CLARISSA
ARAÚJO BORGES
ESTUDO
DO
ISÓMERO
DEXTRÓGIRO
DO
LACTATO
COMO
MARCADOR
DIAGNÓSTICO
DE INFECÇÃO
EM
RECÉM-NASCIDOS
SUBMETIDOS A
TRATAMENTO
CIRÚRGICO
Trabalho apresentado
àUniversidade
Federal
de Santa
Catarina,para
a conclusãodo
Curso
de
Graduação
em
Medicina.
Florianópolis
Universidade
Federal
de Santa
Catarina
ESTUDO
DO
ISÔMERO
DEXTRÓGIRO
DO
LACTATO
Í rw
COMO
MARCADOR
DIAGNOSTICO
DE INEECCAO
EM
RECÉM-NASCIDOS
SUBMETIDOS
A
TRATAMENTO
CIRÚRGICO
Trabalho apresentado
àUniversidade
Federal
de
Santa Catarina,para
a conclusãodo
Curso
de
Graduação
em
Medicina.
Presidente
do
Colegiado:
Prof.
Dr.
Edson
José
Cardoso
Professor: Dr.
Maurício
José
Lopes Pereima
Florianópolis
Universidade Federal
de
Santa
Catarina
DEDICATÓRIA
À
Siumara
Conti Pereira Alberti (in memorían),meu
modelo,minha
amiga,meu
exemplo
de vida.À
meu
pai pela atenção e serenidade.À
minha
mãe
pela garra e vontade de vencer.À
Sylvia Carolina Araújo Borges, por seuexemplo
de dedicação e perseverança.À
Vanessa
Araújo Borges pelo apoio.À
André
LuizMeira
Kersten, pela cumplicidade.Um
agradecimento muito especial ao professor e orientador Dr. Mauricio JoséLopes Pereima
não só pela dedicação e paciência,
mas
principalmente peloexemplo
de profissional, pessoaeamigo.
Aos meus
amigos
Gertrudes Luz, Gianfranco Colombeli, pela participação ativa neste trabalho eem
minha
vida.À
Luciana Krause Santana por todo apoio.A
Rita de CássiaBrandão
Delgado, bioquímicado
laboratório Ciência, aos residentes e ex-residentes
do
serviço de Cirurgia Pediátricado
HIJG
(Andrea
Paula de Souza, Braulio XaviereLuiz Roberto Bastian) e à toda equipe de
enfermagem da Unidade
de Terapia Intensiva NeonatalHIJ
G
pelo auxilio, atenção e paciência dispensados,sem
os quaisnão
seria possível a realizaçãodeste trabalho.
SUMÁRIO
RESUMO
... ..vi
SUMMARY
... .. vii1
INTRODUÇÃO
... ..01
2
OBJETIVO
... ..04
3
MÉTODO
... _.O5
3.1
Amostra
... ..O5
3.2
Procedimentos
... ..06
4RESULTADOS
... ..12
5
DISCUSSÃO
... ..18
ÓCONCLUSÃO
... ..24
NORMAS
ADOTADAS
... ..25
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
... ..26
APÊNDICE
... ..29
VA
infecção se constituina
principal causa de óbitos e complicaçõesem
cirurgias pediátricas.Muitos
marcadores foram testadosembora
nenhum
com
especificidade e sensibilidadeque
pennita o diagnóstico precoce da infecção.
O
D(-)lactato éum
produto exclusivodo metabolismo
bacteriano, metabolizado lentamente, excretado inalterado pelo rim e utilizado
como
marcador
deinfecção.
Foram
analisados recém-nascidos(RN)
com
doença
cirúrgica, internados porno
mínimo
5 dias, naUnidade
de Terapia Intensiva Neonataldo
Hospital Infantil Joana deGusmão,
de 1° de
junho
de 1999 a 30 de junho de 2001 e distribuídos nos grupos:Grupo
I(RN com
dosagens de D(-) lactato
menores
que Zug/ml),Grupo
IA
(com
infecção);Grupo
IB (sem
infecção);Grupo
II(RN com
dosagens de D(-) lactado maioresou
iguais a 2ug/ml);Grupo
IIA(corn infecção);
Grupo
IIB(sem
infecção).Foram
realizados coletas diárias de urina paradosagem
do
metabólito. Observou-se que:60%
dosRN
masculinos apresentaram D(-) lactato2
Zug/ml
com
infecção;55%
dosRN
com
D(-)lactato<
2ug/ml
com
infecção são prematuros,embora
53%
dosRN
com
baixo peso apresentaram D(-) lactato2 Zug/ml
com
infecção;80%
dospacientes
Grupo
IIA tiveram plaquetopenia sendo que adoença
mais prevalente neste grupo foi agastrosquise.
Concluímos que
as alterações laboratoriais e clínicas mais exuberantes relacionados à infecção, foram encontradasno Grupo
com
infecção e níveis de D(-) lactatomaior
ou
igual aZug/ml.
SUMARY
Infection constitutes the
main
cause of deathsand
complications in pediatric surgeries.Therefore,
many
markershad been
tested althoughtnone
with specificity and sensitivity thatallows precocious diagnosis of the infection.
As
D(-) lactate is an exclusive productof
thebacterial metabolism, poorly metabolized
and
actively excretedunchanged by
the kidney,we
opted to study this metabolite as a
marker
of infection.We
analyzed neonates with surgical illness intemed in the neonatal intensive care unit of the Hospital Infantil Joana deGusmão,
at least 5 days, since ls* June 1999 to 30th June2001 and
distributed in groups:Group
I (neonateswith dosages of D(-)lactate lesser than
2ug/ml
)Group
IA
(with infection);Group IB
(without infection).Group
II (neonates with dosages of D(-) lactate bigger or equal 2ug/ml);Group
IIA(with infection);
Group
IIB (without infection).We
colected daily urinary samplesand
D
(-)lactate
was
measured. Itwas
observed that:60%
of themale
neonateshad
presented D(-) lactate2.
Zug/ml
with infection;55%
of the infants with D(-)lactate<
Zug/ml
with infectionwere
premature, although
53%
of the children withlow
birth weighthad
D(-)lactate2
2;.tg/ml withinfection;
80%
of the patients inGroup
IIAhad
plaquetopeniaand
themost
prevalent disease in this groupwas
gastrosquise. In infants without infectionnonnal
levels of D(-) lactatewere
detected,and
those with infectionhad
incresed levels of D(-) lactate.We
notice exuberant sintoms in children with D(-)lactate levelsmore
than 2|.tg/ml.Infecção é o termo usado
quando
um
organismo patogênico invade,começa
a se multiplicar dentro dos tecidos estabelecendoum
foco séptico e iniciandouma
respostainflamatória. Este
fenômeno pode
ser desencadeado por vírus, bactérias, rickétsias, fungos,protozoários e helmintos. Estes elementos
podem,
pela sua presença, pelos seus metabólitos(endotoxinas, exotoxinas
ou
enzimas)ou
pormecanismos
imunes, desencadear Luna reaçãono
hospedeiro.
Dependendo
da intensidade desta reação, a infecção poderá ser assintomática,localizada
ou
generalizada, de maiorou
demenor
gravidade,podendo
atémesmo
desencadearchoque
infeccioso e óbito.A
sepse representaria a situaçãoem
que o organismo responderiasistemicamente a
um
processo infecciosol.O
processo infeccioso é paniculannente graveem
recém-nascidos (RN).Apesar
dos avanços naabordagem
deRN
internadosem
unidades de terapia intensiva neonatal(UTIn)
edo
uso de antibióticos de largo espectro, a sepsepermanece
como
a maior causa demorbidade
e mortalidade
do
neonato2”3Y4'5'6.A
análise dos processos infeciosos graves,em
especial osde
origem bacteriana, mostra que sua incidência é, proporcionalmente, muito elevada
no
períodoneonatal.
A
septicemiaacomete
l a 10RN
para cada 1000 nascidos vivos e l para cada250
RN
prematuros7.A
gravidade das infecções e,em
conseqüência, a letalidade, são acentuadasentre os
RN.
Grande
parte dessa situação é decorrenteda
imaturidade dosmecanismos de
defesa nessa faixa etáriag.
A
prematuridade é o principal fator de risco na sepse neonatal.Os
neonatos pré-termo
têm
deficiênciasno
sistemaimune
ainda mais significativas dosque
os atermo,
quando comparados
com
os adultos.A
extrema imaturidade da pelepode
também
enfraquecer a barreira cutânea.
Além
das deficiênciasimunes
esses neonatostêm maior
probabilidade de sofrerem procedimentos invasivos, receberem antibióticos de largo espectro
e necessitarem de prolongadas estadas hospitalares, favorecendo a aquisição de infecções por
agentes hospitalares, virulentos e resistentes antimicrobianos,
aumentando
as dificuldadesdo
tratamento.
O
usocomum
de catéteres venososou
arteriais centrais proporcionauma
portade
entrada para os microorganismos através da barreira cutânea íntegra.
De
igual importância é ouso desses catéteres para infundir nutrição parenteral total
ou
emulsões lipídicas intravenosas.2
prolongada
ou
uma
traqueostomia,que
podem
fornecer acesso direto àmucosa
pulmonar, suprimindo osmecanismos
de defesa inatos taiscomo
a tosse e a ação dos cílios.Assim
oneonato pré tenno é submetido, não só às fraquezas inerentes à defesa imune,
como também
à exposição a fatores de risco2”9'l0.Além
disso, o diagnóstico e 0 tratamento das infecções neonatais são,em
geral,complicados por doenças coexistentes
do
RN.
As
manifestações das doenças infecciosas nosRN
sãoextremamente
variáveis7,em
vista disso, o diagnóstico de infecção é particularmentedificil nesses pacientes.
Apesar
de todos os avançosno
campo
da
microbiologia, as infecções continuam sendo aprincipal causa de óbitos e complicações
em
cirurgias pediátricas.Embora
ao longo dasúltimas décadas a mortalidade
venha
decrescendo, amorbidade
continua significativa.Nos
EUA,
cerca de25%
das infecções hospitalaresem
pediatriaocorrem
em
pacientescirúrgicosl 1.
Nos
RN
submetidos a tratamento cirúrgico, as complicações metabólicasou
anecessidade de substancial magnificação das respostas adaptativas induzidas pelo estresse
podem
desregular o delicado balanço metabólicodo
neonato, já envolvidono
processo de adaptação ambientaldo
período pós-natal.Além
disso, as reservas nutricionaisdo
neonato são limitadas e os processos de crescimento e desenvolvimento, todos de altoconsumo
energético,ocorrem
simultaneamente àdemanda
adicional desencadeada pelotrauma
cirúrgico.
A
resposta metabólica ao trauma cirúrgicopode
simularou
mascararum
quadrode
infecção, confundindo o
médico
e dificultando o reconhecimento precoce deum
quadroinfeccioso”.
Dessa
forma,com
o objetivo de se obterum
diagnóstico precoceda
infecção, pennitindouma
abordagem
terapêutica adequada,melhorando
a resposta ao tratamento do hospedeiro eoprognóstico da doença, muitos marcadores
têm
sido testados, taiscomo:
contagens deplaquetas e leucócitos, excesso de base, fator de ativação plaquetário, fator de necrose
tumoral, radicais Oz,
complemento
etc. Entretanto, nenhtun delestêm
apresentadouma
especificidade e sensibilidade que permita o seu diagnóstico nas fases iniciais da
doença”
'14.Outro
marcador
em
estudo são os isômerosdo
lactato.O
ácido lático está presentena
natureza
em
duas formas estereoisômeras,denominadas
L(+) ácido lático ou L(+) lactato eD(-) ácido lático
ou
D(-) lactato.Enquanto
o isômero levógero L(+), é produzido pelodextrógera D(-), é produzida exclusivamente por fonnas inferiores de vida,
como
as bactérias, resultadodo
metabolismo de carboidratos”.O
D(-) lactato não é produzido, sendo metabolizado muito lentamente por tecidos demamíferos, e
quando
produzido pelas bactérias, atravessa a circulação hepática inalterado.O
valor
normal do
D(-) lactatoem
homens
saudáveis é bastante baixo(menos
de lmg/l00ml)]6,mas
pode
estaraumentado no
sangue de alguns pacientes quetenham
bypass jejunoilealou na
síndrome
do
intestino curto.Nas
duas situações, a alta concentraçãodo
metabólito estárelacionada a
um
aumento
na sua produçãono
trato gastrointestinal pela flora bacterianaestagnada,
com
subseqüente absorção pelosanguems. Sua
excreção sedá
por via urináriaem
grandes quantidades”.
Sua
presençaem
tecidosou
líquidos corporais,normalmente
estéreis,indica invasão bacteriana
ou
absorção a partir deum
sitio quecontém
grandes concentraçõesde bactérias”.
Com
baseem
estudos prévios “in vitro” e “in vivo” relacionadoscom
oaumento do
D(-) lactato associado à proliferação bacteriana,bem como
diversos trabalhosterem referido este
marcador
em
processos infecciosos,procuramos
identificar 0 D(-) lactatoem
RN
submetidos a procedimento cirúrgico e estabeleceruma
possível correlaçao entre a sua elevação e a presença de infecção.4
2
OBJETIVO
Identificar o D(-) lactato
como
marcador
de infecçãoem
recém-nascidos submetidosa tratamento cirúrgico
no
Hospital Infantil Joana deGusmão
(HIJG)no
períodode
1°de
3
MÉTODO
3.1
Amostra
Através de estudo prospectivo, descritivo e horizontal,
foram
analisados osRN
submetidos a tratamento cirúrgico, internados
na
UTIn
do
HIJ G, porum
períodomínimo
de O5 (cinco) dias, de 1° dejunho
de 1999 a30
dejunho
de 2001.Os
dadosforam
coletadosbaseados
em
um
protocolo previamente elaborado (verApêndice
01), submetido àComissão
de Ética da Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC).
Os
pacientes foram distribuídosem
grupos (ver Figura l):0
Grupo
I (D(-)<
Zug/ml):RN
com
doença
cirúrgica e dosagens de D(-) lactatomenores do
que 2 ug/ml.
Gmpo
A
(D(-)<
2 ug/ml):Com
infecção associada.Grupo
B
(D(-)<
Zug/ml):Sem
infecção associada.0
Grupo
II (D(-)2
2ug/ml):RN
com
doença
cirúrgica e dosagens de D(-) lactado maioresou
iguais a 2 ug/ml.Grupo
A
(D(-)2
2 ug/ml):Com
infecção.Grupo
B
(D(-)2
Zug/ml):Sem
infecção.Grupo I Grupo II
‹D‹-›< mg/mI› ‹I›‹-›z mg/ml)
Grupo
A
GrupoB
GrupoA
GrupoB
c/ infecção s/ infecção c/ infecção s/ infecção
ó
3.2
Procedimentos
Foram
coletadas informações sobre: procedência, sexo, peso ao nascimento, idadegestacional, diagnóstico
no
momento
da internação,exames
laboratoriais, operação realizadae evolução clínica, correlacionando a presença
ou não
de infecção.Segundo
a procedência, os pacientesforam
distribuídosem
dois gruposconfomie
a mesorregião de origem, segundo os critériosdo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE)l9: procedentes
da
mesorregiãoda Grande
Florianópolis e de outras mesorregiõesde
Santa Catarina.
Para distribuição dos pacientes segundo o peso ao nascimento e a idade gestacional, utilizou-se o conceito da Organização
Mundial
deSaúde
(OMS),
conforme
tabelas l e 2 2°.TABELA
1~
Classificação
por
peso ao nascimento
segundo
aOMS.
Macrossômico
Acima
de4500g
Peso adequado
2500g
a4500g
Baixo
pesol500g
a2500g
Muito
baixo peso1000g
a1500g
Elevado baixo
P
esoAbaixo
de 1000 8TABELA
2
-
Classificação
pela
idade gestacional
segundo
a
OMS.
Abortamento
Antes da 20”semana
Pré-termo 20” a 37”
semana
Tenno
37” a 42”semana
Pós-termo
Após
a 42°semana
Os
exames
laboratoriais analisados foram: leucograma,contagem
de plaquetas,gasometria e culturas.
Os
resultados obtidosforam
interpretados de acordocom
os valores dePara análise
da
contagem
de plaquetas foi utilizado ométodo
de Rees-Ecker,que
considera normal os valores entre 140.000 e
340.000/mm3
21.Para distribuição dos pacientes
em
grupo controleou
grupo estudo, foram utilizados oscritérios de infecção definidos pelo
American
College0fChest
Phisician,em
1991 23:0 Febre
ou
hipotermia (temperatura>38°C
ou
<36°C);0
Hemograma
infeccioso (leucocitoseou
leucopeniacom
desvio para esquerda);0 Plaquetopenia;
0 Acidose metabólica persistente; 0 Letargia, hipoatividade;
0 Taquicardia (freqüência cardíaca
>90
bpm);
0 Taquipnéia (freqüência respiratória>20
rpm).A
infecção é manifestada por duasou
mais das condiçõesacima
citadas e/ou através decultura positiva.
TABELA
3
-
Valores
normais de
célulasbrancas
econtagem
diferencialde
leucócitos.
Idade
Leucócišos BastõesSegmentados
LinfócitosMonócitos
EosinófilosBasófilos
(E/mm
RN
9,0-30,0 1,61 9,4 2,0-11,0 0,4-3,1 0,02-0,85 0-0,649,10%
52%
31%
5,8%
2,2%
0,6%
24
horas 9,4-34,0 1,75 9,8 2,0-11,5 0,2-3,1 0,05-1,0 0-0,39,20%
52%
31%
5,8%
4,1%
0,05%
1semana
5,0-21,0 0,83 4,7 2,0-17,0 0,3-2,7 0,07-0,9 0-0.256,80%
39%
41%
9,1%
2,8%
0,04%
1mês
5,0-19,5 0,49 3,3 2,5-16,5 0,15-2,0 0,07-0,75 0-0,24,50%
30%
56%
6,5%
2,5%
O °‹›TABELA
4
-
Valores
nonnais de gasometria
arterial._pH
7,35_
7,45_pCOz
35 -45
_poz so _ 100
HCO;
22
-26
8
Todos
os pacientes receberam os cuidados de rotina para suas respectivas doenças,sem
nenhuma
espécie de preparo antesdo
exame.Foram
feitas coletas matinais de urina paradosagem
do
D(-) lactato, durante o período de estudo (pós-operatório da doença cirúrgica),assim
como
acompanhamento
clínico desses pacientes.As
amostras de urina foram congeladasem
refrigerador próprio eencaminhadas
aoLaboratório de
Bioquímica -
Laboratório Ciência-
do HIJG,
em
grupos de 30 amostras, paraa
dosagem
do
D(-) lactato,conforme
metodologia abaixo:l.
Dosagem
enzimática de D(-) lactato:Para esta determinação foi utilizado
um
“kit” dedosagem
enzimática de lactato (LactateKit
826-B
e L20]I,Sigma Chemical Company,
St. Louis,MO)
quecontém
aenzima
D(-)lactato desidrogenase, a solução
tampão
(Glicina- pH=9)
e o co-fator (NicotinaminaAdenina
Dinucleotídeo
-
NAD)
para a reação.Esta reação
mede
indiretamente a quantidade de lactatoque
é catalisado pela D(-) lactatodesidrogenase
(DLH)
até piruvato, utilizando aNAD
como
aceptor de hidrogênio,conforme
areação:
P|RuvATo
LAQTAT0
O
LACTATO()-\
II DEsonRoGENAsE()-\
lIC¬$CH3
_í“1”
C*
CI-I30/
(N
0/
V
NADH
+H NAD
H
A
reação ocorre de direita para esquerda devido aos excesso deNAD
com
aformação
depiruvato e
NADH.
O
segimdoPF
removido do
substrato é liberadono
solvente aquoso.A
absorbância
do
NADH
formado
serámedida
pela espectofotometria a 340 nanômetros, considerando a diferença de seu espectro de absorção nestecomprimento
deonda
(ver figura1 °›9
íNADH
sor 0_7 __ :Ê 0.6 ~- a 0,5 -- 0,4 4- 0,3 4- 0,2 4- 0,1 ,- ___. __., ,,,_2_._..._.*fW . . O . : : : : : : : 1 . 200 220 240 260 280 300 320 340 360 380 Comprimento de onda (nm)Figura 2 - Espectro de absorção ultra-violeta.
A
seta indica a diferença máxima da absorbância doNAD
eNADH
em
relação ao comprimento de onda”.A
dosagem
enzimática de D(-) lactato foi realizada comparando-se a “solução padrão”(obtida
com
163 ul deDLH,
10mg
deNAD,
2ml
de soluçãotampão
Glicina e 4ml
deagua
destilada)
com
100 ul da amostra, centrifugada previamente a 25.000rpm
durante 5 minutos.A
amostra e a solução foramhomogeneizadas
e incubadasem
banho-maria a37°C
durante 15minutos para que se completasse a reação.
A
leiturada
absorbância (correspondente aformação
deNADH)
foi realizada a340
nanômetros
em
espectofotômetro (Micronal B-382,USA)
e os resultados anotados para aconfecção
da
curva padrão.2. Elaboração da curva padrão de D(-) lactato
A
curva padrão foi previamente elaborada para a conversão das absorbâncias obtidasna
10
TABELA
5
-
Soluções
utilizadaspara confecção
da
curva
padrão
com
suas
respectivas
concentrações de
D(-)
lactato eabsorbâncias
obtidas”.
~
TUBOS
Soluçãopadrão
Solução
Agua
Absorbância
(NAD+DHL+
D(-) lactato destiladaqsp
correspondente
Glicina+água)
conhecida
750
ul aformação
de
D
o HI E1Egml
HINADH
Nm
250
490
, 0O\lO\U1-i>L›JI\J\--^ 10* (0,5 ug/ml)250
20* (l,0 ug/ml)250
40*
(2,0 ug/ml)250
60* (3,0 ug/ml)250
80* (4,0 ug/ml)250
100* (5,0 ug/ml)250
20**(10,0 ug/ml)250
40**(20,0 ug/ml) 9250
60**(30,0 ug/ml) 10250
80**(40,0 ug/ml)Branco
- 0 011 0,030 0,075 0,093 0,114 0,139 0,203 0,433 0,615 0,812 0000
*solução com 37 ug/ml **solução com 370 ug/ml
Absorbáncia 340
nm
0,90 0,80 0,70 0,60 0,50 0,40 0,30 0,20 0,10 0,00 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0Concentração D(-)Lactato ug/ml
Figura 3 - Curva padrão de D(-) lactato em fimção da leitura da absorbância a 340 nanômetros e da concentração conhecida de D(-) lactato”.
Esta técnica de
dosagem
enzimática, após padronizada, foi automatizada e realizada por4
RESULTADOS
TABELA
2
-
Distribuição
dos recém-nascidos submetidos
atratamento
cirúrgico
internados
na Unidade
de Terapia
Intensiva
do
Hospital
InfantilJoana
de
Gusmão,
com
esem
infecção
eD(-)
lactato urinário
maior
emenor
que
2|.tg/ml,no
periodo
de
1°de
junho
de
1999
a
30 de
junho
de 2001,
segundo
a
procedência
em
número
(n) epercentual (%).
Grupo
I (D(-)<
2pg/ml)Grupo
II (D(-)2
25g/ml) T0ta¡0
Com
infecçãoSem
infecçãoCom
infecçãoSem
infecçãon
A
n%
n
%
n%
n
%
Gfaflde, . 2 20,0 2 Florianopolis OutrasW
9 80,0 3 Mesoregioes 40,0 10 70,0 60,0 5 30,0 14 45,0 17 55,0 Total 11 100,0 5 100,0 15 100,00
1 00,0
31
1FONTE:
SAME
- HIJGTABELA
3
-
Distribuição
dos recém-nascidos submetidos
atratamento
cirúrgico,
internados
na
Unidade
de Terapia
Intensiva
Neonatal
do
Hospital
InfantilJoana
de
Gusmão,
com
esem
infecção
eD(-)
lactato urináriomaior
emenor
que
2ug/ml, no período de
1dejunho
de 1999
a
30
de
junho
de 2001,
segtmdo
o
sexo,
em
número
(n) epercentual (%).
Grupo
I (D(-)<
2¡¿g/ml)Grupo
II (D(-)2
2|¿g/ml) T0ta¡Com
infecçãoSem
infecçãoCom
infecçãoSem
infecção%
n
%
n%
n%
n%
ll Masculino 4 40,0 4 80,0 9 60,0Feminino
7 60,0 1 20,0 6 40,0 17 55,0 1445
0 Total 11 100,0 5 100,0 15 100,0 0 100,0 31 1 ,FONTE:
SAME
- HIJGTABELA
6
-Distribuição
dos recém-nascidos submetidos
a tratamento
cirúrgico
internados
na Unidade
de Terapia
Intensiva
Neonatal
do
Hospital
InfantilJoana
de
Gusmão,
com
esem
infecção
eD(-)
lactato urináriomaior
emenor
que
2ug/ml,
no
período
de
1°de
junho
de
1999
a
30
de
junho
de 2001,
segundo
o diagnóstico
no
momento
da
internação,em
número
(n) epercentual (%).
Grupo
I (D(-)<
2|¿g/ml)Grupo
II (D(-)2
2|¿g/ml) TotalCom
infecçãoSem
infecçãoCom
infecçãoSem
infecçãon
%
n%
n%
n%
n
%
Gastrosquise 1 9,0 1 20,0 6 40,0 - - 8 25,8 Obstrução intestinalECN
Atresiado
esôfago Hidrometrocolpo Perfuração intestinal Hérnia diafragmáticaMegacolon
congênito Onfalocele 2 1 4 1 2 13,0 9,0 7,0 9,0 18,0 2 1 1 40,0 4 22,0 20,0 3 20,0 1 1 1 20,0 - 6,0 6,0 6,0 19,3 9,ó 1ó,1 3,2 3,2 12,9 3,2 9,6 Total 11 100,0 5100
,0 15 1 00,00
100,0 31,0 100,0ECN:
Enterocolite Necrosante Neonatal15
TABELA
7
-Distribuição
dos
recém-nascidos submetidos a tratamento
cirúrgico
internados
na Unidade
de Terapia
Intensiva
Neonatal
do
Hospital
InfantilJoana
de
Gusmão,
com
esem
infecção
eD(-)
lactato urináriomaior
e
menor
que
2ng/ml,
no
período
de
1°de
junho
de
1999
a
30
de
junho
de 2001,
segundo
os
exames
laboratoriais,
em
número
(n) epercentual (%).
Grupo
I (D(-)<
2¿g/ml)Grupo
11(ng
z
2¡¿g/ml)Tom
Com
infecçãoSem
infecçãoCom
infecçãoSem
infecçãon
%
n
%
n
%
n
%
n
%
LeucocitoseLeucopenia
Plaquetopenia Acidose metabólica Cultura positiva 3 27,0 1 20,0 10 66,5 - - 14 45,0 - - 2 40,0 4 26,5 - - 6 20,0 4 36,0 l 20,0 12 80,0 - - 17 55,0 6 54,5 - - 8 53,0 - - 14 45,0 1 9,0 - - 6 40,0 - - 7 22,5FONTE:
SAME
- HIJGactam mcgl100m _? âf D -b 0) 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Figura 4 - Distribuição dos pacientes do Grupo IA:
RN
com doença cirúrgica e dosagens de D(-) lactatoD(-)Iactato mcgI100mI
W
_/ TWE _ . z _. .. _ ¡|››‹. '‹ «J _=› f » ‹ .a za 4 ._ `× ._'”\Ií___. s, k~ gw “~"=*':f .M 'Vá'ag?
*äëä _ \‹ N z.. ¬ À;-g . ‹~ _:‹‹›*F2~*â _~f«w2;?f›a'z..x“`<ea
¬.>_._z~‹›*-~=.›' fã ea ya, - =' -_×.-=°“ ›, .t z~ . za. * ‹, 4-. 1 1. - ?'.~.›~ ' >'."l‹ '.:~f-_ .rf › s íëfil* us z3¿§'°"`”*f"*"§ *ÁÉ "' *~1°%w‹~fÍ*›»"*×›1`f'ä ' _. _ ' ___, z- -_ 'i' if-“ t'-.Mz__._h :_ 1.” 'wet _; 1 .â z‹,\׋ .zxêvw 7 _' fe' »~ "!*_\ ~ .zí WI» .‹«\z_\1 ñ' M» _ iq; *fi _ "_ ,__ Va i1.¿›é'¬^4f"-#2' \\.` 1' '‹ *'¿-‹£'i'fâ›Í- -l;Í!¿šf`~(\‹'. =. '~zc‹ Yi; ¬-,'‹,.z~_ ;-É -
.7_z:¬*‹.\Ê«'31 .--_ -¬1~.'¡_~‹››_z_*;?¿i-.›¬__\»¶_›e _y. z»,‹ __-.~.-zzaz 53 ;1_ ¿;.;-r:‹;z.-Õ› -fwzzi ~¡1›¡s§fl zm- ;f,\ W rÂ+¿5_:
P §s_\w»fi3W\ (?,šÁí_.R¿___š:›¿$,¿¿3.äyf¿ l¿¡‹@`v+‹»,@*^`_§¿í,§š§§f;§¡¿.:§vfl?fi§¡__fi_¿.¿_¿¿_¿›__¿~,1§§{›:1›»‹›1,¡í¿z%,f; .*¿_3¡}Í¢.¿¿_¿¿fz¿Í:š_qiz.‹›§?~¿¿_ 1 ig? 3 'SM N _¬.;_&¡_ ¬if<~< se 1 :¬-___ °_ _. _ .._ _.› ._ ~_ fr ‹_.z_~¬~.._ ,_ z.zz.. f'z~r* ›-.à W... .p,¬..‹¿‹¢‹.-1.' .=:ê,¢¬.=_5§==‹f. =~,%**f=“~âã1\»:-.«:»z‹z.“~»¬L¬e« «Â v ,i .;'‹.,z›%*§=_\‹ f‹~==.:-«z‹v _ ~ ~' _. ~‹z
-z
' ' .zz‹*f;::v_¿'1_|' _ wf. › ç¿ 0,5? “_ z~ H >__‹'.'*Í= 5 3~' t “%§ 'mWA\›:ü¡:;;L‹'"›r.'t ".‹f›.›¡ši" 'fiiäw '^`×a;›š<ãv(';:;?`_`“›`z'¿›¿'›"\› Hi'-É ‹'¡`~;`:,1"'a~?r› 'làfnwv`›äz.Êy¡ââ;š=1Ç›.›¬‹Ã"i;z§\)Ê'~g|>v '
~ ~ . 1~__z›**%fi-z - -1 «z _
W
1.- ,¬ 'Hs ~ “sf-ë' _z, 'W,
.~›L._.~,._ - ‹- = .gia ._ - _`_,_ __ ';(z›,_-- ._!\~_.'-._¡-_ fria, - , * 1, ,z,\¡»z› Jtk .z_‹‹_ 5% _ ¿,,]§`¡¡¡Í`‹,, V_¡¢.?š_%§è z ,Ê __¢_.._._, ¡. ¡__ À» r. _ . uvz §' _ 4 it É f.. 1 {:f=f*-§i*'f~ :*ÍÊ““' õ~¬:z~*.‹' ' _- '~ i f 1.»›z‹£fí.$‹¡.'‹*§›“ͧzz§“rÉ ~"@.Í" '^'¬'Í}¡¡xh;i?!-*iv-‹~Ê'1>\\ 'Í 1 ~#¿¿,.' É1- = '› Á='äi`r=\¡_'¡,\*à.*:f"!'ͧ¿‹}°«z !~")“›'+‹.› flw» '-fií1*:¢›«.‹›.‹ff.~, '
ff. .w z _›z_›»‹ ‹. -~"\=› f~ ».~ ¿,\,‹_z¿_i5¿¿._à %ê,¡~-_f.,«¢¿ _<*«§;,z¡z)l¬ñl/¿â¿§`_,..__j¿W..‹_\, '_ __ __ _¡__ . . 1 W? . . __ _ ¬ 0
za
___Ê
as . ~ 1 ra, 0 5 10 15 20 25 30 35 \,,¡$ Êífr É ~ “';› ~' *;€›§;›_›áz._'$¿7”Ê"' =¿.â;_~,«fl;'.*~w_.¿.=z4._z.-¿_,.vz›2§-,-.¿z=?,¡:§,'Ê% ._¿z¿:¿g¡zz_$*:“ _›_. _ ›_y¬_ _._zz_¿›¿¿~¢_fÊ.Ê'í§j§¿;:Íǧ`a{nx:1š=1..:.¬_.,_<._.,¡ JJ* 'Q 43: *_ `‹~ * *' fi _.. . __. ¬¿`;: \ f.;~*¡'x, z¿z__,n§¡¿2\. ~ ¬zié‹.~.:' .«‹-3 '‹ zgfzêõ: ,zw É . az ea zw :I -É Mk *sz ea Ê? 11?F f fi‹ Hz 3 ¬›~z ƒ~ 1 ^'~§__¿.¡j@t': (_Q
_; _ ¡__¿ __' '-. _' _ .› _- _'‹-wa, z›‹‹_ .~›y.~-m¬¡y~%¬-zzzzzv j _e;-'1¬zj›v'=,=;í_rrz=1_›z»ê,-' .›f,¡,s=*¡ m¬-n-›y‹. =‹.‹~_ z›_~.‹¡¿.--_ ¿~,,¬¡‹z,y1¿¡_-z_.¬-«I
*ãz-=z.:
Ê
šõz 'WC- *ía Ê' šea 55 <¡_.=_-` '%" Fi fas 5%* se /fã \¡‹¿.‹';¿fj_1z.'\*_«/tüz* '_ __j=z‹) 1 _ 1,__ y . ¬ 1-› «_\.;-1; i .~- ‹›-‹zêš-z ii: El- ‹L¬.1 ztâfi 'ÊFigura 5 - Distribuição dos pacientes do Grupo IB:
RN
com doença cirúrgica e dosagens de D(-) lactato<
D(-) mcgl100mI 6,00 5,00 4,00 3”oo .N Oo 1,00 0,00
2|.ig/ml sem infecção associada.
é` ` 4' «fiz 2% zã E me 6 fa °Íš=a $` šía “if Ê-W* É _______. #11
Ê
Ê
_ _ _ _ _ _ _ _ .x .J-;_›._¬__ z .«â;›..`. _~:_f__,~z ___ _ ,'_'r11z ' .\,‹:íëL‹._z -›~í~z_¬.J Lv '_ ›»; 1 ‹›_fi¡* `*' '~ ~^ -*HL3;» =íf‹*}ã'\*›>^YI×~›*-~,';**=-š'H??Íä1!Íf×*‹£* *R$41*'-››§;_*§\>ã`~É%wz¿›*1›âlls'@1~%P¿§sz›rš‹~\»í¡~?Kt:=*.ë›a-';fʧ§`1VLw›¶2¿R<*7á¡:.«Í\\% ›*á\Í$`á9¿f'11 f'°›l*“U'ë`W 'i -"$f¬'*ffi¡*""*4*“5¶`*ë'¿‹-'§'#»*Ê\”¬ší^'*,š›?»'1¢' °-* 1 _› “ ,- - .w ; H. ¿ 1 'mr ,› z›__¿. `\ z R 31* W* ~ 1+. 1%. “ `*“'~> ~›' *_ .¢_ 1 É :M 'M _ ;3f;¡¡“‹_}›\§§ 1 ,› gi* ¬ U 1.» ufiiv *fi _~z 111 gi _1,';g_;¡__%s_@¿»1;‹.êr§_«¿_›1_\}.1,r;›*.-›mw,¿1;¢r+g*à*; 'zfl¿ ~fiz‹.3pf¡m.« âfêérzzfiç ;» za w1?_~àâ_×!ë .__'.¬:~ - H* _~'z¬_._~,_-^~ z=;._z=..r'‹ ' ~f* ' Ms* ¬* '*f.¬~í'« "› *Mw -›› ' * ' 2 .f _.-' 1 \ uz Í' .u,.›. }z¬ « ›?'_'Á¡_ rã ft rã
b
iríišlrt wa» › . z , \ 11 ~ ¬ 1 Q f I Í n ' » ~ '-;=‹:^~,=_-=: '_ -. v,-,‹; " P, ~ . _ -Lú-‹;:=‹.¿».._-,~_¬-'_' -››_.~. ,_ -5-__r-j_f‹‹,--s 'f-z‹; '_ :›__ _ ¬__: «_ _ _,,._ _ › z ,. _ , _ . « » Y ~-7 'Ê ši›‹~~-~‹3¿Í«>'f ff*' ~, “'=:%õz*1¡Ã*§E*?'z'?'-a‹z'¿¿\i=§à'ê »..¿¿1*_f;< k;f.¿.a«ú_g;§¿ ;¡¡, 1 v_`5~rz-:›.::i§ ›=z~“'›_š,¿«!‹5¡:z› '-'f1“4i×›s`›z'-as-.§~>.-_ -z 1' .‹'3¢*`ãf.›‹ê‹fâ1;1=‹«:›'._.;~.afi..__‹~-5% if.-W'@'›-\ -=_" 1- «gti ge. â.‹1.».z~»w 1: . -T '-'‹1.›- .sw-;~fL‹x'~;:'êf-.*L~.:_:.-~.›‹‹ ~ .¶‹°z‹~›§«;r°¬f»..z \.'f'iÍz¬í>. ›é=_.»1~z~=›\-‹~.z‹›‹ ff if wa- ~á.=z¬-¬«‹'‹~›K'”«^i§;,›*'<1fl_›.‹...f-'1%-HH ~f~“'-*Y w‹'u¿í?\zê»›*=ƒ.‹>â-fêz-i1›-‹‹u11¿.«. z,‹u› -~-›Í-z;s,¡'2\â-~- ›f'›--z M--‹1z‹.›‹‹~.z'ê:,:!
Í>`$€Êq(Y›'âÉ&fl¡‹'ÍÊ*-'£1.‹_›r«*,“¡‹'~›¿.š.í'›y\,\¢_í›. 5›f1Z1tAzê°f¿*n<1¿¡*"i›:=~.‹¢g!'ä'*¬Ê”i?âr~>›^ -sê¬f:'$1%z.'¶Ê§'¢^.=*^"Y¡Êv"' -‹- -z‹J°¬:?í=..çÇ‹.'.ã» 1°'-vz:-=*=,›.,rz1Ez_§5›.,.¬yz~1',}zi\‹,$'›2*i€.z`L›>.¡aff ‹11›m z3‹?“¬z'-,.\-;~-,‹z.›1§a3.'?€'f-›_,,¿‹¬-*.i‹ «rf..#%óf›$§z_-.‹‹.¬i¢\.õ;.%`9315'\=f=.ç}Ê$ñ$a~"'11%.
~,§z_\\1y¬›_1.«..-*.'-‹ ‹z;f›â‹ë`.,‹f=»,\z-;,-‹à~_-_4-.~¿ fiízza-¬¬zz'1›'¿'».~_â» fz
"~*«'*;^f›*‹*~\f fw. _;~'-,.'z\>:f'_z1'.¬_r.f›¬1'¬1~^`fi"‹<::~wâz_f;; 1'-›e.‹v"' “'«.=._›'-'f:sr».f'>-§='-=â:"~"°:'fi'Iw~ z'f1*:z*ff;r›:‹f- \zf_\1"'¬'_*'*='~ffâ'z\'íz>'?v:›. W'=`r*1'=:';:z;~‹_:
W
~:'z_¬.:"_f\rz<."'.¬` . 'tra zmI fa' _ _ Z __âi'f É* ,E zw «fe
na ~_.-= _ na .~z.‹ »;..«_,_¿‹_.._f'$Ê"-.â. -à.w›_<z¬-asas .§;__ zum ~.~.› az-.‹
_ .-:ás .~ ,.z~_.-2-~ z 1 '*~‹. z . .._c_ sf -H _ -_ V . R.-. i'>..-./.zz.1._.,? z ›,.._». . _-.›.~.i 'L ~‹»»- Y'-¬.._ __¬š_,‹.»z -.*‹h¬
___ z-_ \=?fl_‹~_¢-? ›=«'~.- ›'.¿*.e.‹3.'..._z...<*w _ _ _ _ _ _ _ *Wa ` ‹. "-,"¬_.-;_' -_I ' 21 -~ PR-f . vgvffz _l'~-;¡ _ > 49. '12' “›í,.-'Çz-*' Ê? '¬'*.- _~^L¢›`:", _ 2 "‹“¿ Í z_<2*_‹".~.z€^*__*`- _ L_Y”;_ ;'¿jg-- . ;› -(I _ _ _ _. _ . ` _ W, - i _ '_ =-= :Lz ..=›-me 1 ' N i
H.. I* _z~z~_~_¬ ~.› _~¿;._z~_,;‹à_.z¿z_‹is ‹_: W; ,‹:,Iz~ _ _.»__@:»â¢.~,‹â1;‹,=.¢z.,‹,«.,;‹.,;F_. .~-›'1f.»\.~›-z./zw... ,W¿W¿;_.rä»,_,&;ÍÊa¿â¢¿@‹afëêõ§rzz§;§ mz .›â-¬í/.v ,Hz É-' ~ V " ' ‹_*z_.~‹.-z¬›._'‹<¬ -‹ 1. '~ 01. iäi-.*.¬.=‹'‹.*à.=.<'›;!! › «_~~.¬ n ¬, .. - ‹ z ¬ _ J . . *ti ‹ ~-;`“»à<=z,z< %"'=
. W : ‹__;.._'~; ;1_¢r»__ ¬
fé .i.'z:--__'_.z_‹_..‹f~-,_¿__:«fc _. '_*e‹'__‹__@f¬,_-'zm'9;-\' -ta: 'z:_¬_z';\'.z^‹âI_:^ ‹~v_ z =^;z.é; ›_~,¡*_;*_'à:-';,',-T: _',¬ :JL j:'_‹~,,_~¬_“;._.-1. \'- '°.~ '.^‹_ë2;›‹,'~.~_‹'._--f_~ ._ .;~í',,_f..-
1.1, ~ . ~ 'fi'¬=';='»'»wfzzz,--'Iz‹:'z =-«~z--=¬_-›¬ê1=- ‹'_.. ' vw ~;I‹^.'í==:›‹-=:.;'=«^.× f.:.1-_- Jz›=_=›_›_'_z'_-__.'-z-._f\;:;: ,,?§!#&§¿úv¿¡¿zzÃz»¡z ‹Q._~‹¡«-+;1«â;gz‹á}pz:¿).MwL_f.e¡;z;¡~¿«z¿a~.f¿§›_¡›=¿¬'~›‹›*1‹‹z‹=!~¢@sêê§z¡â«fzz‹z;_.~5\.«>«wfi-g:‹çz.ââ1z~›~zzzaw1;;zwvzaêzzâ¿‹<,¡zâ‹¿¿¡__za:q;_à;‹ê¿z=a-mi-s`§*f‹1E1?tz.z¡1w<¡›.z»wz=-z z_,_..,¿_ W:-';?._fz“"‹s;a=zE¬¶â,=15 _›š-:'›_,; :__ _›¡=,¬<_\íL' .`1›: ~1R.<:i' _ - U; ‹._- =-*^;'_1\l.'“'~z_\:£=í:`v_H`~»_ "';_fl1=.›< '-_~_w>_~_-,L ;i:'i_ -zj-i:'›_.¿2f~=‹;~;w=_'.›¬t: z_!..':¬z›"s'- fL«_1'1›.›.¿_z.11_-;. ^ `‹3u'~'\_-'-.ii=_›z;f;¬¬-'=1â'_.z;;'¬_=_;-ig vw ,‹1:‹!t1'z:a¿fôwmmzêiQM»%¢iwê;<õz1:==.â2¿fi».z" '<«=.â\1v›'~~..<wà‹zfl':%€w.=zš‹i*ff';‹zâwzâ=Mtê›'@:' .;‹. _=›
'›»;\=z'f‹^ “›~~.»~;i»a«._._z:~z fwàf.-f-*ía z.'r`i1'»â»~=‹z'-'z.;;›,‹-lãw “ 'a'~:1‹21;_z ‹z'_úz.zàs~¿».^sr=_É='=.-t-íwzáf'fz?êâ:@fv›3=¬›m¿zfz\_.Mia'z:1íz›â.fi;ëwê*~
1. -_ -z‹ F *\;~'zz==¬fi=,1¬.-:kz _! *ft 2 Q â.¬ z¬‹z‹;.-.' 21,1-r.z" w _”-':_ _' '_zz..«1‹ =¬'_z› ¬ If›=.»¬‹.-'L *flz¬_!-`~‹'~1 *\ L *wi-ú "z~z« 1. >š\«` if*-.`r«,-¡' ff 0 20 40 60 80 100 120 140 160
Figura 6 - Distribuição dos pacientes do Grupo IIA:
RN
com
doença cirúrgica e dosagens de D(-) lactato 2 Zug/mlcom
infecção associada.D(-) actato mogI100m à W N
Fngura 7
-
D1stnbu1çao dos paclentes do Grupo IIBRN
com doença c1rurg1ca e dosagens de5
D1scUssÃo
Uma
dasmudanças
queocorrem
ao nascimento é a transição deum
ambiente liquido e isento degermes
paraum
ambiente extra-uterino,com
múltiplos organismoslo.Uma
dasconseqüências deste evento é a possibilidade de desencadear infecção, sendo que a
mais
freqüente infecção hospitalar
em
uma UTI
neonatal é a sepse 2415.Sua
incidênciavem
aumentando
em
decorrênciada maior
sobrevida dosRN
de baixopeso e prematuros,
que
têm
sobrevivido a doenças e ao tratamento cirúrgico demalformações
congênitas.
O
aumento
da sobrevida destas crianças submetidas a cirurgias, especialmente asconsideradas "mais graves", é devido, principalmente, aos avanços nas técnicas cirúrgicas,
melhora
dasUTI
neonatais, técnicas de suporte ventilatório e nutrição parenteral total. Estascrianças de maior gravidade
têm
sobrevividonuma
proporção maior, portantocom
Lunamaior
permanência nas
UTI
neonatais, permitindo por sua vez que as infecções hospitalares seinstalem
com
maior facilidade e gravidade.Além
disso são submetidas a procedimentosinvasivos (ventiladores mecânicos, entubação endotraqueal, catéteres venosos centrais,
catéteres umbilicais) que facilitam a colonização de bactérias contribuindo significativamente
com
a morbidade, custos e prolongamentoda
hospitalizaçãozófl.Inicialmente,
em
relação ao processo infeccioso, observa-seque
a incidência de infecçãoé inversamente proporcional à idade gestacional e ao peso de nascimentoz. Verifica-se
uma
incidência 3 a lO vezes
maior
de infecção e sepseno
prematuro eno
RN
de baixo pesoque
em
neonatos a termocom
peso normal. Portanto, outro fator de risco de extrema importânciaé a prematuridade.
Um
RN
pré-termo éum
neonato imaturo,no
qual as funções de todos osórgãos se encontram alteradasm.
É
importante ressaltar que tanto osRN
a termo quanto osprematuros e os de baixo peso ao nascer são
mais
susceptíveis a complicações infecciosasquando
submetidos a tratamento cirúrgico.O
ato cirúrgico significaum
grandeconsumo
de energia,um
estado de alanne euma
situação
onde
o equilíbrio das funções ñsicas e químicas está alterado.As
endorfinas,como
resposta pós-cirúrgica,
atuam
através dos receptores hipotalâmicos para iniciar a respostasimpática, resultando na secreção de catecolaminas.
A
endorfina
altera a respostaimune
dos19
conseqüentemente,
aumentando
a suscetibilidade à infecção.O
aumento
deB endorfina
eACTH
produzum
estresse elevado, estes se encontram altosno
sangueem
períodos deestresse fetal e neonatal, e
possuem
um
papel importanteno choque
sépticozg.Em
relação aos marcadores de infecçãoem
RN,
optou-se pela análisedo
D(-) lactato.Esta escolha foi baseada
no
fato de que o D(-) lactato éum
metabólito produzido exclusivamente por formas inferiores de vidacomo
as bactérias a partirda
fermentação decarboidratos. Muitas bactérias patogênicas
do
trato gastrointestinalhumano
produzem
o D(-)lactado
como S
aureus, S. pyogenes,S
agalactiae, E. colí, K.pneumoníae,
E. cloacae, P.aerugínosa, B. fragilis e C. perfingens”. Este metabólito apresenta metabolização lenta nos
tecidos de mamíferos, cerca de quatro vezes
menor
em
relação ao isômero levógiro, sendoexcretado
em
grandes quantidades e deforma
inalterada pelo rim.Devido
às característicasbiológicas de síntese e metabolização nos mamíferos, este isômero
vem
sendo referidona
literatura
como
um
meio
diagnóstico para diversas doenças quecursam
com
proliferaçãobacteriana associada. Para tentar diagnosticar precocemente as complicações infecciosas
nestes pacientes optou-se por testar os níveis urinários de D(-) lactado”.
Para realizar esta análise, distribuíram-se os pacientes
em
dois grupos:O
grupo Iformado
por
RN
com
dosagens de D(-) lactado inferiores a Zug/dlcom
ou
sem
infecção associada (IB),e grupo II
com
dosagens D(-) lactado iguaisou
superiores a Zug/dlcom
ou
sem
infecçãoassociada. Este valor foi estabelecido baseado
em
estudos “in vivo” e “in vitro” e reflete a produção D(-) lactado pela concentração bacteriana de10”
UFC,
que
corresponde àconcentração limítrofe da fase exponencial de crescimento bacteriano”.
Inicialmente, ao analisarmos a procedência destes
RN,
não
foi observada diferençasignificativa entre o
número
de pacientes procedentesda
grande Florianópolis e de outrasmesorregiões
do
estado de Santa Catarina. Entretanto nos pacientesda
grande Florianópolishouve
uma
maior incidência de infecçãocom
níveis superiores a Zug/dl enquantoque
nospacientes procedentes de outras mesorregiões
houve
um
predomínio de pacientescom
diagnóstico de infecção e D(-) lactato
menor
que 2 ug/dl. Isto, provavelmente, se deve ao fatoque
osRN
de outras mesorregiões, enquantoaguardam
asmedidas
paraencaminhamento
etransporte,
permanecem
em
UTI
em
suas cidades de origemonde recebem
antibioticoterapiade
amplo
espectro, o que determinauma
reduçãoda
população bacteriana e,grande Florianópolis são prontamente
encaminhados
ao serviço de Cirurgia Pediátrica tãologo é estabelecido o diagnóstico de
malformação
congênita.O
sexo masculino constituium
fator de risco para sepse neonatal e deveria ser levadoem
consideração para qualquer neonato.
De
acordocom
a literatura pesquisada, a incidênciaquatro vezes maior de sepse entre os neonatos masculinos ainda não está
bem
esclarecida,embora venha
sendodocumentada há
várias décadasw. Neste estudo os dados estão de acordocom
a literatura, pois60%
dos pacientesdo
sexo masculino apresentavam diagnóstico deinfecção
com
D(-) lactado maiorou
igual a 2ug/dl.Ao
analisarmos o grupo I(com
esem
infecção) e o grupo II(com
esem
infecção)em
relação ao peso ao nascimento,
observamos
uma
maior incidência deRN
de baixo pesocom
diagnóstico de infecção e D(-) lactato maior
ou
igual a 2 ug/dl (53%). Estes resultadossugerem
uma
maior susceptibilidade destesRN
à infecção bacteriana, caracterizada peloaumento
das concentraçõesdo
D(-) lactado etambém
da população bacteriana. Por outrolado, a presença de infecção
em
RN
com
o peso adequado,porém
com
D(-) Lactadomenor
que 2ug/dl,
podem
estar relacionados auma
melhor
resposta imunológica destes neonatos,uma
vezque
nãohá aumento
significativoda
população bacteriana e conseqüentementedo
D(-) lactado.
Embora
a maioria dos autores pesquisados considereque
os prematuros sãomais
susceptíveis a processos infecciosos, esta correlação não
pode
ser estabelecidano
presenteestudo,
uma
vez que dosgmpos
com
diagnóstico de infecção,observamos
uma
menor
incidência de pré-terrnos somente
no
gnipo que apresenta D(-) lactato superior a Zug/dlcom
infecção associada. Esta diferença
pode
estar relacionadacom
otamanho
reduzido da amostraestudada e
também
com
a imprecisão dos dados referentes à idade gestacional anotadosno
prontuário médico.
Quando
analisamos o diagnóstico dosRN
e a incidência de infecção associada aos níveisurinários de D(-)lactado,
verificamos
que a gastrosquise se manifestacomo
a mais freqüentemalfomiação
congênita entre os neonatos que apresentam infecçãocom
D(-) lactadomaior
ou
igual a Zug/dl (40%), seguida pela obstrução intestinal
(22%)
e atresia de esôfago (20%).Estes dados
sugerem
uma
correlação entre infecção e doençasdo
trato gastrointestinal.Na
gastrosquise ocorre exposição de alças intestinais desde a vida intrauterina,
o
que resultaem
vários graus de peritonite amniótica
com
encurtamento, espessamento das alças intestinais e íleo paraliticozg.A
ausência de peristalsedo
intestino associada à intemação prolongada21
desses pacientes
em
UTI
favorece o crescimento bacteriano e, conseqüentemente,aumento do
D(-) lactado.
A
obstrução intestinal está associada aoacúmulo
de alimento ingerido, gás esecreções intestinais proximais ao ponto de obstrução, resultando
em
estase e distensãointestinal.
Além
disso ofluxo
sangüíneo para o intestino diminui àmedida
que o intestino se dilata, desvia-se para longe damucosa
epromove
perda da sua integridade.As
bactérias seproliferam
no
intestino estagnado,com
predomínio de colifonnes e anaeróbios.A
rápidaproliferação de bactérias
combinada
com
a perda da integridade damucosa
pennite atranslocação através da parede intestinal, resultando
em
endotoxemia, bacteremia e sepse”.Por outro lado, a hérnia diafragmática mostrou-se mais prevalente entre os
RN
com
infecção e níveis de D(-) Lactado inferiores a 2ug/dl, fato este que
pode
ser explicado pelaalta prevalência de infecções
do
trato respiratório (broncopneumonias) nestes neonatos,que
normalmente
nãocursam
com
grandes proliferações bacterianas.Ao
correlacionarmos os níveis de D(-) lactato e osexames
laboratoriais,observamos que
plaquetopenia mostrou-se
a
alteração laboratorialmais
prevalente, presenteem
80%
dospacientes
com
D(-) lactato maiorou
igual a Zug/dl e infecção associada. Estudos prospectivostem
mostrado que trombocitopenia constituiuma
das alterações laboratoriais maiscomuns
em
UTI, altamente prevalente entre neonatos de alto risco e
também
um
indicativo demau
prognóstico”.
A
trombocitopenia éum
sinal clínico precoce deum
certonúmero
deindicações
não
hematológicas taiscomo,
hiperviscosidade, trombose da veia renal, sendosepse a causa mais freqüenteml.
Um
estudo mostra queem 62%
dos casos de sepse,pacientes apresentavam
contagem
plaquetária inferior a100.000/mm°
32.A
leucocitosemostrou-se presente
em
66,5%
dos pacientescom
D(-) lactato maiorou
igual a 2ug/dlcom
infecção associada, por outro lado apenas
27%
dos pacientescom
níveis de D(-) lactatoinferior a
com
infecção apresentaram amesma
alteração. Sabe-seque
neutrofiliapode
sermn
útil sinal confirmatório de infecção, já que
na
infecção severa onúmero
de neutrófilos totais édeprimido por cerca de
24h
e depois ascende rapidamente.A
neutropenia está geralmenteassociada à sepse neonatal e constitui
um
indicativo demau
prognóstico4.Em
nossa casuísticaverificamos
que os pacientescom
D(-) lactado maiorou
igual a 2p.g/dlcom
infecçãoassociada apresentaram leucopenia,
acometendo
26,5%
destesRN.
Observamos
a presençade cultura positiva
em 40%
dos pacientescom
D(-) lactado maiorou
igual a 2ug/dlcom
infecção, contrastando
com
a presença de cultura positivaem
apenasum
RN
(9%)
com
níveis urinários de D(-) lactato inferiores a Zug/dlcom
infecção.É
importante ressaltarque
mesmo
ahemocultura sendo considerada o
exame
"standard" para o diagnóstico de sepse, estudosmostraram
cultura negativaem
18%
dosRN
que
evoluem
para óbito por sepse”.Tendo
em
vista o prognóstico reservado dos
RN
infectados e a necessidade de agir rapidamente frente aum
quadro infeccioso nesses pacientes, muito setem
estudado acerca de marcadores precoces de infecção. Testes laboratoriais consagrados (contagem de leucócitos,contagem
deplaquetas, excesso de base)
têm
apresentado baixa sensibilidade e especificidade, aomenos
nos estágios iniciais da doença, fato este
que
também
pode
ser demonstradoem
nosso estudo.Experimentos “in vivo” e “in vitro” prévios” acerca
do
D(-)lactato concluíramque
aprodução desse metabólito, e conseqüentemente seus níveis urinários estão diretamente
relacionadas à concentração bacteriana
do
meio. Desta forma, pode-se estabeleceruma
correlação entre os níveis urinários de D(-) lactato e a presença de infecção.
Os
RN
que não
desenvolveram infecção tenderam a manter níveis nonnais de D(-) lactato, já aqueles
que
apresentaram quadro infeccioso tiveram níveis
aumentados
de D(-) lactato (acima de lmg/100ml), sendoque
nos pacientes cuja sintomatologia e alterações laboratoriaiseram mais
significativas
foram
observados níveis de D(-) lactato superiores a Zpg/dl eem
algunspacientes
chegando
a ultrapassar 4ug/dl.Quando
houve
o diagnóstico de infecção e o D(-) lactato apresentava níveis urináriosinferiores a Zug/dl, este
marcador
não semanteve
confiável,embora
nestes pacientes osdemais sinais de infecção
como
as alterações laboratoriais e clínicas,foram
menos
intensas.Por outro lado,
no
grupocom
infecção e D(-) lactato maiorou
igual a 2ug/dl as alteraçõeslaboratoriais e clínicas
foram
mais exuberantes, denotando o potencial destemarcador no
diagnóstico de infecção.
O
uso potencialdo
D(-) lactatocomo
marcador no
diagnóstico de infecção bacteriana épossível. Seus níveis
no
sangue e na urinapodem
ser usados, inclusive, para monitorar aresposta à terapia antimicrobiana.
Quando
ocorre falha terapêutica e/ouquando
as infecçõesnão são eficientemente controladas, espera-se a produção continuada
do
D(-) lactato, ao passoque o sucesso na terapia deve resultar na redução gradual desses níveis14”33.
Dessa
fonna, novos estudosdevem
ser realizados, para se estabelecer os níveis urináriose/ou plasmáticos de D(-) lactato que
correspondam
auma
proliferação bacterianaem
tecidosnormalmente
estéreis, contribuindo assim para o diagnóstico precoce da infecção.A
pequena
casuística deste trabalhopode
ser justificada pelo alto custo atualdo
exame
23
se obter o kit importado e não ser da rotina laboratorial
do HIJG,
o que inviabilizou aOs
RN
que não desenvolveram infecçãotendem
a manter níveis normais deD
(-) lactato.
Os
RN
com
quadro infeccioso apresentam níveisaumentados
de D(-) lactato.As
alterações laboratoriais e clínicas mais exuberantes relacionados àinfecção, foram encontradas
no
Grupo
com
infecção e níveis de D(-) lactato25
NORMAS
ADOTADAS
As
normas foram
as presentesna
NORMATIZAÇÃO
PARA
OS
TRABALHOS DE
CONCLUSÃO
DO
CURSO DE
GRADUAÇÃO
EM
MEDICINA,
segundo zzRESOLUÇÃO
n° 001/2001, aprovada
em
Reunião
do
Colegiadodo Curso
deGraduação
em
Medicina
em
05
de julho de 2001, terceira edição.
Essa normatização segue as
normas
daconvenção
deVancouver
(Canadá) de acordocom
a Quinta edição dos “Requisitos uniformes para originais submetidos a Revistas Biomédicas”, publicado pelo
Comitê
Intemacional de Editores de Revistas Médicas.REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Sakane
PT. Diagnóstico Clínico e Laboratorial das Infecções. In:Maksoud
JG, editors.Cirurgia Pediátrica. 1” ed.
Rio
de Janeiro: Revinter; 1998. p.287-300.Stoll BJ,
Gordon
T,Korone
SB, Shankaran S,Tyson
JE,Bauer
CR,
et al. Late-onsetsepsis in very
low
birth weight neonates:A
reportfrom
the National Institute of ChildHealth
and
Human
Development
Neonatal Research Network. J Pediatr1996
Jul;129(1):63-71.
Precioso
AR.
Sepse Neonatal-
Atualização de tratamento [capturado2002
Abril 03]; [12telas].Disponivel em: http://www.medcenter.com/medicina/artigos.aps?id13&guid=335&
ler=s.
Bilgin K,
Yaramis
A, Haspolat K, TasMA,
Gunbey
S,Derman
O.A
randomized
trialof
granulocyte-macrophage colony-stimulating factor in neonates with sepsis
and
neutropenia. Pediatrics 2001 Jan;107(1):36-41.
Agostino P. Metabolic response to neonatal surgery. Curr
Opin
Pediatr1999
Jun;1l(3):230-6.
Kennon
C, Overturf G,Bessman
S, Sierra E, Smith KJ,Brann
B. Granulocyte colony-stimulating factor as a
marker
for bacterial infection in neonates. J Pediatr1996
Jun;128(6):765-769.
Precioso
AR.
Sepse Neonatal-
Manifestações clinicas e fatores de risco [capturado2002
Abril 03]; [12 telas].Disponível em: http://www.medcenter.com/medicina/artigos.aps?id
l3&guid=335&
ler=s.Ramos
JLA,
Vaz FAC,
Ramos
SRTS.
Infecções Neonataisem
Geral. In:Marcondes
E. Pediatria Básica. 8” ed.São
Paulo: Sarvier; 1994 p_432-445.Makhoul
IR, Sujov P,Smolkin
T,Lusky
A,Reichman
B. Epidemiological, clinical,and
microbiological characteristics of late-onset sepsis
among
verylow
birth weight infants inIsrael: a national survey. Pediatrics
2002
Jan;lO9(1):34-9.Goldfarb J, Baley JE. Infecções neonatais. In: Alto Risco
em
Neonatologia. In: KlausMH,
27
Aquino
MZ, Ramos
SRT.
Diagnóstico Microbiológicoda
Infecção Cirúrgica. In:Maksoud
JG, editors. Cirurgia Pediátrica. 1” ed.Rio
de Janeiro: Revinter; 1998. p.301-309.
Marujo
WC.
Resposta Metabólica aoTrauma
Cirúrgico. In:Maksoud
J G, editors. CirurgiaPediátrica. 1” ed.
Rio
de Janeiro: Revinter; 1998. p.84-96.Caplan
MS,
MacKendrich
W.
Inflamatory
mediatorsand
intestinal injury. Clin Perinatol 1994;2l(2):235-45.Smith
SM, Eng
RHK,
Buccini F.Use
ofD
lacticAcid measurements
in the diagnosisof
bacterial infections. J Infect Dis 1986;154 (4):658-664.
Pereima
MJL.
Estudodo
isômero dextrógirodo
ácido lático séricona
isquemia intestinalem
ratos [tese].São
Paulo: Universidade Federaldo
Estado deSão
Paulo-Escola Paulistade Medicina;l998. 69p.
Brandt R, Siegel S, Waters
M.
Spectofotometric assay for D(-)lactate in plasma.Analytical Biochemistry 1980; 102139-46.
Smith
SM,
Eng
RHK,
Campos
JM,
Chmel
H.D
Lactic acidmeasurements
in thediagnosis of bacterial infections. J Clin Microbiol 1989;27 (3):385-388.
Murray MJ,
Gonze
MD, Nowak
LR,
Coob
CF.Semm
D(-)-lactate levels as an aid todiagnosis acute intestinal ischemia.
Am
J Surg l994;167:575-8.IBGE.
Divisão territorialcom
indicação das mesorregiões e microrregiões geográficas e os municípios de Santa Catarina, 1997.Ramos
JGL,
Martins-Costa SH.Nascimento
pré termo. In: Freitas F, Martins-CostaSH,
Ramos
JGL, Magalhães
JA. Rotinasem
Obstetrícia. 3” ed. Porto Alegre: Artes Médicas;1997. p.45-53.
Thiesen
AL.
Valores de Referência. In:Femández VR,
FisherRJ
r, PereiraLDC,
editors.Manual
de Terapêutica Pediatria, 2” ed. Florianópolis: Associação Catarinense deMedicina; 1999. p.674-94.
Laboratório Fleury
S/C
Ltda. Laboratório Fleury-Manual de exames.São
Paulo:Always
propaganda s publicidade S/C Ltda; 1996 p.210.
Bone RC,
Balk
RA,
Cerra FB, DellingerRP,
FeinAM,
Knaus
WA,
et al.ACCP/SCCM
Consensus Conference. Definitions for sepsis
and
organ failureand
guidelines for the use of imovative therapies in sepsis. Crit CareMed
Jun 1992;20(6):864-74.Foca
M,
Jakob K, Whittier S, LattaPD,
Factor S, Rubenstein D, et al.Endemic
pseudomonas
aeruginosa infection in a neonatal intensive care unit.N
Engl JMed
2000
Sept 7;343(10):695-700.
Mathieu
LM, De Muynck AO,
Leven
MM,
De Dooy
JJ,Goossens
HJ,Van
Reempts
PJ.Risk factors for central vascular catheter-associated bloodstream infections
among
patients in a neonatal intensive care unit. JHosp
Infect2001;48:108-116.Goldoni
Neto
R. Infecção hospitalarem
recém-nascidos submetidos a tratamentocirúrgico. Trabalho de conclusão
do
curso (Graduaçãoem
Medicina), UniversidadeFederal de Santa Catarina, 2001.
Richardson
DK,
Gray
JE, Gortmarker SL,Goldman
DA,
PursleWM,
McCormic
MC.
Declining severity adjusted mortality:
Evidence
of improving neonatal intensive care. Pediatrics 1998;102 (4);893-9.Silvy
CEP,
Gabriele G. El neonato quirúrgico. In: Cirurgia Pediatrica. Madrid: Dias deSantos;1994. p.39-42.
Santos
MM.
Enterocolite necrosante. In:Maksoud
JG. Cirurgia pediátrica.Rio
de Janeiro:Revinter; 1998. p.629-38.
Wyllie R. Atresia, estenose e
má
rotação intestinal. ln:Nelson
WE,
Berhrman RE,
Kliegman
RM,
An/inAM.
Nelson
tratado de pediatria. 15” ed.Rio
de Janeiro:Guanabara
Koogan;
1997. p.1233-8.Vanderschueren S,
Weerdt
A, MalbrainM,
VankersschaeverD,
Frans E,Wilmer
A.Thrombocytopenia and
prognosis in intensive care. Crit CareMed
Jun
2000;28(6): 1871-6.Precioso
AR.
Sepse Neonatal-
atualizaçãono
diagnóstico laboratorial [capturado2002
Abril 03]; [12
=
telas]. Disponível em: http://www.medcenter.com/medicina/artigosaps?idl3&guid=335&-le1=s.