início do período colonial, a Universidade de Coimbra, criada em 1290, efetivamente foi a universidade brasileira até 1808, quando a família real portuguesa se viu obrigada a passar a residir nestas terras.

A Universidad Nacional Mayor de San Marcos, em Lima – Peru, fundada em 12 de maio de 1551, é a universidade em funcionamento contínuo mais antiga das Américas, embora a Universidad Autónoma de Santo Domingo, em Santo Domingo – República Dominicana, fundada em 1866, se coloque como a sucessora da Universidad Santo Tomás de Aquino, fundada não oficialmente pela Bula Papal de 28 de outubro de 1538 e fechada em

1822. A Universidad Nacional Autónoma de México, fundada na sua forma liberal moderna em 22 de setembro de 1910, reporta a sua fundação à 21 de setembro de 1551, com o nome de Real y Pontificia Universidad de México, que foi fechada definitivamente em 1865. A Universidade de Harvard informa a sua fundação em 1636, ano da decisão da Assembleia da Colônia de Massachusetts, embora tenha se estabelecido em 1639 como o Harvard College e somente tenha passado a ser universidade em 1780, conforme reconhecido na Constituição do Estado de Massachusetts.

Enquanto a Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro e o Instituto Militar de Engenharia se afirmam descendentes diretos da Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, fundada em 1792, no reinado de Dona Maria I, que é a instituição precursora do ensino superior militar e de engenharia no Brasil e nas Américas, em Ouro Preto teimamos em esconder a Escola de Farmácia, fundada em 1839, e a Escola de Minas, fundada em 1876, que funcionam de maneira contínua desde que foram instituídas.

Traz prejuízo à Universidade Federal de Ouro Preto não reconhecer valor em estar sediada numa cidade Patrimônio Cultural da Humanidade e em abrigar duas das mais antigas escolas de nível superior do país em funcionamento contínuo, atrás somente da Escola Naval, fundada em Portugal em 1782 e transferida para o Brasil em 1808, com sede no Rio de Janeiro, que é a instituição de ensino de nível superior mais antiga do país, da Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, fundada em 1792, que é a origem da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, ainda que tenha passado por várias denominações, não interrompeu a formação de engenheiros civis, mas se desligou da formação de engenheiros militares em 1874, quando esta passou a ser feita pela Escola Militar da Praia Vermelha de Engenheiros Militares, que foi interrompida em 1904 e retomada em 1930, com a criação da Escola Militar de Engenharia, que antecedeu o Instituto Militar de Engenharia, criado em 1949, da Escola de Medicina da Universidade Federal da Bahia e da Escola de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, criadas em 1808, da Academia Real Militar, criada em 1810, que está na origem da Academia Militar das Agulhas Negras que, embora tenha mudado de nome e de endereço diversas vezes, não interrompeu a formação de oficiais do exército, e da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco, criadas em 1827.

Informar que escolas de nível superior fundadas nos oitocentos, a oitava e a nona mais antigas do Brasil em funcionamento ininterrupto, são unidades acadêmicas da universidade, além de ser factual, relevante e valorizar a instituição, revelaria conhecimento e sensibilidade sobre a realidade das pessoas cultas do mundo todo que visitam Ouro Preto ou que buscam informações acadêmicas sobre a nossa universidade, podendo ser feito de modo simples e sem trancos fazendo constar do seu menu de cursos que o Curso de Farmácia é oferecido pela Escola de Farmácia de Ouro Preto, fundada em 1839, e que o Curso de Arquitetura e Urbanismo e alguns Cursos de Engenharia são oferecidos pela Escola de Minas de Ouro Preto, fundada em 1876, em vez apresentá-los de maneira burocrática e insípida como sediados no campus Ouro Preto.

Neste ano, a Escola de Farmácia de Ouro Preto completou 180 anos de existência. Em todo o mundo, uma década a mais de existência de uma instituição é motivo para grandes celebrações, e deveria ser ainda mais numa universidade que tem o privilégio de abrigar a quinta escola superior em funcionamento contínuo mais antiga do pais, especialmente quando este país só muito tardiamente passou a cuidar da educação superior.

111 – Bibliografia

1 – Parecer CNE|CES No 1, de 23 de abril de 2019 portal.mec.gov.br

2 – Resolução CNE|CES No 2, de 24 de abril de 2019 portal.mec.gov.br

3 – Resolução CNE|CES No 2, de 18 de junho de 2007 portal.mec.gov.br

4 – Resolução CNE|CES No 3, de 2 de julho de 2007 portal.mec.gov.br

5 – Parecer CNE|CES No 608, de 17 de dezembro de 2018 portal.mec.gov.br

6 – Resolução CNE|CES No 7, de 18 de dezembro de 2018 portal.mec.gov.br

7 – Portaria MEC No 1134, de 10 de outubro de 2016 portal.mec.gov.br

8 – Resolução CFE No 4, de 16 de setembro de 1986 portal.mec.gov.br

9 – Lei Darcy Ribeiro, Lei No 9394, de 20 de dezembro de 1996 https://www2.senado.leg.br

10 – Resolução CONFEA No 1.010, de 22 de agosto de 2005 https://normativos.confea.org.br

11 – Resolução CONFEA No 1.073, de 19 de abril de 2016 https://normativos.confea.org.br

12 – Regimento Geral da UFOP (atual) https://ufop.br

13 – Regimento Geral da UFOP (aprovado pela Assembleia Universitária, 2017) https://ufop.br

14 – The Global State of the Art of Education in Enginering Ruth Graham

https://jwel.mit.edu

www.tuningacademy.org

16 – Tuning Educational Structures in Europe

Guidelines and Reference Points for the Design and Delivery of Degree Programmes in Civil Engineering – University of Groningen, Edition 2018

https://www.calohee.eu

17 – Achieving Competence-Based in Curriculum in Enginerring Education in Spain Mónica Edwards, Luis Manuel Sánchez-Ruiz and Carlos Sánchez-Días

Proceedings of the IEEE – vol.97, No. 10, october 2009

Ouro Preto, 2 de outubro de 2019.

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