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Apostolado do Oratório Meditação dos Primeiros Sábados

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Academic year: 2021

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Apostolado do Oratório – Meditação dos Primeiros

Sábados

4º Mistério Luminoso – Março – 2015

Transfiguração de Nosso

Senhor

Introdução:

Vamos dar início à meditação reparadora dos primeiros sábados, que nos foi indicada por Nossa Senhora, quando apareceu em Fátima em 1917. Pedia Ela que comungássemos, rezássemos um terço, fizéssemos meditação dos mistérios do Rosário e confessássemos em reparação ao seu Sapiencial e Imaculado Coração. Para os que praticassem esta devoção, Ela prometia graças especiais de salvação eterna.

A liturgia do último domingo nos convidou a contemplar o belíssimo episódio da Transfiguração de Nosso Senhor Jesus Cristo, tema oportuno para a meditação de hoje.

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Composição de lugar:

Como composição de lugar, devemos nos imaginar entre os presentes, no Tabor, ou seja os Apóstolos Pedro, João e Tiago, que diante dos quais Nosso Senhor vai se transfigurar.

Oração preparatória:

Graças Vos dou, Padre Eterno, por me haverdes dado vosso Filho; e porque me O destes todo a mim, eu, criatura miserável, me dou todo a Vós! Por amor desse mesmo Filho, aceitai-me e prendei-me com laços de amor ao meu Redentor; mas prendei-me de tal maneira que eu também possa dizer: “Quem me separará do amor de Cristo?”(1)

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas (9, 28b-36).

“Naquele tempo, 28b Jesus levou consigo Pedro, João e Tiago, e subiu à montanha para rezar. 29 Enquanto rezava, seu rosto mudou de aparência e sua roupa ficou muito branca e brilhante. 30 Eis que dois homens estavam conversando com Jesus: eram Moisés e Elias. 31 Eles apareceram revestidos de glória e conversavam sobre a morte que Jesus iria sofrer em Jerusalém. 32 Pedro e os companheiros estavam com muito sono. Ao despertarem, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com ele. 33 E quando estes homens se iam afastando, Pedro disse a Jesus: “Mestre, é bom estarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para Ti, outra para Moisés e outra para Elias”. Pedro não sabia o que estava dizendo. 34 Ele estava ainda falando, quando apareceu uma nuvem que os cobriu com sua sombra. Os discípulos ficaram com medo ao entrarem dentro da nuvem. 35 Da nuvem, porém, saiu uma voz que dizia: “Este é o meu Filho, o Escolhido. Escutai o que Ele diz!” 36 Enquanto a voz ressoava, Jesus encontrou-Se sozinho. Os discípulos ficaram calados e naqueles dias não contaram a ninguém nada do que tinham visto” (Lc 9, 28b-36).

I – Promessa, Fé e luta

Ao longo de todo o período da vida pública de Nosso Senhor transcorrido até o episódio narrado neste Evangelho, os Apóstolos estavam acostumados a vê-Lo realizar os mais estrondosos milagres. Tais prodígios atestavam, de forma clara, a sua divindade, (2) e sua onipotência seria manifestada ainda com maior esplendor na instituição da

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Eucaristia. Ao mesmo tempo, Ele acabava de revelar sua próxima Paixão, que traria uma terrível prova. Chegara também o momento no qual Nosso senhor iria se entregar à morte, sendo então preso, julgado, flagelado, coroado de espinhos e crucificado. Dura prova para a pouca Fé dos Apóstolos! Que, tíbios como eram, não tinham acreditado nas profecias que três vezes Nosso Senhor fizera, anunciando a sua Paixão, morte e Ressurreição.

1 – Jesus revela no Corpo a glória de sua Alma

Tendo em vista prepará-los para esses acontecimentos, Nosso Senhor chamou os três Apóstolos com quem tinha maior familiaridade e os levou ao Monte Tabor. Eles, depois, deveriam fortalecer os outros, consolando-os com a perspectiva da Ressurreição.

Embora a oração ocupe um lugar primordial na vida do Mestre, esta não foi seu único objetivo com a subida à montanha. Mais do que isso, pretendia mostrar quem realmente era, conforme ressalta Maldonado: “Cristo costumava subir aos montes para

orar, onde a solidão é maior e mais livre é a contemplação do Céu. Não se deve concluir das palavras de Lucas, entretanto, que Cristo subiu só com o propósito de orar, mas que, conforme seu costume de rezar nos assuntos árduos quis fazê-lo desta vez antes de manifestar a sua glória. […] Não nos esqueçamos, também, que na maior parte das vezes a glória de Deus se manifesta nos montes, que estão mais próximos do Céu e mais afastados da Terra, e não nos vales”.(3)

2 – Moisés e Elias ratificam a Paixão

Participando da glória de Cristo estavam dois expoentes do povo eleito: Moisés e Elias, os máximos representantes da Lei e dos profetas. Eles foram os escolhidos porque

“nem a Lei pode existir sem o Verbo, nem profeta algum poderia ter predito algo que não se referisse ao Filho de Deus”.(4) Ambos não somente confirmaram que Jesus é o

Messias, mas dão o peso de seu testemunho também ao anúncio da Paixão. A conversa que empreenderam com Ele diz respeito à sua morte e, todavia, os três se encontravam envoltos na glória, a qual revela o fim último: ressurreição e corpo glorioso. “A conversa

de Jesus com Moisés e Elias versa exatamente sobre os tormentos que Cristo vai padecer logo em Jerusalém. A Transfiguração, portanto, é a consagração de Jesus para a Cruz e para a morte”.(5) Numa harmoniosa junção, concebível apenas pela inteligência do

próprio Deus, unem-se neste episódio dor e glória, conforme recorda São Leão Magno:

“Era necessário que os Apóstolos tivessem no coração uma noção clara dessa vigorosa e bem-aventurada fortaleza, e que não tremessem perante a rudeza da cruz que teriam de carregar; seria preciso que não se envergonhassem do suplício de Cristo, nem considerassem humilhante para Ele a paciência com que deveria padecer os rigores de sua Paixão, sem perder a glória de seu poder”.(6)

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3 – O Pai também conclama à luta

De dentro da nuvem ouve-se a voz do Pai, que manda escutar seu Filho bem-amado. O que determina que ouvissem? Aquelas predições que tanto desejavam esquecer. Nosso Senhor havia declarado que seria entregue nas mãos dos sacerdotes, dos escribas, dos fariseus, que ia padecer e ser morto para depois ressuscitar ao terceiro dia (cf. Mt 16, 21; Lc 9, 22). Eles tinham medo de pensar nisso, condicionados por uma visão meramente humana de Cristo. Nesse sentido ressalta Romano Guardini: “Ao

lermos os Evangelhos, colhemos a impressão de que os discípulos não compreenderam durante a vida do seu Mestre aquilo que estava em causa. Jesus não tinha neles um grupo de homens que verdadeiramente O compreendesse; que vissem quem Ele era e entendessem o que Ele queria. Surgem continuamente situações que nos mostram como permanecia só no meio deles. […] Vemo-los por tal maneira imersos nas representações messiânicas da época que, no último momento anterior à Ascensão […], perguntam ainda ‘se é por esta altura que Ele vai restaurar a realeza de Israel!’ (At 1, 6)”.(7) O

Pai, ao ordenar que escutassem o Filho em tudo, incita-os a considerar a árdua realidade da Cruz; a seguir seu Escolhido de acordo com o que era, e não com o que gostariam que fosse.

Concluída a portentosa visão, Jesus desceu do monte acompanhado pelos três Apóstolos. O silêncio guardado no percurso de volta denota o grande impacto causado pela Transfiguração, pois qualquer comentário a propósito do que tinham visto seria inexpressivo.

Oração Final:

Que bem terrestre será ainda capaz de separar-me do meu Jesus? E Vós, meu Salvador, se sois todo meu, sabei que eu também sou todo vosso. Disponde de mim e de tudo o que é meu, como quiserdes. Será possível que eu recuse alguma coisa a um Deus que não me recusou seu sangue e sua vida?

Maria, minha Mãe, guardai-me debaixo da vossa proteção. Não quero mais ser meu, quero ser todo do meu Senhor. Cuidai em fazer-me fiel; em vós confio.(1)

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Notas bibliográficas:

1) CRISTINI, Thiago Maria, SSR. Meditações para todos os dias do ano. Obras ascéticas

de Santo Afonso Maria de Ligório, t.I, p.57-58.

2) Cf. SÃO TOMÁS DE AQUINO. Suma Teológica. III, q.43, a.4.

3) MALDONADO, SJ, Juan de. Comentarios a los Cuatro Evangelios. Evangelio de San

Mateo. Madrid: BAC, 1950, v.I, p.607-608.

4) SANTO AMBRÓSIO. Tratado sobre el Evangelio de San Lucas. L.VII, n.10. In:

Obras. Madrid: BAC, 1966, v.I, p.350.

5) FILLION, Louis-Claude. Vida de Nuestro Señor Jesucristo. Vida pública. Madrid: Rialp, 2000, v.II, p.286.

6) SÃO LEÃO MAGNO. Hom. Sabb. ante II Dom. Quadr. Sur la Transfiguration, hom.38 [LI], n.2. In: Sermons. Paris: Du Cerf, 1961, v.III, p.16.

7) GUARDINI, Romano. O Senhor. Lisboa: Agir, 1964, p.70-71.

“Apostolado do Oratório – Devoção dos Primeiros Sábados” Informativo destinado aos Supervisores dos grupos do Apostolado do Oratório

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Rua Francisca Júlia, 182 – CEP 02403-010 – São Paulo/SP Telefone: (11) 2973-9477

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