REF: JORN/COM. 53
M? 53 COMUNICA~ÃO SUB-TEMA 1~
"ESTRATÉGIA DE ORDENAMENTO NO L I T O R A L NORTET\BO" (Cotaçã~ de1~1fzaestrutuàs numa área de habitat ò i s p e x x )
I
CCRN (Madalena P i r e s d a Fonseca e R i c a r d o 3 a g a l h ã e s )I
GAT do Vale do Lima (Diana G a r r i d o e J . M. O l i v e i r a H a r t i n s )JORNADAS LUSO-SUECAS DE HABITAÇÃO
LISBOA
-
MARÇO 1981Subtema 1 B - PLANEANENTO E INFRAESTRUTURAÇÃO DO SOLO
EST~WTEGIA
DE ORDENAMENTO NO LITORAL NORTEWHO ( ~ o t a ~ ; ã o de InfraesLmturas- numa &a de F3bitat Disperso)I tfadaiena Pires da Fonseca- ~ i c a r d o Magàulães2
Diana ~ h r r i d o 3 J.M.Oliveira Martins4
Prqusem-nos trazer esta comunicaçãc 5s Jornadas Luso-Si-ea c% Habitação no sentido de apresentar um problema peculiar, do norte Umral, ligado à
"Produção de Nova ~abitâção" no que s e prendo c o m a 1nfraes~-?5xação do Solo e Ordenameeto do Território.
Na realidade, não f o i ainda encontrado o mcklo territcrial 5e ordenama- t o do norte l i t o r a l porque, para tal, não é suficieite c?ispcz ãe
-
meios de actuação mas, antes de &s, definir uma políticc: de iiiLe-qw que res- ponda à caxplexidade da própria área.E nosso objectdw concreto, nesta eqmsição, apresentar -um s t ~ = ç ã o par-
ticular dearran$oespacial, distinto do restante país, e s p e z i 3 suscitar
o interesse dos participantes nestas jornadas e w n s e q i - umc cmtribui~ão
1
-
-afa-
C m e Faculdade de L e t r a s do Porto 2-
Engeitd~eim Civil-
CCRNp a r a a d i f i i c i l t x e f a d e dotação de i n f r a e s t r u t w a s numa área de h a b i t a t disperso.
F u n d u i w a t e é necessário dispr de um i n s m t o de acção na orien tação da construção de h a h i t a t e d e f i n i r um c r i t é r i o uniformizado e com=
patibilizaZo e n t r e todos os sectores para a prograiição de ~ p ~ t o s .
V& havs decided to bring 'as commnication t o t h e Luso-Swedish Ldging Journeys, s o t h a t we might present a vexy peculiar problem of our North Coast, which i s attached to t h e ."Production o£ new lodgings" i n what s o i l under-structwation and regional planning i s concerned.
in r e a l i t y , vie dic?n't find a regional planning nmdel f o r our North Coast yet. The mst h p o r t a n t i s not t o have a t oow disposition t h e act-mtion rn'snings, but a' define an intervention which might g i m an w s e r t o t h e g r e a t caplexity o£ a11 the area.
in this eqosiirion, our concrete purpose i s to p r e s e r t a par-ticular s i t u a - t i o n of space anàlysis, ã i f f e r e n t f m t h e remainder counAcy.
i@ h- t o rake appear i n t h e p a r t i c i p u i t ç of t\ese journeys <?e i n t e r e s t f o r these p r 0 b . a and nianage a conLzibution t o t h e hard jcb of +ke under - -structowe endament i n an area of such a disperse6 habitak.
F i r s t o£ a l l i t i s necessary to build an action instruni^nt
L
n
-Lh d i r e ~ z d o n of the lodging building and a t l a s t to define an uniformed an2 c a p a t i b l e criterium arrong a11 t h e sectors t o have t h e equipifents p r o g r a m .JORNADAS LUSO-SUECAS DE HABITAÇÃO
Subtema: Planeamento e i n f r a e s t r u t u r a ç ã o do s o l o
ESTRATEGIA
DE ORDENAMENTO NO LITORAL NORTENHO (Dataçzo de Infraestruturas numa Ãrea de Hahitat Disperso)Madalena P i r e s da Fonseca Ricado Magalhães
Diana Garrido
J.M.OLiveira Martins
1. Il ,Probl&tica da dispersão do habitat, no Norte-Litoral
Todo o pais f o i vítima da emigração da dEc2d.a de sessenta; os canpos foram abwdonados, a estrutura da uopulação prtugursa f o i foi-
terrente abalada, ficando "os velhos e as crianças" a hãbi-k- aldeias e vilas decadentes. Começaram entretanto a fazer-se sentir =o pds os efei- tos da entrada de um fluxo, no sentido inverso ao das pcn&a@es; o de capitais. Na construção de habitação, os i n v ~ s ~ t o s do e ~ ~ L p r ~ t e toma- ram
uma
dirrensão surpreendente. Todo o emigrante quer wnst-& a sm ca- s a no local de origem. Na M o r i a dos casos, a localiz&3 & +habitação não f o i condicionada pela acessibilidade a transporte palie., c vias de wmunicação, a serviços ou a quaisquer outras infraestmtm-2çFjs
que a disponibilidade de transporte privado se gererãlizou e a r c cnstrução simultânea Clo UM estrada rudimentar, o acesso à casa passou 2 s e r y a n -tido.
R n pleno desenrolar deste processo,
mas
ainda sem o fenóm- no ter tanado proporções alarmarites, recebe o pais os retomados das ex-Internamnte, ocorreram também migraç&s ppulacionais
coni os respectivos efeitos sobre o t e r r i t ó r i o e elas deram-se, com é
sabido, do interior para os dois centros l i t o r a i s de Lisboa e Porto.
Vejams pois, hoje, no inicio dos anos oiAmta, quàl o ce -
nário que se nos depara: as áreas periféricâs (praticamente todo o terri - &rio que s e estende para
lã
&c áreas &etropLitanas), áreas de feição marcadana'nte mal, entraramem
d e c l h i o , passando a s e r procurados ter- renos para mmfc.rução de habitação prõpria, por parte do emigrante; &seguida, deu-se o regresso de ex-colonos, alguns dos quais s e estabele- ceram
em
&as m a i s , tarendo o risco dos grandes centros; ncs m i o s r u-
rais p e m i c e r a m ainda popdaç&s que não emigraram, nerci para o exterior nern para os grandes centros, nem dis* de outra alternativa. A não existência de e secundãrio nas suas áreas a i o en-
trave que hoje em dia constitui para o &odo rural, o deseqxego, obri - ga-os assim a acreditar numa futura ronpensação da aqriciiltm-2.
I%? '&ms fzsicos e p r e o q a n t e s para o orãeriaít-qto, resul - tou uma organização caótica das populações pelo espaço: nas -i&s tra
dicion-te de habitat a g l m a d o anuncia-se e nalguns casos já evi- dente, a dispersão, erqmnto que, nas &as ccm tradições 6e Zspsrsão, e l a s e agudizou.
As preocupaç&s do ordanmento do t e r r i t ó r i o pssam, com se sabe, pelo âproveitamnto racional da s v r f i c i e e cics seus recursos e pela utilização do t e r r i t ó r i o de f o m a garantir g e r z ç k vb6.0uras um
p a t r i 6 n i o natural não degradado. D a í , a dispersão do p v o ~ ~ i o ser en -
carada com "PROBLEMA" a resolver, tudoapntanLopara a necessidade de o m a t e r .
O habitat disperso do l i t o r a l minhoto txm séculos de histó- r i a e a e l e esG ligada uma valor incalculável de patr,&nio a r t í s t i c o e
cultural; a casa do emigrante, semeada no m i o da *zea ou num rectân- gulo desbastado de floresta da mntanha,
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t e m mais que um par de anosde h i s t ó r i a e r a alguns casos,deixa transparecer já deficiências de ma- tidade.
O prop6sito de desenvolvinento do norte l i t o r a i não poderá resultar, dentro de um c e ~ o espaço de t a p o , num c e i o degradante de ruínas sexeadas por todo o lado, florestas destmídas, terrenos aqríco- l a s sub-utilizaEos ou o q a d o s de forma anti-ecológica.
Não se t r a t a apenas de um capricho estético dos planeadores; de facto,os níveis desejáveis de bem estar das pucjulaç&s e s 6 0 longe de ser alcançados. Em vésperas Ze integração eump?.ia, Portugal, é um P a i s
onde a maioria das famílias não &sp% de saneawnb bãsico, re6e2e vias de comunicação, equipamentos de saúde e ensino, etc..
Toma-se ~ inecessário recdar s na HistÓri+ para a r c o n t r a as origens da dispersão. Terá o litoral nortenho conhecido õeçde senpre
tal situação ou e l a ocorreu num época precisa, ligada a f:?cz~!s pfiprios?
1.1. L3lução Histórica da Dispersão do Povoarrerito
Já
no ~aleoli'cico Inferior a existência de -SE c d t u r a loca -lizada a Norte do Dourr s e fazia sentir. 2% sucessivas vaqas Kçxatórias que invadem a Pednsula e que s e cristalizam em vários se&=ds de p
voanwto a t é ao ~ e o f i t i c o
e 5
Idade dos Metais, vão acekzzzi- e demarcarcada vez mais esta d t u r a que i r á p e r s i s t i r a t é &invas&s romanas. i
l? da pré-his6ria e m i s p r e c i s m t e da Ida& dos Metais que nos restam -10s de c o n s ~ ç & s cujos indícios quase senpre l d i z a -
dos em pontos altos, atestam a necessidade de defesa das papula~ões que as consiruiam. São de urna m i r a gerai muraihas moêntricas rodeando casas
fins, Sabrosa, Paços de Ferreira, inclusivé a.Viana do Castelo, Sta. Lu - zia, e t c . ) .
A chegada dos Romanos no séc. I11 a.C. vai eiiconLrar então a chamda civilização dos C a s t r o s e toda u m
resistências
p a r t i r deles o r - ganizada.
No entanto, a maior parte acabou por s e r vencida e estes pontos fortificados destruídos, obrigando os seus habitantes a dispersa- remse pelo território.
A administração romana vai originar através da forca das
-as, pela pressão do sisteni3. txibuL&ic e pela tentaçza dz eecna.nia do nrrcado, as populaçõfs aut6ctones a abandonarem os rrs>rros e serras e a di -
vidirem o t e r r i t õ r i o em villas. Nesta fase de transição &-se assim a e n ? ção de peqwnos estabelecimentos humanos alcandorados nos c~ços,rmiitos dos quais,abda hoje conservam a denomirizÇão de castelo ou c=teljl~ho, denun-
ciante da sua antiga u t i l i z a ç ~ o .
Com o decorrer do t a p o iroramse desbascan& cs f r o n c ~ i r a s , enxugando-se os pritreiros pânânmos e alargando os canp3s e cs gastagens.
A actividade agrícola passou a absorver a maior parte do ","-c de trabalho -
-
o h o m p a s s a d e p a s t o r e caçador, a agricultor - a&~jc,-
s e fami-l i a r i z a r com o ambieite mais abrigado do vale para onde t r & f ~ . - e a hahi- tação. Cria-se assim um novo tipo de vida que traz com ax~ss,-&ilcia uma nova forrca de ocupação de solo e p o v o m ~ ~ t o , uma nova o I I q m 2 z e o espacial.
As invasões bárbaras e a queda do ir@rio n% alterar
s u b s t a n c i a h a t e o rruvimsnto de ocupação eorganização ~ ~ u z i d o por
Roma.
Com a r e c o ~ s t a , o m ~ t inicia& pelos romanos, o cais0 -
lida-se. Dá-se a descida para os vales f é r t e i s dos rios, para a prática
da
agricultura, a r r o t m d o progressivmmte terrenos agrícolas, e aproxi-mando das planícies costeiras e dos estuários dos rios as populações. Só
Ç" na ocupação do espaço.
A unidade económica do sistema feudal - o feudo - tinha a sua tradução espacial própria.
O feudo era constituido por um agloniorado,que fuqcionava co -
m lugar central e de habitação dos cawneses, en-volvido por vários hec- tares de t e r r a arável nos quais o povo do núcleo trabalhava. Na orla da t e r r a arável havia geraimente uma extensão de grandes e m s , bosques e pastos e urna casa fortificada
-
castelo ou casa senhorial.Durante séculos e encpnto o regime de produçso feudal sub- s i s t i u nas f o m ç & s sociais, estas f o m constituiram igualxente os e l e - nrintos dominantes da espacialidade dos territórios onde era daninante es - t e RDdo de produção.
A nridida que os tempos avançam, com o e s t a S r l e c m t o de no
vas unidades rurais,co;n o aumento dewgráfico e o desenenml~LxenL1o das for - ças produtivas
-
nossas unidades s e vão estabelecendo, alteraido sucessiva -=te a paisagem.
Tendo em atenção que o Feudalism teve en Pol*;i5e1 ma e q r e s - sgo m u i t o particular, sabendo-se inclusivamente não t e r ta^^& as propor- ções de outros países, e no m o concreto desta área, d e v i b .?a t r i b u i - i
ção
dos recursos naturais e à generalizada fer%tlidade dos soLss dos fun-
dos 60s vales, tudo indica não t e r ocorrido uma concentrago í i ~ r c ã a das ppulaç6e.s no lugar ce.qtral, nas fortalezas. A dispersão ter-se-5 -portan- t o m t i d o .Encontrada que f o i a origem da tenc?&cia dispersiva e testa - da a sua persistência num dado periodo, o conheciiwnto da reaiidade actual, torna i n ú t i l o t o t a l desenvolvim?nto da evolcu;ão histórica do processo, que naturzlmate f o i sendo condicionado pela própria evolução histórica do p&s; rmis próxirre da actualidade, repare-se por exeiilo, no facto de não
t e r ocorrido uma revolução industrial nem a q í c o l a que alterasse o padrão
de organização das populações. A r e l a g o espaço/oaipação h m ? a não sofreu alteração. A concer,trãção urbana de que a revolução induçtrial com novos &todos e reios de produção f o i m t o r , não swqiu. A dispersão her
-
dada do p r í o d o anterior manteve-se, pois.Esta breve i n ~ u ç ~ o histõrica, pemite-nos pois r e t e r os factores que desde s q r e foram, num processo lento, d e t e m i r a t e s na dispersão do povometo no noroeste português:
- m a @tidão Agricola dos solos
- Disponibilidades de Agua para Irrigação
-
Morfologia do Terreno-
Tradição de Partilha de Terrenos por Herança - (Eleva-
das taxas de natalidade derm origm a f a d l i a s Se
grande d.immsão)
Paralelawnte, toma-se necessário analisz os zpectos li
-
gados à arqaitectura da habitação. N ~ O constituindo estes, r
-
'
a
funda-
mtai do nosso tríibalho, perinitimo-nos transcrever um ~-Aqa=;, que consi- d e r m s significativo, já que aborda, de f o m m u i t o ccx~Lekz, os vários aspectos q=stão e consegue .ma síntese clara.
,.c
Qiic cnlcndcr por <popular' enttio? Porquê a cncliisfio da anhlise d a .;Casa do brasileiro^.
;iriilo d:i nctiltirração dessc cniigrante-toriia- vi:igcni do séciilo anterior. seiii dúvida enier- gcntc de camadas popolarcs d:i popiilaç3o. c a i i i c l ~ i s ? ~ de solares. Iinbitaçücs d a nohreza pro\,inciana? Esta quest5o. ai>nrenteniclitc ii5o essciicial. permite colocar outra. qiie 6 a
do problenia da rfixidez~ ou *carácter eterno. c *iiiiiitivel~, dessa arq~iitectura. limite para
.I q i i c tctiilc coiii frcqii?ncin a :inh!isc utilizada no livro; podcnios Iioje compreendermelhor a
' transformaç3o. embora Iciita. d a s Cormas e espacos que definem esta a;quitectur-. dada a aceleraqno e evidente ruptiira quc essc proces- so sofrcii e sofre: das amosiragens exiòiaas no livro podenios ;!penas ver restos e ruínas. mais oii iiicrios preservhveis. e razoa\,elmentc niori: bi~iid;is. e scnipre em traiisiçtio (dolorosa) pa- r:i as cstrafiir:is niodernns, violentaniciite vi- vas do ciiiigrante francês oii aleni3o-;ou do al- garvio qiie, scni sair frontcira. sofreu o turis-
E aqui se porá o problema: o11 minsidcr;l-
I
mos delinitivamentc coisa de arqueologia (po. pular) o universo d a s arquitectiiras rcginnais praticadas em Portugal até meados do *Cculo anterior. e deixa d e ter sentido dizer que cxi.;. te essa arquitectura (porque a que exi\lc ain-1
d a é excepcáo) ou adiil>tamos uma atitude que'
pode cair no cultiiralismo. mas 6 pclo mcnos1
experimental (porqiic experimenta) de aceitar/
fomo lnclo a existCncin de uma nova práticsi de producáo arquitcctOnica. talvez não total-1
niente .regional.. mas que. d c qualquer mo-/
do. inegavelmente a herdou. E de propor a i - / mo ponto de partida i sua investigacáo acompreensao do(s) sentido(s1 novo(s1 q u e ex- prime, das tecnologias q u e adoptou. da paisa- gem que destruiu e reinventou. e com que es- traiigeirados modelos.
/
O prahlcma inicial a veii&r 6. t a l ~ c z , o de i tcrmos encerrado a .Casa do Francês* num I . sislema até involuniário de mitos e fan1:isiiias.1
- A sua in-variededc em qualquer parte do . . .oaís onde suria - eis o areumento subiacentc " i rejeicáo por total exterioridade cultural. Mas não terá uma tionta de razáo o arquiiecto Fernando TSvora, aliás participante no in- quérito referido, aO ver na$ frequentes c o\len- tatórias escadarias quc, rio exterior. acom- panham o acesso i s novas tipologias, atitudes ta0 cnraizadas na iiossa pritica regional que sáo visivcis pelo menos desde o séc. XVII nos solares do Minho? Será por acaso qiie em muitas construçóes recentes na Beira. típicas de emiçrante, a antiga loja térrea em granito subsista. e, naturalinente já sem aniniais, dS lugar ao automóvel. enquanto o habitnr se passa no piso superior (como sempre)? E evi- dente que náo teni sentido continuar a cxcm-
i plificação: estamos. por'certo, perante uni processo de cultura que assenta prcferencial-
1
niente em ralores de mutação quando antes se baseava em vnlores de trndiçio, e essa é a di- ferença.A m i qualidade do pmdulo: o espaco qiie não é fiincioi~al. os materiais que sfio .piso- sos.. a destruição d o ambiente exterior d a s al- deias ou d o bosque antes tào equilibrado. Mas mesmo aqui náo haverá algo a coni- preender? Não terá a cozinha ultramoderna que s e nào usa u m a funcionalidade simbólica. táo importante como a d a segunda mzinha da mesma casa. tantas vezes mais tradicional e amlliedora. mas já insuficiente porque dema- siado próxima do <quadra de miséria. que o eniigrante quer exorcisar? Náo deveremos
procurar uma nova poética nos materiais e teciinlogias usados. por vezrs coni brutalida- de. nias sempre com forca? E a paisagem deve ser coni certeza outra - que seja iiiais ade- quada a uma atitude. não já comunitária. iiias antes profundanieiite individual. náo j i de <iniegracáo*. mas sini de ~afirmacáo.!
A iiào esponlaite1ds;le desta arquitcctiiri. siibmetida como qualqiier outra às regras do mercado. eni qiic o projecto é com freqiièiicin eseciiiado por desenhadores sem iiiiia prepa- racão est&tica básica. que. aindii por cima (in- tegrados num processo de ascensáo socio- i>riifissi«rial) imitaiii. em caricatura. os nro- jcctos *de arqiiitectc. qiie julgam reprcscnta- tivos d s <qualidade* que corresponda a essa asceiis5o. E. seni díivida. uni processo difc- rciitc de i~roduzir constriicfio. relntivaiiiciilc i trsidicioiial nrqiiilectiira rrgioiial: nisis qiirni assista ti totalidade du esqiienia verificará que sistciii;rticaiiieiite i. o etiiigrniitc o .aiiti>r. ~iriiicipal <!o produto fiiiil. e que foi *rcciipe- rando. à sua maneira o projecto. introduzindo
!
iii?i:i Iiiigi~stgeiii foriii:il própria. feita de i i i i -Icjcis. :li-cos e cores berrantes (qiic tanibéiii sfio :irqiiiiectura). que ele pnrticipoii parcial !lias :ictivntiieiite 113 obra!
I n t 5 0 vierain os filhos
N:i verdade. o probleiiia é beiii iiinis rasto c
coniplexo. N5o forniii apenas as reiiicssns dos eiiiigrniitcs ou as receit:is do ti~risiiio que rc- siili:ir:iiii desses nioviiiiciitas: as c o i i s c q i ~ ~ i i -
,
cias ciiltiirais dos tiicsnios. sciiilirc iiiais lei,- tas. 130 lentas conto incvLLávei~. íazeiii-se :igo- ra sentir. aceiituacas ainda ?LI:! forte massili-c z c i o qiie os carncterizo;;: náo sáo as cezii cas:is de *brnsileiro. que dcsieani a iioss;~ icr- rn. iiins dc7. iiiil de cfraiiccsis*. s~ibiiieigiiido
niiiii iiiar de Kobbialac to&: o psiis. e coiii ele !ii<lo o que fosse granito \,cncrivel oii caiaçáo higiénica e i i i ~ i ~ i c a .
Mas nlegrer~i-se os d:scririíi;idos oii cies-
/
crciites; eiii certa aldcin r:,> centro o s filhosI dos eiiiigrniitcs. agora já aóiiicos. e passaiido fé)-ias ria aldeia de origeni. inicrtssarain-se ri- uzi~iicntc. ao coiitririo dos ?;tis. por fnzer :i
sua Iiabitaçáo à maneira daquelas ruinns curiosas e bonitas. q u e enconxaram junto 3
terra. todas em granito. sem tintas. sem aluminios. sem telha argibetáo
...
E3"Arquitectura regional
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e agora?". Entre a "casa do brasi-1eiro"e a "caso do francês". de José Manuel Fernandes
-
Jornal de Letras,1.2. G s o Exenplar da Ribeira Lima
ApresentarrPs da breve análise da organização espacial das
p o p u l a ç k , levada a cabo para o A g n q a r n i n t ú de Concelhos do Vale 60 Lima, que crefius @er constituir um e-10 represeiiLdtivu do i i t o r a l nortenho. A densidzde popdacional niedida em n b r o de hebits-tes por h 2 é um indicador clãssico e com uma precisão aceitãvel, para avalia- a distribuição espacial da população. No Vale do Lima verifica-se da or-
ganização nítida em função das sedes de concelho, a l i surgindo as maiores concentrações, às quais s e segue uma v a r i a ~ s o decrescente para a periferia. Este padrão é sobreponível ao da variação Gz altitude; mLicidin20 !o cpa - t r o sedes de concelho con áreas de m o r e s alkitudes,em plena depressão £lu - v i a l , ali se faz sentir urra q a ç ã o humana m a i s i n t a ~ s a ; en contrqosi- ção a um povoanento rarefeito nas maiores altitudes. O concelho de V i a ~ a , p r a t i m t e ni, sua totalidade, sobre &eas planas, apresenta &I muito maior excensão quo os restãntes, elevadas densidades populacicriô5s (v-r
fiqara 1)
.
Embora m o s siqnificativu que a densidade ~ ~ ~ c i o n a l , já que a diwnsão das freguesias está longe de ser hormgénea, òss-ir:~
como
ü i - f e m t e &C 6 a p s i ç ã o relativa de cada da, a populaç& residerte por freqxesias é de qualquer forma, um indicador auxiliar 2s n x m E ~ ~ & da üis -tribuição de população.
Desta f e i t a , sabe-se que:
A direnção &dia d a s freguesias é de 1 0 6 5 h&i+a?tes; A diwnsão nmdal das freguesias é de 1 000 a 2 000 habitan-
tes;
A freguesia nsis populosa é Sta. PIíccia Maior
com
1 0 040 habitantes e é ma freguesia urbana;A freguesia rural mais populosa é ?.&Cela ca-L 5 ri90 ha- bitantes ;
A s freguesias de m o r d b e z ~ ã o são S a n t a e Ermida com i50 habitantes.
Em t e m s gerais @ms verificar uma concentracão populo - lacional nítida no litoral, no concelho de Viana do Castelo; as freguesias m o s povoadas disp&wse de forma periférica em relação ao Vale, nalquns
casos invadindo a área mais baixa do nl-s-, já que ali as freguesias tommeng
res di.mas&s e e s t e indicador deixade t e r significado com s e pode a f e r i r pelo primeiro (habitantes por km2)
.
(Ver f iguras 2 e 3).
Inventa-iou-se o número de lugares por escalõas de pc,pul~'ção para 1960 e 1970 de acordo com dados do I.N.E.. A desagregacão por esca-
lões
f o i milito alargada pela especificidade da área. Quanto à variação 60-70 não s e obteve qual-r irifomção de particular interesse: a curva de distribuiç& manmantémse semelhante cuin pqueilas osciiac&s p z t u a i s ,(Figuras 4 , 5, 6 e 7 ) .
A dirremião mdal dos lugares é mi* para os L-Gs concelhos interiores, situando-se nos lugares entre 20 e 30 habitantes. er~n;anto que no concelho de Viana passa para os 200 habitantes. O grãnde w n 5 a s t r e eil-
t r e e s t e concelho e os resLmtes reside no facto de, ?pesar se verifi- car em todos e l e s uma forte dispersão, proliferando os lucjzes G e dimasão
re6uzi&, n q l e p r h i r o existe um sistema de lugares o*? siq?eisior
já com certo grau de estruturação e capacidade de suporte Za recLmte ralha.
Com base na análise das figuraç atrás expostas, reduziu-se o n h r o de escalões de lugares para cont&ilizar a população r e s i d a t e p r classes, para as msmas datas. Estabelecendo o paralelism entre o n h r o de lugares e a população ã i residente, conclui-se e de acordo com o quadro segujnte :
QUADRO N? 1 (1970) *Os de 60.3 27;G 33.6 43.0 5.7 18.0 0.0 7.0
-
Valdevez Ponte ,% 56.9 21.7 37.6 38.5 3.0 10.2 2.5 17.4 - - - 12.2 Ponte d e L- 66.0 33.3 30.6 42.7 1.9 10.2 1 - 4-
1 0 - 1/
6-
7.8 29.6 5.3 40.2 21.2 22.7131.5 6.9 22-310.6 119.0-
0.7 czsteloI
Pelo nrnos 94% dos lugares d s s três c o n c e L b ~ r iiiteriores não atingem o s 150 M i t a n t e s ; a estes v a l o r e s correspondem ~ ; o ~ ~ r t a g e n s de população s m r i o r e s a 70%.
O s escalões i n t e r r k d i o s , d e 150 a 2 000 ii&.iia+os s ã o d& beiç, à excepção d e Viana, sendo tarr& apenas este c=rcs-'io z q q l e
em
qw a percentagem de p o p d a g o r e s i d i n d o em l u g a r e s do ,mis c k 2 000 habita7te.s tem um peso considerável (20%).
Rapidmente se conclui tratar-se & um s i f z a ç ã o p a r t i c u l a r , p a r a a quãl é necessário encontrar um ncdelo d e e s t r u t u r a ç ã o capaz de m
-
truir um rede hierarquizada do lugares coni i n t e r l i g a ç õ e s f o r t a l e c i d a s e ãinamisrp s u f i c i e n t e p a r a c o n t r i b u i r p a r a a prorroção e d e s e n v o l ~ t o d e
-
16-
V I A N A D O C A S T E L O I S O L A D O S P O N T E DA B A R C A ACRÉSCIMOS - s 1 0 - 2 0 7 0 - 8 0 8 0 - 9 0 I S O L A D O S 1 3 0 - 1 4 0 21 N: DE 4 0 0 - 5 0 L U O A R E S 1 O-
NN ' D E L U G A R E S I I S O L A D O S D I M E N S Ã O D E L U G A R E S Fig. 7
2.1. Custo de Dutaqão de Infraestruturas
Se r e p a r m s na f o m cax as po13ulações s e encontram dis- tribuídas pelo território, c o n s t a t m s que a iriplementação de infraestru-
turaç, água, luz e s a n e m t o básico se tomam *asiado onerosa pela
forrra irracional com a habitação está i.xplantada,senão v e j m s : wra ma de 5 m de l a r g u r a / p a ~ t a ç ã o mn semipenetraçso, um colector de esgotos ~ t i c o s e outro de águas plwiais,mais conduta de água potável, cabo distribuidor de energia eléctrica e rede de iluminação phlica,orçam por
4 000$00 (1) por r;&o linear de iriiraesmturas; assbnse vf, com é i ~ r a - ticável executar estas inlraestruturas à custa c?a colecti-vidade,sem que s e verifique ma concentração nÚnirna das habitações. Mesxta q ~ e esta concen -
tração fosse de apenas 5 fogos por 1 0 0 m daquelas iniraesLm~urss de base, o encargo da colectividade e m cada fogo seria msm assim ò- 83 contos
,
ou s e j a nais ou irenos 10% do que será o custo &&o actual Ce a&habita -F%J
-
custo que baixará para m e t a & s e a concentração subir 3 c a 1 0 fogosapoiados nos mesms 100 metros da rede de infraestrutiirãs.
-are-se no quadro n? 2 relativo aos "custos capita de sistemas de s a n e m t o básico para vaaores Gdios d a w d a q s . Nota-se
que os custos de inp3lantaçso dos sistemas diminuem acentus.h--:% 2 mdi-
da que a população a servir aumenta. Acrescente-se que no no* X t o r a l a percentagem de população residente e m aglomerados com m o s Üe 500 habi -
tantes é s i g n i f i c a t i ~ t e m3is elevada. (Repare-se pam -10 no qua- dro n? l ) .
2.2. Praposta de Centros de Apoio Rurai
Esn Novembro de 1974, f o i exposta numa publicação da então CPIW, "Contribviç6es par2 o Ordenamento do Território na Região
-
Plano doNorte", uma proposta de rede de Centros de Apoio RUT~I? Basicamnte, teve - -se em conta que a iqlantação de e q u i p m t o s colectivos, os qaais se traduzem em facilidades de bemestar, em localizaç&s ideais ou s a t i s f a t ó - rias quwto a acessibilidade, poderia conduzir a uma concentraqão de po- pulações, desejável e m terms de economias de escala para os investim%tos estatais.
Praticamente decorridos sete anos, não f o i desenvolvida uma estratégia da sua iqlemontação, pelo que não s e conhecem resultados prá
-
ticos. Teoricamente correcta, a filosofia dos CAR's carece de apoio por parto das instituições coni capacidade de intervenção, para aléin de estu-dos capie'nontares que perrnitan atingir os objectivos em causa, no mais breve espaço de teqpo.
Num plano de desenvolvimsnto integrado, &*-se de v i a de actuação coqlewntares que poderão conduzir ao êxito dos CAR's. De
facto, tudo indica não ser suficiente para a concertração 6e populações, a inplantação de equipamentos colectivos. Paralelmsnte oi;, q;lcá de maior inporthcia, é necessário actuar nas tendências do sector prdizUvo. N a
mãida emque for possível reestruturar o sector agrícola, 6e acordo com rrodelos estudados pelos respectivos responsáveis, e f o r ta^^ :-ssível
orientar o investimsntc privado dos industriais e correrciaAi-s, n&s f a c i l - mte será possível atingir o desiderato subjacente ã própkz Z l o s o f i a
dos CAR's.
Repare-se, o objectivo ÜLtinm não é o de iogrw a coiicentra - ção f í s i c a de populações a quaiquer preço, .w s i m o de fornecsr condiç%s
de vida mslhores que as actuais e tal prende-se, com s e pode dermnstrar,
qm a dotação de infraesAtmturas sociais e e c o n a c a s
.
Desta f e i t a , s e temem v i s t a agricultura ecológica e r w t v e l , outras actividades econõmi - cas adaptadas à área e que produzem efectiva riqueza, dotação de habita -
ção
em
condições de @idade para 'Lodaç as famílias, acesso ã quip- -tos sociais, enfim que as p3pulaç&s -obtenham riqueza e bemestar.
ib que se e s é possível i n f e r i r que todas as mdidas de a 6 0 t a 2 0 de ser c r i t e r i o s m t e escoihidas e os seus efeitos só s e farão sentir a longo prazo. De m m t o , para a l é m da intenqão e e-?ho profundo na realização de projectos em toda a sua extenszo, apenas nos
é
possível levar a cabo duas ~ d i d a s eficazes e factiveis.
Ein p r k i r o lugar, uma acção de sensibiliõação das papula- ções e divulgação dos problemas, para que as suas actuações sobre o t e r r i - G r i o sejam o mais racionais possíveis e não prejudiquein o f u t ~ w das gg rações que s e seguir&.
Pelo lado das acções concretas, caberã 2 ~ ~ ~ n i s t r a ç ã o PÜ-
blica, numa atLtude exenplar, construir o seu c r i t é r i o próprio e Lnico de actuação. T a l exige uma congregação entre os orgãos 5 a ~ s t r a ç ã o m t r a l e Local definindo as formas de investimento em Ln2zsestmturas e quippanu3nttos, continuando a acreditar que t a l passui m a pzrticular capa- cidade de arrâsto dos sectores produtivos e mla-kação & pqlulaç&s. Por e s t e mti~lo~apontanms para o objectivo de fixação ozdenaGc das m u l a - ções na área, i s t o é, que as ppulaç&s t r ã d i c i o n a h n t e 8 e l z -igadas, aii permaneçam, a l i gerem riqueza e vivam e m condições c o x p m ~ ~ j s às das
regiões tidas camo &senvolvidas. Não basta que su_jam m;istrn@es e há-
bitos rotineiros inprtados da Europa, é necessário aoim & -3um de- senvolwiwtc comparável ão e m p e u , jã que tai f o i a
-
&
&.onal.Com o próprio nome indica os Centros de A p i o L - a l preten - de s e r a prossecução do objectivo a& apontar30 de a p i i c a ç k de um c r i t é - r i o racional de actuação da ~ i s t r a ç ã o Pública e de todos os intervenien - t e s na vida econõmica e social.
A proposta do Arqt? 1lidio do Araújo f o i elakorada com base num criterioso e pomeorizado trabalho, que é citado no pr6prio texto
"sem pretender expanair razões -sobre
-todas
as matérias que estão na basedo trabalho elaborado, julganos contudo necessário apontar alqunus que mais o fundaxmLaam:
a ) Mapa das povoações e respectivas populações
b) Fronteiras ou obstáculos naturais às ligações entre povoações vizinhas
C) Centros de equiparrento já existentes
d) Rede de estradas nacionais e municipais existentes e) Limites tradicionais entre corminidades vizirhas
O s fundamsntos sobre que tal p r m s t a se ercjue, não foron a t é à data, postos em causa, no entanto, a sua m l m t a q n tem sido di-
f í c i l pois exige um trabalho complementar de aferição e cálculo efectivo de investinento e iqlantação f í s i c a de equipamentos.
Para além da preocupação de arranjo t e r r i t o r i a ,&-se ainda a qysst.0 da rei~tabilidade ewn&ica dos investimentos. Se, -2 uma via
de equidzde, urge dotar todos os cidadãos de condições do vi& zcei&veis, não p d e a Administração permitir-se ztccio otipo de inves+&rLto, qualquer
q w s e j a a sua utilização. O s custos de infraestruturação riuirz k e a de ha - b i t a t disperso são praticarrente inwnprtáveis, contribuindo c zmcentra- @o f í s i c a das populações para lograr economias de escalz e ---ir a utilização exigida pelos d i f e m t e s serviços.
A i r t p l m t a ç ã o da Proposta atrás referida dwz* t e r em atenção vários aspectos:
a ) estruturação do sector agrícola, nmadarcente no que respeita S. definição de solos a preservar, podendo de - limitar-se &as de possível expansão urbana dos a910 - mrados ;
b) procura de limiares mhhms de papulaqão que garantam a viabilidade económica dos serviços a instalar;
c) reconhecimento de investimzntos a levar a cabo e m i n s -
talação de serviços que apenas pela via da rentabili- dade econhica não seriam justificados, m a s que por
u m
questão de equidade e garantia de - e s t a das populg Ç&S que se pretendem fixar na área, haverá que concre -
t i z a r ;
d) condições de acessibilidade global da área desde a ac -
t u a 1 acessibilidade aos centros fonten+~res de bens e serviços, à acessibilidade global efib-e os centros, ao reconhecimnto das linhas preferénziais para as
papulaqEes, de ligação entre centros, à avaliação de o l t e r n a t i ~ ~ a s de mlhoria de acessibi2Zad.s entre lu-
gares e à garantia de níveis aceitáveis 6e a c e s s i b i l i dade, aos qoe s e definir serem os fuaxos CXY's.
3. Dificuldades de Aplicação
A fraca eficiência económica e social &s g a 2 . z ~ Locativos das actividades e papulaç&s torna-se pois evidente. A TA iia "Sscentra-
.
-7"-
+-
feqms delização concentrada" que parece e s t a r subjacente ã P o c L - =,
Apaio Rural, traduz a necessidade de descentralizago -a sztisfató- r i a prestaçáo de e concentração, dentro dos limiAss ns=ss&ios a determinados equipamentos, cujos c u s t o s unitários são decrescencen~ com o a m t o papulacional.
Decorreu já o tenpo necessário, desde a prirreira t m d a de consciência da situação, para s e pcder esperar ver aplicadas ~ d i d a s de correcção. Com a l i & s e apontou anterio-te no texto G o basta desenvol
ver trabalhos prospectivos ou construir cenários evolu'jvos. A razão fun - -tal que permitiu a persistência da situação f o i , sem dúvida, a fal- t a de pder de actuzção qiier pollitico qiier económico, a nível loczl.
E esta impossibilidade localde decisão t e r á que e s t a r presen
-
t e na &e de todos os que pretenderem actuar no Ordemw&o do Territ.6 - r i o da hrea.O segundo aspecto a salientar, que por sua vez constitui una segunda razão do atraso na m d a d e de vida das populações, será a f a l t a
de hfraestruturas de bem estar. Neste capítulo, ser-nos-á exigido com Administração PPúbica, quer Central qiier Rqional,
u m
particular aptidão para construir um critério, adaptado à realidadeem
causa, na progrmaçãor% roo equiparrisrito.
Foram publicadas em Dezembro de 1979 no Sole5~ rio 1 6 do Ceri -.
t r o de Estudos de Planeanwto, normas para a programação
L
a e s x i ~ a m t o s - ' -colectivos. Com base
em
t&s normas, fez-se uma tentütiva de defini çãodo p x f i l funcional de oenAms de qmio rural, com v i s t a a obrez uma p r i -
= i r a imagem do que poderá ser a coxicentração populacionül e 5 2-1 fun-
cional dos ~ s m s centros.
A problemática dos equipanatos colectivos -%se eiri furqão
de vários factores; não s e destina apenaç a responder a reiv%?&cações por parte das p o p u l a ç k para cobrir déficits existentes,
m z
"anh&. t e m o objectivo de conseguir espaços para dotações colectivas m c ~ i - i n s Õ e s de mrcado do solo para usos mais rentáveis, podendo ainda òL~Lb151'se-lhe um papel estruturante do t e r r i t ó r i o , que no nosso caso se coxãidere de par-ticular inportância.
AS normas de ~rogramação de equipamaltos colectivos são em Última analise, relações n k i c a s que expressam a vontade de obter fins
(satisfação de necessidadrs sociais), que se querem o b j e c t i v a com valores mnnativos.
Urge pois tecer algumas consideraç&s c r i t i c a s às referidas no- urbanísticas, actualmente disponíveis.
Constata-se não ter havido conq?atibilizaçk entre os vários sectores, nem aferição a diferenças regionais, por parte de cada um, par- ticulamente.
N ~ O existe correspondência entre as diversas hierarquias (&i -
g m s p i r a d e s ) dos vários tipos de serviços, dentro de cada sector.Dai a d v h a principal dificuldade de utilização. Parâlelamente, ~ O L W tõmbán
uma grande variação na escolha da unidade espacial, ao tratar-se da irra- diaçso de cada função; -.to que para algurs serviços,elã é colocada
em t e m s de distância f í s i c a ou econ%ca, para outroso f c i utilizada a divisão aüninistrativa.
Aliás, divisão administrativa que tendo 6e fam3 un forte peso na organização funcional das populaçÕes, t e r á de ser ~=j,&kda muitas
d a s vezes, não s e dispondo porém de c r i t é r i o para o fazer.
Se se -@e classificar de i r r e a l , utõpicc. e q d tai matriz de programação de equipamentos colectivos, é sobrerne~-s. =npc.--=znte apon - tar para o seu a j u s L m t c às diferenças regionais do L.IIAA-d.
N ~ O diçpondo pois de um m c o sistematiza& ã&gza&, ten-
b w s e proceder a um t r m de determinação dos f a c t o ~ s e ekzentos fun - dammtais, a que aprogramação de e q u i p m t o s , numa 3e 3&5-ttt diçper - so deve obedecer, fornecendo assim os "inputs" essenciais aos a f e r e n t e s sectores, para lhes ser possível o estabelecina'nto de normas.
Tendo em atenção c r i t e r i o s de equidade, i s t o é assumindo que todos o s habitantes
têm
direito a determinada qualidade de vida iirg?õe-seurra dispersão de equipamento básico (serviços de utilização &&ia) pe-
los Cenms de A p i o
mal,
ainda que e m certos casos, tal signifique i n - v e s m t o s elevadosem
infraestrutucas que, pelo menos a muito curto prg zo, serão subaproveitados, uma vez que não são atingidos os limiaresi
&
ms de população que garwtem a sua utilização em tems de rentabilida- de económica.
-
Segundo um critério de ãinamizaçao e tendo por'aito e m con -
L t um objectivo de fixação de populações, reconhece-se a necessidade de alargar o anterior p e r f i l funcional para os e n t r o s de ordem superior, no - m a k w n t e sedes concebias. O facto de s e r mais eleva& o valor de popu-
lação a servir, não justifica par s i só, em muitos casos, m. grm& alax- g m t o do leque de funções, já que, de novo nos vmos üepa-ar com equi-
pavetos subutilizados. E b i d e n t m t e , que t a l acréscim ppulacionàl t o r - na viâvel a prestação de serviços especiaiizados, sendo amrselhável o apa - recirrento para além das f m e s básicas dos resLmtes CZZ's, de outro
p m t o .
Se for, convenienterente, avaliado o i n v e ~ ~ ~ i - ~ o exigido para tais e q u i p m t o s , a sua rentabilidade atendendo psgx-q% servida e aos custos de f u n c i o m t o , depressa s e toma evidenc a necessidade de conseguir ewncenias de esczla, através de acréscirros nã 3zzcsn.
-
As sedes de concelho, beneficiarão de ma si--ao privile - giada: na maior parte dos casos, não servindo uma p o p u h ~ ã c TI=-2caro
-
Centro de Apio mal, vêem no entanto a sua área de i r E i ~ n - = dargada pelas fm@s aSministrativas, dai que tal possa tmb%rc sser q i t a d o no que respeita aos e q u i p m t o s colectivos.
A p t r a l i d a d e f í s i c a desses centros favorece uni3. intenção
de fomento das suas vantagenç cmparativas para localização quer de equipa - mtos quer de actividades produtivas.
Desta f e i t a , s e pode t e r em atenção uin c r i t é r i o de eficiên -
tia, optando por uma política de certo nvsdo provocada, de desenvolWoen-
to, que concretanwte s e traduzirá
em
potenciar a capàcidade atractiva das sedes concelhiãs.Investindo ein infraestrbturas de t r a n s p r t e de forma a qa- rantir um increwnto de acessibilidade de todo o nnmicípio à sua sede, p3 derá toda a popUlação usufruir das facilidades a l i implmtõdãs, c o m o - m esforço. &sim se libertar$ dos pequenos lugares, funções subutiliza-
das e s e poderá alargar o equiparcento das sedes conceLUas.
Naturalrra'nte
p & r ã
t e r êxito um política de aAaacção deactividades p&utivas nonioadamente e se t a l for a opção m~micipal, do sector industrial.
Facilitada também,serã a atracção para a sedo de concelho da construção de habitação, criando-se loteamuitos resió=nciais com faci- Lidades em infraestrutuxas de qmio.
Resumindo, s e é facto que todas as funções ;r?sicis t& de ser inplantadas nos vãrios Centros de Apoio R u r a l , não s e pis proceder
à d i s p e r s o de outras funções hierarquicamente superiores; c2j2 viabilida -
de, repete-se, é
apenaç
garantida na sede de concelho, (- a sua área-
.. .de influência, para tais serviços, s e ve coincidir com o c-o mncelho. Desta f e i t a , tudo indica ser aconselhá&, -r qeracionzli
-
dade, ajustar as áreas de influência dos CAR's aos iir&ss il&i.zYstratiws dos concelhos já que estes possuem de ante&o wi peso a n s i 3 . ~ ~ z l na o rganização espacial das actividades.
A preocupação fundamntal é a de cobrir a totalidade da área
-
-&as ~mespondentes às áreas de influência dos Centros de A p i o Ru-
r , distinquindo três escalões fmdanentais de acordo
cam
um respectivo "thi.nq" de intervenção:a) Centros, possíveis sub-centros e extensões (defini60
das suas localizações e do seu v o l w pqulacional)
.
b) krea de influência directa (cm acesso ao equipamento a instalar nos centros, num 13 fase).
C ) b a de infliEncia alargada (actuahwnte com dificulda-
des de acesso, ver-se-á coberta com a m i h o e a das infra
-
estruturas de acesso, numa 2 3 fase).Página
1
.
A P r o b l d t i c a da dispersão do habitat. noNorte-Litoràl
...
31.1. Evolução Histórica da Dispersão do
POv0~-11tO
...
51.2. Caso Exexplar de Ribeira Lima
...
1 0..
2.1. Custo de EoLta@o de Infraestrutwas
...
..
192.2. Proposta de Centros de Apoio Rural
...
19...
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